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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

OKATIANE DE FÁTIMA E SILVA MENDES

HEMOCENTRO DO RN - Hemonorte Dalton Barbosa Cunha: o trabalho do


Serviço Social na captação de doadores de sangue, na Hemoterapia e na
Hematologia.

NATAL/RN
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

OKATIANE DE FATIMA E SILVA MENDES

HEMOCENTRO DO RN - Hemonorte Dalton Barbosa Cunha: o trabalho do


Serviço Social na captação de doadores de sangue, na Hemoterapia e na
Hematologia.

Trabalho de Conclusão De Curso


apresentado ao curso de Serviço Social
da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, como requisito para obtenção
do titulo de Bacharel em Serviço Social.
Orientador: Profº Fernando Gomes
Teixeira

NATAL/RN
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Mendes, Okatiane de Fatima e Silva.


Hemocentro do RN - Hemonorte Dalton Barbosa Cunha: o trabalho
do Serviço Social na captação de doadores de sangue, na
Hemoterapia e na Hematologia / Okatiane de Fatima e Silva
Mendes. - 2018.
56f.: il.

Monografia (Graduação em Serviço Social) - Universidade


Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais
Aplicadas, Departamento de Serviço Social. Natal, RN, 2018.
Orientador: Profº Esp. Fernando Gomes Teixeira.

1. Serviço Social e Saúde - Monografia. 2. Hematologia -


Monografia. 3. Hemoterapia - Monografia. 4. Captação de Doadores
- Monografia. I. Teixeira, Fernando Gomes. II. Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/Biblioteca do CCSA CDU 364.2:61

Elaborado por Eliane Leal Duarte - CRB-15/355


OKATIANE DE FATIMA E SILVA MENDES

HEMOCENTRO DO RN - Hemonorte Dalton Barbosa Cunha: o trabalho do


Serviço Social na captação de doadores de sangue, na Hemoterapia e na
Hematologia.

Aprovado em ____/____/______

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________
Profº Esp. Fernando Gomes Teixeira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Orientador

____________________________________________
Profª Drª Marcia Maria de Sá Rocha
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Examinador

____________________________________________
Profª Ms. Mônica Maria Calixto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Examinador

Natal
2018
Dedico este trabalho a minha linda vó
Maria Ferreira da Silva, que se encontra
nos braços do pai celestial. Sei que
mesmo distante a senhora sempre olhou
por mim, e onde a senhora estiver sei que
esta muito feliz. A senhora que começou
a se alfabetizar depois de ter criado os
filhos e os netos, e mesmo assim nunca
desistiu do sonho de aprender a ler e
escrever. Muito obrigada por ter feito
parte de minha vida.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me proporcionado o dom da vida,


para poder chegar até aqui com saúde, sabedoria e força para não fraquejar e
desistir dos meus sonhos e ideais, fazendo-me superar as dificuldades não só
acadêmicas como do meu cotidiano, fazendo-se presente sempre em minha vida e
em minhas decisões, sei que nada disso seria possível sem a sua infinita bondade
para comigo, fazendo que esse momento se torne realidade.
A minha amada mãe Raquel de Fátima sem a senhora nada disso seria
realmente possível, tudo o que a senhora passou para que eu pudesse ser hoje a
mulher que eu sou, todas as batalhas, enfrentadas para proporcionar a mim e a
minha irmã, o melhor possível para nós. Ser-lhe-ei eternamente grata, eu lhe amo
com toda a força do meu coração, obrigada.
A minha irmã Okássia de Fátima, meu sobrinho Enzo Gabriel, meu
cunhado Junior Almeida e a minha irmã Flávia Ferreira obrigada por acreditarem
em mim e estarem do meu lado nesse momento, mesmo que a distância.
Ao meu amado filho Daniel Mendes por mesmo inocentemente ter me
compreendido, me esperado tantas vezes para brincar, para dormir com você, para
sair e eu não podia por causa dos compromissos acadêmicos. Hoje posso dizer que
nosso esforço valeu a pena, sim nosso! Se eu cheguei até aqui, pode ter certeza
que meu maior incentivador foi você meu eterno bebezinho. Te amo meu filho.
Ao meu sogro e minha sogra pelas inúmeras vezes que me ajudaram
tomando conta do meu filho para que eu pudesse esta em sala de aula e participar
dos eventos da universidade. Bem como, eu agradeço pelo acolhimento por sua
família e o afeto a mim depositado.
As amigas que fiz durante a graduação e que muitas eu irei levar para toda a
vida, vocês me proporcionaram momentos maravilhosos e outros nem tanto (rsrs)
cada uma de um jeito diferente deixou sua marca em mim, só posso dizer que foi
maravilhoso passar por essa fase com vocês.
A equipe da SEMTHAS em principal a equipe do CRAS Lagoa Azul de
2016.1 a 2017.1. Obrigada a todas/os pelo acolhimento, carinho, respeito e atenção.
Para mim foi a melhor fase da minha graduação, onde pude aprender bastante e por
em prática um pouco dos meus conhecimentos adquiridos.
Aos meus clientes que me proporcionaram por muitas vezes poder ir à
faculdade, comprar as Xerox dos textos e comprar minhas coxinhas (rsrs).
A todos os professores acadêmicos que tive contato durante a minha
graduação, tanto na UNIFACEX como da UFRN, obrigada por compartilhar os
vossos saberes comigo.
A maravilhosa professora Edla por ter tido toda a paciência do mundo para
comigo, e minha situação nos período dos estágios obrigatórios e sua empatia para
com as minhas dificuldades.
Agradeço grandemente as Assistentes Sociais do Hemocentro do RN -
Hemonorte Dalton Barbosa Cunha: Obelaide, Auxiliadora, Célia, Claudinha,
Lurdinha e Tereza que me acompanharam no período do estagio obrigatório
dividindo comigo seus conhecimentos e suas experiências. Assim como agradeço
aos demais funcionários da instituição que me acolheram com muito carinho e
principalmente a minha orientadora de campo Miriam Mafra por me proporcionar
vivenciar esse momento sob sua orientação, partilhando comigo suas experiências e
conhecimentos.
Ao departamento do NADIS em especial a Telma por ter me acompanhado
nessa jornada, mesmo quando eu não ia aos encontros você nunca desistiu de mim,
você foi fundamental nesse momento muito obrigada.
Ao meu orientador Fernando Gomes Teixeira por sua infinita paciência e
por ter assumido essa batalha junto a mim.
E a pessoa mais importante para que essa historia pode-se ter inicio, meio e
fim. Tenho que agradecer eternamente ao meu marido, companheiro, amante,
amigo e chato (nem tudo são flores, rsrs) meu amor Samuel Alves sem o seu
incentivo e perseverança eu nunca teria chegado ate aqui, e que agora possamos
desfrutar das vitórias juntos. Muito obrigada de coração!

OBRIGADA A TODOS!
“Até aqui nos ajudou o Senhor.”
Samuel 7: 12
“Não importa quem você é
Não importa o que você fez
Jesus conhece o seu interior também
Quantas vezes você caiu
Tentando acertar
Mas a tristeza e o desespero te fizeram chorar

Não importa pra onde você foi


Se na escuridão da noite
Ele apaga o seu passado
E não desiste de você

Ele não desiste de você


Ele se importa com você
Ele compreende o seu caminhar
Nunca vi um amor tão grande assim
Ele não desiste

Ele não desiste


(Ele não desiste)
Ele não desiste”

(Marquinhos Gomes, Ele Não Desiste de Você; 2010)


RESUMO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso é resultado da experiência de estágio


supervisionado em Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
– UFRN no HEMOCENTRO DO RN - Hemonorte Dalton Barbosa Cunha, em Natal /
RN, no período de 2017.2 e 2018.1. O objetivo deste trabalho é fazer uma
abordagem sobre o trabalho do Serviço Social na captação de doadores de sangue,
na Hemoterapia e na Hematologia. E para atender ao objetivo geral adotou-se como
objetivo específico conhecer as práticas do assistente social nas três frentes de
atuação dentro de um hemocentro. Para tanto será abordado algumas breves
considerações sobre a politica de sangue no Brasil, o Serviço Social inserido na
saúde, a historia do HEMOCENTRO DO RN- Hemonorte Dalton Barbosa Cunha, os
serviços ofertados a população, a inserção do Serviço Social no Hemocentro do RN,
sua atuação nas três frentes de trabalho e os projetos realizados pelas profissionais
na instituição. Para a realização deste trabalho utilizou-se a pesquisa bibliográfica,
documental e auxilio aos diários de campo, como também os documentos
produzidos nesse período. Conclui-se que há uma necessidade de utilização das
salas de espera, com a participação do profissional de Serviço Social em promover
atividades que auxiliem os usuários na conscientização dos seus direitos nas demais
esferas da sociedade.

Palavras-chave: Serviço Social e Saúde. Hematologia. Hemoterapia. Captação de


Doadores.
ABSTRACT

The present Work of Completion of Course is the result of the experience of


supervised internship in Social Service of the Federal University of Rio Grande do
Norte - UFRN in the HEMOCENTRO DO RN - Hemonorte Dalton Barbosa Cunha, in
Natal / RN, during the period of 2017.2 and 2018.1. The objective of this work is to
make an approach on the work of the Social Service in the capture of blood donors,
Hemotherapy and Hematology. And in order to meet the general objective, it was
adopted as a specific objective to know the practices of the social worker on the three
fronts of action within a hemocenter. In order to do so, a few brief considerations
about blood policy in Brazil, the Social Service inserted in health, the history of
HEMOCENTRO DO RN-Hemonorte Dalton Barbosa Cunha, the services offered to
the population, the insertion of Social Service in the Blood Center of the RN, its
performance in the three fronts of work and the projects carried out by the
professionals in the institution. For the accomplishment of this work the
bibliographical, documentary and aid search to the field journals was used, as well as
the documents produced in that period. It is concluded that there is a need to use the
waiting rooms, with the participation of the Social Service professional in promoting
activities that help users to raise awareness of their rights in other spheres of society.

Keywords: Social Service and Cheers . Hematology. Hemotherapy. Donor Capture.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Organograma Institucional..................................................................pag.27

Figura 2: Fluxograma da Hemoterapia...............................................................pág.44

Figura 3: Fluxograma da Hematologia...............................................................pág.47


LISTA DE SIGLAS

AIDS - Síndrome de Imunodeficiência Adquirida

CAPs - Caixas de Aposentadoria e Pensão

CFESS - Conselho Federal de Serviço Social

CNH - Comissão Nacional de Hemoterapia

EUA - Estados Unidos da América

HLA - Tipificação de exames de Histocompatibilidade

INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

MS - Ministério da Saúde

POP - Procedimentos Operacionais Padrão

RDC - Resolução de Diretoria Colegiada

REDOME - Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea

REREME - Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea

RN - Rio Grande do Norte

SBHH - Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

SESAP - Secretaria de Saúde do Estado

STTU - Secretaria Municipal de Transporte e Transito Municipal

SUS - Sistema Único de Saúde

TMO - Transplante de Medula Óssea

UCTS - Unidades de Coletas e Transfusão

UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 15

2 A POLÍTICA DO SANGUE NO BRASIL E A INSERÇÃO DO SERVIÇO


SOCIAL NA SAÚDE ............................................................................................................. 17

2.1 Algumas breves considerações sobre a Política de Sangue no Brasil ........... 17

2.2 O Serviço Social inserido na Saúde..................................................................... 20

3 A INSTITUIÇÃO HEMOCENTRO DO RN- HEMONORTE DALTON


BARBOSA CUNHA, SUA HISTORIA E OS SERVIÇOS OFERTADOS A
POPULAÇÃO. ....................................................................................................................... 24

3.1 A História do Hemocentro ...................................................................................... 24

3.2 Os Serviços Ofertados ........................................................................................... 28

3.2.1 A Doação de Sangue ........................................................................................ 28

3.2.2 O Cadastro de Medula Óssea ........................................................................ 30

4 A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO HEMOCENTRO DO RN, SUA


ATUAÇÃO NAS TRÊS FRENTES DE TRABALHO E OS PROJETOS
REALIZADOS PELAS PROFISSIONAIS NA INSTITUIÇÃO. ....................................... 34

4.1 A Inserção do Serviço Social no Hemocentro do RN e os projetos realizados


pelas profissionais na instituição .................................................................................. 34

4.2 Atuação do Assistente Social na captação de doadores ................................. 38

4.3 Atuação do Assistente Social na Hemoterapia .................................................. 41

4.4 Atuação do Assistente Social na Hematologia................................................... 46

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 53

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 54
15

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso trata de um tema na área da


saúde e sua problemática sobre o ―HEMOCENTRO DO RN - Hemonorte Dalton
Barbosa Cunha: o trabalho do Serviço Social na captação de doadores de sangue,
na Hemoterapia e na Hematologia‖.

O Serviço Social do Hemonorte trabalha com a equipe multidisciplinar, junto a


médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde colaborando profissionalmente
com um trabalho comprometido com os usuários do banco de sangue, procurando
potencializar a concepção cidadã, com qualidade e a segurança da população
atendida visando captar sangue suficiente para as transfusões.

A definição desta temática manifestou-se durante o período do estágio


obrigatório nesta instituição, onde possibilitou nesse momento conhecer o trabalho
cotidiano do Assistente Social no setor da Hemoterapia, Hematologia e na captação
de doadores. No dia-a-dia do estagio, faculdade e vida social, percebeu-se em
algumas conversas informais, a falta de conhecimento acerca do trabalho do
Assistente Social inserido em um Hemocentro. O que este profissional faz, como faz
os usuários de seus serviços e até mesmo os tipos de serviços ofertados nesta
instituição, analisando que os usuários desses serviços só têm informações a
respeito do setor ao qual ele irá transitar.
Pretende-se com essa temática apresentar a sociedade o trabalho
desenvolvido pelo Serviço Social inserido em um hemocentro, bem como os serviços
ofertados pela instituição para o usuário que busca o setor da Hemoterapia, os
serviços ofertados na Hematologia por exemplo. No caso dos profissionais do
Serviço Social que desconhecem os serviços realizados nessa esfera, busca-se
agregar esse saber aos seus conhecimentos e proporcionar um suporte sobre esse
espaço tão rico para a profissão.
Para a realização deste trabalho utilizou-se a pesquisa bibliográfica e
documental (artigos, livros, monografias, documentos da instituição pesquisada, tais
como informativos ao público e Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para os
profissionais que trabalham no local, além da consulta aos diários de campo do
estágio obrigatório, como também o cenário institucional, projeto de trabalho e o
relatório final) produzidos nesse período.
16

O objetivo geral desse trabalho é compreender a atuação do assistente social


inserido em um hemocentro trabalhando na captação de doadores de sangue, na
Hemoterapia e na Hematologia. E para atender a esse objetivo geral adotou-se
como objetivo específico conhecer as práticas do assistente social nas três frentes
de atuação dentro de um hemocentro.
Este trabalho de conclusão de curso esta estruturado em três capítulos: o
primeiro aborda a Saúde Pública no Brasil com algumas breves considerações sobre
a política de sangue no Brasil e sobre o Serviço Social inserido na Saúde que será
descrito de forma sucinta e contextualizada. O segundo capítulo deste trabalho
desenvolve uma apresentação sintética sobre a história da instituição Hemocentro
do RN - Hemonorte Dalton Barbosa Cunha, e os serviços ofertados a população
como a doação de sangue e o cadastro de medula óssea e o terceiro capítulo trata
da inserção do Serviço Social no Hemocentro do RN e a atuação do Assistente
Social.
17

2 A POLÍTICA DO SANGUE NO BRASIL E A INSERÇÃO DO SERVIÇO


SOCIAL NA SAÚDE

Neste capítulo será abordado sucintamente sobre a política do sangue no


Brasil trazendo uma breve contextualização sobre os principais momentos dessa
política e suas práticas até os dias atuais, em seguida será abordado sobre a
inserção do Serviço Social na área da política de saúde.

2.1 Algumas breves considerações sobre a Política de Sangue no Brasil

As práticas Hemoterápicas no Brasil iniciaram-se no ano de 1920 na cidade


do Rio de Janeiro, esse momento era conhecido como a era cientifica, era praticado
por médicos e anestesistas ainda que realizado de modo simples, sem tecnologia e
mecanismos que facilitasse essa ação. Na década de 1940 houve um evento em
São Paulo denominado I Congresso Paulista de Hemoterapia, que ajudou
posteriormente com a criação da Sociedade Brasileira de Hematologia e
Hemoterapia (SBHH), no ano de 1950.
Neste mesmo período o presidente do Brasil Eurico Gaspar Dutra, sancionou
a Lei Federal n° 1.075/50 no qual trata sobre a doação de sangue de forma
voluntária que era descrita aos servidores públicos civil e militar, que teria o direito a
um dia de folga em seu trabalho (SAMPAIO, 2013).
O Ministério da Saúde (MS) em 1965, objetivando criar regras para
resguardar os doadores e receptores de sangue, regularizando e incentivando os
estudos, restabeleceu a Lei 4.701/65, criando a Comissão Nacional de Hemoterapia,
(CNH) encarregado da legislação das práticas Hemoterápicas, fortalecendo a
Política Nacional de Sangue no Brasil (SAMPAIO, 2013).
Segundo Barca (2013), em 1970 não existia fiscalização no método das
doações de sangue, causando uma prática desordenada, quanto ao uso comercial,
a qual imperava no setor privado, por falta de políticas públicas com maior rigor,
além da carência financeira que a população sofria. Sobre essa analise (CARLOS,
2018 p.27) enfatiza que essas práticas comerciais, estão ligadas ao
empobrecimento que viviam nesse período e outros fatores a seguir:

[...] foi marcado pela doação remunerada que, em decorrência do avanço do


capitalismo, o aumento da pauperização, do exército de reserva, a
18

dificuldade de conseguir vínculo empregatício que suprisse a demanda da


massa da classe trabalhadora, tornou-se uma das formas de sobrevivência
de inúmeros brasileiros que passaram a doar freneticamente [...].

Soma-se a essa problemática, segundo Amorim Filho (2000) que o sangue


comercializado na década de 1970 foi muito polemizado na cidade do Rio de Janeiro
quanto às práticas de doações. Esse período foi marcante que virou filme ―Até a
Última Gota‖ retratando uma história de um cidadão que morreu de anemia por
realizar consecutivas doações, além disso, foi letra de música de Chico Buarque de
Holanda ―Vai Trabalhar Vagabundo‖.

No ano de 1989, foi elaborado a Portaria Federal nº 721, sancionando as


normas técnicas de coleta de sangue, regularizando quanto à transfusão, tratamento
e processamento na Hemoterapia (UBIALI, 2015). Soma-se a isso, a importância da
criação da Lei nº 10.205/2001, que institui o Sistema Nacional de Sangue,
Componentes e Hemoderivados (SINASAN), sob a coordenação do órgão do
Ministério da Saúde. Uma das ementas da Lei nº 10.205 dispõe:

Regulamenta o § 4º do art. 199 da Constituição Federal, relativo à coleta,


processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus
componentes e derivados, estabelece o ordenamento institucional
indispensável à execução adequada dessas atividades, e dá outras
providências (BRASIL, 2001).

Segundo a regulamentação, quem concede sangue voluntariamente é vedado


qualquer tipo de remuneração em troca, sendo revertido para os serviços ofertados
pelo Estado e a manutenção dos equipamentos e da instituição responsável por
esses serviços. Sobre a hemoterapia, Rios (2014 p.26) ressalta que:

No Brasil a Hemoterapia é uma especialidade entremeada de Leis e


portarias que permeiam o próprio funcionamento dos hemocentros, onde as
mesmas são delineadas para beneficiar o setor e esses princípios e
diretrizes, que foram publicados no Decreto nº 3.990.de 30 de outubro de
2001, sendo que essa base legal ampara e auxilia o procedimento de
coordenação e estruturação do SINASAN, com o amparo da estrutura do
SUS através da rede de serviços Hemorede pública nacional.
19

Atualmente as praticas do sangue são norteadas por um conjunto de Leis,


Decretos e Portarias do Ministério da Saúde, conforme cita (CARLOS, 2018, p. 30)
que são:

LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. Dispõe sobre as condições


para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.

DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011. - Regulamenta a Lei no


8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do
Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à
saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências.
o
LEI N 7.649, DE 25 DE JANEIRO DE 1988. Estabelece a obrigatoriedade
do cadastramento dos doadores de sangue bem como a realização de
exames laboratoriais no sangue coletado, visando a prevenir a propagação
de doenças, e dá outras providências.
o
LEI N 10.205, DE 21 DE MARÇO DE 2001. – Regulamenta o § 4o do art.
199 da Constituição Federal, relativo à coleta, processamento, estocagem,
distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados,
estabelece o ordenamento institucional indispensável à execução adequada
dessas atividades, e dá outras providências.

DECRETO Nº 3.990, DE 30 DE OUTUBRO DE 2001. – Regulamenta o art.


26 da Lei no 10.205, de 21 de março de 2001, que dispõe sobre a coleta,
processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus
componentes e derivados, e estabelece o ordenamento institucional
indispensável à execução adequada dessas atividades.

DECRETO Nº 5.045, DE 2004 - Dá nova redação aos art. 3º, 4º, 9º, 12 e 13
do Decreto nº 3.990, de 30 de outubro de 2001, que regulamenta os
dispositivos da Lei nº 10.205, de 21 de março de 2001.

LEI Nº 10.972, DE 2004 - Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa


pública denominada Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia
- HEMOBRÁS e dá outras providências. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

RDC Nº 34, DE 2014 - Resolução da Diretoria Colegiada do Ministério da


Saúde – MS e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
(ANVISA, 2018) que aborda em sua resolução as diretrizes que asseguram
as Boas Práticas no Ciclo do Sangue.

Essas normativas vêm ao encontro das boas práticas do sangue, que inclui
sua infraestrutura, sua higiêne, seu armazenamento e transporte, a qualidade do
sangue, segurança para o doador e o receptor, entre outros. Assim como regulariza
as condutas que ajudam aos usuários doadores e receptores desse serviço, que é
essencial para a vida de todos, além de garantir uma boa qualidade no atendimento
e a segurança destes.
20

Finalizando os argumentos acima citados, sobre as políticas de sangue no


Brasil, em seguida será apresentada uma sucinta contextualização sobre a inserção
do Serviço Social inseridos na área da saúde no Brasil.

2.2 O Serviço Social inserido na Saúde

O Serviço Social surge como profissão a partir da década de 1930, no período


em que se inicia o processo de urbanização e industrialização. Contexto em que se
viu a necessidade de um profissional que intervisse com respostas mais
qualificadas, diante do descontentamento da população e da conjuntura da época.
Nesse momento os profissionais se inseriram atendendo aos interesses do capital
concomitantemente as demandas do trabalho.
A profissão permaneceu com viés conservador até os meados de 1970.
Quando se iniciou as lutas contra a ditadura e pela qualidade de vida e melhores
condições para a classe trabalhadora, esse processo estendeu-se até meados dos
anos 1980 quando a profissão experimentou novas influências. Conforme expressa
Iamamoto (2009, p. 9):

De base teórica e metodológica eclética, o movimento de reconceituação foi


inicialmente polarizado pelas teorias desenvolvimentistas. Em seus
desdobramentos, especialmente a partir de 1971, este movimento
representou as primeiras aproximações do Serviço Social à tradição
marxista, haurida em manuais de divulgação do marxismo-leninismo, na
vulgata soviética, em textos maoístas, no estruturalismo francês de
Althusser, além de outras influências de menor porte. Registra-se,
entretanto, a ausência de uma aproximação rigorosa aos textos de Marx.
Esse período coincide com a ditadura militar no Brasil, fazendo com que o
debate aqui assumisse outras tonalidades e recebesse distintas influências,
especialmente do vetor modernizador e tecnocrático, combinado com
extratos da filosofia aristotélico-tomista no âmbito dos valores e princípios
éticos. Verifica-se, no Brasil, nesse período, um polo de resistência a esta
vertente modernizadora, liderado pela Escola de Serviço Social da
Universidade Católica de Minas Gerais (ESS/UCMG), integrado aos rumos
do movimento de reconceituação latino-americano, tal como se expressou
nos países de língua espanhola. (IAMAMOTO, 1998, p.201-250 apud
IAMAMOTO, 2009, p. 9).

O curso de Serviço Social proporciona uma formação que prepara o


profissional para operar em diversos segmentos da nossa realidade social
21

executando ações que atuem diretamente no combate à questão social. Segundo


Iamamoto (2001, p. 17) a expressão questão social.

Diz respeito ao conjunto das expressões das desigualdades sociais


engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a
intermediação do Estado. Tem sua gênese no caráter coletivo da produção
[...], expressa, portanto, disparidades econômicas, políticas e culturais das
classes sociais, mediatizadas por relações de gênero, características ético-
raciais e formações regionais, colocando em causa as relações entre
amplos segmentos da sociedade civil e o poder estatal. [...] Esse processo é
denso de conformismos e resistências, forjados ante as desigualdades,
expressando a consciência e a luta pelo reconhecimento dos direitos sociais
e políticos de todos os indivíduos sociais.

O objetivo principal do profissional de Serviço Social nessa perspectiva é


buscar a garantia e efetivação dos direitos sociais garantidos na Constituição
Federal de (1988; Emenda Constitucional Nº 90, de 15 de Setembro de 2015)
fundamentando que: "Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição." Esses profissionais trabalham sempre respaldados pelo
Código de Ética e Lei de Regulamentação da Profissão.
Para a realização do seu trabalho, o profissional, utiliza os instrumentos
técnico-operativos que dispõe da capacidade constitutiva da profissão de articular as
dimensões teóricas metodológicas, dimensão ético política e dimensão técnico
operativa, para alcançar objetivos que pode ser construída e reconstruída no
processo sócio histórico. Essa Instrumentalidade nada mais é que, as respostas
profissionais que modificam e transformam as condições objetivas e subjetivas no
nível do cotidiano. Conforme Carvalho (2008) explana sobre o Serviço Social na
saúde:

O Assistente Social, segundo resolução nº 218/97 do Conselho Nacional de


Saúde, é um profissional de saúde, ainda que a sua formação não seja
especifica desta área, mas os seus instrumentais teórico-metodológicos,
técnico-operativos e ético-políticos possibilitam aos profissionais atuarem,
com competência, nas diferentes dimensões da questão social e com
habilidades de elaborar, implementar, coordenar e executar as políticas
sociais, inclusive as da saúde. (CARVALHO, 2008; p.46).
22

Conforme o que foi expresso por Carvalho (2008) o trabalho do Assistente


Social se materializa nas elaborações de relatórios, encaminhamentos, entrevistas,
visitas domiciliares, pareceres sociais, dinâmicas de grupos, entre outros. Além
disso, deve se apresentar com uma postura ética- profissional e ter uma capacidade
crítica e reflexiva, buscando compreender a realidade social, em que os usuários
(as) estão inseridos, identificando suas complexidades sociais e buscando
possibilidades de seus enfrentamentos.

Esse profissional tem na Lei de Regulamentação da Profissão de número


8.662 de 7 de junho de 1993 que traz em seu Artigo 4º as competências para
Assistente Social.

I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos


da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e
organizações populares;
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que
sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da
sociedade civil;
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos,
grupos e à população;
IV - (Vetado); V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos
sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no
atendimento e na defesa de seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a
análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às
matérias relacionadas no inciso II deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria
relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis,
políticos e sociais da coletividade;
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de
Unidade de Serviço Social;
XI - realizar estudos sócios- econômicos com os usuários para fins de
benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta
e indireta, empresas privadas e outras entidades.

Além da Lei de Regulamentação profissional e o Código de Ética profissional


ambos de 1993 que norteiam o exercício profissional, na particularidade da saúde,
há os Parâmetros Profissionais para atuação nessa política. Segundo o Conselho
Federal de Serviço Social - CFESS (2010, p. 41).

Os assistentes sociais na saúde atuam em quatro grandes eixos:


atendimento direto aos usuários; mobilização, participação e controle social;
investigação, planejamento e gestão; assessoria, qualificação e formação
profissional.
23

A seguir será apresentando o surgimento do Hemonorte sua inauguração, o


começo das primeiras práticas dos tratamentos hemoterápicos, e os serviços
disponíveis para a população entre elas a doação de sangue e o cadastro de medula
óssea apresentando essas ideias de forma sucintas.
24

3 A INSTITUIÇÃO HEMOCENTRO DO RN- HEMONORTE DALTON BARBOSA


CUNHA, SUA HISTORIA E OS SERVIÇOS OFERTADOS A POPULAÇÃO.

Neste tópico será apresentado o surgimento do Hemocentro no Estado do Rio


Grande do Norte, seu perfil institucional, sua estrutura organizacional e os serviços
que são disponibilizados ao seu público-alvo do atendimento.

3.1 A História do Hemocentro

O Hemocentro do RN - Dalton Barbosa Cunha (Hemonorte) é referência no


Estado do Rio Grande do Norte na área de Hemoterapia e Hematologia, se
configurando como serviço de média e alta complexidade, administrada com
recursos da Secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde.
1
Conforme o site, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi pioneira
em desenvolver especialidades no âmbito de Hematologia e Hemoterapia, sendo
que o primeiro banco de sangue foi criado no Hospital das Clínicas e na Maternidade
Escola Januário Cicco dando, inicio as práticas Hemoterápicas. Já as práticas de
Hematologia foram implantadas em 1966 no Hospital das Clínicas, dando início aos
acompanhamentos dos usuários hematológico.
Na década de 1970, a qualidade do sangue que era coletada no Hospital
Januário Cicco e no Hospital das Clínicas, tornou-se melhor em termos de qualidade
na coleta, pois passou a usar a prova cruzada nas unidades do sangue, antes que
este fosse utilizado pelos pacientes. Então, isto é considerada uma grande
conquista, porque antes, os bancos de sangue não tinham um controle de qualidade
nem uma legislação. Já a ideia do Banco de Sangue Central, veio a surgir apenas
no ano de 1973, quando foi construída em uma área com cerca de 350m2, com o
intuito de atender basicamente ao complexo médico hospitalar universitário. Em
1974 foi inaugurado perante o comando da Dra. Hematologista Linete Vasconcelos
de Medeiros Rocha, modificando-se o Núcleo de Hematologia e Hemoterapia em
1979, assumindo a responsabilidade do processo transfusional em Natal.
Segundo o HEMONORTE, Com a eclosão da AIDS e com a criação do Pró-
Sangue (Programa Nacional de Sangue e Hemoderivados), deu início em 1982 o

1
Dados extraídos do site do Hemonorte.
25

planejamento e articulações para a estruturação do Hemocentro do Rio Grande do


Norte. No período de 1987 o Núcleo de Hematologia começou a receber apoio da
Secretaria Estadual de Saúde no referente a recursos humanos, equipamentos e
manutenção. Neste momento já se realizava os exames sorológicos de Sífilis,
Hepatite, Chagas e AIDS de todos os doadores, e já se instituiu um novo olhar na
abordagem da doação de sangue, que precisaria ser voluntária, altruísta e não
remunerada, prezando pela segurança e qualidade do sangue transfundido no país.
Em Agosto de 1988 deu-se início a construção da sede definitiva do
Hemocentro do Rio Grande do Norte, com recursos da Secretaria Estadual de
Saúde e do Ministério da Saúde. O Hemocentro do RN - Dalton Barbosa Cunha
(Hemonorte) foi inaugurado no dia 5 de Março de 1990 sob a direção Organizacional
da médica Linete Vasconcelos de Medeiros Rocha, proporcionando a população
usuária do Rio Grande do Norte, acesso igualitário a um serviço de excelente
qualidade, por meios de modernos recursos tecnológicos necessários para o
funcionamento de um Centro de Hematologia e Hemoterapia.
Já o Anexo de Hematologia foi inaugurado em 17 de Abril de 1997, voltado a
atender os pacientes Hematológicos. No período de 1995 a 2002 ocorreu um
crescimento na ordem física do hemocentro, somando-se a isso, a inauguração de
novas e modernas atividades e tecnologias. Tendo sua estrutura mais uma vez
reformada e entregue no ano de 2018, para atender cada vez melhor esses usuários
dos serviços.
O Hemocentro encontra-se localizado na cidade de Natal, no Bairro do Tirol
na Avenida Almirante Alexandrino de Alencar, nª 1800 aberto de segunda a sábado
de 07h às 18h, incluindo os feriados, com plantões noturnos diários no laboratório e
no setor de distribuição de bolsas de sangue.
A instituição é financiada pelo Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de
Saúde do Estado (SESAP) os mesmos pedem ao Hemocentro prestação de conta
dos orçamentos para o controle de gastos. Essas transferências de renda servem
para equipamentos, insumos e outras demandas. Fora estes a instituição também
realiza alguns convênios com Hospitais Privados e alguns planos de saúde,
atendendo demandas direcionadas para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A instituição pesquisada pertence à rede pública, a qual é responsável por
ser o coordenador da política estadual do sangue e hemoderivados. O Estado do
Rio Grande do Norte conta com uma Hemorrede, esta integrada por dois (2)
26

hemocentros regionais localizados em Mossoró e Caicó; duas (2) Unidades de


Coletas e Transfusão (UCTS) localizadas em Pau dos Ferros e Currais Novos; onze
(11) unidades de transfusões que estão localizadas nos hospitais de maior porte em
Natal, a saber: Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro, Hemonúcleo da UFRN, Maria
Alice Fernandes, Hospital Dr. Pedro Bezerra, São José de Mipibu e uma (1) unidade
móvel para campanhas externas dando cobertura na cidade de Natal, Grande Natal
e 27 municípios de sua abrangência.
Tem como missão de fornecer para toda à população usuária a garantia da
qualidade do sangue que é oferecido na unidade, assegurar atendimento aos
portadores de Hemopatias e contribuir para o ensino e pesquisas realizadas na área
da Hematologia e Hemoterapia. E apresenta como visão estratégica de ser uma
organização pública de excelência na qualidade do atendimento e de seus produtos.
E como política de qualidade, busca permanentemente a melhoria do Sistema de
Gestão, garantindo a qualidade dos produtos e serviços hemoterápicos e
hematológicos, baseando-se na ética e compromisso da Alta Direção e dos demais
servidores em atender aos requisitos legais e as necessidades dos clientes.
A instituição tem como objetivo em sua organização pública a excelência da
qualidade do sangue fornecido e de seu atendimento à população saudável e não
saudável, enfatizando seus valores de respeito e valorização do ser humano; ética;
honestidade; compromisso; responsabilidade social; transparência; competência
profissional; companheirismo e integração; estudo e pesquisa, buscando a melhoria
de sua gestão no reforço da garantia da qualidade do sangue fornecido e serviços
ofertados - hemoterápicos e hematológicos - atendendo todas as normas de
requisitos legais.
Atualmente o Hemocentro tem uma direção geral e cada departamento um
responsável. No caso do Serviço Social, a categoria esta inserida na Divisão do
Serviço Social que compõe o Departamento de Apoio Técnico.
Sua estrutura organizacional comporta os setores descriminados no
organograma a seguir.
27

Figura 1: Organograma Funcional do Hemocentro do RN – Hemonorte

Fonte: Organograma Institucional cedido pelo setor dos Recursos Humanos - RH (2017.2)

O Hemonorte tem em sua infraestrutura física uma área de 2.820 m2, que
comporta um prédio com primeiro andar, divididos entre os seguintes espaços: setor
externo; setor de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde; o setor que se
encontra a divisão dos departamentos com o acesso restrito aos funcionários, o
setor da Hemoterapia e da Hematologia sendo esses dois últimos responsáveis pelo
atendimento direto aos usuários.
Devido à estrutura física da instituição, que comporta uma quantidade
significativa de especialidades e funções diferentes, em algumas salas são
computadas mais de uma especificidade, sem prejuízo para a população usuária
garantindo que independente do setor que busque, este consiga ser atendido sem
que haja um prejuízo físico estrutural para seu atendimento.
Dispondo atualmente de um quadro de 310 servidores2, que são distribuídos
em 42 setores na instituição, sem adicionar os funcionários que são contratados por
empresas terceirizadas. Independente dessa quantidade significativa de funcionários
observa-se que, para atender a todas as demandas que chegam à instituição sem

2
Esse quadro institucional é relacionado ao período de 2017.2
28

sobrecarga para os profissionais e o amontoamento de usuários nas salas de


espera, seria necessário um número ainda maior de trabalhadores, tendo em vista
que esse quadro já foi reduzido em razão de demissões e aposentadorias.
A instituição vem tendo uma redução na quantidade de funcionários devido
ao número de aposentadorias e a falta de concursos no Estado que possibilitem
novas contratações, bem como pelas questões políticas que transpassa os cargos
de direção.

3.2 Os Serviços Ofertados

Neste momento serão apresentados alguns dos serviços ofertados pelo


Hemocentro a população usuária desse espaço entre eles a doação de sangue e o
cadastro de medula óssea.

3.2.1 A Doação de Sangue

Quando se fala em saúde não há como não remeter-se a questão do sangue,


pois este é insubstituível para a vida humana. Para que se possa realizar a doação
de sangue é necessária que o candidato à doação esteja saudável para garantir a
qualidade desse sangue. Deola (2004, p.15) diz que: [...] embora, no Brasil, nos
últimos anos, venha ocorrendo uma acentuada melhoria na qualidade do sangue
doado, o número de doadores ainda está longe do que seria necessário para
atender às necessidades da população.
Com isso, busca-se a cada dia superar esse déficit por meio da captação de
doadores sem desfocar da qualidade do sangue e dos serviços, para garantir um
estoque que venha suprir as necessidades de quem necessita desse sangue.

―Para se chegar ao nível de qualidade atual da Hemoterapia foi necessário,


como em qualquer âmbito da ciência, passar por um ciclo de
transformações e construir história através de movimentos da realidade que
foram constituindo a identidade atual da doação de sangue‖. (DALBELLO,
2008, p. 16).

Diante disto podemos observar existem vários tipos de doações de sangue,


dentre elas destacam-se: primeiramente a Doação de Sangue Total a qual consiste
que o doador realize a doação frequentemente, dentro do período estipulado pela
29

Resolução de Diretoria Colegiada (RDC), consiste da coleta de 450 ml de sangue, a


qual fica protegida em uma bolsa que é fabricada com soluções e materiais que
propicie a preservação e conservação do sangue coletado, a doação dura em média
15 minutos não mais que isso, há pessoas que realizam a doação em menos tempo,
vai depender de cada individuo e organismo.
O intervalo de doação varia de acordo com o sexo do doador, o homem pode
doar de dois em dois meses, contabilizando até quatro doações ao ano, já a mulher
realiza a doação de três em três meses ou até três vezes ao ano. Ressaltando que
para se realizar a doação há a necessidade de seguir alguns pré-requisitos como
terem dormido ao menos oito horas, ter se alimentado bem, estiver de porte de um
documento oficial com foto e esta bem de saúde. Para assim poder passar pelo
processo de doação de sangue total.
Em segundo a Doação por Aférese, que consiste em coletar especificamente um
componente do sangue, como; plaquetas, plasmas ou hemácias. Essa doação vai
depender de uma previa avaliação com esse doador e da necessidade da
transfusão.
No Hemocentro do RN realizam as doações das plaquetas que são responsáveis
por controlar os sangramentos, com essa coleta é possível conseguir de seis a oitos
vezes há mais de plaquetas com relação à doação total, sem ocasionar dano para o
doador, realiza também às doações das hemácias responsáveis por transportar o
oxigênio por todo o organismo.
Os usuários que utilizam as transfusões de plaquetas são pacientes que fazem
tratamentos das doenças como a leucemia, Hemoterapias e demais tipos de câncer.
Seus doadores terão que estar nas mesmas condições físicas saudáveis dos doares
de sangue total.
Essa doação não tem contra indicação para a saúde, essas plaquetas se repõem
pelo próprio organismo em até quarenta e oito horas, permitindo que esse doador,
possa doar novamente em setenta e duas horas. Esse tipo de doação tem em todo o
seu processo a duração de aproximadamente uma hora.
Terceiro a Doação Autóloga que nada mais é que a doação que é feita para
se próprio, antes da cirurgia o paciente que também é o doador dirige-se ao
hemocentro com encaminhamento do médico preferencialmente hematologista, para
realizar a coleta do sangue, para que na hora da operação se for necessário à
transfusão do sangue já esteja disponível. Evitando assim, correr o risco de uma
30

eventual contaminação por doenças infectocontagiosas e a falta desse no momento


da cirurgia. Esse sangue e componentes ficam reservados exclusivamente para o
doador e no hospital onde ocorrerá a cirurgia, a coleta do material é enviada
quarenta e oito horas (48h) antes do procedimento para o doador.
As pessoas aptas a esse tipo de doação são as que estão com cirurgia eletiva
marcada, e estejam de acordo com o regulamento voltado para esse tipo de doação
que basicamente são os mesmos da doação total diferenciando-se só pelo
agendamento do dia da coleta.

3.2.2 O Cadastro de Medula Óssea

O primeiro Transplante de Medula Óssea – TMO halogênico foi realizado em


Seattle nos Estados Unidos da América - EUA no ano de 1969, pelo Doutor Edward
Donnal Thomas (1920-2012) e sua equipe, o procedimento foi tão bem-sucedido,
que até nos dias de hoje é utilizado. São indicados aos pacientes com doenças na
medula óssea e alguns tipos de câncer hematológicos. Esse procedimento tem
características diferentes com relação aos transplantes de órgãos como o coração,
fígado e outros. Isso porque no TMO o receptor receberá as células coletadas do
doador e transplantadas por meio endovenosa correndo pelo sangue buscando se
fixarem junto à medula óssea possibilitando sua multiplicação e assim realizar suas
atividades fisiológicas no hospedeiro.
Mesmo parecendo ser um tratamento simples, infelizmente ainda se configura
um procedimento de risco, sendo indicado apenas para casos de doenças graves
como linfoma e leucemia.
A medula é um tecido líquido-gelatinoso encontrado dos ossos, conhecido por
tutano. Esse tutano tem a função de propagar as células sanguíneas onde são
fabricadas as plaquetas, as hemácias (glóbulos vermelhos) e os (glóbulos brancos).
Lamentavelmente, ainda não encontraram um jeito de reproduzir essa medula
farmaceuticamente, necessitando da colaboração de doadores para que os
transplantes se realizem. Porém, por mais que a demanda de candidatos à doação
seja maior que a de receptores, ela se torna pequena tendo em vista que a
probabilidade de se encontrar duas pessoas com a mesma carga genética é mínima.
Por isso a busca constante por novos candidatos a doação de medula óssea.
E para poder realizar esse cadastro e possivelmente a doação, torna-se necessário
31

ter as informações a seguir. Conforme o site do Instituto Nacional de Câncer José


Alencar Gomes da Silva – INCA (2018) orienta o Passo a passo para se tornar um
doador:

 Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula
óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e
se recompõe em apenas 15 dias.
 Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada
uma amostra de sangue com 5 ml para testes. Estes testes determinam as
características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre
o doador e o paciente.
 Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um
sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes
que estão necessitando de um transplante.
 Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado
para exames complementares e para realizar a doação.
 Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da
compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de
encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em cem mil!
 Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula
Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um
paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse
cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será
convidado a fazer a doação.
 Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o
doente, será a diferença entre a vida e a morte.
 A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao
próximo.
 É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais
para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato. Para
atualizar o cadastro, basta preencher este formulário.

O candidato interessado a doar medula óssea precisara esta de acordo com


as informações acima, bem como, está em plena saúde física no geral. O mesmo
deve procurar um hemocentro mais próximo de sua residência, para realizar o
preenchimento do cadastro3, obter mais informações e tirar dúvida sobre esse
processo. No Hemocentro do RN essas informações são passadas pelo o setor do
Serviço Social, após as orientações caso queira dar continuidade ao processo, é
feita a coleta dos 5 ml de sangue. Conforme o INCA esse sangue passara pela
Tipificação de exames de Histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório
para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante.
Seu tipo de HLA será incluído no cadastro.

3
Um doador de medula óssea deve manter seu cadastro sempre atualizado. Caso haja alguma
mudança, esse doador deve atualizar seus dados cadastrais. (REDOME, 2018).
32

Após esses procedimentos os dados genéticos colhidos do sangue entrarão


na base de dados do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - REDOME e
será feito diariamente o cruzamento dos dados genéticos dos pacientes cadastrados
no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea - REREME, os candidatos à
doação da medula, que forem compatíveis com algum paciente será convocado ao
hemocentro para confirma seu desejo de doar, se esse desejo se confirmar, este,
terá que realizar outros exames para a confirmação da compatibilidade genética e a
analise do seu estado de saúde atual.
Todos os procedimentos como exames; consultas; internações, entre outros,
assim como a viagem do doador e um acompanhante caso a doação seja realizada
para pacientes em cidades/ Estados diferentes a do doador, são custeados pelos
SUS.
A doação pode ser feitas de duas maneiras: por aférese ou por punção. De
acordo com o site do REDOME a doação por aférese é realizada da seguinte
maneira:

Neste caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o
objetivo de aumentar o número de células-tronco (células mais importantes
para o transplante de medula óssea) circulantes no seu sangue. Após esse
período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de aférese, que
colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os
elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há
necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os
procedimentos feitos pela veia. (REDOME, 2018).

A doação por aférese é mais simples, porém quem diz qual o modo que será
realizado à doação são os médicos envolvidos, essa decisão é tomada em
consideração ao estado de saúde tanto do paciente quanto do doador sem que haja
prejuízo de ambas as partes. Já a doação por punção faz-se necessário à
internação do doador em centro cirúrgico de acordo com o REDOME é realizada da
seguinte maneira:

 A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob a


anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas.
 A medula é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções.
 O procedimento leva em torno de 90 minutos.
 A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias.
33

 Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado,
de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e
medidas simples.
 Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da
primeira semana após a doação. (REDOME, 2018).

Independente de como será realizada a doação, vale salientar que para


muitos desses usuários que necessitam dessa doação de medula óssea, essa é sua
ultima possibilidade de se cura e/ou continuar vivendo.
34

4 A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO HEMOCENTRO DO RN, SUA ATUAÇÃO


NAS TRÊS FRENTES DE TRABALHO E OS PROJETOS REALIZADOS PELAS
PROFISSIONAIS NA INSTITUIÇÃO.

Este capítulo é responsável por trazer argumentos acerca da inserção do


Serviço Social na instituição, que por sinal é uma área muito rica para o este
profissional, por dispor de três frentes de atuação, as quais as Assistentes Sociais
estão inseridas: na captação de novos doadores, na Hemoterapia e na Hematologia
e os demais projetos realizados por esses profissionais evidenciando suas
competências, atribuições e ações profissionais nesse espaço.

4.1 A Inserção do Serviço Social no Hemocentro do RN e os projetos realizados


pelas profissionais na instituição

O Serviço Social se insere junto à instituição desde a sua inauguração que


ocorreu no dia 5 de Março de 1990 neste momento, como estava iniciando toda a
logística da doação de sangue, não existia uma ideia concreta das demandas e
possibilidades para o trabalho na instituição. Então, o setor de Serviço Social
disponha unicamente de duas Assistentes Sociais.
Com o decorrer do tempo quando passa a ser uma rede regulamentada com
atendimento ampliado, observa-se a necessidade de contratação de mais
profissionais chegando à quantidade de 13 Assistentes Sociais.
Atualmente a categoria encontra-se com déficit4 de profissionais dispondo de
oito Assistentes Sociais cadastradas no sistema do órgão, trabalham em regime de
30 horas semanais, porém atuantes no momento existem apenas seis, que exercem
as funções de plantonistas nos setores de Hematologia e Hemoterapia que funciona
no Hemocentro Coordenador, e nas campanhas externas. Dispondo de salas,
instrumentais, computadores, ilhas, cadeiras, armários, ar-condicionado, lavatórios
com álcool gel e jalecos para a efetivação do atendimento.
Esse déficit existe porque ao longo dos anos as profissionais foram se
aposentando e não houve mais concurso por parte do estado para repor esse
quadro. Essa redução ocasiona uma sobrecarga nas profissionais que estão na ativa

4
Esta informação foi colhida durante o período de 2017.2/2018.1 do estágio obrigatório na instituição.
35

precarizando não só a saúde desses trabalhadores como também o atendimento


aos usuários, que por algumas vezes dependendo da demanda, há um aglomerado
desses doadores, travando o fluxo em todos os setores de atendimento da doação.
Atualmente as profissionais trabalham norteadas pelo Procedimento
Operacional Padrão (POP), com todas as diretrizes institucionais, norteadas pela Lei
de Regulamentação da Profissão (Lei nº 8.662/93) para um atendimento qualificado
que garanta a efetivação dos direitos dos usuários da instituição.
Além de desenvolver suas atividades nos setores de Hemoterapia,
Hematologia e captação de doadores, o Serviço Social também é responsável por
desenvolver atividades em programas/projetos5 como o Clube 25, Doadores do
Futuro, Ligando Corações, Hemonorte vai até você. A seguir todos os
programas/projetos detalhados um a um.

Clube 25

O Projeto Clube 25 foi lançado inicialmente no Nordeste pelo Hemonorte em


agosto de 2008, sendo o terceiro Hemocentro do país a trabalhar com um programa
mundial voltado para os jovens. Ao ser criado pela Cruz Vermelha Internacional e
Organização Pan-Americana de Saúde e coordenado no Brasil pelo Ministério da
Saúde, esse projeto objetiva educar, captar e fidelizar jovens estudantes do ensino
médio e universitário, quanto à importância da doação voluntária e periódica de
sangue. Estimulando, assim, a juventude a desenvolver hábitos de vida saudável,
sensibilizá-los para os valores humanos e éticos, incentivando- os a prática da
cidadania dos sujeitos via doação de sangue.
Os jovens que quiserem participar do projeto Clube 25 tem como critérios
básicos: faixa etária entre dezesseis (16) a vinte um (21) anos; participar de
treinamento ministrado pelo setor de captação do Hemonorte, assinar um termo de
adesão voluntária, após a primeira doação.
Os membros do Clube 25 contribuirão no equilíbrio dos estoques de sangue
do Hemocentro, sendo doadores e multiplicadores de informações sobre a

5
Os dados apresentados sobre esses programas/projetos foram colhidos durante o período de
estagio obrigatório na própria instituição Hemocentro do RN no ano de 2017.2 e 2018.1.
36

importância da doação voluntária de sangue, participando ativamente de oficinas,


eventos e campanhas.
O jovem ao se inserir no projeto deverá comprometer-se a manter um estilo
de vida saudável (sem riscos de contaminação por doenças infectocontagiosas),
realizando no mínimo três (3) doações de sangue ao ano, totalizando vinte (20)
doações, até completar vinte e cinco (25) anos de idade. O doador também receberá
o Card 25 (carteira de membro fidelizado do clube) após a segunda doação e
homenagens ao atingir cinco (5), dez (10), quinze (15) e vinte (20) e vinte e cinco
(25) doações ele recebe um pin apontado sua colocação nas doações é também na
25ª será parabenizado com a medalha de honra ao mérito do Clube 25.

Doadores do Futuro

O projeto foi iniciado pelo Hemonorte em março de 1995, com a proposta de


fornecer informações educativas voltadas para a saúde e para a doação de sangue
junto às escolas de ensino fundamental e médio da rede pública e privada da capital
e do interior do Estado.
O objetivo do projeto é expandir a cultura da doação de sangue nas escolas,
através de realização de palestras, eventos socioeducativos e culturais visando o
envolvimento de educadores e educandos no processo de formação de futuros
doadores e agentes multiplicadores da doação de sangue, bem como dando
acessibilidade para que através do Hemotur - visita agendada a instituição- possam
in lócus conhecer o fluxo do doador e ciclo do Sangue, desmistificando a doação de
sangue e levando elementos para o cotidiano desses jovens e crianças enquanto ato
saudável e benéfico.

Ligando Corações

Projeto criado em Agosto de 2005 no Hemonorte com o ―Ligando Corações‖,


com objetivo de incrementar, ampliar e diversificar ações de educação em saúde
nos diversos segmentos sociais da capital e do interior do Estado, para participarem
ativamente como educadores, mobilizadores e multiplicadores no processo de
37

adesão da população à doação voluntária de medula óssea através do seu Registro


Nacional de Doadores de Medula óssea. REDOME

Hemonorte vai até você/ coleta externa

Projeto no qual se realiza coletas móveis em universidades, empresas,


igrejas, serviços de saúde, associações na capital e no interior do Estado. Tendo
como objetivo destas coletas facilitar a aproximação das pessoas com a doação
voluntária de sangue.
Estas coletas são realizadas através de alguns pré-requisitos: ter um número
mínimo de candidatos à doação (150); a atividade de coleta externa não deve
ocorrer simultaneamente com datas festivas desvinculadas do propósito de salvar
vidas; realização prévia de avaliação técnica - parecer técnico de viabilidade de
instalação (epidemiologia e alocação da equipe multiprofissional) da unidade móvel
em cumprimento as determinações da RDC, toda logística da campanha será
pactuado com os parceiros. Serão realizadas palestras e sensibilização para o
público alvo envolvendo toda instituição parceira no evento enquanto
corresponsabilidade de todos.
Caso a população queira realizar uma campanha de doação de sangue,
mobilizando amigos e familiares, é necessário entrar em contato com o Hemonorte -
Divisão de Serviço Social - no intuito de receber informações para que possa ser
realizado o agendamento para realização da campanha.
Esses são os programas/projetos desenvolvidos e realizados pelo Setor do
Serviço Social no Hemocentro do RN, trabalhando junto à população usuária para
atender a todos que necessitem dos serviços ofertados por esta instituição.
Além de desenvolver suas atividades de acordo com os serviços
mencionados, também realiza supervisão direta de estagio do Serviço Social.
Por ser uma instituição responsável por suprir a busca por sangue e
hemoderivados do Sistema Único de Saúde (SUS) e rede privada, o órgão conta
com o um anexo Hematológico onde a o diagnóstico e tratamento de pacientes
portadores de coagulopatias, hemoglobinopatias e outras doenças hematológicas.
Esses termos se referem a um leque de doenças referentes ao sangue, por
serem crônicas, exigem tratamento contínuo, e é nesse momento que o Assistente
38

Social aparece com mais avives. Como o Serviço Social trabalha com o pensamento
amplo de saúde, que vai mais adiante do que se menciona ao bem estar físico e
emocional do paciente, permite ao profissional a liberdade para atuar em muitos
aspectos da vivência desses.
E como a grande maioria dos usuários desse segmento são pessoas
simples, às vezes sem grau de instruções, não alfabetizadas e de baixa renda. Isso
faz com que a vida desses se torne mais complexa, algumas crianças usuárias do
sistema, não frequentam as escolas por causa da doença. O que contribui para
piorar sua situação quando adulto, tendo em vista a não qualificação profissional,
não se insere facilmente na área profissional por ser portador de uma doença que
requer deste trabalhador, constante faltas ao trabalho para prosseguir com o
tratamento.
E como eles desconhecem seus direitos enquanto cidadãos é neste
momento que a Assistente Social se insere, por meios de uma escuta competente,
esclarecimentos acerca de direitos e os devidos encaminhamentos.

4.2 Atuação do Assistente Social na captação de doadores

Uma das missões do Serviço Social no Hemocentro do RN é captar novos


doadores e atrair os já cadastrados, assegurando a qualidade e quantidade de
sangue suficiente para suprir a necessidade da população, fazendo do ato da
doação de sangue algo cultural, tornando este um exercício de cidadania.
Diante disto, o Serviço Social inserido no Setor de Captação de Doadores de
Sangue se torna responsável pelo desenvolvimento de projetos e ações estratégias
que favoreçam a doação de Sangue com engajamento social e dever de cidadania,
com o conceito pautado na promoção à saúde de forma essencial garantindo o
desenvolvimento humano. Segundo NOGUEIRA e MIOTO (2007; p.5), ―movimento
atual da promoção da saúde associam-se a valores tais como: vida, democracia,
cidadania, participação, dentre outros‖. Associam-se também a um conjunto de
estratégias envolvendo ações do Estado, da comunidade, de indivíduos, do sistema
de saúde e de parcerias intersectaríeis.
Objetivando intervir na realidade, contribuindo, por meio da educação em
saúde, informando a população a respeito da doação de sangue, destacando a
39

seriedade, a importância, e a necessidade de que pessoas saudáveis se tornem


doadores de sangue voluntários e de repetição. Esses doadores são de extrema
importância para assegurar um estoque de sangue que seja seguro e sustentável.
Já à população que chega a instituição por meio da captação de novos
possíveis doadores de sangue, captação de novos cadastramentos de possíveis
doadores de medula óssea e o resgate dos doadores cadastrados porem inativos,
esses têm um atendimento um pouco diferenciado, por ser um usuário que se
encontra em meio a uma determinada quantidade de possíveis doadores,
dependendo de onde seja feita a captação, geralmente o acolhimento e as
informações são ofertados de forma coletiva, lúdica e interativa visando desmistificar
as questões relacionadas à doação de sangue e da doação de medula óssea.
Os projetos e as ações estratégicas desenvolvidas por esses profissionais
vão de encontro com o projeto ético-político da profissão, por meio das informações
a respeito da importância da saúde numa concepção individual e coletiva. Assim
sendo, os projetos e as ações estratégicas com a função socioeducativa visando à
educação e à conscientização para a saúde.
Essas informações com relação à doação de sangue realizadas através do
diálogo entre profissionais e usuários trás uma reflexão voltados a educação em
saúde ao qual a população almeja uma expectativa de vida melhor com programas
governamentais voltados a uma saúde de qualidade.
Como o Setor de Captação de Doadores tem o papel de socializar
informações e para isso realiza atividades de educação em saúde direcionadas à
doação de sangue, seja no tocante a sensibilização de novos doadores, seja
resgatando a fidelização do doador de repetição. Para isso, são desenvolvidos os
seguintes programas/projetos como: o Clube 25, Doadores do Futuro, Ligando
Corações, Hemonorte vai até você.

Conforme salienta Carvalho (2008, p. 78 - 79):

O trabalho educativo da Captação de Doadores é fundamental e


permanente de forma a superar, sem descartar, o caráter imediato de suprir
a falta de sangue. Uma prática educativa em saúde na captação de
doadores instrumentaliza a população para doar e receber sangue de
qualidade, uma vez que contribui para a cidadania por fortalecer o
entendimento de direitos à saúde e direitos do usuário. As ações
sistematizadas, planejadas e desenvolvidas, levam a informação e
40

desenvolvem atividades que fortalecem a apropriação dessas informações


através de práticas educativas e politizadoras.

Pois sem essas informações a respeito do sangue ocasiona a omissão e


contribui para com a existência de doações de sangue de baixa qualidade e com
procedências duvidosas por isso a necessidade de conscientizar esse candidato à
doação, que se caso ele tenha praticado algum ato como, por exemplo, o sexo sem
proteção, e que venha a ter uma dúvida quanto ao seu estado se saúde este doador
se auto-análise quanto ao risco que fara outras pessoas correrem ao receber seu
sangue com procedência duvidosa.
No que tange o Setor de Captação de Doadores do Hemocentro do RN
percebesse que as captações estão sempre suprindo as necessidades dos bancos
de reservas. Os números de coletas que são realizadas nas campanhas externas
são bem favoráveis por atrair novos doadores e dadores desregulares, até porque
como a instituição encontra-se em um local de difícil acesso com relação a pouca
frota coletiva para os que se utilizam de transporte publico, com essas campanhas
realizadas na unidade móvel abre a possibilidade de estar acontecendo uma ação
perto do local de trabalho, instituição de ensino ou residência desse possível doador
de sangue.
Essa doação é de extrema segurança, os doadores são acolhidos, orientados
e acompanhados pelos diversos profissionais da campanha em principal o
Assistente Social que será o elo principal para atrair esse possível doador.

O fato de o Setor de Captação de Doadores ser o espaço institucional de


entrada para o doador, e para tanto tem Assistentes Sociais a frente do
setor, garante um referencial de ações pautado no compromisso com a
cidadania e com a educação em saúde, uma vez que trabalha com
mobilização e conscientização da população sobre toda a questão que
envolve a doação de sangue. (CARVALHO, 2008; p.85).

A efetividade dessas estratégias de ações pode ser observada nos resultados


que estão representados com relação aos números de doações voluntarias
registrada, e que a cada dia vem se elevando exponencialmente. Essas profissionais
tem o comprometimento em se qualificar, aprimorar e se atualizar com relação às
41

práticas do sangue, voltadas para a captação de sangue de qualidade e seguro junto


a um atendimento de excelência.
Para isso o Setor de Captação de Doadores conta com um leque de
colaboradores que fazem parcerias com o Hemocentro ofertando espaços
devidamente vistoriados para a acomodação da unidade móvel. Elevando não só a
quantidade de coletas como a periodicidade das doações por esses doadores.
Nesse espaço o Serviço Social busca trabalhar sempre na construção de uma
historia envolvida com a população usuária buscando trabalhar o desenvolvimento
da cidadania, a segurança e a qualidade dos usuários atendidos, não só os
doadores como os receptores.

4.3 Atuação do Assistente Social na Hemoterapia

Como já abordado anteriormente, o Hemonorte é referência no Estado do Rio


Grande do Norte na área de Hemoterapia6 e Hematologia7, tem a finalidade de
ofertar assistência e apoio hemoterápicos e hematológico à rede de serviços de
saúde. A Hemoterapia configurasse pelo tratamento de determinadas doenças pela
administração e/ou utilização de sangue ou componentes do sangue, exemplo o
plasma, hemácias, leucócitos sangüíneos e outros. Com o compromisso de fornecer
à população norte-rio-grandense sangue de qualidade e assegurar atendimento
qualificado às pessoas com Hemopatias; e contribuir com o ensino e pesquisas
realizadas na área da Hematologia e Hemoterapia.
Os usuários atendidos no Hemonorte se diferem pela natureza dos serviços
prestados pela instituição nas áreas de Hemoterapia e Hematologia. Os usuários
que chegam ao setor de Hemoterapia são pessoas saudáveis, na faixa etária de 168
a 69 anos, de ambos os sexos, que buscam através da doação de sangue levar
vidas para parentes, amigos ou outros cidadãos; bem como sensibilizados pela
cultura da doação de sangue. Os candidatos à doação de sangue que chegam à
instituição na sua grande maioria são motivados por necessidades familiares ainda

6
Hemoterapia é o tratamento que é feito a partir do sangue que é coletado de um doador e
transfundido em um paciente auxiliando sua melhora.
7
Hematologia é responsável por estudar o sangue e de conhecer todos os elementos constituem o
sangue dentre eles as hemácias, leucócitos e plaquetas, assim como estuda como são produzidos e
em quais órgãos, incluindo a medula óssea, baço e linfonodos e as alterações e distúrbios
sanguíneos que originam graves doenças.
8
Acompanhado/a do/a responsável legal.
42

tem o seu percentual mais elevado que as demais doações, chegando à margem
dos 60% dos candidatos à doação essa doação são conhecidas como doações de
reposição, por campanhas ou programas desenvolvidos pelo setor de captação da
instituição.
Na esfera da Hemoterapia o usuário desfrutará de uma recepção com três
recepcionistas, para realizar o cadastramento como candidato/a o/a doador/a de
sangue e tirar suas duvidas, após esse momento caso seja a primeira vez para
realizar o cadastramento para ser um possível doador de sangue e/ou
cadastramento para ser um candidato/a o/a doador/a de medula óssea9.
Ele/a será encaminhado para a sala do Plantão Social onde falará com a/as
Assistente Social do plantão, sobre o passo a passo da doação e o fluxograma da
instituição, passado esse momento.
Ele/a é encaminhado/a para a sala da pré-triagem onde se encontra três
enfermeiros/as para aferir à pressão, o peso, a altura, os batimentos cardíacos e o
exame rápido para saber sobre o hematócrito10, passado esse momento ele é
encaminhado para a triagem em uma das três salas disponíveis com atendimento,
realizado por um médico/a ou um/a enfermeiro/a, e será realizada algumas
perguntas a respeito de doenças, vícios, relações sexuais, ingestão de
medicamentos entre outros assuntos que vá a busca de garantir a qualidade do
sangue.
E é nesse momento que será dito se o candidato está apto ou não a doação
de sangue, se estiver apto ele/a dá continuidade no processo de doação; se não
estiver apto está dispensado. O mesmo tem o direito de saber por que não esta
apto/a e quando pode tentar doar novamente.
O doador/a que dá continuidade no processo de doação de sangue seguira
para a sala de coleta, a qual será coletada 450 ml de sangue em cerca de 15
minutos, após esse momento o/a doador/a se direciona para a lanchonete para
realizar a reposição prévia desses nutrientes que ele acaba de perder11. Somando-
se a isso tem a sala da consulta medica a qual serve para atendimentos com os

9
Refere-se como possível candidato por não ter certeza se o mesmo conseguira realizar a doação ou
não, só é candidato quando se efetua a doação. Lembrando que, nosso organismo muda constante
mente, ou seja, não é porque eu já sou doador que não possa ocorrer de não poder realizar a
doação.
10
Quantidade de hemácias no volume total de sangue vulgo anemia.
11
Esse espaço disponha também de dois banheiros, o masculino e o feminino os dois são acessíveis
a pessoas com deficiência.
43

doadores que tiveram seus exames positivos para alguma doença (sífilis, chagas,
hepatite B, tétano, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS e tripagem
sanguínea) recebendo as devidas orientações e encaminhamentos.
Disponha também da secretaria do doador onde disponibilizam o resultado
dos exames feitos, comprovante/declaração de doador, carteirinha do doador e
demais informações. Nesse mesmo espaço há a ouvidoria para reclamações,
sugestões e elogios entre outros assuntos, e um mini auditório do Serviço Social que
é utilizado para o acolhimento com grandes quantidades de doadores ou visitantes e
utilizado para a realização palestras.

Conforme Sousa (2017, p. 31) nesse espaço o usuário obterá os seguintes


atendimentos:
[...] orientações e acolhimento de doadores de sangue; o cadastro de
12
candidato à doação de Medula Óssea ; Triagem clínica e Hematológica;
13
coleta de sangue do doador; Imunohematologia , sorologia; fracionamento
14
e distribuição de sangue e hemocomponentes para a rede hospitalar
pública, privada e filantrópica do Estado.

A seguir pode-se observar como é que funciona esse o fluxograma do setor


da Hemoterapia no Hemocentro do RN.

12
Cadastro de candidato à doação de medula óssea: Os Hemocentros Regionais são responsáveis
por cadastrar os interessados em se tornar doadores de medula óssea. Os dados são agrupados em
um registro único e nacional (REDOME).
13
Imunohematologia: De acordo com informações coletadas no site do Instituto Albert Einstein, a
Imunohematologia estuda os antígenos presentes nos eritrócitos e as interações entre estes e seus
respectivos anticorpos, sendo essencial na busca de sangue compatível para pacientes. A
compreensão dos mecanismos de interação antígeno-anticorpo e das metodologias utilizadas é
fundamental para quem deseja atuar neste campo da Hemoterapia.
14
Hemocomponentes: A Hemoterapia moderna se desenvolveu baseada no preceito racional de
transfundir-se somente o componente que o paciente necessita, baseado em avaliação clínica e/ou
laboratorial, não havendo indicações de sangue total. A maioria das padronizações de indicação de
hemocomponentes está baseada em evidências determinadas através de análise de grupos de
pacientes, nunca devendo ser empíricas ou baseadas somente na experiência do profissional médico
envolvido. As indicações básicas para transfusões são restaurar ou manter a capacidade de
transporte de oxigênio, o volume sanguíneo e a hemostasia.
44

Figura 2 - Fluxograma da Hemoterapia

Fonte: Elaborado pela autora (2018)

Os usuários da Hemoterapia que buscarem o atendimento do profissional do


Serviço Social obterão os seguintes atendimentos; acolhimento, orientações sobre
antes e após a doação, fluxograma da doação e instituição, declaração de
comparecimento, crédito de sangue15, declaração de comparecimento ou de doação,
entre outras indagações que o usuário faça, o profissional buscará responder
norteado pela Resolução – 16RDC nº 34 /2014.

Art. 2° Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer os requisitos de


boas práticas a serem cumpridas pelos serviços de Hemoterapia que
desenvolvam atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue e
componentes e serviços de saúde que realizem procedimentos
transfusionais, a fim de que seja garantida a qualidade dos processos e
produtos, a redução dos riscos sanitários e a segurança transfusional. (RDC
nº 34 /2014.)

15
Crédito de Sangue é quando o candidato à doação não consegue por algum motivo realizar a
doação, não tem quem o faça para ele, e está com cirurgia marcada nos próximos dias. A A.S.
disponibiliza o crédito de sangue para ele e ele de responsabiliza de vir repor esse sangue utilizado.
16
Resolução das boas práticas da doação de sangue.
45

O acolhimento consiste em receber bem esse usuário fornecendo a este,


todas as orientações possíveis sobre o processo da doação de sangue, e/ou do
cadastramento para a doação de medula óssea. Informando sobre como este
doador terá que se preparar para a doação, abordando a preparação do antes e
depois da doação de sangue e/ou medula óssea.
O antes da doação de sangue consiste em o doador ter dormido bem na noite
anterior (mínimo 08h00min), ter se alimentado bem antes da doação e esta com um
documento oficial e com foto17, na instituição ele passara por todo o fluxograma
descrito acima. É no setor do Plantão Social ao qual a Assistente Social esta
inserida que o doador é alertado sobre os exames de sífilis, chagas, hepatite, AIDS,
e a tripagem sanguínea que são feitos com o sangue que é doado, esses exames
são feitos para garantir a qualidade do sangue para o receptor. Caso haja a
positividade em algum desses exames o doador será convocado por carta ou
telefone para comparecer a instituição para uma consulta com o/a medico/a e assim
serem tomadas todas as providencias cabíveis.
É no setor do Plantão Social também que o doador obterá:

 Declaração de comparecimento: quando o usuário tenta doar e não consegue;


 Declaração de comparecimento e doação: quando consegue realizar a doação;
 Declaração de doador: declarando que este é doador da instituição, geralmente
pedido para isenção de concurso;
 Credito de sangue: é cedido quando o doador vem doar para se próprio, para um
amigo ou para um familiar e não consegue realizar doação por algum motivo e não
consegue voluntário que realize a doação em nome deste, então é disponibilizado
esse credito que garante a ele/a receber o sangue, porém de forma acordada entre
o/a profissional e o usuário que pegou o credito que este venha ou traga doações
para repor o que foi por ele usado.

Esses são alguns dos instrumentais utilizados pelo Assistente Social na


Hemoterapia. Esse profissional é responsável também por convocar os doadores

17
Não pode ser usado à carteirinha de estudante, o documento tem que ser Oficial, como identidade,
carteira de trabalho, identidade militar ou de algum órgão privado, publico, federal ou estadual.
46

pelo tipo sanguíneo, exemplo os doadores O- (negativo), ou todos os tipos de uma


vez, essa convocação só é realizada quando o estoque está baixo. Essas
convocações são feitas por envio de cartas ou telefonemas para os doadores. Na
ligação ou na carta é dito ao doador que se possível ele compareça a instituição
para colaborar com o estoque que esta em baixa e com as pessoas que precisam
desse sangue para sobreviver.

4.4 Atuação do Assistente Social na Hematologia

Na área da Hematologia, os usuários dos serviços, são crianças, jovens e


idosos. Esses chegam à instituição por meio de encaminhamento da rede básica de
saúde ou de hospitais vindo em busca de consultas especializadas e
multiprofissionais com médicos hematológicos, transfusão sanguínea, tratamentos
para as chamadas doenças do sangue, dentre as variedades de doenças existentes,
são atendidas com destaque a: Talassemia, Anemia Falciforme, Leucemia,
Trombofilias, Lúpus, Gaucher. Por ser referência nessa área para todo o Rio Grande
do Norte atendendo a rede conveniada do SUS e privadas.
Neste espaço o usuário disporá de duas recepções uma para os
atendimentos de primeira vez e/ou atendimentos de exames simples. A outra
recepção é designada para atendimentos ambulatoriais onde é feita a administração
dos medicamentos, consultas com os médicos especialistas nas doenças
hematológicas.
Sala de transfusão onde o usuário recebe a transfusão de sangue, laboratório
de HLA. onde é realizado cadastro de doadores e receptores para a coleta do
sangue para a realização do exame de histocompatibilidade a o laboratório de TMO
para o cadastro de doadores e receptores de medula óssea e renal solicitado pelo
médico, onde é feito o exame de histocompatibilidade só com parentes e
convocados pelo REDOME.
Consultório odontológico especializado para os pacientes com doenças
hematológicas e a sala do Serviço Social onde os usuários poderão obter os
seguintes atendimentos; acolhimento, assistência, encaminhamentos que poderão
ser internos ou externos.
47

De acordo com Sousa (2017, p. 31) na Hematologia os usuários poderão obter os


seguintes atendimentos:

Hematologia é o tratamento ambulatorial de pacientes portadores de


18 19
hemoglobinopatias , hemofilia e outras coagulopatias ; Assistência
transfusional; Serviços de odontologia; Assistência social; Nutrição;
Realização de exames hematológicos; Captação; Coleta e Tipificação de
20
exames de Histocompatibilidade (HLA) para doação de medula óssea.

Abaixo se pode observar como está estruturado o fluxograma do setor da


Hematologia do Hemocentro do RN.

Figura 3 - Fluxograma da Hematologia

Fonte: POP do Setor da Hematologia do Hemocentro do RN, Março/2018.

Os que buscarem atendimento do Serviço Social na Hematologia lograrão de


acolhimento, escuta qualificadas, orientações a respeito dos procedimentos
relacionados ao setor e programas sociais que eles podem vir a ter direito como o
Benefício de Prestação Continuada (BPC).

18
Hemoglobinopatias: São doenças genéticas que afetam as hemoglobinas (Talassemia, Anemia
Falciforme).
19
Coagulopatias: Doenças relacionadas à coagulação do sangue.
20
Histocompatibilidade: Estado de semelhança ou identidade genética entre dois indivíduos, que
possibilita ou não o transplante de tecidos e/ou medula óssea.
48

Conforme cartilha do BPC

Idosos, com idade de 65 (sessenta e cinco) anos ou mais, cuja renda


mensal bruta familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário
mínimo vigente. Pessoa com deficiência, de qualquer idade, entendida
como aquela que apresenta impedimentos de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas, cuja renda mensal bruta
familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente.
(CARTILHA BPC, 2017).

Assim como: declarações de comparecimento, declaração de


acompanhante, preenchimento de cadastro para realização de exames como o
HLA21, cadastros para transplantes de medula óssea e rins TMO22, termo de
consentimento transnacional, contato com outras instituições (para articular
atendimentos, ações, transporte e outros), encaminhamentos para acesso aos
transportes das prefeituras dos interiores para tratamento do paciente com
acompanhante, solicitação de lanche e almoço, visitas aos leitos, declaração para a
Secretaria Municipal de Transporte e Transito Municipal - STTU para obter acesso
gratuito ao transporte público, entre outras demandas que chegue ao profissional.
Como citado nos Parâmetros de Atuação do Assistente Social na Saúde (2009).

[...] cabe ao Serviço Social – numa ação necessariamente articulada com


outros segmentos que defendem o aprofundamento do Sistema Único de
Saúde (SUS) – formular estratégias que busquem reforçar ou criar
experiências nos serviços de saúde que efetivem o direito social à saúde,
atentando que o trabalho do assistente social que queira ter como norte o
projeto-ético político profissional tem que, necessariamente, estar articulado
ao projeto da reforma sanitária (MATOS, 2003; BRAVO & MATOS, 2004
apud PARÂMETROS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA
SAÚDE, 2009, p. 29-30).

Indo além das demandas que chegam à priori, podendo estar utilizando a
sala de espera como uma ferramenta para essas ações, sabe-se que esses usuários
estão sobrecarregados de problemas.

21
HLA cadastro de doadores e receptores para a coleta do sangue para a realização do exame de
histocompatibilidade.
22
TMO cadastro de doadores e receptores de medula óssea e renal solicitado pelo medico, onde é
feito o exame de histocompatibilidade só com parentes e convocados pelo Redome.
49

Para Vasconcelos (2002), a compreensão da realidade, tanto institucional


como social por parte das Assistentes Sociais, é indispensável para que se possam
apreender as demandas reais e potenciais que aparecem no seu cotidiano e a partir
daí, potencializar uma ação transformadora sobre o objeto de trabalho.
Transformando a ação do seu trabalho após essa compreensão.
Além disso, há necessidade de conhecer melhor esse usuário que chega ao
Serviço Social, os instrumentais utilizados que não comporta e não abrange a
realidade atual dos mesmos, sendo ultrapassados, sem o recolhimento de
informações essenciais para conhecê-los, sem falar que essas informações desses
cadastros não são atualizadas, fazendo-se assim a necessidade de avaliação
desses instrumentais.

A avaliação é fundamental [...] Do lado da instituição executora do projeto, a


avaliação é a sua segurança e o procedimento que garante a confiabilidade
do público-alvo e da sociedade em que se inscreve. Por parte dos
profissionais, é o elemento que garante a visibilidade das ações
profissionais e o impacto das ações no contexto nas quais se inscrevem.
(NOGUEIRA; MIOTO, 2007, p. 25).

Sabe-se que os usuários que se utilizam do Sistema Único de Saúde (SUS)


não tem acesso às informações básicas com relação a gama de serviços que são
ofertados na instituição que eles transitam, o Serviço Social poderia se apropriar do
momento em que os usuários encontram-se na sala de espera, para tornar este
espaço crucial para se trabalhar metodologicamente diversas informações para a
automação desses sujeitos não só nas redes de saúde como em qualquer outra
esfera a qual ele transite.

É nesse espaço em que são trabalhadas as temáticas sobre as


especificidades e funções do Assistente Social e os direitos que podem ser obtidos
por estes usuários do serviço. Em conformidade com Senna (2012, p. 208): ―A sala
de espera deve ser concebida como um espaço de educação transformadora, de
trocas e participação, de revelação de fenômenos sociais, contribuindo para o
desenvolvimento de nossa sociedade‖. A autora enfatiza ainda que:
50

[...] atividades educativas lúdicas desenvolvidas na sala de espera, e a


melhoria do ambiente construído, possibilitaram uma humanização e uma
troca de experiências entre profissionais, estes e os usuários, e entre os
próprios usuários, além de uma compreensão maior no modelo de atenção
e das relações de poder vigentes. (SENNA, 2012, p. 218)

Esses usuários que buscam os atendimentos do Serviço Social são os


23
mesmos que estão descritos através dos Programas Operacionais Padrão (POP’s)
das diretrizes da instituição, ou seja, o público alvo que a instituição coloca como
meta é alcançada, porém há a necessidade de compartilhar mais informações a
esses usuários, como o setor ao qual eles estão inseridos e o Serviço Social.
No setor da Hematologia há a execução de algumas atividades técnicas
burocráticas que não competem ao Serviço Social, como, ligações para motoristas
dos transportes que deslocam os usuários entre instituições, residências e
municípios (por muitas vezes essas ligações são realizadas de seus próprios
aparelhos celulares), entrega de resultados de exames, emissão de declaração de
comparecimento na unidade, mesmo quando o atendimento é realizado por outros
profissionais, buscando alimentos adequados para os usuários que precisam
permanecer por mais tempo na instituição, entre outras atividades que não
competem a sua formação.
Não que a profissional não possa realizar essas atividades, mas que, seus
colegas de trabalho e usuários saibam que essas atividades não são competências
deste. Do mesmo modo, que as profissionais de Serviço Social tenham clareza que
tais atribuições vão em direção contrária das recomendações dos Parâmetros para
Atuação de Assistentes Sociais na Politica de Saúde.
Percebe-se que alguns colegas delegam demandas para a profissional de
Serviço Social que poderiam ser realizadas por elas mesmas, como por exemplo, a
questão do lanche, se a recepcionista for indagada por um usuário sobre a
solicitação do lanche, ela mesma pode fazer essa solicitação. Porém quando isso
acontece, elas encaminham esses usuários para a sala do Serviço Social, mesmo
sabendo que, só quem pode receber o lanche são os usuários que permaneceram o
dia todo no leito, e em alguns casos, os que fizeram exames no período da manhã e
ficarão para atendimento com o médico no período da tarde.

23
Programas Operacionais Padrão (POP`s) regulamenta e direciona o fazer do profissional no setor
ao qual ele esta inserido na instituição.
51

Isso implica na questão que, esse profissional poderia está realizando outra
atividade, nesse momento, como apresentando aos usuários da sala de espera
temas que sejam relevantes para sua condição de ser social pertencente a um
determinado grupo social. Enquanto ocupa-se com atividades que não são de suas
competências, deixam de dar conta daquilo que lhes competem e agregar maior
valor ao trabalho em equipe multiprofissional e ao atendimento das necessidades
sociais de saúde dos usuários.
Muitas das vezes a profissional acaba aceitando essa situação para evitar
certos constrangimentos com as colegas de outras áreas, fragilizando a importância
desse profissional no setor, por realizar mais procedimentos técnicos burocráticos
que técnico operativo.
Como apresentado nos eixos de atendimento aos usuários os Parâmetros
para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Saúde (2010) destacam-se as
atribuições que vem para o profissional factualmente, porém não são atribuições ou
competências do Assistente Social:

• marcação de consultas e exames, bem como solicitação de autorização


para tais procedimentos aos setores competentes;

• solicitação e regulação de ambulância para remoção e alta;

• identificação de vagas em outras unidades nas situações de necessidade


de transferência hospitalar;

• emissão de declaração de comparecimento na unidade quando o


atendimento for realizado por quaisquer outros profissionais que não o
Assistente Social;

• montagem de processo e preenchimento de formulários para viabilização


de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), medicação de alto custo e
fornecimento de equipamentos ou dispensação destes. (CFESS, 2010,
p.46-47)

O espaço do Serviço Social no setor da Hematologia conta com uma sala


com infraestrutura e condições técnicas e éticas necessárias para o
desenvolvimento de atividades profissionais em conformidade com a Resolução
CFESS nº 493/2006 de 21 de agosto de 2006. Possibilitando um atendimento que
garante um conforto, sigilo e uma boa acolhida estruturalmente.
52

Diante do exposto a cima percebe-se que o Hemocentro dispõe de uma vasta


gama de serviços ofertados a população, os quais ainda são desconhecidos em sua
grande maioria.
53

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente produção acadêmica de trabalho de conclusão de curso abordou o


trabalho do Assistente Social inserido em um hemocentro, trabalhando no setor de
captação de doadores, no setor da Hemoterapia e no setor da Hemonorte, levando
em conta todo o processo de aprendizagem do período do estágio obrigatório e no
decorrer do estudo sobre a temática.
Neste documento foram abordados alguns pontos como os tipos de serviços
ofertados pelo Hemocentro do RN para a população, como esses serviços
funcionam e como se dá a inserção do Serviço Social nesse espaço, assim como
elenca a prática do cotidiano do assistente social, os instrumentais utilizados e a
participação desses profissionais nos programas/projetos da instituição.
Porém, apesar de o Serviço Social trabalhar com todas essas demandas
percebeu-se, que cabe ressaltar alguns desafios profissionais como a necessidade
de haver uma melhor utilização das salas de espera, não só para se sensibilizar a
população para as doações de sangue voluntárias, como também necessitando
trabalhar com os usuários com informações acerca de outros assuntos, como a
educação em saúde, politicas assistenciais, questões educativas de prevenção de
doenças, entre outros temas relevantes para a comunidade atendida com o intuito
de efetivar a melhoria da qualidade de vida.
Compreendendo que o Serviço Social na saúde, atua a partir da
compreensão da análise da realidade dos indivíduos para assim identificar o seu
objeto de trabalho e realizar intervenções de forma a conscientizar esses usuários
para a sua emancipação enquanto detentor de direitos.
Diante das observações apresentadas espera-se que este trabalho contribua
para aclarar os serviços disponibilizados na instituição ao qual foram trabalhadas
destacando a importância das atividades desenvolvidas pelos assistentes sociais
nas três frentes de atuação.
54

REFERÊNCIAS

AMORIM FILHO, L. Textos de Apoio em Hemoterapia: Hemoterapia: Uma


Abordagem Histórica e Social. Organizados pela Escola Politécnica de Saúde
Joaquim Venâncio, Rio de Janeiro: Fiocruz, vol. 1, 2000.

BARCA, D. A. A. V. Politica Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados no


Brasil. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Técnico em Hemoterapia. Brasília;
Ministério da Saúde, 2013.

BRASIL, Lei nº 8.742. Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). Brasília: DF, 7 de
dezembro de 1993.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal.

Brasil. Ministério da Saúde Executiva. Programa qualidade do Sangue: sangue e


hemoderivados/ Ministério da Saúde, Secretaria Executiva - Brasília: Ministério da
Saúde, 2000. P.56.
Disponívelem:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/qualidade_sangue.pdf>
Acesso em: 08 set. 2018.

CARLOS, Winnie Souza. O ARCO-ÍRIS DE VIDA QUE CORRE EM MINHAS


VEIAS: A DOAÇÃO DE SANGUE POR HOMENS HOMOAFETIVOS. 2018. 57 f.
TCC (Graduação) - Curso de Serviço Social, Departamento de Serviço Social -
DESSO, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Natal/RN, 2018.

CARVALHO, Fabiana Mendes de. O Exercício Profissional do Serviço Social no


Setor de Captação de Doadores – Hemosc de Florianópolis: Cotidiano e
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