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1. Introdução.
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A respeito das dificuldades e dos conflitos envolvidos na implementação de ações
calcadas no conceito de desenvolvimento sustentável, consultar: Becker, Berta - "A
Geografia Política do Desenvolvimento Sustentável", Ed. UFRJ, Rio de
Janeiro,1997.
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Ibid., ibidem.
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O lema acima expressa com rara felicidade os fundamentos mais amplos da Agenda
21. O próprio contexto em que ela surge já evidencia algumas das questões mais
importantes desta última década do século.
A "Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento",
realizada na Cidade do Rio de Janeiro em 1992, reuniu, de um lado, Chefes de Estado de
cerca de 170 países, e, de outro, representantes de organizações não-governamentais, em
um processo que procurou reafirmar princípios democráticos e de respeito à cidadania na
formulação de uma nova perspectiva para se lidar com os problemas do meio ambiente
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enfrentar e resolver os problemas que se apresentam concretamente para cada uma delas.
Ainda que ações que possam congregar outros atores sociais possam e devam ser levadas a
cabo tanto a nível estadual quanto a nível federal, é no nível local que estes problemas
podem ser efetivamente superados. Por esta razão, a mobilização social no contexto da
Agenda 21 tem o plano local como seu ponto de partida e seu principal referencial.
Para finalizar, importa destacar que é preciso:
- "considerar a participação como um valor democrático;
- considerar a abrangência desta participação como valor e sinal
democrático; e,
- considerar a participação de todos como uma necessidades para
o desenvolvimento social"4
- Cooperação e parceria
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José Bernardo Toro A. e Nisia Maria Duarte Werneck. "Mobilização Social",
Ministério do Meio Ambi-
ente e Amazônia Legal, Brasília, 1997, pg. 17.
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Essa premissa, que permeia quase todos os capítulos da Agenda 21, reforça valores
e práticas participativas, dando consistência à experiência democrática dos países. Todos os
grupos, vulneráveis sob os aspectos social e político, ou em desvantagem relativa, como
crianças, jovens, idosos, deficientes, mulheres, populações tradicionais e indígenas, devem
ser incluídos e fortalecidos nos diferentes processos de implementação da Agenda 21
Nacional, Estadual e Local. Esses processos requerem não apenas a igualdade de direitos e
participação, mas também a contribuição de cada grupo com seus valores, conhecimentos e
sensibilidade;
- Planejamento
- Informação
A Agenda 21 chama a atenção para a necessidade de tornar disponíveis bases de
dados e informações que possam subsidiar a tomada de decisão, o cálculo e o
monitoramento dos impactos das atividades humanas no meio ambiente. A reunião de
dados dispersos e setorialmente produzidos é fundamental para possibilitar a avaliação das
informações geradas, sobretudo nos países em desenvolvimento.
de forma a não exigir mais do que é razoável esperar de cada um deles. No entanto, uma
vez formalmente comprometidos, é preciso encontrar os mecanismos para manter ativo o
engajamento destes atores no processo, o que, evidentemente, depende das suas
características particulares e do contexto local.
Por último, cabe mencionar dificuldades relacionadas ao próprio caráter
participativo que se pretende imprimir à mobilização social. É evidente que quanto mais
atores diversificados forem convocados a participar de um processo, maiores serão os
riscos de que suas perspectivas e interesses particulares venham a entrar em conflito com as
dos demais participantes. Por esta razão, embora a mobilização de um conjunto de atores
distintos possa potencializar as possibilidades de realização dos objetivos traçados ao longo
do processo, é preciso ter claro o risco envolvido nesta abertura à pluralidade social, sem,
com isso, optar por um fechamento das instâncias criadas à diversidade destes atores. A
democracia exige o exercício permanente da capacidade de articular interesses e
perspectivas diversos, apesar das dificuldades que isso normalmente representa.
Entretanto, para aqueles que buscam o caminho da participação e da mobilização
sociais, estes obstáculos podem se tornar, na verdade, outros tantos estímulos ao seu
compromisso com o bem-estar desta e das futuras gerações, e como um possível remédio
para as indigestões socioambientais causadas pelo atual padrão de desenvolvimento
econômico e de utilização dos recursos naturais.
8. Bibliografia.
COMISSÃO PARA AGENDA 21, 21 Perguntas e respostas para você saber mais
sobre a Agenda 21 Local. Brasília, 19996.
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IBAM /DUMA, PCRJ/ SMAC, Guia das Unidades de conservação Ambiental do Rio
de Janeiro. Rio de Janeiro, 1998.
KRANZ, P, Pequeno Guia da Agenda 21 Local. Rio de Janeiro: Ed. Hipocampo, 1999.
9. Sites de Consulta