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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

CURSO SUPERIOR TECNOLÓGICO EM FOTOGRAFIA


Projeto Experimental III
Professor Caio Coelho
Sofia Wilhelms Wolff

ESTUDO DA ARTE

FENÓTIPOS FAMILIARES

Introdução
O trabalho que realizarei será um mapeamento das características
físicas de famílias, de diversas origens que moram na cidade de Igrejinha, no
Rio Grande do Sul. Assim, criarei um conjunto de imagens para que possamos
estudar cada família, todas as suas semelhanças que mesmo depois de
séculos permanecem como representações de um sobrenome e as diferenças
que surgiram a partir das junções de origens e etnias.
Dessa forma, faço um breve estudo sobre os retratos na história da arte
e após, um estudo sobre trabalhos fotográficos que envolvam apropriação,
pesquisa de identidade e fenótipos. A motivação para realizar este trabalho é
pelo fato de que as pessoas mais velhas sempre reconhecem de que família eu
sou pelos meus traços físicos.
Um brevíssimo estudo de retratos da história da arte

Podemos considerar a referência


mais famosa que temos na história da
arte de retratos, a pintura da Monalisa. A
obra de Leonardo Da Vinci, datada de
1503, determinou um padrão para
retratos futuros, principalmente devido ao
enquadramento e pose da modelo,
baseada na composição em formato de
pirâmide. Algumas questões como a
expressão da modelo, são debatidas até
hoje. Historicamente, a versão mais
aceita é de que esse retrato foi
encomendado por um comerciante de
seda, chamado Francesco Del Giocondo,
para registrar sua esposa Lisa
Gherardini, que recém teria tido seu primeiro filho. Questões da obra de Da
Vinci são interessantes pois serviram como base para o estudo do rosto e
corpo humano como um todo durante um longo período da história.

Outra obra importante para


estudarmos é A Moça com o Brinco de
Pérola, de Johannes Veermer, datada de
1665. Considerada por muitos a Monalisa
holandesa, a pintura de Veermer se
destaca pela luz e composição. O brilho do
brinco de pérola da menina e as cores da
pintura até hoje servem como referência
para inúmeros retratos.
Estudo de obras do mundo fotográfico

Adentrando no mundo fotográfico, no livro A Fotografia na Antropologia,


Ewelter Rocha analisa a confecção de imagens mortuárias em Juazeiro do
Norte, Ceará. Naquela região, as famílias costumavam ceder fotografias de
parentes mortos a pintores, dessa forma eles podiam criar imagens atribuindo
roupas e características que os modelos não possuíam realmente. Dessa
maneira, familiares que nunca se conheceram apareciam em imagens juntos e
as imperfeições eram retiradas das imagens. Esse processo, além de muito
estudado pelas questões de processos que a fotografia passava para ser
terminada, levanta um questionamento muito importante que é: como essas
fotografias manteriam traços característicos das famílias? Afinal, pela
necessidade de se ter uma imagem perfeita após a morte, poderia ficar para
recordação na família uma imagem irreal, que não representasse de fato as
características e traços daquele gene.

Figura 1 e 2- sem autoria disponível no site


http://revistazum.com.br/livros/entre-arte-e-ciencia/

As fotografias do projeto Muazez, de Celine van Balen que retrata


moradores de um abrigo temporário em Amsterdan, incluem uma série de
imagens de meninas muçulmanas fotografadas apenas do ombro para cima.
Van Balen escolheu esta posição por ser uma representação inexpressiva e
rigorosa das meninas, mantendo o trabalho esteticamente equilibrado e
reforçando o papel dos fotografados no mundo contemporâneo. Essa estética
de inexpressividade, muito presente no atual universo da arte, é muito
importante para o desenvolvimento da minha pesquisa. Os retratos no trabalho
sobre fenótipos familiares, terão
essa característica de corte e de
uma relativa inexpressividade,
digo isso, pois talvez, em alguns
casos, a característica de uma
família pode ser o mesmo
sorriso.

Figura 2 - Celine van Balen, 1998. Disponível em


http://www.artnet.com/artists/c%C3%A9line-van-balen/past-auction-
results

“As imagens têm poder de agência. Elas tornam visível o que não
era, subvertem o senso comum, denunciam com sensibilidade única
e, por isso mesmo, agem”. (CAIUBY, 2015)

Uma das mais importantes e proeminentes fotógrafas da Austrália, Sue


Ford, registrou ao longo de anos o passar do tempo por meio de retratos. No
site da artista está a seguinte frase “Há uma relação nada óbvia no meu
interesse pela câmera, como eu gravo a mudança do tempo”. Dessa forma, a
fotografia torna-se o narrador do tempo, mostrando para o espectador uma
outra forma de ver o mundo e suas constantes transformações.
Outro fotógrafo
que trabalha com o
passar do tempo, é
Nicholas Nixon com o
trabalho chamado “As
Irmãs Brown”. Desde
1975, Nixon fotografa
uma vez por ano a sua
esposa e suas três
irmãs, na mesma
Figura 3 - Sue Ford, 1970. Disponível em
http://revistaold.com/categoria/historia-e-fotografia ordem. Esse projeto é um dos mais
reconhecidos por registrar a passagem
do tempo, de maneira
simples ele mostra a entrega
absoluta a algo inevitável: o
envelhecimento.
Estes dois artistas são
referência para o meu
trabalho, pois retratam um
tema tão complicado quanto
a passagem do tempo de
uma maneira muito simples e
bem resolvida. Podemos
perceber a sutileza do tempo
e a permanência dos traços com o Figura 4 - Nicholas Nixon, 1975 - 2016. Disponível em
http://www.moma.org/calendar/exhibitions/1484?locale=en
passar dele.

“Ao lado da história escrita, das datas, da descrição de períodos, há


correntes do passado que só desapareceram na aparência. E que
podem reviver numa rua, numa sala, em certas pessoas, como ilhas
efêmeras de um estilo, de uma maneira de pensar, sentir, falar, que
são resquícios de outras épocas.” (BOSI, 1994, p. 75)

Rosangela Rennó para montar sua instalação denominada Vulgo, de


1998, coletou e ampliou a partir de negativos que fazem parte do acervo do
Museu Penitenciário de São Paulo. Este acervo possuía registros fotográficos
dos anos 1920 aos anos 1940, de
todos os tipos de características
físicas dos prisioneiros, desde cor
da pele, deformidades, altura e
peso até cicatrizes, marcas e
tatuagens. Tendo como ponto de
partida a discussão a relação
entre fotografia, documento e arte.
Angelica Dass é uma
Figura 5 - Rosangela Rennó, 1998. Disponível em
http://www.rosangelarenno.com.br/obras/exibir/16/1 fotógrafa brasileira. Ela iniciou seu
projeto chamado Humanae em 2012, com o objetivo de produzir um catálogo
cromático (Pantone) de todos os tipos de pele do mundo. Angélica já fotografou
mais de três mil pessoas
em 13 países diferentes
do mundo. O propósito
dela é captar todas as
cores, para as pessoas
pararem de ser rotuladas
de branco, preto, amarelo
e associados a raça.
Estes dois últimos
projetos, da Rosangela
Rennó e da Angelica
Figura 6 - AngelicaDass, 2012 - 2016. Disponível em
http://humanae.tumblr.com/
Dass, são muito
importantes para o
desenvolvimento do meu trabalho. Por ser uma espécie de estudo e
catalogação, acredito que eles sejam boas referências. Principalmente o da
Angélica, pois na sua forma atual ele é o que chega mais perto do que eu
quero realizar, sendo um trabalho sempre em produção e como servindo de
catálogo.

REFERÊNCIAS
CAIUBY, Sylvia. Entre arte e ciência. São Paulo: UDESP, 2015.

CHARLOTTE COTTON, MARIA SILVIA NETTO. A FOTOGRAFIA COMO


ARTE CONTEMPORANEA. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

Disponível em http://humanae.tumblr.com/
Disponível em http://mundoestranho.abril.com.br/historia/teoria-da-conspiracao-
os-misterios-da-mona-lisa

Disponível em http://revistaold.com/categoria/historia-e-fotografia/

Disponível em http://revistazum.com.br/livros/entre-arte-e-ciencia/

Disponível em http://www.cult.ufba.br/enecult2007/NinaVelasco.pdf

Disponível em http://www.rosangelarenno.com.br/bem_vindo

Disponível em http://www.sueford.com.au/HOME.html

Disponível em
http://www.uesc.br/cursos/graduacao/licenciatura/letras/rehem_esteticocultural.
pdf

Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=LqsK18bLipM

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