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A Primeira

Grande Guerra
Antecedentes, conflito e consequências
A Guerra e a
humanidade

Aula 01
“Quando os ricos fazem a guerra, são
sempre os pobres que morrem.”
Jean-Paul Sartre
Noite feliz na terra DE
ninguém: o natal de 1914

Finalmente parou de chover. A noite está clara, com


céu limpo, estrelado, como os soldados não viam há
muito tempo. Ao contrário da chuva, porém, o frio segue
sem dar trégua. Normal nesta época do ano. O que não
seria normal em outros anos é o fedor no ar. Cheiro de
morte, que invade as narinas e mexe com a cabeça dos
vivos – alemães e britânicos, inimigos separados por
80, 100 metros no máximo.
Noite feliz na terra DE
ninguém: o natal de 1914

Entre eles está a “terra de ninguém”, assim chamada


porque não se sobreviveria ali muito tempo. Cadáveres
de combatentes de ambos os lados compõem a
paisagem com cercas de arame farpado, troncos de
árvores calcinadas e crateras abertas pelas explosões
de granadas. O barulho delas é ensurdecedor, mas no
momento não se ouve nada. Nenhuma explosão, nenhum
tiro. Nenhum recruta agonizante gritando por socorro
ou chamando pela mãe. Nada.
Noite feliz na terra DE
ninguém: o natal de 1914

E de repente o silêncio é quebrado. Das trincheiras


alemãs, ouve-se alguém cantando. Os companheiros
fazem coro e logo há dezenas, talvez centenas de vozes
no escuro. Cantam “Stille Nacht, Heilige Nacht”.
Atônitos, os britânicos escutam a melodia sem
compreender o que diz a letra. Mas nem precisam:
mesmo quem jamais a tivesse escutado descobriria que
a música fala de paz.
Noite feliz na terra DE
ninguém: o natal de 1914

Em inglês, ela é conhecida como “Silent Night”; em


português, foi batizada de “Noite Feliz”. Quando a
música acaba, o silêncio retorna. Por pouco tempo.
“Good, old Fritz!”, gritam os britânicos. Os “Fritz”
respondem com “Merry Christmas, Englishmen!”,
seguido de palavras num inglês arrastado: “We not
shoot, you not shoot!”(“Nós não atiramos, vocês
também não”).
Noite feliz na terra DE
ninguém: o natal de 1914

Estamos em algum lugar de Flandres, na Bélgica, em


24 de dezembro de 1914. E esta história faz parte de um
dos mais surpreendentes e esquecidos capítulos da
Primeira Guerra Mundial: as confraternizações entre
soldados inimigos no Natal daquele ano. Ao longo de
toda a frente ocidental – que se estendia do mar do
Norte aos Alpes suíços, cruzando a França –, soldados
cessaram fogo e deixaram por alguns dias as
diferenças para trás.
Noite feliz na terra DE
ninguém: o natal de 1914

A paz não havia sido acertada nos gabinetes dos


generais; ela surgiu ali mesmo nas trincheiras, de
forma espontânea. Jamais acontecera algo igual antes.
É o que diz o jornalista alemão Michael Jürgs em seu
livro Der Kleine Frieden im Grossen Krieg – Westfront
1914: Als Deutsche, Franzosen und Briten Gemeinsam
Weihnachten Feierten.
“A Pequena Paz na Grande Guerra – Frente Ocidental 1914: Quando
Alemães, Franceses e Britânicos Celebraram Juntos o Natal”, inédito
no Brasil.
“A guerra, a princípio, é a esperança de que
a gente vai se dar bem; em seguida, é a
expectativa de que o outro vai se ferrar;
depois, a satisfação de ver que o outro não
se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver
que todo mundo se ferrou.”
Karl Kraus
Interpretações da
grande Guerra

Aula 02
As interpretações da grande guerra

• O motivo da guerra para Lênin:


“Tratava-se de uma guerra entre nações imperialistas que
disputavam as riquezas naturais das colônias na África e na
Ásia”
• Mas, vários outros aspectos devem ser considerados:
1. Rivalidades políticas e exacerbação nacionalista e
avanço do militarismo;
2. Competição entre Inglaterra e Alemanha pela
hegemonia econômica;
3. Rivalidade entre França e Alemanha: a Guerra Franco-
Prussiana (1870-1871)
As interpretações da grande guerra

• A Alemanha é unificada em 1871 e o forte crescimento


experimentado pela nova potência;
• A hegemonia Inglesa começa a ser ameaçada pela
Alemanha, que se industrializou e começou a competir
com a Inglaterra;
• Os alemães fazem uma aliança com o Império Austro-
Húngaro e a tensão aumenta;
• A Áustria-Hungria e as minorias étnicas eslavas
(sérvios);
• O nacionalismo e a guerra.
As interpretações da grande guerra

1. Analise as principais divergências geradoras de tensões


e conflitos entre Alemanha, Inglaterra, França e Rússia:
2. Conforme sabemos, os preparativos da Primeira Guerra
Mundial já aconteciam ao longo do século XIX. Partindo
dessa premissa, responda:
a) Indique a relação existente entre o imperialismo e a
deflagração da Primeira Guerra Mundial.
b) Cite alguns dos armamentos utilizados para esse
mesmo conflito e explique o impacto causado por essas
armas na guerra.
As interpretações da grande guerra

3. (Enem-2014) Três décadas — de 1884 a 1914 — separam o


século XIX — que terminou com a corrida dos países
europeus para a África e com o surgimento dos
movimentos de unificação nacional na Europa — do
século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial.
É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na
Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na
África.
ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.
.
As interpretações da grande guerra

O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da


Primeira Grande Guerra na medida em que

a) difundiu as teorias socialistas.


b) acirrou as disputas territoriais.
c) superou as crises econômicas.
d) multiplicou os conflitos religiosos.
e) conteve os sentimentos xenófobos.
A diplomacia de Bismarck e o colapso do
equilíbrio europeu

• No final do século XIX, na Europa, diversos grupos


organizados defendiam ideias fortemente
nacionalistas. Era movimentos conservadores, você
sabe o que são?
• Esses movimentos recorriam a discursos emocionais
e populistas e acreditavam que teriam poder para
mobilizar a população, criando um sentimento de
superioridade nacional.
A diplomacia de Bismarck e o colapso do
equilíbrio europeu

A PÁTRIA: Que se balançam no ar, entre os ramos


Ama, com fé e orgulho, a terra em que inquietos!
nasceste! Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Criança! não verás nenhum país como este!
[...]
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, Criança! não verás país nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos Olavo Bilac
ninhos,
A diplomacia de Bismarck e o colapso do
equilíbrio europeu

• Os nacionalismos nos diferentes


países:
1. Pangermanismo;
2. Revanchismo francês;
3. Pan-eslavismo russo;
4. Pan-eslavismo sérvio.
A diplomacia de Bismarck e o colapso do
equilíbrio europeu

• O sistema diplomático do Otto von Bismarck: o objetivo


era estabelecer uma ordem internacional favorável ao
Império Alemão;
• A Alemanha faz alianças com o Império Austro-húngaro e
com a Itália, além de se distanciar da Rússia, por causa do
pan-eslavismo;
• Em 1882 é formada a Tríplice Aliança, entre Alemanha,
Áustria-Hungria e Itália;
• O sistema de Bismarck ruiu graças à política
expansionista adotada pelo Imperador Guilherme II (1890).
A diplomacia de Bismarck e o colapso do
equilíbrio europeu

• França e Rússia fazem uma aliança (1894), que ficou


conhecida como Entente, ou Entente Cordiale;
• A Tríplice Entente é formada em 1907, com a adesão da
Inglaterra a aliança.
• Começa então uma corrida armamentista e sua ligação
com o civismo e o patriotismo;
• Crescimento da indústria bélica;
• No início do século XX, a Europa vivia em paz, embora
fosse uma paz armada;
• A população estava mobilizada e entusiasmada para o
início da guerra.
A diplomacia de Bismarck e o colapso do
equilíbrio europeu

1. Nos anos anteriores à eclosão da guerra, como definir a


expressão “paz armada”?
2. Explique a formação das duas alianças na conjuntura
tensa da política europeia:
A questão balcânica e
o início da guerra

Aula 03
O assassinato de Francisco
Ferdinando foi amplamente
divulgado na imprensa do
mundo inteiro.
Quem cometeu esse assassinato e a que
organização estavam ligados?

Pesquise sobre a atuação dessa


organização para além do atentado.

Quais foram os motivos e quais as


consequências que o atentado de Sarajevo
trouxe?
Quatro anos de destruição

• A guerra se torna mundial:


1. As colônias alemãs, francesas e inglesas na
África são envolvidas no conflito (1914-1916);
2. O Império Otomano se alia a Tríplice
Aliança;
3. O Japão se junta aos países da Entente;
4. Itália rompe com a Aliança (1915) e entra na
guerra ao lado da Entente. Por que motivo?
Frentes de batalha

• O território da guerra:
1. Frente Ocidental (fronteira entre França, Alemanha
e Bélgica);
2. Frente Oriental (Combatiam Rússia, Alemanha e
Áustria);
3. Frente dos Bálcãs (Tríplice Entente: lutavam Sérvia,
Romênia e Grécia; Aliança: Áustria-Hungria,
Bulgária e Império Turco-Otomano);
4. Frente Alpina (Fronteira da Áustria com a Itália).
Quatro anos de destruição

• Os Estados Unidos entram na Guerra (1917);


• E a Rússia sai. O que será que está
acontecendo lá?
• A contraofensiva da Entente:
1. Os búlgaros saem da guerra (setembro de
1918);
2. Rendição do Império Turco-Otomano
(outubro de 1918)
Quatro anos de destruição

• A crise que tirou o Império Alemão da Guerra:


1. Rebeliões no exército e greves operárias;
2. Crise de abastecimento de alimentos;
3. Renúncia do Imperador Guilherme II;
4. Proclamação da República;
5. Rendição alemã.
NADA DE
NOVO
NO FRONT
Aula 04
A vida no front

• As duas fases da guerra:


1. Guerra de posição – marcada pelas
movimentações iniciais de tropas, com a
manutenção e defesa dos territórios
conquistados.
2. Guerra de trincheiras – Valas cavadas no chão
e cercadas por sacos de areia que serviam
para proteger os soldados.
Terra de ninguém: território que separava as
trincheiras dos dois blocos inimigos.
A vida no front

As valas improvisadas logo se transformaram em


sistemas complexos. Os soldados tinham de dormir no
chão, enrolados em suas capas – e eram despertados
constantemente pela passagem de ratos, sapos e
insetos. Quando o solo estava molhado, era impossível
se deitar – então os soldados tinham de dormir
sentados, encostados uns nos outros. No lado alemão,
as trincheiras eram mais organizadas.
A vida no front

Tábuas de madeira sustentavam a terraplanagem, e


em alguns lugares havia até iluminação, ventilação e
abrigos de concreto. Mas o efeito desmoralizante era o
mesmo. Lohar Dietz, que serviu no norte da França,
descreveu a exaustão que tomara conta dos soldados
rasos alemães em 1914: “Seria muito melhor atacar da
forma mais louca e temerária do que ficar o dia inteiro
aqui, escutando o barulho das granadas e imaginando
se serei o próximo a ir pelos ares”.
Recapitulando...

• Como era uma trincheira da Primeira


Guerra Mundial?
• O que levou os Estados Unidos a
entrar na guerra?
• Por que a Rússia saiu da guerra em
1917?
• Qual foi a participação do Brasil na
Primeira Guerra Mundial? (Pesquise).
• Sugestão de leitura:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/fim-
primeira-guerra-mundial.phtml
Fim da
guerra e as
consequências

Aula 03
Acordos do fim de guerra

• Os Quatorze Pontos de Wilson;


• Tratado de Versalhes (1919);
• Criação da Liga das Nações;
• Tratado de Saint-Germain

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