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OBSERVAÇÕES INICIAIS
Bons estudos!
Atenciosamente,
Equipe Mege.
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SUMÁRIO
BLOCO I ............................................................................................................................. 5
DIREITO CIVIL ................................................................................................................ 5
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................ 14
DIREITO DO CONSUMIDOR ......................................................................................... 25
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................................. 31
BLOCO II .......................................................................................................................... 35
DIREITO PENAL ............................................................................................................ 35
DIREITO PROCESSUAL PENAL ...................................................................................... 42
DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................... 50
DIREITO ELEITORAL ..................................................................................................... 56
JUIZADOS ESPECIAIS ................................................................................................... 59
CÓDIGO DE NORMAS DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA DO PARANÁ E CÓDIGO
DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO DO PARANÁ........................ 63
BLOCO III ......................................................................................................................... 67 4
DIREITO EMPRESARIAL ............................................................................................... 67
DIREITO TRIBUTÁRIO .................................................................................................. 72
DIREITO AMBIENTAL ................................................................................................... 77
DIREITO ADMINISTRATIVO ......................................................................................... 81
BLOCO I
DIREITO CIVIL
1. Para ajudar a custear o tratamento médico de seu filho, José resolveu vender seu
próprio automóvel. Em razão da necessidade e da urgência, José estipulou, para a venda,
o montante de 35 mil reais, embora o valor real de mercado do veículo fosse de 65 mil
reais. Ao ver o anúncio, Fernando ofereceu 32 mil reais pelo automóvel, José aceitou o
valor oferecido por Fernando e formalizou o negócio jurídico de venda. Conforme o
Código Civil, essa situação configura hipótese de:
(A) dolo, podendo José pedir somente indenização por perdas e danos;
(B) lesão, podendo José pedir somente indenização por perdas e danos.
(C) dolo, sendo o negócio jurídico anulável;
(D) lesão, sendo o negócio jurídico anulável.
RESPOSTA: D
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(A) Incorreta. Como visto, não se trata de dolo e sim de lesão;
(B) Incorreta. Como vimos, nos termos do art. 171, II, CC, trata-se de negócio jurídico
anulável
(C) Incorreta, pois o dolo o dolo é o artifício malicioso de que é vítima uma das partes,
fazendo com que celebre negócio prejudicial: a vítima do dolo incorre em um erro
provocado pela outra parte ou por terceiro. Enquanto o erro é fortuito, o dolo é
provocado, pois há intenção manifesta de prejudicar. Por outro lado, na lesão, temos a
manifesta desproporção entre as prestações do negócio, impondo a uma das partes
prestação excessiva, em virtude da sua necessidade ou sua inexperiência, justamente
como é o caso da questão;
(D) Correta. Pela previsão do art. 157, c/c art. 171, II, ambos do Código Civil, estamos
diante de vício no negócio jurídico decorrente da lesão, tendo em vista que, no caso,
uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obrigou a prestação
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta, tornando, assim,
anulável o negócio jurídico.
2. De acordo com o Código Civil, nas consignações em pagamento, o ato de depósito
efetuado pelo devedor faz cessar:
(A) os riscos e os juros da dívida; uma vez declarada a aceitação pelo credor, o depósito
não mais pode ser levantado pelo devedor;
(B) os riscos, mas os juros da dívida continuam a correr até a declaração de aceitação do
credor
(C) os riscos e os juros da dívida podendo o devedor requerer o levantamento do
depósito mesmo após a aceitação do credor;
(D) os juros da dívida e impede o levantamento do valor depositado pelo devedor até
que seja aceito ou impugnado pelo credor.
RESPOSTA: A
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A questão foi abordada na rodada 04 (Direito Civil) da turma de reta final TJ-PR.
Por se tratar de quatro assertivas que tratam, apenas, de trocar algumas palavras e
expressões trazidas pelo Código Civil, importante fazer a leitura dos dispositivos legais
que tratam desta questão, podendo-se extrair a resposta a partir da leitura dos arts. 337
e 338, ambos do Código Civil e este último através de uma leitura a contrario sensu,
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como vemos:
Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar,
poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e
subsistindo a obrigação para todas as consequências de direito.
(A) considerar irrelevante o resultado do exame de DNA, uma vez que o registro de
nascimento, após formalizado, não é passível de anulação;
(B) reconhecer como nulo de pleno direito o registro de nascimento;
(C) exigir, além do exame de DNA, prova robusta de que Eduardo fora induzido a erro
ou coagido a registrar o filho de outrem como seu;
(D) considerar suficiente a comprovação da ausência de vinculo genético entre Eduardo
e o filho registrado e declarar a anulação do registro de nascimento.
RESPOSTA: C
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Nos termos do Informativo 604 do STJ, não basta a prova da ausência de vínculo
biológico para fins de processamento da ação negatória de paternidade, devendo estar
demonstrada a ocorrência, também, de vício no consentimento do pai registral:
4. Fábio e Eliana foram casados e tiveram um filho chamado Enzo. Após terem se
divorciado, foi determinado judicialmente que ambos teriam a guarda do menino.
Alguns meses após a separação, durante uma discussão por questões financeiras, Fábio
chamou Eliana de prostituta, por ela estar em um novo relacionamento, e a agrediu,
causando-lhe lesão corporal de natureza grave. À luz do Código Civil, é correto afirmar
que Fábio:
(A) poderá perder o poder familiar de Enzo somente se comprovado que ele agrediu
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também o menino
(B) não poderá perder o poder familiar de Enzo, somente a sua guarda
(C) não poderá perder nem o poder familiar de Enzo, nem a sua guarda
(D) poderá perder o poder familiar de Enzo por decisão judicial.
RESPOSTA: D
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Mais uma vez, estamos diante de uma questão que traz uma grande similitude entre
todas as assertivas, que limitam-se a trocar algumas palavras ou expressões por outras,
mas sempre mantendo a análise do mesmo dispositivo legal para a sua fundamentação
e para encontrarmos a resposta correta. No presente caso, estamos diante da previsão
do art. 1.635, V, c/c art. 1.638, parágrafo único, I, “a”, ambos do Código Civil, alterado
recentemente pela Lei 13.715, de 2018. Pela redação dos dispositivos citados, é causa
de perda do poder familiar a agressão (lesão corporal de natureza grave) contra outra
pessoa igualmente titular do poder familiar. Vamos à leitura dos dispositivos legais:
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. (Incluído pela Lei
nº 13.509, de 2017)
Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que: (Incluído
pela Lei nº 13.715, de 2018)
I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar: (Incluído pela
Lei nº 13.715, de 2018)
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte,
quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou
menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de
2018)
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b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão; (Incluído
pela Lei nº 13.715, de 2018)
II – praticar contra filho, filha ou outro descendente: (Incluído pela Lei nº 13.715, de
2018)
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte,
quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou
menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de
2018)
b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à
pena de reclusão. (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)
(A) comunicam-se entre Júlia e Leandro, desde que comprovado o esforço comum para
a sua aquisição
(B) não se comunicam entre Júlia e Leandro, exceto o terreno doado
(C) não se comunicam entre Júlia e Leandro, ainda que seja comprovado o esforço
comum para sua aquisição
(A) comunicam-se entre Júlia e Leandro, inclusive o terreno doado.
RESPOSTA: A
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O assunto foi abordado na rodada 10 (Direito Civil) da turma de reta final TJ-PR e no
aulão de véspera em Curitiba/PR.
Trata-se de mudança na posição do STJ, que passou a entender, até mesmo de forma
mais esmiuçada à Súmula 377 do STF, que somente os bens onerosamente adquiridos
na constância do casamento por ambas as partes é que se comunicam, quando casados
pelo regime da separação obrigatória ou legal de bens, sob pena de desvirtuamento
deste regime de bens.
RESPOSTA: B
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A questão foi abordada na rodada 07 (Direito Civil) da turma de reta final TJ-PR.
A resposta para esta questão pode ser extraída, diretamente, da leitura do art. 1.218 do
Código Civil, que refere, expressamente, que o possuidor de má-fé responde pela perda,
ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se
teriam dado, estando ela na posse do reivindicante. No caso da presente questão,
devemos observar que a assertiva de que “salvo se comprovar que elas ocorreriam
mesmo que ele não estivesse no exercício da posse” equivale ao texto legal, ou seja, tem
correspondência à exceção de que ele não responde se provar que, de igual modo,
teriam ocorrido a perda ou deterioração da coisa, se estivessem na posse do
reivindicante (ou seja, que não estariam na posse do possuidor de má-fé).
(A) há responsabilidade civil da transportadora, desde que seja demonstrado que ela
não adotou medidas razoáveis de cautela, como a contratação do referido seguro;
(B) não há responsabilidade civil da transportadora, pois, ao ter realizado o transporte
em trajeto conhecido e em horário com intenso tráfego, adotou medidas razoáveis de
cautela;
(C) há responsabilidade civil da transportadora, sendo suficiente para sua configuração
a previsibilidade abstrata de risco de roubo da carga transportada;
(D) não há responsabilidade civil da transportadora, pois o roubo à mão armada
constitui motivo de força maior.
RESPOSTA: A
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RESPOSTA: D
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Temos, novamente, uma questão em que todas as assertivas tratam do mesmo assunto,
praticamente trazendo as mesmas assertivas, com pequenas alterações no seu texto, o
que é bastante comum em provas do CESPE/CEBRASPE. A resposta a essa assertiva é
extraída da leitura do art. 524 do CC:
(A) proibida, para fins de transplante, ainda que a disposição seja parcial;
(B) permitida, após a morte, para fins científicos e de forma gratuita
(C) proibida, após a morte, se parcial e com fins altruísticos;
(D) permitida, se por vontade pessoal e para fins científicos, ainda que implique em
diminuição da integridade física.
RESPOSTA: B
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A resposta a esta questão, apontando a assertiva “D” como a correta, é trazida pela
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leitura expressa do art. 14 do Código Civil, tratando-se de mera cópia do dispositivo
legal.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
10. Após o falecimento dos pais, uma criança de dez anos de idade foi colocada sob
tutela de sua avó, de sessenta e cinco anos de idade, já que constitui parente de grau
mais próximo. Em relação à tutela dessa criança, considerando-se as disposições legais,
é correto afirmar que a avó:
(A) poderá se escusar da tutela, sob o fundamento de ser maior de sessenta anos
(B) não poderá se escusar da tutela, já que é o parente de grau mais próximo da criança;
(C) não poderá se escusar da tutela, uma vez que tal ato é vedado pela legislação
vigente;
(D) poderá se escusar da tutela, sob a alegação de ser aposentada.
RESPOSTA: A
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A resposta é simples a esta questão e pode ser extraída da leitura do art. 1.736, II, Código
Civil, que trata justamente de causa de escusa da tutela como sendo a pessoa ser maior
de sessenta anos. Não há referência ao fato de ser aposentada, o que, diante da
ausência de previsão legal, não corresponde à indicação da assertiva “C”.
RESPOSTA: B
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O item II foi abordado na rodada 07 (Direito Processual Civil) da turma de reta final TJ-
PR
(I) CORRETA. “O marco temporal para a aplicação das normas do CPC/2015 a respeito
da fixação e distribuição dos ônus sucumbenciais é a data da prolação da sentença ou,
no caso dos feitos de competência originária dos tribunais, do ato jurisdicional
equivalente à sentença (AgInt no REsp 1509088 / RJ; Relator(a) Ministro BENEDITO
GONÇALVES (1142); PRIMEIRA TURMA; DJe 28/02/2019)”.
(A) Paulo poderá ser dispensado do pagamento de caução apenas se tiver firmado com
Fernando negócio processual com essa finalidade e devidamente homologado pelo juízo
competente.
(B) pedido de remessa à localidade onde Fernando possui bens deve ser rejeitado,
porque o cumprimento de sentença é de competência exclusiva do juízo que profere a
sentença.
(C) não cabe o arbitramento de honorários na fase de cumprimento provisório da
sentença, porque essa fase processual é um ato facultativo de Paulo.
(D) Fernando poderá depositar o referido valor com o único intuito de evitar a incidência
da multa, ato que não será tido como incompatível com o recurso interposto por ele.
RESPOSTA: D
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(A) Incorreta. Art. 520, IV, e 521, ambos do NCPC – “Art. 520. O cumprimento provisório
da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da
mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: IV - o
levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência
de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa
resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada
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de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. / Art. 521. A caução prevista no inciso
IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que: I - o crédito for de natureza
alimentar, independentemente de sua origem; II - o credor demonstrar situação de
necessidade; III – pender o agravo do art. 1.042; IV - a sentença a ser provisoriamente
cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido
no julgamento de casos repetitivos. Parágrafo único. A exigência de caução será
mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou
incerta reparação”.
(B) Incorreta. Art. 522 c/c art. 516, caput, e Parágrafo, todos do NCPC – “Art. 522. O
cumprimento provisório da sentença será requerido por petição dirigida ao juízo
competente. / Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: I - os
tribunais, nas causas de sua competência originária; II - o juízo que decidiu a causa no
primeiro grau de jurisdição; III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença
penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão
proferido pelo Tribunal Marítimo. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o
exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local
onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser
executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do
processo será solicitada ao juízo de origem”.
(C) Incorreta. Art. 520, §2º, do NCPC – “Art. 520, § 2o A multa E OS HONORÁRIOS a que
se refere o § 1o do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença
condenatória ao pagamento de quantia certa”.
(D) Correta. Art. 520, §3º, do NCPC – “Art. 520, § 3o Se o executado comparecer
tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de isentar-se da multa, o ato não
será havido como incompatível com o recurso por ele interposto”.
13. Renato, recém-nascido, e Antônia, sua mãe, são autores de ação ajuizada em
desfavor de Luiz, suposto pai de Renato. Na ação, são pleiteados a declaração de
paternidade de Luiz em favor de Renato e o ressarcimento de despesas decorrentes do
parto em favor de Antônia.
(A) eventual.
(B) sucessivo.
(C) alternativo.
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(D) unitário.
RESPOSTA: B
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(A) Incorreta. Fredie Didier Jr., ao tratar do Litisconsórcio eventual, ensina que, “Há a
possibilidade de cumulação eventual de pedidos, de modo que o segundo pedido
somente possa ser examinado se o primeiro não for acolhido (art. 326, caput, CPC) -
trata-se de um dos casos de cumulação imprópria de pedidos, a ser examinado no
capítulo sobre a petição inicial e o pedido. Da cumulação eventual de pedidos pode
surgir um litisconsórcio facultativo. É possível cogitar a formulação de uma cumulação
de pedidos, em que cada pedido seja dirigido a uma pessoa, mas o segundo pedido
somente possa ser examinado se o primeiro não puder ser atendido (DIDIER JR., Fredie.
Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e
processo de conhecimento / Fredie Didier Jr. – 20ª ed. - Salvador: Ed. Jus Podivm, 2018,
p. 547)”.
(B) Correta. Fredie Didier Jr., ao tratar do litisconsórcio sucessivo, ensina que, “Há a
possibilidade de cumulação sucessiva de pedidos, de modo que o segundo pedido
somente possa ser acolhido se o primeiro também o for - trata-se de um dos casos de
cumulação própria de pedidos, a ser examinado no capítulo sobre a petição inicial. A
cumulação sucessiva de pedidos pode dar origem a um litisconsórcio em que cada
litisconsorte formule um pedido, mas o pedido de um somente possa ser acolhido se o
pedido do outro o for. Este é um exemplo de litisconsórcio facultativo surgido em razão
de uma cumulação de pedidos formulados por partes distintas, em que o pedido de
uma delas depende do acolhimento do pedido da outra. É o caso, por exemplo, do
litisconsórcio entre mãe e filho, no qual o segundo pleiteia a investigação de
paternidade e a primeira, o ressarcimento pelas despesas do parto. Ambos os pedidos
podem ser acolhidos - por isso o caso é de cumulação própria de pedidos. Mas o pedido
da mãe somente pode ser acolhido se o pedido do filho o for (DIDIER JR., Fredie. Curso
de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo
de conhecimento / Fredie Didier Jr. – 20ª ed. - Salvador: Ed. Jus Podivm, 2018, p. 546)”.
(C) Incorreta. Fredie Didier Jr., ao tratar do Litisconsórcio alternativo, explica que “Há a
possibilidade de cumulação alternativa de pedidos, de modo que se formulem vários
pedidos para que apenas um deles, qualquer deles, seja acolhido (art. 326, par. ún.,
CPC). O autor não expressa qualquer preferência entre os pedidos formulados - trata-se
de um dos casos de cumulação imprópria de pedidos, a ser examinado no capítulo sobre
a petição inicial e o pedido. Da cumulação alternativa de pedidos pode surgir um
litisconsórcio facultativo. É possível cogitar a formulação de uma cumulação de pedidos,
em que cada pedido seja dirigido a uma pessoa, mas somente um deles possa ser
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atendido. (...) Um bom exemplo costuma acontecer na consignação em pagamento: na
dúvida, pode o autor dirigir-se a duas pessoas, por não saber a qual das duas se acha
juridicamente ligado (art. 547, CPC), requerendo o devedor o depósito e a citação dos
que disputam o crédito. Ao julgar a controvérsia entre os dois réus, decidirá o juiz qual
deles era o legitimado perante o autor. O litisconsórcio alternativo é facultativo simples
(DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual
civil, parte geral e processo de conhecimento / Fredie Didier Jr. – 20ª ed. - Salvador: Ed.
Jus Podivm, 2018, p. 548)”.
(D) Incorreta. Segundo Fredie Didier Jr., “Há litisconsórcio unitário quando o provimento
jurisdicional de mérito tem de regular de modo uniforme a situação jurídica dos
litisconsortes, não se admitindo, para eles, julgamentos diversos. O julgamento terá de
ser o mesmo para todos os litisconsortes. Esta é, aliás, a definição legal, prevista no art.
116 do CPC: "O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o
juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. (...) Para
que se caracterize como unitário, o litisconsórcio dependerá da natureza da relação
jurídica controvertida: haverá unitariedade quando o mérito envolver uma relação
jurídica indivisível. É imprescindível perceber que são dois os pressupostos para a
caracterização da unitariedade, que deve m ser investigados nesta ordem: a) os
litisconsortes discutem uma única relação jurídica; b) essa relação jurídica é indivisível
(DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual
civil, parte geral e processo de conhecimento / Fredie Didier Jr. – 20ª ed. - Salvador: Ed.
Jus Podivm, 2018, p. 526 e 527)”.
14. Um indivíduo impetrou mandado de segurança junto ao STJ para questionar ato
coator que, conforme afirmava na petição inicial, teria sido praticado por um ministro
de Estado. Após a autoridade supostamente coatora apresentar informações sobre o
mérito da questão, o relator verificou que o ato, na realidade, havia sido praticado
exclusivamente por um servidor subordinado ao ministro e ocupante do cargo de chefe
de divisão na pasta ministerial.
(A) deve ser aplicada, porque há hierarquia entre a autoridade que prestou as
informações e a que determinou a prática do ato.
(B) deve ser aplicada, porque, ao apresentar informações sobre o mérito, a autoridade
indicada como coatora tacitamente concordou com a prática do ato.
(C) não deve ser aplicada, porque a utilização desta teoria na via mandamental implica
sempre em violação do devido processo legal.
(D) não deve ser aplicada, porque nesse caso o vício de legitimidade implica a
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modificação de competência constitucionalmente prevista.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Sabe-se bem que, segundo a Súmula 628 do STJ, “A teoria da encampação é aplicada no
mandado de segurança quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a)
existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que
ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas
informações prestadas; e c) ausência de modificação de competência estabelecida na
Constituição Federal”. No caso de um suposto ato praticado por Ministro de Estado de
Estado, a competência para o julgamento do Mandado de Segurança seria do Superior
Tribunal de Justiça, conforme dispõe o artigo 105, I, “b”, da Constituição. No entanto,
como constatou-se, posteriormente, que o ato ilegal teria sido praticado por um
servidor subordinado ao Ministro, não poderia ser aplicada a teoria da encampação, isso
porque, em que pese o Ministro tenha defendido o mérito do ato e exista vínculo
hierárquico entre ambos, ocorreria violação à competência prevista na Constituição, já
que o STJ somente tem competência para analisar, originariamente, Mandado de
Segurança contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal, prerrogativa esta não extensiva ao referido
servidor.
15. André interpôs recurso extraordinário contra acórdão proferido por tribunal de
justiça. Em sequência, ao realizar o juízo de admissibilidade do recurso, o presidente do
tribunal de justiça prolatou decisão inadmitindo o recurso, por entender que não havia
sido cumprido o requisito do prequestionamento de matéria constitucional. Dois dias
após ter sido intimado da decisão de inadmissão, André opôs embargos de declaração,
alegando haver obscuridade na decisão monocrática proferida na origem.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
“Os embargos de declaração opostos contra a decisão de presidente do tribunal que não
admite recurso extraordinário não suspendem ou interrompem o prazo para
interposição de agravo, por serem incabíveis. Esse é o entendimento da Primeira Turma
que, por maioria e em conclusão, converteu embargos declaratórios em agravos
regimentais e a eles negou provimento (vide Informativo 700). Vencidos os ministros
Marco Aurélio e Luiz Fux, que deram provimento aos agravos, por entenderem que todo
pronunciamento com carga decisória desafia embargos declaratórios. (ARE 688776
ED/RS, rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 28.11.2017. (ARE-688776) ARE 685997
ED/RS, rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 28.11.2017. (ARE-685997)) – Informativo
886)”.
16. De acordo com o Código de Processo Civil, no que concerne ao julgamento de ação
reivindicatória da propriedade de bem imóvel localizado em território nacional, a
competência internacional da justiça brasileira e a competência territorial do foro do
local do imóvel são consideradas, respectivamente, como
(A) concorrente e absoluta.
(B) concorrente e relativa.
(C) exclusiva e absoluta.
(D) exclusiva e relativa.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Art. 23 e art 47, caput e §1º, todos do NCPC – “Art. 23. Compete à autoridade judiciária
brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis
situados no Brasil; / Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é
competente o foro de situação da coisa. § 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio 21
do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade,
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova”.
(A) Em ação monitória, o magistrado deverá determinar, em regra, a citação do réu por
meio de oficial de justiça, porque naquele procedimento é vedada a citação pelo correio.
(B) Em procedimento de inventário e partilha, o magistrado está proibido de deferir
antecipadamente a um herdeiro o direito de uso e fruição de bem do espólio.
(C) O magistrado que, em ação de consignação em pagamento, concluir pela
insuficiência do depósito, somente poderá condenar, em sentença, o autor ao
pagamento da diferença percebida caso tenha sido apresentada reconvenção pelo réu.
(D) O magistrado que verificar a existência de terceiro titular de interesse em embargar
ato tratado em juízo deverá ordenar a sua intimação pessoal.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Não há esta vedação, conforme se observa pela leitura do artigo 247 do
NCPC – “Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país,
exceto: I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o; II - quando o
citando for incapaz; III - quando o citando for pessoa de direito público; IV - quando o
citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; V -
quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma”.
(B) Incorreta. Art. 647, Parágrafo único, do NCPC – “Art. 647. Cumprido o disposto no
art. 642, § 3o, o juiz facultará às partes que, no prazo comum de 15 (quinze) dias,
formulem o pedido de quinhão e, em seguida, proferirá a decisão de deliberação da
partilha, resolvendo os pedidos das partes e designando os bens que devam constituir
quinhão de cada herdeiro e legatário. Parágrafo único. O juiz poderá, em decisão
fundamentada, deferir antecipadamente a qualquer dos herdeiros o exercício dos
direitos de usar e de fruir de determinado bem, com a condição de que, ao término do
inventário, tal bem integre a cota desse herdeiro, cabendo a este, desde o deferimento,
todos os ônus e bônus decorrentes do exercício daqueles direitos”.
(C) Incorreta. Art. 545, §§1º e 2º, do NCPC – “Art. 545. Alegada a insuficiência do
depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a
prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. § 1o No caso do caput,
poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente
liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. §
2o A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que
22
possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor
promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
(D) Correta. Art. 675, Parágrafo único do NCPC – “Art. 675. Os embargos podem ser
opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em
julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5
(cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da
arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Parágrafo único.
Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz
mandará intimá-lo pessoalmente”.
18. De acordo com o Código de Processo Civil, a produção antecipada da prova requerida
antes do ajuizamento da demanda principal
(A) acarreta a prevenção do juízo para a ação que venha a ser proposta com base na
prova produzida.
(B) segue procedimento no qual é admitida a interposição de apelação contra a decisão
que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada.
(C) pode ser utilizada somente na hipótese de o autor provar que o prévio conhecimento
dos fatos é imprescindível para o ajuizamento de ação.
(D) é da competência exclusiva do foro onde a prova deva ser produzida.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Art. 381, §3º, do NCPC – “Art. 381, § 3o A produção antecipada da prova
não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta”.
(B) Correta. Art. 382, §4º, do NCPC – “Art. 382, § 4o Neste procedimento, não se admitirá
defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova
pleiteada pelo requerente originário”.
(C) Incorreta. Art. 381, caput, do NCPC – “Art. 381. A produção antecipada da prova será
admitida nos casos em que: I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível
ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; II - a prova a ser
produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de
solução de conflito; III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o
ajuizamento de ação”.
(D) Incorreta. Art. 381, §2º, do NCPC – “Art. 381, § 2o A produção antecipada da prova
é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio
23
do réu”.
(A) será realizada na forma de decisão interlocutória de mérito e produzirá coisa julgada
material caso não seja impugnada pelo réu.
(B) será cabível somente na hipótese de verificação de abuso do direito de defesa da
parte ré, haja vista a natureza punitiva dessa modalidade de tutela provisória.
(C) dependerá da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do
processo e ocorrerá nas situações em que os efeitos da decisão sejam reversíveis.
(D) poderá ser deferida liminarmente caso os fatos sejam comprovados apenas pela via
documental e exista tese firmada em julgamento de casos repetitivo
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
20. De acordo com o STF, a legitimidade ativa para execução de condenação patrimonial
imposta por tribunal de contas estadual é do
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
DIREITO DO CONSUMIDOR
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Assertiva I. Incorreta, pois, nos termos do art. 51, XV, CDC, a previsão de cláusulas que
estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor acarretam a sua
nulidade de pleno direito, e não a invalidade ou a inexistência do negócio.
Assertiva II. Correta, já que retrata a previsão do art. 54, §4º, CDC, que prevê,
justamente, a possibilidade da existência de cláusulas que acarretem a limitação de
direito dos consumidores, mesmo em contratos de adesão.
Assertiva III. Correta, eis que retrata, exatamente, a previsão do art. 53, §2º, CDC: Nos
contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou a restituição
das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da vantagem
econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar
ao grupo.
22. Com base na jurisprudência do STJ, julgue os itens a seguir, a respeito de relações
consumeristas:
RESPOSTA: C
26
COMENTÁRIOS
Assertiva II. Incorreta, estando incorreta a expressão “qualquer prazo”, já que o prazo
de 24 horas deve ser observado para fins de exigência da cobertura de assistência à
saúde nos casos de urgência e emergência. Este é o teor da Súmula 597 do STJ: A cláusula
contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de
assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva
se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação.
Assertiva III. Correta. Reflexo exato da Súmula 602 do STJ: O Código de Defesa do
Consumidor é aplicável aos empreendimentos habitacionais promovidos pelas
sociedades cooperativas.
23. A respeito da cobrança de dívidas e cadastros de inadimplentes, de prescrição, de
práticas comerciais abusivas e de oferta e publicidade, assinale a opção correta, de
acordo com a jurisprudência do STJ:
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
27
As assertivas “A” e “B” foram abordadas nas rodadas 1 e 7 da turma de reta final TJ-PR,
respectivamente.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Nos termos da Súmula 356 do STJ, “é legítima a cobrança da tarifa básica
pelo uso dos serviços de telefonia fixa”. Trata-se, como visto, de entendimento
sumulado já bastante antigo, que conta com mais de dez anos da sua publicação.
(D) Incorreta. O STJ tem entendimento pacífico de que “não é abusiva a cláusula de
cobrança de juros compensatórios incidentes em período anterior à entrega das chaves
nos contratos de compromisso de compra e venda de imóveis em construção sob o
regime de incorporação imobiliária” (EREsp 670.117-PB, Rel. originário Min. Sidnei
Beneti, Rel. para acórdão Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 13/6/2012).
25. Se determinada mercadoria apresentar vício do produto poucos dias após a sua
aquisição, o consumidor terá direito à reparação do vício:
(A) diretamente pelo comerciante, por ser subsidiária a responsabilidade do fabricante;
(B) pelo fabricante em até sete dias, caso a mercadoria seja essencial;
(C) no prazo prescricional de noventa dias, caso seja produto durável;
(D) pelo comerciante, pela assistência técnica ou pelo fabricante, no prazo de trinta dias.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Em mais esta questão que foi abordada expressamente no aulão de revisão de véspera,
advertimos a respeito da mudança sensível no entendimento do STJ, ocorrida no mês
de março de 2018, a partir de julgado em que a Corte passou a entender que é direito
subjetivo do consumidor levar o produto viciado diretamente ao comerciante, à
assistência técnica ou ao fabricante, o que lhe for mais conveniente. Com relação ao
30
prazo de trinta dias, como a questão não fez menção ao fato do produto ser ou não
durável, esta informação acaba sendo irrelevante para responder a acertar a questão. O
julgado a que se refere é o REsp 1.634.851-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, por maioria,
julgado em 12/09/2017, DJe 15/02/2018, com previsão no Informativo 0619:
Cabe ao consumidor a escolha para exercer seu direito de ter sanado o vício do produto
em 30 dias – levar o produto ao comerciante, à assistência técnica ou diretamente ao
fabricante. A questão jurídica discutida consiste, dentre outros pontos, em definir a
responsabilidade do comerciante no que tange à disponibilização e prestação de serviço
de assistência técnica (art. 18, caput e § 1º, do CDC). Em princípio, verifica-se que a
interpretação puramente topográfica do § 1º do art. 18 do CDC leva a crer que a
responsabilidade solidária imputada no caput aos fornecedores, inclusive aos próprios
comerciantes, compreende o dever de reparar o vício no prazo de trinta dias, sob pena
de o consumidor poder exigir a substituição do produto, a restituição da quantia paga
ou o abatimento proporcional do preço. A Terceira Turma do STJ, no entanto, ao analisar
situação análoga se manifestou no sentido de que, "disponibilizado serviço de
assistência técnica, de forma eficaz, efetiva e eficiente, na mesma localidade [município]
do estabelecimento do comerciante, a intermediação do serviço apenas acarretaria
delongas e acréscimo de custos, não justificando a imposição pretendida na ação
coletiva" (REsp 1.411.136-RS, DJe 10/03/2015). No entanto, esse tema merece nova
reflexão. Isso porque o dia a dia revela que o consumidor, não raramente, trava
verdadeira batalha para, após bastante tempo, atender a sua legítima expectativa de
obter o produto adequado ao uso, em sua quantidade e qualidade. Aliás, há doutrina a
defender, nessas hipóteses, a responsabilidade civil pela perda injusta e intolerável do
tempo útil. Assim, não é razoável que, à frustração do consumidor de adquirir o bem
com vício, se acrescente o desgaste para tentar resolver o problema ao qual ele não deu
causa, o que, por certo, pode ser evitado – ou, ao menos, atenuado – se o próprio
comerciante participar ativamente do processo de reparo, intermediando a relação
entre consumidor e fabricante, inclusive porque, juntamente com este, tem o dever
legal de garantir a adequação do produto oferecido ao consumo. Vale ressaltar que o
comerciante, em regra, desenvolve uma relação direta com o fabricante ou com o
representante deste; o consumidor, não. Por isso também, o dispêndio gerado para o
comerciante tende a ser menor que para o consumidor, sendo ainda possível àquele
exigir do fabricante o ressarcimento das respectivas despesas. Logo, à luz do princípio
da boa-fé objetiva, se a inserção no mercado do produto com vício traz em si,
inevitavelmente, um gasto adicional para a cadeia de consumo, esse gasto deve ser tido
como ínsito ao risco da atividade, e não pode, em nenhuma hipótese, ser suportado pelo
consumidor, sob pena de ofensa aos princípios que regem a política nacional das
relações de consumo, em especial o da vulnerabilidade e o da garantia de adequação, a
cargo do fornecedor, além de configurar violação do direito do consumidor de receber
a efetiva reparação de danos patrimoniais sofridos por ele.
31
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
26. A atual doutrina da proteção integral, que rege o direito da criança e do adolescente,
reconhece crianças e adolescentes como
(A) objetos de proteção do Estado e de medidas judiciais, mas que devem ser
responsabilizados pela própria situação de irregularidade.
(B) sujeitos de direito, devendo o Estado, a família e a sociedade lhes assegurar direitos
fundamentais.
(C) objetos de proteção do Estado e de medidas judiciais, sendo o Estado o principal
responsável por lhes assegurar direitos.
(D) sujeitos de direito que devem ser responsabilizados pela própria situação de
irregularidade.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
27. Assinale a opção que indica medida de proteção à criança e ao adolescente prevista
no ECA e aplicável quando os direitos reconhecidos desse grupo social forem ameaçados
ou violados.
COMENTÁRIOS
Art. 101 do ECA - Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade
competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
28. Gabriel, brasileiro, com onze anos de idade e residente no Brasil, foi autorizado por
seus pais a viajar desacompanhado para a Argentina, a fim de visitar familiares. Tal
autorização foi formulada por escrito na presença de autoridade consular brasileira, que
também assinou o documento.
Conforme a Resolução n.º 131/2011 do Conselho Nacional de Justiça, que dispõe sobre
a concessão de autorização de viagem para o exterior de crianças e adolescentes
brasileiros, Gabriel
(A) não poderá realizar a viagem, porque a autorização assinada por seus pais não teve
firma reconhecida.
(B) poderá realizar a viagem, desde que a autorização dos seus pais seja homologada
por juiz competente.
(C) poderá realizar a viagem, pois a assinatura da autoridade consular valida a
autorização de seus pais.
(D) não poderá realizar a viagem, porque, nessas condições, é obrigatória autorização
judicial, em razão de sua idade.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
Art. 8, § 2º da RES CNJ 131/2011 - Ainda que não haja reconhecimento de firma, serão
válidas as autorizações de pais ou responsáveis que forem exaradas na presença de
autoridade consular brasileira, devendo, nesta hipótese, constar a assinatura da
autoridade consular no documento de autorização.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Art. 101 do ECA - Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade
competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: (...) IV - inclusão
em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da
família, da criança e do adolescente;
30. De acordo com a Lei n.º 12.594/2012, que instituiu o Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo (SINASE), compete à União
(A) garantir a defesa técnica do adolescente a quem se atribua a prática de ato
infracional.
(B) instituir e manter processo de avaliação dos sistemas de atendimento
socioeducativo.
(C) desenvolver e oferecer programas próprios de atendimento a adolescentes
infratores.
(D) criar, desenvolver e manter programas para a execução de medida socioeducativa
de internação.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Art. 3º da Lei do SINASE - Compete à União: (...) VII - instituir e manter processo de
avaliação dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo, seus planos, entidades e
programas;
34
BLOCO II
DIREITO PENAL
(A) I e III.
35
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(I) Correta. A Escola Clássica teve como seus principais adeptos Paul Feuerbach e
Francesco Carrara. Tinha o livre arbítrio como seu fundamento indeclinável, sendo o
homem moralmente imputável em razão dos seus atos externos, que podem ser
praticados por ação ou omissão.
(II) Incorreta. A Escola Técnico-Jurídica teve Arturo Rocco como seu nome principal,
pregando que nenhuma ciência jurídica deveria intervir no Direito Penal, que deve
resumir-se ao que positivado. O Direito Penal não sofre intervenção da Antropologia e
da sociologia. Tais intervenções são vistas na Escola Positiva (Lombroso, Ferri e
Garofalo), que possui as fases atropológica, sociológica e jurídica.
(III) Incorreta. A Escola Correlacionista almeja a correção ou emenda do delinquente,
buscando a sua compreensão e proteção, buscando-se a recuperação para o convívio
em sociedade, em vez de intimidação.
(IV) Correta. O movimento surge após a Segunda Guerra Mundial, liderado por Fillipo
Gramatica e Marc Ancel. O Direito Penal deve ser um instrumento preventivo, tendo
como foco evitar que o criminoso volte a delinquir, rejetando-se o viés meramente
retributivo
32. Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos penais
previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro de 2014.
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a referida legislação é um
exemplo de lei penal
(A) excepcional.
(B) temporária.
(C) corretiva.
(D) intermediária.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
36
A questão foi abordada na rodada 2 (Direito Penal) da turma de reta final TJ-PR.
A Lei Geral da Copa insere-se perfeitamente no conceito de lei temporária, que, segundo
a doutrina, possui cláusula de autorrevogação, com data específica e determinada para
o término da vigência da lei. Difere da lei excepcional, que prevê para o término de
vigência um evento future, porém sem data definida, como o término de uma Guerra,
por exemplo.
33. De acordo com o STJ, a prática de falta grave pelo condenado durante o
cumprimento da pena
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
O tema foi revisado na assertiva “D” da questão 48 do 209º Simulado Mege (TJ-PR II),
atividade da turma de reta final TJ-PR.
(A) Correta. Súmula 441 do STJ: “A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de
livramento condicional.
(B) Incorreta. Súmula 534 do STJ: “A prática de falta grave interrompe a contagem do
prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir
do cometimento dessa infração”.
(C) Incorreta. Súmula 535 do STJ: “a prática de falta grave não interrompe o prazo para
fim de comutação de pena ou indulto”.
(D) Incorreta. Súmula 535 do STJ: “a prática de falta grave não interrompe o prazo para
fim de comutação de pena ou indulto”.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
I. Praticar, em local público, ato libidinoso contra alguém e sem o seu consentimento
caracteriza contravenção penal tipificada como importunação ofensiva ao pudor.
II. Praticar conjunção carnal com o parceiro na presença de menor de catorze anos de
idade, a fim de satisfazer a própria lascívia, configura, a princípio, o tipo penal específico
denominado satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
III. Praticar ato obsceno em praça pública, ainda que sem a intenção de ultrajar alguém
específico, configura crime de importunação sexual, que, por equiparação, é
considerado hediondo.
IV. Divulgar na Internet fotografias de conteúdo pornográfico envolvendo adolescente,
como meio de vingança pelo término de relacionamento, configura crime específico
previsto no ECA, o que afasta a incidência do novo tipo penal previsto no art. 218-C do
Código Penal.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
O assunto da questão foi abordado na Rodada 10 (Direito Penal) da turma de reta final
TJ-PR.
(I) Incorreta. Tal contravenção penal foi revogada em razão do novo tipo penal do art.
215-A do Código Penal (importunação sexual).
(III) Incorreta. A conduta configura o crime de ato obsceno do art. 233 do Código Penal,
que configura infração de menor potencial ofensivo.
(IV) Correta. O agente responde pelo art. 241-A do ECA.
(A) o crime de falso testemunho é classificado como crime próprio e nele são admitidas
tanto a coautoria quanto a autoria mediata.
(B) a participação, que pode ser moral ou material, é admitida até a consumação do
crime.
(C) a teoria da acessoriedade limitada entende que basta o fato principal ser típico para
que o partícipe seja punido.
(D) a autoria colateral é aquela em que há pluralidade de agentes e liame subjetivo entre
eles para a realização da conduta.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Falso testemunho é crime de mão própria, que não admite autoria
mediata.
(D) Incorreta. Não há liame subjetivo entre os agentes na autoria colateral, mas sim na
coautoria.
(A) responderá por homicídio qualificado o agente que matar para assegurar a execução,
ocultação, impunidade ou vantagem de uma contravenção penal.
(B) o crime de homicídio admite interpretação analógica no que diz respeito à
qualificadora que indica meios e modos de execução desse crime.
(C) o agente que matar sua empregadora por ter sido dispensado sem justa causa
responderá por feminicídio, haja vista a vítima ser mulher.
(D) responderá pela prática de crime contra a vida o agente que anuncia produtos ou
métodos abortivos.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) O gabarito trouxe o item como ERRADO mas entendemos que está CORRETO pelas
seguintes razões. O art. 121, §2º, V do Código Penal prevê que o homicídio é qualificado
quando praticado para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de
outro crime. De fato, não faz menção à contravenção. Mas o homicídio continua sendo
qualificado pelo motivo torpe se o agente praticar o crime para assegurar a execução,
ocultação, impunidade ou vantagem de uma contravenção penal. Logo, o homicídio
continua qualificado na forma do art. 121, §2º, I do Código Penal e portanto, está sim,
CORRETO.
(B) Correta. Admite-se interpretação analógica nas expressões “ou outro meio insidioso
ou cruel ou de que possa resultar perigo comum” e “ou outro recurso que dificulte ou
torne impossível a defesa do ofendido”. Interpretação analógica não é sinônimo de
analogia.
(C) Incorreta. O feminicídio deve se enquadrar nas circunstâncias do art. 121, §2º-A do
Código Penal, não sendo suficiente que a vítima seja mulher.
40
(D) Incorreta. Configura a contravenção penal do art. 20 da Lei de Contravenções penais.
38. Lúcio, inimputável por doença mental, após três anos de internação em hospital de
custódia, foi liberado pelo juiz da execução, em decorrência de parecer favorável da
perícia médica da instituição. Depois de sete meses da liberação, Lúcio foi detido
novamente pela prática de conduta delitiva de natureza sexual.
Nesse caso, o restabelecimento da internação
(A) não é cabível, porque a liberação foi regular e transitou em julgado antes da
ocorrência do novo fato delituoso.
(B) não é cabível, porque o novo fato delituoso ocorreu mais de seis meses após a
liberação.
(C) é cabível, porque a liberação é incondicional e não depende da ocorrência de novo
fato delituoso a qualquer tempo.
(D) é cabível, porque o novo fato delituoso ocorreu antes de completado um ano da
liberação, que é condicional.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
A assertiva C está correta, pois a teoria normativa pura ou finalista indica a culpabilidade
como juízo de reprovação, enquanto a vontade, acompanhada de dolo ou culpa,
encontram-se na tipicidade. As teorias psicológica e psicológica-normativa indicam a
culpabilidade como abrangente do dolo e da culpa (causalismo e neokantismo). Já o
conceito material de culpabilidade tem relação com a responsabilidade subjetiva como
limitação ao poder de punir.
40. Múcio, com o objetivo de ter a posse de um carro, abordou Cláudia, que dirigia
devagar na saída de um estacionamento. Ao surpreendê-la, ele fez sinal para que ela
parasse e, após Cláudia sair do veículo, Múcio a colocou, com violência, dentro do porta-
malas, para impedir que ela se comunicasse com policiais que estavam próximos ao
local. Horas depois do crime, Múcio liberou a vítima em local ermo.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
A questão é passível de recurso pois nenhuma das assertivas está correta. A letra C, dada
pela banca examinadora como correta, não é roubo qualificado e sim roubo majorado
pela restrição da liberdade da vítima.
42
DIREITO PROCESSUAL PENAL
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. O CPP não dispõe sobre tais hipóteses de limitação ao princípio da
identidade física do juiz, cabendo ao Processo Civil tal limitação. O novo CPC de 2015
não previu tal princípio de modo que a doutrina do Processo Penal tem sugerido que a
lacuna seja suprida pelas leis de organização judiciária.
(D) Correta. O princípio está ligado aos princípios da oralidade, concentração dos atos e
da imediatidade, pois o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença, em
regra, na mesma assentada (art. 399, §2º do CPP).
42. À luz da jurisprudência dos tribunais superiores e da legislação a respeito dos sujeitos
do processo penal, é correto afirmar que
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) Incorreta. O art. 156, I do CPP permite a produção antecipada de provas antes de
iniciada a ação penal.
(C) Incorreta. Não há exigência legal de procuração com poderes especiais para que a
Defensoria Pública atue como assistente de acusação.
(D) Correta. STJ - EAresp 798.496-DF
(A) O quesito que se refere à desclassificação do delito deve ser respondido antes do
quesito genérico da absolvição.
(B) No excesso de linguagem em decisão de pronúncia, a nulidade poderá ser evitada
com a determinação do desentranhamento ou envelopamento da decisão.
(C) Os jurados poderão requerer a leitura de peças que se refiram, exclusivamente, às
provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, antecipadas ou não
repetíveis.
(D) A inércia da defesa para apresentar alegações finais, quando devidamente intimada,
acarreta nulidade processual se o juiz não nomear defensor para suprir a omissão.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(B) O gabarito indica o item como ERRADO, mas vemos que também pode ser
interpretado como CORRETO. É bem verdade que somente o desentranhamento e
envelopamento não são suficientes, por si mesmos, para se evitar a nulidade, devendo
outra decisão ser prolatada (STJ - Resp 1575493). Não é errado, entretanto, se dizer que
são meios de se evitar a nulidade. Por isso, no nosso entendimento, é cabível recurso
contra o item.
(A) Nos casos de ação penal privada por crimes contra a honra, o juiz, antes de receber
a queixa, dará às partes oportunidade de se reconciliarem, promovendo audiência na
qual irá ouvi-las separadamente e sem a presença dos seus advogados.
(B) Nas ações penais privadas, a rejeição da queixa-crime por ausência de justa causa
impossibilita a fixação de honorários advocatícios sucumbenciais.
(C) Nos casos de crimes contra propriedade imaterial que deixem vestígios, o exame de
corpo de delito é condição de punibilidade.
(D) Em caso de crime de responsabilidade cometido por funcionário público, a
notificação do acusado antes do recebimento da denúncia ou queixa é exigida apenas
na hipótese de cometimento de crimes funcionais próprios.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(D) Incorreta (passível de recurso). De fato, o art. 513 do CPP não faz ressalvas, mas é
possível recorrer do gabarito em razão do HC 38.811-SP do STJ, que faz menção somente
45
aos crimes funcionais próprios para o direito de notificação para resposta.
45. No que se refere a sentença e recursos no processo penal, assinale a opção correta.
(A) O STJ entende cabível a interposição de recurso especial adesivo pelo Ministério
Público em matéria penal, com o fundamento de que, diante da omissão do Código de
Processo Penal, deve-se aplicar o Código de Processo Civil.
(B) A apelação é o recurso cabível contra a decisão do juiz que, reconhecendo de ofício
a litispendência, extingue o processo.
(C) O STJ considera válida a sentença penal condenatória registrada por meio
audiovisual, bastando que seja transcrita nos autos, para fins recursais, a parte
dispositiva da sentença.
(D) A sentença absolutória imprópria não faz coisa julgada material no processo penal.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) a competência penal por prerrogativa de função não prevalece sobre a regra de
competência do local da infração.
(B) competem à justiça federal o processamento e o julgamento unificado de crimes
conexos de competência federal e estadual, salvo se os crimes afetos ao juízo estadual
forem mais graves.
(C) a competência constitucional do tribunal do júri é uma clausula pétrea, razão pela
qual é inadmitida a sua ampliação por lei ordinária.
(D) o juízo de admissibilidade da exceção da verdade relacionada ao crime de calúnia
em desfavor de autoridade pública com foro por prerrogativa de função é de
competência das instâncias ordinárias.
46
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) Incorreta. O fato de o crime estadual ser mais grave não afeta a regra de conexão
que atria a competência da Justiça Federal (art. 78, IV do CPP).
(D) Correta. Quando o querelante tem foro por prerrogativa de função o julgamento da
exceção da verdade ocorre no órgão competente para julgá-lo pelo suposto crime
imputado, mas o juízo de admissibilidade na exceção é julgado normalmente na
instância ordinária, na qual o querelado está sendo processado (art. 85 do CPP e STJ Ex.
Ved 25/SP).
47. A respeito de garantias e prerrogativas legais na condução da persecução penal,
assinale a opção correta.
(A) De acordo com o STJ, a prerrogativa legal da intimação pessoal do defensor dativo
no processo penal pode ser renunciada expressamente pelo profissional.
(B) Para o STF, a autoridade policial pode indiciar autoridade pública com prerrogativa
de foro independentemente de previa autorização do órgão judicante competente no
qual tramita o inquérito policial.
(C) O STF entende que a entrada forçada de agentes estatais em domicílio, sem
mandado judicial e no período noturno, é lícita somente quando amparada em fundadas
razões de flagrante delito previamente justificadas.
(D) De acordo com o STJ, a teoria do juízo aparente não serve à ratificação de atos
decisórios emanados por autoridade posteriormente considerada incompetente em
razão da matéria.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(B) A banca considerou o item como Errado mas é possível interpretar-se como Correto.
No Inquérito 4621 o STF, por meio de decisão monocrática manteve indiciamento do
Delegado em relação ao Presidente da República com base na lei 12.830/13, sem a
necessidade de autorização judicial.
(C) Incorreta. A propria Constituição Federal ressalva 3 hipóteses que permitem a
entrada do domicílio pela autoridade sem autorização do morador e sem mandado
judicial. São elas o flagrante delito, desastre e para prestar socorro (art. 5 º, XI da CF).
(D) Incorreta. STF - 31.629- PR. “A homologação de acordo de colaboração premiada por
juiz de primeiro grau de jurisdição, que mencione autoridade com prerrogativa de foro
no STJ, não traduz em usurpação de competência desta Corte Superior”.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(B) Incorreta. STJ - HC 131.170-RJ. “Na hipótese, a participação do ora paciente em aulas
de capoeira, ainda que contribua para sua ressoacialização, não pode ser interpretada
48
como frequência em curso de ensino formal, tendo em vista tratar-se de prática
esportiva e não de atividade intelectual, propriamente dita”.
(C) Incorreta. STJ - RMS 18045 – PR. “Declaração de ilegalidade do art. 6º, V, da
Resolução n. 92/03 da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania. Prerrogativas da
advogada impetrante restabelecidas”.
(D) Correta. STF – HC - 131.649-RJ. “Não faz jus ao benefício da progressão de regime o
condenado que esteja cumprindo pena em penitenciária federal de segurança máxima
por motivo de segurança pública ou que integre organização criminosa, pois tais
circunstâncias evidenciam a ausência dos requisitos subjetivos para a progressão de
regime prisional”.
(A) A Lei Antidrogas estabelece que nenhum pedido de restituição será conhecido sem
o comparecimento pessoal do acusado em juízo.
(B) Depois de elaborado e juntado aos autos o laudo pericial de armas de fogo
apreendidas em determinada operação, as armas deverão ser encaminhadas pelo juiz
competente ao Comando do Exército para destruição ou doação.
(C) A gravação fruto de interceptação telefônica que não interessar à prova poderá ser
inutilizada de ofício pelo juiz.
(D) O deferimento de medida protetiva de urgência a vítima de violência doméstica e
familiar não pode ser impugnado por habeas corpus.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(B) O item está incompleto mas não está errado. É possível a adequação do item ao art.
25 da lei 10.826/03.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. O art. 133 do CPP permite que o juiz determine o leilão público de ofício.
(B) Correta. Arts. 127 e 136 do CPP.
(D) Incorreta. STF – HC 133.078 – RJ. “O incidente de insanidade mental, que subsidiará
o juiz na decisão sobre a culpabilidade ou não do réu, é prova pericial constituída em
favor da defesa, não sendo possível determiná-la compulsoriamente quando adefesa se
opõe”.
DIREITO CONSTITUCIONAL
(A) exclusiva da assembleia legislativa estadual, devendo esse reajuste ser vinculado aos
índices federais de correção monetária.
(B) privativa do presidente da República, sendo inconstitucional a vinculação desse
reajuste aos índices federais de correção monetária.
50
(B) exclusiva do Congresso Nacional, devendo esse reajuste ser vinculado aos índices
federais de correção monetária.
(D) privativa do governador do estado, sendo inconstitucional a vinculação desse
reajuste aos índices federais de correção monetária.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
52. Uma autoridade pública ordenou a prática de ato ilegal contra determinada pessoa
jurídica; com isso, agiu com abuso de poder e violou direito líquido e certo dessa pessoa
jurídica. A prejudicada impetrou mandado de segurança contra o ato abusivo, no
entanto outra autoridade pública, diversa da que praticou o ato, foi indicada
erroneamente como coatora. Vinculada hierarquicamente à autoridade coatora, a
autoridade indicada, mesmo não sendo a coatora, manifestou-se no mérito ao prestar
informações. Os demais requisitos legais do remédio constitucional foram todos
preenchidos.
Nessa situação hipotética, considerando-se que não houve modificação de competência
estabelecida pela Constituição Federal de 1988, o juiz deverá, de acordo com o
entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores,
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) não violou a cláusula de reserva do plenário, o que ocorreria somente se tivesse sido
declarada a inconstitucionalidade do ato normativo.
(B) não violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que afastou a incidência apenas
de parte do ato normativo.
(C) violou a cláusula de reserva de plenário, uma vez que o afastamento da incidência
do referido ato só poderia ocorrer concomitantemente à declaração de
inconstitucionalidade deste.
(D) violou a cláusula de reserva do plenário, uma vez que afastou a incidência, ainda que
em parte, de ato normativo do poder público.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
O tema foi revisado na rodada 5 da turma de reta final TJ-PR e na assertiva “C” da
questão 52 do 204º Simulado Mege (TJ-PR).
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
O gabarito da questão corresponde à literalidade do art. 25, §3º, da CF/88: “Os Estados
poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum.”
55. O STF pode, por decisão da maioria absoluta de seus membros, deferir pedido de
medida cautelar em ação declaratória de constitucionalidade, determinando que juízes
e tribunais suspendam o julgamento de processos que envolvam a aplicação de lei ou
de ato normativo objeto da referida ação até o seu julgamento definitivo. Nesse sentido,
a medida cautelar em ação declaratória de constitucionalidade, até o julgamento final
da ação, produzirá efeito
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
53
O assunto foi revisado na Rodada 05 da turma de reta final TJ-PR.
Conforme art. 11, §1º, da Lei nº 9.868/99 (que versa o procedimento da ADI e ADC), “a
medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc,
salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa”.
Ressalte-se que aludido artigo, embora esteja no capítulo relativo a ADI, também se
aplica à ação declaratória de constitucionalidade. Tal conclusão decorre do art. 21 de
aludida lei (“consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais, suspendam o
julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto
da ação até seu julgamento definitivo”). O comando é geral (“juízes e os Tribunais”),
razão pela qual se depreende ser vinculante. Ademais, não prevê retroação dos efeitos:
pelo contrário, o parágrafo único do art. 21 prevê perda automática da eficácia cautelar
se o Tribunal não julgar o feito em 180 dias.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) da tolerância.
(B) da igualdade entre homem e mulher.
(C) do cuidado em tempo integral
(D) da prioridade de atendimento.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
“Artigo 3
Princípios gerais
Os princípios da presente Convenção são:
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
DIREITO ELEITORAL
(A) É vedada a nomeação, para o TSE, de cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda
que por afinidade, até quarto grau.
(B) É vedada a nomeação, para o TSE, de cidadão que ocupe cargo público de que seja
demissível ad nutum ou de diretor, proprietário ou sócio de empresa.
(C) A composição do TSE é diferenciada, com previsão de integrantes provenientes da
56
magistratura, da advocacia e do Ministério Público.
(D) A legislação garante vitaliciedade e inamovibilidade aos juízes dos tribunais
eleitorais.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Correta. Art. 16, § 1º, CE.
(B) Incorreta. Não pode ser diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com
subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração
pública. Art. 16, § 2º, CE.
(D) Incorreta. Não gozam da garantia de vitaliciedade. Art. 121, §§ 1º e 2º, da CF.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Mínimo de seis membros da mesa (art. 120, CE). O TRE, visando à
racionalização de recursos, pode reduzir a mesa receptora de votos para 4 membros
(Resolução de nº 23.554/2017, em seu art. 16, § 1ª). Verificando a falta de membros, o
presidente da mesa pode nomear eleitores presentes para completar. CE. Art. 123, § 3º
Poderá o presidente, ou membro da mesa que assumir a presidência, nomear ad hoc,
dentre os eleitores presentes e obedecidas as prescrições do § 1º, do Art. 120, os que
forem necessários para completar a mesa.
57
(B) Incorreta. Os fiscais, um de cada vez, atuam junto à mesa receptora. Art. 131 do CE.
(D) Correta. CE. Art. 127. Compete ao presidente da mesa receptora, e, em sua falta, a
quem o substituir: III - manter a ordem, para o que disporá de força pública necessária;
61. Assinale a opção que indica uma causa legalmente amparada para o cancelamento
do alistamento eleitoral
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(C) Incorreta. O TSE entende que o art. 5º, II, CE não foi recepcionada pela CF/88,
conforme Res.-TSE nº 23274/2010.
(D) Correta (pelo gabarito). Art. 71, V, CE. Contudo, o § 3º do art. 7º do CE determina
que haverá o cancelamento se o eleitor não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não
pagar a multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última
eleição a que deveria ter comparecido. Assim, se o eleitor não votar, mas justificar ou
pagar a multa, não há que se falar em cancelamento do alistamento. Nesse sentido,
Resolução do TSE nº 21538/2003, art. 80, § 6º. Portanto, questão passível de anulação!
(A) Compete apenas ao Ministério Público Federal exercer, junto à justiça eleitoral, as
funções de Ministério Público.
(B) O procurador regional eleitoral será designado, juntamente com seu substituto, pelo
procurador-geral eleitoral, entre os procuradores regionais da República no estado e no
58
Distrito federal ou entre os procuradores da República vitalícios, a seu critério.
(C) Na defesa do regime democrático, cumpre ao Ministério Público Eleitoral a proteção
das eleições contra influência do poder econômico ou contra abuso do poder político.
(D) Tal como ocorre com os juízes do TSE e com os procuradores regionais eleitorais, o
mandato do procurador-geral eleitoral é de dois anos, permitida apenas uma
recondução.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
63. A justiça eleitoral apresenta uma divisão interna peculiar, na qual se distinguem a
circunscrição, a zona e a seção eleitoral. A esse respeito, assinale a opção correta.
(A) Compete aos juízes eleitorais dividir a zona eleitoral em seções: em regra, para cada
seção, o limite mínimo é de cinquenta eleitores, e o máximo, de quatrocentos eleitores,
nas capitais, e trezentos eleitores, nas demais localidades.
(B) Sempre que necessário à organização da votação, uma mesa receptora de votos
poderá responder por mais de uma seção eleitoral.
(C) No Brasil, o conjunto de circunscrições é igual à soma do número de estados com o
número de municípios, acrescido o Distrito Federal, uma vez que circunscrição é a
divisão territorial destinada à realização de cada pleito.
(D) Zona eleitoral é o espaço territorial sob a jurisdição de um juiz eleitoral e cujos limites
devem necessariamente coincidir com os da comarca.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(D) Incorreta. A zona eleitoral pode ser delimitada por mais de um município, ou apenas
por parte dele. Inclusive, cabe ao TRE dividir a respectiva circunscrição em zonas
eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à
aprovação do Tribunal Superior, conforme o art. 30, IX, CE. Assim, a zona eleitoral não
se confunde com comarca, a qual, por sua vez, também não coincide com um
determinado município.
JUIZADOS ESPECIAIS
65. Entre outros objetivos, os juizados especiais cíveis estaduais buscam extrair do
processo o máximo de proveito com o mínimo de dispêndio de tempo e energias, razão
pela qual, por exemplo, realiza a colheita de prova pericial de forma simplificada e a
oitiva do perito em audiência. Tal objetivo é consoante com o princípio da
(A) Correta. Com o princípio da economia processual, deve ser buscado o máximo
resultado com o menor custo e esforço possível dentro do processo.
66. No que tange a juizado especial criminal estadual, julgue os itens seguintes, quanto
ao entendimento do STJ acerca de competência e suspensão condicional do processo.
(III) Correta. Segundo previsão do art. 89 da Lei 9.099/95, nos crimes em que a pena
mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o
Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por
dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido
condenado por outro crime (requisitos objetivos), presentes os demais requisitos
(requisitos subjetivos) que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do
Código Penal).
CÓDIGO DE NORMAS DA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA DO PARANÁ
E CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO JUDICIÁRIAS DO ESTADO DO
PARANÁ
63
LETRA: A
COMENTÁRIOS
Questão tratada no material da turma de reta final TJ-PR. No entanto, sem maior
destaque prévio. Diante disso, entendemos que apenas nesta questão não fomos
decisivos na matéria. A passagem está prevista no parágrafo 1º do artigo 19 do Código
de Normas da Corregedoria (Foro Extrajudicial).
68. Determinado ato de natureza geral praticado pela Corregedoria Geral da Justiça e
pela Corregedoria da Justiça destina-se a aplicar, em casos concretos, os dispositivos
legais atinentes à atividade funcional de magistrados, serventuários e funcionários da
justiça. De acordo com o Código de Normas da Corregedoria Geral da Justiça, o referido
ato é denominado
(A) portaria.
(B) ordem de serviço.
(C) provimento.
(D) instrução.
LETRA: A
COMENTÁRIOS
LETRA: C
COMENTÁRIOS
Parágrafo único. Os Juízes a que se referem os incisos IV, V e VI serão indicados pelo
Conselho da Magistratura.
LETRA: A
COMENTÁRIOS
Art. 163. Os auxiliares da justiça do foro judicial, pelas faltas cometidas no exercício de
suas funções, ficarão sujeitos às seguintes penas disciplinares:
IV - DE SUSPENSÃO, aplicada em caso de reincidência em falta de que tenha resultado
na aplicação de pena de censura, ou em caso de infringência às seguintes proibições:
a) exercer cumulativamente dois ou mais cargos ou funções públicas, salvo as exceções 66
permitidas em lei;
b) retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização da autoridade competente,
qualquer documento de órgão estatal, com o fim de criar direito ou obrigação ou de
alterar a verdade dos fatos;
c) valer-se do cargo ou função para obter proveito pessoal em detrimento da dignidade
do cargo ou função; (redação dada pela Lei nº 14.925 de 24/11/2005 – DOE nº 7109 de
25/11/2005).
d) praticar usura;
e) REVOGADO; (pela Lei nº 18.787 de 23/05/2016 – DOE nº 9704 de 24/05/2016).
f) REVELAR FATO OU INFORMAÇÃO DE NATUREZA SIGILOSA DE QUE TENHA CIÊNCIA
EM RAZÃO DO CARGO OU FUNÇÃO;
g) delegar, salvo nos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que a si competir
ou a seus subordinados;
h) deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;
i) retirar ou utilizar materiais e bens do Estado indevidamente;
j) deixar de cumprir atribuições inerentes ao cargo no prazo estipulado.
BLOCO III
DIREITO EMPRESARIAL
71. O juízo falimentar é universal: atrai todas as ações e os interesses da sociedade falida
e da massa falida. De acordo com a regra geral da Lei de Falências, essa atratividade
ocorrerá na ação em tramitação em que a massa falida figure na condição de
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
O tema foi abordado no material da turma de reta final TJ-PR e na assertiva “A” da
questão 76 do 209º Simulado Mege (TJ-PR).
67
(A) Incorreta. Tributária não é atraída.
(D) Correta. Conforme art. 76 da LFR: “O juízo da falência é indivisível e competente para
conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as
causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar
como autor ou litisconsorte ativo”.
72. No que se refere a títulos de crédito, assinale a opção correta, de acordo com a
jurisprudência sumulada pelo STJ.
(A) Em caso de endosso translativo, o endossatário que responder por dano decorrente
de protesto indevido de título com vício formal tem direito de regresso contra
endossantes e avalistas.
(B) No caso de endosso-mandato, os danos decorrentes de protesto indevido e não
previstos no mandato serão exclusivos do endossante.
(C) O fato de a obrigação cambial ser assumida pelo procurador do mutuário no
exclusivo interesse do mutuante não torna tal obrigação nula.
(D) A legislação referente às cédulas de crédito rural, comercial e industrial veda o pacto
de capitalização de juros.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(D) “A legislação sobre cédulas de crédito rural, comercial e industrial admite o pacto de
capitalização de juros.” (STJ, Súmula nº 93).
73. Com relação a consórcios, a Lei das Sociedades Anônimas dispõe que
68
(A) as companhias consorciadas respondam diretamente por suas obrigações e
subsidiariamente em relação às demais consorciadas.
(B) a falência de uma consorciada é motivo de extinção do consórcio.
(C) o consórcio será constituído por estatuto social.
(D) o consórcio não tem personalidade jurídica.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Art. 278, § 1º, da Lei nº 6.404/76: “[...] as consorciadas somente se
obrigam nas condições previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por
suas obrigações, sem presunção de solidariedade”.
(B) Incorreta. Art. 278, § 2º, da Lei nº 6.404/76: “A falência de uma consorciada não se
estende às demais, subsistindo o consórcio com as outras contratantes; os créditos que
porventura tiver a falida serão apurados e pagos na forma prevista no contrato de
consórcio.”
(C) Incorreta. “Art. 279, caput, da Lei nº 6.404/76. O consórcio será constituído mediante
contrato aprovado pelo órgão da sociedade competente para autorizar a alienação de
bens do ativo não circulante, do qual constarão”.
(D) Correta. Art. 278, § 1º, da Lei nº 6.404/76: “O consórcio não tem personalidade
jurídica [...]”.
74. Tendo como referência as disposições do Código Civil de 2002 relativas ao direito
societário, assinale a opção correta.
(A) Sociedade em nome coletivo admite como sócio pessoa jurídica de responsabilidade
limitada, que responderá por até o valor de seu capital social subscrito.
(B) Sociedade em comandita simples admite como sócios comanditários pessoas físicas
e jurídicas, que responderão indistintamente e ilimitadamente pela satisfação das
obrigações contraídas.
(C) Na sociedade em comum, todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente, e o
sócio que contratar com terceiro pela sociedade perderá o benefício de ordem dos bens
da sociedade sobre seus particulares.
(D) Na sociedade em conta de participação, o sócio ostensivo responde ilimitadamente,
e o oculto responde subsidiariamente perante terceiros.
69
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Art. 1.039, caput, do CC: “Somente pessoas físicas podem tomar parte na
sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente,
pelas obrigações sociais.”
(B) Incorreta. Art. 1.045, caput, do CC: “Na sociedade em comandita simples tomam
parte sócios de duas categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária
e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo
valor de sua quota”.
(C) Art. 990 do CC: “Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que
contratou pela sociedade”.
(D) Art. 991 do CC: “Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do
objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob
sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes. Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio
ostensivo; e, exclusivamente perante este [sócio ostensivo], o sócio participante, nos
termos do contrato social”.
(A) Incorreta. Art. 125 da Lei nº 9.279/96: “À marca registrada no Brasil considerada de
alto renome será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade”.
(B) Incorreta. Art. 133, caput, da Lei nº 9.279/96: “O registro da marca vigorará pelo
prazo de 10 (dez) anos, contados da data da concessão do registro, prorrogável por
períodos iguais e sucessivos”.
(C) Incorreta. Art. 1.166 do CC: “A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das
pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso
exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Parágrafo único. O uso previsto
neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei
especial”.
(D) Art. 1.166 do CC: “A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas
jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo
do nome nos limites do respectivo Estado. Parágrafo único. O uso previsto neste artigo
estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.”
Ademais: “o nome empresarial goza de proteção jurídica tão somente no âmbito do ente
federativo onde se localiza a Junta Comercial em que arquivados os atos constitutivos
da sociedade que o titula, podendo ser estendida a todo território nacional apenas na
hipótese de pedido de arquivamento nas demais Juntas Comerciais. Precedentes. (…).”
(STJ, REsp 1.686.154/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
20/02/2018).
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
71
(A) Incorreta. Art. 3º, § 4º, II, da Lei Complementar nº 123/06.
(B) Correta. Exceção prevista no art. 3º, § 4º, inciso VI, parte final, da Lei Complementar
nº 123/06: “Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta
Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar,
para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: [...]VI – constituída sob a forma de
cooperativas, salvo as de consumo”.
(B) um grupo de pessoas que pretenda constituir uma cooperativa para intermediar a
venda de produtos fabricados em determinada comunidade.
(C) um casal que resolva criar um instituto exclusivamente para difundir informações
sobre determinada causa social.
(D) um empresário rural cuja principal atividade seja a agricultura e que esteja
devidamente inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) Art. 966 do CC. “Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo
único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores,
salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”.
(B) Art. 982 do CC: “Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade
que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art.
967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto,
considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa”.
72
(C) Art. 53, caput, do CC: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se
organizem para fins não econômicos”.
(D) Art. 971 do CC. “O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão,
pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que,
depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a
registro.”
DIREITO TRIBUTÁRIO
78. Duas pessoas celebraram entre si um contrato de prestação de serviço sujeito a uma
condição suspensiva. A natureza dessa prestação sujeita uma das partes ao pagamento
de uma taxa, para a qual não há regramento específico na hipótese de negócio jurídico
condicional.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Correta. CTN. Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição
de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e
acabados: I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
(B), (C) e (D) Incorretas. Só se fossem condição resolutória. Art. 117, II, CTN;
79. De acordo com o Código Tributário Nacional, o sujeito ativo da obrigação tributária
principal é a pessoa
RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(C) Correta. CTN. Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito
público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(D) Incorreta. Remissão é forma de extinção (Art. 156, IV, CTN) e Anistia é forma de
exclusão (Art. 175, II, CTN).
(A) apenas pelas multas moratórias ou punitivas, e não pelos tributos devidos.
(B) apenas pelos tributos devidos, e não pelas multas moratórias ou punitivas.
(C) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias, mas não pelas multas punitivas.
(D) pelos tributos devidos e pelas multas moratórias ou punitivas.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
82. Doutrinariamente, a regra-matriz de incidência tributária pode ser dividida nos seus
aspectos antecedentes — que definem a hipótese de incidência — e na obrigação
decorrente — que são os aspectos ligados às consequências da norma.
Segundo a doutrina majoritária, os critérios que integram a parte da hipótese da regra-
matriz de incidência tributária incluem os aspectos
(A) qualitativo, pessoal e espacial.
(B) material, espacial e temporal.
(C) pessoal, material e quantitativo.
(D) temporal, quantitativo e qualitativo.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(B) Incorreta. Na fiscal, a finalidade arrecadatória dos tributos, para obter recursos aos
cofres públicos, se apresenta como sua característica principal, o que não se perfaz o
caso do II e do IE.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
76
(A) Correta.
CTN
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores
ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou
arrolamento. Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre
pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito
Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró
rata.
LEF
Art. 29 - A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso
de credores ou habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou
arrolamento. Parágrafo Único - O concurso de preferência somente se verifica entre
pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União e suas autarquias; II -
Estados, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata; III -
Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata.
(B), (C) e (D) Incorretas. A fazenda não se sujeita a concurso de credores. Art. 187 do
CTN c/c art. 29 da LEF.
DIREITO AMBIENTAL
85. Conforme a Lei n.º 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza (SNUC), os requisitos necessários à criação de uma unidade
de conservação, exceto no caso de estação ecológica ou reserva biológica, são
RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
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A questão foi abordada no material da turma de reta final TJ-PR.
Art. 22 da Lei 9.985/2000 - As unidades de conservação são criadas por ato do Poder
Público.
86. A polícia ambiental apreendeu, na casa de João, quinze espécimes de aves silvestres
da fauna brasileira que estavam em cativeiro. Em seu depoimento, João alegou que
caçou os animais e que os venderia na feira livre da cidade, para comprar alimentos para
a sua família.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito da
responsabilização penal de João.
(A) O tipo penal pertinente à conduta de João não admite hipótese de aumento da pena.
(B) João poderá ser condenado à pena de detenção de seis meses a um ano e multa,
pelo fato de manter em cativeiro espécimes da fauna silvestre, sem a devida autorização
ou licença ambiental.
(C) João poderá ser condenado à pena de reclusão de um a três anos e multa, uma vez
que mantinha em cativeiro espécimes da fauna silvestre, sem a devida autorização ou
licença ambiental.
(D) João não poderá ser penalizado: a situação caracteriza uma excludente de ilicitude.
RESPOSTA: B
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87. Dentro de um parque municipal que consiste em unidade de conservação criada por
decreto municipal, o IBAMA constatou a existência de habitações particulares
licenciadas pelo estado no qual o município se encontra inserido. Tanto o IBAMA quanto
a secretaria de meio ambiente do município lavraram seus respectivos autos de
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infração.
RESPOSTA: D
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Art. 9º da LC 140/2011 - São ações administrativas dos Municípios: (...) XIV - observadas
as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar,
promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: (...) b)
localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas
de Proteção Ambiental (APAs);
Art. 17 da LC 140/2011 - Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou
autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de
infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à
legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou
autorizada.
§ 3º O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da
atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades
efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a
legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por
órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere
o caput.
89. Os princípios expressos na Lei n.º 6.938/1981 — Política Nacional do Meio Ambiente
— incluem
RESPOSTA: B
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O assunto foi tratado no material da turma de reta final TJ-PR e na questão 88 do 209º
Simulado Mege (TJ-PR).
Art. 2º da Lei 6.938/81 - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes
princípios:
(...)
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
(...)
VIII - recuperação de áreas degradadas;
80
(...)
90. Em uma área completamente preservada, com bioma intacto, localizada em sua
integralidade no bioma cerrado, existe uma propriedade particular de 100 ha, dos quais
40 ha constituem reserva legal com a devida averbação na matrícula do imóvel e com o
registro no cadastro ambiental rural (CAR).
Nessa situação, o limite máximo de hectares que o proprietário poderá destinar para
fins de instituição de servidão ambiental corresponde a
(A) 25 ha.
(B) 45 ha.
(C) 65 ha.
(D) 5 ha.
RESPOSTA: C
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Art. 9º, § 2º da Lei 6.938/81 - A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação
Permanente e à Reserva Legal mínima exigida.
DIREITO ADMINISTRATIVO
RESPOSTA: A
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Sobre o tema, cumpre destacar ainda que o ato de improbidade administrativa previsto
no art. 11 da Lei nº 8.429/92 (atos de improbidade que atentem contra os princípios da
Administração) exige a demonstração de dolo, o qual, contudo, não necessita ser
específico, sendo suficiente o dolo genérico (REsp 1275469/SP).
93. As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração pública são
RESPOSTA: D
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O conteúdo da questão foi abordado na turma de reta final TJ-PR.
RESPOSTA: A
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I. O Estado responde civilmente por danos decorrentes de atos praticados por seus
agentes, mesmo que eles tenham agido sob excludente de ilicitude penal.
II. A despeito de situações fáticas variadas no tocante ao descumprimento do dever de
segurança e vigilância contínua das vias férreas, a responsabilização da concessionária é
uma constante, passível de ser elidida somente quando cabalmente comprovada a culpa
exclusiva da vítima.
III. A responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser
comprovados concomitantemente a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de
causalidade entre o evento danoso e o comportamento ilícito do poder público.
RESPOSTA: D
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(I) Correta. A teor do art. 37, § 6º, da CF/88, a responsabilidade civil do Estado é de
natureza objetiva, independendo da demonstração de culpa/dolo do agente causador
do dano, prescindindo, enfim, da discussão sobre licitude ou ilicitude do ato lesivo. Para
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a configuração do dever estatal de indenizar, assim, basta que haja uma conduta
imputável à Administração, dado certo, anormal e especial e nexo de causalidade. É esse
o entendimento do STJ, no sentido de que a excludente de ilicitude somente importa
quando se está diante de responsabilidade civil de natureza subjetiva, o que não é o
caso (REsp 111.843/PR, Min. Rel. José Delgado).
(II) Correta. O STJ consagrou o entendimento de que, caso a concessionária não tenha
adotado medidas adequadas de segurança (v.g., cercado e fiscalizado os trilhos) e tenha
a vítima culposamente ingressado nas linhas de ferro (por imprudência, por exemplo),
haverá culpa concorrente, não se excluindo a responsabilidade da concessionária de
serviço público que administra o transporte ferroviário, mas apenas atenuante de sua
responsabilidade. Entretanto, caso a concessionária tenha tomado medidas de proteção
idôneas e, mesmo assim, a vítima tenha ingressado nos trilhos, de forma culposa ou
dolosa, haverá culpa exclusiva da vítima, rompendo-se o nexo de causalidade, sem dever
de indenizar da concessionária. Confira-se:
RESPOSTA: B
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(A) Incorreta. O controle exercido pelo CNJ possui natureza interna ao Poder Judiciário
(é órgão do Poder Judiciário, exercendo controle administrativo, e não jurisdicional – o
CNJ não possui função jurisdicional), recaindo sobre a atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário (jamais sobre sua atuação jurisdicional) e do cumprimento
dos deveres funcionais dos juízes (art. 103-B da CF/88). Como se percebe, o primeiro ato
possui natureza jurisdicional, sendo, por conseguinte, infenso ao controle pelo CNJ, ao
passo o segundo tem natureza administrativa, sempre controlável pelo Judiciário em
atuação jurisdicional (inafastabilidade da jurisdição – art. 5º, XXXV, da CF/88) e pelo CNJ.
(C) Incorreta. Dado que o primeiro ato possui natureza jurisdicional, ele somente pode
ser controlado através dos mecanismos processuais, respeitando-se a aptidão à
definitividade da função judicante.
97. Assinale a opção que indica a denominação dada ao ônus real de uso instituído pela
administração pública sobre determinado imóvel privado para atendimento do
interesse público, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados.
RESPOSTA: A
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(B) Incorreta. A ocupação temporária é a forma de intervenção estatal pela qual o Poder
Público usa transitoriamente imóveis privados (e, excepcionalmente, móveis, serviços e
pessoal), como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos. Não possui
natureza de ônus real.
(C) Incorreta. A limitação administrativa é restrição de caráter GERAL (permissivas,
negativas ou positivas), não atingindo um bem especificamente, mas, sim, todos os
proprietários que estiverem na situação descrita na norma. Decorre do exercício do
poder de polícia do Estado, ensejando a limitação do uso de bens privados, como forma
de os adequarem às necessidades públicas. Assim, a norma geral incide sobre bens
pertencentes a particulares, configurando uma restrição ao caráter absoluto da
propriedade, uma vez que limita a forma de utilização do bem pelo próprio proprietário.
Em regra, não é indenizável, possível apenas se o particular demonstrar ter sofrido um
prejuízo especial e anormal. Não possui natureza de ônus real.
98. De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, que regula processos administrativos no âmbito
federal, um órgão administrativo ou o seu titular poderá delegar parte da sua
competência a outros órgãos ou titulares, desde que
RESPOSTA: B
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(A) Incorreta. De acordo com o art. 13 da Lei Federal nº 9.784/1999, não podem ser
objeto de delegação – atos indelegáveis: atos de caráter normativo; decisões em recurso
administrativo; matérias de competência exclusiva.
(B) Correta. É o que se extrai da redação do art. 12 da Lei, segundo o qual, além da
ausência de impedimento legal, exige-se a presença de circunstâncias de índole técnica,
social, econômica, jurídica ou territorial, a serem aferidas pela autoridade delegante
(natureza discricionária).
(C) Incorreta. De acordo com o art. 12 da Lei, a delegação pode ocorrer tanto dentro
quanto fora da estrutura hierárquica do delegante. Vale dizer, o agente delegado pode
ser tanto subordinado do delegante (delegação vertical) quanto não subordinado,
estando, neste último caso, em outra estrutura administrativa sem relação de
subordinação com o delegante (delegação horizontal).
99. Após autorização legislativa, foi firmado um acordo de vontades entre entes
públicos, criando-se um novo sujeito de direito, dotado de uma estrutura de bens e
pessoal com permanência e estabilidade.
(A) contrato de gestão, podendo uma das partes signatárias ser uma autarquia, que, por
força desse contrato, passará a ser uma agência executiva.
(B) contrato de consórcio público, que deve ser firmado exclusivamente por entes da
administração direta.
(C) contrato administrativo, devendo uma das partes signatárias ser uma autarquia.
(D) convênio, podendo uma das partes signatárias ser uma fundação.
RESPOSTA: B
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A única modalidade de acordo de vontades entre entes públicos criadora de nova pessoa
jurídica é o consórcio público, que vem disciplinado na Lei Federal nº 11.107/2005. A
pessoa jurídica criada pelo consórcio público pode ser de duas formas: (i) de direito
público, chamada de “associação pública”, possuindo a natureza de autarquias
(“autarquias multifederativas”) [a Lei é clara ao estabelecer que os consórcios públicos
de direito público integram a Administração Pública de todos os entes consorciados (art.
6º, § 1º)]; (ii) de direito privado, sob a forma de fundação ou associação, constituindo-
se pela inscrição dos seus atos constitutivos no Registro Público de Pessoas Jurídicas [a
Lei não menciona se integram ou não a Administração Pública].
RESPOSTA: A
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(II) Incorreta. A indevida dispensa de licitação causa dano in re ipsa ao erário, não sendo
necessária, nesse caso, prova do dano, respondendo o agente que contratou
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diretamente de forma indevida [e eventuais terceiros] por improbidade administrativa
por dano ao erário (REsp 817.921/SP). Entretanto, a Administração deve pagar pelos
serviços efetivamente prestados pela contratada, sob pena de enriquecimento sem
causa.