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QUANDO DEUS ABANDONA

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© 1996 by M. Craig Barnes. Todos os direitos de tradução para a língua portuguesa reservados à Editorial Press (www.editorialpress.com.br).

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Perdendo nossas vidas
NOSSAS EXPERIÊNCIAS COM O ABANDONO E MUDANÇAS INESPE-
RADAS SÃO MOMENTOS DE CRISE QUANDO DEVEMOS DECIDIR SE
DEIXAMOS OU NÃO PARA TRÁS A VIDA QUE JÁ PASSOU. SÓ PODE-
MOS TOMAR ESTA ATITUDE SE ACREDITARMOS NA CONTINUIDADE
CRIADORA DE DEUS, QUE TRAZ LUZ E BELEZA ÀS TREVAS CAÓTI-
CAS DAS NOSSAS PERDASD NA VIDA.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida sob qualquer forma sem autorização expressa dos editores.

POR TODOS OS SANTOS


O telefone tocou às onze horas do dia de Ação de
Graças. Hesitei um pouco em atendê-lo, porque sabia
que isto podia significar uma interrupção em nossos
planos para o dia. Eu tinha razão. Uma enfermeira
estava ligando de uma sala de terapia intensiva. “Pas-
tor Barnes, Jean Bonfield teve outro ataque cardíaco.
Parece que está morrendo.”
Jean, com setenta e oito anos de idade, era um
membro da minha congregação. Ela e seu marido, Bill,
sempre sentavam-se na terceira fileira ao meu lado
direito. Por mais de trinta e cinco anos ela ensinou na
escola dominical e parou apenas quando sua visão
começou a falhar. Desde então se dedicou ao ministé-
rio da oração.
Quando cheguei ao hospital, os membros da fa-
mília estavam em pé formando um círculo à sua volta
em seu leito. Entrei no quarto, toquei-lhe as mãos e
disse, “Jean, é o pastor Craig. Posso orar por você?”
Ela sorriu amavelmente.
Visitei Jean no hospital em várias ocasiões. Orar
por ela era o mesmo que pedir a Deus para dar mais
fé ao apóstolo Paulo. Jean acreditava na graça de
Deus. Ela cria que em Jesus Cristo seus pecados fo-
ram perdoados e confiava que viveria eternamente
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com ele quando morresse. Ela nunca entendia meus sermões

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sobre “Eu creio, ajude-me na minha descrença.” Jean quase não
tinha descrença.
Ao lado do seu leito, comecei a ler algumas passagens da Es-
critura. Nem bem começava lendo e ela já terminava o versícu-
lo, citando-o de memória. Sua voz estava fraca, mas sua mente
se mostrava forte mesmo em face do amortecimento ofuscante
da morfina. Alguém murmurou o fato vergonhoso dela estar
morrendo no Dia de Ação de Graças. Mas Jean respondeu, “Que
glorioso Dia de Ação de Graças. Em breve estarei com meu Se-
nhor. Estou quase lá.”
Jean começou a orar. Ela orou por todos à sua volta: seu ma-
rido, seus filhos e seus netos. Ela orou até pelo seu pastor. Pediu
a Deus para que me ajudasse a crer nas palavras dos meus pró-
prios sermões. Logo após sua oração, Jean morreu. Enquanto
víamos pela última vez as linhas que mediam o nível dos seus
sinais vitais pararem de vez no monitor, o quarto foi tomado
por um espírito de silêncio. Era um momento sagrado e nin-
guém ousou profaná-lo falando qualquer coisa. Jean estava pas-
sando das nossas mãos para as mãos de Deus.
Após sua morte, cada um de nós ficou por um momento ao
seu lado para dizer adeus. Depois nos demos as mãos e começa-
mos a orar novamente. No meio da minha oração descobri que
já estava sentindo muito sua falta. Alguém teve de terminar mi-
nha oração.
Quando estava deixando o hospital, ocorreu-me pela primeira
vez que Jean foi uma santa. Uma santa comum, sem qualeuer
adorno, mas claramente uma santa cuja claridade de fé e visão
me ajudou a crer com mais facilidade. A falta que eu sentia não
era propriamente a de uma paroquiana favorita, mas uma de
minhas janelas para o céu.
Cheguei muito tarde para o jantar do Dia de Ação de Graças.
Enquanto entrava, podia ouvir meus amigos rindo à mesa. Ponde-
rei se já estava pronto para isso. Uma das coisas mais difíceis em ser
pastor são as transições. Meu coração não acompanha a rapidez
das agendas e dos eventos. Mas, para minha surpresa, esta transi-
ção foi fácil de superar. Jean a tornou fácil. Sentei-me à mesa e
simplesmente disse, “Que glorioso Dia de Ação e Graças!”
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Descobri que a forma graciosa como uma pessoa morre reve-


la a maneira como ela viveu. Todos nós já ouvimos falar de con-
fissões no leito de morte, mas eu nunca havia testemunhado
uma. O que tenho visto é que o final da vida de alguém reflete o
que sempre foi típico daquela pessoa. Todos os que viveram a
maior parte das suas vidas com medo, geralmente ficam petrifi-
cados em face da morte. Todos os que cultivaram amizades, ra-
ramente morrem sem ter alguém ao seu lado. Todos os que va-
lorizaram a oração querem terminar suas vidas com oração.
Mas Jean Bonfield, com sua simples e indiscutível fé, não é o
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único modelo de vida cristã. Falando francamente, não me ima-


gino tendo uma fé inquestionável e nem mesmo aspiro por isso.
Eu me arrepio com respostas fáceis saltando dos lábios antes da
pergunta ser formulada, cedo demais para se assegurar que seja
a pergunta correta e cedo também para ouvir o patético e pro-
fundo suspiro do coração que está por trás das dúvidas de al-
guém. Na verdade, descobri que a dúvida nada mais é do que a
porta para a mais profunda fé na graça de Deus.
A fé não me veio com muita facilidade. “Louve ao Senhor”
não é a prmeira coisa que expresso nos tempos de tragédia. Mas
também estou numa jornada espiritual seguindo a Jesus Cristo,
ainda que me veja arrastando minhas dúvidas atrás de mim.
Tenho a esperança de que apesar de todos os desvios, confusão
e meias-verdades da minha vida, terei um final como o de Jean
– como aqueles “santos que descansam das suas fadigas”.
Jean Bonfield teve a morte mais tranqüila que já tive oportu-
nidade de ver. Ficou claro que ela morreu assim como tinha
vivido, com fé e amor. A pergunta que faço com freqüência des-
de então é: Como chegou até lá? Santos não nascem feitos. Eles
são forjados durante a jornada da vida.

UMA TESE SOBRE A FÉ ABANDONADA


Enquanto acompanho meus paroquianos na descoberta do
que eles entendem por Jesus ser seu Salvador, observo que eles
sempre experimentam a luz da esperança no momento exato
em que sucumbem em seu mais tenebroso medo. Jesus deixa
isto claro quando diz, “Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-
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la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará” (Lucas

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9:24).
É impossível seguir a Jesus sem ser tirado do lugar que mais
desejamos. Esta caminhada longe do nosso ninho para lugares
novos e desconhecidos é que nos converte. A conversão não é a
simples aceitação de uma fórmula teológica para a eterna salva-
ção. É claro que é isso, mas é muito, muito mais. É a descoberta
da dolorosa, bela e operante criatividade de Deus durante o ca-
minhar em nossas vidas.
Foi essa atividade conversora de Deus que tornou um hebreu
fugitivo no libertador de Israel, um menino pastor num rei, pes-
cadores em pescadores de homens, um judeu perseguidor da
igreja no Apóstolo dos gentios. Foi esse mesmo poder que trou-
xe Lázaro de volta à vida e à amizade viva de Jesus que comeu e
manteve comunhão com ele.
Em todo ilustração bíblica de conversão, há uma missão atre-
lada. Ninguém é convertido para benefícios exclusivamente pes-
soais. Esta pode ser a razão porque temos de perder nossas vidas
a fim de achá-las. O propósito da conversão na Bíblia não é
nossa auto-realização espiritual, mas a missão de Cristo. O dra-
ma da conversão bíblica nunca é limitado ao conflito interno
entre dúvida e fé nas doutrinas cristãs. Pelo contrário, ela sem-
pre envolve o extraordinário processo de transformar simples e
temerosos discípulos em apóstolos visionários.
Este é o meu conhecimento sobre conversão. Escrevo, prego
e ensino sobre isso porque vejo Deus agindo assim nas vidas
daqueles a quem amo. São cristãos comuns, diferentes apenas
porque suas perdas típicas os têm levado para novas missões.
Eles pensavam que seu câncer ou seu divórcio ou sua mágoa
significasse o fim de suas vidas. Eles estavam certos. A vida como
eles a conheciam já era. Em seu lugar eles ganharam não apenas
uma nova vida, mas uma nova proposta para a vida.
Na igreja atribuímos à missão de alguém na vida com uma
vocação cristã. Pode-se ganhar um salário ou não com esta voca-
ção; pode-se considerar ou não um trabalho. Algumas vocações
estão concentradas mais na manutenção de relacionamentos.
Outras vocações concentram-se em completar tarefas. Algumas
vocações a igreja honra com facilidade, como aquelas que orde-
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nam diáconos, presbíteros e pastores. Outras vocações não sa-


bemos como ordenar, como aqueles que são sal e luz no lugar
onde exercem suas profissões, aqueles que cuidam das grandes
necessidades dos filhos pequenos no lar, e aqueles que são cha-
mados para o ministério da oração.
A palavra vocação vem do latim vocarie, que significa simples-
mente chamar. Sua vocação é o seu chamado. É o que Deus pre-
tende fazer com sua vida. As pessoas geralmente sabem quando
possuem uma. Elas também sempre sabem quando não a tem.
Se a vocação cristã fala sobre o quê você foi chamado a
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fazer, a conversão cristã fala sobre o quê você foi chamado a


ser. Você não pode ter uma sem a outra. A igreja tem a ten-
dência para chamar as pessoas primeiro para a conversão.
Mais tarde é deixado sob sua repsonsabilidade auxiliar com
missões. Mas na Bíblia descobrimos homens e mulheres que
estavam sendo constantemente convertidos por sua vocações:
Abraão, Moisés, Davi, Elias, Paulo e os discípulos de Cristo.
Foi a chamada que os converteu. Não havia outra forma para
eles receberem estas vocações de mudanças de vida, entre-
tanto, sem primeiro abandonar, ou serem abandonados por
todas as esperanças da vida que viviam.
Como Jesus profetizou a Pedro, nossa vocação é para um lu-
gar “onde você não gostaria de ir” (João 21:18). Em parte isto
acontece porque não queremos abandonar o lugar onde esta-
mos tentando salvar nossas próprias vidas. Mas a principal ra-
zão pela qual não queremos ir para o lugar onde Cristo nos cha-
ma é que sabemos que teremos de abandonar nossa mais esti-
mada imagem daquilo que pensamos que somos.

QUERO AQUELA RELIGIÃO DOS VELHOS TEMPOS


Quando tinha treze anos de idade, os Eastern Valley Boys
(Rapazes do Vale do Leste) vieram à nossa cidade. Eles forma-
vam um quarteto de cantores-pregadores que tinham sido con-
vidados para liderar uma semana de trabalhos de reavivamento.
Vestiam conjuntos com casacos verdes e tinham uma porção de
dentes que brilhavam quando cantavam. Eles dançavam e can-
tavam “Rude Cruz” com seu entusiasmo característico.
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O desempenho deles era fortemente ajudado pela gigantesca

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tenda de três pontas que tinha sido alugada para o evento. O
cheiro da poeira de madeira recém serrada e de lona molhada, o
arranjo elegante das fileiras de cadeiras dobráveis, os sons rui-
dosos de um velho amplificador no seu volume máximo, a filei-
ra de lâmpadas atravessando os polos da tenda, tudo isso criava
uma atmosfera de espiritualidade terrena.
Ninguém sabia ou cuidava saber mais sobre a formação dos
nossos pregadores reavivados. Nos encontros – eles nunca cha-
mavam cultos – não havia credos, paramentos ou mesmo bole-
tins. O coro voluntário, formado em sua maioria de mulheres
gordas, não cantavam nada escrito por J. S. Bach. Mas eu sabia
que eles eram bons em pelo menos dez versos do hino “Venho
como Estou” que cantavam no final do encontro.
Para um jovem do interior com treze anos, tudo isso me encan-
tava. A gigantesca tenda criou uma abertura em nosso mundo de
operários para um vida completamente diferente. Apesar de sua
atmosfera de circo, a tenda nos convidava ao encontro de alguma
coisa completamente diferente do mundo que conhecíamos.
Eu me sentava próximo aos meus amigos de infância. Não
nos considerávamos pobres, mas seria muito generoso cha-
mar nossos pais de operários. Muitos deles foram dispensa-
dos do trabalho, todos de uma vez, tendo apenas trabalhos
esporádicos aqui e ali. O abuso do álcool era um problema
enorme, tanto quanto o provável abuso das esposas, mas nin-
guém falava muito sobre isso. Tínhamos visto nossos pais
suportar quase todo abandono que há debaixo do sol. Se ou-
sássemos falar sobre isso, estaríamos admitindo que o sonho
americano há muito tinha deixado nossa cidade. Mesmo um
garoto de treze anos podia dizer que este não era o tipo de
vida que Deus tinha em mente.
Tudo que acontecia naquelas noites quentes convergia para
o convite do pregador ao final do culto. Enquanto o coro mur-
murava suavemente com fundo musicial, ele nos persuadia, re-
petidas vezes, para sair do nosso lugar, caminhar até à frente e
dar nossas vidas a Jesus. Este era o momento. Agora era a vez de
virar as costas aos desapontamentos do mundo e voltar-se para
o Salvador.
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AVERSÃO À CONVERSÃO
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Existe alguma aversão, mesmo nos círculos evangélicos, quan-


do se fala muito em conversão. Talvez porque ficamos embara-
çados com os ardentes pregadores entre nós cuja retórica furiosa
derrete quaisquer palavras da verdadeira graça e amor. Possivel-
mente porque temos convivido com um povo convertido o tem-
po suficiente para perceber que não há nada mais realmente
diferente para saber sobre eles. Talvez porque crescemos cansa-
dos de ver evangelistas que só ficam contando as conversões,
mas têm muito pouco para dizer sobre os que estão famintos,
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sem lar, doentes, nus ou na prisão (Mateus 25:43). Todos nós


sabemos que há muito mais no evangelho do que conseguir
pessoas para assinar cartões de decisão.
Mas, estas não são as melhores razões para se intimidar quan-
do falamos em covnersão. A melhor razão é que ela mudará
tudo. A conversão é central no Antigo e no Novo Testamentos.
Você não pode concluir os ensinamentos dos profetas, dos após-
tolos ou do próprio Jesus sem esbarrar num convite para deixar
a vida que o está levando para lugar nenhum, abandonar suas
frustrações, sair do seu lugar, caminhar até a frente e dar sua vida
para Deus. Quem sabe o que ele pode fazer com isso?
A própria palavra conversão nos leva a flutuar nas emoções.
Alguns ouvem isto e imediatamente pensam nas memórias ca-
lorosas de quando Deus entrou em sua vida. Eles se lembram
do exato momento e lugar. Querem que outros também tenham
a mesma experiência. Na verdade, eles se sentem compelidos
pelas Escrituras para se certificarem que os outros tenham exa-
tamente a mesma experiência. Mas quando os outros ouvem a
palavra, eles querem é sair correndo da sala. E não é só não-
cristão que reaje desta maneira. Se é assim, como ficam aqueles
que, como Timóteo, foram criados nos “braços da fé?” Estes
não podem se lembrar do momento e lugar específicos onde
começaram a crer em Jesus como Salvador, quanto mais se lem-
brar do momento em que acreditaram no amor dos seus pais.
O debate sobre como alguém se converte é muito antigo. Ele
está ligado às perspectivas de lutas sobre o batismo, evangelismo e
a natureza da igreja. Este debate é muito importante, mas apenas
arranhamos a superfície da doutrina da conversão se o limita-
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mos à discussão de quando começa a vida de um crente cristão.

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A conversão descreve muito mais da jornada cristã do que
sua iniciação. Ela também descreve o que acontece àqueles que
ficam na estrada através de Jesus, enquanto ele os leva para luga-
res em que eles não gostariam de ir e lhes dá uma vocação que
muda tudo.

O CONVITE
O ensinamento central da Bíblia sobre conversão é o chama-
do para fazer uma escolha. Confrontados com o abandono, os
cristãos podem voltar seus corações para as coisas que perderam
ou voltar em direção à esperança de que Jesus Cristo é de fato
seu Salvador.
O termo teológico para esta escolha é arrependimento. A
palavra grega para arrependimento é metanoia. Ela simplesmen-
te significa “voltar”. Antes de se tornar um termo bíblico, meta-
noia era usada com freqüência para descrever o processo de dar
meia volta. Se um homem deixasse sua casa e no meio do cami-
nho se lembrasse que tinha esquecido alguma coisa, ele podia
“arrepender-se”, dar meia volta e voltar para casa. Durante sécu-
los, a igreja dotou a palavra com conotação de julgamento e
remorso. Mas o chamado bíblico ao arrependimento e à conver-
são ainda significa essencialmente voltar em direção ao traba-
lho que Deus está fazendo em nossas vidas.
A vida continua a confrontar cristãos com convites para se
arrepender e ser convertidos, mesmo após termos iniciado esta
volta em direção a Deus. Nossa eterna salvação pode estar asse-
gurada pela decisão inicial de aceitar o perdão de Deus em Cris-
to, mas a conversão é o processo que dura a vida inteira e consis-
te em abandonar nossos planos e nos voltar em direção à enlou-
quecida e interruptora criatividade de Deus.

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