Вы находитесь на странице: 1из 67

Método de Violão Popular

Elaborado pelo Professor Dinho

2
Método de Violão Popular
Apresentação
“Toda grande caminhada começa com um pequeno passo...”

Neste pensamento, apresento a você este humilde e despretensioso método para


violão popular. Humilde porque não se trata de um "tratado" ou "doutorado" de como
se aventurar com este maravilhoso instrumento. Despretensioso porque não se esgota
em si mesmo, como muitos métodos mirabolantes que temos por aí, ao estilo "aprenda
violão em 2 horas sem professor". Este método serve como "material de apoio" para o
estudo do violão, jamais dispensando a figura de um bom professor.
Nesta etapa evitei ao máximo adentrar em conceitos teóricos, visando o mínimo
de conhecimento musical, somente o necessário para poder entender o que se está
propondo, deixando para aulas futuras um aprofundamento maior dos temas
abordados e a inclusão de outros.
Tocar um instrumento em um mundo tão conturbado como o nosso é uma
dádiva, um presente! Poder colorir um mundo cinzento com as notas e acordes
coloridos de nossa alma é missão importante de todo músico. Somos aliados de Deus
na missão de embelezar tudo ao nosso redor com o auxílio da boa música!
Espero ter atingido um objetivo com este método e desejo de coração que ele seja
uma fonte de conhecimento e apoio para seus estudos. Também me coloco à
disposição para comentários, críticas e sugestões para que ele se torne mais eficaz no
ensino deste grandioso instrumento.

Boas aulas e boa música!

Dinho

3
Introdução

O que é Música?

Música é a arte de trabalhar e combinar os sons. Constitui-se basicamente de


uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É considerada por
diversos autores como uma prática cultural e humana. A música pode ser considerada
como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função.
Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história.
Provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem,
através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se
baseasse na organização de sons.
Definir a música não é tarefa fácil porque apesar de ser intuitivamente conhecida
por qualquer pessoa, é difícil encontrar um conceito que englobe todos os significados
dessa prática. Um dos poucos consensos é que ela “consiste em uma combinação de
sons e de silêncios que se desenvolvem ao longo do tempo”.

Elementos da Música

Na base da música, dois elementos são fundamentais: O som e o tempo. Tudo na


música é função destes dois elementos. Basicamente, a música se divide em três
partes:

• Melodia

• Harmonia

• Ritmo

Nível 1 – CONHECENDO O VIOLÃO

O violão é um instrumento musical de cordas, que são tangidas com os dedos ou


com palhetas. Tem um corpo oco e entalhado com uma abertura no meio e um braço
com trastes transversais. As cordas são presas de um lado a uma cravelha, e de outro,
a um cavalete.
O instrumento existe desde os tempos antigos, mas a primeira referência escrita
data do século VII na Espanha, e em meados do século XVIII assumiu sua forma
moderna e até hoje os melhores instrumentos são fabricados na Espanha. O grande
responsável pelo desenvolvimento do violão foi um carpinteiro chamado San Sebastian
de Almeida (1817-1892).

4
Conhecido como Torres, ele foi sem dúvida a figura mais importante na história
do violão, e muitos instrumentos da atualidade são fabricados com base nos
instrumentos de Torres.
Entre os estilos que mais utilizam o violão, estão a MPB, a música country, a
música sertaneja do Brasil, o choro, a bossa nova, o blues, o rock, o jazz, o flamenco e
a música erudita.

Classificação quanto ao Instrumento

O violão pode ser:


Elétricos, Clássicos, Folk, Acústicos, Semi-acústicos, de 12 cordas e de 7 cordas.
Em nosso estudo, vamos aprender a tocar o violão de 6 cordas, que é o mais comum.

Existem vários tipos de violões no mercado. Independentemente de marca ou


modelo, dois tipos de violões se destacam e são os mais usados. São eles:

Violão com cordas de Nylon

Usado na música Clássica e também em outros estilos


em que não se usa palheta, como a bossa nova. Além das
cordas de nylon flexíveis, ele tem um braço longo que
permite um melhor dedilhado. Este violão é recomendado
para iniciantes.

Violão com cordas de Aço

Este é um instrumento versátil, utilizado em uma grande


variedade de estilos musicais, incluindo o popular,
sertanejo, rock e blues. Normalmente, tem um corpo
grande e um braço estreito. As cordas de aço
proporcionam mais qualidade ao som e o corpo grande
permite maior ressonância ou volume de som.

5
Existem maneiras diferentes de tocar o violão, onde temos:

Violão Cifrado - O mais usado pelos violonistas, onde o instrumento é usado para
acompanhar seu canto, dispondo de acordes ou posições embutidas em um ritmo.

Violão Solado - Um método mais aprofundado onde o intérprete executa a melodia


da música sem cantar. Muito usado em música erudita onde os violonistas realizam
verdadeiras "acrobacias" com o instrumento.

Uso na Música Popular

Diversas características do violão o tornam propício ao acompanhamento do


canto. Entre elas, a extensão, o volume sonoro, a relativa riqueza harmônica, o baixo
custo e o peso reduzido. Isso também torna o instrumento preferido de alguns
intérpretes. Apresentações com “um banquinho e um violão”, em pequenos espaços,
com um cantor se acompanhando ao violão são comuns na bossa nova, na MPB entre
outros estilos musicais.
Como é fácil de transportar, é comum ver grupos de pessoas reunidas em torno
de um violão em festas, bares, praias, estádios, estações de trem ou outros locais ou
situações em que as pessoas se agrupam. A execução puramente harmônica para o
acompanhamento do canto é facilmente dominada, e as revistas com cifras dos
sucessos musicais do momento são facilmente encontradas em qualquer banca de
jornal.

6
Partes do Violão

Vamos conhecer melhor o instrumento que vamos abordar em nossos estudos.


Observe a figura do violão e as partes que ele contém.

7
Nível 2 – INICIALIZAÇÃO AO VIOLÃO

Postura para tocar o Violão

Antes de você começar a tocar, é importante que você se sinta confortável


segurando o seu violão. A postura correta que você deve adotar depende do estilo
musical que você pretende tocar.

O violonista para que não tenha nenhum desconforto na hora de tocar, tem que
manter a coluna reta. Existem vária formas de apoiar o violão sobre as pernas, as
mais comuns são como mostrada nas figuras abaixo.

Modo Clássico

Com o violão apoiado sobre a perna esquerda. É usado por músicos eruditos.

Modo Popular

Com o violão repousando sobre a perna direita. É mais comum para violonistas
populares.

8
Mãos

O violão é executado com o auxílio das nossas duas mãos. A mão direita serve
para executar os ritmos, desde uma batida, um dedilhado ou até mesmo um solo,
tocando as cordas próximas à boca do violão.

A mão direita para um bom desempenho deve ficar próximo da boca do violão, e o
braço apoiado confortavelmente com o cotovelo na parte superior traseira da caixa de
ressonância, assim como mostra a figura:

A mão esquerda serve para pressionar as cordas entre um traste e outro contra o
braço do violão, para que com o auxílio da mão direita, possa tirar (produzir) o som
das notas musicais tanto em um solo, como em um acorde (veremos adiante sobre
notas e acordes). A mão esquerda tem que ficar de tal forma posicionada que você
possa usá-la livremente de um lado para o outro do braço do violão e percorrer todas
as casas.

Os dedos das mãos têm algumas indicações que você deve saber, para facilitar o
aprendizado e a execução dos exercícios de dedilhado e solo com maior precisão.

Os dedos da mão direita são indicados pelas iniciais do nome de cada um. Por
exemplo:

P = Polegar
I = Indicador
M = Médio
A = Anelar

OBS: O dedo mínimo da mão direita não é utilizado em execução.

9
Os dedos da mão esquerda são indicados por números. Por exemplo:

1 = Indicador.
2 = Médio.
3 = Anelar.
4 = Mínimo.

Veja a figura de ambas às mãos:

OBS: O polegar da mão esquerda serve apenas como base para apoiar a mão em
determinado local do braço do violão e ajudar a pressionar as cordas contra o braço.

10
Nível 3 – NOTAS MUSICAIS

Características do Som

Intensidade - É a característica do som ser fraco ou forte. Frequentemente também é


chamada de volume ou pressão sonora.

Altura - É a característica do som ser grave, médio ou agudo. Em música, altura


refere-se à forma como o ouvido humano percebe a frequência dos sons. As baixas
frequências são percebidas como sons graves e as mais altas como sons agudos.

Timbre - É a característica própria de cada instrumento musical que nos permite


reconhecer a sua origem. Definido da forma mais simples o timbre é a identidade
sonora de uma voz ou instrumento musical. É o timbre que nos permite identificar se
é um piano ou uma flauta que está tocando, ou distinguir a voz de dois cantores.

Duração - Período de tempo pelo qual o som se propaga. Em música a duração é o


tempo em que uma nota é tocada ou o tempo entre duas notas (pausa).

Notas Musicais

Vamos agora para as notas musicais, uma vez que você já entendeu as
explicações básicas dadas anteriormente sobre o violão. Como qualquer instrumento
musical, as sete notas básicas (ou naturais) são:

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI

Os sons que habitualmente utilizamos nas


músicas são denominados de notas musicais.
Estes sons possuem altura determinada e são
organizados em ordem crescente ou decrescente.
Esta organização é chamada de Escala Musical.
Esta escala é chamada de natural quando em
sua organização, possui somente notas naturais,
ou seja, sem alterações. Mais à frente veremos
melhor o significado de escala.

Nome das cordas do Violão

Já que aprendemos sobre notas, vamos sair


um pouco da teoria e ir para a prática. Só que temos que conhecer o violão um pouco
mais.

11
Vamos aprender a identificar quais sons (nota musical) cada corda produz. Vale
destacar que o violão normal tem 6 cordas, onde a contagem das cordas se dá de
baixo para cima. As 3 primeiras são chamadas de “primas” e as 3 últimas de
“baixos“ (ou bordões).

Exercício com a Mão Direita

Depois de aprender o nome de cada corda, vamos aprender um exercício sobre o


posicionamento da mão direita sobre as cordas soltas do violão.

Com o dedo polegar, você vai tocar apenas os “baixos“ (cordas mais grossas 4ª, 5ª
e 6ª), as cordas “primas“ (cordas mais finas 1ª, 2ª e 3ª), você vai tocar com os dedos
indicador, médio e anelar (1ª= anelar, 2ª= médio e 3ª= indicador).

12
OBS: Deixe sua mão direita nas cordas e no meio da boca do violão. O dedo
mínimo, não é utilizado na execução.

Execute este exercício descendo e subindo, sem fugir da regra e posição da mão.
E à medida que for tocando as cordas, vai falando o nome delas, assim você decora e
aprende o nome das cordas.

Exercício com a Mão Esquerda

Agora que já aprendeu o exercício com a mão direita, vamos aprender agora como
usar a mão esquerda no exercício abaixo. Um bom posicionamento da mão esquerda é
muito importante para a execução das notas.

O polegar deve ficar livre para percorrer o braço do violão, ele é o apoio do violão e
ajuda a pressionar os dedos 1 (indicador), 2 (médio), 3 (anelar) e 4 (mínimo) nas
cordas do violão.

OBS: Execute de baixo para cima, depois inverta de cima para baixo.

13
Nível 4 – ACORDES

Neste capítulo vamos posicionar a você que está aprendendo o violão, tudo sobre
a interpretação dos Acordes. É importante você dominar esse assunto para que não
torne seus estudos mais complicados. Mas, o que é acorde?
Acorde é a reunião de três ou mais notas (sons) de frequências diferentes e
executadas ao mesmo tempo, formando assim uma harmonia.

Os acordes naturais podem ser chamados de Maiores ou menores. Como temos


sete notas musicais, teremos sete acordes maiores e sete acordes menores iniciais.
Temos basicamente três tipos de acordes, que são:

Tríades: Acordes formados por três notas. Entre estes estão os acordes básicos,
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si, tanto Maiores, como menores.

Tétrades: Acordes formados por quatro notas. Entre estes estão todas as tríades,
acrescidas de uma 4ª nota.

Tétrades Acrescentadas: Acordes formados por cinco ou mais notas. Entre estes
estão todas as tétrades, acrescidas de uma ou mais notas.

Cifras

Cifras ou cifrado é o nome dado às notas musicais por meio de letras, símbolos e
sinais. O cifrado é um sistema universal. Ele foi criado para facilitar à escrita. Ex: ao
invés de se escrever “Dó maior”, escreve-se apenas “C”; ao invés de se escrever “Dó
menor”, escreve-se apenas “Cm”. Facilitou-se a escrita e aquela música não terá mais
acordes embolados. Cada nota musical corresponde a uma letra do alfabeto (as sete
primeiras letras). A característica principal do cifrado é a simplificação da escrita
musical.

Acordes Maiores Acordes Menores

Dó maior = C Dó menor = Cm

Ré maior = D Ré menor = Dm

Mi maior = E Mi menor = Em

Fá maior = F Fá menor = Fm

Sol maior = G Sol menor = Gm

Lá maior = A Lá menor = Am

Si maior = B Si menor = Bm

14
Repare que a letra principal sempre será Maiúscula, nunca em letra minúscula.
Para os acordes maiores apenas a letra (maiúscula) representa que é um acorde
maior. Já para menor, colocamos a letra “m” minúscula na frente da letra principal,
indicando que este acorde será menor.

Meu primeiro Acorde no Violão

Vamos executar o primeiro acorde no violão. Vamos começar! Primeiro vamos


analisar o diagrama do acorde. Veja a figura:

Essa figura é uma representação do braço do violão. A figura nos mostra que as
cordas grossas (baixos) estão localizadas no lado esquerdo da figura e as cordas finas
(primas) estão no lado direito da figura.

A “letra” na parte superior da figura é a cifra, que representa o nome do acorde e


sua classificação. Nesse exemplo o acorde é “A” (Lá maior).

O “X” marcado na figura, indica onde você vai tocar o “baixo” do violão. É tocado
com o dedo “P” (mão direita).

As “bolinhas pretas” na figura indicam as cordas que serão tocadas.

Os “números com um círculo” correspondem aos dedos 1, 2, 3 (mão esquerda).

Vamos tocar o acorde de Lá Maior (A)!

OBS: como você ainda não tem prática vai doer um pouco as “pontas dos dedos”.
À medida que você for treinando, esse incômodo vai sumindo.

Treine várias vezes! O som das cordas tem que sair bem nítidos. Não tenha
pressa, vai com calma. Os dedos da mão esquerda vão ficar meio doloridos no começo,
mas é normal.

15
Aqui vai uma dica: Quanto mais próximo as pontas dos dedos da mão esquerda
estiverem do traste (mas não em cima dele), menos força será utilizado e mais limpo
sairá o som.

Usando o exemplo do acorde de Lá maior, vamos aprender mais 2 acordes:

Acordes Maiores

Vamos aprender agora os acordes maiores naturais. Nesta primeira etapa é muito
importante decorar e aprender todos os acordes, percebendo entre eles as diferenças
de sons. Pratique lentamente, velocidade não é o importante agora.

Lembre-se de manter sempre os dedos da mão esquerda próximos ao traste,


usando a ponta dos dedos de maneira perpendicular (reta). Esta prática auxilia na
qualidade do som, bem como no menor esforço para se conseguir de maneira limpa o
som da nota desejada. É comum no início do estudo do violão que o aluno muitas
vezes abafe o som da corda anterior ou posterior apertada pelos dedos da mão
esquerda, produzindo um som sem vida, abafado. Para evitar isso, observe se os dedos
da mão esquerda estão posicionados corretamente. Todo o processo de aprendizado
deve ser consciente, feito com tranquilidade e paciência.
Uma característica interessante dos acordes maiores é que eles têm um "som
alegre".

16
ATENÇÃO: Repare que não colocamos os acordes F (fá maior) e B (si maior) na
sequência dos acordes maiores. Mas por quê? Porque esses acordes tem Pestana. Mas
o que é pestana? Calma, vamos explicar e ensinar a você em breve. Por enquanto
vamos nos conter com esses acordes dados.

Exercício de Acordes

Agora que você já aprendeu os acordes maiores (exceto o F e B) daremos algumas


sequências (encadeamentos/progressões) com os acordes que você aprendeu para
treinamento. É aconselhável de início colocar os dedos juntos ao fazer um acorde,
evitando colocar os dedos separadamente. Ao conseguir, observe bem o acorde e veja a
posição dos dedos, e quando fizer com segurança, ficará bem mais fácil.

Toque os acordes e ouça bem os sons e comece a perceber a diferença em som de


um acorde para outro. Fique ligado na mudança de acordes e o local exato dessas
mudanças.

1º - E A E

2º - D A D G D A D

3º - C G C

Nível 5 – RITMOS

Chegou a hora de estudarmos os ritmos para violão, um dos maiores trunfos para
o bom violonista. O ritmo - também conhecido como estilo - é quem dá qualidade à
música. Não adianta pôr os acordes certinhos e “bater” nas cordas. Vamos aprender
corretamente a tocar as cordas dentro de um ritmo.
Naturalmente não poderíamos demonstrar todos os ritmos existentes, pois são
inúmeros e novos vão sendo criados a partir dos demais. Selecionamos alguns
exemplos dos mais populares e que servem de base para outros, pois um gráfico não
mostra com exatidão como é o tempo do ritmo. Por isso, a ajuda de um professor é
fundamental. Vamos então iniciar nosso estudo sobre ritmos.

17
Simbologia dos ritmos

Eis os símbolos que usaremos para representar os ritmos:

Batida com o polegar direito sobre a nota do baixo (bordão).

Indica a batida dos dedos direitos sobre as cordas ativas no sentido de


cima para baixo.

Representa a batida dos dedos direitos sobre as cordas ativas no sentido de


baixo para cima.

Ritmo de Valsa

P IMA IMA

Uma batida no baixo com o polegar, e os dedos I M A duas vezes para baixo.

Ritmos de baladas

P IMA P P IMA

Polegar para baixo em todas as cordas (dependendo do baixo do acorde), I M A


para baixo nas cordas e polegar duas vezes em todas as cordas, I M A para baixo nas
cordas.

18
P IMA P IMA IMA

Polegar para baixo em todas as cordas, I M A para baixo nas cordas, polegar em
todas as cordas, I M A para cima e I M A para baixo.

Country

P IMA

Polegar em todas as cordas e I M A para baixo. Repete o mesmo processo para


continuar com o ritmo.

Guarânia

P IMA P IMA IMA

Polegar para baixo em todas as cordas, I M A para baixo nas cordas, polegar em
todas as cordas, I M A para cima nas cordas e I M A para baixo nas cordas.

OBS: Outros ritmos serão ensinados nas aulas no decorrer do nosso curso.

19
Acompanhando e cantando

Agora vamos aprender a tocar músicas cifradas! Você faz o acorde, ouve o som
desse acorde e começa a cantar a música. Se você não sabe cantar, não gosta ou tem
vergonha, peça ajuda para alguém que saiba para te ajudar, assim você também se
acostuma a tocar com outros cantores (as). Mas mesmo que você não saiba cantar, eu
aconselho a você a tentar mesmo assim, pois, e quando não tiver ninguém pra te
ajudar quando você estiver tentando aprender a música? Nem sempre temos esse tipo
de ajuda. Mesmo que você seja desafinado cante, pois já diz o velho ditado: “quem
canta os males espanta”. O importante aqui é você tocar os acordes da música certo e
no tempo correto. Procure ter agilidade para com os dedos. Ao mudar de um acorde
para outro, procure colocar os dedos juntos e evite mudar de acorde colocando os
dedos separadamente. Não se preocupe se, na mudança de um acorde para outro
houver um pouco de dificuldade. Isso é normal no princípio, mas com o tempo essas
dificuldades desaparecerão.

Nesta lição, vamos a algumas músicas utilizando os acordes que você já


aprendeu. São músicas fáceis e que sem dúvida, você entenderá e saberá como
proceder para executá-las.

Selecionei aqui duas músicas para treinamento, para que você entenda como
funciona uma música cifrada. São músicas tradicionais, e com certeza não terá
problemas em executá-las e cantá-las. Depois de aprendê-las, aí sim, iremos
selecionar mais músicas, só que dessa vez de acordo com o seu gosto musical.
Lembrando que essas músicas só terão acordes maiores de início, pois são os únicos
que você aprendeu até o momento. Por isso as músicas estarão com uma harmonia
bem simples. Se você tem um ouvido mais afinado e sentir que falta algum acorde em
uma determinada parte, não estranhe, aos poucos vamos melhorando a harmonia de
acordo com os acordes que você irá aprender no decorrer do nosso curso.

Siga todas as dicas que foram faladas e bom proveito!

Para a primeira música, vamos usar o ritmo Country.

Parabéns pra você (A)

A E
Parabéns pra você
A
Nesta data querida
D
Muitas felicidades
E A
Muitos anos de vida

20
E
Você hoje completa
A
Mais um ano de idade
D
Pra você desejamos
E A
Muitas felicidades

Para a segunda música, usaremos o ritmo Valsa.

Noite Feliz (G)


G
Noite feliz, noite feliz
D G
Oh senhor, Deus de amor
C G
Pobrezinho nasceu em Belém
C G
Eis na lapa Jesus nosso bem
D G
Dorme em paz oh Jesus
D G
Dorme em paz oh Jesus

OBS: Com as músicas que você acabou de aprender, deu para se ter uma ideia de que
a coisa não é tão difícil como se imagina. Requer apenas um pouco de paciência,
perseverança e dedicação. O que se consegue com tanta facilidade não tem o mesmo
gosto do que é conquistado ou conseguido por força de vontade e determinação. Isso
você tem e já demonstrou: o poder do querer!

Nível 6 – Pestana e Acordes Menores

Primeiro Acorde com Pestana

Não tem jeito, agora temos que encarar a pestana. Basta alguém falar em pestana
que muita gente já começa a pensar em desistir. Afinal, a pestana tem sido o
responsável por alguns dos maiores traumas no estudo de instrumentos de corda em

21
geral, sem falar na dor, e na demora em trocar de acorde quando aparece uma
pestana pela frente. Na verdade, a pestana existe para facilitar a troca dos acordes. As
pessoas reclamam de dores no polegar, no indicador e no músculo que fica bem no
meio deles. Bem, o motivo porque dói é simples: os músculos envolvidos no processo
não estão desenvolvidos o suficiente para fazer o trabalho, e acabam entrando em
colapso, prejudicando o som e doendo. Felizmente, a solução é simples: ginástica com
os dedos.
Agora vamos aprender a colocar no braço do violão o acorde “Fá maior” (F) que
tem uma pestana completa. Primeiro veja esse diagrama:

A seta na horizontal indica a pestana, ou seja, você tem que colocar um dedo em
toda extremidade indicada pela seta, nesse caso como o acorde é o Fá maior (F),
utilize o dedo 1 (mão esquerda). Lembre-se que colocando o dedo próximo ao traste,
você terá menos dificuldade ao colocar o acorde e pressionar as cordas contra o braço
do violão. Para aprender o acorde de Fá maior, vamos começar pela pestana (dedo 1
mão esquerda) devido ser um pouco difícil de colocar. Mas não se preocupe, tem um
jeito bem prático de colocar a pestana no braço do violão. Siga essa regra:

1°) Na primeira casa, prenda primeiramente as cordas Mi (1ª) e Si (2ª) com o dedo 1
(mão esquerda). Observe a figura:

22
OBS: Não esqueça! Colocando o dedo próximo do traste, diminui o esforço em
pressionar as cordas contra o braço do violão. Treine até o som sair bem nítido.

2°) Agora você vai prender com o dedo 1 (mão esquerda) a 4ª, 3ª, 2ª e 1ª cordas
simultaneamente. Assim como mostra a figura:

Observe que na figura o dedo 2, está por cima do dedo 1 (utilizado pra fazer a
pestana do acorde Fá maior). Dessa forma, o dedo 2 ajuda o dedo 1 a pressionar as
cordas contra o braço do violão.

OBS: Enquanto o som das cordas não sair bem nítido, não mude de exercício. É
muito importante que aprenda colocar a pestana e que saia com o som bem limpo.

3°) Por fim, você vai colocar o dedo 1 (mão esquerda) prendendo as 6 cordas de uma
só vez. Assim como está na figura:

Veja que o dedo 2 está sobrepondo o dedo 1. Como já foi dito, ajudará o dedo 1 a
pressionar as cordas contra o braço do violão. Com o passar do tempo, você vai
colocar a pestana sem dificuldades.

23
Exercício de Pestanas

Usando só o indicador, faça uma pestana simples na primeira casa do seu


instrumento. Aperte o dedo indicador da mão esquerda sobre todas as cordas e toque
só uma vez. Em seguida avance uma casa, aperte as cordas e toque de novo só uma
vez, repita até a sétima casa. Depois que essa "ginástica" surtir algum efeito e estiver
mais fácil produzir um som limpo, podemos usar pestanas de verdade.

Repita várias vezes esse exercício. Assim que parar de doer o dedo 1, você já pode
completar o acorde de “Fá maior” (F) mostrado no diagrama. Siga essa ordem para
colocar o acorde “F” completo:

1°) Coloque o dedo 1 (pestana completa, 6 cordas pressionadas) na 1ª casa.

2°) Coloque o dedo 2 na 2ª casa da 3ª corda.

3°) Coloque o dedo 3 na 3ª casa da 5ª corda.

4°) Por fim coloque o dedo 4 na 3ª casa da 4ª corda.

A posição do acorde de “Fá maior” (F) deve ficar como mostrado na figura:

24
Sei que não é fácil para quem está iniciando os estudos colocar pestana. Mas não
desanime e nem pule exercícios. São esses exercícios que farão a diferença na hora de
tocar uma música completa.

Já que agora você sabe fazer pestana, vamos aprender os dois acordes maiores
que ficaram faltando: O Fá (você acabou de aprender) e o Si (B).

Acordes menores

Os acordes menores são compostos do 1º, 3º menor e 5º graus. Representamos


um acorde menor colocando a letra “m” minúscula na frente.
Assim como você aprendeu os acordes maiores, execute agora os acordes menores.

Ouça bem o som dos acordes e a diferença de sons entre eles. Ao contrário dos
acordes maiores, os menores têm um "som triste".

25
OBS: Quando você tiver aprendido bem os acordes maiores e menores, observe a
diferença de som entre um acorde maior e um menor. Essa diferença é que precisa o
seu ouvido sentir para quando soar algum desses acordes, você seja capaz de
identificar o nome do acorde apenas ouvindo o som do mesmo.

Exercício de Acordes

Agora que você já aprendeu os acordes maiores e menores, faça os exercícios


usando o mesmo exemplo quando fez o seu primeiro exercício de acordes. Note que
agora temos acordes maiores com os acordes menores misturados, para que você
possa sentir a harmonia entre eles.

1º - C F G C Am Dm G C A Dm G C Fm C Am G C

2º - D A D Bm G D A D Em G A D A D Em A D

3º - E A E B E A Am E

4º - F Gm F Dm Gm C F

5º - G D Em Am D G C Cm G D G

Treine bastante os exercícios!

Dedique-se!

26
Nível 7 – AFINANDO O SEU VIOLÃO

O processo de afinar o violão pode parecer e é descrito por muitos como algo
simples e com fórmulas quase infalíveis. A experiência nos mostra que quando o
assunto é a afinação de algum instrumento, muitos fatores devem ser considerados.
No caso do violão podemos citar alguns:
Qualidade e regulagem do instrumento (tarraxas, pestana, rastilho, escala
empenada, trastes mal posicionados), qualidade e idade das cordas, percepção
musical de quem afina etc.
De maneira "lógica" o processo é simples: iguala-se o som produzido por uma
corda com o mesmo som produzido em outra. Vou exemplificar o processo mais
conhecido para se afinar o violão:

1 - Com o auxílio de um diapasão (instrumento parecido com uma gaita que ao ser
soprado produz a nota Lá) afinamos a 5ª corda solta (nota Lá) a este som, igualamos o
som até que para nosso ouvido eles vibrem a uma mesma frequência.
Para afinar/ajustar o som de uma corda é necessário apertar ou afrouxar a tarraxa
correspondente à corda que se está afinando.

2 - Com a 5ª corda já afinada, pressionamos a 6ª corda na quinta casa (nota lá) e


igualamos o som com a 5ª corda solta.

3 - Para afinar a 4ª corda pressionamos a 5ª corda na quinta casa (nota ré) e


igualamos o som da 4ª corda solta.

4 - Afinamos agora a 3ª corda pressionando a 4ª corda na quinta casa (nota sol) e


igualamos o som da 3ª corda solta.

5 - Para afinar a 2ª corda pressionamos a 3ª corda na quarta casa (nota si) e


igualamos o som da 2ª corda solta.

6 - E finalmente afinamos a 1ª corda pressionando a 2ª corda na quinta casa (nota mi)


e igualamos o som da 1ª corda solta.

A situação mais complicada é quando o músico não consegue perceber se a nota


que está sendo afinada está acima ou abaixo da nota de referência. Se estiver abaixo
ele deve apertar mais a corda, se estiver acima deve afrouxar a corda por meio das
tarraxas ou cravelhas.
Este processo pode se tornar perigoso para o instrumento, já que se algumas
cordas estiverem muito apertadas, além da altura normal para qual o instrumento é
construído, podem empenar o braço do mesmo de maneira irreversível. Ou até mesmo
ser perigoso para o instrumentista, sendo que a corda pode arrebentar se sujeita a

27
muita pressão nas tarraxas, podendo machucar a mão, braço e até mesmo o rosto de
quem afina.
Outra maneira mais segura é utilizar-
se dos afinadores eletrônicos. De preço
acessível, são ferramentas muito úteis
para quem inicia o processo de
aprendizado e precisa manter o seu
instrumento sempre afinado, já que
praticar em um instrumento desafinado é
muito desagradável. Muitos são os
modelos e preços, mas basicamente eles
mantêm o mesmo processo de afinação
que consiste de um visor onde um ponteiro
indica em que nota musical a corda que
está sendo afinada está e um marcador,
que pode ser sonoro ou visual, mostrando
se a nota está na altura correta ou não.
Muitos violões hoje também já vêm de
fábrica com afinador embutido.
Existem outros processos para a
afinação do violão, cada qual com suas
facilidades e dificuldades, que também
dependem da percepção musical de quem
afina, já que de nada adianta os métodos
de afinação se a pessoa que afina não
consegue perceber se a nota esta
igualada/afinada ou não.

28
Nível 8 – DEDILHADOS

Dedilhado

É o processo de tirar notas sucessivas, uma corda de cada vez, cada corda com
um dedo diferente. Agora com a mão posicionada como mostrado na figura, siga esses
passos:

Deixe o I (indicador), M (médio) e A (anelar) fixos nas 3 primeiras cordas (cordas


primas) e toque com o P (polegar) a 6ª corda (MI), depois a 3ª corda (SOL) com o I
(indicador), depois a 2ª corda (SI) com o M (médio), e por fim a 1ª corda (MI) com o A
(anelar).

Em seguida, faça o dedilhado abaixo:

Repare que o dedilhado sobe na sequência


P I M A e volta pelo mesmo caminho.

OBS: Repita os dedilhados até você aprender bem a técnica dos dedos.

Nos dedilhados 2 e 5, o P e o A são tocados juntos, ou seja, ao mesmo tempo.

29
Qual o tempo para uma boa Aprendizagem?

Essa é uma pergunta que todos os estudantes de música fazem


para o seu professor. Não se faz um músico de um dia para outro, e
nem em poucas aulas ou pouco estudo. Tudo é questão de tempo e
vontade. Não se pode desistir de uma escalada quando se está na
metade do caminho. Há necessidade de insistência. Um atleta para
ganhar uma medalha, não mede esforços e não tem hora de descanso,
porque o seu alvo é chegar ao ponto mais alto de um pódio. Na música
é assim também; muito estudo. Não hesite em estudar e conhecer esse
novo mundo que é a música. Você vai se encantar com ele, mas é
preciso estudo e tempo nessa área. Não se ache auto-suficiente, mas
saiba que ainda existe muito que aprender.
Os assuntos a seguir, são de muita importância, porém, requer do
aluno tempo para os estudos que virão. Não atropele o seu aprendizado
estudando muitos assuntos de uma vez. Reserve tempo para estudar
os tópicos diariamente passo a passo, e com certeza os resultados virão
mais rápido do que você imagina.

Nível 9 – MAIS ACORDES

Acordes Maiores com Sétimas menores

Antes de aprendermos os acordes com sétimas, é importante você conhecer a


diferença entre Acorde Consonante e Acorde Dissonante. Mas o que é isso?

Acorde consonante é aquele em que os graus 1º, 3º e 5º da sua escala


correspondente são usados. E o acorde dissonante é aquele que, além dos três graus
usados, usam-se outros graus como complemento.

Acorde Consonante Acorde com três notas

Acorde Dissonante Acorde com quatro notas ou mais

Esses acordes são chamados normalmente de tétrades ou acordes de preparação.


Quando pronunciamos esse tipo de acorde, não costumamos falar o nome dele
completo. Por exemplo; na teoria, o acorde C7 é chamado de “dó maior com sétima
menor”. Só que falamos apenas “dó com sétima”, pois já sabemos que o acorde é maior
e sua sétima é menor. No caso de um acorde menor, usamos falar “dó menor com

30
sétima”, mesmo sabendo que sua sétima é menor. Já no caso de sétima maior,
pronunciamos que a sétima é maior: “dó com sétima maior” ou “dó menor com sétima
maior”. Geralmente quando o acorde é maior, não costumamos pronunciar que ele é
maior, apenas quando o acorde for menor. Isso varia de músico para músico.

Vamos estudar e aprender primeiramente os acordes maiores com sétimas


menores, porque são os mais usados. Vamos então aos acordes com sétimas.

OBS: Note que a sétima menor (7m) sempre será um (1) tom abaixo da nota que
dá nome ao acorde. Essa regra vale para todos os acordes.

Exercício de Acordes

Treine os acordes com sétimas nas seguintes ordens:

C7 D7 E7 F7 G7 A7 B7

E quando tiver com segurança, treine na seguinte ordem:

F7 C7 G7 D7 A7 E7 B7

Nas músicas a seguir, colocaremos alguns acordes com sétimas para que o seu
ouvido perceba a importância deles dentro da música.

31
Parabéns pra você

A E7
Parabéns pra você
A
Nesta data querida
A7 D
Muitas felicidades
AE A
Muitos anos de vida
E7
Você hoje completa
A
Mais um ano de idade
A7 D
Pra você desejamos
AE A
Muitas felicidades

Noite Feliz
G
Noite feliz, noite feliz
D7 G G7
Oh senhor, Deus de amor
C G G7
Pobrezinho nasceu em Belém
C G
Eis na lapa Jesus nosso bem
D B7 Em
Dorme em paz oh Jesus
G D7 G
Dorme em paz oh Jesus

32
Acordes menores Com Sétimas menores (m7)

Não tem nenhum segredo. É apenas a mudança do 3º grau do acorde, o 7º grau é


o mesmo. Lembra que já falamos que é o 3º grau quem determina se o acorde é maior
ou menor? Pois então, é só usar essa regrinha. Vamos então aprendê-los.

Acordes Sustenidos Maiores (#) e Acordes Bemóis Maiores (b)

Acidentes

Vamos agora procurar entender o porquê dos Sustenidos e Bemóis. Existem dois
tipos de acidentes: SUSTENIDO (#) e o BEMOL (b).

Sustenido (#)

É o nome que damos quando queremos representar uma nota acrescida de meio
tom. Exemplo: temos a nota Dó e queremos representar a próxima nota (casa) que
vem depois dela, então essa próxima nota será o Dó sustenido (dó#). O sustenido
eleva a altura da nota em 1/2 tom (meio tom/semitom).

33
Bemol (b)

É o nome que damos quando queremos representar uma nota diminuída de meio
tom. Exemplo: temos a nota Si e queremos representar uma nota (casa) que vem antes
dela, então essa nota abaixada será o Si bemol (sib). O bemol diminui a nota em meio
(1/2) tom.

Atentem para essa regrinha:


Subindo um semitom - SUSTENIDO (#)
Baixando um semitom - BEMOL (b)

Observe o gráfico:

As notas em bemol ou sustenidas podem emitir o mesmo som, mas recebem dois
nomes diferentes. Podemos dizer que: Db é igual a C#, Eb é igual a D#, Gb é igual a F#,
Ab é igual a G# e Bb é igual a A#.

Aumentando

Dó dó# ré ré# mi fá fá# sol sol# lá lá# si

réb mib solb láb sib

Diminuindo

Então notamos que há uma igualdade no som das notas acidentadas:

Dó# = Réb

Ré# = Mib

Fá# = Solb

Sol # = Láb

Lá# = Sib

34
Isso chamamos de Enarmonia ou sons Enarmônicos. Veja que algumas notas
sustenidas e bemóis não foram colocadas no exemplo acima. São elas:

Mi# = fá natural

Si# = dó natural

Fáb = mi natural

Dób = si natural

OBS: Não é comum usarmos essas notas no violão.

Observe a disposição das notas no braço do instrumento.

Note que na 12º casa temos as mesmas notas das cordas soltas, assim temos da
12º casa para frente uma repetição da disposição das notas.

Agora vamos aos acordes sustenidos e bemóis maiores. Já vimos anteriormente,


que um acorde é formado pelos graus 1º, 3º e 5º da sua escala correspondente. Com
os sustenidos e bemóis não é diferente. Assim como você aprendeu os acordes
naturais maiores e menores e os acordes com sétimas, execute agora os acordes
sustenidos e bemóis maiores.

C# ou Db D# ou Eb F# ou Gb G# ou Ab A# ou Bb

35
Acordes Sustenidos menores (#) e Acordes Bemóis menores (b)

Vamos agora aprender os acordes sustenidos e bemóis menores. A mesma regra


se aplica quando pretende transformar um acorde sustenido ou bemol maior para
menor ou vice versa. Modifica apenas o 3º grau da nota. Vamos aos acordes
sustenidos e bemóis menores.

C#m ou Dbm D#m ou Ebm F#m ou Gbm G#m ou Abm A#m ou Bbm

Quando você tiver aprendido bem e decorado os acordes


sustenidos maiores e menores, e os bemóis maiores e menores, observe
a diferença de som entre um acorde maior e um menor. É essa
diferença que o seu ouvido precisa perceber para quando soar alguns
desses acordes, o seu ouvido seja capaz de identificar quanto à origem
do acorde, se ele é maior ou menor.

Você está a partir de agora, em um nível um pouco mais elevado neste estudo, e
para concretizar o seu grau de aprendizado, vamos a mais alguns exercícios, desta vez
usando os acordes que você aprendeu que foram os acordes com sustenidos e bemóis.
Uma explicação, porém, é precisa ser dada para que você saiba em que terreno está
pisando.
Uma música que você aprendeu anteriormente com apenas quatro acordes,
podemos tocar essa mesma música aumentando a quantidade de acordes, e assim
torná-la mais rica em harmonia que proporciona mais agilidade tanto dos dedos como
na leitura e, ainda mais, aquele vazio que você sentia quando tocava com apenas três
ou quatro acordes, vai desaparecer. Quanto mais acordes se colocar em uma música,
mais rica em harmonia ela vai ficar e mais afinação no seu ouvido você terá.

Para os exercícios que você irá tocar, também haverá acordes maiores e menores
juntos para que o seu ouvido possa entender a harmonia entre eles. Os acordes
maiores dependem dos acordes menores e vice versa, e assim eles formam uma
harmonia perfeita.

36
Exercício de acordes

Pratique e desenvolva os acordes sustenidos e bemóis abaixo. Use as mesmas


dicas dos exercícios anteriores.

1º - E G#m A B E C#m F#m B E

2º - A D A F#m C#m B E A D A

3º - Eb G Cm Fm Bb B Db Eb

4º - F C F Bb F C F A Dm Gm C Bb F

Acordes Sustenidos Maiores e Bemóis Maiores com Sétimas menores

Vamos estudar agora os acordes sustenidos e bemóis maiores com sétimas.

C#7 ou Db7 D#7 ou Eb7 F#7 ou Gb7 G#7 ou Ab7 A#7 ou Bb7

37
Exercício de Acordes

Treine as sequências com sétimas abaixo:

1 – C7 G7 C7 F7 C7 G7 C7 7 – B7 F#7 B7 E7 B7 F#7 B7
2 – D7 A7 D7 G7 D7 A7 D7 8 – C#7 G#7 C#7 F#7 C#7 G#7 C#7
3 – E7 B7 E7 A7 E7 B7 E7 9 – D#7 A#7 D#7 G#7 D#7 A#7 D#7
4 – F7 C7 F7 Bb7 F7 C7 F7 10 – Gb7 Db7 Gb7 Cb7 Gb7 Db7 Gb7
5 – G7 D7 G7 C7 G7 D7 G7 11 – Ab7 Eb7 Ab7 Db7 Ab7 Eb7 Ab7
6 – A7 E7 A7 D7 A7 E7 A7 12 – Bb7 F7 Bb7 Eb7 Bb7 F7 Bb7

OBS: No momento em que você estiver treinando os acordes, vá fixando o nome


dos acordes tanto como sustenidos como bemóis.

Acordes Sustenidos menores e Bemóis menores com Sétimas menores

Vamos estudar agora os acordes sustenidos e bemóis menores com sétimas.

C#m7/Dbm7 D#m7/Ebm7 F#m7/Gbm7 G#m7/Abm7 A#m7/Bbm7

38
Com todos esses acordes aprendidos até agora, é possível tocar inúmeras
músicas. Esses são apenas os acordes básicos. Claro que existem muitos outros, mas
por enquanto vamos nos deter apenas nos básicos. Aos poucos, vamos aprendendo a
formação de outros. Apenas tenha calma e paciência. Se conseguiu chegar até aqui, o
resto será bem mais fácil!

Aproveite agora e toque mais músicas cifradas que você queria aprender e antes
não podia, porque não conhecia um determinado acorde.

Nesse ponto, você já deve ter se apresentado para outras pessoas. Seja tocando
em sua igreja, fazendo shows ou até mesmo para os amigos. Se ainda não o fez,
aproveite agora que você tem mais segurança nas músicas e faça! Mostre a sua arte
para os outros. Com certeza você se sentirá melhor, mais confiante. Se tiver vergonha,
perca-a! Não se preocupe se todos estão te olhando. Você vai sentir um frio na barriga,
talvez tremedeira nos dedos, mas isso é comum até mesmo entre os músicos
profissionais quando tocam. Aos poucos vai se acostumando e esses sintomas vão
desaparecendo. Sinta-se como se estivesse em casa, treinando em seu quarto.
Concentre-se nisso, e com certeza aos poucos você vai se abrindo e perdendo a
vergonha. Todos os grandes músicos começaram dessa forma. Não se preocupe se a
sua primeira apresentação não saiu tão bem como você esperava. É comum isso, não
se desespere. Não desanime se não conseguiu da primeira vez. Continue treinando,
ensaiando sozinho ou com seus amigos músicos, pois a prática leva a perfeição.
Depois de algumas apresentações, você já vai se sentir bem mais a vontade e dominar
melhor o violão. Boa sorte!

Nível 10 – TOM E SEMITOM (INTERVALOS)

Vamos aprofundar melhor agora no estudo de Tom e Semitom. Vamos classificá-


los em uma linguagem bem simples para que você possa entender melhor o seu
significado.
O que é tom e semitom?
Semitom: é a menor distância entre um som e outro; ou seja, entre dois sons.

Ex: (dó dó#); (ré ré#); (mi fá); (si dó). Veja no gráfico como ficará essa diferença.

39
Vimos que de uma casa para outra temos um semitom. Um semitom é o
mesmo que meio tom. Meio tom ou semitom é a menor distância que existe de som
para outro.

Tom: é a distância entre dois sons, ou seja, dois semitons, porque cada som tem a
contagem de um semitom e dois sons dão uma contagem de um tom.

Ex: (dó ré); (ré mi); (lá si); (si dó#). No caso de 1 tom, salte uma casa no braço do
violão.

OBS: Uma vez entendido as diferenças de tons e semitons, já podemos avançar. O


assunto a seguir será os intervalos. Nas aulas que vamos levar até você, é preciso
muito cuidado e atenção, porque você vai trabalhar com distâncias diferenciadas.

Intervalos

Como este assunto tem a ver com tom e semitom, vamos aprofundar o nosso
estudo agora nos intervalos.

Intervalo nada mais, é à distância de frequência sonora que existe entre duas
notas. O menor intervalo possível entre duas notas é de meio tom (um semitom). Por
exemplo: o intervalo entre as notas dó e ré é de 1 tom, ou 2 semitons.

Tipos de Intervalo

Intervalo melódico: formado por notas sucessivas.

Intervalo harmônico: formado por notas simultâneas.

Intervalo ascendente (ou superior): a primeira nota é mais grave do que a segunda.

Intervalo descendente (ou inferior): a primeira nota é mais aguda do que a segunda.

40
OBS: a classificação de intervalos ascendente ou descendente só faz sentido para
intervalos melódicos.

Intervalo conjunto: formado por notas consecutivas.

Intervalo disjunto: formado por notas não consecutivas.

Intervalo simples: formado por notas que se encontram dentro do limite de oito notas
sucessivas (uma oitava).

Intervalo composto: formado por notas que ultrapassam o limite de oito notas
sucessivas (uma oitava).

A classificação de intervalos é feita segundo o número de notas contidas no intervalo.

Ex: Intervalo de primeira contém uma nota.

Intervalo de quarta contém quatro notas:

De dó a fá, por exemplo; dó, ré, mi, fá.

A qualificação de intervalos é feita segundo o número de tons e semitons contidos


num determinado intervalo. Há dois tipos de intervalos: justos (ou puros, ou perfeitos)
e os maiores e menores.

Os justos são: 1ª, 4ª, 5ª e 8ª.

Os maiores ou menores são: 2ª, 3ª, 6ª e 7ª.

Como intervalo em música é a diferença entre duas notas, para compreendê-los,


basta saber quantos tons e (ou) semitons se encontram entre cada um deles.
Os mesmos exemplos podem ser usados na forma descendente também. Na
frente de cada exemplo, foi colocado como esses acordes geralmente vêm cifrados nos
métodos mais comuns. Vale lembrar que eles podem aparecer de outras formas, e com
o mesmo efeito, isto chamamos de enarmonia, ou seja, duas notas com o mesmo som,
mas com nomes diferentes.

1ª Justa: compreende dois sons de mesma altura e mesmo nome.

Ex: 1ª justa de DÓ = DÓ. O mesmo Dó no mesmo lugar. Geralmente não se cifra


acordes com primeira justa, visto que ela já está no acorde normal.
2ª menor: diferença de ½ tom entre uma nota e outra.

Ex: 2ª m de RÉ = RÉb. Cifra: D2- ou D2b

2ª Maior: diferença de um tom.

Ex: 2ª M de SOL = LÁ. Cifra: G2

3ª menor: diferença de um tom e meio.

41
Ex: 3ª m de LÁ = DÓ. A terça determina se o acorde é maior ou menor, portanto
também não é cifrado. Ou o acorde é maior (tem a terça maior) ou é menor (terça
menor).

3ª Maior: diferença de dois tons.

Ex: 3ª M de DÓ = MI.

4ª Justa: diferença de dois tons e meio.

Ex: 4ª Justa de FÁ = SIb. Cifra: F4.

5ª Diminuta: diferença de três tons.

Ex: 5ª Diminuta de SI = FÁ. Cifra: B5- ou B5b

5ª Justa: diferença de três tons e meio.

Ex: 5ª Justa de MI = SI. Sabemos que todo acorde é constituído de I, III e V graus,
então a quinta já faz parte do acorde. Quando se cifra um acorde com quinta, como
E5, geralmente é porque pede o acorde sem a terça, somente tônica e quinta, chamado
acorde pesado em guitarra.
5ª Aumentada: diferença de quatro tons.

Ex: 5ª Aumentada de SOL# = MI. Cifra: G#5+ ou G#5#

6ª Maior: diferença de quatro tons e meio.

Ex: 6ª Maior de FÁ# = RÉ#. Cifra: F#6

7ª menor: diferença de cinco tons.

Ex: 7ª menor de RÉ = DÓ. Cifra: D7 ou D7minor

7ª Maior: diferença de cinco tons e meio.

Ex: 7ª Maior de DÓ = SI. Cifra: CM7 ou C7M ou C7major

8ª Justa: diferença de seis tons.

Ex: 8ª Justa de SOL = SOL, uma oitava acima. Não é comum cifrar oitava também.

Altura

Demonstraremos a seguir, um quadro comparativo de alturas entre duas notas


próximas. Ex: (dó, dó#), (ré, ré#), (mi, fá), etc.

42
No próximo quadro, há uma linha ascendente levemente inclinada que liga de dó
a dó#. Isso quer dizer que entre o dó e o dó# há vários sons quase que imperceptíveis
ao ouvido; é como o som de uma sirene que se inicia com um som meio grave e
finaliza com um som superagudo fazendo a ligação entre várias notas. Isso indica que
de dó a dó# há várias “COMAS”. Isso porque ao sair de dó, houve uma evolução de
som ascendente passando por várias alturas até chegar ao dó#. Podemos comparar
ainda com o metro. No metro temos os “centímetros”, os “decímetros”, os “milímetros”,
e os “milionésimos”. Os milionésimos são exatamente as medidas não perceptivas ao
olho nu; assim também são as comas, quase imperceptíveis ao ouvido. Há quem diga:
aquele cantor não cantou a música nem em dó e nem em dó#, ele ficou no meio. É
possível se estabelecer que uma coma seja a nona parte de um som, ou seja,
encontraremos nove comas entre dois semitons. Ex: dó a dó#, dó# a ré, ré a ré#, ré# a
mi etc. No violão é possível perceber as comas quando se está afinando as cordas,
uma vez que para afinar meio tom, pode apertar uma tarraxa várias vezes. Cada
pontinho abaixo representa uma coma ou um aperto da tarraxa de um instrumento de
corda.

Veja mais um quadro comparativo dos sons divididos por semitons. Como você
viu nos quadros acima uma linha reta ascendente, abaixo temos uma escala
ascendente e descendente em degraus, onde cada degrau representa uma nota ou
semitom. Como as notas são executadas separadamente, ou seja, sem ligaduras, as
comas ficam neutralizadas.

43
Veja ainda outro quadro comparativo dos sons divididos por tons e semitons, e
procure perceber a diferença entre os dois quadros. Observe os degraus de cada nota
tanto ascendentes como descendentes.

Nível 11 – ESCALAS

Você observou o quanto já cresceu? Se você chegou até aqui seguindo nossas
instruções rigorosamente, parabéns! A partir desta página iremos entrar nas escalas,
quanto a sua importância, formação e aplicação.

Escala – Latim: Scala – Escada: como já falamos antes, escala é uma série de
notas sucessivas e vizinhas com intervalos de tons e semitons entre elas, ascendente
ou descendente, formando entre si sons melódicos, começando e terminando com nota
de mesmo nome, onde cada nota recebe um nome constituído por um grau. As escalas
têm princípios que devem ser considerados, por já estar na nossa cultura. Vamos
estudá-las.
A Escala Diatônica compõe-se de sete notas musicais, cuja divisão se dá em dois
tipos: Escalas maiores e Escalas menores.
Vários músicos desconhecem o valor das escalas, ou porque aprenderam a tocar
sozinhos e não tem paciência ou interesse em aprofundar-se no assunto, ou porque
acham que podem ser músicos sem ter a obrigação de saber escalas. Há também os

44
que se acham auto-suficientes e existem ainda os que dizem ser um assunto muito
chato.
As escalas é a raiz de tudo, pois tudo na música depende delas. Um músico que
não conhece as escalas, não é um músico completo.
Vamos ver a seguir, algumas das vantagens para o músico que desenvolve as escalas:

Execução precisa e segura dos dedos


Velocidade dos dedos
Educação precisa do ouvido
Novas técnicas para execução de escalas
Facilidade para construção de escalas
Facilidade para a formação de acordes
Bom relacionamento entre os acordes
Facilidade de raciocínio
Improvisação
Facilidade de criar e descobrir novas técnicas
Facilidade em criar uma melodia com sucesso
Facilidade em detectar distorções e desafinação
Facilidade na formação de sequências melódicas
Gravação na mente de todos os sons tanto na ordem ascendente quanto descendente e
intercalado
Conhecimento de intervalos
Conhecimento de afinação total
Intimidade com o instrumento
Um grande músico

Temos hoje uma série de escalas, mas não vamos nos aprofundar em todas por
enquanto, pois vamos estudar as mais importantes de início. Entre as escalas maiores
de um modo, temos as Escalas Naturais ou Diatônicas. Dentro desses modos de
escalas temos ainda as suas divisões que veremos mais a frente. Vamos a princípio
estudar as escalas mais usadas formadas pelas notas naturais. Como as notas
naturais são em número de sete, formaremos sete escalas começando alternadamente
com cada uma.

No momento em que executamos as notas em determinada ordem, seja crescente


ou decrescente, já temos uma escala e podemos distinguir as escalas pelos intervalos
existentes entre suas notas.
Temos escalas como: maiores, menores, cromáticas, diatônicas, melódicas,
harmônicas, diminutas, pentatônicas, etc. Porém, focalizaremos apenas nas escalas
diatônicas e menores nos seus três modos principais.

45
Funções

Nas escalas, temos as notas que recebem uma função cada uma. Uma recebe o
nome de cabeça ou centro, por ser o ponto de partida e as outras, nomes de
submissão por depender da nota principal. Vamos a elas.

Dó Maior

Nº do grau 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Notas Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Função Tônica Supertônica Mediante Subdominante Dominante Super- Sensível Tônica
dominante oitava

Para que servem as escalas?

Como já falamos, a escala é a raiz de tudo, e elas tem várias funções. Como o
nosso assunto agora se trata da execução delas, aconselho a você a se concentrar e
estudar a fundo nessa parte do nosso curso, todas as escalas aqui disponíveis. Como
as escalas existem em função das notas musicais, vamos formar as escalas maiores
primeiramente. Como já dissemos, há diversos tipos de escalas, porém, vamos nos
deter somente com as escalas maiores e menores diatônicas. Toque as escalas com
atenção e zelo e alcance o máximo de resultados. Se possível, passe horas e horas só
trabalhando a mecânica dos dedos. Se você deseja escalar um alto monte, comece sem
olhar para trás, pensando apenas que ao chegar do outro lado, valeu a pena o
sacrifício. As escalas deixam o músico fascinado por desafios. É bem provável que o
músico iniciante tenha dificuldades na afinação do seu ouvido musical, o que não é
novidade, mas é possível ter um bom ouvido musical hoje, quando ele era ruim há
alguns meses antes. Elas formam um método prático e eficaz para se alcançar uma
boa afinação e uma boa técnica.

46
47
Fórmulas Escalas Maiores

Você pode formar as escalas também através de fórmulas. Há várias formas para
você chegar às escalas. Talvez isso facilite ainda mais o seu aprendizado.

Isso quer dizer que você pode formar qualquer escala diatônica maior assim:

X+1+1+½+1+1+1+½

OBS: do 3º para o 4º e do 7º para o 8º grau, a distância é de meio tom (um


semitom), e para os demais um tom.

O “X” refere-se ao nome da escala que você deseja fazer. Se começarmos, no


entanto, a partir da nota sol, os meios tons mudarão de lugar. Vamos fazer a escala de
sol maior pela fórmula acima para verificar a posição dos intervalos de meio tom.

Fórmula X + 1 + 1 + ½ + 1 + 1 + 1 + ½
Escala Sol lá si dó ré mi fá# sol

Veja do que 7º grau para o 8º foi necessário um sustenido para que houvesse
apenas ½ meio tom entre eles. Assim será para todas as escalas maiores. Para isso se
concretizar em outras escalas, será necessário o uso de sustenidos e bemóis em
algumas notas para o complemento.
Veja a seguir, sete escalas maiores e verifique as notas apresentadas em cada
escala e os sustenidos e bemóis existentes, fazendo uma comparação entre intervalos
para ter certeza desta ou daquela escala.

48
Veja que do 3º para o 4º grau e do 7º para o 8º grau, em todas as escalas a
diferença é de meio tom em função da escala modelo (dó maior), portanto, há
necessidade dos sustenidos. Na escala de fá maior há um bemol (b) no si. Acontece
que não se pode quebrar a sequência das notas por sua ordem, ou seja, não podemos
chamar em uma escala o lá e o lá#. Veja: fá sol lá lá# dó ré mi fá. Onde está o si? O
sib foi neutralizado (maneira errada). Agora veja: fá sol lá sib dó ré mi fá. A sequência
das notas permaneceu em ordem (maneira correta).

Escalas menores

Enquanto a escala maior tem uma só forma, a escala menor tem três formas:
primitiva ou natural, harmônica e melódica. Como você estudou bastante as escalas
maiores, vamos estudar e trabalhar agora com as escalas menores.

Fórmula Escalas menores

Como você aprendeu a fórmula para as escalas maiores, será bem mais fácil
entender as escalas menores. Nas escalas maiores há meios tons do 3º para o 4º grau
e do 7º para o 8º grau. Nas escalas menores existem meio tons do 2º para o 3º grau e
do 5º para o 6º grau. Entre as outras notas da escala, a diferença é de um tom, isto é,
as escala menores diatônicas naturais. A escala de dó maior foi tomada como
referência para as escalas maiores, já para as menores tomaremos como referência a
escala de lá menor, que é relativa de dó maior (mais a frente veremos o que é
relativos). As escalas podem ser ascendentes e descendentes de acordo com a
disposição das notas, ou seja, do grave para o agudo ou do agudo para o grave. As
escalas menores têm algumas particularidades que as escalas maiores não têm. Essa
diferença se dá quando executamos as escalas menores na ordem descendente, e

49
quando então executadas, algumas notas não são as mesmas. Este assunto será
explicado mais a frente, sobre as escalas menores melódicas e harmônicas.

Partindo da nota lá, não será preciso alterar nenhuma nota da escala de lá menor.

Ex:

Escala de lá menor natural ou primitiva

Graus 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
Notas Lá si dó ré mi fá sol lá

Você pode formar qualquer escala menor também por fórmula. Há várias formas
para você chegar às escalas menores. Exemplo com a escala de lá menor.

Isso quer dizer que podemos formar uma escala menor natural assim:

X + 1 + ½ + 1 + 1 + ½ + 1 + 1

OBS: do 2º para o 3º e do 5º para o 6º grau, a distância é de meio tom (um


semitom) e para os demais um tom.

O “X” refere-se ao nome da escala que você quer fazer. Se começarmos, no


entanto, a partir da nota sol, os meios tons mudarão de lugar. Vamos fazer a escala de
sol menor pela fórmula acima e verifique a posição dos intervalos de meio tom.

Fórmula X + 1 + ½ + 1 + 1 + ½ + 1 + 1
Escala Sol lá sib dó ré mib fá sol

Veja que do 2º para o 3º e do 5º para o 6º grau foi necessário abaixar um


semitom para que houvesse apenas ½ meio tom entre eles. Assim será para todas as
escalas menores. Para isso se concretizar em outras escalas, será preciso o uso de
sustenidos ou bemóis em algumas notas para o complemento.

50
Veja a seguir, sete escalas menores e verifique as notas apresentadas em cada
escala com seus acidentes existentes, fazendo comparação entre intervalos para ter
certeza desta ou daquela escala.

Veja que do 2º para o 3º grau e do 5º para o 6º grau, em todas as escalas é


obrigatório meio tom em função da escala modelo (lá menor), daí a necessidade dos
sustenidos ou bemóis. Na escala de dó menor há três bemóis: o si, o mi e o lá. Não se
pode, porém, quebrar a sequência das notas por sua ordem, ou seja, não podemos
chamar em uma escala o ré e o ré#. Veja: dó ré ré# fá sol lab sib dó. Onde está o mi?
O mib foi substituído (maneira errada). Veja agora: dó ré mib fá sol lab sib dó. A
sequência das notas permaneceu (maneira correta).

Acordes Relativos

Os acordes relativos não têm nada de especial em termos de construção, são os


mesmos acordes maiores e menores já vistos. Como o nome já diz, são acordes que há
relação um com outro. Assim, quando estudamos acordes relativos, estamos
estudando uma certa relação entre acordes maiores e menores. Um acorde é relativo a
outro quando o número de acidentes de sua escala é exatamente o mesmo e
consequentemente contêm as mesmas notas. Seguindo o mesmo caminho, veremos
que a escala de dó maior tem uma grande afinidade com a escala de lá menor, daí
dizemos que elas são relativas entre si.

Relativos menores

Vamos construir o acorde de C e de Am para estudarmos a relação entre eles:

C -> 1a 3a 5a -> dó mi sol


Am -> 1a 3ab 5a -> lá dó mi

51
Veja que das três notas de cada acorde, duas são iguais. Dizemos que um acorde
menor é relativo menor de outro acorde maior quando duas de suas notas são iguais.
Uma maneira prática de se achar o relativo (a)* menor de um acorde maior é a
seguinte:

Qual o acorde que você quer achar a relativa menor?

Conte a nota 1 tom e 1/2 abaixo.


A nota achada corresponde ao acorde relativo menor da nota procurada.
Ex.: Achar a relativa menor de C.
Dó -> sib -> lá

O acorde relativo menor de C é Am.

* Embora seja o acorde, palavra masculina, chamamos também de relativa o


acorde relativo menor.

Atenção: Não existe nota relativa, e sim acorde relativo. Abaixo temos uma tabela
com as relativas mais usadas.

C D E G A B
Am Bm C#m Em F#m G#m

Relativos Maiores

Uma vez entendido a relativa menor torna-se fácil entender o (a) relativo (a) maior.
Dizemos que o acorde relativo maior de um menor é o acorde que tem o acorde menor
como sua relativa. Diríamos que o relativo maior é a anti-relativa.

O processo prático para se achar a relativa maior é o mesmo da relativa menor,


só que ao invés de contarmos 1 tom e 1/2 para baixo, contamos para cima.

Ex.: Relativa maior de Dm.

Ré -> mi -> fá

O acorde é F.

52
Veja outro exemplo por ordem de notas das escalas:

Dó maior dó ré mi fá sol lá si dó
Lá menor lá si dó ré mi fá sol lá

Sol maior sol lá si dó ré mi fá# sol


Mi menor mi fá# sol lá si dó ré mi

Fá menor fá sol lá sib dó ré mi fá


Ré menor ré mi fá sol lá sib dó ré

Você então aprendeu que uma escala é relativa à outra escala quando o número
de acidentes é exatamente o mesmo e consequentemente contêm as mesmas notas.

Escalas Sustenidas e Bemóis

Você deve ter notado que não colocamos as escalas sustenidas e bemóis aqui. Por
quê? Porque você mesmo vai descobri-las! Como você aprendeu as fórmulas das
escalas tanto maiores como menores, use-as agora para descobrir as escalas
sustenidas e bemóis maiores e menores. A fórmula é a mesma. Com as fórmulas
aprendidas, você já pode montar qualquer escala maior ou menor diatônica. Mas para
te ajudar, colocaremos as fórmulas aqui novamente pra você seguir o exemplo.

Fórmula Escala Maior

X+1+1+½+1+1+1+½

Fórmula Escala menor

X + 1 + ½ + 1 + 1 + ½ + 1 + 1

Outros tipos de Escalas

Vamos conhecer agora, outros tipos de escalas usadas. Vamos apenas colocar a
formação delas, não colocando todas aqui nesse método, pois apenas com a formação
você conseguirá montá-las. Claro que existem muitas outras como as diminutas, etc.
Mas vamos conhecer por enquanto apenas as que foram dadas nessa apostila.

53
CROMÁTICA
A escala cromática é formada por ½ e ½ tons, isto se chama simetria, porque são
distâncias iguais.

HEXAFÔNICA
Agora temos a escala hexafônica.
A escala hexafônica é formada de tom em tons:

DÓ – RÉ – MI – FÁ# - SOL# - LÁ# - DÓ

PENTATÔNICA
A escala pentatônica origina-se da escala maior, na verdade é uma escala maior
sem os 4º e 7º graus. Exemplo:

Escala maior

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

Escala pentatônica maior

DÓ – RÉ – MI – SOL – LÁ

Diz-se pentatônica porque é formada de apenas 5 graus.

Existem também as escalas Harmônicas e Melódicas.

Estas escalas são muito usadas porque geram uma série importante de novas
combinações harmônicas. Mas para que se possa entender, preste atenção na
explicação abaixo.

Toda escala maior têm outra escala dentro dela, que é uma escala menor
(relativa). E essa escala tem sua formação baseada da mesma forma que a tríade e
começa no sexto (6º) grau da escala natural maior. Veja no exemplo abaixo:

Escala natural maior de Dó maior

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ* – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

(– LÁ –)* Aqui começa a escala relativa menor.

Então a escala relativa menor de Dó maior será:


LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ

Como você pode notar ela começa em Lá, portanto será a escala de Lá menor.

54
Mas voltando às escalas Harmônicas e Melódicas...

Harmônicas
A escala harmônica é a mesma relativa, só que com o sétimo grau alterado, ou
seja, o 7º grau é elevado em meio tom. Ex.:

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL # - LÁ

Melódicas
A escala menor melódica apresenta variações no 6º e no 7º grau, ou seja,
o 6º e o 7º grau são elevados em meio tom. Ex:

LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ# – SOL # - LÁ

Nessa escala há um dado interessante: na ordem descendente, as alterações se


modificam, deixando de existir. Ex:

LÁ - SI - DÓ - RÉ - MI - FÁ# - SOL# - LÁ (ascendente)


LÁ - SOL - FÁ - MI - RÉ - DÓ - SI – LA (descendente)

Nível 12 – TRANSPORTE

Transportar uma música é tirá-la de um tom alto e colocá-la em outro tom


adequado a voz. Antes de tocar e cantar, é bom verificar a altura do instrumento e o
tom da música. Você já sabe que as notas musicais são sete: dó ré mi fá sol lá si.
Isso quer dizer que a extensão da nossa voz para as músicas que são cantadas,
combina mais com um dos citados tons ou em seus intermediários com sustenidos ou
bemóis. Sua voz já está tabulada em uma altura padrão definida, e se numa música o
tom da sua voz for aprovado em dó, é em dó que você deve entoá-lo. Agora, é
importante observar que cada música tem um tom determinante – umas em dó,
outras em ré, enfim, - e que é ela quem norteia o tom que você deve tocar e cantar.
Quando uma música é cantada e tocada em dó, e esse tom é alto ou baixo para
sua voz, você deve solicitar o tom imediatamente superior – ré, mi – ou inferior – si, lá
– para a execução da música. Não force cantando em tom alto ou baixo, imitando voz
de ninguém.
Ex: Se a música estiver em um tom alto, teremos que transportá-la para um tom
mais baixo, da seguinte forma: se estivermos em sol maior (G), desceremos para fá
maior (F); se ainda continuar alta, desceremos para mi maior (E), e assim por diante.
Se a música estiver em um tom baixo, teremos que transportá-la para um tom mais
alto, da seguinte forma: se estivermos em ré maior (D), transportaremos para o tom
de mi maior (E); se estiver ainda baixo, transportaremos para fá maior (F), etc.

55
Como diferenciar se a voz está muito alta ou baixa?
Primeiro você deve observar a altura do 1º acorde que será o básico ou ponto de
partida, pois é ele quem determina o nome do tom (raramente, uma música pode
começar com outro acorde que não seja o principal do tom), em seguida procure
encaixar a sua voz neste acorde. Cuidado! Você poderá encontrar vários sons daqueles
que parece, mas não é. Faça várias tentativas, quantas vezes forem necessárias. Às
vezes, o som que desejamos é grave (grosso), mas a sua voz só acerta com o som
agudo (fino). Não estranhe com esses frequentes acontecimentos. Depois de algumas
tentativas, você acertará.
Às vezes estamos tocando e cantando com vozes de diferentes alturas com
mulheres, adolescentes e crianças. Não devemos procurar um tom que satisfaça só
uma voz, mas procure encaixar todas as vozes e todos cantarão sem forçar as cordas
vocais. Encontrada então a altura tão desejada, deu para verificar se deverá haver um
transporte para cima ou abaixo. Se estivermos cantando grave (grosso) seguindo a
determinação do tom, devemos mudar a tonalidade como vimos acima, e se estamos
cantando agudo (fino) devemos mudar a tonalidade.
Quando uma música está muito alta ou baixa, não se deve transportar apenas
meio tom. A distância de meio tom é mínima e haverá pouca diferença do primeiro
tom. Aconselhamos a transportar acima de um tom.

Vozes

Dentro da tessitura humana, as vozes são diferentes, dando mais liberdade para
se trabalhar dentro dos tons. Há pessoas com vários tipos de vozes: agudas, graves,
médias, outras roucas, mais abertas e rasgadas, mais tremidas, mais explosivas,
desafinadas, límpidas, e há também vozes irritantes. Tudo é possível quando se deseja
algo aparentemente impossível. Aconselho aos principiantes que precisa de uma boa
voz, usar bem o fôlego e o diafragma, pronunciar bem as palavras, ter uma boa
postura na hora de cantar e até mesmo procurar um professor de canto.
Aconselhamos ao músico (cantor) não imitar cantor nenhum ou fazer com que a sua
voz se pareça com a de alguém. Crie seu próprio estilo de expressão. Tudo fica belo e
harmonioso quando se faz natural e sem imitação.

Quando entramos no assunto dos tons e semitons, você aprendeu a diferença em


tons de uma nota para outra. Você deve estar muito bem lembrado deste assunto. Pois
bem, agora vamos relembrar este mesmo assunto, usando agora o transporte.

56
Usando a escala cromática, temos as notas na ordem ascendente assim:

Usando a escala cromática, temos as notas na ordem descendente assim:

57
Veja a diferença em tons de uma nota para outra:

Como você acabou de ver, de uma nota para outra a distância é de (1/2) meio
tom (um semitom).

Transportando Acordes

Vamos transportar alguns acordes como se fosse uma música que executamos,
mas não ficou bom, e precisamos transportá-la. Vamos então transportar um semitom
ou meio tom à frente de cada acorde abaixo.

Veja que o acorde transportado ficou alterado. A letra “m” minúscula se mantém
porque o acorde é menor, o número “7” se mantém porque o acorde é com sétima. No
caso do acorde com sustenido é diferente, porque a contagem é quem vai determinar
se o acorde é com sustenido ou não. Ex: de dó a ré há um tom, porém, só precisamos
de meio tom, que no caso será o dó#. De ré a ré# há meio tom, e o que queremos é
apenas meio tom, no caso D#, acompanhando o “m”.

Transportando um tom acima os acordes ficam:

Veja que o acorde transportado ficou alterado. A letra “m” minúscula se mantém
porque o acorde é menor, o número “7” se mantém porque o acorde é com sétima. No
caso do acorde com sustenido é diferente, porque a contagem é quem vai determinar

58
se o acorde é com sustenido ou não. Ex: de ré a mi há um tom, porque no meio há o
ré#. No caso de Em transportando um tom, ficará F#m porque o mi sustenido é o fá
natural indicando que só há meio tom de mi para fá.

Agora vamos transportar um tom e meio acima do próximo encadeamento.

Veja que o acorde transportado ficou alterado. A letra “m” minúscula se mantém
porque o acorde é menor, o número “7” se mantém porque o acorde é com sétima. Se o
acorde é sustenido, a contagem determina se o acorde transportado é sustenido ou
não. Ex: de dó a ré há um tom, portanto haverá no meio um intervalo. De ré a ré# há
meio tom, por isso não haverá outro intervalo no meio. No caso de “D” transportando
um tom e meio ficará “F” porque de ré para mi a distância é de um tom, e de mi para
fá a distância é de meio tom.

Agora que você já aprendeu como transportar, faça os transportes abaixo.

Transportando dois tons acima

Transportando um tom abaixo

59
Transportando dois tons abaixo

Agora que você já aprendeu a transportar, faça uso em algumas músicas que
você já aprendeu neste método e tire as suas conclusões. Procure observar se o tom
está na altura da sua voz. Lembre-se: quando uma música estiver alta, o transporte é
feito voltando na escala de dó a dó, e se estiver baixa, o transporte será feito subindo
na escala de dó a dó.
Ao transportar uma música, verifique a altura em que ela está, porque de acordo
com a altura é que se saberá quantos tons deverão ser transportados. É comum
acontecer o transporte para equilíbrio de vozes mistas. Veja a música “Parabéns pra
você” em um tom, e a mesma música em vários tons diferentes.

Parabéns pra você (C)

C G
Parabéns pra você
C
Nesta data querida
C7 F
Muitas felicidades
CG C
Muitos anos de vida
G
Você hoje completa
C
Mais um ano de idade
C7 F
Pra você desejamos
CG C
Muitas felicidades

60
Transportado um tom acima = D

D A
Parabéns pra você
D
Nesta data querida
D7 G
Muitas felicidades
DA D
Muitos anos de vida
A
Você hoje completa
D
Mais um ano de idade
D7 G
Pra você desejamos
DA D
Muitas felicidades

Transportado para 2 tons acima = E


E B
Parabéns pra você
E
Nesta data querida
E7 A
Muitas felicidades
EB E
Muitos anos de vida
B
Você hoje completa
E
Mais um ano de idade
E7 A
Pra você desejamos
EB E
Muitas felicidades

61
Para ½ tom abaixo = B
B F#
Parabéns pra você
B
Nesta data querida
B7 E
Muitas felicidades
B F# B
Muitos anos de vida
F#
Você hoje completa
B
Mais um ano de idade
B7 E
Pra você desejamos
B F# B
Muitas felicidades

Para 1 ½ abaixo = A
A E
Parabéns pra você
A
Nesta data querida
A7 D
Muitas felicidades
AE A
Muitos anos de vida
E
Você hoje completa
A
Mais um ano de idade
A7 D
Pra você desejamos
AE A
Muitas felicidades

62
Para 2 ½ tons abaixo = G
G D
Parabéns pra você
G
Nesta data querida
G7 C
Muitas felicidades
GD G
Muitos anos de vida
D
Você hoje completa
G
Mais um ano de idade
G7 C
Pra você desejamos
GD G
Muitas felicidades

Atenção: Os tons aqui dados foram transportados pelo tom modelo, que no caso
foi o tom de “C”.

Teste de avaliação

Faça um teste de avaliação e veja se você aprendeu o que foi dado até aqui.
Transporte a mesma música abaixo e depois toque e verifique o quanto você cresceu.

Transportando para 4 tons acima

Parabéns pra você

Nesta data querida

Muitas felicidades

Muitos anos de vida

Você hoje completa

Mais um ano de idade

Pra você desejamos

Muitas felicidades

63
Transportando para 3 ½ abaixo

Parabéns pra você

Nesta data querida

Muitas felicidades

Muitos anos de vida

Você hoje completa

Mais um ano de idade

Pra você desejamos

Muitas felicidades

Teste de Avaliação

Faça o transporte abaixo e teste a sua capacidade. No momento em que você


responder corretamente, com certeza você estará apto a fazer qualquer transporte. É
aconselhável que você saiba de cor a ordem das notas tanto na ordem ascendente
como descendente.
Seguindo a ordem de uma nota para outra correspondente há meio (1/2) tom,
faça o transporte abaixo no sentido horizontal. Faça o transporte sempre em relação à
última fileira transportada e quando chegar à última fileira de - dois (-2) tons, os
acordes encontrados serão iguais a primeira fileira e assim fecharemos este assunto.
O (-1) e (-2), é feito voltando na escala.

64
Nível 13 – CAMPO HARMÔNICO

Sem dúvida, este é um dos assuntos mais importantes para quem quer realmente
se tornar músico, pois o campo harmônico nos dá a completa visão das possibilidades
harmônicas que temos, assim como toda a visualização de escalas, tornando assim o
estudo puramente matemático e claro. Primeiramente temos que entender para quê
serve o campo harmônico, qual sua finalidade.
O campo harmônico traduz na verdade algo que nós sabemos por instinto, por
exemplo, quando você está compondo uma música, instintivamente você tenta achar
uma sequência melódica que te agrade, e nas tentativas, é claro que às vezes tocamos
sequências de acordes que parecem não combinar entre si. Isso se deve ao fato de que
existe uma sequência de acordes que se combinam. Temos uma progressão, que
quando tocada soa estranho, isso porque existe uma regra para combinação de
acordes, isso não pode ser feito aleatoriamente. Você terá um efeito estranho se você
tocar uma sequência assim:

Cm Dm Em Fm Gm Am Bm Cm

Isso não pode ser feito, então o campo harmônico serve para nos mostrar a
sequência de acordes que irá soar perfeitamente e aonde estariam as escalas para
aplicação. Vendo o campo, perceba que ele é composto por 7 graus. A escala musical é
composta por sete notas, portanto, uma sequência melódica de acordes está
relacionada com a escala musical que é à base de tudo. Veja no campo harmônico de
Dó Maior a sequência de acordes em tríade:

C Dm Em F G Am Bm(b5) C

Pois bem, aqui temos o campo harmônico natural, ele servirá de base para
criarmos os outros. Agora feito o segundo campo temos uma definição sobre os graus.

IM IIm IIIm IVM V VIm VIIm(b5)

Antes de seguir adiante, vamos explicar porque o sétimo grau é chamado de meio
diminuto. A explicação básica do campo harmônico natural, é que você tem uma
sequência de acordes que casam com as escalas, e que nenhum dos acordes e escalas
nesse posicionamento tem sustenidos ou bemóis. Pois bem, faça um acorde de B,
tanto faz ser maior ou menor, veja que notas fazem parte do acorde... Você irá achar o
fá#! Ele é a quinta justa de B! Baseado que no campo harmônico natural de Dó maior
não pode haver sustenidos, temos que tirar esse sustenido do acorde!

Agora, como faremos para entender e criar os outros campos harmônicos?


Agora você sabe quais acordes se casam, mas veja bem, existem sempre as exceções.

65
Muitas músicas são criadas com dois campos diferentes, ou até três, mas agora tudo
têm uma explicação lógica e matemática. Dois casos comuns é em uma determinada
música, ela se progredir para outro campo harmônico. Então o campo harmônico além
de facilitar o seu trabalho de composição, já te mostra onde estão as escalas para
solar, já lhe dá opções de acordes e facilita e muito para tirar músicas de ouvido.
Ache dois, três acordes e tente identificar em que campo você está. Você poderá
tirar o resto vendo quais os acordes que fazem parte do campo, e para solos ficará
muito mais fácil tirá-lo, sabendo onde estão as escalas.

Nível 14 – A ESCOLHA DO MELHOR VIOLÃO

Uma pergunta que muitos fazem é justamente essa: Qual a melhor marca de
violão que devo comprar? Bom, nesse capítulo final pretendo explicar o que se deve
fazer na hora de você escolher o seu violão novo.

Lembre-se: O mais barato pode se tornar mais caro depois. Portanto, não fique
dando importância ao preço e sim a qualidade do material e de seu instrumento.

Muitas pessoas compram violão sem ao menos entender sobre o assunto e em


muitos casos, vem o arrependimento depois. Por isso vamos enumerar as dicas aqui.
Portanto, vamos a elas:

1 - O primeiro passo é pesquisar preços dos violões mais vendidos. Geralmente você
consegue preços bem diferentes de uma loja para outra.

2 - Estando com o violão em mãos, verifique item por item para ver se está em
perfeitas condições de uso e em perfeito estado de conservação.
3 - O braço do violão tem que estar reto e a melhor forma de saber isso é mirando
como se fosse uma espingarda. Olhando para os trastes você saberá se ele está
empenado ou não. Às vezes o violão pode vir da fábrica com esse defeito.

4 - O cavalete tem que estar em perfeita forma de acabamento, verifique se não está
descolando, isso pode acontecer.

5 - Os trastes tem que ser lisos por completo para não riscar as cordas em caso de
bend (técnica usada também no violão onde a corda é envergada).

6 - As tarraxas terão que girar facilmente para não comprometer a afinação.

7 - Veja se não tem riscos na pintura, se as peças feitas de marfim estão em perfeitas
condições e não estão gastas ou sujas.

66
8 – Pratique bastante lá no momento, puxando as cordas e fazendo bastante batidas
pra você sentir se o violão está com um bom sincronismo e se você está sentindo-se
bem tocando nele.

9 – Se o violão for elétrico, sinta a qualidade do som e veja se o bocal onde o cabo está
ligado não apresenta ruídos ou coisa parecida. Pois muitas vezes quando adquirimos
um violão elétrico, aparece bastante ruído na colocação dos cabos.

10 - Enfim, se o violão não tiver nenhum desses problemas, pode comprar


tranquilamente que com certeza você fará um ótimo negócio.

CONCLUSÃO

Chegamos ao final desta primeira etapa. Creio que foi proveitoso se você fez tudo
como foi determinado. Se houve dificuldades para você entender algum tópico, não
hesite em voltar novamente ao assunto, ou mesmo ao assunto anterior e fazer novos
estudos. Muitos alunos desistem de estudar algo por achar chato ou cansativo, mas é
preciso não só estudar, e sim entender. Há certos assuntos que não basta decorarmos,
é preciso entendê-lo e aprendê-lo. Não pare diante dos obstáculos, eles passarão; é
questão de tempo. A caminhada é longa e cheia de altos e baixos. Não se pode andar
apenas nos altos. O músico tem seus momentos de arranque e momentos de
calmarias; muitas vezes nos sentimos como uma gangorra, balançando e oscilando
entre a dúvida e a certeza. Não é de se admirar quando um músico no seu primeiro
ano de contato com o instrumento estuda com muita garra e determinação, mas, ao
passar dos anos, ele se acomoda por achar que já sabe tudo ou o que sabe dá para o
gasto. A música é infinita, por isso é um convite aos desafios e limites. Todo músico
deve gostar de desafios. Se o músico tal pode tocar assim, por que eu não? Se o
músico tal é considerado o melhor, por que eu não posso ser igual a ele um dia?
Você pode, você deve, você é capaz, você é inteligente e você pode ser o melhor.
Depende de você. Até a próxima!

67

Вам также может понравиться