Вы находитесь на странице: 1из 3

Relatório Unidos na Ciência da ONU

“Somos a última geração que pode fazer a diferença entre a vida e a morte do Planeta”
Jane Fonda

A ONU preparou um relatório síntese (“Unidos na Ciência”) com as informações mais atualizadas
sobre a crise ambiental, que foi divulgado durante a Cúpula de Ação Climática da ONU, ocorrida
em Nova York, entre os dias 21 e 23 de setembro de 2019 e que serve também para a 25ª
Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima
(COP25), que ocorrerá em Madri na Espanha, no início de dezembro de 2019.

O Secretário-Geral da ONU, Antônio Guterres, fez a seguinte apresentação do relatório: “A


mudança climática é o principal desafio de nosso tempo. Este importante documento das
Nações Unidas e organizações parceiras globais, preparado sob os auspícios do Grupo Consultivo
de Ciência da Cúpula de Ação Climática, apresenta os mais recentes dados críticos e descobertas
científicas sobre a crise climática.

Ele mostra como nosso clima já está mudando e destaca os impactos de longo alcance e
perigosos que ocorrerão nas próximas gerações. A ciência informa os governos em suas decisões
e compromissos. Peço aos líderes que prestem atenção a esses fatos, se unam à ciência e tomem
ações ambiciosas e urgentes para interromper o aquecimento global e traçar um caminho para
um futuro mais seguro e sustentável para todos”.

Os principais pontos do relatório são:

 O clima global em 2015-2019


A temperatura média global para 2015–2019 é a mais quente de qualquer período equivalente
já registrado. Atualmente, está estimada em 1,1º C acima dos tempos pré-industriais (1850 a
1900) e 0,2º C mais quente que em 2011-2015

 Crescimento das emissões de carvão retomado em 2017

Apesar do extraordinário crescimento em energia renovável, os combustíveis fósseis ainda


dominam o sistema energético global e representam mais de 80% da matriz energética global.
O mundo bateu o recorde de 37 bilhões de toneladas de CO2 emitidas em 2018.

 Aceleração dos aumentos nas concentrações de gases de efeito estufa (GEE)

Os níveis atuais de CO2, CH4 e N2O representam, respectivamente, 146%, 257% e 122% de
aumento em relação aos níveis pré-industriais (pré-1750)

 Estima-se que as emissões globais não atinjam o pico até 2030, muito menos em 2020

A implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) definidas no Acordo


de Paris, levaria a um aumento médio da temperatura global entre 2,9º C e 3,4º C até 2100 em
relação aos níveis pré-industriais. Assim, o nível atual de ambição das NDCs precisam ser
aproximadamente triplicado para que a redução de emissões esteja alinhada com a meta de 2º
C e aumentada em cinco vezes para a meta de 1,5º C. Tecnicamente, ainda é possível preencher
a lacuna, mas as dificuldades aumentam com o tempo e a falta de medidas concretas.

O cumprimento do Acordo de Paris exige uma ação imediata e abrangente que inclua uma
descarbonização profunda, complementada por medidas políticas ambiciosas, proteção e
aprimoramento de sumidouros de carbono e biodiversidade e esforço para remover o CO2 da
atmosfera.

O relatório afirma que os países devem triplicar as metas de redução de emissões de GEE para
limitar o aquecimento global a 2º C e quintuplicar as metas para limitar o aquecimento global a
2º C. Isto seria fundamental para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável e
erradicar a pobreza.

A mudança climática coloca pressão adicional sobre a terra e sua capacidade de apoiar e
fornecer alimentos, água, saúde e bem-estar para uma população mundial crescente. Existe um
grande desafio para alimentar os já quase 8 bilhões de habitantes e, ao mesmo tempo, a
agricultura, a produção de alimentos e o desmatamento são um dos principais impulsionadores
da mudança climática.

A comunidade internacional ainda tem a possibilidade de evitar o colapso ambiental decorrente


do agravamento da crise climática. Mas, se os esforços adicionais não forem realizados, a
humanidade terá que enfrentar uma ameaça existencial e, em decorrência da degradação dos
ecossistemas e do desequilíbrio climático, pode iniciar um período de retrocesso civilizacional.

Referências:
United in Science: https://public.wmo.int/en/resources/united_in_science
United In Science. High-level synthesis report of latest climate science information convened by
the Science Advisory Group of the UN Climate Action Summit 2019
https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/30023/climsci.pdf?sequence=1&isA
llowed=y
José Eustáquio Diniz Alves
Doutor em demografia, link do CV Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2003298427606382

Вам также может понравиться