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Deputados
LEGISLAÇÃO
SOBRE
EDUCAÇÃO
5ª EDIÇÃO
INCLUI
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)
Plano Nacional de Educação (PNE)
Lei do Fundeb
Lei de Cotas de Ingresso nas Universidades
Lei do Estágio
edições
câmara
Câmara dos
Deputados
LEGISLAÇÃO
SOBRE
EDUCAÇÃO
5ª EDIÇÃO
Câmara dos Deputados
56ª Legislatura | 2019-2023
1º Vice-Presidente Diretoria-Geral
Marcos Pereira Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida
1º Suplente
Rafael Motta
2ª Suplente
Geovania de Sá
3º Suplente
Isnaldo Bulhões Jr.
4º Suplente
Assis Carvalho
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LEGISLAÇÃO
SOBRE
EDUCAÇÃO
5ª EDIÇÃO
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Editora responsável: Luzimar Gomes de Paiva
Preparação de originais: Luisa Souto
Revisão: Ana Raquel Costa Geraldes
Projeto gráfico: Leandro Sacramento e Luiz Eduardo Maklouf
Diagramação: Eduardo Meireles
Nota do editor: as normas legais constantes desta publicação foram consultadas no Sistema de Legis-
lação Informatizada (Legin) da Câmara dos Deputados.
SÉRIE
Legislação
n. 269 e-book
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.
Fabyola Lima Madeira – CRB1: 2109
Legislação brasileira sobre educação [recurso eletrônico] / Câmara dos Deputados. – 5. ed. – Brasília:
Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2018. – (Série legislação; n. 269 E-book)
Versão E-book.
“Edição atualizada até 28/3/2019”.
Modo de acesso: livraria.camara.leg.br
Disponível, também, em formato impresso.
ISBN 978-85-402-0693-9
1. Educação, legislação, Brasil, coletânea. I. Amaral, Ana Valeska. II. Brasil. Congresso Nacional. Câmara
dos Deputados. II. Série.
CDU 37(81)(094)
LEGISLAÇÃO CORRELATA������������������������������������������������������������������������������������������������������ 72
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LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
cooperação dos sistemas que tiverem responsabi- Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-
lidade sobre este nível de ensino; -ão as competências referentes aos Estados e aos
IX – autorizar, reconhecer, credenciar, supervi- Municípios.
sionar e avaliar, respectivamente, os cursos das Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
instituições de educação superior e os estabele- I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e
cimentos do seu sistema de ensino. instituições oficiais dos seus sistemas de ensino,
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Con- integrando-os às políticas e planos educacionais
selho Nacional de Educação, com funções nor- da União e dos Estados;
mativas e de supervisão e atividade permanente, II – exercer ação redistributiva em relação às
criado por lei. suas escolas;
§ 2º Para o cumprimento do disposto nos inci- III – baixar normas complementares para o seu
sos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e sistema de ensino;
informações necessários de todos os estabeleci- IV – autorizar, credenciar e supervisionar os es-
mentos e órgãos educacionais. tabelecimentos do seu sistema de ensino;
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX po- V – oferecer a educação infantil em creches e
derão ser delegadas aos Estados e ao Distrito Fe- pré-escolas, e, com prioridade, o ensino funda-
deral, desde que mantenham instituições de edu- mental, permitida a atuação em outros níveis
cação superior. de ensino somente quando estiverem atendidas
plenamente as necessidades de sua área de com-
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:
petência e com recursos acima dos percentuais
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e
mínimos vinculados pela Constituição Federal à
instituições oficiais dos seus sistemas de ensino;
manutenção e desenvolvimento do ensino;
II – definir, com os Municípios, formas de co-
VI – assumir o transporte escolar dos alunos
laboração na oferta do ensino fundamental, as
da rede municipal. (Inciso acrescido pela Lei nº 10.709,
quais devem assegurar a distribuição proporcio-
de 31/7/2003, publicada no DOU de 1º/8/2003, em vigor
nal das responsabilidades, de acordo com a po- 45 dias após a publicação)
pulação a ser atendida e os recursos financeiros Parágrafo único. Os Municípios poderão optar,
disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder ainda, por se integrar ao sistema estadual de en-
Público; sino ou compor com ele um sistema único de edu-
III – elaborar e executar políticas e planos edu- cação básica.
cacionais, em consonância com as diretrizes e pla-
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respei-
nos nacionais de educação, integrando e coorde-
tadas as normas comuns e as do seu sistema de
nando as suas ações e as dos seus Municípios;
ensino, terão a incumbência de:
IV – autorizar, reconhecer, credenciar, supervi-
I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;
sionar e avaliar, respectivamente, os cursos das
II – administrar seu pessoal e seus recursos ma-
instituições de educação superior e os estabele-
teriais e financeiros;
cimentos do seu sistema de ensino; III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e
V – baixar normas complementares para o seu horas-aula estabelecidas;
sistema de ensino; IV – velar pelo cumprimento do plano de traba-
VI – assegurar o ensino fundamental e ofere- lho de cada docente;
cer, com prioridade, o ensino médio a todos que V – prover meios para a recuperação dos alunos
o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 de menor rendimento;
desta Lei; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.061, de VI – articular-se com as famílias e a comunidade,
27/10/2009, publicada no DOU de 28/10/2009, em vigor em criando processos de integração da sociedade
1º de janeiro do ano subsequente ao de sua publicação) com a escola;
VII – assumir o transporte escolar dos alunos VII – informar pai e mãe, conviventes ou não
da rede estadual. (Inciso acrescido pela Lei nº 10.709, com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis
de 31/7/2003, publicada no DOU de 1º/8/2003, em vigor legais, sobre a frequência e rendimento dos alu-
45 dias após a publicação) nos, bem como sobre a execução da proposta
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pedagógica da escola; (Inciso com redação dada pela III – os órgãos federais de educação.
Lei nº 12.013, de 6/8/2009)
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Municí- Distrito Federal compreendem:
pio a relação dos alunos que apresentem quan- I – as instituições de ensino mantidas, respecti-
tidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) vamente, pelo Poder Público estadual e pelo Dis-
do percentual permitido em lei; (Inciso acrescido trito Federal;
pela Lei nº 10.287, de 20/9/2001, e com redação dada pela
II – as instituições de educação superior manti-
Lei nº 13.803, de 10/1/2019)
das pelo Poder Público municipal;
IX – promover medidas de conscientização, de III – as instituições de ensino fundamental e
prevenção e de combate a todos os tipos de vio- médio criadas e mantidas pela iniciativa privada;
lência, especialmente a intimidação sistemática IV – os órgãos de educação estaduais e do Dis-
(bullying), no âmbito das escolas; (Inciso acrescido trito Federal, respectivamente.
pela Lei nº 13.663, de 14/5/2018)
Parágrafo único. No Distrito Federal, as institui-
X – estabelecer ações destinadas a promover ções de educação infantil, criadas e mantidas pela
a cultura de paz nas escolas. (Inciso acrescido pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.
Lei nº 13.663, de 14/5/2018)
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino com-
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: preendem:
I – participar da elaboração da proposta peda- I – as instituições do ensino fundamental, médio
gógica do estabelecimento de ensino; e de educação infantil mantidas pelo Poder Pú-
II – elaborar e cumprir plano de trabalho, se- blico municipal;
gundo a proposta pedagógica do estabelecimento II – as instituições de educação infantil criadas
de ensino; e mantidas pela iniciativa privada;
III – zelar pela aprendizagem dos alunos; III – os órgãos municipais de educação.
IV – estabelecer estratégias de recuperação para
os alunos de menor rendimento; Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes
V – ministrar os dias letivos e horas-aula esta- níveis classificam-se nas seguintes categorias
belecidos, além de participar integralmente dos administrativas:
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação I – públicas, assim entendidas as criadas ou in-
e ao desenvolvimento profissional; corporadas, mantidas e administradas pelo Poder
VI – colaborar com as atividades de articulação Público;
da escola com as famílias e a comunidade. II – privadas, assim entendidas as mantidas e
administradas por pessoas físicas ou jurídicas de
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as nor- direito privado.
mas da gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculia- Art. 20. As instituições privadas de ensino se en-
ridades e conforme os seguintes princípios: quadrarão nas seguintes categorias:
I – participação dos profissionais da educação I – particulares em sentido estrito, assim enten-
na elaboração do projeto pedagógico da escola; didas as que são instituídas e mantidas por uma
II – participação das comunidades escolar e ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito pri-
local em conselhos escolares ou equivalentes. vado que não apresentem as características dos
incisos abaixo;
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às uni- II – comunitárias, assim entendidas as que são
dades escolares públicas de educação básica que instituídas por grupos de pessoas físicas ou por
os integram progressivos graus de autonomia pe- uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive coo-
dagógica e administrativa e de gestão financeira, perativas educacionais, sem fins lucrativos, que
observadas as normas gerais de direito financeiro incluam na sua entidade mantenedora represen-
público. tantes da comunidade; (Inciso com redação dada pela
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: Lei nº 12.020, de 27/8/2009)
I – as instituições de ensino mantidas pela União; III – confessionais, assim entendidas as que
II – as instituições de educação superior criadas são instituídas por grupos de pessoas físicas ou
e mantidas pela iniciativa privada; por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem
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e distribuição de material didático adequado. Art. 28. Na oferta de educação básica para a po-
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.010, de 26/6/2014, e pulação rural, os sistemas de ensino promove-
retificada no DOU de 4/7/2014) rão as adaptações necessárias à sua adequação
§ 9º-A. A educação alimentar e nutricional às peculiaridades da vida rural e de cada região,
será incluída entre os temas transversais de que especialmente:
trata o caput. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.666, de I – conteúdos curriculares e metodologias apro-
16/5/2018, publicado no DOU de 17/5/2018, em vigor após priadas às reais necessidades e interesses dos alu-
180 dias da publicação) nos da zona rural;
§ 10. A inclusão de novos componentes curri- II – organização escolar própria, incluindo ade-
culares de caráter obrigatório na Base Nacional quação do calendário escolar às fases do ciclo
Comum Curricular dependerá de aprovação do agrícola e às condições climáticas;
Conselho Nacional de Educação e de homologa- III – adequação à natureza do trabalho na zona
ção pelo Ministro de Estado da Educação. (Pará- rural.
grafo acrescido pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, Parágrafo único. O fechamento de escolas do
convertida e com redação dada pela Lei nº 13.415, campo, indígenas e quilombolas será precedido
de 16/2/2017) de manifestação do órgão normativo do respec-
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fun- tivo sistema de ensino, que considerará a justifi-
damental e de ensino médio, públicos e priva- cativa apresentada pela Secretaria de Educação,
dos, torna-se obrigatório o estudo da história e a análise do diagnóstico do impacto da ação e a
cultura afro-brasileira e indígena. (Artigo acrescido manifestação da comunidade escolar. (Parágrafo
pela Lei nº 10.639, de 9/1/2003, e com redação dada pela único acrescido pela Lei nº 12.960, de 27/3/2014)
Lei nº 11.645, de 10/3/2008) Seção II
§ 1º O conteúdo programático a que se refere Da Educação Infantil
este artigo incluirá diversos aspectos da histó-
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da
ria e da cultura que caracterizam a formação da
educação básica, tem como finalidade o desen-
população brasileira, a partir desses dois grupos
volvimento integral da criança de até 5 (cinco)
étnicos, tais como o estudo da história da África
anos, em seus aspectos físico, psicológico, inte-
e dos africanos, a luta dos negros e dos povos
lectual e social, complementando a ação da famí-
indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena
lia e da comunidade. (Artigo com redação dada pela
brasileira e o negro e o índio na formação da socie-
Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
dade nacional, resgatando as suas contribuições
nas áreas social, econômica e política, pertinentes Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
à história do Brasil. I – creches, ou entidades equivalentes, para
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura crianças de até três anos de idade;
afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros II – pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a
serão ministrados no âmbito de todo o currículo 5 (cinco) anos de idade. (Inciso com redação dada pela
escolar, em especial nas áreas de educação artís- Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
tica e de literatura e história brasileiras. Art. 31. A educação infantil será organizada de
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação acordo com as seguintes regras comuns: (Caput do
básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
I – a difusão de valores fundamentais ao in- I – avaliação mediante acompanhamento e re-
teresse social, aos direitos e deveres dos cida- gistro do desenvolvimento das crianças, sem o
dãos, de respeito ao bem comum e à ordem de- objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao
mocrática; ensino fundamental; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.796,
II – consideração das condições de escolaridade de 4/4/2013)
dos alunos em cada estabelecimento; II – carga horária mínima anual de 800 (oitocen-
III – orientação para o trabalho; tas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (du-
IV – promoção do desporto educacional e apoio zentos) dias de trabalho educacional; (Inciso acres-
às práticas desportivas não-formais. cido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
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III – atendimento à criança de, no mínimo, § 5º O currículo do ensino fundamental incluirá,
4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direi-
7 (sete) horas para a jornada integral; (Inciso acres- tos das crianças e dos adolescentes, tendo como
cido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que
IV – controle de frequência pela instituição institui o Estatuto da Criança e do Adolescente,
de educação pré-escolar, exigida a frequência observada a produção e distribuição de mate-
mínima de 60% (sessenta por cento) do total de rial didático adequado. (Parágrafo acrescido pela
horas; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) Lei nº 11.525, de 25/9/2007)
V – expedição de documentação que permita § 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será
atestar os processos de desenvolvimento e apren- incluído como tema transversal nos currículos
dizagem da criança. (Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, do ensino fundamental. (Parágrafo acrescido pela
de 4/4/2013) Lei nº 12.472, de 1º/9/2011, publicada no DOU de 2/9/2011,
em vigor 90 dias após a publicação)
Seção III
Do Ensino Fundamental Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facul-
tativa, é parte integrante da formação básica do
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com
cidadão e constitui disciplina dos horários nor-
duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola
mais das escolas públicas de ensino fundamental,
pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade,
assegurado o respeito à diversidade cultural reli-
terá por objetivo a formação básica do cidadão,
giosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de pro-
mediante: (Caput do artigo com redação dada pela
selitismo. (Artigo com redação dada pela Lei nº 9.475,
Lei nº 11.274, de 6/2/2006)
de 22/7/1997)
I – o desenvolvimento da capacidade de apren-
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os
der, tendo como meios básicos o pleno domínio
procedimentos para a definição dos conteúdos do
da leitura, da escrita e do cálculo;
ensino religioso e estabelecerão as normas para a
II – a compreensão do ambiente natural e social,
habilitação e admissão dos professores. (Parágrafo
do sistema político, da tecnologia, das artes e dos
acrescido pela Lei nº 9.475, de 22/7/1997)
valores em que se fundamenta a sociedade; § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade
III – o desenvolvimento da capacidade de apren- civil, constituída pelas diferentes denominações
dizagem, tendo em vista a aquisição de conheci- religiosas, para a definição dos conteúdos do en-
mentos e habilidades e a formação de atitudes e sino religioso. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.475, de
valores; 22/7/1997)
IV – o fortalecimento dos vínculos de família,
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamen-
dos laços de solidariedade humana e de tolerân-
tal incluirá pelo menos quatro horas de trabalho
cia recíproca em que se assenta a vida social.
efetivo em sala de aula, sendo progressivamente
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdo-
ampliado o período de permanência na escola.
brar o ensino fundamental em ciclos.
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progres-
e das formas alternativas de organização autori-
são regular por série podem adotar no ensino
zadas nesta Lei.
fundamental o regime de progressão continuada,
§ 2º O ensino fundamental será ministrado pro-
sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-
gressivamente em tempo integral, a critério dos
-aprendizagem, observadas as normas do respec-
sistemas de ensino.
tivo sistema de ensino.
§ 3º O ensino fundamental regular será minis- Seção IV
trado em língua portuguesa, assegurada às co- Do Ensino Médio
munidades indígenas a utilização de suas línguas Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação
maternas e processos próprios de aprendizagem. básica, com duração mínima de três anos, terá
§ 4º O ensino fundamental será presencial, como finalidades:
sendo o ensino a distância utilizado como com- I – a consolidação e o aprofundamento dos co-
plementação da aprendizagem ou em situações nhecimentos adquiridos no ensino fundamental,
emergenciais. possibilitando o prosseguimento de estudos;
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II – a preparação básica para o trabalho e a cida- § 6º A União estabelecerá os padrões de desem-
dania do educando, para continuar aprendendo, penho esperados para o ensino médio, que serão
de modo a ser capaz de se adaptar com flexibili- referência nos processos nacionais de avaliação, a
dade a novas condições de ocupação ou aperfei- partir da Base Nacional Comum Curricular.
çoamento posteriores; § 7º Os currículos do ensino médio deverão con-
III – o aprimoramento do educando como pes- siderar a formação integral do aluno, de maneira
soa humana, incluindo a formação ética e o desen- a adotar um trabalho voltado para a construção
volvimento da autonomia intelectual e do pensa- de seu projeto de vida e para sua formação nos
mento crítico; aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais.
IV – a compreensão dos fundamentos científico- § 8º Os conteúdos, as metodologias e as for-
-tecnológicos dos processos produtivos, relacio- mas de avaliação processual e formativa serão
nando a teoria com a prática, no ensino de cada organizados nas redes de ensino por meio de ati-
disciplina. vidades teóricas e práticas, provas orais e escritas,
Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular seminários, projetos e atividades on-line, de tal
definirá direitos e objetivos de aprendizagem forma que ao final do ensino médio o educando
do ensino médio, conforme diretrizes do Conse- demonstre:
lho Nacional de Educação, nas seguintes áreas I – domínio dos princípios científicos e tecnoló-
do conhecimento: (Artigo acrescido pela Lei nº 13.415, gicos que presidem a produção moderna;
de 16/2/2017)
II – conhecimento das formas contemporâneas
I – linguagens e suas tecnologias; de linguagem.
II – matemática e suas tecnologias; Art. 36. O currículo do ensino médio será com-
III – ciências da natureza e suas tecnologias; posto pela Base Nacional Comum Curricular e por
IV – ciências humanas e sociais aplicadas. itinerários formativos, que deverão ser organiza-
§ 1º A parte diversificada dos currículos de que dos por meio da oferta de diferentes arranjos cur-
trata o caput do art. 26, definida em cada sistema riculares, conforme a relevância para o contexto
de ensino, deverá estar harmonizada à Base Na- local e a possibilidade dos sistemas de ensino,
cional Comum Curricular e ser articulada a partir a saber: (Caput do artigo com redação dada pela
do contexto histórico, econômico, social, ambien- Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
tal e cultural. I – linguagens e suas tecnologias; (Inciso com re-
§ 2º A Base Nacional Comum Curricular refe- dação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
rente ao ensino médio incluirá obrigatoriamente II – matemática e suas tecnologias; (Inciso com
estudos e práticas de educação física, arte, socio- redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
logia e filosofia. III – ciências da natureza e suas tecnologias; (In-
§ 3º O ensino da língua portuguesa e da mate- ciso com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
mática será obrigatório nos três anos do ensino IV – ciências humanas e sociais aplicadas; (Inciso
médio, assegurada às comunidades indígenas, acrescido pela Lei nº 11.684, de 2/6/2008, e com redação
também, a utilização das respectivas línguas dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
maternas. V – formação técnica e profissional. (Inciso acres-
§ 4º Os currículos do ensino médio incluirão, cido pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, conver-
obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e tida na Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em § 1º A organização das áreas de que trata o
caráter optativo, preferencialmente o espanhol, caput e das respectivas competências e habilida-
de acordo com a disponibilidade de oferta, locais des será feita de acordo com critérios estabeleci-
e horários definidos pelos sistemas de ensino. dos em cada sistema de ensino. (Caput do parágrafo
§ 5º A carga horária destinada ao cumprimento com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
da Base Nacional Comum Curricular não poderá I – (Revogado pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
ser superior a mil e oitocentas horas do total da II – (Revogado pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
carga horária do ensino médio, de acordo com a III – (Revogado pela Lei nº 11.684, de 2/6/2008)
definição dos sistemas de ensino. § 2º (Revogado pela Lei nº 11.741, de 16/7/2008)
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§ 3º A critério dos sistemas de ensino, poderá ser § 9º As instituições de ensino emitirão certifi-
composto itinerário formativo integrado, que se tra- cado com validade nacional, que habilitará o con-
duz na composição de componentes curriculares da cluinte do ensino médio ao prosseguimento dos
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e dos iti- estudos em nível superior ou em outros cursos ou
nerários formativos, considerando os incisos I a V formações para os quais a conclusão do ensino
do caput. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.415, médio seja etapa obrigatória. (Parágrafo acrescido
de 16/2/2017) pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, convertida e
§ 4º (Revogado pela Lei nº 11.741, de 16/7/2008) com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
§ 5º Os sistemas de ensino, mediante disponi- § 10. Além das formas de organização previstas
bilidade de vagas na rede, possibilitarão ao aluno
no art. 23, o ensino médio poderá ser organizado
concluinte do ensino médio cursar mais um iti-
em módulos e adotar o sistema de créditos com
nerário formativo de que trata o caput. (Parágrafo
terminalidade específica. (Parágrafo acrescido pela
acrescido pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016,
Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, convertida e com
convertida e com redação dada pela Lei nº 13.415,
redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
de 16/2/2017)
§ 11. Para efeito de cumprimento das exigências
§ 6º A critério dos sistemas de ensino, a oferta
curriculares do ensino médio, os sistemas de en-
de formação com ênfase técnica e profissional
considerará: (Caput do parágrafo acrescido pela Medida sino poderão reconhecer competências e firmar
Provisória nº 746, de 22/9/2016, convertida e com redação convênios com instituições de educação a distân-
dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017) cia com notório reconhecimento, mediante as se-
I – a inclusão de vivências práticas de trabalho guintes formas de comprovação: (Caput do parágrafo
no setor produtivo ou em ambientes de simulação, acrescido pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, con-
estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando vertida e com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
aplicável, de instrumentos estabelecidos pela I – demonstração prática; (Inciso acrescido pela
legislação sobre aprendizagem profissional; (Inciso Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, convertida e com
acrescido pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017) redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
II – a possibilidade de concessão de certificados II – experiência de trabalho supervisionado
intermediários de qualificação para o trabalho, ou outra experiência adquirida fora do ambien-
quando a formação for estruturada e organizada te escolar; (Inciso acrescido pela Medida Provisória
em etapas com terminalidade. (Inciso acrescido pela nº 746, de 22/9/2016, convertida e com redação dada pela
Lei nº 13.415, de 16/2/2017) Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
§ 7º A oferta de formações experimentais III – atividades de educação técnica oferecidas
relacionadas ao inciso V do caput, em áreas que em outras instituições de ensino credenciadas; (In-
não constem do Catálogo Nacional dos Cursos ciso acrescido pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
Técnicos, dependerá, para sua continuidade,
IV – cursos oferecidos por centros ou progra-
do reconhecimento pelo respectivo Conselho
mas ocupacionais; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.415,
Estadual de Educação, no prazo de três anos, e
de 16/2/2017)
da inserção no Catálogo Nacional dos Cursos
V – estudos realizados em instituições de en-
Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da
sino nacionais ou estrangeiras; (Inciso acrescido pela
data de oferta inicial da formação. (Parágrafo acres-
Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
cido pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, conver-
VI – cursos realizados por meio de educação
tida e com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
§ 8º A oferta de formação técnica e profissional a distância ou educação presencial mediada
a que se refere o inciso V do caput, realizada na por tecnologias. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.415,
própria instituição ou em parceria com outras ins- de 16/2/2017)
tituições, deverá ser aprovada previamente pelo § 12. As escolas deverão orientar os alunos no
Conselho Estadual de Educação, homologada processo de escolha das áreas de conhecimento ou
pelo Secretário Estadual de Educação e certifi- de atuação profissional previstas no caput. (Parágra-
cada pelos sistemas de ensino. (Parágrafo acrescido fo acrescido pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016,
pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, convertida e convertida e com redação dada pela Lei nº 13.415,
com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017) de 16/2/2017)
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LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
Art. 51. As instituições de educação superior X – receber subvenções, doações, heranças, le-
credenciadas como universidades, ao deliberar gados e cooperação financeira resultante de con-
sobre critérios e normas de seleção e admissão vênios com entidades públicas e privadas.
de estudantes, levarão em conta os efeitos desses § 1º Para garantir a autonomia didático-científica
critérios sobre a orientação do ensino médio, ar- das universidades, caberá aos seus colegiados de
ticulando-se com os órgãos normativos dos siste- ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos or-
mas de ensino. çamentários disponíveis, sobre: (Parágrafo único re-
Art. 52. As universidades são instituições pluridis- numeado pela Lei nº 13.490, de 10/10/2017)
ciplinares de formação dos quadros profissionais I – criação, expansão, modificação e extinção
de nível superior, de pesquisa, de extensão e de de cursos;
domínio e cultivo do saber humano, que se carac- II – ampliação e diminuição de vagas;
terizam por: III – elaboração da programação dos cursos;
I – produção intelectual institucionalizada me- IV – programação das pesquisas e das ativida-
diante o estudo sistemático dos temas e proble- des de extensão;
mas mais relevantes, tanto do ponto de vista cien- V – contratação e dispensa de professores;
tífico e cultural, quanto regional e nacional; VI – planos de carreira docente.
II – um terço do corpo docente, pelo menos, com § 2º As doações, inclusive monetárias, podem
titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; ser dirigidas a setores ou projetos específicos,
III – um terço do corpo docente em regime de conforme acordo entre doadores e universidades.
tempo integral. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.490, de 10/10/2017)
Parágrafo único. É facultada a criação de univer- § 3º No caso das universidades públicas, os re-
sidades especializadas por campo do saber. cursos das doações devem ser dirigidos ao caixa
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asse- único da instituição, com destinação garantida às
guradas às universidades, sem prejuízo de outras, unidades a serem beneficiadas. (Parágrafo acrescido
as seguintes atribuições: pela Lei nº 13.490, de 10/10/2017)
I – criar, organizar e extinguir, em sua sede, cur- Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Pú-
sos e programas de educação superior previstos
blico gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico
nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União
especial para atender às peculiaridades de sua es-
e, quando for o caso, do respectivo sistema de
trutura, organização e financiamento pelo Poder
ensino;
Público, assim como dos seus planos de carreira
II – fixar os currículos dos seus cursos e progra-
e do regime jurídico do seu pessoal.
mas, observadas as diretrizes gerais pertinentes;
§ 1º No exercício da sua autonomia, além das
III – estabelecer planos, programas e projetos
atribuições asseguradas pelo artigo anterior, as
de pesquisa científica, produção artística e ativi-
universidades públicas poderão:
dades de extensão;
I – propor o seu quadro de pessoal docente,
IV – fixar o número de vagas de acordo com a ca-
técnico e administrativo, assim como um plano
pacidade institucional e as exigências do seu meio;
V – elaborar e reformar os seus estatutos e re- de cargos e salários, atendidas as normas gerais
gimentos em consonância com as normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis;
atinentes; II – elaborar o regulamento de seu pessoal em
VI – conferir graus, diplomas e outros títulos; conformidade com as normas gerais concernentes;
VII – firmar contratos, acordos e convênios; III – aprovar e executar planos, programas e pro-
VIII – aprovar e executar planos, programas e jetos de investimentos referentes a obras, serviços
projetos de investimentos referentes a obras, ser- e aquisições em geral, de acordo com os recursos
viços e aquisições em geral, bem como adminis- alocados pelo respectivo Poder mantenedor;
trar rendimentos conforme dispositivos institu- IV – elaborar seus orçamentos anuais e pluri-
cionais; anuais;
IX – administrar os rendimentos e deles dispor V – adotar regime financeiro e contábil que
na forma prevista no ato de constituição, nas leis atenda às suas peculiaridades de organização e
e nos respectivos estatutos; funcionamento;
29
VI – realizar operações de crédito ou de finan- § 3º A oferta de educação especial, nos termos
ciamento, com aprovação do Poder competente, do caput deste artigo, tem início na educação in-
para aquisição de bens imóveis, instalações e fantil e estende-se ao longo da vida, observados
equipamentos; o inciso III do art. 4º e o parágrafo único do art. 60
VII – efetuar transferências, quitações e tomar desta Lei. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.632,
outras providências de ordem orçamentária, fi- de 6/3/2018)
nanceira e patrimonial necessárias ao seu bom
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos
desempenho.
educandos com deficiência, transtornos globais
§ 2º Atribuições de autonomia universitária
do desenvolvimento e altas habilidades ou su-
poderão ser estendidas a instituições que com-
perdotação: (Caput do artigo com redação dada pela
provem alta qualificação para o ensino ou para a
Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
pesquisa, com base em avaliação realizada pelo
I – currículos, métodos, técnicas, recursos edu-
Poder Público.
cativos e organização específicos, para atender às
Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, suas necessidades;
em seu Orçamento Geral, recursos suficientes II – terminalidade específica para aqueles que
para manutenção e desenvolvimento das insti- não puderem atingir o nível exigido para a conclu-
tuições de educação superior por ela mantidas. são do ensino fundamental, em virtude de suas
Art. 56. As instituições públicas de educação deficiências, e aceleração para concluir em menor
superior obedecerão ao princípio da gestão de- tempo o programa escolar para os superdotados;
mocrática, assegurada a existência de órgãos III – professores com especialização adequada
colegiados deliberativos, de que participarão os em nível médio ou superior, para atendimento
segmentos da comunidade institucional, local e especializado, bem como professores do ensino
regional. regular capacitados para a integração desses edu-
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes candos nas classes comuns;
ocuparão setenta por cento dos assentos em cada IV – educação especial para o trabalho, visando
órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tra- a sua efetiva integração na vida em sociedade,
tarem da elaboração e modificações estatutárias inclusive condições adequadas para os que não
e regimentais, bem como da escolha de dirigentes. revelarem capacidade de inserção no trabalho
Art. 57. Nas instituições públicas de educação su- competitivo, mediante articulação com os ór-
perior, o professor ficará obrigado ao mínimo de gãos oficiais afins, bem como para aqueles que
oito horas semanais de aulas. apresentam uma habilidade superior nas áreas
artística, intelectual ou psicomotora;
CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL V – acesso igualitário aos benefícios dos pro-
gramas sociais suplementares disponíveis para o
Art. 58. Entende-se por educação especial, para
respectivo nível do ensino regular.
os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
escolar oferecida preferencialmente na rede re- Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadas-
gular de ensino, para educandos com deficiência, tro nacional de alunos com altas habilidades ou
transtornos globais do desenvolvimento e altas superdotação matriculados na educação básica
habilidades ou superdotação. (Caput do artigo com e na educação superior, a fim de fomentar a exe-
redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) cução de políticas públicas destinadas ao desen-
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de volvimento pleno das potencialidades desse alu-
apoio especializado, na escola regular, para aten- nado. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.234, de 29/12/2015)
der às peculiaridades da clientela de educação Parágrafo único. A identificação precoce de alu-
especial. nos com altas habilidades ou superdotação, os
§ 2º O atendimento educacional será feito em critérios e procedimentos para inclusão no cadas-
classes, escolas ou serviços especializados, sem- tro referido no caput deste artigo, as entidades
pre que, em função das condições específicas dos responsáveis pelo cadastramento, os mecanis-
alunos, não for possível a sua integração nas clas- mos de acesso aos dados do cadastro e as políti-
ses comuns de ensino regular. cas de desenvolvimento das potencialidades do
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LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
alunado de que trata o caput serão definidos em pelo Conselho Nacional de Educação. (Inciso acres-
regulamento. cido pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de Parágrafo único. A formação dos profissionais
ensino estabelecerão critérios de caracterização da educação, de modo a atender às especificida-
das instituições privadas sem fins lucrativos, espe- des do exercício de suas atividades, bem como
cializadas e com atuação exclusiva em educação aos objetivos das diferentes etapas e modalida-
especial, para fins de apoio técnico e financeiro des da educação básica, terá como fundamentos:
pelo Poder Público. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 12.014, de 6/8/2009)
Parágrafo único. O poder público adotará, como I – a presença de sólida formação básica, que
alternativa preferencial, a ampliação do atendi- propicie o conhecimento dos fundamentos cien-
mento aos educandos com deficiência, transtor- tíficos e sociais de suas competências de trabalho;
nos globais do desenvolvimento e altas habili- II – a associação entre teorias e práticas, me-
dades ou superdotação na própria rede pública diante estágios supervisionados e capacitação
regular de ensino, independentemente do apoio em serviço;
às instituições previstas neste artigo. (Parágrafo III – o aproveitamento da formação e experiên-
único com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) cias anteriores, em instituições de ensino e em
outras atividades.
TÍTULO VI
DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Art. 62. A formação de docentes para atuar na
educação básica far-se-á em nível superior, em
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação
curso de licenciatura plena, admitida, como for-
escolar básica os que, nela estando em efetivo
exercício e tendo sido formados em cursos reco- mação mínima para o exercício do magistério na
nhecidos, são: (Caput do artigo com redação dada pela educação infantil e nos cinco primeiros anos do
Lei nº 12.014, de 6/8/2009)
ensino fundamental, a oferecida em nível médio,
I – professores habilitados em nível médio ou na modalidade normal. (Caput do artigo com redação
superior para a docência na educação infantil dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017)
e nos ensinos fundamental e médio; (Inciso com § 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os
redação dada pela Lei nº 12.014, de 6/8/2009) Municípios, em regime de colaboração, deverão
II – trabalhadores em educação portadores de promover a formação inicial, a continuada e a ca-
diploma de pedagogia, com habilitação em admi- pacitação dos profissionais de magistério. (Pará-
nistração, planejamento, supervisão, inspeção e grafo acrescido pela Lei nº 12.056, de 13/10/2009)
orientação educacional, bem como com títulos de § 2º A formação continuada e a capacitação dos
mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; (Inciso profissionais de magistério poderão utilizar recur-
com redação dada pela Lei nº 12.014, de 6/8/2009) sos e tecnologias de educação a distância. (Pará-
III – trabalhadores em educação, portadores de grafo acrescido pela Lei nº 12.056, de 13/10/2009)
diploma de curso técnico ou superior em área pe- § 3º A formação inicial de profissionais de
dagógica ou afim; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.014, magistério dará preferência ao ensino presen-
de 6/8/2009) cial, subsidiariamente fazendo uso de recursos
IV – profissionais com notório saber reconhe- e tecnologias de educação a distância. (Parágrafo
cido pelos respectivos sistemas de ensino, para acrescido pela Lei nº 12.056, de 13/10/2009)
ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação § 4º A União, o Distrito Federal, os Estados e os
ou experiência profissional, atestados por titula- Municípios adotarão mecanismos facilitadores
ção específica ou prática de ensino em unidades de acesso e permanência em cursos de forma-
educacionais da rede pública ou privada ou das ção de docentes em nível superior para atuar na
corporações privadas em que tenham atuado, ex- educação básica pública. (Parágrafo acrescido pela
clusivamente para atender ao inciso V do caput Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
do art. 36; (Inciso acrescido pela Medida Provisória § 5º A União, o Distrito Federal, os Estados e os
nº 746, de 22/9/2016, convertida e com redação dada pela Municípios incentivarão a formação de profissio-
Lei nº 13.415, de 16/2/2017) nais do magistério para atuar na educação básica
V – profissionais graduados que tenham feito pública mediante programa institucional de bolsa
complementação pedagógica, conforme disposto de iniciação à docência a estudantes matriculados
31
em cursos de licenciatura, de graduação plena, Art. 63. Os institutos superiores de educação
nas instituições de educação superior. (Parágrafo manterão:
acrescido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) I – cursos formadores de profissionais para a
§ 6º O Ministério da Educação poderá estabele- educação básica, inclusive o curso normal su-
cer nota mínima em exame nacional aplicado aos perior, destinado à formação de docentes para
concluintes do ensino médio como pré-requisito a educação infantil e para as primeiras séries do
para o ingresso em cursos de graduação para ensino fundamental;
formação de docentes, ouvido o Conselho Na- II – programas de formação pedagógica para
cional de Educação (CNE). (Parágrafo acrescido pela portadores de diplomas de educação superior
Lei nº 12.796, de 4/4/2013) que queiram se dedicar à educação básica;
§ 7º (Vetado na Lei nº 12.796, de 4/4/2013) III – programas de educação continuada para
§ 8º Os currículos dos cursos de formação de do- os profissionais de educação dos diversos níveis.
centes terão por referência a Base Nacional Comum
Art. 64. A formação de profissionais de educação
Curricular. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisó-
para administração, planejamento, inspeção, su-
ria nº 746, de 22/9/2016, convertida na Lei nº 13.415, de
pervisão e orientação educacional para a edu-
16/2/2017)
cação básica, será feita em cursos de graduação
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a
refere o inciso III do art. 61 far-se-á por meio de critério da instituição de ensino, garantida, nesta
cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível formação, a base comum nacional.
médio ou superior, incluindo habilitações tecno-
Art. 65. A formação docente, exceto para a edu-
lógicas. (Artigo acrescido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013)
cação superior, incluirá prática de ensino de, no
Parágrafo único. Garantir-se-á formação conti-
mínimo, trezentas horas.
nuada para os profissionais a que se refere o caput,
no local de trabalho ou em instituições de educação Art. 66. A preparação para o exercício do magis-
básica e superior, incluindo cursos de educação pro- tério superior far-se-á em nível de pós-graduação,
fissional, cursos superiores de graduação plena ou prioritariamente em programas de mestrado e
tecnológicos e de pós-graduação. doutorado.
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido
Art. 62-B. O acesso de professores das redes pú-
por universidade com curso de doutorado em
blicas de educação básica a cursos superiores de
área afim, poderá suprir a exigência de título aca-
pedagogia e licenciatura será efetivado por meio
dêmico.
de processo seletivo diferenciado. (Artigo acrescido
pela Lei nº 13.478, de 30/8/2017) Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a va-
§ 1º Terão direito de pleitear o acesso previsto lorização dos profissionais da educação, assegu-
no caput deste artigo os professores das redes pú- rando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e
blicas municipais, estaduais e federal que ingres- dos planos de carreira do magistério público:
saram por concurso público, tenham pelo menos I – ingresso exclusivamente por concurso pú-
três anos de exercício da profissão e não sejam blico de provas e títulos;
portadores de diploma de graduação. II – aperfeiçoamento profissional continuado,
§ 2º As instituições de ensino responsáveis pela inclusive com licenciamento periódico remune-
oferta de cursos de pedagogia e outras licenciatu- rado para esse fim;
ras definirão critérios adicionais de seleção sem- III – piso salarial profissional;
pre que acorrerem aos certames interessados em IV – progressão funcional baseada na titulação
número superior ao de vagas disponíveis para os ou habilitação, e na avaliação do desempenho;
respectivos cursos. V – período reservado a estudos, planejamento
§ 3º Sem prejuízo dos concursos seletivos a e avaliação, incluído na carga de trabalho;
serem definidos em regulamento pelas universida- VI – condições adequadas de trabalho.
des, terão prioridade de ingresso os professores que § 1º A experiência docente é pré-requisito para
optarem por cursos de licenciatura em matemática, o exercício profissional de quaisquer outras fun-
física, química, biologia e língua portuguesa. ções de magistério, nos termos das normas de
32
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
cada sistema de ensino. (Parágrafo único renumerado orçamento anual, ajustada, quando for o caso, por
pela Lei nº 11.301, de 10/5/2006) lei que autorizar a abertura de créditos adicionais,
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 com base no eventual excesso de arrecadação.
e no § 8º do art. 201 da Constituição Federal, são § 4º As diferenças entre a receita e a despesa
consideradas funções de magistério as exercidas previstas e as efetivamente realizadas, que resul-
por professores e especialistas em educação no tem no não atendimento dos percentuais míni-
desempenho de atividades educativas, quando mos obrigatórios, serão apuradas e corrigidas a
exercidas em estabelecimento de educação bá- cada trimestre do exercício financeiro.
sica em seus diversos níveis e modalidades, in- § 5º O repasse dos valores referidos neste ar-
cluídas, além do exercício da docência, as de di- tigo do caixa da União, dos Estados, do Distrito
reção de unidade escolar e as de coordenação e Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente
assessoramento pedagógico. (Parágrafo acrescido ao órgão responsável pela educação, observados
pela Lei nº 11.301, de 10/5/2006) os seguintes prazos:
§ 3º A União prestará assistência técnica aos Es- I – recursos arrecadados do primeiro ao décimo
tados, ao Distrito Federal e aos Municípios na ela- dia de cada mês, até o vigésimo dia;
boração de concursos públicos para provimento II – recursos arrecadados do décimo primeiro
de cargos dos profissionais da educação. (Parágrafo ao vigésimo dia de cada mês, até o trigésimo dia;
acrescido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) III – recursos arrecadados do vigésimo primeiro
TÍTULO VII dia ao final de cada mês, até o décimo dia do mês
DOS RECURSOS FINANCEIROS subsequente.
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos
Art. 68. Serão recursos públicos destinados à edu-
a correção monetária e à responsabilização civil e
cação os originários de:
criminal das autoridades competentes.
I – receita de impostos próprios da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção
II – receita de transferências constitucionais e e desenvolvimento do ensino as despesas realiza-
outras transferências; das com vistas à consecução dos objetivos básicos
III – receita do salário-educação e de outras con- das instituições educacionais de todos os níveis,
tribuições sociais; compreendendo as que se destinam a:
IV – receita de incentivos fiscais; I – remuneração e aperfeiçoamento do pessoal
V – outros recursos previstos em lei. docente e demais profissionais da educação;
II – aquisição, manutenção, construção e con-
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca
servação de instalações e equipamentos neces-
menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal
sários ao ensino;
e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que
III – uso e manutenção de bens e serviços vin-
consta nas respectivas Constituições ou Leis Or-
culados ao ensino;
gânicas, da receita resultante de impostos, com-
IV – levantamentos estatísticos, estudos e pes-
preendidas as transferências constitucionais, na
quisas visando precipuamente ao aprimoramento
manutenção e desenvolvimento do ensino público.
da qualidade e à expansão do ensino;
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos
V – realização de atividades-meio necessárias
transferida pela União aos Estados, ao Distrito Fe-
ao funcionamento dos sistemas de ensino;
deral e aos Municípios, ou pelos Estados aos res-
VI – concessão de bolsas de estudo a alunos de
pectivos Municípios, não será considerada, para
escolas públicas e privadas;
efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do
VII – amortização e custeio de operações de cré-
governo que a transferir.
dito destinadas a atender ao disposto nos incisos
§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas
deste artigo;
de impostos mencionadas neste artigo as opera-
ções de crédito por antecipação de receita orça- VIII – aquisição de material didático-escolar e
mentária de impostos. manutenção de programas de transporte escolar.
§ 3º Para fixação inicial dos valores corres- Art. 71. Não constituirão despesas de manuten-
pondentes aos mínimos estatuídos neste artigo, ção e desenvolvimento do ensino aquelas reali-
será considerada a receita estimada na lei do zadas com:
33
I – pesquisa, quando não vinculada às insti- fiscal do respectivo Estado, do Distrito Federal ou
tuições de ensino, ou, quando efetivada fora dos do Município em favor da manutenção e do desen-
sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, volvimento do ensino.
ao aprimoramento de sua qualidade ou à sua § 2º A capacidade de atendimento de cada go-
expansão; verno será definida pela razão entre os recursos
II – subvenção a instituições públicas ou priva- de uso constitucionalmente obrigatório na ma-
das de caráter assistencial, desportivo ou cultural; nutenção e desenvolvimento do ensino e o custo
III – formação de quadros especiais para a anual do aluno, relativo ao padrão mínimo de
administração pública, sejam militares ou civis, qualidade.
inclusive diplomáticos; § 3º Com base nos critérios estabelecidos nos
IV – programas suplementares de alimentação, §§ 1º e 2º, a União poderá fazer a transferência
assistência médico-odontológica, farmacêutica e direta de recursos a cada estabelecimento de en-
psicológica, e outras formas de assistência social; sino, considerado o número de alunos que efeti-
V – obras de infraestrutura, ainda que realiza- vamente frequentam a escola.
das para beneficiar direta ou indiretamente a rede § 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá
escolar; ser exercida em favor do Distrito Federal, dos Es-
VI – pessoal docente e demais trabalhadores da tados e dos Municípios se estes oferecerem vagas,
educação, quando em desvio de função ou em ati- na área de ensino de sua responsabilidade, con-
vidade alheia à manutenção e desenvolvimento forme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11
do ensino. desta Lei, em número inferior à sua capacidade
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção de atendimento.
e desenvolvimento do ensino serão apuradas e Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista
publicadas nos balanços do Poder Público, assim no artigo anterior ficará condicionada ao efetivo
como nos relatórios a que se refere o § 3º do cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e
art. 165 da Constituição Federal. Municípios do disposto nesta Lei, sem prejuízo de
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, outras prescrições legais.
prioritariamente, na prestação de contas de re-
Art. 77. Os recursos públicos serão destinados as
cursos públicos, o cumprimento do disposto no
escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
art. 212 da Constituição Federal, no art. 60 do Ato
comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:
das Disposições Constitucionais Transitórias e na
I – comprovem finalidade não-lucrativa e não
legislação concernente.
distribuam resultados, dividendos, bonificações,
Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, participações ou parcela de seu patrimônio sob
o Distrito Federal e os Municípios, estabelecerá nenhuma forma ou pretexto;
padrão mínimo de oportunidades educacionais II – apliquem seus excedentes financeiros em
para o ensino fundamental, baseado no cálculo educação;
do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar III – assegurem a destinação de seu patrimônio
ensino de qualidade. a outra escola comunitária, filantrópica ou con-
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata fessional, ou ao Poder Público, no caso de encer-
este artigo será calculado pela União ao final de ramento de suas atividades;
cada ano, com validade para o ano subsequente, IV – prestem contas ao Poder Público dos recur-
considerando variações regionais no custo dos sos recebidos.
insumos e as diversas modalidades de ensino. § 1º Os recursos de que trata este artigo pode-
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União rão ser destinados a bolsas de estudo para a edu-
e dos Estados será exercida de modo a corrigir, cação básica, na forma da lei, para os que demons-
progressivamente, as disparidades de acesso e trarem insuficiência de recursos, quando houver
garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino. falta de vagas e cursos regulares da rede pública
§ 1º A ação a que se refere este artigo obede- de domicílio do educando, ficando o Poder Públi-
cerá a fórmula de domínio público que inclua a ca- co obrigado a investir prioritariamente na expan-
pacidade de atendimento e a medida do esforço são da sua rede local.
34
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
36
LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007
III – assegura isenção da obrigatoriedade de tes- receber e analisar as prestações de contas refe-
temunhar sobre informações recebidas ou presta- rentes a esses Programas, formulando pareceres
das em razão do exercício de suas atividades de conclusivos acerca da aplicação desses recursos
conselheiro e sobre as pessoas que lhes confiarem e encaminhando-os ao Fundo Nacional de Desen-
ou deles receberem informações; volvimento da Educação (FNDE).
IV – veda, quando os conselheiros forem re-
Art. 25. Os registros contábeis e os demonstrati-
presentantes de professores e diretores ou de
vos gerenciais mensais, atualizados, relativos aos
servidores das escolas públicas, no curso do
recursos repassados e recebidos à conta dos Fun-
mandato:
dos assim como os referentes às despesas reali-
a) exoneração ou demissão do cargo ou em-
zadas ficarão permanentemente à disposição dos
prego sem justa causa ou transferência involuntá-
conselhos responsáveis, bem como dos órgãos fe-
ria do estabelecimento de ensino em que atuam;
derais, estaduais e municipais de controle interno
b) atribuição de falta injustificada ao serviço em
e externo, e ser-lhes-á dada ampla publicidade, in-
função das atividades do conselho;
clusive por meio eletrônico.
c) afastamento involuntário e injustificado da
Parágrafo único. Os conselhos referidos nos in-
condição de conselheiro antes do término do
cisos II, III e IV do § 1º do art. 24 desta Lei poderão,
mandato para o qual tenha sido designado;
sempre que julgarem conveniente:
V – veda, quando os conselheiros forem repre-
I – apresentar ao Poder Legislativo local e aos
sentantes de estudantes em atividades do con-
órgãos de controle interno e externo manifesta-
selho, no curso do mandato, atribuição de falta
ção formal acerca dos registros contábeis e dos
injustificada nas atividades escolares.
demonstrativos gerenciais do Fundo;
§ 9º Aos conselhos incumbe, ainda, supervi-
II – por decisão da maioria de seus membros,
sionar o censo escolar anual e a elaboração da
proposta orçamentária anual, no âmbito de suas convocar o Secretário de Educação competente
respectivas esferas governamentais de atuação, ou servidor equivalente para prestar esclareci-
com o objetivo de concorrer para o regular e tem- mentos acerca do fluxo de recursos e a execução
pestivo tratamento e encaminhamento dos dados das despesas do Fundo, devendo a autoridade
estatísticos e financeiros que alicerçam a opera- convocada apresentar-se em prazo não superior
cionalização dos Fundos. a 30 (trinta) dias;
§ 10. Os conselhos dos Fundos não contarão III – requisitar ao Poder Executivo cópia de do-
com estrutura administrativa própria, incum- cumentos referentes a:
bindo à União, aos Estados, ao Distrito Federal e a) licitação, empenho, liquidação e pagamento
aos Municípios garantir infraestrutura e condições de obras e serviços custeados com recursos do
materiais adequadas à execução plena das com- Fundo;
petências dos conselhos e oferecer ao Ministério b) folhas de pagamento dos profissionais da
da Educação os dados cadastrais relativos à cria- educação, as quais deverão discriminar aqueles
ção e composição dos respectivos conselhos. em efetivo exercício na educação básica e indicar
§ 11. Os membros dos conselhos de acompa- o respectivo nível, modalidade ou tipo de estabe-
nhamento e controle terão mandato de, no má- lecimento a que estejam vinculados;
ximo, 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução c) documentos referentes aos convênios com
por igual período. as instituições a que se refere o art. 8º desta Lei;
§ 12. Na hipótese da inexistência de estudantes d) outros documentos necessários ao desempe-
emancipados, representação estudantil poderá nho de suas funções;
acompanhar as reuniões do conselho com direito IV – realizar visitas e inspetorias in loco para
a voz. verificar:
§ 13. Aos conselhos incumbe, também, acom- a) o desenvolvimento regular de obras e servi-
panhar a aplicação dos recursos federais trans- ços efetuados nas instituições escolares com re-
feridos à conta do Programa Nacional de Apoio cursos do Fundo;
ao Transporte do Escolar (PNATE) e do Programa b) a adequação do serviço de transporte escolar;
de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendi- c) a utilização em benefício do sistema de en-
mento à Educação de Jovens e Adultos e, ainda, sino de bens adquiridos com recursos do Fundo.
45
Art. 26. A fiscalização e o controle referentes ao dos recursos dos Fundos que receberem comple-
cumprimento do disposto no art. 212 da Consti- mentação da União.
tuição Federal e do disposto nesta Lei, especial-
Art. 30. O Ministério da Educação atuará:
mente em relação à aplicação da totalidade dos
I – no apoio técnico relacionado aos procedi-
recursos dos Fundos, serão exercidos:
mentos e critérios de aplicação dos recursos dos
I – pelo órgão de controle interno no âmbito da
Fundos, junto aos Estados, Distrito Federal e Mu-
União e pelos órgãos de controle interno no âmbito
nicípios e às instâncias responsáveis pelo acom-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
panhamento, fiscalização e controle interno e
II – pelos Tribunais de Contas dos Estados, do
externo;
Distrito Federal e dos Municípios, junto aos respec-
II – na capacitação dos membros dos conselhos;
tivos entes governamentais sob suas jurisdições;
III – na divulgação de orientações sobre a opera-
III – pelo Tribunal de Contas da União, no que
cionalização do Fundo e de dados sobre a previsão,
tange às atribuições a cargo dos órgãos federais,
a realização e a utilização dos valores financeiros re-
especialmente em relação à complementação
passados, por meio de publicação e distribuição de
da União.
documentos informativos e em meio eletrônico
Art. 27. Os Estados, o Distrito Federal e os Muni- de livre acesso público;
cípios prestarão contas dos recursos dos Fundos IV – na realização de estudos técnicos com vis-
conforme os procedimentos adotados pelos Tri- tas na definição do valor referencial anual por
bunais de Contas competentes, observada a re- aluno que assegure padrão mínimo de qualidade
gulamentação aplicável. do ensino;
Parágrafo único. As prestações de contas serão V – no monitoramento da aplicação dos recur-
instruídas com parecer do conselho responsável, sos dos Fundos, por meio de sistema de informa-
que deverá ser apresentado ao Poder Executivo
ções orçamentárias e financeiras e de cooperação
respectivo em até 30 (trinta) dias antes do venci-
com os Tribunais de Contas dos Estados e Municí-
mento do prazo para a apresentação da prestação
pios e do Distrito Federal;
de contas prevista no caput deste artigo.
VI – na realização de avaliações dos resulta-
Art. 28. O descumprimento do disposto no art. 212 dos da aplicação desta Lei, com vistas na adoção
da Constituição Federal e do disposto nesta Lei su- de medidas operacionais e de natureza político-
jeitará os Estados e o Distrito Federal à interven- -educacional corretivas, devendo a primeira des-
ção da União, e os Municípios à intervenção dos sas medidas se realizar em até 2 (dois) anos após
respectivos Estados a que pertencem, nos termos a implantação do Fundo.
da alínea e do inciso VII do caput do art. 34 e do in-
CAPÍTULO VII
ciso III do caput do art. 35 da Constituição Federal.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 29. A defesa da ordem jurídica, do regime de-
Seção I
mocrático, dos interesses sociais e individuais in-
Disposições Transitórias
disponíveis, relacionada ao pleno cumprimento
desta Lei, compete ao Ministério Público dos Es- Art. 31. Os Fundos serão implantados progressi-
tados e do Distrito Federal e Territórios e ao Mi- vamente nos primeiros 3 (três) anos de vigência,
nistério Público Federal, especialmente quanto às conforme o disposto neste artigo.
transferências de recursos federais. § 1º A porcentagem de recursos de que trata
§ 1º A legitimidade do Ministério Público pre- o art. 3º desta Lei será alcançada conforme a se-
vista no caput deste artigo não exclui a de tercei- guinte progressão:
ros para a propositura de ações a que se referem o I – para os impostos e transferências constantes
inciso LXXIII do caput do art. 5º e o § 1º do art. 129 do inciso II do caput do art. 155, do inciso IV do
da Constituição Federal, sendo-lhes assegurado caput do art. 158, das alíneas a e b do inciso I e
o acesso gratuito aos documentos mencionados do inciso II do caput do art. 159 da Constituição
nos arts. 25 e 27 desta Lei. Federal, bem como para a receita a que se refere
§ 2º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre o § 1º do art. 3º desta Lei:
os Ministérios Públicos da União, do Distrito Fe- a) 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis
deral e dos Estados para a fiscalização da aplicação centésimos por cento), no 1º (primeiro) ano;
46
LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007
b) 18,33% (dezoito inteiros e trinta e três centé- 19 de dezembro de 2006, e 1º de janeiro de cada
simos por cento), no 2º (segundo) ano; e um dos 3 (três) primeiros anos de vigência dos
c) 20% (vinte por cento), a partir do 3º (terceiro) Fundos.
ano, inclusive; § 6º Até o 3º (terceiro) ano de vigência dos Fundos,
II – para os impostos e transferências constan- o cronograma de complementação da União obser-
tes dos incisos I e III do caput do art. 155, inciso II vará a programação financeira do Tesouro Nacional
do caput do art. 157, incisos II e III do caput do e contemplará pagamentos mensais de, no mínimo,
art. 158 da Constituição Federal: 5% (cinco por cento) da complementação anual, a
a) 6,66% (seis inteiros e sessenta e seis centési- serem realizados até o último dia útil de cada mês,
mos por cento), no 1º (primeiro) ano; assegurados os repasses de, no mínimo, 45% (qua-
b) 13,33% (treze inteiros e trinta e três centési- renta e cinco por cento) até 31 de julho e de 100%
mos por cento), no 2º (segundo) ano; e
(cem por cento) até 31 de dezembro de cada ano.
c) 20% (vinte por cento), a partir do 3º (terceiro)
§ 7º Até o 3º (terceiro) ano de vigência dos Fun-
ano, inclusive.
dos, a complementação da União não sofrerá
§ 2º As matrículas de que trata o art. 9º desta
ajuste quanto a seu montante em função da di-
Lei serão consideradas conforme a seguinte pro-
ferença entre a receita utilizada para o cálculo e a
gressão:
receita realizada do exercício de referência, obser-
I – para o ensino fundamental regular e espe-
vado o disposto no § 2º do art. 6º desta Lei quanto
cial público: a totalidade das matrículas imedia-
à distribuição entre os fundos instituídos no âm-
tamente a partir do 1º (primeiro) ano de vigência
do Fundo; bito de cada Estado.
II – para a educação infantil, o ensino médio e a Art. 32. O valor por aluno do ensino fundamen-
educação de jovens e adultos: tal, no Fundo de cada Estado e do Distrito Federal,
a) 1/3 (um terço) das matrículas no 1º (primeiro) não poderá ser inferior ao efetivamente praticado
ano de vigência do Fundo; em 2006, no âmbito do Fundo de Manutenção e
b) 2/3 (dois terços) das matrículas no 2º (se- Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
gundo) ano de vigência do Fundo; Valorização do Magistério (Fundef), estabelecido
c) a totalidade das matrículas a partir do 3º (ter- pela Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setem-
ceiro) ano de vigência do Fundo, inclusive. bro de 1996.
§ 3º A complementação da União será de, no § 1º Caso o valor por aluno do ensino funda-
mínimo: mental, no Fundo de cada Estado e do Distrito
I – R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais),
Federal, no âmbito do Fundeb, resulte inferior ao
no 1º (primeiro) ano de vigência dos Fundos;
valor por aluno do ensino fundamental, no Fundo
II – R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais),
de cada Estado e do Distrito Federal, no âmbito do
no 2º (segundo) ano de vigência dos Fundos; e
Fundef, adotar-se-á este último exclusivamente
III – R$ 4.500.000.000,00 (quatro bilhões e qui-
para a distribuição dos recursos do ensino fun-
nhentos milhões de reais), no 3º (terceiro) ano de
damental, mantendo-se as demais ponderações
vigência dos Fundos.
para as restantes etapas, modalidades e tipos de
§ 4º Os valores a que se referem os incisos I, II
estabelecimento de ensino da educação básica,
e III do § 3º deste artigo serão atualizados, anual-
mente, nos primeiros 3 (três) anos de vigência dos na forma do regulamento.
Fundos, de forma a preservar em caráter perma- § 2º O valor por aluno do ensino fundamental
nente o valor real da complementação da União. a que se refere o caput deste artigo terá como
§ 5º Os valores a que se referem os incisos I, II e III parâmetro aquele efetivamente praticado em
do § 3º deste artigo serão corrigidos, anualmente, 2006, que será corrigido, anualmente, com base
pela variação acumulada do Índice Nacional de no Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Preços ao Consumidor (INPC), apurado pela Fun- (INPC), apurado pela Fundação Instituto Brasi-
dação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística leiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou índice
(IBGE), ou índice equivalente que lhe venha a su- equivalente que lhe venha a suceder, no período
ceder, no período compreendido entre o mês da de 12 (doze) meses encerrados em junho do ano
promulgação da Emenda Constitucional nº 53, de imediatamente anterior.
47
Art. 33. O valor anual mínimo por aluno definido fixará as ponderações referentes à creche e pré-
nacionalmente para o ensino fundamental no âm- -escola em tempo integral.
bito do Fundeb não poderá ser inferior ao mínimo fi- § 2º Na fixação dos valores a partir do 2º (se-
xado nacionalmente em 2006 no âmbito do Fundef. gundo) ano de vigência do Fundeb, as pondera-
Art. 34. Os conselhos dos Fundos serão instituí- ções entre as matrículas da educação infantil se-
dos no prazo de 60 (sessenta) dias contados da guirão, no mínimo, as seguintes pontuações:
vigência dos Fundos, inclusive mediante adapta- I – creche pública em tempo integral – 1,10 (um
ções dos conselhos do Fundef existentes na data inteiro e dez centésimos);
de publicação desta Lei. II – creche pública em tempo parcial – 0,80 (oi-
tenta centésimos);
Art. 35. O Ministério da Educação deverá realizar,
III – creche conveniada em tempo integral –
em 5 (cinco) anos contados da vigência dos Fun-
0,95 (noventa e cinco centésimos);
dos, fórum nacional com o objetivo de avaliar o
IV – creche conveniada em tempo parcial –
financiamento da educação básica nacional, con-
0,80 (oitenta centésimos);
tando com representantes da União, dos Estados,
V – pré-escola em tempo integral – 1,15 (um
do Distrito Federal, dos Municípios, dos trabalha-
inteiro e quinze centésimos);
dores da educação e de pais e alunos.
VI – pré-escola em tempo parcial – 0,90 (noventa
Art. 36. No 1º (primeiro) ano de vigência do centésimos).
Fundeb, as ponderações seguirão as seguintes
Seção II
especificações:
Disposições Finais
I – creche – 0,80 (oitenta centésimos);
II – pré-escola – 0,90 (noventa centésimos); Art. 37. Os Municípios poderão integrar, nos ter-
III – anos iniciais do ensino fundamental ur- mos da legislação local específica e desta Lei, o
bano – 1,00 (um inteiro); Conselho do Fundo ao Conselho Municipal de
IV – anos iniciais do ensino fundamental no Educação, instituindo câmara específica para o
campo – 1,05 (um inteiro e cinco centésimos); acompanhamento e o controle social sobre a dis-
V – anos finais do ensino fundamental urbano – tribuição, a transferência e a aplicação dos recur-
1,10 (um inteiro e dez centésimos); sos do Fundo, observado o disposto no inciso IV
VI – anos finais do ensino fundamental no do § 1º e nos §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 24 desta Lei.
campo – 1,15 (um inteiro e quinze centésimos); § 1º A câmara específica de acompanhamento
VII – ensino fundamental em tempo integral – e controle social sobre a distribuição, a transfe-
1,25 (um inteiro e vinte e cinco centésimos); rência e a aplicação dos recursos do Fundeb terá
VIII – ensino médio urbano – 1,20 (um inteiro e competência deliberativa e terminativa.
vinte centésimos); § 2º Aplicar-se-ão para a constituição dos Con-
IX – ensino médio no campo – 1,25 (um inteiro selhos Municipais de Educação as regras previstas
e vinte e cinco centésimos); no § 5º do art. 24 desta Lei.
X – ensino médio em tempo integral – 1,30 (um
Art. 38. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
inteiro e trinta centésimos);
Municípios deverão assegurar no financiamento
XI – ensino médio integrado à educação profis-
da educação básica, previsto no art. 212 da Consti-
sional – 1,30 (um inteiro e trinta centésimos);
tuição Federal, a melhoria da qualidade do ensino,
XII – educação especial – 1,20 (um inteiro e vinte
de forma a garantir padrão mínimo de qualidade
centésimos);
definido nacionalmente.
XIII – educação indígena e quilombola – 1,20 (um
Parágrafo único. É assegurada a participação
inteiro e vinte centésimos);
popular e da comunidade educacional no pro-
XIV – educação de jovens e adultos com avalia-
cesso de definição do padrão nacional de quali-
ção no processo – 0,70 (setenta centésimos);
dade referido no caput deste artigo.
XV – educação de jovens e adultos integrada à
educação profissional de nível médio, com avalia- Art. 39. A União desenvolverá e apoiará políti-
ção no processo – 0,70 (setenta centésimos). cas de estímulo às iniciativas de melhoria de qua-
§ 1º A Comissão Intergovernamental de Finan- lidade do ensino, acesso e permanência na es-
ciamento para a Educação Básica de Qualidade cola, promovidas pelas unidades federadas, em
48
LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007
especial aquelas voltadas para a inclusão de crian- realizado no mês de abril de 2007, conforme a sis-
ças e adolescentes em situação de risco social. temática estabelecida nesta Lei.
Parágrafo único. A União, os Estados e o Distrito Parágrafo único. O ajuste referente à diferença
Federal desenvolverão, em regime de colabora- entre o total dos recursos da alínea a do inciso I
ção, programas de apoio ao esforço para conclu- e da alínea a do inciso II do § 1º do art. 31 desta
são da educação básica dos alunos regularmente Lei e os aportes referentes a janeiro e fevereiro
matriculados no sistema público de educação: de 2007, realizados na forma do disposto neste
I – que cumpram pena no sistema penitenciário, artigo, será pago no mês de abril de 2007.
ainda que na condição de presos provisórios; Art. 46. Ficam revogados, a partir de 1º de ja-
II – aos quais tenham sido aplicadas medidas so- neiro de 2007, os arts. 1º a 8º e 13 da Lei nº 9.424,
cioeducativas nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de de 24 de dezembro de 1996, e o art. 12 da
julho de 1990. Lei nº 10.880, de 9 de junho de 2004, e o § 3º do
Art. 40. Os Estados, o Distrito Federal e os Municí- art. 2º da Lei nº 10.845, de 5 de março de 2004.
pios deverão implantar Planos de Carreira e remu- Art. 47. Nos 2 (dois) primeiros anos de vigência
neração dos profissionais da educação básica, de do Fundeb, a União alocará, além dos destinados
modo a assegurar: à complementação ao Fundeb, recursos orçamen-
I – a remuneração condigna dos profissionais tários para a promoção de programa emergencial
na educação básica da rede pública; de apoio ao ensino médio e para reforço do pro-
II – integração entre o trabalho individual e a grama nacional de apoio ao transporte escolar.
proposta pedagógica da escola;
Art. 48. Os Fundos terão vigência até 31 de
III – a melhoria da qualidade do ensino e da
dezembro de 2020.
aprendizagem.
Parágrafo único. Os Planos de Carreira deverão Art. 49. Esta Lei entra em vigor na data da sua
contemplar capacitação profissional especial- publicação.
mente voltada à formação continuada com vistas Brasília, 20 de junho de 2007; 186º da
na melhoria da qualidade do ensino. Independência e 119º da República.
Art. 41. O poder público deverá fixar, em lei espe- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
cífica, até 31 de agosto de 2007, piso salarial pro- Tarso Genro
Guido Mantega
fissional nacional para os profissionais do magis-
Fernando Haddad
tério público da educação básica. José Antonio Dias Toffoli
Parágrafo único. (Vetado)
ANEXO
Art. 42. (Vetado)
Nota explicativa:
Art. 43. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2007,
fica mantida a sistemática de repartição de recur- O cálculo para a distribuição dos recursos do
sos prevista na Lei nº 9.424, de 24 de dezembro Fundeb é realizado em quatro etapas subsequentes:
de 1996, mediante a utilização dos coeficientes de 1) cálculo do valor anual por aluno do fundo, no
participação do Distrito Federal, de cada Estado âmbito de cada estado e do Distrito Federal, ob-
e dos Municípios, referentes ao exercício de 2006, tido pela razão entre o total de recursos de cada
sem o pagamento de complementação da União. fundo e o número de matrículas presenciais efe-
tivas nos âmbitos de atuação prioritária (§§ 2º e 3º
Art. 44. A partir de 1º de março de 2007, a distri-
do art. 211 da Constituição Federal), multiplicado
buição dos recursos dos Fundos é realizada na
pelos fatores de ponderações aplicáveis;
forma prevista nesta Lei.
2) dedução da parcela da complementação da
Parágrafo único. A complementação da União
União de que trata o art. 7º desta lei;
prevista no inciso I do § 3º do art. 31 desta Lei, re-
3) distribuição da complementação da União,
ferente ao ano de 2007, será integralmente distri-
conforme os seguintes procedimentos:
buída entre março e dezembro. 3.1) ordenação decrescente dos valores anuais
Art. 45. O ajuste da distribuição dos recursos por aluno obtidos nos fundos de cada estado e do
referentes ao primeiro trimestre de 2007 será Distrito Federal;
49
3.2) complementação do último fundo até que ≥ R$ 4.500.000.000,00 (quatro bilhões e quinhen-
seu valor anual por aluno se iguale ao valor anual tos milhões de reais), no terceiro ano de vigência;
por aluno do fundo imediatamente superior; ≥ 10% (dez por cento) do total de recursos do
3.3) uma vez equalizados os valores anuais por fundo, a partir do quarto ano de vigência.
aluno dos fundos, conforme operação 3.2, a com- Complementação da União e valor anual mínimo
plementação da União será distribuída a esses por aluno definido nacionalmente:
dois fundos até que seu valor anual por aluno se Sempre que (VAi < VAmin), a União complemen-
iguale ao valor anual por aluno do fundo imedia- tará os recursos do fundo do estado i até que
tamente superior; F*i
3.4) as operações 3.2 e 3.3 são repetidas tantas VA min =
NPi
vezes quantas forem necessárias até que a com-
plementação da União tenha sido integralmente em que:
distribuída, de forma que o valor anual mínimo VAmin : valor mínimo por aluno definido nacio-
por aluno resulte definido nacionalmente em fun- nalmente;
F *i : valor do fundo do estado i após a comple-
ção dessa complementação;
mentação da União.
4) verificação, em cada estado e no Distrito
Para estados que não recebem complementa-
Federal, da observância do disposto no § 1º do
ção da União (VAi ≥ VAmin), tem-se: F *i = Fi
art. 32 (ensino fundamental) e no art. 11 (educação
de jovens e adultos) desta lei, procedendo-se aos Distribuição de recursos entre o Distrito Federal, os
eventuais ajustes em cada fundo. estados e seus municípios:
Fórmulas de cálculo: A distribuição de recursos entre o Distrito Fe-
Valor anual por aluno: deral, os estados e seus municípios observa o dis-
posto no § 1º do art. 32 (ensino fundamental) e o
Fi disposto no art. 11 (educação de jovens e adultos)
VA i =
NPi desta lei, a fim de obter a distribuição aplicável a
demais etapas, modalidades e tipos de estabele-
15 cimento de ensino:
NPi = ∑ Ø j N ji
j =1 F *i = F *fi + F *ei + F *oi
em que:
em que: F *fi : parcela de recursos do fundo do estado i
VAi : valor por aluno no estado i; destinada ao ensino fundamental;
Fi : valor do fundo do estado i, antes da comple- F *ei : parcela de recursos do fundo do estado i
mentação da União; destinada à educação de jovens e adultos;
NPi : número de matrículas do estado i, ponde- F *oi : parcela de recursos do fundo do estado i
radas pelos fatores de diferenciação; destinada a demais etapas, modalidades e tipos
Øj : fator de diferenciação aplicável à etapa e/ou de estabelecimento de ensino.
às modalidades e/ou ao tipo de estabelecimento Apropriação de recursos do fundo do estado i pelo
de ensino j; Distrito Federal, pelos estados e seus municípios:
Nji : número de matrículas na etapa e/ou nas
NPi = NPfi + NPei + NPoi
modalidades e/ou no tipo de estabelecimento de
ensino j no estado i. em que:
NPfi : número de matrículas no ensino funda-
Complementação da União fixada a partir dos va- mental ponderadas pelos fatores de diferencia-
lores mínimos previstos no inciso VII do caput do ção aplicáveis;
art. 60 do ADCT (EC nº 53/2006): NPei : número de matrículas na educação de
Comp/União: ≥ R$ 2.000.000.000,00 (dois bi- jovens e adultos ponderadas pelos fatores de di-
lhões de reais), no primeiro ano de vigência; ferenciação aplicáveis;
≥ R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais), no NPoi : número de matrículas em demais eta-
segundo ano de vigência; pas, modalidades e tipos de estabelecimento de
50
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
ensino da educação básica, ponderadas pelos fa- LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
tores de diferenciação aplicáveis. (PNE)
(Publicada no DOU de 26/6/2014)
Apropriação de recursos do fundo do estado i pelo
Distrito Federal, pelos estados e seus municípios: Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE)
e dá outras providências.
NPfki + NPeki + NPoki A presidenta da República
F*ki = F* F* F*
NPfi fi NPei ei NPoi oi Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
n +1
i
Art. 1º É aprovado o Plano Nacional de Educação
F *i = ∑ F*ki (PNE), com vigência por 10 (dez) anos, a contar
k =1
da publicação desta Lei, na forma do Anexo, com
vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da
em que:
Constituição Federal.
k: rede de educação básica do Distrito Federal,
Art. 2º São diretrizes do PNE:
do estado i ou de um de seus municípios;
I – erradicação do analfabetismo;
ni : número de municípios do estado i;
II – universalização do atendimento escolar;
F*ki: valor transferido para a rede k de educação
III – superação das desigualdades educacionais,
básica do estado i;
com ênfase na promoção da cidadania e na er-
NPfki : número de matrículas no ensino funda-
radicação de todas as formas de discriminação;
mental da rede k do estado i, ponderadas pelos IV – melhoria da qualidade da educação;
fatores de diferenciação aplicáveis; V – formação para o trabalho e para a cidadania,
NPeki : número de matrículas na educação de jo- com ênfase nos valores morais e éticos em que se
vens e adultos da rede k do estado i, ponderadas fundamenta a sociedade;
pelos fatores de diferenciação aplicáveis; VI – promoção do princípio da gestão democrá-
NPoki : número de matrículas de demais etapas, tica da educação pública;
modalidades e tipos de estabelecimento de en- VII – promoção humanística, científica, cultural
sino da educação básica da rede k do estado i, pon- e tecnológica do País;
deradas pelos fatores de diferenciação aplicáveis. VIII – estabelecimento de meta de aplicação
Para o Distrito Federal e cada um dos estados: de recursos públicos em educação como propor-
ção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure
NPfi
F*fi = Max F*i ,F fi
atendimento às necessidades de expansão, com
padrão de qualidade e equidade;
NPi
IX – valorização dos(as) profissionais da educação;
X – promoção dos princípios do respeito aos di-
NPei reitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade
F *ei = Min
NP ei + NPoi
(F * – F* ),α F*
i fi i socioambiental.
Art. 3º As metas previstas no Anexo desta Lei
serão cumpridas no prazo de vigência deste PNE,
F*oi = F *i – F*fi – F*ei desde que não haja prazo inferior definido para
em que: metas e estratégias específicas.
Ffi : valor transferido tendo como base o valor
Art. 4º As metas previstas no Anexo desta Lei de-
por aluno do ensino fundamental efetivamente
verão ter como referência a Pesquisa Nacional por
praticado em 2006, no âmbito Fundef; Amostra de Domicílios (PNAD), o censo demográ-
α: limite proporcional de apropriação de recur- fico e os censos nacionais da educação básica e
sos pela educação de jovens e adultos; superior mais atualizados, disponíveis na data da
Max[A, B]: função máximo, que considera o publicação desta Lei.
maior valor entre A e B; Parágrafo único. O poder público buscará am-
Min[A, B]: função mínimo, que considera o pliar o escopo das pesquisas com fins estatísticos
menor valor entre A e B. de forma a incluir informação detalhada sobre o
51
perfil das populações de 4 (quatro) a 17 (dezes- pré-escolas e de educação especial na forma do
sete) anos com deficiência. art. 213 da Constituição Federal.
§ 5º Será destinada à manutenção e ao desen-
Art. 5º A execução do PNE e o cumprimento de
volvimento do ensino, em acréscimo aos recursos
suas metas serão objeto de monitoramento con-
vinculados nos termos do art. 212 da Constituição
tínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas
Federal, além de outros recursos previstos em lei,
seguintes instâncias:
a parcela da participação no resultado ou da com-
I – Ministério da Educação (MEC);
pensação financeira pela exploração de petróleo
II – Comissão de Educação da Câmara dos
e de gás natural, na forma de lei específica, com a
Deputados e Comissão de Educação, Cultura e
finalidade de assegurar o cumprimento da meta
Esporte do Senado Federal;
prevista no inciso VI do art. 214 da Constituição
III – Conselho Nacional de Educação (CNE);
Federal.
IV – Fórum Nacional de Educação.
§ 1º Compete, ainda, às instâncias referidas Art. 6º A União promoverá a realização de pelo
menos 2 (duas) conferências nacionais de educação
no caput:
até o final do decênio, precedidas de conferências
I – divulgar os resultados do monitoramento e
distrital, municipais e estaduais, articuladas e
das avaliações nos respectivos sítios institucio-
coordenadas pelo Fórum Nacional de Educação,
nais da internet;
instituído nesta Lei, no âmbito do Ministério da
II – analisar e propor políticas públicas para as-
Educação.
segurar a implementação das estratégias e o cum-
§ 1º O Fórum Nacional de Educação, além da
primento das metas;
atribuição referida no caput:
III – analisar e propor a revisão do percentual de
I – acompanhará a execução do PNE e o cumpri-
investimento público em educação.
mento de suas metas;
§ 2º A cada 2 (dois) anos, ao longo do período
II – promoverá a articulação das conferências
de vigência deste PNE, o Instituto Nacional de Es- nacionais de educação com as conferências regio-
tudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira nais, estaduais e municipais que as precederem.
(Inep) publicará estudos para aferir a evolução no § 2º As conferências nacionais de educação
cumprimento das metas estabelecidas no Anexo realizar-se-ão com intervalo de até 4 (quatro) anos
desta Lei, com informações organizadas por ente entre elas, com o objetivo de avaliar a execução
federado e consolidadas em âmbito nacional, deste PNE e subsidiar a elaboração do plano na-
tendo como referência os estudos e as pesquisas cional de educação para o decênio subsequente.
de que trata o art. 4º, sem prejuízo de outras fon-
Art. 7º A União, os Estados, o Distrito Federal e
tes e informações relevantes.
os Municípios atuarão em regime de colaboração,
§ 3º A meta progressiva do investimento público
visando ao alcance das metas e à implementação
em educação será avaliada no quarto ano de vi-
das estratégias objeto deste Plano.
gência do PNE e poderá ser ampliada por meio de
§ 1º Caberá aos gestores federais, estaduais,
lei para atender às necessidades financeiras do
municipais e do Distrito Federal a adoção das me-
cumprimento das demais metas. didas governamentais necessárias ao alcance das
§ 4º O investimento público em educação a que metas previstas neste PNE.
se referem o inciso VI do art. 214 da Constituição § 2º As estratégias definidas no Anexo desta Lei
Federal e a meta 20 do Anexo desta Lei engloba os não elidem a adoção de medidas adicionais em
recursos aplicados na forma do art. 212 da Cons- âmbito local ou de instrumentos jurídicos que for-
tituição Federal e do art. 60 do Ato das Disposi- malizem a cooperação entre os entes federados,
ções Constitucionais Transitórias, bem como os podendo ser complementadas por mecanismos
recursos aplicados nos programas de expansão nacionais e locais de coordenação e colaboração
da educação profissional e superior, inclusive recíproca.
na forma de incentivo e isenção fiscal, as bolsas § 3º Os sistemas de ensino dos Estados, do Dis-
de estudos concedidas no Brasil e no exterior, os trito Federal e dos Municípios criarão mecanismos
subsídios concedidos em programas de financia- para o acompanhamento local da consecução das
mento estudantil e o financiamento de creches, metas deste PNE e dos planos previstos no art. 8º.
52
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
§ 4º Haverá regime de colaboração específico atuação, no prazo de 2 (dois) anos contado da pu-
para a implementação de modalidades de edu- blicação desta Lei, adequando, quando for o caso, a
cação escolar que necessitem considerar terri- legislação local já adotada com essa finalidade.
tórios étnico-educacionais e a utilização de es-
Art. 10. O plano plurianual, as diretrizes orçamen-
tratégias que levem em conta as identidades e
tárias e os orçamentos anuais da União, dos Es-
especificidades socioculturais e linguísticas de
tados, do Distrito Federal e dos Municípios serão
cada comunidade envolvida, assegurada a con-
formulados de maneira a assegurar a consignação
sulta prévia e informada a essa comunidade.
de dotações orçamentárias compatíveis com as di-
§ 5º Será criada uma instância permanente de
retrizes, metas e estratégias deste PNE e com os
negociação e cooperação entre a União, os Es-
respectivos planos de educação, a fim de viabilizar
tados, o Distrito Federal e os Municípios.
sua plena execução.
§ 6º O fortalecimento do regime de colaboração
entre os Estados e respectivos Municípios incluirá Art. 11. O Sistema Nacional de Avaliação da Edu-
a instituição de instâncias permanentes de nego- cação Básica, coordenado pela União, em cola-
ciação, cooperação e pactuação em cada Estado. boração com os Estados, o Distrito Federal e os
§ 7º O fortalecimento do regime de colabora- Municípios, constituirá fonte de informação para
ção entre os Municípios dar-se-á, inclusive, me- a avaliação da qualidade da educação básica e
diante a adoção de arranjos de desenvolvimento para a orientação das políticas públicas desse
da educação. nível de ensino.
Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municí- § 1º O sistema de avaliação a que se refere o
pios deverão elaborar seus correspondentes pla- caput produzirá, no máximo a cada 2 (dois) anos:
nos de educação, ou adequar os planos já apro- I – indicadores de rendimento escolar, referen-
vados em lei, em consonância com as diretrizes, tes ao desempenho dos(as) estudantes apurado
metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo em exames nacionais de avaliação, com participa-
de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei. ção de pelo menos 80% (oitenta por cento) dos(as)
§ 1º Os entes federados estabelecerão nos res- alunos(as) de cada ano escolar periodicamente
pectivos planos de educação estratégias que: avaliado em cada escola, e aos dados pertinentes
I – assegurem a articulação das políticas edu- apurados pelo censo escolar da educação básica;
cacionais com as demais políticas sociais, parti- II – indicadores de avaliação institucional, re-
cularmente as culturais; lativos a características como o perfil do alunado
II – considerem as necessidades específicas das e do corpo dos(as) profissionais da educação, as
populações do campo e das comunidades indíge- relações entre dimensão do corpo docente, do
nas e quilombolas, asseguradas a equidade edu- corpo técnico e do corpo discente, a infraestrutura
cacional e a diversidade cultural; das escolas, os recursos pedagógicos disponíveis
III – garantam o atendimento das necessidades e os processos da gestão, entre outras relevantes.
específicas na educação especial, assegurado o § 2º A elaboração e a divulgação de índices para
sistema educacional inclusivo em todos os níveis, avaliação da qualidade, como o Índice de Desen-
etapas e modalidades; volvimento da Educação Básica (Ideb), que agre-
IV – promovam a articulação interfederativa na guem os indicadores mencionados no inciso I do
implementação das políticas educacionais. § 1º não elidem a obrigatoriedade de divulgação,
§ 2º Os processos de elaboração e adequação em separado, de cada um deles.
dos planos de educação dos Estados, do Distrito § 3º Os indicadores mencionados no § 1º serão
Federal e dos Municípios, de que trata o caput estimados por etapa, estabelecimento de ensino,
deste artigo, serão realizados com ampla partici- rede escolar, unidade da Federação e em nível
pação de representantes da comunidade educa- agregado nacional, sendo amplamente divulga-
cional e da sociedade civil. dos, ressalvada a publicação de resultados indivi-
Art. 9º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios duais e indicadores por turma, que fica admitida
deverão aprovar leis específicas para os seus siste- exclusivamente para a comunidade do respectivo
mas de ensino, disciplinando a gestão democrática estabelecimento e para o órgão gestor da respec-
da educação pública nos respectivos âmbitos de tiva rede.
53
§ 4º Cabem ao Inep a elaboração e o cálculo do nacional de qualidade, considerando as peculia-
Ideb e dos indicadores referidos no § 1º. ridades locais;
§ 5º A avaliação de desempenho dos(as) estu- 1.2) garantir que, ao final da vigência deste PNE,
dantes em exames, referida no inciso I do § 1º, seja inferior a 10% (dez por cento) a diferença entre
poderá ser diretamente realizada pela União ou, as taxas de frequência à educação infantil das
mediante acordo de cooperação, pelos Estados e crianças de até 3 (três) anos oriundas do quinto
pelo Distrito Federal, nos respectivos sistemas de de renda familiar per capita mais elevado e as do
ensino e de seus Municípios, caso mantenham sis- quinto de renda familiar per capita mais baixo;
temas próprios de avaliação do rendimento esco- 1.3) realizar, periodicamente, em regime de co-
lar, assegurada a compatibilidade metodológica laboração, levantamento da demanda por creche
entre esses sistemas e o nacional, especialmente para a população de até 3 (três) anos, como forma
no que se refere às escalas de proficiência e ao de planejar a oferta e verificar o atendimento da
calendário de aplicação. demanda manifesta;
1.4) estabelecer, no primeiro ano de vigência
Art. 12. Até o final do primeiro semestre do nono
do PNE, normas, procedimentos e prazos para
ano de vigência deste PNE, o Poder Executivo enca-
definição de mecanismos de consulta pública da
minhará ao Congresso Nacional, sem prejuízo das
demanda das famílias por creches;
prerrogativas deste Poder, o projeto de lei referente
1.5) manter e ampliar, em regime de colabo-
ao Plano Nacional de Educação a vigorar no pe-
ração e respeitadas as normas de acessibilidade,
ríodo subsequente, que incluirá diagnóstico, dire-
programa nacional de construção e reestrutura-
trizes, metas e estratégias para o próximo decênio. ção de escolas, bem como de aquisição de equipa-
Art. 13. O poder público deverá instituir, em lei mentos, visando à expansão e à melhoria da rede
específica, contados 2 (dois) anos da publicação física de escolas públicas de educação infantil;
desta Lei, o Sistema Nacional de Educação, res- 1.6) implantar, até o segundo ano de vigência
ponsável pela articulação entre os sistemas de deste PNE, avaliação da educação infantil, a ser
ensino, em regime de colaboração, para efetiva- realizada a cada 2 (dois) anos, com base em pa-
ção das diretrizes, metas e estratégias do Plano râmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir
Nacional de Educação. a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as
condições de gestão, os recursos pedagógicos, a
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua
situação de acessibilidade, entre outros indicado-
publicação.
res relevantes;
Brasília, 25 de junho de 2014; 193º da 1.7) articular a oferta de matrículas gratuitas em
Independência e 126º da República.
creches certificadas como entidades beneficentes
DILMA ROUSSEFF de assistência social na área de educação com a
Guido Mantega expansão da oferta na rede escolar pública;
José Henrique Paim Fernandes 1.8) promover a formação inicial e continuada
Miriam Belchior
dos(as) profissionais da educação infantil, garan-
ANEXO tindo, progressivamente, o atendimento por pro-
fissionais com formação superior;
Metas e Estratégias
1.9) estimular a articulação entre pós-graduação,
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação in- núcleos de pesquisa e cursos de formação para
fantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) profissionais da educação, de modo a garantir a
a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de edu- elaboração de currículos e propostas pedagógicas
cação infantil em creches de forma a atender, no que incorporem os avanços de pesquisas ligadas
mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de ao processo de ensino-aprendizagem e às teorias
até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. educacionais no atendimento da população de
Estratégias: 0 (zero) a 5 (cinco) anos;
1.1) definir, em regime de colaboração entre a 1.10) fomentar o atendimento das populações
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- do campo e das comunidades indígenas e qui-
pios, metas de expansão das respectivas redes lombolas na educação infantil nas respectivas
públicas de educação infantil segundo padrão comunidades, por meio do redimensionamento
54
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
da distribuição territorial da oferta, limitando a (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam
nucleação de escolas e o deslocamento de crian- essa etapa na idade recomendada, até o último
ças, de forma a atender às especificidades des- ano de vigência deste PNE.
sas comunidades, garantido consulta prévia e Estratégias:
informada; 2.1) o Ministério da Educação, em articulação e
1.11) priorizar o acesso à educação infantil e fo- colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
mentar a oferta do atendimento educacional es- Municípios, deverá, até o final do 2º (segundo) ano
pecializado complementar e suplementar aos(às) de vigência deste PNE, elaborar e encaminhar ao
alunos(as) com deficiência, transtornos globais do Conselho Nacional de Educação, precedida de con-
desenvolvimento e altas habilidades ou super- sulta pública nacional, proposta de direitos e obje-
dotação, assegurando a educação bilíngue para tivos de aprendizagem e desenvolvimento para
crianças surdas e a transversalidade da educação os(as) alunos(as) do ensino fundamental;
especial nessa etapa da educação básica; 2.2) pactuar entre União, Estados, Distrito Fe-
1.12) implementar, em caráter complementar, deral e Municípios, no âmbito da instância per-
programas de orientação e apoio às famílias, por manente de que trata o § 5º do art. 7º desta Lei, a
meio da articulação das áreas de educação, saúde implantação dos direitos e objetivos de aprendiza-
e assistência social, com foco no desenvolvimento gem e desenvolvimento que configurarão a base
integral das crianças de até 3 (três) anos de idade; nacional comum curricular do ensino fundamental;
1.13) preservar as especificidades da educação 2.3) criar mecanismos para o acompanhamento
infantil na organização das redes escolares, ga- individualizado dos(as) alunos(as) do ensino fun-
rantindo o atendimento da criança de 0 (zero) a damental;
5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam 2.4) fortalecer o acompanhamento e o monito-
a parâmetros nacionais de qualidade, e a articula- ramento do acesso, da permanência e do aprovei-
ção com a etapa escolar seguinte, visando ao in- tamento escolar dos beneficiários de programas
gresso do(a) aluno(a) de 6 (seis) anos de idade no de transferência de renda, bem como das situa-
ensino fundamental; ções de discriminação, preconceitos e violências
1.14) fortalecer o acompanhamento e o monito- na escola, visando ao estabelecimento de condi-
ramento do acesso e da permanência das crianças ções adequadas para o sucesso escolar dos(as)
na educação infantil, em especial dos beneficiários alunos(as), em colaboração com as famílias e
de programas de transferência de renda, em cola- com órgãos públicos de assistência social, saúde
boração com as famílias e com os órgãos públicos e proteção à infância, adolescência e juventude;
de assistência social, saúde e proteção à infância; 2.5) promover a busca ativa de crianças e ado-
1.15) promover a busca ativa de crianças em lescentes fora da escola, em parceria com órgãos
idade correspondente à educação infantil, em par- públicos de assistência social, saúde e proteção à
ceria com órgãos públicos de assistência social, infância, adolescência e juventude;
saúde e proteção à infância, preservando o direito 2.6) desenvolver tecnologias pedagógicas que
de opção da família em relação às crianças de até combinem, de maneira articulada, a organiza-
3 (três) anos; ção do tempo e das atividades didáticas entre a
1.16) o Distrito Federal e os Municípios, com a escola e o ambiente comunitário, considerando
colaboração da União e dos Estados, realizarão as especificidades da educação especial, das es-
e publicarão, a cada ano, levantamento da de- colas do campo e das comunidades indígenas e
manda manifesta por educação infantil em cre- quilombolas;
ches e pré-escolas, como forma de planejar e 2.7) disciplinar, no âmbito dos sistemas de en-
verificar o atendimento; sino, a organização flexível do trabalho pedagó-
1.17) estimular o acesso à educação infantil em gico, incluindo adequação do calendário escolar
tempo integral, para todas as crianças de 0 (zero) de acordo com a realidade local, a identidade cul-
a 5 (cinco) anos, conforme estabelecido nas Diretri- tural e as condições climáticas da região;
zes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 2.8) promover a relação das escolas com insti-
Meta 2: universalizar o ensino fundamental de tuições e movimentos culturais, a fim de garan-
9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a tir a oferta regular de atividades culturais para
14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% a livre fruição dos(as) alunos (as) dentro e fora
55
dos espaços escolares, assegurando ainda que alunos(as) de ensino médio, a serem atingidos
as escolas se tornem polos de criação e difusão nos tempos e etapas de organização deste nível
cultural; de ensino, com vistas a garantir formação básica
2.9) incentivar a participação dos pais ou res- comum;
ponsáveis no acompanhamento das atividades 3.3) pactuar entre União, Estados, Distrito Fe-
escolares dos filhos por meio do estreitamento deral e Municípios, no âmbito da instância per-
das relações entre as escolas e as famílias; manente de que trata o § 5º do art. 7º desta Lei,
2.10) estimular a oferta do ensino fundamental, a implantação dos direitos e objetivos de apren-
em especial dos anos iniciais, para as populações dizagem e desenvolvimento que configurarão a
do campo, indígenas e quilombolas, nas próprias base nacional comum curricular do ensino médio;
comunidades; 3.4) garantir a fruição de bens e espaços cultu-
2.11) desenvolver formas alternativas de oferta rais, de forma regular, bem como a ampliação da
do ensino fundamental, garantida a qualidade, prática desportiva, integrada ao currículo escolar;
para atender aos filhos e filhas de profissionais 3.5) manter e ampliar programas e ações de cor-
que se dedicam a atividades de caráter itinerante; reção de fluxo do ensino fundamental, por meio do
2.12) oferecer atividades extracurriculares de acompanhamento individualizado do(a) aluno(a)
incentivo aos(às) estudantes e de estímulo a habi- com rendimento escolar defasado e pela adoção
lidades, inclusive mediante certames e concursos de práticas como aulas de reforço no turno com-
nacionais;
plementar, estudos de recuperação e progressão
2.13) promover atividades de desenvolvimento
parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar
e estímulo a habilidades esportivas nas escolas,
de maneira compatível com sua idade;
interligadas a um plano de disseminação do des-
3.6) universalizar o Exame Nacional do Ensino
porto educacional e de desenvolvimento esportivo
Médio (Enem), fundamentado em matriz de refe-
nacional.
rência do conteúdo curricular do ensino médio e
Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento
em técnicas estatísticas e psicométricas que permi-
escolar para toda a população de 15 (quinze) a
tam comparabilidade de resultados, articulando-o
17 (dezessete) anos e elevar, até o final do pe-
com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação
ríodo de vigência deste PNE, a taxa líquida de ma-
Básica (Saeb), e promover sua utilização como ins-
trículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco
trumento de avaliação sistêmica, para subsidiar
por cento).
políticas públicas para a educação básica, de ava-
Estratégias:
liação certificadora, possibilitando aferição de co-
3.1) institucionalizar programa nacional de
nhecimentos e habilidades adquiridos dentro e
renovação do ensino médio, a fim de incentivar
práticas pedagógicas com abordagens interdis- fora da escola, e de avaliação classificatória, como
ciplinares estruturadas pela relação entre teoria critério de acesso à educação superior;
e prática, por meio de currículos escolares que 3.7) fomentar a expansão das matrículas gra-
organizem, de maneira flexível e diversificada, tuitas de ensino médio integrado à educação pro-
conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em fissional, observando-se as peculiaridades das
dimensões como ciência, trabalho, linguagens, populações do campo, das comunidades indíge-
tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a nas e quilombolas e das pessoas com deficiência;
aquisição de equipamentos e laboratórios, a pro- 3.8) estruturar e fortalecer o acompanhamento
dução de material didático específico, a formação e o monitoramento do acesso e da permanência
continuada de professores e a articulação com dos e das jovens beneficiários(as) de programas de
instituições acadêmicas, esportivas e culturais; transferência de renda, no ensino médio, quanto
3.2) o Ministério da Educação, em articulação à frequência, ao aproveitamento escolar e à inte-
e colaboração com os entes federados e ouvida ração com o coletivo, bem como das situações de
a sociedade mediante consulta pública nacional, discriminação, preconceitos e violências, práticas
elaborará e encaminhará ao Conselho Nacional irregulares de exploração do trabalho, consumo de
de Educação (CNE), até o 2º (segundo) ano de vi- drogas, gravidez precoce, em colaboração com as
gência deste PNE, proposta de direitos e objetivos famílias e com órgãos públicos de assistência so-
de aprendizagem e desenvolvimento para os(as) cial, saúde e proteção à adolescência e juventude;
56
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
3.9) promover a busca ativa da população de poder público e com atuação exclusiva na modali-
15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em dade, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho
articulação com os serviços de assistência social, de 2007;
saúde e proteção à adolescência e à juventude; 4.2) promover, no prazo de vigência deste PNE, a
3.10) fomentar programas de educação e de cul- universalização do atendimento escolar à demanda
tura para a população urbana e do campo de jo- manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a
vens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) 3 (três) anos com deficiência, transtornos globais
anos, e de adultos, com qualificação social e pro- do desenvolvimento e altas habilidades ou super-
fissional para aqueles que estejam fora da escola dotação, observado o que dispõe a Lei nº 9.394, de
20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretri-
e com defasagem no fluxo escolar;
zes e bases da educação nacional;
3.11) redimensionar a oferta de ensino médio
4.3) implantar, ao longo deste PNE, salas de
nos turnos diurno e noturno, bem como a distri-
recursos multifuncionais e fomentar a formação
buição territorial das escolas de ensino médio, de
continuada de professores e professoras para o
forma a atender a toda a demanda, de acordo com
atendimento educacional especializado nas esco-
as necessidades específicas dos(as) alunos(as);
las urbanas, do campo, indígenas e de comunida-
3.12) desenvolver formas alternativas de oferta
des quilombolas;
do ensino médio, garantida a qualidade, para 4.4) garantir atendimento educacional especia-
atender aos filhos e filhas de profissionais que se lizado em salas de recursos multifuncionais, clas-
dedicam a atividades de caráter itinerante; ses, escolas ou serviços especializados, públicos
3.13) implementar políticas de prevenção à eva- ou conveniados, nas formas complementar e su-
são motivada por preconceito ou quaisquer for- plementar, a todos(as) alunos(as) com deficiên-
mas de discriminação, criando rede de proteção cia, transtornos globais do desenvolvimento e
contra formas associadas de exclusão; altas habilidades ou superdotação, matriculados
3.14) estimular a participação dos adolescen- na rede pública de educação básica, conforme
tes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas. necessidade identificada por meio de avaliação,
Meta 4: universalizar, para a população de ouvidos a família e o aluno;
4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, 4.5) estimular a criação de centros multidisciplina-
transtornos globais do desenvolvimento e altas res de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com
habilidades ou superdotação, o acesso à educação instituições acadêmicas e integrados por profissio-
básica e ao atendimento educacional especiali- nais das áreas de saúde, assistência social, pedago-
zado, preferencialmente na rede regular de ensino, gia e psicologia, para apoiar o trabalho dos(as) pro-
com a garantia de sistema educacional inclusivo, fessores da educação básica com os(as) alunos(as)
com deficiência, transtornos globais do desenvolvi-
de salas de recursos multifuncionais, classes, es-
mento e altas habilidades ou superdotação;
colas ou serviços especializados, públicos ou con-
4.6) manter e ampliar programas suplemen-
veniados.
tares que promovam a acessibilidade nas insti-
Estratégias:
tuições públicas, para garantir o acesso e a per-
4.1) contabilizar, para fins do repasse do Fundo
manência dos(as) alunos(as) com deficiência
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
por meio da adequação arquitetônica, da oferta
Básica e de Valorização dos Profissionais da Edu-
de transporte acessível e da disponibilização de
cação (Fundeb), as matrículas dos(as) estudantes material didático próprio e de recursos de tecno-
da educação regular da rede pública que recebam logia assistiva, assegurando, ainda, no contexto
atendimento educacional especializado comple- escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades
mentar e suplementar, sem prejuízo do cômputo de ensino, a identificação dos(as) alunos(as) com
dessas matrículas na educação básica regular, e altas habilidades ou superdotação;
as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar 4.7) garantir a oferta de educação bilíngue, em
mais atualizado, na educação especial oferecida Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira
em instituições comunitárias, confessionais ou fi- língua e na modalidade escrita da Língua Portu-
lantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o guesa como segunda língua, aos(às) alunos(as)
57
surdos e com deficiência auditiva de 0 (zero) a de escolarização obrigatória, de forma a assegurar
17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues a atenção integral ao longo da vida;
e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do 4.13) apoiar a ampliação das equipes de profis-
Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e sionais da educação para atender à demanda do
dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos processo de escolarização dos(das) estudantes
das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção com deficiência, transtornos globais do desen-
do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos- volvimento e altas habilidades ou superdotação,
-cegos; garantindo a oferta de professores(as) do atendi-
4.8) garantir a oferta de educação inclusiva, mento educacional especializado, profissionais
vedada a exclusão do ensino regular sob alega- de apoio ou auxiliares, tradutores(as) e intérpre-
ção de deficiência e promovida a articulação pe- tes de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos,
dagógica entre o ensino regular e o atendimento professores de Libras, prioritariamente surdos,
educacional especializado; e professores bilíngues;
4.9) fortalecer o acompanhamento e o moni- 4.14) definir, no segundo ano de vigência deste
toramento do acesso à escola e ao atendimento PNE, indicadores de qualidade e política de ava-
educacional especializado, bem como da perma- liação e supervisão para o funcionamento de ins-
nência e do desenvolvimento escolar dos(as) alu- tituições públicas e privadas que prestam aten-
nos(as) com deficiência, transtornos globais do dimento a alunos com deficiência, transtornos
desenvolvimento e altas habilidades ou superdo- globais do desenvolvimento e altas habilidades
tação beneficiários(as) de programas de transfe- ou superdotação;
rência de renda, juntamente com o combate às 4.15) promover, por iniciativa do Ministério da
situações de discriminação, preconceito e violên- Educação, nos órgãos de pesquisa, demografia e
cia, com vistas ao estabelecimento de condições estatística competentes, a obtenção de informa-
adequadas para o sucesso educacional, em cola- ção detalhada sobre o perfil das pessoas com de-
boração com as famílias e com os órgãos públicos ficiência, transtornos globais do desenvolvimento
de assistência social, saúde e proteção à infância, e altas habilidades ou superdotação de 0 (zero) a
à adolescência e à juventude; 17 (dezessete) anos;
4.10) fomentar pesquisas voltadas para o desen- 4.16) incentivar a inclusão nos cursos de licen-
volvimento de metodologias, materiais didáticos, ciatura e nos demais cursos de formação para
equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, profissionais da educação, inclusive em nível de
com vistas à promoção do ensino e da aprendiza- pós-graduação, observado o disposto no caput
gem, bem como das condições de acessibilidade do art. 207 da Constituição Federal, dos referen-
dos(as) estudantes com deficiência, transtornos ciais teóricos, das teorias de aprendizagem e dos
globais do desenvolvimento e altas habilidades processos de ensino-aprendizagem relacionados
ou superdotação; ao atendimento educacional de alunos com defi-
4.11) promover o desenvolvimento de pesquisas ciência, transtornos globais do desenvolvimento
interdisciplinares para subsidiar a formulação de e altas habilidades ou superdotação;
políticas públicas intersetoriais que atendam as 4.17) promover parcerias com instituições co-
especificidades educacionais de estudantes com munitárias, confessionais ou filantrópicas sem
deficiência, transtornos globais do desenvolvi- fins lucrativos, conveniadas com o poder público,
mento e altas habilidades ou superdotação que re- visando a ampliar as condições de apoio ao aten-
queiram medidas de atendimento especializado; dimento escolar integral das pessoas com defi-
4.12) promover a articulação intersetorial entre ciência, transtornos globais do desenvolvimento
órgãos e políticas públicas de saúde, assistência e altas habilidades ou superdotação matriculadas
social e direitos humanos, em parceria com as fa- nas redes públicas de ensino;
mílias, com o fim de desenvolver modelos de aten- 4.18) promover parcerias com instituições co-
dimento voltados à continuidade do atendimento munitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins
escolar, na educação de jovens e adultos, das lucrativos, conveniadas com o poder público, vi-
pessoas com deficiência e transtornos globais do sando a ampliar a oferta de formação continuada
desenvolvimento com idade superior à faixa etária e a produção de material didático acessível, assim
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LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
do Ensino Médio, assegurada a sua universaliza- 7.13) garantir transporte gratuito para todos(as)
ção, ao sistema de avaliação da educação básica, os(as) estudantes da educação do campo na faixa
bem como apoiar o uso dos resultados das ava- etária da educação escolar obrigatória, mediante
liações nacionais pelas escolas e redes de ensino renovação e padronização integral da frota de
para a melhoria de seus processos e práticas pe- veículos, de acordo com especificações definidas
dagógicas; pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade
7.8) desenvolver indicadores específicos de ava- e Tecnologia (Inmetro), e financiamento compar-
liação da qualidade da educação especial, bem tilhado, com participação da União proporcional
como da qualidade da educação bilíngue para às necessidades dos entes federados, visando a
surdos; reduzir a evasão escolar e o tempo médio de des-
7.9) orientar as políticas das redes e sistemas de locamento a partir de cada situação local;
ensino, de forma a buscar atingir as metas do Ideb, 7.14) desenvolver pesquisas de modelos alter-
diminuindo a diferença entre as escolas com os nativos de atendimento escolar para a população
menores índices e a média nacional, garantindo do campo que considerem as especificidades lo-
cais e as boas práticas nacionais e internacionais;
equidade da aprendizagem e reduzindo pela me-
7.15) universalizar, até o quinto ano de vigência
tade, até o último ano de vigência deste PNE, as di-
deste PNE, o acesso à rede mundial de computado-
ferenças entre as médias dos índices dos Estados,
res em banda larga de alta velocidade e triplicar,
inclusive do Distrito Federal, e dos Municípios;
até o final da década, a relação computador/alu-
7.10) fixar, acompanhar e divulgar bienalmente
no(a) nas escolas da rede pública de educação bá-
os resultados pedagógicos dos indicadores do sis-
sica, promovendo a utilização pedagógica das tec-
tema nacional de avaliação da educação básica
nologias da informação e da comunicação;
e do Ideb, relativos às escolas, às redes públicas
7.16) apoiar técnica e financeiramente a gestão
de educação básica e aos sistemas de ensino da
escolar mediante transferência direta de recursos
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
financeiros à escola, garantindo a participação da
nicípios, assegurando a contextualização desses comunidade escolar no planejamento e na aplica-
resultados, com relação a indicadores sociais ção dos recursos, visando à ampliação da trans-
relevantes, como os de nível socioeconômico das parência e ao efetivo desenvolvimento da gestão
famílias dos(as) alunos(as), e a transparência e o democrática;
acesso público às informações técnicas de con- 7.17) ampliar programas e aprofundar ações de
cepção e operação do sistema de avaliação; atendimento ao(à) aluno(a), em todas as etapas
7.11) melhorar o desempenho dos alunos da da educação básica, por meio de programas su-
educação básica nas avaliações da aprendizagem plementares de material didático-escolar, trans-
no Programa Internacional de Avaliação de Estu- porte, alimentação e assistência à saúde;
dantes (Pisa), tomado como instrumento externo 7.18) assegurar a todas as escolas públicas de
de referência, internacionalmente reconhecido, de educação básica o acesso a energia elétrica, abas-
acordo com as seguintes projeções: tecimento de água tratada, esgotamento sanitário
Pisa 2015 2018 2021 e manejo dos resíduos sólidos, garantir o acesso dos
Média dos resultados em mate- alunos a espaços para a prática esportiva, a bens
438 455 473
mática, leitura e ciências culturais e artísticos e a equipamentos e laborató-
rios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir
7.12) incentivar o desenvolvimento, selecionar, a acessibilidade às pessoas com deficiência;
certificar e divulgar tecnologias educacionais para 7.19) institucionalizar e manter, em regime de
a educação infantil, o ensino fundamental e o en- colaboração, programa nacional de reestrutura-
sino médio e incentivar práticas pedagógicas inova- ção e aquisição de equipamentos para escolas pú-
doras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e blicas, visando à equalização regional das oportu-
a aprendizagem, assegurada a diversidade de mé- nidades educacionais;
todos e propostas pedagógicas, com preferência 7.20) prover equipamentos e recursos tecnoló-
para softwares livres e recursos educacionais aber- gicos digitais para a utilização pedagógica no am-
tos, bem como o acompanhamento dos resultados biente escolar a todas as escolas públicas da edu-
nos sistemas de ensino em que forem aplicadas; cação básica, criando, inclusive, mecanismos para
61
implementação das condições necessárias para a instituições, consideradas as práticas sociocultu-
universalização das bibliotecas nas instituições rais e as formas particulares de organização do
educacionais, com acesso a redes digitais de com- tempo; a oferta bilíngue na educação infantil e nos
putadores, inclusive a internet; anos iniciais do ensino fundamental, em língua ma-
7.21) a União, em regime de colaboração com terna das comunidades indígenas e em língua por-
os entes federados subnacionais, estabelecerá, tuguesa; a reestruturação e a aquisição de equi-
no prazo de 2 (dois) anos contados da publicação pamentos; a oferta de programa para a formação
desta Lei, parâmetros mínimos de qualidade dos inicial e continuada de profissionais da educação;
serviços da educação básica, a serem utilizados e o atendimento em educação especial;
como referência para infraestrutura das escolas, 7.27) desenvolver currículos e propostas peda-
recursos pedagógicos, entre outros insumos re- gógicas específicas para educação escolar para as
levantes, bem como instrumento para adoção de escolas do campo e para as comunidades indíge-
medidas para a melhoria da qualidade do ensino; nas e quilombolas, incluindo os conteúdos cultu-
7.22) informatizar integralmente a gestão das rais correspondentes às respectivas comunidades
escolas públicas e das secretarias de educação e considerando o fortalecimento das práticas so-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cioculturais e da língua materna de cada comuni-
bem como manter programa nacional de forma- dade indígena, produzindo e disponibilizando ma-
ção inicial e continuada para o pessoal técnico das teriais didáticos específicos, inclusive para os(as)
secretarias de educação;
alunos(as) com deficiência;
7.23) garantir políticas de combate à violência
7.28) mobilizar as famílias e setores da socie-
na escola, inclusive pelo desenvolvimento de
dade civil, articulando a educação formal com ex-
ações destinadas à capacitação de educadores
periências de educação popular e cidadã, com os
para detecção dos sinais de suas causas, como a
propósitos de que a educação seja assumida como
violência doméstica e sexual, favorecendo a ado-
responsabilidade de todos e de ampliar o controle
ção das providências adequadas para promover
social sobre o cumprimento das políticas públicas
a construção da cultura de paz e um ambiente
educacionais;
escolar dotado de segurança para a comunidade;
7.29) promover a articulação dos programas da
7.24) implementar políticas de inclusão e per-
área da educação, de âmbito local e nacional, com
manência na escola para adolescentes e jovens
os de outras áreas, como saúde, trabalho e em-
que se encontram em regime de liberdade assis-
prego, assistência social, esporte e cultura, pos-
tida e em situação de rua, assegurando os princí-
sibilitando a criação de rede de apoio integral às
pios da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Esta-
famílias, como condição para a melhoria da qua-
tuto da Criança e do Adolescente);
7.25) garantir nos currículos escolares conteú- lidade educacional;
dos sobre a história e as culturas afro-brasileira 7.30) universalizar, mediante articulação entre os
e indígenas e implementar ações educacionais, órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da edu-
nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de janeiro cação, o atendimento aos(às) estudantes da rede
de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008, asse- escolar pública de educação básica por meio de
gurando-se a implementação das respectivas di- ações de prevenção, promoção e atenção à saúde;
retrizes curriculares nacionais, por meio de ações 7.31) estabelecer ações efetivas especificamente
colaborativas com fóruns de educação para a di- voltadas para a promoção, prevenção, atenção e
versidade étnico-racial, conselhos escolares, equi- atendimento à saúde e à integridade física, mental
pes pedagógicas e a sociedade civil; e emocional dos(das) profissionais da educação,
7.26) consolidar a educação escolar no campo de como condição para a melhoria da qualidade
populações tradicionais, de populações itinerantes educacional;
e de comunidades indígenas e quilombolas, respei- 7.32) fortalecer, com a colaboração técnica e fi-
tando a articulação entre os ambientes escolares nanceira da União, em articulação com o sistema
e comunitários e garantindo: o desenvolvimento nacional de avaliação, os sistemas estaduais de
sustentável e preservação da identidade cultural; avaliação da educação básica, com participa-
a participação da comunidade na definição do mo- ção, por adesão, das redes municipais de ensino,
delo de organização pedagógica e de gestão das para orientar as políticas públicas e as práticas
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LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
pedagógicas, com o fornecimento das informa- vinculadas ao sistema sindical, de forma concomi-
ções às escolas e à sociedade; tante ao ensino ofertado na rede escolar pública,
7.33) promover, com especial ênfase, em conso- para os segmentos populacionais considerados;
nância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro 8.5) promover, em parceria com as áreas de
e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a saúde e assistência social, o acompanhamento e o
capacitação de professores e professoras, biblio- monitoramento do acesso à escola específicos para
tecários e bibliotecárias e agentes da comunidade os segmentos populacionais considerados, identi-
para atuar como mediadores e mediadoras da lei- ficar motivos de absenteísmo e colaborar com os
tura, de acordo com a especificidade das diferentes Estados, o Distrito Federal e os Municípios para a
etapas do desenvolvimento e da aprendizagem; garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de
7.34) instituir, em articulação com os Estados, maneira a estimular a ampliação do atendimento
os Municípios e o Distrito Federal, programa na- desses(as) estudantes na rede pública regular de
cional de formação de professores e professoras ensino;
e de alunos e alunas para promover e consolidar 8.6) promover busca ativa de jovens fora da es-
política de preservação da memória nacional; cola pertencentes aos segmentos populacionais
7.35) promover a regulação da oferta da edu- considerados, em parceria com as áreas de assis-
cação básica pela iniciativa privada, de forma a tência social, saúde e proteção à juventude.
garantir a qualidade e o cumprimento da função Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da popu-
social da educação; lação com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5%
7.36) estabelecer políticas de estímulo às esco- (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento)
las que melhorarem o desempenho no Ideb, de até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erra-
modo a valorizar o mérito do corpo docente, da dicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50%
direção e da comunidade escolar. (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo
Meta 8: elevar a escolaridade média da popu- funcional.
lação de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de Estratégias:
modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de es- 9.1) assegurar a oferta gratuita da educação
tudo no último ano de vigência deste Plano, para de jovens e adultos a todos os que não tiveram
as populações do campo, da região de menor esco- acesso à educação básica na idade própria;
laridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) 9.2) realizar diagnóstico dos jovens e adultos
mais pobres, e igualar a escolaridade média entre com ensino fundamental e médio incompletos,
negros e não negros declarados à Fundação Ins- para identificar a demanda ativa por vagas na
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). educação de jovens e adultos;
Estratégias: 9.3) implementar ações de alfabetização de jo-
8.1) institucionalizar programas e desenvolver vens e adultos com garantia de continuidade da
tecnologias para correção de fluxo, para acompa- escolarização básica;
nhamento pedagógico individualizado e para re- 9.4) criar benefício adicional no programa
cuperação e progressão parcial, bem como priori- nacional de transferência de renda para jovens e
zar estudantes com rendimento escolar defasado, adultos que frequentarem cursos de alfabetização;
considerando as especificidades dos segmentos 9.5) realizar chamadas públicas regulares para
populacionais considerados; educação de jovens e adultos, promovendo-se
8.2) implementar programas de educação de busca ativa em regime de colaboração entre entes
jovens e adultos para os segmentos populacio- federados e em parceria com organizações da so-
nais considerados, que estejam fora da escola e ciedade civil;
com defasagem idade-série, associados a outras 9.6) realizar avaliação, por meio de exames es-
estratégias que garantam a continuidade da esco- pecíficos, que permita aferir o grau de alfabetiza-
larização, após a alfabetização inicial; ção de jovens e adultos com mais de 15 (quinze)
8.3) garantir acesso gratuito a exames de certifica- anos de idade;
ção da conclusão dos ensinos fundamental e médio; 9.7) executar ações de atendimento ao(à) es-
8.4) expandir a oferta gratuita de educação pro- tudante da educação de jovens e adultos por
fissional técnica por parte das entidades priva- meio de programas suplementares de transporte,
das de serviço social e de formação profissional alimentação e saúde, inclusive atendimento
63
oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos, educação profissional, objetivando a elevação do
em articulação com a área da saúde; nível de escolaridade do trabalhador e da traba-
9.8) assegurar a oferta de educação de jovens lhadora;
e adultos, nas etapas de ensino fundamental e 10.3) fomentar a integração da educação de jo-
médio, às pessoas privadas de liberdade em todos vens e adultos com a educação profissional, em
os estabelecimentos penais, assegurando-se for- cursos planejados, de acordo com as característi-
mação específica dos professores e das professo- cas do público da educação de jovens e adultos e
ras e implementação de diretrizes nacionais em considerando as especificidades das populações
regime de colaboração; itinerantes e do campo e das comunidades indí-
9.9) apoiar técnica e financeiramente projetos genas e quilombolas, inclusive na modalidade de
inovadores na educação de jovens e adultos que educação a distância;
visem ao desenvolvimento de modelos adequados 10.4) ampliar as oportunidades profissionais dos
às necessidades específicas desses(as) alunos(as); jovens e adultos com deficiência e baixo nível de
9.10) estabelecer mecanismos e incentivos que escolaridade, por meio do acesso à educação de jo-
integrem os segmentos empregadores, públicos e vens e adultos articulada à educação profissional;
privados, e os sistemas de ensino, para promover a 10.5) implantar programa nacional de reestru-
compatibilização da jornada de trabalho dos em- turação e aquisição de equipamentos voltados à
pregados e das empregadas com a oferta das ações expansão e à melhoria da rede física de escolas
de alfabetização e de educação de jovens e adultos; públicas que atuam na educação de jovens e adul-
9.11) implementar programas de capacitação tos integrada à educação profissional, garantindo
tecnológica da população jovem e adulta, dire- acessibilidade à pessoa com deficiência;
cionados para os segmentos com baixos níveis de 10.6) estimular a diversificação curricular da
escolarização formal e para os(as) alunos(as) com educação de jovens e adultos, articulando a for-
deficiência, articulando os sistemas de ensino, a mação básica e a preparação para o mundo do
Rede Federal de Educação Profissional, Científica trabalho e estabelecendo inter-relações entre
e Tecnológica, as universidades, as cooperativas e teoria e prática, nos eixos da ciência, do trabalho,
as associações, por meio de ações de extensão de- da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma
senvolvidas em centros vocacionais tecnológicos, a organizar o tempo e o espaço pedagógicos ade-
com tecnologias assistivas que favoreçam a efe- quados às características desses alunos e alunas;
tiva inclusão social e produtiva dessa população; 10.7) fomentar a produção de material didá-
9.12) considerar, nas políticas públicas de jo- tico, o desenvolvimento de currículos e metodo-
vens e adultos, as necessidades dos idosos, com logias específicas, os instrumentos de avaliação,
vistas à promoção de políticas de erradicação do o acesso a equipamentos e laboratórios e a for-
analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacio- mação continuada de docentes das redes públi-
nais e atividades recreativas, culturais e esporti- cas que atuam na educação de jovens e adultos
vas, à implementação de programas de valoriza- articulada à educação profissional;
ção e compartilhamento dos conhecimentos e 10.8) fomentar a oferta pública de formação ini-
experiência dos idosos e à inclusão dos temas do cial e continuada para trabalhadores e trabalha-
envelhecimento e da velhice nas escolas. doras articulada à educação de jovens e adultos,
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco em regime de colaboração e com apoio de entida-
por cento) das matrículas de educação de jovens des privadas de formação profissional vinculadas
e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na ao sistema sindical e de entidades sem fins lucra-
forma integrada à educação profissional. tivos de atendimento à pessoa com deficiência,
Estratégias: com atuação exclusiva na modalidade;
10.1) manter programa nacional de educação 10.9) institucionalizar programa nacional de as-
de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino sistência ao estudante, compreendendo ações de
fundamental e à formação profissional inicial, de assistência social, financeira e de apoio psicope-
forma a estimular a conclusão da educação básica; dagógico que contribuam para garantir o acesso, a
10.2) expandir as matrículas na educação de permanência, a aprendizagem e a conclusão com
jovens e adultos, de modo a articular a forma- êxito da educação de jovens e adultos articulada
ção inicial e continuada de trabalhadores com a à educação profissional;
64
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
10.10) orientar a expansão da oferta de educação 11.7) expandir a oferta de financiamento estu-
de jovens e adultos articulada à educação profissio- dantil à educação profissional técnica de nível
nal, de modo a atender às pessoas privadas de liber- médio oferecida em instituições privadas de edu-
dade nos estabelecimentos penais, assegurando-se cação superior;
formação específica dos professores e das profes- 11.8) institucionalizar sistema de avaliação
soras e implementação de diretrizes nacionais em da qualidade da educação profissional técnica
regime de colaboração; de nível médio das redes escolares públicas e
10.11) implementar mecanismos de reconheci- privadas;
mento de saberes dos jovens e adultos trabalha- 11.9) expandir o atendimento do ensino médio
dores, a serem considerados na articulação curri- gratuito integrado à formação profissional para
cular dos cursos de formação inicial e continuada as populações do campo e para as comunidades
e dos cursos técnicos de nível médio. indígenas e quilombolas, de acordo com os seus
Meta 11: triplicar as matrículas da educação interesses e necessidades;
profissional técnica de nível médio, assegurando a 11.10) expandir a oferta de educação profissio-
qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta nal técnica de nível médio para as pessoas com
por cento) da expansão no segmento público. deficiência, transtornos globais do desenvolvi-
Estratégias: mento e altas habilidades ou superdotação;
11.1) expandir as matrículas de educação profis- 11.11) elevar gradualmente a taxa de conclusão
média dos cursos técnicos de nível médio na Rede
sional técnica de nível médio na Rede Federal de
Federal de Educação Profissional, Científica e Tec-
Educação Profissional, Científica e Tecnológica,
nológica para 90% (noventa por cento) e elevar,
levando em consideração a responsabilidade dos
nos cursos presenciais, a relação de alunos(as)
Institutos na ordenação territorial, sua vinculação
por professor para 20 (vinte);
com arranjos produtivos, sociais e culturais locais e
11.12) elevar gradualmente o investimento em
regionais, bem como a interiorização da educação
programas de assistência estudantil e mecanis-
profissional;
mos de mobilidade acadêmica, visando a garantir
11.2) fomentar a expansão da oferta de edu-
as condições necessárias à permanência dos(as)
cação profissional técnica de nível médio nas
estudantes e à conclusão dos cursos técnicos de
redes públicas estaduais de ensino;
nível médio;
11.3) fomentar a expansão da oferta de edu-
11.13) reduzir as desigualdades étnico-raciais e
cação profissional técnica de nível médio na mo-
regionais no acesso e permanência na educação
dalidade de educação a distância, com a finali-
profissional técnica de nível médio, inclusive me-
dade de ampliar a oferta e democratizar o acesso
diante a adoção de políticas afirmativas, na forma
à educação profissional pública e gratuita, asse- da lei;
gurado padrão de qualidade; 11.14) estruturar sistema nacional de informa-
11.4) estimular a expansão do estágio na edu- ção profissional, articulando a oferta de formação
cação profissional técnica de nível médio e do das instituições especializadas em educação pro-
ensino médio regular, preservando-se seu caráter fissional aos dados do mercado de trabalho e a
pedagógico integrado ao itinerário formativo do consultas promovidas em entidades empresariais
aluno, visando à formação de qualificações pró- e de trabalhadores.
prias da atividade profissional, à contextualização Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na edu-
curricular e ao desenvolvimento da juventude; cação superior para 50% (cinquenta por cento) e
11.5) ampliar a oferta de programas de reco- a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento)
nhecimento de saberes para fins de certificação da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro)
profissional em nível técnico; anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão
11.6) ampliar a oferta de matrículas gratuitas para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das
de educação profissional técnica de nível médio novas matrículas, no segmento público.
pelas entidades privadas de formação profissio- Estratégias:
nal vinculadas ao sistema sindical e entidades sem 12.1) otimizar a capacidade instalada da estru-
fins lucrativos de atendimento à pessoa com de- tura física e de recursos humanos das instituições
ficiência, com atuação exclusiva na modalidade; públicas de educação superior, mediante ações
65
planejadas e coordenadas, de forma a ampliar e universitária, orientando sua ação, prioritaria-
interiorizar o acesso à graduação; mente, para áreas de grande pertinência social;
12.2) ampliar a oferta de vagas, por meio da 12.8) ampliar a oferta de estágio como parte da
expansão e interiorização da rede federal de edu- formação na educação superior;
cação superior, da Rede Federal de Educação Pro- 12.9) ampliar a participação proporcional de
fissional, Científica e Tecnológica e do sistema grupos historicamente desfavorecidos na edu-
Universidade Aberta do Brasil, considerando a cação superior, inclusive mediante a adoção de
densidade populacional, a oferta de vagas públi- políticas afirmativas, na forma da lei;
cas em relação à população na idade de referên- 12.10) assegurar condições de acessibilidade
cia e observadas as características regionais das nas instituições de educação superior, na forma
micro e mesorregiões definidas pela Fundação Ins- da legislação;
tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12.11) fomentar estudos e pesquisas que anali-
uniformizando a expansão no território nacional; sem a necessidade de articulação entre formação,
12.3) elevar gradualmente a taxa de conclusão currículo, pesquisa e mundo do trabalho, consi-
média dos cursos de graduação presenciais nas uni- derando as necessidades econômicas, sociais e
versidades públicas para 90% (noventa por cento), culturais do País;
ofertar, no mínimo, um terço das vagas em cursos 12.12) consolidar e ampliar programas e ações
noturnos e elevar a relação de estudantes por pro- de incentivo à mobilidade estudantil e docente
fessor(a) para 18 (dezoito), mediante estratégias de
em cursos de graduação e pós-graduação, em
aproveitamento de créditos e inovações acadêmi-
âmbito nacional e internacional, tendo em vista
cas que valorizem a aquisição de competências de
o enriquecimento da formação de nível superior;
nível superior;
12.13) expandir atendimento específico a popu-
12.4) fomentar a oferta de educação superior
lações do campo e comunidades indígenas e qui-
pública e gratuita prioritariamente para a forma-
lombolas, em relação a acesso, permanência, con-
ção de professores e professoras para a educação
clusão e formação de profissionais para atuação
básica, sobretudo nas áreas de ciências e mate-
nessas populações;
mática, bem como para atender ao défice de pro-
12.14) mapear a demanda e fomentar a oferta de
fissionais em áreas específicas;
formação de pessoal de nível superior, destacada-
12.5) ampliar as políticas de inclusão e de as-
mente a que se refere à formação nas áreas de ciên-
sistência estudantil dirigidas aos(às) estudantes
cias e matemática, considerando as necessidades
de instituições públicas, bolsistas de instituições
do desenvolvimento do País, a inovação tecnoló-
privadas de educação superior e beneficiários do
gica e a melhoria da qualidade da educação básica;
Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), de que
trata a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, na 12.15) institucionalizar programa de composi-
educação superior, de modo a reduzir as desigual- ção de acervo digital de referências bibliográficas e
dades étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e audiovisuais para os cursos de graduação, assegu-
permanência na educação superior de estudantes rada a acessibilidade às pessoas com deficiência;
egressos da escola pública, afrodescendentes e in- 12.16) consolidar processos seletivos nacionais
dígenas e de estudantes com deficiência, transtor- e regionais para acesso à educação superior como
nos globais do desenvolvimento e altas habilidades forma de superar exames vestibulares isolados;
ou superdotação, de forma a apoiar seu sucesso 12.17) estimular mecanismos para ocupar as
acadêmico; vagas ociosas em cada período letivo na edu-
12.6) expandir o financiamento estudantil por cação superior pública;
meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), 12.18) estimular a expansão e reestruturação
de que trata a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, das instituições de educação superior estaduais
com a constituição de fundo garantidor do finan- e municipais cujo ensino seja gratuito, por meio
ciamento, de forma a dispensar progressivamente de apoio técnico e financeiro do Governo Federal,
a exigência de fiador; mediante termo de adesão a programa de reestru-
12.7) assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) turação, na forma de regulamento, que considere
do total de créditos curriculares exigidos para a a sua contribuição para a ampliação de vagas, a
graduação em programas e projetos de extensão capacidade fiscal e as necessidades dos sistemas
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da educação, bem como para divulgar e atualizar a experiência prática, por meio da oferta, nas
seus currículos eletrônicos; redes federal e estaduais de educação profis-
15.5) implementar programas específicos para sional, de cursos voltados à complementação e
formação de profissionais da educação para as certificação didático-pedagógica de profissionais
escolas do campo e de comunidades indígenas e experientes.
quilombolas e para a educação especial; Meta 16: formar, em nível de pós-graduação,
15.6) promover a reforma curricular dos cursos 50% (cinquenta por cento) dos professores da edu-
de licenciatura e estimular a renovação pedagó- cação básica, até o último ano de vigência deste
gica, de forma a assegurar o foco no aprendizado PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da
do(a) aluno(a), dividindo a carga horária em for- educação básica formação continuada em sua área
mação geral, formação na área do saber e didática de atuação, considerando as necessidades, deman-
específica e incorporando as modernas tecnolo- das e contextualizações dos sistemas de ensino.
gias de informação e comunicação, em articula- Estratégias:
ção com a base nacional comum dos currículos 16.1) realizar, em regime de colaboração, o pla-
da educação básica, de que tratam as estratégias nejamento estratégico para dimensionamento da
2.1, 2.2, 3.2 e 3.3 deste PNE; demanda por formação continuada e fomentar a
15.7) garantir, por meio das funções de avalia- respectiva oferta por parte das instituições públi-
ção, regulação e supervisão da educação superior, cas de educação superior, de forma orgânica e ar-
a plena implementação das respectivas diretrizes
ticulada às políticas de formação dos Estados, do
curriculares;
Distrito Federal e dos Municípios;
15.8) valorizar as práticas de ensino e os estágios
16.2) consolidar política nacional de formação
nos cursos de formação de nível médio e superior
de professores e professoras da educação básica,
dos profissionais da educação, visando ao traba-
definindo diretrizes nacionais, áreas prioritárias,
lho sistemático de articulação entre a formação
instituições formadoras e processos de certifica-
acadêmica e as demandas da educação básica;
ção das atividades formativas;
15.9) implementar cursos e programas especiais
16.3) expandir programa de composição de
para assegurar formação específica na educação
acervo de obras didáticas, paradidáticas e de lite-
superior, nas respectivas áreas de atuação, aos
ratura e de dicionários, e programa específico de
docentes com formação de nível médio na moda-
acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais
lidade normal, não licenciados ou licenciados em
produzidos em Libras e em Braille, sem prejuízo de
área diversa da de atuação docente, em efetivo
outros, a serem disponibilizados para os professo-
exercício;
res e as professoras da rede pública de educação
15.10) fomentar a oferta de cursos técnicos de
nível médio e tecnológicos de nível superior desti- básica, favorecendo a construção do conheci-
nados à formação, nas respectivas áreas de atua- mento e a valorização da cultura da investigação;
ção, dos(as) profissionais da educação de outros 16.4) ampliar e consolidar portal eletrônico para
segmentos que não os do magistério; subsidiar a atuação dos professores e das profes-
15.11) implantar, no prazo de 1 (um) ano de vi- soras da educação básica, disponibilizando gra-
gência desta Lei, política nacional de formação con- tuitamente materiais didáticos e pedagógicos
tinuada para os(as) profissionais da educação de suplementares, inclusive aqueles com formato
outros segmentos que não os do magistério, cons- acessível;
truída em regime de colaboração entre os entes 16.5) ampliar a oferta de bolsas de estudo para
federados; pós-graduação dos professores e das professoras
15.12) instituir programa de concessão de bol- e demais profissionais da educação básica;
sas de estudos para que os professores de idiomas 16.6) fortalecer a formação dos professores e
das escolas públicas de educação básica realizem das professoras das escolas públicas de educação
estudos de imersão e aperfeiçoamento nos países básica, por meio da implementação das ações do
que tenham como idioma nativo as línguas que Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição
lecionem; de programa nacional de disponibilização de re-
15.13) desenvolver modelos de formação do- cursos para acesso a bens culturais pelo magisté-
cente para a educação profissional que valorizem rio público.
69
Meta 17: valorizar os(as) profissionais do ma- efetivo e estejam em exercício nas redes escolares
gistério das redes públicas de educação básica a que se encontrem vinculados;
de forma a equiparar seu rendimento médio ao 18.2) implantar, nas redes públicas de educação
dos(as) demais profissionais com escolaridade básica e superior, acompanhamento dos profis-
equivalente, até o final do sexto ano de vigência sionais iniciantes, supervisionados por equipe de
deste PNE. profissionais experientes, a fim de fundamentar,
Estratégias: com base em avaliação documentada, a decisão
17.1) constituir, por iniciativa do Ministério da pela efetivação após o estágio probatório e oferecer,
Educação, até o final do primeiro ano de vigência durante esse período, curso de aprofundamento de
deste PNE, fórum permanente, com representa- estudos na área de atuação do(a) professor(a), com
ção da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos destaque para os conteúdos a serem ensinados e as
Municípios e dos trabalhadores da educação, para metodologias de ensino de cada disciplina;
acompanhamento da atualização progressiva do 18.3) realizar, por iniciativa do Ministério da Edu-
valor do piso salarial nacional para os profissio- cação, a cada 2 (dois) anos a partir do segundo
nais do magistério público da educação básica; ano de vigência deste PNE, prova nacional para
17.2) constituir como tarefa do fórum perma- subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
nente o acompanhamento da evolução salarial nicípios, mediante adesão, na realização de con-
por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por cursos públicos de admissão de profissionais do
Amostra de Domicílios (PNAD), periodicamente magistério da educação básica pública;
divulgados pela Fundação Instituto Brasileiro de 18.4) prever, nos planos de Carreira dos profis-
Geografia e Estatística (IBGE); sionais da educação dos Estados, do Distrito Fe-
17.3) implementar, no âmbito da União, dos Es- deral e dos Municípios, licenças remuneradas e in-
tados, do Distrito Federal e dos Municípios, planos centivos para qualificação profissional, inclusive
de Carreira para os(as) profissionais do magistério em nível de pós-graduação stricto sensu;
das redes públicas de educação básica, observa- 18.5) realizar anualmente, a partir do segundo
dos os critérios estabelecidos na Lei nº 11.738, ano de vigência deste PNE, por iniciativa do Mi-
de 16 de julho de 2008, com implantação gradual nistério da Educação, em regime de colaboração,
do cumprimento da jornada de trabalho em um o censo dos(as) profissionais da educação básica
único estabelecimento escolar; de outros segmentos que não os do magistério;
17.4) ampliar a assistência financeira específica 18.6) considerar as especificidades sociocultu-
da União aos entes federados para implementa- rais das escolas do campo e das comunidades in-
ção de políticas de valorização dos(as) profissio- dígenas e quilombolas no provimento de cargos
nais do magistério, em particular o piso salarial efetivos para essas escolas;
nacional profissional. 18.7) priorizar o repasse de transferências federais
Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a voluntárias, na área de educação, para os Estados,
existência de planos de Carreira para os(as) profis- o Distrito Federal e os Municípios que tenham apro-
sionais da educação básica e superior pública de vado lei específica estabelecendo planos de Car-
todos os sistemas de ensino e, para o plano de Car- reira para os(as) profissionais da educação;
reira dos(as) profissionais da educação básica pú- 18.8) estimular a existência de comissões per-
blica, tomar como referência o piso salarial nacio- manentes de profissionais da educação de todos
nal profissional, definido em lei federal, nos termos os sistemas de ensino, em todas as instâncias da
do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. Federação, para subsidiar os órgãos competentes
Estratégias: na elaboração, reestruturação e implementação
18.1) estruturar as redes públicas de educação dos planos de Carreira.
básica de modo que, até o início do terceiro ano Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois)
de vigência deste PNE, 90% (noventa por cento), anos, para a efetivação da gestão democrática da
no mínimo, dos respectivos profissionais do ma- educação, associada a critérios técnicos de mérito
gistério e 50% (cinquenta por cento), no mínimo, e desempenho e à consulta pública à comunidade
dos respectivos profissionais da educação não do- escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo
centes sejam ocupantes de cargos de provimento recursos e apoio técnico da União para tanto.
70
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
72
LEI Nº 9.424, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996
I – a remuneração condigna dos professores do corretivas, devendo a primeira realizar-se dois anos
ensino fundamental público, em efetivo exercício após sua promulgação.
no magistério;
Art. 13. (Revogado pela Lei nº 11.494, de 20/6/2007)
II – o estímulo ao trabalho em sala de aula;
III – a melhoria da qualidade do ensino. Art. 14. A União desenvolverá política de estímulo
§ 1º Os novos planos de carreira e remuneração às iniciativas de melhoria de qualidade do ensino,
do magistério deverão contemplar investimentos acesso e permanência na escola promovidos
na capacitação dos professores leigos, os quais pelas unidades federadas, em especial aquelas
passarão a integrar quadro em extinção, de dura- voltadas às crianças e adolescentes em situação
ção de cinco anos. de risco social.
§ 2º Aos professores leigos é assegurado prazo Art. 15. O Salário-Educação, previsto no art. 212,
de cinco anos para obtenção da habilitação neces- § 5º, da Constituição Federal e devido pelas em-
sária ao exercício das atividades docentes. presas, na forma em que vier a ser disposto em
§ 3º A habilitação a que se refere o parágrafo regulamento, é calculado com base na alíquota
anterior é condição para ingresso no quadro per- de 2,5% (dois e meio por cento) sobre o total de
manente da carreira conforme os novos planos de remunerações pagas ou creditadas, a qualquer
carreira e remuneração. título, aos segurados empregados, assim defini-
Art. 10. Os Estados, o Distrito Federal e os Municí- dos no art. 12, inciso I, da Lei nº 8.212, de 24 de
pios deverão comprovar: julho de 1991.
I – efetivo cumprimento do disposto no art. 212 § 1º O montante da arrecadação do Salário-
da Constituição Federal; -Educação, após a dedução de 1% (um por cento)
II – apresentação de Plano de Carreira e Remu- em favor do Instituto Nacional do Seguro Social
neração do Magistério, de acordo com as diretri- (INSS), calculado sobre o valor por ele arrecadado,
zes emanadas do Conselho Nacional de Educação, será distribuído pelo Fundo Nacional de Desen-
no prazo referido no artigo anterior; (Expressão “no volvimento da Educação (FNDE), observada, em
prazo referido no artigo anterior” declarada inconstitucio- 90% (noventa por cento) de seu valor, a arrecada-
nal, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Fe- ção realizada em cada Estado e no Distrito Federal,
deral, pela ADI nº 1.627, publicada no DOU de 29/8/2016) em quotas, da seguinte forma: (Caput do parágrafo
III – fornecimento das informações solicitadas com redação dada pela Lei nº 10.832, de 29/12/2003, publi-
por ocasião do censo escolar, ou para fins de ela- cada no DOU de 30/12/2003, em vigor no primeiro dia do
boração de indicadores educacionais. exercício financeiro seguinte ao de sua publicação)
Parágrafo único. O não cumprimento das con- I – Quota Federal, correspondente a um terço
dições estabelecidas neste artigo, ou o forneci- do montante de recursos, que será destinada ao
mento de informações falsas, acarretará sanções FNDE e aplicada no financiamento de programas
administrativas, sem prejuízo das civis ou penais
e projetos voltados para a universalização do en-
ao agente executivo que lhe der causa.
sino fundamental, de forma a propiciar a redu-
Art. 11. Os órgãos responsáveis pelos sistemas ção dos desníveis socioeducacionais existentes
de ensino, assim como os Tribunais de Contas da entre Municípios, Estados, Distrito Federal e re-
União, dos Estados e Municípios, criarão mecanis- giões brasileiras;
mos adequados à fiscalização do cumprimento II – Quota Estadual e Municipal, correspon-
pleno do disposto no art. 212 da Constituição dente a 2/3 (dois terços) do montante de recursos,
Federal e desta Lei, sujeitando-se os Estados e o que será creditada mensal e automaticamente
Distrito Federal à intervenção da União, e os Muni- em favor das Secretarias de Educação dos Es-
cípios à intervenção dos respectivos Estados, nos tados, do Distrito Federal e dos Municípios para
termos do art. 34, inciso VII, alínea e, e do art. 35, financiamento de programas, projetos e ações
inciso III, da Constituição Federal. do ensino fundamental. (Inciso com redação dada
Art. 12. O Ministério da Educação e do Desporto rea- pela Lei nº 10.832, de 29/12/2003, publicada no DOU de
lizará avaliações periódicas dos resultados da apli- 30/12/2003, em vigor no primeiro dia do exercício financeiro
cação desta Lei, com vistas à adoção de medidas seguinte ao de sua publicação)
operacionais e de natureza político-educacional § 2º (Vetado)
73
§ 3º Os alunos regularmente atendidos, na data § 4º A planilha de que trata o § 3º será editada
da edição desta Lei, como beneficiários da apli- em ato do Poder Executivo. (Parágrafo acrescido pela
cação realizada pelas empresas contribuintes, no Medida Provisória nº 2.173-24, de 23/8/2001)
ensino fundamental dos seus empregados e de- § 5º O valor total, anual ou semestral, apurado
pendentes, à conta de deduções da contribuição na forma dos parágrafos precedentes terá vigên-
social do Salário-Educação, na forma da legislação cia por um ano e será dividido em doze ou seis
em vigor, terão, a partir de 1º de janeiro de 1997, o parcelas mensais iguais, facultada a apresentação
de planos de pagamento alternativos, desde que
benefício assegurado, respeitadas as condições em
não excedam ao valor total anual ou semestral
que foi concedido, e vedados novos ingressos nos
apurado na forma dos parágrafos anteriores. (Pri-
termos do art. 212, § 5º, da Constituição Federal.
mitivo § 3º renumerado pela Medida Provisória nº 2.173-24,
Art. 16. Esta Lei entra em vigor em 1º de janeiro de 23/8/2001)
de 1997. § 6º Será nula, não produzindo qualquer efeito,
Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário. cláusula contratual de revisão ou reajustamento
do valor das parcelas da anuidade ou semestrali-
Brasília, 24 de dezembro de 1996; 175º da
dade escolar em prazo inferior a um ano a contar
Independência e 108º da República.
da data de sua fixação, salvo quando expressa-
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO mente prevista em lei. (Primitivo § 4º renumerado pela
Paulo Renato Souza Medida Provisória nº 2.173-24, de 23/8/2001)
§ 7º Será nula cláusula contratual que obrigue o
LEI Nº 9.870, DE 23 DE contratante ao pagamento adicional ou ao forne-
NOVEMBRO DE 1999 cimento de qualquer material escolar de uso cole-
(LEI DA MENSALIDADE ESCOLAR) tivo dos estudantes ou da instituição, necessário à
(Publicada no DOU de 24/11/1999) prestação dos serviços educacionais contratados,
Dispõe sobre o valor total das anuidades
devendo os custos correspondentes ser sempre
escolares e dá outras providências. considerados nos cálculos do valor das anuidades
ou das semestralidades escolares. (Parágrafo acres-
O presidente da República
cido pela Lei nº 12.886, de 26/11/2013)
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei: Art. 2º O estabelecimento de ensino deverá divul-
gar, em local de fácil acesso ao público, o texto da
Art. 1º O valor das anuidades ou das semestrali- proposta de contrato, o valor apurado na forma
dades escolares do ensino pré-escolar, fundamen- do art. 1º e o número de vagas por sala-classe, no
tal, médio e superior, será contratado, nos termos período mínimo de quarenta e cinco dias antes da
desta Lei, no ato da matrícula ou da sua renovação, data final para matrícula, conforme calendário e
entre o estabelecimento de ensino e o aluno, o pai cronograma da instituição de ensino.
do aluno ou o responsável. Parágrafo único. (Vetado)
§ 1º O valor anual ou semestral referido no Art. 3º (Vetado)
caput deste artigo deverá ter como base a última
Art. 4º A Secretaria de Direito Econômico do Minis-
parcela da anuidade ou da semestralidade legal-
tério da Justiça, quando necessário, poderá reque-
mente fixada no ano anterior, multiplicada pelo
rer, nos termos da Lei nº 8.078, de 11 de setembro
número de parcelas do período letivo.
de 1990, e no âmbito de suas atribuições, com-
§ 2º (Vetado)
provação documental referente a qualquer cláu-
§ 3º Poderá ser acrescido ao valor total anual
sula contratual, exceto dos estabelecimentos de
de que trata o § 1º montante proporcional à va- ensino que tenham firmado acordo com alunos,
riação de custos a título de pessoal e de custeio, pais de alunos ou associações de pais e alunos, de-
comprovado mediante apresentação de planilha vidamente legalizadas, bem como quando o valor
de custo, mesmo quando esta variação resulte arbitrado for decorrente da decisão do mediador.
da introdução de aprimoramentos no processo Parágrafo único. Quando a documentação apre-
didático-pedagógico. (Parágrafo acrescido pela Medida sentada pelo estabelecimento de ensino não cor-
Provisória nº 2.173-24, de 23/8/2001) responder às condições desta Lei, o órgão de que
74
LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
trata este artigo poderá tomar, dos interessados, Art. 7º São legitimados à propositura das ações
termo de compromisso, na forma da legislação previstas na Lei nº 8.078, de 1990, para a defesa
vigente. dos direitos assegurados por esta Lei e pela legis-
Art. 5º Os alunos já matriculados, salvo quando lação vigente, as associações de alunos, de pais de
inadimplentes, terão direito à renovação das ma- alunos e responsáveis, sendo indispensável, em
trículas, observado o calendário escolar da institui- qualquer caso, o apoio de, pelo menos, vinte por
ção, o regimento da escola ou cláusula contratual. cento dos pais de alunos do estabelecimento de
ensino ou dos alunos, no caso de ensino superior.
Art. 6º São proibidas a suspensão de provas es- [...]
colares, a retenção de documentos escolares
ou a aplicação de quaisquer outras penalidades Art. 10. Continuam a produzir efeitos os atos pra-
pedagógicas por motivo de inadimplemento, su- ticados com base na Medida Provisória nº 1.890-
jeitando-se o contratante, no que couber, às san- 66, de 24 de setembro de 1999, e nas suas ante-
ções legais e administrativas, compatíveis com o cessoras.
Código de Defesa do Consumidor, e com os arts. Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua
177 e 1.092 do Código Civil Brasileiro, caso a ina- publicação.
dimplência perdure por mais de noventa dias.
Art. 12. Revogam-se a Lei nº 8.170, de 17 de ja-
§ 1º O desligamento do aluno por inadimplên-
neiro de 1991; o art. 14 da Lei nº 8.178, de 1º de
cia somente poderá ocorrer ao final do ano le-
março de 1991; e a Lei nº 8.747, de 9 de dezembro
tivo ou, no ensino superior, ao final do semestre
de 1993.
letivo quando a instituição adotar o regime didá-
Brasília, 23 de novembro de 1999; 178º da
tico semestral. (Parágrafo acrescido pela Medida Provi-
Independência e 111º da República.
sória nº 2.173-24, de 23/8/2001)
§ 2º Os estabelecimentos de ensino fundamen- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
tal, médio e superior deverão expedir, a qualquer José Carlos Dias
Pedro Malan
tempo, os documentos de transferência de seus Paulo Renato Souza
alunos, independentemente de sua adimplência
ou da adoção de procedimentos legais de cobran- LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
ças judiciais. (Primitivo § 1º renumerado pela Medida Pro- (LEI DO FIES)
visória nº 2.173-24, de 23/8/2001) (Publicada no DOU de 13/7/2001)
§ 3º São asseguradas em estabelecimentos pú-
Dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao
blicos de ensino fundamental e médio as matrí-
estudante do Ensino Superior e dá outras
culas dos alunos, cujos contratos, celebrados por providências.
seus pais ou responsáveis para a prestação de
O presidente da República
serviços educacionais, tenham sido suspensos em
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
virtude de inadimplemento, nos termos do caput
sanciono a seguinte Lei:
deste artigo. (Primitivo § 2º renumerado pela Medida Pro-
visória nº 2.173-24, de 23/8/2001) CAPÍTULO I
§ 4º Na hipótese de os alunos a que se refere DO FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL
o § 2º, ou seus pais ou responsáveis, não terem (Denominação do capítulo com redação dada pela
Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
providenciado a sua imediata matrícula em outro
Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
estabelecimento de sua livre escolha, as Secreta-
rias de Educação estaduais e municipais deverão Art. 1º É instituído, nos termos desta Lei, o Fundo
providenciá-la em estabelecimento de ensino da de Financiamento Estudantil (Fies), de natureza
rede pública, em curso e série correspondentes contábil, vinculado ao Ministério da Educação, des-
aos cursados na escola de origem, de forma a ga- tinado à concessão de financiamento a estudantes
rantir a continuidade de seus estudos no mesmo de cursos superiores não gratuitos e com avaliação
período letivo e a respeitar o disposto no inciso V positiva nos processos conduzidos pelo Ministério,
do art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente. de acordo com regulamentação própria. (Caput do
(Primitivo § 3º renumerado pela Medida Provisória nº 2.173- artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 785, de
24, de 23/8/2001) 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
75
§ 1º O financiamento de que trata o caput deste os critérios de qualidade e os requisitos fixados
artigo poderá beneficiar estudantes matriculados pelo Ministério da Educação, nos termos do que
em cursos da educação profissional, técnica e tec- for aprovado pelo CG-Fies. (Parágrafo acrescido pela
nológica, e em programas de mestrado e doutorado Lei nº 12.513, de 26/10/2011, e com redação dada
com avaliação positiva, desde que haja disponibili- pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
dade de recursos, nos termos do que for aprovado na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
pelo Comitê Gestor do Fundo de Financiamento § 8º O Ministério da Educação, nos termos do
Estudantil (CG-Fies). (Caput do parágrafo com redação que for aprovado pelo CG-Fies, editará regula-
dada pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida mento para estabelecer os critérios de elegibili-
e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) dade de cada modalidade do Fies. (Parágrafo acres-
I – (Revogado pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010) cido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
II – (Revogado pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010) na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
III – (Revogado pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010) § 9º O Ministério da Educação poderá definir ou-
§ 2º São considerados cursos de graduação com tros critérios de qualidade e, nos termos do que
avaliação positiva, aqueles que obtiverem con- for aprovado pelo CG-Fies, requisitos para adesão
ceito maior ou igual a 3 (três) no Sistema Nacional e participação das instituições de ensino no Fies.
de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), de (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de
que trata a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004. (Pa- 6/7/2017, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530,
rágrafo com redação dada pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010) de 7/12/2017)
§ 3º Os cursos que não atingirem a média re-
Art. 1º-A. Para os fins do disposto nesta Lei, con-
ferida no § 2º ficarão desvinculados do Fies sem
sidera-se: (Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 785,
prejuízo para o estudante financiado. (Parágrafo
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
com redação dada pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
I – empregador: pessoa física ou jurídica, de di-
§ 4º São considerados cursos de mestrado e dou-
torado, com avaliação positiva, aqueles que, nos reito público ou privado, com a qual o financiado
processos conduzidos pela Coordenação de Aperfei- pelo Fies mantenha vínculo empregatício ou fun-
çoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), nos cional, nos termos da legislação pertinente;
termos da Lei nº 8.405, de 9 de janeiro de 1992, obe- II – empregado ou servidor: trabalhador regido
decerem aos padrões de qualidade por ela propostos. pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
§ 5º A participação da União no Fies dar-se-á ex- maio de 1943, ou pelo regime estatutário;
clusivamente mediante contribuições ao Fundo III – família: grupo composto pelo financiado
instituído por esta Lei, ressalvado o disposto pelo Fies e por cônjuge ou companheiro, pais,
nos arts. 10 e 16. (Parágrafo com redação dada pela madrasta ou padrasto, irmãos solteiros, filhos e
Lei nº 12.202, de 14/1/2010) enteados solteiros e menores tutelados, desde
§ 6º O financiamento com recursos do Fies será que vivam sob o mesmo teto ou que tenham o fi-
destinado prioritariamente a estudantes que nanciado como dependente declarado;
não tenham concluído o ensino superior e não IV – renda familiar mensal: soma dos rendimen-
tenham sido beneficiados pelo financiamento tos brutos auferidos mensalmente pela totalidade
estudantil, vedada a concessão de novo financia- dos membros da família;
mento a estudante em período de utilização de V – remuneração bruta: valores de natureza
financiamento pelo Fies ou que não tenha qui- remuneratória recebidos a qualquer título pelo
tado financiamento anterior pelo Fies ou pelo financiado pelo Fies;
Programa de Crédito Educativo, de que trata a VI – valor mensal vinculado à renda: parcela
Lei nº 8.436, de 25 de junho de 1992. (Parágrafo acres- mensalmente recolhida, vinculada à renda do fi-
cido pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010, e com redação dada nanciado pelo Fies, definida na forma do inciso
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na VIII do caput do art. 5º-C desta Lei;
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) VII – desconto em folha: ato de responsabili-
§ 7º A avaliação das unidades de ensino de edu- dade do empregador, efetivado por meio da reten-
cação profissional e tecnológica para fins de ade- ção de percentual da remuneração bruta do em-
são e participação no Fies ocorrerá de acordo com pregado ou do servidor, devidamente consignado
76
LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
77
§ 7º É vedada a inclusão da remuneração de que 6/7/2017, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530,
trata o § 3º deste artigo na planilha de custo pre- de 7/12/2017)
vista no § 3º do art. 1º da Lei nº 9.870, de 23 de no- a) formulador da política de oferta de financia-
vembro de 1999. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.366, mento; (Alínea acrescida pela Medida Provisória nº 785, de
de 1º/12/2016, e com redação dada pela Medida Provi- 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
sória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de b) supervisor da execução das operações do Fies
7/12/2017) sob coordenação do Ministério da Educação. (Alí-
§ 8º É a União dispensada do processo licitatório nea acrescida pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
nos casos de contratação de empresas públicas e convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de
de instituições financeiras oficiais federais para os 7/12/2017)
fins previstos nos incisos III e IV do § 1º deste artigo § 1º O Ministério da Educação, nos termos do
e no § 3º do art. 3º desta Lei. (Parágrafo acrescido pela que for aprovado pelo CG-Fies, editará regula-
Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com mento sobre: (Caput do parágrafo com redação dada
redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Seção II
I – as regras de seleção de estudantes a serem
Da Gestão do Fundo de
financiados, devendo ser considerados a renda fa-
Financiamento Estudantil
miliar per capita e outros requisitos, e as regras de
(Denominação da seção com redação dada pela
oferta de vagas; (Inciso com redação dada pela Medida
Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
de 7/12/2017)
Art. 3º A gestão do Fies caberá: (Caput do artigo com II – os casos de transferência de curso ou insti-
redação dada pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, tuição, de renovação, de suspensão temporária e
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) de dilação e encerramento do período de utiliza-
I – ao Ministério da Educação, na qualidade de: ção do financiamento; (Inciso com redação dada pela
(Caput do inciso com redação dada pela Medida Provisória Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) III – as exigências de desempenho acadêmico
a) formulador da política de oferta de vagas e para a manutenção do financiamento, observado
de seleção de estudantes, nos termos do que for o disposto nos §§ 2º, 3º e 4º do art. 1º desta Lei;
aprovado pelo CG-Fies; (Alínea acrescida pela Medida (Inciso com redação dada pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, IV – aplicação de sanções às instituições de
de 7/12/2017) ensino e aos estudantes que descumprirem as
b) supervisor do cumprimento das normas do regras do Fies, observados os §§ 5º e 6º do art. 4º
programa; (Alínea acrescida pela Medida Provisória nº 785, desta Lei; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.202, de
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) 14/1/2010)
c) administrador dos ativos e passivos do Fies, po- V – o abatimento de que trata o art. 6º-B desta
dendo esta atribuição ser delegada ao Fundo Nacio- Lei; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.431, de 24/6/2011,
nal de Desenvolvimento da Educação (FNDE); (Alínea e com redação dada pela Medida Provisória nº 785,
acrescida pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, conver- de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
tida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) VI – os requisitos e os critérios específicos para
II – a instituição financeira pública federal, con- adesão e financiamento de cursos de: (Caput do inciso
tratada na qualidade de agente operador, na acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, conver-
forma a ser regulamentada pelo Ministério da tida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Educação; (Inciso com redação dada pela Medida Provi- a) pedagogia e licenciatura como parte das políti-
sória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação dada cas educacionais de fomento à qualidade da forma-
pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) ção de professores; (Alínea acrescida pela Lei nº 13.530,
III – ao Comitê Gestor do Fundo de Financia- de 7/12/2017)
mento Estudantil (CG-Fies), que terá sua compo- b) formação em outras áreas consideradas prio-
sição, sua estrutura e sua competência instituídas ritárias para o desenvolvimento econômico e so-
e regulamentadas por decreto, na qualidade de: cial sustentável, nacional e regional. (Alínea acres-
(Caput do inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, de cida pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
78
LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
§ 2º De acordo com os limites de crédito estabe- § 9º As atribuições da Secretaria Executiva do
lecidos pelo Ministério da Educação, nos termos CG-Fies serão exercidas pelo FNDE. (Parágrafo acres-
do que for aprovado pelo CG-Fies, as instituições cido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco § 10. O CG-Fies poderá convidar representantes
Central do Brasil poderão, na qualidade de agente das instituições de educação superior, dos estu-
financeiro, conceder financiamentos com recur- dantes e dos demais segmentos envolvidos para
sos do Fies. (Parágrafo com redação dada pela Medida participar de reuniões, sem direito a voto. (Pará-
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, grafo acrescido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
de 7/12/2017)
CAPÍTULO II
§ 3º Na modalidade do Fies de que tratam os Ca- DAS OPERAÇÕES
pítulos II e II-A desta Lei, as atribuições de agente
operador, de agente financeiro do Fies e de ges- Art. 4º São passíveis de financiamento pelo Fies
tor do Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), de que até 100% (cem por cento) dos encargos educa-
trata o art. 6º-G desta Lei, poderão ser exercidas cionais cobrados dos estudantes no âmbito do
pela mesma instituição financeira pública federal Fundo pelas instituições de ensino devidamente
contratada pelo Ministério da Educação, desde cadastradas para esse fim pelo Ministério da
que a execução das atribuições seja segregada Educação, em contraprestação aos cursos refe-
por departamentos. (Parágrafo com redação dada ridos no art. 1º em que estejam regularmente
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na matriculados, vedada a cobrança de qualquer
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) valor ou taxa adicional e observado o disposto
§ 4º As instituições financeiras disponibilizarão no art. 4º-B. (Caput do artigo com redação dada pela
ao CG-Fies informações sobre os financiamentos Lei nº 13.366, de 1º/12/2016)
concedidos, na forma estabelecida em regula- § 1º (Revogado pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
mento. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, § 1º-A. O valor total do curso financiado de que
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) trata o caput deste artigo será discriminado no
§ 5º O agente operador disponibilizará ao contrato de financiamento estudantil com o Fies,
CG-Fies os indicadores do Fies e as informações que especificará, no mínimo, o valor da mensali-
relativas ao financiamento sob sua posse, na dade no momento da contratação e sua forma de
forma estabelecida em regulamento, e fará a ges- reajuste, estabelecida pela instituição de ensino
tão do programa, conforme as normas estabele- superior, para todo o período do curso, nos termos
cidas. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, do que for aprovado pelo CG-Fies. (Parágrafo acres-
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) cido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
§ 6º O Ministério da Educação, ao estabelecer e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
a oferta de vagas no âmbito do Fies, observará a § 2º Poderá o Ministério da Educação, em cará-
disponibilidade financeira e orçamentária e a com- ter excepcional, cadastrar, para fins do financia-
patibilidade com as metas de resultados fiscais es- mento de que trata esta Lei, cursos para os quais
tabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias. (Pará- não haja processo de avaliação concluído.
grafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, § 3º (Revogado pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) § 4º Para os efeitos do disposto nesta Lei, os
§ 7º As decisões que apresentem impacto fis- encargos educacionais referidos no caput deste
cal serão tomadas por unanimidade dos repre- artigo considerarão todos os descontos aplicados
sentantes da União no CG-Fies. (Parágrafo acrescido pela instituição, regulares ou temporários, de ca-
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na ráter coletivo, conforme regulamento, ou decor-
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) rentes de convênios com instituições públicas ou
§ 8º Na composição do CG-Fies, a representação privadas, incluídos os descontos concedidos de-
do Ministério da Educação: (Parágrafo acrescido pela vido ao seu pagamento pontual, respeitada a pro-
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) porcionalidade da carga horária. (Parágrafo acrescido
I – exercerá a Presidência e a Vice-Presidência; pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, e com redação dada pela
II – terá direito a voto de desempate, no exercí- Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
cio da Presidência, sem prejuízo do disposto no § 7º § 5º O descumprimento das obrigações as-
deste artigo. sumidas nos termos de adesão ao Fies e de
79
participação nos processos seletivos conduzidos sobre: (Caput do parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552,
pelo Ministério da Educação sujeita as instituições de 19/11/2007, e com redação dada pela Medida Pro-
de ensino às seguintes penalidades: (Caput do pa- visória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
rágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, e com de 7/12/2017)
redação dada pela Lei nº 13.366, de 1º/12/2016) I – a dilatação dos prazos previstos no inciso I e
I – impossibilidade de adesão ao Fies por até na alínea b do inciso V do art. 5º desta Lei; (Inciso
três processos seletivos consecutivos, sem pre- acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
juízo para os estudantes já financiados; (Inciso II – (Revogado pela Medida Provisória 785, de 6/7/2017,
acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, e com redação convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
dada pela Lei nº 13.366, de 1º/12/2016) III – outras condições especiais para contrata-
II – ressarcimento ao Fies dos encargos educacio- ção do financiamento do Fies para cursos especí-
nais indevidamente cobrados, conforme o disposto ficos. (Inciso acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
no § 4º deste artigo, bem como dos custos efetiva- § 8º As medidas tomadas com amparo no § 7º
mente incorridos pelo agente operador e pelos deste artigo não alcançarão contratos já firmados,
agentes financeiros na correção dos saldos e flu- bem como seus respectivos aditamentos. (Parágrafo
xos financeiros, retroativamente à data da infração, acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
sem prejuízo do previsto no inciso I deste parágrafo; § 9º Os contratos e aditamentos de financiamen-
(Inciso acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, e com tos concedidos no âmbito do Fies até o segundo
redação dada pela Lei nº 13.366, de 1º/12/2016) semestre de 2017, inclusive, serão condicionados
III – multa; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.366, à adesão da entidade mantenedora de instituição
de 1º/12/2016) de ensino ao Fies e ao fundo de que trata o inciso
IV – exclusão da instituição de ensino como be- III do caput do art. 7º da Lei nº 12.087, de 11 de no-
neficiária de novas vagas no âmbito do Fies na hi- vembro de 2009, nos termos de seu estatuto. (Pa-
pótese de não atendimento aos critérios de quali- rágrafo acrescido pela Lei nº 12.873, de 24/10/2013, e com
dade de crédito e aos requisitos de que trata o § 9º redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
do art. 1º desta Lei por mais de 2 (dois) ciclos de § 10. A oferta de novos financiamentos no âm-
avaliação consecutivos, de acordo com a periodi- bito do Fies e os aditamentos, a partir do primeiro
cidade definida pelo CG-Fies, sem prejuízo da ma- semestre de 2018, serão condicionados à adesão
nutenção dos estudantes já financiados, inclusive da entidade mantenedora de instituição de en-
no que diz respeito à obrigação de sanar as irregu- sino ao Fies e ao FG-Fies, de que trata o art. 6º-G
laridades relativas à qualidade dos serviços presta- desta Lei, nos termos de seu estatuto. (Parágrafo
dos, sob pena de multa. (Inciso acrescido pela Medida acrescido pela Lei nº 12.873, de 24/10/2013, e com redação
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, dada pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
de 7/12/2017) na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
§ 6º Será encerrado o financiamento se for cons- § 11. Para aderir ao Fies, a instituição de ensino
tatada, a qualquer tempo, inidoneidade de do- deverá comprometer-se a realizar aportes ao FG-
cumento apresentado ou falsidade de informação -Fies por meio da aplicação dos seguintes percen-
prestada pelo estudante à instituição de ensino, ao tuais sobre os encargos educacionais: (Caput do pa-
Ministério da Educação, ao agente operador ou rágrafo acrescido pela Lei nº 13.366, de 1º/12/2016, e com
ao agente financeiro, hipótese em que o estudante redação dada pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
permanecerá obrigado a realizar o pagamento do convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
saldo devedor constituído até a data de encerra- I – 13% (treze por cento) no primeiro ano da
mento do financiamento, devidamente atuali- entidade mantenedora no FG-Fies; (Inciso acrescido
zado, na forma estabelecida em regulamento. (Pa- pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
rágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, e com Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
redação dada pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, II – entre 10% (dez por cento) e 25% (vinte e
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) cinco por cento) do segundo ao quinto ano da
§ 7º O Ministério da Educação, nos termos do entidade mantenedora no FG-Fies, variável em
art. 3º desta Lei, poderá criar regime especial na função da evasão dos estudantes e do não pa-
forma a ser estabelecida em regulamento, nos ter- gamento da coparticipação ou de outros valores
mos do que for aprovado pelo CG-Fies, para dispor devidos pelo estudante financiado pelo Fies, na
80
LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
forma a ser estabelecida em regulamento, nos financiado pelo Fies, e não será garantido pela
termos do que for aprovado pelo CG-Fies; e (Inciso União, pelo agente financeiro ou pelo agente
acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con- operador, e a obrigação de repasse à entidade
vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) mantenedora somente será gerada após o rece-
III – a razão entre o valor apurado para paga- bimento pelo agente financeiro do pagamento de-
mento da honra e o valor mensal esperado do vido pelo estudante. (Parágrafo acrescido pela Medida
pagamento pelo financiado, referentes ao ano Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
anterior, da carteira da entidade mantenedora, de 7/12/2017)
na forma a ser estabelecida em regulamento, nos § 17. A exclusão da instituição de ensino nos ter-
termos do que for aprovado pelo CG-Fies, após mos do inciso IV do § 5º deste artigo não a isenta
o quinto ano da entidade mantenedora no FG- de responsabilidade quanto ao risco de crédito
-Fies. (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, dos financiamentos já concedidos. (Parágrafo acres-
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) cido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
§ 12. Para o sexto e o sétimo anos da entidade man- na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
tenedora no FG-Fies, a razão de que trata o inciso III § 18. Por ocasião da primeira contratação de fi-
do § 11 deste artigo não poderá ser inferior a 10% nanciamento pelo estudante com o Fies, indepen-
(dez por cento). (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.366, dentemente do semestre que estiver cursando, o
de 1º/12/2016, e com redação dada pela Medida Provi-
valor total do curso a ser financiado na instituição
sória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de
de ensino será estipulado em contrato. (Parágrafo
7/12/2017)
acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con-
§ 13. O percentual de contribuição ao FG-Fies de
vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
que trata o inciso I do § 11 deste artigo poderá va-
§ 19. O valor dos encargos educacionais que su-
riar em função do porte das instituições de ensino,
perar o das bolsas parciais concedidas no âmbito do
nos termos do que for aprovado pelo CG-Fies. (Pará-
Programa Universidade para Todos (Prouni) poderá
grafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
ser objeto do financiamento de que trata o caput
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.530, de
§ 14. Para os financiamentos pelo Fies inferio-
7/12/2017)
res a 100% (cem por cento) dos encargos educa-
cionais, a parcela não financiada será paga pelo Art. 4º-A. A instituição de ensino poderá praticar
estudante em boleto único ao agente financeiro, o valores de encargos educacionais diferenciados
qual fará os repasses devidos às entidades mante- a menor em favor do estudante financiado, ve-
nedoras até o segundo dia útil subsequente ao da dada qualquer forma de discriminação em razão
compensação bancária, sem ônus adicionais para da concessão do benefício. (Artigo acrescido pela
elas. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de Lei nº 13.366, de 1º/12/2016)
6/7/2017, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, Parágrafo único. O benefício de que trata o
de 7/12/2017) caput deste artigo se estende ao valor da mensa-
§ 15. A forma de reajuste referida no § 1º-A deste lidade pago diretamente pelo estudante à institui-
artigo será estipulada no momento da contratação ção de ensino.
do financiamento do curso pelo estudante com o
Art. 4º-B. O agente operador poderá estabelecer
Fies, tomará, como base, índice de preço oficial
valores máximos e mínimos de financiamento,
definido pelo CG-Fies, obedecerá ao percentual
conforme regulamentação do Ministério da Edu-
estabelecido pela instituição de ensino superior
cação, nos termos do que for aprovado pelo
incidente sobre o referido índice de preço oficial,
CG-Fies. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.366, de 1º/12/2016,
que vigerá durante todo o contrato, e a ela não se
e com redação dada pela Medida Provisória nº 785, de
aplicará a planilha de custo a que se refere o § 3º do
6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
art. 1º da Lei nº 9.870, de 23 de novembro de 1999.
(Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de Art. 5º Os financiamentos concedidos com recur-
6/7/2017, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, sos do Fies até o segundo semestre de 2017 e os
de 7/12/2017) seus aditamentos observarão o seguinte: (Caput do
§ 16. O valor correspondente ao percentual não artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 785, de
financiado será de responsabilidade do estudante 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
81
I – prazo: não poderá ser superior à duração VIII – possibilidade de utilização pelo estu-
regular do curso, abrangendo todo o período em dante do Fundo de que trata o inciso III do art. 7º
que o Fies custear os encargos educacionais a que da Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, ca-
se refere o art. 4º desta Lei, inclusive o período de bendo ao Ministério da Educação dispor sobre as
suspensão temporária, ressalvado o disposto condições de sua ocorrência de forma exclusiva
no § 3º deste artigo; (Inciso com redação dada pela ou concomitante com as garantias previstas no in-
Lei nº 11.552, de 19/11/2007) ciso III. (Inciso acrescido pela Lei nº 12.873, de 24/10/2013)
II – juros, capitalizados mensalmente, a serem § 1º Ao longo do período de utilização do finan-
estipulados pelo CMN; (Inciso com redação dada pela ciamento, inclusive no período de carência, o es-
Medida Provisória nº 517, de 30/12/2010, convertida na tudante financiado fica obrigado a pagar os juros
Lei nº 12.431, de 24/6/2011) incidentes sobre o financiamento, na forma regu-
III – oferecimento de garantias adequadas pelo lamentada pelo agente operador. (Parágrafo com re-
estudante financiado ou pela entidade mantene- dação dada pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
dora da instituição de ensino; (Inciso com redação § 2º É facultado ao estudante financiado, a qual-
dada pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010) quer tempo, realizar amortizações extraordinárias
IV – carência: de 18 (dezoito) meses contados a ou a liquidação do saldo devedor, dispensada a
partir do mês imediatamente subsequente ao da cobrança de juros sobre as parcelas vincendas. (Pa-
conclusão do curso, mantido o pagamento dos rágrafo com redação dada pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
juros nos termos do § 1º deste artigo; (Inciso com
§ 3º Excepcionalmente, por iniciativa do estu-
redação dada pela Lei nº 11.941, de 27/5/2009)
dante, a instituição de ensino à qual esteja vin-
V – (Revogado pela Medida Provisória nº 501, de 6/9/2010,
culado poderá dilatar em até um ano o prazo de
convertida na Lei nº 12.385, de 3/3/2011)
utilização de que trata o inciso I do caput, hipó-
VI – risco: as instituições de ensino partici-
tese na qual as condições de amortização perma-
parão do risco do financiamento, na condição
necerão aquelas definidas no inciso V também do
de devedores solidários, nos seguintes limites
caput. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.202, de
percentuais: (Caput do inciso com redação dada pela
14/1/2010)
Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
§ 4º Na hipótese de verificação de inadimplên-
a) (Revogada pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
cia do estudante com o pagamento dos juros de
b) 30% (trinta por cento) por operação contra-
que trata o § 1º deste artigo ou de inidoneidade
tada, sobre parcela não garantida por fundos ins-
cadastral do(s) fiador(es) após a assinatura do
tituídos na forma do inciso III do caput do art. 7º
contrato, ficará sobrestado o aditamento do fi-
da Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, para
nanciamento até a comprovação da restauração
as instituições de ensino inadimplentes com as
obrigações tributárias federais; e (Alínea acrescida da adimplência do estudante ou da idoneidade
pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, e com redação dada
ou a substituição do fiador inidôneo, respeitado o
pela Medida Provisória nº 564, de 3/4/2012, convertida prazo de suspensão temporária do contrato. (Pará-
na Lei nº 12.712, de 30/8/2012) grafo com redação dada pela Lei nº 13.366, de 1º/12/2016)
c) 15% (quinze por cento) por operação contra- § 5º O contrato de financiamento poderá prever
tada, sobre parcela não garantida por fundos insti- a amortização mediante débito em conta corrente
tuídos na forma do inciso III do caput do art. 7º da do estudante ou autorização para desconto em
Lei nº 12.087, de 11 de novembro de 2009, para folha de pagamento, na forma da Lei nº 10.820, de
as instituições de ensino adimplentes com as 17 de dezembro de 2003, preservadas as garantias
obrigações tributárias federais; (Alínea acrescida e as condições pactuadas originalmente, inclusive
pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, e com redação dada as dos fiadores. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552,
pela Medida Provisória nº 564, de 3/4/2012, convertida na de 19/11/2007, e com redação dada pela Lei nº 13.366,
Lei nº 12.712, de 30/8/2012) de 1º/12/2016)
VII – comprovação de idoneidade cadastral § 6º (Vetado na Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
do(s) fiador(es) na assinatura dos contratos e ter- § 7º (Revogado pela Medida Provisória nº 785, de
mos aditivos, observando o disposto no § 9º deste 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
artigo; (Inciso acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, § 8º Em caso de transferência de curso, aplicam-
e com redação dada pela Lei nº 12.801, de 24/4/2013) -se ao financiamento os juros relativos ao curso de
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dalidades: de 7/12/2017)
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6/7/2017, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con-
de 7/12/2017) vertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
a) o empregador ou o contratante nos termos § 3º Excepcionalmente, por iniciativa do estu-
da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, pessoa dante financiado pelo Fies, a instituição de ensino à
física ou jurídica, de direito público ou privado, qual esteja vinculado poderá dilatar em até 4 (qua-
que será responsável pela retenção na fonte do tro) semestres o prazo para a conclusão regular do
percentual da remuneração bruta, fixado em con- curso financiado. (Parágrafo acrescido pela Medida
trato, e pelo repasse, observado o limite de 5% Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
(cinco por cento), quando se tratar de verbas res- de 7/12/2017)
cisórias; (Alínea acrescida pela Medida Provisória nº 785, § 4º Na hipótese de verificação de inadimplência
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) do estudante em relação ao pagamento dos encar-
b) o sócio de pessoa jurídica financiado pelo gos operacionais de que trata o § 1º deste artigo
Fies, que será responsável pelo recolhimento do ou da parcela não financiada de que trata o § 14
percentual incidente sobre o total das verbas de do art. 4º desta Lei ou de inidoneidade cadastral do
natureza remuneratória recebidas da sociedade, fiador após a assinatura do contrato, o aditamento
especialmente lucros, dividendos e pro labore; (Alí- do financiamento será sobrestado até a comprova-
nea acrescida pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, ção da restauração da adimplência do estudante
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) ou da restauração da idoneidade do fiador ou de
c) o trabalhador autônomo financiado pelo sua substituição, sem prejuízo das cobranças pelas
Fies, que será responsável pelo recolhimento do formas legais admitidas e respeitado o prazo de
percentual fixado em contrato, calculado sobre a suspensão temporária do contrato. (Parágrafo acres-
renda mensal auferida com a sua atividade profis- cido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
sional; (Alínea acrescida pela Medida Provisória nº 785, de e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) § 5º É o agente financeiro autorizado a pactuar
d) o financiado pelo Fies que tenha renda ou condições especiais de amortização ou alonga-
proventos não previstos nas alíneas a, b e c deste mento excepcional de prazos para os estudantes,
inciso, que será responsável pelo recolhimento do por meio de estímulos à liquidação, ao reparcela-
percentual fixado em contrato, incidente sobre mento e ao reescalonamento das dívidas do Fies,
tais rendas ou proventos recebidos a qualquer admitida a concessão de descontos incidentes
título em cada mês. (Alínea acrescida pela Medida sobre os encargos contratuais e o saldo devedor
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, da dívida, conforme regulamentação do CG-Fies.
de 7/12/2017) (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de
§ 1º Ao longo do período de utilização do finan- 6/7/2017, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530,
ciamento e do período de amortização, o estudante de 7/12/2017)
financiado pelo Fies é obrigado a pagar diretamente § 6º Na hipótese de transferência de curso, serão
ao agente financeiro parcelas mensais referentes aplicados ao financiamento os juros relativos ao
aos gastos operacionais com o Fies, na forma es- curso de destino, a partir da data da transferên-
tabelecida em regulamento editado pelo Ministé- cia. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785,
rio da Educação, nos termos do que for aprovado de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
pelo CG-Fies. (Parágrafo acrescido pela Medida Provi- § 7º Para os fins do disposto no inciso III do
sória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de caput deste artigo, o estudante poderá oferecer
7/12/2017) fiança ou outras formas de garantia definidas em
§ 2º É facultado ao estudante financiado, volun- regulamento, nos termos aprovados pelo CG-Fies.
tariamente e a qualquer tempo, realizar amortiza- (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de
ções extraordinárias ou a quitação do saldo deve- 6/7/2017, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530,
dor, com redução dos encargos incidentes sobre de 7/12/2017)
a operação proporcional ao período de utilização § 8º Eventuais alterações dos juros estabelecidos
do financiamento, sem prejuízo da concessão de na forma do inciso II do caput deste artigo incidi-
desconto em caso de liquidação antecipada da dí- rão somente sobre os contratos firmados a partir
vida, nos termos definidos pelo CG-Fies. (Parágrafo da data de entrada em vigor da alteração. (Parágrafo
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acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con- Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação
vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
§ 9º A utilização exclusiva do FG-Fies para ga- § 15. O Fies restituirá, no prazo de 30 (trinta) dias,
rantir operações de crédito no âmbito do Fies dis- contado da data de formalização do pedido de res-
pensa o estudante de oferecer a garantia prevista sarcimento, o valor de pagamento não voluntário
no § 7º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Medida feito a maior do que o valor devido pelo financiado,
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, acrescido de atualização monetária ou juros, nos
de 7/12/2017) termos do que for aprovado pelo CG-Fies. (Parágrafo
§ 10. Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con-
valor máximo que poderá ser financiado pelo Fies vertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
será o correspondente a 2 (dois) semestres letivos, § 16. Para efeito do disposto na alínea a do in-
mantidas a incidência de juros e as demais condi- ciso VIII do caput deste artigo: (Caput do parágrafo
ções de amortização de que trata este artigo. (Pará- acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con-
grafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) I – o estudante financiado é obrigado a infor-
§ 11. Ao firmar o contrato de financiamento, mar ao empregador a sua condição de devedor
o estudante financiado ou o seu representante do Fies e a verificar se as parcelas mensais ob-
legal autorizará: (Parágrafo acrescido pela Medida Pro- jeto do financiamento estão sendo devidamente
visória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, recolhidas, cabendo à instituição consignatária
de 7/12/2017) adotar as providências para registro da consig-
I – a amortização, em caráter irrevogável e ir- nação em folha de pagamento; (Inciso acrescido
retratável, nas formas previstas no inciso VIII do pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
caput deste artigo; Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
II – o débito em conta corrente do saldo devedor II – o empregador é obrigado a consultar o sis-
vencido e não pago. tema disponibilizado pelo Ministério da Educação,
§ 12. Os contratos em vigor poderão ser alte- ou por outro órgão a ser definido em regulamento,
rados, a requerimento do estudante financiado para fins de retenção e repasse à instituição con-
ou do seu representante legal, para contemplar signatária do valor mensal vinculado à renda do
as formas de amortização previstas no inciso VIII empregado ou do servidor financiado pelo Fies;
do caput deste artigo, observadas as condições (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
previstas no § 11 deste artigo. (Parágrafo acrescido convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na III – as retenções destinadas ao pagamento
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) dos financiamentos de que trata esta Lei terão
§ 13. A parcela não financiada de que trata preferência sobre outras da mesma natureza que
o § 14 do art. 4º desta Lei será decorrente de per- venham a ser autorizadas posteriormente pelo
centual dos encargos educacionais, o qual será financiado pelo Fies. (Inciso acrescido pela Medida
definido em regulamento em função da renda Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
Fies e do valor do curso financiado, nos termos do § 17. Será de 20% (vinte por cento) o percentual
que for aprovado pelo CG-Fies. (Parágrafo acrescido máximo de vinculação de renda ou proventos bru-
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na tos de qualquer natureza de que trata o inciso VIII
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) do caput deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Medida
§ 14. Os valores financiados considerarão a área Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação
curso financiado, a localização geográfica da ins- Art. 6º Na hipótese de inadimplemento das pres-
tituição de ensino, observadas as condições defi- tações devidas pelo estudante financiado pelo
nidas em ato do Ministro de Estado da Educação, Fies, o agente financeiro promoverá a cobrança
nos termos do que for aprovado pelo CG-Fies, e administrativa das parcelas vencidas com o
os limites de financiamento a que se refere o § 2º rigor praticado na cobrança dos créditos pró-
do art. 3º desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Medida prios, e adotará as medidas cabíveis com vistas à
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recuperação das parcelas em atraso, nos termos § 2º O estudante que já estiver em efetivo exer-
do que for aprovado pelo CG-Fies, incluídos os en- cício na rede pública de educação básica com jor-
cargos contratuais incidentes. (Caput do artigo com nada de, no mínimo, 20 (vinte) horas semanais, por
redação dada pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, ocasião da matrícula no curso de licenciatura, terá
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) direito ao abatimento de que trata o caput desde o
§ 1º Recebida a ação de execução e antes de início do curso. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.202,
receber os embargos, o juiz designará audiência de 14/1/2010)
preliminar de conciliação, a realizar-se no prazo § 3º O estudante graduado em Medicina que
de 15 (quinze) dias, para a qual serão as partes optar por ingressar em programa credenciado
intimadas a comparecer, podendo fazer-se repre- Medicina pela Comissão Nacional de Residência
sentar por procurador ou preposto, com poderes Médica, de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho
para transigir. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 1981, e em especialidades prioritárias defini-
de 19/11/2007, e com redação dada pela Lei nº 12.513, das em ato do Ministro de Estado da Saúde terá o
de 26/10/2011) período de carência estendido por todo o período
§ 2º Obtida a conciliação, será reduzida a termo de duração da residência médica. (Parágrafo acres-
e homologada por sentença. (Parágrafo acrescido cido pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007, e com redação dada pela § 4º O abatimento mensal referido no caput será
Lei nº 12.513, de 26/10/2011) operacionalizado anualmente pelo agente ope-
§ 3º Não efetuada a conciliação, terá prossegui- rador do Fies, vedado o primeiro abatimento em
mento o processo de execução. (Parágrafo acrescido prazo inferior a 1 (um) ano de trabalho. (Parágrafo
pela Lei nº 12.513, de 26/10/2011) acrescido pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
§ 4º O agente financeiro cobrará as parcelas de § 5º No período em que obtiverem o abatimento
encargos educacionais não financiados com re- do saldo devedor, na forma do caput, os estudan-
cursos do Fies. (Parágrafo acrescido pela Medida Provi- tes ficam desobrigados da amortização de que
sória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação dada trata o inciso V do caput do art. 5º. (Parágrafo acres-
pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) cido pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
Art. 6º-A. (Artigo acrescido pela Lei nº 11.482, de 31/5/2007, § 6º O estudante financiado que deixar de aten-
e revogado pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) der às condições previstas neste artigo deverá
amortizar a parcela remanescente do saldo deve-
Art. 6º-B. O Fies poderá abater, na forma do re-
dor regularmente, na forma do inciso V do art. 5º.
gulamento, mensalmente, 1,00% (um inteiro por
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
cento) do saldo devedor consolidado, incluídos os
§ 7º Somente farão jus ao abatimento mensal
juros devidos no período e independentemente
referido no caput deste artigo os financiamentos
da data de contratação do financiamento, dos es-
contratados até o segundo semestre de 2017. (Pará-
tudantes que exercerem as seguintes profissões:
grafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
(Caput acrescido pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
I – professor em efetivo exercício na rede pú-
blica de educação básica com jornada de, no Art. 6º-C. No prazo para embargos, reconhecendo
mínimo, 20 (vinte) horas semanais, graduado o crédito do exequente e comprovando o depósito
em licenciatura; e (Inciso acrescido pela Lei nº 12.202, de 10% (dez por cento) do valor em execução, in-
de 14/1/2010) clusive custas e honorários de advogado, poderá o
II – médico integrante de equipe de saúde da executado requerer que lhe seja admitido pagar
família oficialmente cadastrada ou médico mili- o restante em até 12 (doze) parcelas mensais. (Ar-
tar das Forças Armadas, com atuação em áreas e tigo acrescido pela Lei nº 12.513, de 26/10/2011)
regiões com carência e dificuldade de retenção § 1º O valor de cada prestação mensal, por oca-
desse profissional, definidas como prioritárias sião do pagamento, será acrescido de juros equi-
pelo Ministério da Saúde, na forma do regula- valentes à taxa referencial do Sistema Especial de
mento. (Inciso acrescido pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010, Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais
e com redação dada pela Lei nº 13.366, de 1º/12/2016) acumulada mensalmente, calculados a partir do
§ 1º (Vetado) (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.202, mês subsequente ao da consolidação até o mês
de 14/1/2010) anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento)
87
relativamente ao mês em que o pagamento estiver Lei. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de
sendo efetuado. 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
§ 2º Sendo a proposta deferida pelo juiz, o exe- § 3º Somente farão jus ao abatimento mensal
quente levantará a quantia depositada e serão sus- de que trata o caput deste artigo os financiamen-
pensos os atos executivos; caso indeferida, seguir- tos contratados a partir do primeiro semestre de
-se-ão os atos executivos, mantido o depósito. 2018. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785,
§ 3º O inadimplemento de qualquer das presta- de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
ções implicará, de pleno direito, o vencimento das
subsequentes e o prosseguimento do processo, CAPÍTULO II-A
DO FUNDO GARANTIDOR DO FUNDO
com o imediato início dos atos executivos, im-
DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL
posta ao executado multa de 10% (dez por cento)
(Capítulo acrescido pela Medida Provisória nº 785,
sobre o valor das prestações não pagas e vedada
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
a oposição de embargos.
Art. 6º-G. É a União autorizada a participar, no li-
Art. 6º-D. Nos casos de falecimento ou invalidez
mite global de até R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões
permanente do estudante financiado pelo Fies, o
de reais), de fundo de natureza privada, denomi-
saldo devedor será absorvido por seguro presta-
nado Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), que tem
mista obrigatório, a ser contratado pelo estudante
por função garantir o crédito do Fies. (Caput do ar-
logo após a assinatura do contrato de financia-
tigo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
mento do Fies, no prazo estabelecido no contrato
convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de
de financiamento, exceto quanto aos contratos
7/12/2017)
firmados até o segundo semestre de 2017. (Artigo
acrescido pela Lei nº 12.513, de 26/10/2011, e com redação § 1º A integralização de cotas pela União será au-
dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) torizada por decreto e poderá ser realizada a cri-
tério do Ministro de Estado da Fazenda por meio
Art. 6º-E. (Revogado pela Medida Provisória nº 785,
de: (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785,
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Art. 6º-F. O Fies poderá abater mensalmente, na I – moeda corrente;
forma a ser estabelecida em regulamento, nos ter- II – títulos públicos;
mos do que for aprovado pelo CG-Fies, 1% (um por III – ações de sociedades nas quais a União
cento) do saldo devedor consolidado, incluídos os tenha participação minoritária;
juros devidos no período e independentemente IV – ações de sociedades de economia mista fe-
da data de contratação do financiamento, dos
derais excedentes ao necessário para manuten-
estudantes de que tratam o inciso I do caput e o
ção de seu controle acionário;
§ 2º do art. 6º-B desta Lei e até 50% (cinquenta
V – outros recursos.
por cento) do valor mensal devido pelo financiado
§ 2º A representação da União na assembleia de
pelo Fies dos estudantes de que trata o inciso II do
cotistas ocorrerá na forma estabelecida no inciso V
caput do art. 6º-B desta Lei. (Caput do artigo acrescido
do caput do art. 10 do Decreto-Lei nº 147, de 3 de
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e
fevereiro de 1967. (Parágrafo acrescido pela Medida Pro-
com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
visória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de
§ 1º O abatimento mensal referido no caput
7/12/2017)
deste artigo será operacionalizado anualmente
pelo agente operador do Fies, vedado o primeiro § 3º O FG-Fies não contará com qualquer tipo de
abatimento em prazo inferior a 1 (um) ano de tra- garantia ou aval por parte do poder público e res-
balho. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, ponderá por suas obrigações até o limite dos bens
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) e dos direitos integrantes de seu patrimônio. (Pará-
§ 2º O direito ao abatimento mensal referido no grafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
caput deste artigo será sustado, na forma a ser es- convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
tabelecida em regulamento, pelo agente operador § 4º O FG-Fies terá natureza privada e patrimô-
do Fies, nas hipóteses em que o estudante finan- nio próprio separado do patrimônio dos cotistas
ciado deixar de atender às condições previstas nos e da instituição administradora e será sujeito a
incisos I e II do caput e no § 2º do art. 6º-B desta direitos e obrigações próprios. (Parágrafo acrescido
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LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na refere o § 6º do art. 6º-G desta Lei ao Conselho de
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) Participação do FG-Fies para exame prévio.
§ 5º O FG-Fies poderá ser criado, administrado,
CAPÍTULO III
gerido e representado judicial e extrajudicial- DOS TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA
mente por instituição financeira controlada, di-
Art. 7º Fica a União autorizada a emitir títulos da
reta ou indiretamente, pela União, observadas
dívida pública em favor do Fies.
as normas a que se refere o inciso XXII do caput
§ 1º Os títulos a que se referem o caput serão
do art. 4º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de
representados por certificados de emissão do Te-
1964. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785,
souro Nacional, com características definidas em
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
ato do Poder Executivo.
§ 6º O estatuto do FG-Fies disporá sobre: (Pará-
§ 2º Os certificados a que se refere o parágrafo
grafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
anterior serão emitidos sob a forma de colocação
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
direta, ao par, mediante solicitação expressa do
I – as operações passíveis de garantia pelo
Fies à Secretaria do Tesouro Nacional.
FG-Fies;
§ 3º Os recursos em moeda corrente entregues
II – a competência para a instituição adminis-
pelo Fies em contrapartida à colocação direta dos
tradora do FG-Fies deliberar sobre a gestão e a
certificados serão utilizados exclusivamente para
alienação dos bens e dos direitos do Fundo, de
abatimento da dívida pública de responsabilidade
forma a zelar pela manutenção de sua rentabili-
do Tesouro Nacional.
dade e liquidez;
III – a remuneração da instituição administra- Art. 8º Em contrapartida à colocação direta dos
dora do FG-Fies; certificados, fica o Fies autorizado a utilizar em
IV – o aporte das entidades mantenedoras de pagamento os créditos securitizados recebidos
que trata o § 11 do art. 4º desta Lei; na forma do art. 14.
V – a previsão de que os aportes das mantene- Art. 9º Os certificados de que trata o art. 7º serão
doras de ensino serão destacados dos encargos destinados pelo Fies exclusivamente ao paga-
educacionais devidos mensalmente à entidade mento às mantenedoras de instituições de ensino
mantenedora pelo agente operador e repassados dos encargos educacionais relativos às operações
ao FG-Fies em moeda corrente; de financiamento realizadas com recursos. (Artigo
VI – a previsão de que a honra associada à com redação dada pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
carteira de entidade mantenedora, devida pelo
Art. 10. Os certificados de que trata o art. 7º serão
FG-Fies, será debitada das cotas dessa entidade
utilizados para pagamento das contribuições so-
mantenedora;
ciais previstas nas alíneas a e c do parágrafo único
VII – a indicação de que as cotas integralizadas
do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991,
pela União somente serão utilizadas na hipótese de
bem como das contribuições previstas no art. 3º
as cotas de entidade mantenedora não serem sufi-
da Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007. (Caput do
cientes para cobertura da honra dos financiamen-
artigo com redação dada pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
tos originados por essa entidade mantenedora.
§ 1º É vedada a negociação dos certificados de
Art. 6º-H. É criado o Conselho de Participação do que trata o caput com outras pessoas jurídicas de
FG-Fies, órgão colegiado cujas composição e com- direito privado. (Parágrafo com redação dada pela
petência serão estabelecidas em ato do Poder Exe- Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
cutivo federal, assegurada a representação, como § 2º (Revogado pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
cotistas, das mantenedoras das instituições de § 3º Não havendo débitos de caráter previden-
educação superior. (Artigo acrescido pela Medida Pro- ciário, os certificados poderão ser utilizados para
visória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação dada o pagamento de quaisquer tributos administra-
pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) dos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil,
Parágrafo único. A habilitação do FG-Fies para e respectivos débitos, constituídos ou não, inscri-
receber a participação da União de que trata o tos ou não em dívida ativa, ajuizados ou a ajui-
caput do art. 6º-G é condicionada à submissão, zar, exigíveis ou com exigibilidade suspensa, bem
pela instituição financeira, do estatuto a que se como de multas, de juros e de demais encargos
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legais incidentes. (Parágrafo com redação dada pela I – pela Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, re-
Lei nº 12.202, de 14/1/2010) lativamente às contribuições sociais previstas nas
§ 4º O disposto no § 3º deste artigo não abrange alíneas a e c do parágrafo único do art. 11 da men-
taxas de órgãos ou entidades da administração cionada Lei, não se aplicando o disposto no § 1º do
pública direta e indireta e débitos relativos ao art. 38 da mesma Lei;
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). II – pela Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002,
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) em relação aos demais tributos, não se aplicando
§ 5º Por opção da entidade mantenedora, os o disposto no § 2º do art. 13 e no inciso I do caput
débitos referidos no § 3º deste artigo poderão do art. 14 da mencionada Lei.
ser quitados mediante parcelamento em até § 11. Os débitos incluídos no parcelamento
120 (cento e vinte) prestações mensais. (Parágrafo serão consolidados no mês do requerimento. (Pa-
acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) rágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
§ 6º A opção referida no § 5º deste artigo implica § 12. O parcelamento deverá ser requerido pe-
obrigatoriedade de inclusão de todos os débitos rante a Secretaria da Receita Federal do Brasil e,
da entidade mantenedora, tais como os integran- em relação aos débitos inscritos em Dívida Ativa,
tes do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) e perante a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacio-
do parcelamento a ele alternativo, de que trata a nal, até o dia 30 de abril de 2008. (Parágrafo acrescido
Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000, os compreendi- pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
dos no âmbito do Parcelamento Especial (Paes), de § 13. Os pagamentos de que trata este artigo
que trata a Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003, e serão efetuados nos termos das normas fixadas
do Parcelamento Excepcional (Paex), disciplinado pelo Ministério da Fazenda. (Parágrafo com redação
pela Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de dada pela Medida Provisória nº 501, de 6/9/2010, convertida
2006, bem como quaisquer outros débitos objeto na Lei nº 12.385, de 3/3/2011)
de programas governamentais de parcelamento. § 14. O valor de cada prestação será apurado
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) pela divisão do débito consolidado pela quanti-
§ 7º Para os fins do disposto no § 6º deste ar- dade de prestações em que o parcelamento for
tigo, serão rescindidos todos os parcelamentos da concedido, acrescido de juros equivalentes à taxa
entidade mantenedora referentes aos tributos de referencial do Sistema Especial de Liquidação e de
que trata o § 3º deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada
Lei nº 11.552, de 19/11/2007) mensalmente, calculados a partir da data da con-
§ 8º Poderão ser incluídos no parcelamento os solidação até o mês anterior ao do pagamento, e
débitos que se encontrem com exigibilidade sus- de 1% (um por cento) relativamente ao mês em
pensa por força do disposto nos incisos III a V do que o pagamento estiver sendo efetuado. (Pará-
caput do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro grafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
de 1966 (Código Tributário Nacional), desde que § 15. Se o valor dos certificados utilizados não
a entidade mantenedora desista expressamente for suficiente para integral liquidação da parcela,
e de forma irrevogável da impugnação ou do re- o saldo remanescente deverá ser liquidado em
curso interposto, ou da ação judicial e, cumula- moeda corrente. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552,
tivamente, renuncie a quaisquer alegações de de 19/11/2007)
direito sobre as quais se fundam os referidos pro- § 16. O parcelamento independerá de apre-
cessos administrativos e ações judiciais. (Parágrafo sentação de garantia ou de arrolamento de bens,
acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) mantidos os gravames decorrentes de medida
§ 9º O parcelamento de débitos relacionados a cautelar fiscal e as garantias de débitos transferi-
ações judiciais implica transformação em paga- dos de outras modalidades de parcelamento e de
mento definitivo dos valores eventualmente depo- execução fiscal. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552,
sitados em juízo, vinculados às respectivas ações. de 19/11/2007)
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) § 17. A opção da entidade mantenedora pelo par-
§ 10. O parcelamento reger-se-á pelo disposto celamento implica: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552,
nesta Lei e, subsidiariamente: (Parágrafo acrescido de 19/11/2007)
pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) I – confissão irrevogável e irretratável dos débitos;
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LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
II – aceitação plena e irretratável de todas as Parágrafo único. O agente operador fica autori-
condições estabelecidas; zado a solicitar na Secretaria do Tesouro Nacional
III – cumprimento regular das obrigações para o resgate dos certificados de que trata o caput. (Pa-
com o FGTS e demais obrigações tributárias cor- rágrafo único acrescido pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
rentes; e Art. 12. A Secretaria do Tesouro Nacional fica auto-
IV – manutenção da vinculação ao Prouni e do rizada a resgatar antecipadamente, mediante soli-
credenciamento da instituição e reconhecimento citação formal do Fies e atestada pelo INSS, os cer-
do curso, nos termos do art. 46 da Lei nº 9.394, tificados com data de emissão até 10 de novembro
de 20 de dezembro de 1996. de 2000 em poder de instituições de ensino que, na
§ 18. O parcelamento será rescindido nas hipó- data de solicitação do resgate, tenham satisfeito as
teses previstas na legislação referida no § 10 deste obrigações previdenciárias correntes, inclusive os
artigo, bem como na hipótese de descumprimento débitos exigíveis, constituídos, inscritos ou ajui-
do disposto nos incisos III ou IV do § 17 deste artigo. zados e que atendam, concomitantemente, as se-
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) guintes condições: (Caput do artigo com redação dada
§ 19. Para fins de rescisão em decorrência de pela Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
descumprimento do disposto nos incisos III ou IV I – não estejam em atraso nos pagamentos re-
do § 17 deste artigo, a Caixa Econômica Federal e ferentes aos acordos de parcelamentos devidos
o Ministério da Educação, respectivamente, apre- ao INSS;
sentarão à Secretaria da Receita Federal do Brasil II – não possuam acordos de parcelamentos de
e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, tri- contribuições sociais relativas aos segurados em-
mestralmente, relação das entidades mantenedo- pregados;
ras que o descumprirem. (Parágrafo acrescido pela III – se optantes do Programa de Recuperação
Lei nº 11.552, de 19/11/2007) Fiscal (Refis), não tenham incluído contribuições
§ 20. A rescisão do parcelamento implicará exi- sociais arrecadadas pelo INSS;
gibilidade imediata da totalidade do débito con- IV – não estejam em atraso nos pagamentos
fessado e ainda não quitado e automática exe- dos tributos administrados pela Secretaria da Re-
cução da garantia prestada, restabelecendo-se, ceita Federal do Brasil. (Inciso com redação dada pela
em relação ao montante não pago, os acréscimos Lei nº 11.552, de 19/11/2007)
legais na forma da legislação aplicável à época da Parágrafo único. Das instituições de ensino que
ocorrência dos respectivos fatos geradores. (Pará- possuam acordos de parcelamentos com o INSS e
grafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) que se enquadrem neste artigo poderão ser resga-
§ 21. As entidades mantenedoras que optarem tados até 50% (cinquenta por cento) do valor dos
pelo parcelamento não poderão, enquanto este certificados, ficando estas obrigadas a utilizarem
não for quitado, parcelar quaisquer outros dé- os certificados restantes, em seu poder, na amor-
bitos perante a Secretaria da Receita Federal do tização dos aludidos acordos de parcelamentos.
Brasil e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. (Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 12.202,
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) de 14/1/2010)
§ 22. A Secretaria da Receita Federal do Brasil e Art. 13. O Fies recomprará, no mínimo a cada
a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, no âm- trimestre, ao par, os certificados aludidos no
bito de suas competências, poderão editar atos art. 9º, mediante utilização dos recursos referi-
necessários à execução do disposto neste artigo. dos no art. 2º, ressalvado o disposto no art. 16,
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) em poder das instituições de ensino que atendam
Art. 11. A Secretaria do Tesouro Nacional resga- ao disposto no art. 12. (Artigo com redação dada pela
tará, mediante solicitação da Secretaria da Re- Lei nº 12.202, de 14/1/2010)
ceita Federal do Brasil e da Procuradoria-Geral da Art. 14. Para fins da alienação de que trata o in-
Fazenda Nacional, os certificados utilizados para ciso III do § 1º do art. 2º, fica o Fies autorizado a
quitação dos tributos na forma do art. 10 desta Lei, receber em pagamento créditos securitizados de
conforme estabelecido em regulamento. (Caput do responsabilidade do Tesouro Nacional, originá-
artigo com redação dada pela Lei nº 11.552, de 19/11/2007) rios das operações de securitização de dívidas na
91
forma prevista na alínea b do inciso II do § 2º do § 5º O disposto no caput deste artigo somente
art. 1º da Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000. se aplica após a disponibilização ao empregador
Parágrafo único. Para efeito do recebimento do sistema a que se refere o inciso II do § 16 do
dos créditos securitizados na forma prevista no art. 5º-C desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Medida Pro-
caput será observado o critério de equivalência visória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação dada
econômica entre os ativos envolvidos. pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Art. 15. As operações a que se referem os arts. 8º a Art. 15-B. O descumprimento das obrigações de
11 serão realizadas ao par, ressalvadas as referidas reter e repassar o valor da amortização mensal do
no § 1º do art. 10. financiamento do Fies ensejará a aplicação, pelo
Ministério da Educação, de multa equivalente ao
CAPÍTULO III-A
DAS RESPONSABILIDADES dobro do valor total devido. (Artigo acrescido pela
E DAS PENALIDADES Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com
(Capítulo acrescido pela Medida Provisória nº 785, redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Art. 15-C. A multa a que se refere o art. 15-B desta
Art. 15-A. O empregador que deixar de reter ou Lei equivalerá a 3 (três) vezes o valor mensal vin-
repassar à instituição consignatária os valores cor- culado à renda, na hipótese de restar comprovado,
respondentes ao pagamento do financiamento es- em processo de apuração de responsabilidades,
tudantil responderá como devedor solidário ex- que o descumprimento das obrigações tenha
clusivamente pelos valores consignados em folha decorrido de má-fé do financiado ou de seu em-
de pagamento, na forma desta Lei e de seu regula- pregador, na forma a ser estabelecida em regu-
mento. (Caput do artigo acrescido pela Medida Provisória lamento. (Caput do artigo acrescido pela Medida Provi-
nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação dada pela sória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) 7/12/2017)
§ 1º É vedada a inclusão do nome do financiado § 1º Na hipótese prevista no caput deste artigo,
pelo Fies em cadastro de inadimplentes quando o a pena pecuniária será acrescida de juros equiva-
valor mensal vinculado à renda for retido e o em- lentes à taxa referencial do Selic para títulos fe-
pregador ou a instituição financeira não o repas- derais, no período compreendido entre a data do
sar à instituição consignatária. (Parágrafo acrescido cometimento do descumprimento da obrigação
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na e a data do efetivo pagamento. (Parágrafo acrescido
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
§ 2º Constatada a hipótese prevista no § 1º deste Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
artigo, é cabível o ajuizamento de ação monitória, § 2º Estão sujeitos ao disposto neste artigo:
nos termos da legislação processual civil, contra o (Caput do parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 785,
empregador ou a instituição financeira e os seus re- de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
presentantes legais. (Parágrafo acrescido pela Medida I – os familiares cujas rendas tenham sido utili-
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, zadas para obter o financiamento; (Inciso acrescido
de 7/12/2017) pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
§ 3º Na hipótese de falência do empregador II – os terceiros que concorrerem para fraudar
antes do repasse das importâncias descontadas o Fies, especialmente aqueles que fornecerem in-
dos mutuários, o direito de receber as importân- formações cadastrais falsas ou deixarem de repas-
cias retidas é assegurado à instituição consigna- sar as amortizações mensais do financiamento.
tária, na forma prevista em lei. (Parágrafo acrescido (Inciso acrescido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na § 3º Em caso de reincidência, o valor da multa
Lei nº 13.530, de 7/12/2017) será aplicado em dobro. (Parágrafo acrescido pela
§ 4º A instituição financeira poderá, em acordo Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
celebrado com o empregador, assumir a respon- Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
sabilidade pela retenção de que trata a alínea a do § 4º É dispensado do pagamento da multa o
inciso VIII do caput do art. 5º-C desta Lei. (Parágrafo responsável que reparar o dano antes da noti-
acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con- ficação formal, em processo para apuração de
vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) responsabilidade. (Parágrafo acrescido pela Medida
92
LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de
de 7/12/2017) 7/12/2017)
§ 5º Ressalvada a hipótese prevista no § 4º § 1º O valor total do curso originalmente finan-
deste artigo, é vedado fixar pena igual ou inferior ciado será discriminado no contrato de financia-
à vantagem auferida, quando for possível deter- mento estudantil da modalidade do Fies prevista
minar esse valor. (Parágrafo acrescido pela Medida no art. 15-D desta Lei, o qual especificará, no mí-
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, nimo, o valor da mensalidade no momento da con-
de 7/12/2017) tratação e o índice de reajuste ao longo do tempo,
CAPÍTULO III-B na forma a ser estabelecida em regulamento. (Pará-
DO PROGRAMA DE FINANCIAMENTO grafo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
ESTUDANTIL convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de
(Capítulo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 7/12/2017)
6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
§ 2º Para os efeitos do disposto nesta Lei, os
Art. 15-D. É instituído, nos termos desta Lei, o Pro- encargos educacionais referidos no caput deste
grama de Financiamento Estudantil, destinado à artigo considerarão todos os descontos aplica-
concessão de financiamento a estudantes em cur- dos pela instituição, regulares ou temporários,
sos superiores não gratuitos, com avaliação posi- de caráter coletivo ou decorrentes de convênios
tiva nos processos conduzidos pelo Ministério da com instituições públicas ou privadas, incluídos
Educação, de acordo com regulamentação própria, os descontos concedidos devido ao seu paga-
e que também tratará das faixas de renda abran- mento pontual, respeitada a proporcionalidade
gidas por essa modalidade do Fies. (Artigo acrescido da carga horária. (Parágrafo acrescido pela Medida
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) de 7/12/2017)
§ 1º Aplica-se à modalidade do Fies prevista no
Art. 15-F. Na modalidade do Fies a que se refere
caput deste artigo o disposto no art. 1º, no art. 3º,
exceto quanto ao § 3º, e no art. 5º-B desta Lei. o art. 15-D desta Lei: (Caput do artigo acrescido pela
§ 2º A concessão da modalidade do Fies prevista Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com
modalidade prevista no Capítulo I desta Lei, será I – não haverá garantia do FG-Fies e do Fundo
aplicável somente ao rol de cursos definido pelo de Garantia de Operações de Crédito Educativo
CG-Fies. (FGeduc) na forma prevista no inciso III do caput
§ 3º O valor máximo de financiamento na hipó- do art. 7º da Lei nº 12.087, de 11 de novembro de
tese de dilação da duração regular do curso de 2009; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
que trata o § 3º do art. 5º desta Lei poderá ser am- II – poderão ser oferecidos como garantia, no
pliado na modalidade do Fies prevista no caput financiamento concedido ao trabalhador ou a
deste artigo, desde que sejam utilizados recursos qualquer de seus dependentes constantes da de-
próprios das instituições financeiras. claração de composição familiar para fins de aná-
Art. 15-E. São passíveis de financiamento pela mo- lise de elegibilidade do Fies: (Inciso acrescido pela Lei
dalidade do Fies prevista no art. 15-D desta Lei até nº 13.530, de 7/12/2017
100% (cem por cento) dos encargos educacionais a) até 10% (dez por cento) do saldo de sua
cobrados dos estudantes pelas instituições de en- conta vinculada ao FGTS, limite que poderá ser
sino devidamente cadastradas para esse fim pelo elevado pelo respectivo Conselho Curador, de-
Ministério da Educação, em contraprestação aos vendo o valor correspondente a esse percentual
cursos referidos no art. 1º desta Lei em que estejam ser calculado e retido no momento da tomada do
regularmente matriculados, vedada a cobrança financiamento e o trabalhador impossibilitado de
de qualquer valor ou taxa adicional sobre o valor movimentá-lo nas hipóteses previstas no art. 20
total do curso originalmente financiado, fixado no da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, enquanto
momento da contratação do financiamento pelo vigente a garantia prevista neste inciso;
estudante com as instituições de ensino. (Caput do b) até 100% (cem por cento) do valor da multa
artigo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, paga pelo empregador; )
93
III – somente poderá ser acionada a garantia Art. 15-I. O Conselho Monetário Nacional definirá
de que trata o inciso II deste artigo na ocorrência os critérios e as condições gerais das operações de
das hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 18 da crédito da modalidade de financiamento de que
Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, e na ocasião trata o art. 15-D desta Lei. (Artigo acrescido pela Medida
prevista no art. 484-A do Decreto-Lei nº 5.452, de Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Tra- de 7/12/2017)
balho); (Inciso acrescido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) Seção I
IV – não se aplica o disposto no § 2º do art. 2º da Das Fontes de Recursos
Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, à garantia re- (Seção acrescida pela Medida Provisória nº 785,
ferida no inciso II deste artigo; (Inciso acrescido pela de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Art. 15-J. Constituem recursos da modalidade do
V – só poderão ser oferecidos os limites de ga- Fies de que trata o art. 15-D desta Lei: (Caput do ar-
rantia de que trata o inciso II deste artigo caso não tigo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
estejam sendo utilizados nas operações de cré- convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
dito consignado de que trata o § 5º do art. 1º da I – os advindos dos seguintes fundos de desen-
Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de 2003; (Inciso volvimento: (Inciso acrescido pela Medida Provisó-
acrescido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) ria nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de
VI – caso os percentuais de garantia de que 7/12/2017)
trata o inciso II deste artigo estejam sendo uti- a) Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste
lizados, o trabalhador é impossibilitado de ofe- (FDCO), instituído pela Lei Complementar nº 129,
recê-los como garantia nas operações de cré- de 8 de janeiro de 2009;
dito consignado de que trata o § 5º do art. 1º da b) Fundo de Desenvolvimento do Nordeste
Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de 2003; (Inciso (FDNE), instituído pela Medida Provisória nº 2.156-
acrescido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) 5, de 24 de agosto de 2001;
VII – cabe ao agente operador do FGTS definir c) Fundo de Desenvolvimento da Amazônia
os procedimentos operacionais necessários à exe- (FDA), instituído pela Medida Provisória nº 2.157-
cução do disposto nos incisos II, III, IV, V e VI deste 5, de 24 de agosto de 2001;
artigo, nos termos do inciso II do caput do art. 7º II – os advindos dos seguintes fundos constitucio-
da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. (Inciso acres- nais de financiamento, instituídos pela Lei nº 7.827,
cido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) de 27 de setembro de 1989: (Inciso acrescido pela
Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
Art. 15-G. As condições de concessão do finan-
Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
ciamento ao estudante serão definidas entre o
a) Fundo Constitucional de Financiamento do
agente financeiro operador do crédito, a insti-
Norte (FNO);
tuição de ensino superior e o estudante, obede-
b) Fundo Constitucional de Financiamento do
cidos os critérios estabelecidos pelo Conselho
Nordeste (FNE);
Monetário Nacional. (Artigo acrescido pela Medida
c) Fundo Constitucional de Financiamento do
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
Centro-Oeste (FCO);
de 7/12/2017)
III – os advindos do Banco Nacional de Desen-
Art. 15-H. Na hipótese de verificação de inadim- volvimento Econômico e Social (BNDES); (Inciso
plência do estudante com o financiamento a que acrescido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
se refere o art. 15-D desta Lei ou de inidoneidade IV – outras receitas que lhe forem destinadas.
cadastral após a assinatura do contrato, o agente (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
financeiro operador do crédito poderá suspender convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
o financiamento até a comprovação da restau- Parágrafo único. A aplicação dos recursos a que
ração da adimplência ou da idoneidade, respei- se referem os incisos I e II do caput deste artigo
tado o prazo de suspensão temporária do con- terá a finalidade de diminuir as desigualdades
trato. (Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de regionais e prover o mercado com mão de obra
6/7/2017, convertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, qualificada para atendimento da demanda do
de 7/12/2017) setor produtivo da região e deverá: (Parágrafo único
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LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con- IV – assumir risco de crédito em cada opera-
vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) ção, nos termos definidos pelo CG-Fies, e para as
I – ser efetuada na respectiva região; fontes de que tratam os incisos I e II do caput do
II – ser precedida de estudo técnico regional; art. 15-J desta Lei, observando o disposto na legis-
III – ser compatível com o respectivo plano re- lação específica de cada fundo; (Inciso acrescido pela
gional de desenvolvimento; Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com
IV – atender às carências efetivas ou potenciais redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
do mercado de trabalho da região; V – apresentar ao Ministério da Educação e aos
V – considerar as vocações produtivas regionais gestores das fontes de recursos, até o décimo dia
e locais identificadas no estudo técnico regional. de cada mês, relatório referente aos contratos vi-
gentes, renegociados e liquidados no mês anterior,
Art. 15-K. A concessão de fontes de financiamento
que conterá, no mínimo: (Caput do inciso acrescido
para os agentes financeiros operadores poderá ser
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e
feita nas seguintes modalidades: (Caput do artigo
com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con-
a) número do contrato; (Alínea acrescida pela
vertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
I – leilão; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) b) nome do devedor; (Alínea acrescida pela Medida
II – adesão; (Inciso acrescido pela Medida Provisória Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) de 7/12/2017)
III – outras modalidades definidas em regu- c) saldo devedor; (Alínea acrescida pela Medida
lamento, nos termos do que for aprovado pelo Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
CG-Fies. (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 7/12/2017)
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) d) valor renegociado ou liquidado; (Alínea acres-
Seção II cida pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
Dos Agentes Financeiros na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Operadores de Crédito e) quantidade e valor de prestações; (Alínea acres-
(Seção acrescida pela Medida Provisória nº 785, cida pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
de 6/7/2017, convertida e com redação dada na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) f) taxa de juros; (Alínea acrescida pela Medida Pro-
visória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
Art. 15-L. Compete aos agentes financeiros ope-
de 7/12/2017)
radores de crédito: (Caput do artigo acrescido pela Me-
g) valor referente à amortização e às taxas de
dida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com reda-
juros cobradas pelas fontes de recursos; (Alínea
ção dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
acrescida pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con-
I – gerir os recursos solicitados para a utiliza-
vertida e com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
ção da modalidade do Fies de que trata o art. 15-D
h) outras informações solicitadas pelo Minis-
desta Lei, conforme a fonte de recursos a ela des- tério da Educação; (Alínea acrescida pela Medida Pro-
tinados, na forma a ser estabelecida em regu- visória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
lamento, nos termos do que for aprovado pelo de 7/12/2017)
CG-Fies; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, VI – negociar os aspectos de contratação dos
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) financiamentos, observados os critérios e as con-
II – fiscalizar e comprovar as informações pres- dições estabelecidos pelo Conselho Monetário
tadas pelo proponente; (Inciso acrescido pela Medida Nacional e o disposto no art. 3º desta Lei; (Inciso
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con-
de 7/12/2017) vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
III – propor e solicitar aos gestores das fontes de VII – restituir os valores devidos referentes a
recursos a liberação de recursos financeiros em amortização e juros ao fundo de origem do recurso,
favor dos proponentes; (Inciso acrescido pela Medida no prazo estabelecido pelo Conselho Monetário
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação Nacional; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785,
dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
95
VIII – implementar as medidas decorrentes dos em valor correspondente à bolsa anteriormente
atos editados pelo Ministro de Estado da Educação, recebida.
nos termos do que for aprovado pelo CG-Fies, rela- Parágrafo único. Aos financiamentos de que
tivos à alocação e à aplicação dos recursos da mo- trata o caput deste artigo não se aplica o disposto
dalidade do Fies de que trata o art. 15-D desta Lei; na parte final do art. 1º e no § 1º do art. 4º.
(Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, Art. 18. Fica vedada, a partir da publicação
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) desta Lei, a inclusão de novos beneficiários no
IX – atender a outras diretrizes e normas relati- Programa de Crédito Educativo de que trata a
vas às atividades das instituições financeiras no Lei nº 8.436, de 1992.
que concerne ao Fies, em ambas as modalidades.
Art. 19. A partir do primeiro semestre de 2001, sem
(Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
prejuízo do cumprimento das demais condições es-
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
tabelecidas nesta Lei, as instituições de ensino en-
Parágrafo único. Para fins do disposto nesta Lei,
quadradas no art. 55 da Lei nº 8.212, de 24 de julho
consideram-se agentes financeiros operadores as de 1991, ficam obrigadas a aplicar o equivalente à
instituições financeiras autorizadas pelo Banco contribuição calculada nos termos do art. 22 da
Central do Brasil, que serão selecionadas nos ter- referida Lei na concessão de bolsas de estudo,
mos do art. 15-K desta Lei. (Parágrafo único acrescido no percentual igual ou superior a 50% dos encar-
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e gos educacionais cobrados pelas instituições de
com redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) ensino, a alunos comprovadamente carentes e re-
Art. 15-M. Nas hipóteses de falecimento ou inva- gularmente matriculados.
lidez permanente do estudante financiado pela § 1º A seleção dos alunos a serem beneficiados
modalidade do Fies de que trata o art. 15-D desta nos termos do caput será realizada em cada ins-
Lei, o saldo devedor será absorvido pela institui- tituição por uma comissão constituída paritaria-
ção financeira que concedeu o financiamento, si- mente por representantes da direção, do corpo
tuação em que é admitido o seguro prestamista, docente e da entidade de representação discente.
nos termos fixados pela instituição financeira. (Ar- § 2º Nas instituições que não ministrem en-
tigo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
sino superior caberão aos pais dos alunos regu-
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
larmente matriculados os assentos reservados à
representação discente na comissão de que trata
Parágrafo único. As hipóteses a que se refere o
o parágrafo anterior.
caput deste artigo deverão ser devidamente com-
§ 3º Nas instituições de ensino em que não hou-
provadas, na forma da legislação pertinente.
ver representação estudantil ou de pais organi-
CAPÍTULO IV zada, caberá ao dirigente da instituição proceder
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS à eleição dos representantes na comissão de que
(Denominação do capítulo com redação dada pela trata o § 1º.
Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
§ 4º Após a conclusão do processo de seleção, a
Art. 16. Nos exercícios de 1999 e seguintes, das re- instituição de ensino deverá encaminhar ao MEC
ceitas referidas nos incisos I, II e V do art. 2º serão e ao INSS a relação de todos os alunos, com en-
deduzidos os recursos necessários ao pagamento dereço e dados pessoais, que receberam bolsas
dos encargos educacionais contratados no âmbito de estudo.
do Programa de Crédito Educativo de que trata a § 5º As instituições de ensino substituirão os
Lei nº 8.436, de 1992. alunos beneficiados que não efetivarem suas ma-
trículas no prazo regulamentar, observados os cri-
Art. 17. Excepcionalmente, no exercício de 1999,
térios de seleção dispostos neste artigo.
farão jus ao financiamento de que trata esta Lei,
com efeitos a partir de 1º de maio de 1999, os Art. 20. Ficam convalidados os atos praticados
estudantes comprovadamente carentes que te- com base na Medida Provisória nº 2.094-28, de
nham deixado de beneficiar-se de bolsas de es- 13 de junho de 2001, e nas suas antecessoras.
tudos integrais ou parciais concedidas pelas insti- Art. 20-A. (Revogado pela Medida Provisória nº 785,
tuições referidas no art. 4º da Lei nº 9.732, de 1998, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
96
LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001
Art. 20-B. O Ministério da Educação regulamen- acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con-
tará as condições e o prazo para a transição do vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
agente operador, tanto para os contratos de finan- I – §§ 1º, 7º, 8º e 9º do art. 1º; (Inciso acrescido pela
ciamento formalizados até o segundo semestre Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com
de 2017 quanto para os contratos formalizados a redação dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
partir do primeiro semestre de 2018. (Caput do ar- II – art. 1º-A; (Inciso acrescido pela Medida Provisória
tigo acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) III – incisos I e III do caput do art. 3º; (Inciso acres-
cido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
§ 1º Enquanto não houver a regulamentação de
na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
que trata o caput deste artigo, o FNDE dará con-
IV – §§ 1º, 2º, 4º, 5º e 7º do art. 3º; (Inciso acrescido
tinuidade às atribuições decorrentes do encargo
pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida na
de agente operador. (Parágrafo único acrescido pela
Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertido e renu-
V – § 1º-A, inciso IV do § 5º, § 7º, incisos II e III do
merado pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
§ 11, § 12 e § 15 do art. 4º; (Inciso acrescido pela Medida
§ 2º É autorizada a contratação da Caixa Eco-
Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação
nômica Federal, com fundamento no inciso VIII
dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
do caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho
VI – art. 4º-B; (Inciso acrescido pela Medida Pro-
de 1993, para exercer as atribuições previstas no
visória nº 785, de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530,
§ 3º do art. 3º desta Lei, facultada à União eventual de 7/12/2017)
contratação de outra instituição financeira pú- VII – § 1º do art. 5º-A; (Inciso acrescido pela Medida
blica federal disciplinada pelo disposto no § 8º do Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida e com redação
art. 2º desta Lei, sob o mesmo fundamento legal. dada pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
(Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.530, de 7/12/2017) VIII – incisos I, VII e VIII do caput do art. 5º-C; (In-
Art. 20-C. O disposto no Capítulo III desta Lei ciso acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017,
aplica-se aos financiamentos do Fies concedidos convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017)
anteriormente à data de publicação da Medida IX – §§ 1º, 7º, 13, 14 e 15 do art. 5º-C; (Inciso acres-
Provisória nº 785, de 6 de julho de 2017. (Artigo cido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, convertida
97
Art. 20-G. A instituição financeira pública federal responsabilidades sociais das instituições de edu-
que exercer as atribuições previstas no § 3º do cação superior, por meio da valorização de sua mis-
art. 3º desta Lei também será responsável pela são pública, da promoção dos valores democráticos,
administração do FGeduc dos financiamentos for- do respeito à diferença e à diversidade, da afirma-
malizados até o segundo semestre de 2017. (Artigo ção da autonomia e da identidade institucional.
acrescido pela Medida Provisória nº 785, de 6/7/2017, con- § 2º O Sinaes será desenvolvido em cooperação
vertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) com os sistemas de ensino dos Estados e do Dis-
trito Federal.
Art. 20-H. A instituição financeira pública federal
a que se refere o art. 20-G desta Lei, além de pro- Art. 2º O Sinaes, ao promover a avaliação de insti-
mover a cobrança administrativa nos termos do tuições, de cursos e de desempenho dos estudan-
art. 6º desta Lei, também promoverá a cobrança tes, deverá assegurar:
judicial dos débitos referentes aos financiamen- I – avaliação institucional, interna e externa,
tos e encargos concedidos até o segundo semes- contemplando a análise global e integrada das
tre de 2017, nos termos do que for aprovado pelo dimensões, estruturas, relações, compromisso
CG-Fies. (Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 785, social, atividades, finalidades e responsabilida-
de 6/7/2017, convertida na Lei nº 13.530, de 7/12/2017) des sociais das instituições de educação superior
e de seus cursos;
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua
II – o caráter público de todos os procedimen-
publicação.
tos, dados e resultados dos processos avaliativos;
Art. 22. Fica revogado o parágrafo único do art. 9º III – o respeito à identidade e à diversidade de
da Lei nº 10.207, de 23 de março de 2001. instituições e de cursos;
Brasília, 12 de julho de 2001; 180º da IV – a participação do corpo discente, docente
Independência e 113º da República. e técnico-administrativo das instituições de edu-
cação superior, e da sociedade civil, por meio de
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Pedro Malan suas representações.
Paulo Renato Souza Parágrafo único. Os resultados da avaliação re-
Martus Tavares ferida no caput deste artigo constituirão referen-
Roberto Brant
cial básico dos processos de regulação e supervi-
são da educação superior, neles compreendidos
LEI Nº 10.861, DE 14 DE ABRIL DE 2004 o credenciamento e a renovação de credencia-
(Publicada no DOU de 15/4/2004)
mento de instituições de educação superior, a
Institui o Sistema Nacional de Avaliação autorização, o reconhecimento e a renovação de
da Educação Superior (Sinaes) e dá outras reconhecimento de cursos de graduação.
providências.
Art. 3º A avaliação das instituições de educação
O presidente da República
superior terá por objetivo identificar o seu perfil
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
e o significado de sua atuação, por meio de suas
sanciono a seguinte Lei:
atividades, cursos, programas, projetos e setores,
Art. 1º Fica instituído o Sistema Nacional de Ava- considerando as diferentes dimensões institucio-
liação da Educação Superior (Sinaes), com o obje- nais, dentre elas obrigatoriamente as seguintes:
tivo de assegurar processo nacional de avaliação I – a missão e o plano de desenvolvimento ins-
das instituições de educação superior, dos cursos titucional;
de graduação e do desempenho acadêmico de II – a política para o ensino, a pesquisa, a pós-
seus estudantes, nos termos do art. 9º, VI, VIII e IX, -graduação, a extensão e as respectivas formas de
da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. operacionalização, incluídos os procedimentos
§ 1º O Sinaes tem por finalidades a melhoria para estímulo à produção acadêmica, as bolsas
da qualidade da educação superior, a orienta- de pesquisa, de monitoria e demais modalidades;
ção da expansão da sua oferta, o aumento perma- III – a responsabilidade social da instituição,
nente da sua eficácia institucional e efetividade considerada especialmente no que se refere à
acadêmica e social e, especialmente, a promo- sua contribuição em relação à inclusão social, ao
ção do aprofundamento dos compromissos e desenvolvimento econômico e social, à defesa do
98
LEI Nº 10.861, DE 14 DE ABRIL DE 2004
meio ambiente, da memória cultural, da produ- dentre os quais obrigatoriamente as visitas por
ção artística e do patrimônio cultural; comissões de especialistas das respectivas áreas
IV – a comunicação com a sociedade; do conhecimento.
V – as políticas de pessoal, as carreiras do corpo § 2º A avaliação dos cursos de graduação resul-
docente e do corpo técnico-administrativo, seu tará na atribuição de conceitos, ordenados em
aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional uma escala com 5 (cinco) níveis, a cada uma das
e suas condições de trabalho; dimensões e ao conjunto das dimensões avaliadas.
VI – organização e gestão da instituição, espe- Art. 5º A avaliação do desempenho dos estudan-
cialmente o funcionamento e representatividade tes dos cursos de graduação será realizada me-
dos colegiados, sua independência e autonomia diante aplicação do Exame Nacional de Desem-
na relação com a mantenedora, e a participação penho dos Estudantes (Enade).
dos segmentos da comunidade universitária nos § 1º O Enade aferirá o desempenho dos estu-
processos decisórios; dantes em relação aos conteúdos programáticos
VII – infraestrutura física, especialmente a de previstos nas diretrizes curriculares do respectivo
ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de in- curso de graduação, suas habilidades para ajus-
formação e comunicação; tamento às exigências decorrentes da evolução
VIII – planejamento e avaliação, especialmente do conhecimento e suas competências para com-
os processos, resultados e eficácia da autoavalia- preender temas exteriores ao âmbito específico
ção institucional; de sua profissão, ligados à realidade brasileira e
IX – políticas de atendimento aos estudantes; mundial e a outras áreas do conhecimento.
X – sustentabilidade financeira, tendo em vista § 2º O Enade será aplicado periodicamente, ad-
o significado social da continuidade dos compro- mitida a utilização de procedimentos amostrais,
missos na oferta da educação superior. aos alunos de todos os cursos de graduação, ao
§ 1º Na avaliação das instituições, as dimensões final do primeiro e do último ano de curso.
listadas no caput deste artigo serão consideradas § 3º A periodicidade máxima de aplicação do
de modo a respeitar a diversidade e as especifi- Enade aos estudantes de cada curso de gradua-
cidades das diferentes organizações acadêmicas, ção será trienal.
devendo ser contemplada, no caso das universi- § 4º A aplicação do Enade será acompanhada
dades, de acordo com critérios estabelecidos em de instrumento destinado a levantar o perfil dos
regulamento, pontuação específica pela existên- estudantes, relevante para a compreensão de
cia de programas de pós-graduação e por seu de- seus resultados.
sempenho, conforme a avaliação mantida pela § 5º O Enade é componente curricular obriga-
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de tório dos cursos de graduação, sendo inscrita no
Pessoal de Nível Superior (Capes). histórico escolar do estudante somente a sua si-
§ 2º Para a avaliação das instituições, serão uti- tuação regular com relação a essa obrigação, ates-
lizados procedimentos e instrumentos diversifica- tada pela sua efetiva participação ou, quando for
dos, dentre os quais a autoavaliação e a avaliação o caso, dispensa oficial pelo Ministério da Edu-
externa in loco. cação, na forma estabelecida em regulamento.
§ 3º A avaliação das instituições de educação § 6º Será responsabilidade do dirigente da ins-
superior resultará na aplicação de conceitos, or- tituição de educação superior a inscrição junto ao
denados em uma escala com 5 (cinco) níveis, a Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educa-
cada uma das dimensões e ao conjunto das di- cionais Anísio Teixeira (Inep) de todos os alunos
mensões avaliadas. habilitados à participação no Enade.
Art. 4º A avaliação dos cursos de graduação tem § 7º A não-inscrição de alunos habilitados para
por objetivo identificar as condições de ensino participação no Enade, nos prazos estipulados
oferecidas aos estudantes, em especial as relati- pelo Inep, sujeitará a instituição à aplicação das
vas ao perfil do corpo docente, às instalações físi- sanções previstas no § 2º do art. 10, sem prejuízo
cas e à organização didático-pedagógica. do disposto no art. 12 desta Lei.
§ 1º A avaliação dos cursos de graduação utili- § 8º A avaliação do desempenho dos alunos
zará procedimentos e instrumentos diversificados, de cada curso no Enade será expressa por meio
99
de conceitos, ordenados em uma escala com VII – realizar reuniões ordinárias mensais e ex-
5 (cinco) níveis, tomando por base padrões míni- traordinárias, sempre que convocadas pelo Minis-
mos estabelecidos por especialistas das diferentes tro de Estado da Educação.
áreas do conhecimento. Art. 7º A Conaes terá a seguinte composição:
§ 9º Na divulgação dos resultados da avaliação I – 1 (um) representante do Inep;
é vedada a identificação nominal do resultado in- II – 1 (um) representante da Fundação Coorde-
dividual obtido pelo aluno examinado, que será a nação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
ele exclusivamente fornecido em documento es- Superior (Capes);
pecífico, emitido pelo Inep. III – 3 (três) representantes do Ministério da
§ 10. Aos estudantes de melhor desempenho Educação, sendo 1 (um) obrigatoriamente do
no Enade o Ministério da Educação concederá es- órgão responsável pela regulação e supervisão
tímulo, na forma de bolsa de estudos, ou auxílio da educação superior;
específico, ou ainda alguma outra forma de distin- IV – 1 (um) representante do corpo discente das
ção com objetivo similar, destinado a favorecer a instituições de educação superior;
excelência e a continuidade dos estudos, em nível V – 1 (um) representante do corpo docente das
de graduação ou de pós-graduação, conforme es- instituições de educação superior;
tabelecido em regulamento. VI – 1 (um) representante do corpo técnico-
§ 11. A introdução do Enade, como um dos pro- -administrativo das instituições de educação su-
cedimentos de avaliação do Sinaes, será efetuada perior;
gradativamente, cabendo ao Ministro de Estado VII – 5 (cinco) membros, indicados pelo Ministro
da Educação determinar anualmente os cursos de de Estado da Educação, escolhidos entre cidadãos
graduação a cujos estudantes será aplicado. com notório saber científico, filosófico e artístico,
e reconhecida competência em avaliação ou ges-
Art. 6º Fica instituída, no âmbito do Ministério
tão da educação superior.
da Educação e vinculada ao Gabinete do Ministro
§ 1º Os membros referidos nos incisos I e II do
de Estado, a Comissão Nacional de Avaliação da
caput deste artigo serão designados pelos titula-
Educação Superior (Conaes), órgão colegiado de
res dos órgãos por eles representados e aqueles
coordenação e supervisão do Sinaes, com as atri-
referidos no inciso III do caput deste artigo, pelo
buições de:
Ministro de Estado da Educação.
I – propor e avaliar as dinâmicas, procedimen-
§ 2º O membro referido no inciso IV do caput
tos e mecanismos da avaliação institucional, de
deste artigo será nomeado pelo Presidente da Re-
cursos e de desempenho dos estudantes;
pública para mandato de 2 (dois) anos, vedada a
II – estabelecer diretrizes para organização e recondução.
designação de comissões de avaliação, analisar § 3º Os membros referidos nos incisos V a VII
relatórios, elaborar pareceres e encaminhar reco- do caput deste artigo serão nomeados pelo Pre-
mendações às instâncias competentes; sidente da República para mandato de 3 (três)
III – formular propostas para o desenvolvi- anos, admitida 1 (uma) recondução, observado
mento das instituições de educação superior, com o disposto no parágrafo único do art. 13 desta Lei.
base nas análises e recomendações produzidas § 4º A Conaes será presidida por 1 (um) dos
nos processos de avaliação; membros referidos no inciso VII do caput deste
IV – articular-se com os sistemas estaduais de artigo, eleito pelo colegiado, para mandato de
ensino, visando a estabelecer ações e critérios co- 1 (um) ano, permitida 1 (uma) recondução.
muns de avaliação e supervisão da educação su- § 5º As instituições de educação superior deve-
perior; rão abonar as faltas do estudante que, em decor-
V – submeter anualmente à aprovação do Minis- rência da designação de que trata o inciso IV do
tro de Estado da Educação a relação dos cursos a caput deste artigo, tenha participado de reuniões
cujos estudantes será aplicado o Exame Nacional da Conaes em horário coincidente com as ativida-
de Desempenho dos Estudantes (Enade); des acadêmicas.
VI – elaborar o seu regimento, a ser aprovado § 6º Os membros da Conaes exercem função
em ato do Ministro de Estado da Educação; não remunerada de interesse público relevante,
100
LEI Nº 10.861, DE 14 DE ABRIL DE 2004
com precedência sobre quaisquer outros cargos § 4º Da decisão referida no § 2º deste artigo
públicos de que sejam titulares e, quando convo- caberá recurso dirigido ao Ministro de Estado da
cados, farão jus a transporte e diárias. Educação.
§ 5º O prazo de suspensão da abertura de pro-
Art. 8º A realização da avaliação das instituições,
cesso seletivo de cursos será definido em ato pró-
dos cursos e do desempenho dos estudantes será
prio do órgão do Ministério da Educação referido
responsabilidade do Inep.
no § 3º deste artigo.
Art. 9º O Ministério da Educação tornará público
Art. 11. Cada instituição de ensino superior, pú-
e disponível o resultado da avaliação das institui-
blica ou privada, constituirá Comissão Própria de
ções de ensino superior e de seus cursos.
Avaliação (CPA), no prazo de 60 (sessenta) dias, a
Art. 10. Os resultados considerados insatisfa- contar da publicação desta Lei, com as atribuições
tórios ensejarão a celebração de protocolo de de condução dos processos de avaliação internos
compromisso, a ser firmado entre a instituição da instituição, de sistematização e de prestação
de educação superior e o Ministério da Educação, das informações solicitadas pelo Inep, obedecidas
que deverá conter: as seguintes diretrizes:
I – o diagnóstico objetivo das condições da ins- I – constituição por ato do dirigente máximo da
tituição; instituição de ensino superior, ou por previsão no
II – os encaminhamentos, processos e ações a seu próprio estatuto ou regimento, assegurada a
serem adotados pela instituição de educação su- participação de todos os segmentos da comuni-
perior com vistas na superação das dificuldades dade universitária e da sociedade civil organizada,
detectadas; e vedada a composição que privilegie a maioria
III – a indicação de prazos e metas para o cum- absoluta de um dos segmentos;
primento de ações, expressamente definidas, e a II – atuação autônoma em relação a conselhos
caracterização das respectivas responsabilidades e demais órgãos colegiados existentes na institui-
dos dirigentes; ção de educação superior.
IV – a criação, por parte da instituição de edu-
Art. 12. Os responsáveis pela prestação de infor-
cação superior, de comissão de acompanhamento
mações falsas ou pelo preenchimento de formulá-
do protocolo de compromisso.
rios e relatórios de avaliação que impliquem omis-
§ 1º O protocolo a que se refere o caput deste
são ou distorção de dados a serem fornecidos ao
artigo será público e estará disponível a todos os
Sinaes responderão civil, penal e administrativa-
interessados.
mente por essas condutas.
§ 2º O descumprimento do protocolo de com-
promisso, no todo ou em parte, poderá ensejar a Art. 13. A Conaes será instalada no prazo de
aplicação das seguintes penalidades: 60 (sessenta) dias a contar da publicação desta Lei.
I – suspensão temporária da abertura de pro- Parágrafo único. Quando da constituição da
cesso seletivo de cursos de graduação; Conaes, 2 (dois) dos membros referidos no inciso
II – cassação da autorização de funcionamento VII do caput do art. 7º desta Lei serão nomeados
da instituição de educação superior ou do reco- para mandato de 2 (dois) anos.
nhecimento de cursos por ela oferecidos; Art. 14. O Ministro de Estado da Educação regula-
III – advertência, suspensão ou perda de man- mentará os procedimentos de avaliação do Sinaes.
dato do dirigente responsável pela ação não exe-
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua
cutada, no caso de instituições públicas de ensino
publicação.
superior.
§ 3º As penalidades previstas neste artigo serão Art. 16. Revogam-se a alínea a do § 2º do art. 9º da
aplicadas pelo órgão do Ministério da Educação Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e os arts.
responsável pela regulação e supervisão da edu- 3º e 4º da Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995.
cação superior, ouvida a Câmara de Educação Brasília, 14 de abril de 2004; 183º da
Superior, do Conselho Nacional de Educação, em Independência e 116º da República.
101
LEI Nº 10.880, DE 9 DE JUNHO DE 2004 de que trata o § 1º deste artigo serão calculados
(Publicada no DOU de 11/6/2004) com base nos dados oficiais do censo escolar, rea-
Institui o Programa Nacional de Apoio ao lizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesqui-
Transporte do Escolar (PNATE) e o Programa sas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), relativo ao
de Apoio aos Sistemas de Ensino para Aten- ano imediatamente anterior ao do atendimento.
dimento à Educação de Jovens e Adultos, dis- § 4º A assistência financeira de que trata este
põe sobre o repasse de recursos financeiros do
artigo tem caráter suplementar, conforme o dis-
Programa Brasil Alfabetizado, altera o art. 4º
da Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, posto no inciso VII do art. 208 da Constituição Fe-
e dá outras providências. deral, e destina-se, exclusivamente, ao transporte
O presidente da República escolar do aluno.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu § 5º Os Municípios poderão proceder ao atendi-
sanciono a seguinte Lei: mento do transporte escolar dos alunos matricula-
dos nos estabelecimentos estaduais de ensino,
Art. 1º Esta Lei institui o Programa Nacional de
localizados nas suas respectivas áreas de circuns-
Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e o Pro-
crição, desde que assim acordem os entes, sendo,
grama de Apoio aos Sistemas de Ensino para
nesse caso, autorizado o repasse direto do FNDE
Atendimento à Educação de Jovens e Adultos,
ao Município da correspondente parcela de recur-
dispõe sobre o repasse de recursos financeiros
sos, calculados na forma do § 3º deste artigo.
do Programa Brasil Alfabetizado, altera o art. 4º
§ 6º O repasse previsto no § 5º deste artigo não
da Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e dá
prejudica a transferência dos recursos devidos
outras providências.
pelo Estado aos Municípios em virtude do trans-
Art. 2º Fica instituído o Programa Nacional de porte de alunos matriculados nos estabelecimen-
Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE), no âm- tos de ensino estaduais nos Municípios.
bito do Ministério da Educação, a ser executado
Art. 3º Fica instituído o Programa de Apoio aos
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação
Educação (FNDE), com o objetivo de oferecer
de Jovens e Adultos, no âmbito do Ministério da
transporte escolar aos alunos da educação bá-
Educação, a ser executado pelo FNDE, com o obje-
sica pública, residentes em área rural, por meio
de assistência financeira, em caráter suplementar, tivo de ampliar a oferta de vagas na educação fun-
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, damental pública de jovens e adultos, em cursos
observadas as disposições desta Lei. (Caput do ar- presenciais com avaliação no processo, por meio
tigo com redação dada pela Lei nº 11.947, de 16/6/2009) de assistência financeira, em caráter suplementar,
§ 1º O montante dos recursos financeiros será aos sistemas de ensino estaduais, municipais e do
repassado em parcelas e calculado com base no Distrito Federal.
número de alunos da educação básica pública resi- § 1º O valor da assistência financeira será es-
dentes em área rural que utilizem transporte esco- tabelecido em ato do Ministro de Estado da Edu-
lar oferecido pelos entes referidos no caput deste cação e terá como base: (Parágrafo com redação dada
artigo. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 11.947, de pela Medida Provisória nº 562, de 20/3/2012, convertida na
16/6/2009) Lei nº 12.695, de 25/7/2012)
§ 2º O Conselho Deliberativo do FNDE divulgará, I – o número de estudantes atendidos exclusiva-
a cada exercício financeiro, a forma de cálculo, o mente na educação de jovens e adultos nos esta-
valor a ser repassado aos Estados, ao Distrito Fe- belecimentos públicos de ensino, cujas matrículas
deral e aos Municípios, a periodicidade dos re- ainda não tenham sido computadas no âmbito do
passes, bem como as orientações e instruções Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Edu-
necessárias à execução do PNATE, observado o cação Básica e de Valorização dos Profissionais da
montante de recursos disponíveis para este fim Educação (Fundeb), de que trata a Lei nº 11.494,
constante da Lei Orçamentária Anual, e em suas de 20 de junho de 2007, independentemente da
alterações, aprovadas para o Fundo. situação cadastral no censo escolar; e (Inciso acres-
§ 3º Os recursos financeiros a serem repassados cido pela Medida Provisória nº 562, de 20/3/2012, conver-
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios tida na Lei nº 12.695, de 25/7/2012)
102
LEI Nº 10.880, DE 9 DE JUNHO DE 2004
II – o valor anual mínimo por aluno definido na- termos de regulamentação do Conselho Delibe-
cionalmente para educação de jovens e adultos do rativo do FNDE.
ano anterior ao da assistência financeira, nos ter- § 4º Os saldos dos recursos financeiros apurados
mos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. (In- à conta do Programa de Apoio a Estados e Municí-
ciso acrescido pela Medida Provisória nº 562, de 20/3/2012, pios para Educação Fundamental de Jovens e Adul-
convertida na Lei nº 12.695, de 25/7/2012) tos, instituído pela Medida Provisória nº 2.178-36,
§ 2º O Conselho Deliberativo do FNDE divulgará, de 24 de agosto de 2001, deverão ser incorporados,
a cada exercício financeiro, a forma de cálculo, o no exercício de 2004, ao Programa de Apoio aos Sis-
valor a ser repassado aos sistemas de ensino es- temas de Ensino para Atendimento à Educação de
taduais, municipais e do Distrito Federal, bem Jovens e Adultos, nos termos de regulamentação a
como as orientações e instruções necessárias à ser expedida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.
execução do Programa de Apoio aos Sistemas de § 5º A regulamentação de que trata o § 4º deste
Ensino para Atendimento à Educação de Jovens artigo disporá, para o exercício de 2004, sobre a
e Adultos, observado o montante de recursos dis- obrigatoriedade da utilização do saldo financeiro
poníveis para este fim, constante da Lei Orçamen- em ações específicas para educação fundamental
tária Anual e em suas alterações, aprovadas para pública de jovens e adultos, em cursos presenciais
o Fundo. com avaliação no processo.
§ 3º Os recursos financeiros a serem repassados Art. 5º O acompanhamento e o controle social
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sobre a transferência e aplicação dos recursos re-
de que trata o § 1º deste artigo serão calculados passados à conta do PNATE serão exercidos nos
com base: respectivos Governos dos Estados, do Distrito
I – nos dados oficiais do censo escolar realizado Federal e dos Municípios pelos conselhos previs-
pelo Inep, relativo ao ano imediatamente anterior tos no § 13 do art. 24 da Lei nº 11.494, de 20 de
ao do atendimento; ou junho de 2007. (Caput do artigo com redação dada pela
II – no número de alfabetizados pelo Programa Lei nº 11.947, de 16/6/2009)
Brasil Alfabetizado, nos termos da regulamentação. § 1º Fica o FNDE autorizado a suspender o re-
Art. 4º A transferência de recursos financeiros, passe dos recursos do PNATE nas seguintes hi-
objetivando a execução descentralizada do PNATE póteses: (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 11.947,
e do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino de 16/6/2009)
para Atendimento à Educação de Jovens e Adul- I – omissão na prestação de contas, conforme
tos, será efetivada, automaticamente, pelo FNDE, definido pelo seu Conselho Deliberativo; (Inciso
sem necessidade de convênio, acordo, contrato, com redação dada pela Lei nº 11.947, de 16/6/2009)
ajuste ou instrumento congênere, mediante de- II – rejeição da prestação de contas; (Inciso com
pósito em conta-corrente específica. redação dada pela Lei nº 11.947, de 16/6/2009)
§ 1º Os recursos financeiros de que trata o caput III – utilização dos recursos em desacordo com
deste artigo deverão ser incluídos nos orçamentos os critérios estabelecidos para a execução do Pro-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios grama, conforme constatado por análise documen-
beneficiados. tal ou de auditoria. (Inciso acrescido pela Medida Pro-
§ 2º Os saldos dos recursos financeiros recebi- visória nº 455, de 28/1/2009, convertida na Lei nº 11.947,
dos à conta dos Programas a que se refere o caput de 16/6/2009)
deste artigo, existentes em 31 de dezembro, de- § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
verão ser reprogramados para o exercício subse- pios garantirão a infraestrutura necessária à exe-
quente, com estrita observância ao objeto de sua cução plena das competências dos Conselhos a
transferência, nos termos de regulamentação do que se refere o caput deste artigo.
Conselho Deliberativo do FNDE. § 3º Os Conselhos a que se refere o caput deste
§ 3º A parcela dos saldos, incorporados na artigo deverão acompanhar a execução do PNATE
forma do § 2º deste artigo, que exceder a 30% e do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino
(trinta por cento) do valor previsto para os repas- para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos,
ses à conta do PNATE, no exercício no qual se der podendo, para tanto, requisitar do Poder Executivo
a incorporação, será deduzida daquele valor, nos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
103
os dados, informações e documentos relacionados número de alfabetizandos e alfabetizadores, con-
à utilização dos recursos transferidos. forme disposto em regulamentação.
§ 2º O Ministério da Educação divulgará, a cada
Art. 6º Os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
exercício financeiro, a forma de cálculo, o valor a
cípios apresentarão prestação de contas do total
ser repassado aos Estados, ao Distrito Federal e
dos recursos recebidos à conta do PNATE e do
aos Municípios, bem como as orientações e instru-
Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para
ções necessárias à execução do Programa Brasil
Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, na
Alfabetizado, observado o montante de recursos
forma e prazo a serem definidos em regulamenta-
disponíveis para este fim, constante da Lei Orça-
ção do Conselho Deliberativo do FNDE.
mentária Anual e em suas alterações, aprovadas
§ 1º A prestação de contas dos Programas a que
para o Fundo.
se refere o caput deste artigo será apresentada ao
§ 3º O Programa Brasil Alfabetizado poderá
respectivo Conselho, no prazo estabelecido pelo ser executado pelo FNDE, desde que os recursos
Conselho Deliberativo do FNDE. sejam consignados ao orçamento daquele Fundo,
§ 2º Os Conselhos a que se refere o art. 5º desta ou a ele descentralizados.
Lei analisarão a prestação de contas e encaminha-
Art. 8º A transferência de recursos financeiros,
rão ao FNDE demonstrativo sintético anual da exe-
objetivando a execução descentralizada do Pro-
cução físico-financeira dos recursos repassados
grama Brasil Alfabetizado, será efetivada, auto-
à conta dos Programas, com parecer conclusivo
maticamente, pelo Ministério da Educação aos
acerca da aplicação dos recursos transferidos.
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem
§ 3º O responsável pela prestação de contas,
necessidade de convênio, acordo, contrato, ajuste
que inserir ou fizer inserir documentos ou decla-
ou instrumento congênere, mediante depósito em
ração falsa ou diversa da que deveria ser inscrita,
conta-corrente específica.
com o fim de alterar a verdade sobre o fato, res-
§ 1º Os recursos financeiros de que trata o caput
ponderá civil, penal e administrativamente. deste artigo deverão ser incluídos nos orçamentos
§ 4º Os documentos que instruem a prestação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
de contas, juntamente com os comprovantes de beneficiados.
pagamentos efetuados com os recursos financei- § 2º Os saldos dos recursos financeiros recebi-
ros transferidos na forma desta Lei, serão mantidos dos à conta do Programa Brasil Alfabetizado, exis-
pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municí- tentes em 31 de dezembro, deverão ser reprogra-
pios em seus arquivos pelo prazo de 5 (cinco) anos, mados para o exercício subsequente, com estrita
a contar da data da aprovação da prestação de observância ao objeto de sua transferência, nos
contas do FNDE pelo Tribunal de Contas da União. termos da regulamentação.
§ 5º Os Estados, o Distrito Federal e os Muni- § 3º A bolsa referida no § 1º do art. 11 desta Lei
cípios deverão disponibilizar a documentação poderá ser paga ao voluntário diretamente pela
referida no § 4º deste artigo ao Tribunal de Con- União, observadas as normas do FNDE. (Parágrafo
tas da União, ao FNDE, aos órgãos do Sistema de acrescido pela Lei nº 11.507, de 20/7/2007)
Controle Interno do Poder Executivo Federal e aos Art. 9º Os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
Conselhos previstos no art. 5º desta Lei, sempre cípios apresentarão prestação de contas do total
que solicitado, bem como divulgar seus dados dos recursos recebidos à conta do Programa Brasil
e informações de acordo com a Lei nº 9.755, de Alfabetizado, na forma e prazo a serem definidos
16 de dezembro de 1998. em regulamentação.
Art. 7º A transferência dos recursos consignados Parágrafo único. O Ministério da Educação ela-
no orçamento da União, a cargo do Ministério borará relatórios anuais da execução do Programa
da Educação, para execução do Programa Brasil Brasil Alfabetizado, que serão submetidos à aná-
Alfabetizado, quando destinados aos Estados, ao lise da Comissão Nacional de Alfabetização.
Distrito Federal e aos Municípios, observará as dis- Art. 10. A fiscalização da aplicação dos recur-
posições desta Lei. sos financeiros relativos aos Programas de que
§ 1º O montante dos recursos financeiros será trata esta Lei é de competência do Ministério da
repassado em parcelas e calculado com base no Educação, do FNDE e dos órgãos do Sistema de
104
LEI Nº 11.096, DE 13 DE JANEIRO DE 2005
Controle Interno do Poder Executivo Federal e será § 1º O alfabetizador poderá receber uma bolsa
feita mediante a realização de auditorias, fiscaliza- para atualização e custeio das despesas realizadas
ções, inspeções e análise dos processos que origi- no desempenho de suas atividades no Programa.
narem as respectivas prestações de contas. § 2º Os resultados e as atividades desenvolvidas
§ 1º A fiscalização de que trata o caput deste pelo alfabetizador serão avaliados pelo Ministério
artigo deverá, ainda, ser realizada pelos Conse- da Educação.
lhos referidos no art. 5º desta Lei na execução do § 3º O valor e os critérios para concessão e ma-
PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas de nutenção da bolsa serão fixados pelo Ministério
Ensino para Atendimento à Educação de Jovens da Educação.
e Adultos e pela Comissão Nacional de Alfabetiza- § 4º Entende-se por alfabetizadores os profes-
ção na execução do Programa Brasil Alfabetizado. sores da rede pública ou privada ou outros agen-
§ 2º Os órgãos incumbidos da fiscalização da tes, nos termos do regulamento, que, voluntaria-
aplicação dos recursos financeiros destinados aos mente, realizem as atividades de alfabetização em
Programas de que trata esta Lei poderão celebrar contato direto com os alunos e por coordenado-
convênios ou acordos, em regime de mútua coo- res de turmas de alfabetização os que, voluntaria-
peração, para auxiliar e otimizar o seu controle, mente, desempenhem supervisão do processo de
sem prejuízo de suas competências institucionais. aprendizagem dos alfabetizandos. (Parágrafo acres-
§ 3º Qualquer pessoa física ou jurídica poderá cido pela Lei nº 11.507, de 20/7/2007)
denunciar ao Ministério da Educação, ao FNDE, § 5º Aplica-se o regime desta Lei aos formadores
aos órgãos do Sistema de Controle Interno do voluntários dos alfabetizadores, nos termos do § 4º
Poder Executivo Federal, ao Ministério Público Fe- deste artigo, e aos tradutores e intérpretes voluntá-
deral, aos mencionados Conselhos e à Comissão rios da Língua Brasileira de Sinais (Libras) que au-
Nacional de Alfabetização irregularidades identi- xiliem na alfabetização de alunos surdos. (Parágrafo
ficadas na aplicação dos recursos destinados à acrescido pela Lei nº 11.507, de 20/7/2007)
execução dos Programas.
Art. 12. (Revogado pela Lei nº 11.494, de 20/6/2007, a par-
§ 4º A fiscalização do Ministério da Educação,
tir de 1º/1/2007)
do FNDE e dos órgãos do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal ocorrerá de Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua
ofício, a qualquer momento, ou será deflagrada, publicação.
isoladamente ou em conjunto, sempre que for Brasília, 9 de junho de 2004; 183º da
apresentada denúncia formal de irregularidade Independência e 116º da República.
identificada no uso dos recursos públicos à conta
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
dos Programas. Fernando Haddad
§ 5º O órgão ou entidade concedente dos recur-
sos financeiros repassados à conta dos Programas LEI Nº 11.096, DE 13 DE
de que trata esta Lei realizará, nas esferas de go- JANEIRO DE 2005
verno estadual, municipal e do Distrito Federal, a (LEI DO PROUNI)
cada exercício financeiro, auditagem da aplica- (Publicada no DOU de 14/1/2005)
ção dos recursos relativos a esses Programas, por
Institui o Programa Universidade para Todos
sistema de amostragem, podendo, para tanto, (Prouni), regula a atuação de entidades be-
requisitar o encaminhamento de documentos e neficentes de assistência social no ensino
demais elementos que julgar necessários, bem superior; altera a Lei nº 10.891, de 9 de julho
como realizar fiscalização in loco ou, ainda, dele- de 2004, e dá outras providências.
gar competência nesse sentido a outro órgão ou O presidente da República
entidade estatal. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
Art. 11. As atividades desenvolvidas pelos alfabe- sanciono a seguinte Lei:
tizadores no âmbito do Programa Brasil Alfabeti- Art. 1º Fica instituído, sob a gestão do Ministé-
zado são consideradas de natureza voluntária, na rio da Educação, o Programa Universidade para
forma definida no art. 1º e seu parágrafo único da Todos (Prouni), destinado à concessão de bolsas
Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998. de estudo integrais e bolsas de estudo parciais
105
de 50% (cinquenta por cento) ou de 25% (vinte e socioeconômico do Exame Nacional do Ensino
cinco por cento) para estudantes de cursos de gra- Médio (Enem) ou outros critérios a serem defini-
duação e sequenciais de formação específica, em dos pelo Ministério da Educação, e, na etapa final,
instituições privadas de ensino superior, com ou selecionado pela instituição de ensino superior,
sem fins lucrativos. segundo seus próprios critérios, à qual compe-
§ 1º A bolsa de estudo integral será concedida tirá, também, aferir as informações prestadas pelo
a brasileiros não portadores de diploma de curso candidato.
superior, cuja renda familiar mensal per capita Parágrafo único. O beneficiário do Prouni res-
não exceda o valor de até 1 (um) salário mínimo e ponde legalmente pela veracidade e autentici-
1/2 (meio). dade das informações socioeconômicas por ele
§ 2º As bolsas de estudo parciais de 50% (cin- prestadas.
quenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por Art. 4º Todos os alunos da instituição, inclusive os
cento), cujos critérios de distribuição serão defini- beneficiários do Prouni, estarão igualmente regi-
dos em regulamento pelo Ministério da Educação, dos pelas mesmas normas e regulamentos inter-
serão concedidas a brasileiros não-portadores nos da instituição.
de diploma de curso superior, cuja renda fami-
liar mensal per capita não exceda o valor de até Art. 5º A instituição privada de ensino superior,
3 (três) salários mínimos, mediante critérios defi- com fins lucrativos ou sem fins lucrativos não
nidos pelo Ministério da Educação. beneficente, poderá aderir ao Prouni mediante
§ 3º Para os efeitos desta Lei, bolsa de estudo assinatura de termo de adesão, cumprindo-lhe
refere-se às semestralidades ou anuidades esco- oferecer, no mínimo, 1 (uma) bolsa integral para o
lares fixadas com base na Lei nº 9.870, de 23 de equivalente a 10,7 (dez inteiros e sete décimos) es-
novembro de 1999. tudantes regularmente pagantes e devidamente
§ 4º Para os efeitos desta Lei, as bolsas de es- matriculados ao final do correspondente período
tudo parciais de 50% (cinquenta por cento) ou letivo anterior, conforme regulamento a ser esta-
de 25% (vinte e cinco por cento) deverão ser con- belecido pelo Ministério da Educação, excluído o
cedidas, considerando-se todos os descontos re- número correspondente a bolsas integrais conce-
gulares e de caráter coletivo oferecidos pela ins- didas pelo Prouni ou pela própria instituição, em
tituição, inclusive aqueles dados em virtude do cursos efetivamente nela instalados.
pagamento pontual das mensalidades. § 1º O termo de adesão terá prazo de vigência
de 10 (dez) anos, contado da data de sua assina-
Art. 2º A bolsa será destinada: tura, renovável por iguais períodos e observado o
I – a estudante que tenha cursado o ensino médio disposto nesta Lei.
completo em escola da rede pública ou em institui- § 2º O termo de adesão poderá prever a per-
ções privadas na condição de bolsista integral; muta de bolsas entre cursos e turnos, restrita a
II – a estudante portador de deficiência, nos ter- 1/5 (um quinto) das bolsas oferecidas para cada
mos da lei; curso e cada turno.
III – a professor da rede pública de ensino, para § 3º A denúncia do termo de adesão, por ini-
os cursos de licenciatura, normal superior e pe- ciativa da instituição privada, não implicará ônus
dagogia, destinados à formação do magistério da para o Poder Público nem prejuízo para o estu-
educação básica, independentemente da renda dante beneficiado pelo Prouni, que gozará do
a que se referem os §§ 1º e 2º do art. 1º desta Lei. benefício concedido até a conclusão do curso,
Parágrafo único. A manutenção da bolsa pelo respeitadas as normas internas da instituição, in-
beneficiário, observado o prazo máximo para a clusive disciplinares, e observado o disposto no
conclusão do curso de graduação ou sequencial art. 4º desta Lei.
de formação específica, dependerá do cumpri- § 4º A instituição privada de ensino superior
mento de requisitos de desempenho acadêmico, com fins lucrativos ou sem fins lucrativos não be-
estabelecidos em normas expedidas pelo Minis- neficente poderá, alternativamente, em substi-
tério da Educação. tuição ao requisito previsto no caput deste artigo,
Art. 3º O estudante a ser beneficiado pelo Prouni oferecer 1 (uma) bolsa integral para cada 22 (vinte
será pré-selecionado pelos resultados e pelo perfil e dois) estudantes regularmente pagantes e
106
LEI Nº 11.096, DE 13 DE JANEIRO DE 2005
devidamente matriculados em cursos efetiva- no caput e no § 4º deste artigo às turmas iniciais
mente nela instalados, conforme regulamento de cada curso e turno efetivamente instaladas a
a ser estabelecido pelo Ministério da Educação, partir do exercício de 2006, até atingir as propor-
desde que ofereça, adicionalmente, quantidade ções estabelecidas para o conjunto dos estudan-
de bolsas parciais de 50% (cinquenta por cento) tes de cursos de graduação e sequencial de forma-
ou de 25% (vinte e cinco por cento) na proporção ção específica da instituição.
necessária para que a soma dos benefícios con- Art. 5º-A. (Vetado na Lei nº 12.837, de 9/7/2013)
cedidos na forma desta Lei atinja o equivalente a
8,5% (oito inteiros e cinco décimos por cento) da Art. 6º Assim que atingida a proporção estabele-
receita anual dos períodos letivos que já têm bol- cida no § 6º do art. 5º desta Lei, para o conjunto dos
sistas do Prouni, efetivamente recebida nos termos estudantes de cursos de graduação e sequencial
da Lei nº 9.870, de 23 de novembro de 1999, em de formação específica da instituição, sempre que
cursos de graduação ou sequencial de formação a evasão dos estudantes beneficiados apresentar
específica. discrepância em relação à evasão dos demais estu-
§ 5º Para o ano de 2005, a instituição privada de dantes matriculados, a instituição, a cada processo
ensino superior, com fins lucrativos ou sem fins seletivo, oferecerá bolsas de estudo na proporção
lucrativos não beneficente, poderá: necessária para estabelecer aquela proporção.
I – aderir ao Prouni mediante assinatura de Art. 7º As obrigações a serem cumpridas pela
termo de adesão, cumprindo-lhe oferecer, no mí- instituição de ensino superior serão previstas no
nimo, 1 (uma) bolsa integral para cada 9 (nove) es- termo de adesão ao Prouni, no qual deverão cons-
tudantes regularmente pagantes e devidamente tar as seguintes cláusulas necessárias:
matriculados ao final do correspondente período I – proporção de bolsas de estudo oferecidas
letivo anterior, conforme regulamento a ser esta- por curso, turno e unidade, respeitados os parâ-
belecido pelo Ministério da Educação, excluído o metros estabelecidos no art. 5º desta Lei;
número correspondente a bolsas integrais conce- II – percentual de bolsas de estudo destinado à
didas pelo Prouni ou pela própria instituição, em implementação de políticas afirmativas de acesso
cursos efetivamente nela instalados; ao ensino superior de portadores de deficiência
II – alternativamente, em substituição ao requi- ou de autodeclarados indígenas e negros.
sito previsto no inciso I deste parágrafo, oferecer § 1º O percentual de que trata o inciso II do caput
1 (uma) bolsa integral para cada 19 (dezenove) es- deste artigo deverá ser, no mínimo, igual ao per-
tudantes regularmente pagantes e devidamente centual de cidadãos autodeclarados indígenas,
matriculados em cursos efetivamente nela insta- pardos ou pretos, na respectiva unidade da Federa-
lados, conforme regulamento a ser estabelecido ção, segundo o último censo da Fundação Instituto
pelo Ministério da Educação, desde que ofereça, Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
adicionalmente, quantidade de bolsas parciais § 2º No caso de não-preenchimento das vagas
de 50% (cinquenta por cento) ou de 25% (vinte segundo os critérios do § 1º deste artigo, as
e cinco por cento) na proporção necessária para vagas remanescentes deverão ser preenchidas
que a soma dos benefícios concedidos na forma por estudantes que se enquadrem em um dos
desta Lei atinja o equivalente a 10% (dez por cento) critérios dos arts. 1º e 2º desta Lei.
da receita anual dos períodos letivos que já têm § 3º As instituições de ensino superior que não
bolsistas do Prouni, efetivamente recebida nos ter- gozam de autonomia ficam autorizadas a ampliar,
mos da Lei nº 9.870, de 23 de novembro de 1999, a partir da assinatura do termo de adesão, o nú-
em cursos de graduação ou sequencial de forma- mero de vagas em seus cursos, no limite da pro-
ção específica. porção de bolsas integrais oferecidas por curso e
§ 6º Aplica-se o disposto no § 5º deste artigo às turno, na forma do regulamento.
turmas iniciais de cada curso e turno efetivamente § 4º O Ministério da Educação desvinculará
instaladas a partir do 1º (primeiro) processo sele- do Prouni o curso considerado insuficiente, sem
tivo posterior à publicação desta Lei, até atingir prejuízo do estudante já matriculado, segundo
as proporções estabelecidas para o conjunto dos critérios de desempenho do Sistema Nacional
estudantes de cursos de graduação e sequencial de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), por
de formação específica da instituição, e o disposto duas avaliações consecutivas, situação em que
107
as bolsas de estudo do curso desvinculado, nos II – desvinculação do Prouni, determinada em
processos seletivos seguintes, deverão ser redis- caso de reincidência, na hipótese de falta grave,
tribuídas proporcionalmente pelos demais cur- conforme dispuser o regulamento, sem prejuízo
sos da instituição, respeitado o disposto no art. 5º para os estudantes beneficiados e sem ônus para
desta Lei. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 11.509, o Poder Público.
de 20/7/2007) § 1º As penas previstas no caput deste artigo
§ 5º Será facultada, tendo prioridade os bolsis- serão aplicadas pelo Ministério da Educação, nos
tas do Prouni, a estudantes dos cursos referidos termos do disposto em regulamento, após a ins-
no § 4º deste artigo a transferência para curso tauração de procedimento administrativo, asse-
idêntico ou equivalente, oferecido por outra ins- gurado o contraditório e direito de defesa.
tituição participante do Programa. § 2º Na hipótese do inciso II do caput deste ar-
tigo, a suspensão da isenção dos impostos e con-
Art. 8º A instituição que aderir ao Prouni ficará
tribuições de que trata o art. 8º desta Lei terá como
isenta dos seguintes impostos e contribuições
termo inicial a data de ocorrência da falta que deu
no período de vigência do termo de adesão: (Vide
causa à desvinculação do Prouni, aplicando-se o
Lei nº 11.128, de 28/6/2005)
disposto nos arts. 32 e 44 da Lei nº 9.430, de 27 de
I – Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas;
dezembro de 1996, no que couber.
II – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido,
§ 3º As penas previstas no caput deste artigo
instituída pela Lei nº 7.689, de 15 de dezembro
não poderão ser aplicadas quando o descumpri-
de 1988;
mento das obrigações assumidas se der em face
III – Contribuição Social para Financiamento
de razões a que a instituição não deu causa.
da Seguridade Social, instituída pela Lei Comple-
mentar nº 70, de 30 de dezembro de 1991; e Art. 10. A instituição de ensino superior, ainda
IV – Contribuição para o Programa de Integra- que atue no ensino básico ou em área distinta da
ção Social, instituída pela Lei Complementar nº 7, educação, somente poderá ser considerada enti-
de 7 de setembro de 1970. dade beneficente de assistência social se oferecer,
§ 1º A isenção de que trata o caput deste artigo no mínimo, 1 (uma) bolsa de estudo integral para
estudante de curso de graduação ou sequencial
recairá sobre o lucro nas hipóteses dos incisos I e
de formação específica, sem diploma de curso
II do caput deste artigo, e sobre a receita auferida,
superior, enquadrado no § 1º do art. 1º desta Lei,
nas hipóteses dos incisos III e IV do caput deste
para cada 9 (nove) estudantes pagantes de cursos
artigo, decorrentes da realização de atividades de
de graduação ou sequencial de formação especí-
ensino superior, proveniente de cursos de gradua-
fica regulares da instituição, matriculados em cur-
ção ou cursos sequenciais de formação específica.
sos efetivamente instalados, e atender às demais
§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Ministé-
exigências legais.
rio da Fazenda disciplinará o disposto neste artigo
§ 1º (Parágrafo revogado pela Lei nº 12.101, de 27/11/2009)
no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 2º (Parágrafo revogado pela Lei nº 12.101, de 27/11/2009)
§ 3º A isenção de que trata este artigo será cal-
§ 3º Aplica-se o disposto no caput deste artigo
culada na proporção da ocupação efetiva das
às turmas iniciais de cada curso e turno efetiva-
bolsas devidas. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.431,
mente instalados a partir do 1º (primeiro) pro-
de 24/6/2011)
cesso seletivo posterior à publicação desta Lei.
Art. 9º O descumprimento das obrigações assu- § 4º Assim que atingida a proporção estabele-
midas no termo de adesão sujeita a instituição às cida no caput deste artigo para o conjunto dos es-
seguintes penalidades: tudantes de cursos de graduação e sequencial de
I – restabelecimento do número de bolsas a formação específica da instituição, sempre que a
serem oferecidas gratuitamente, que será deter- evasão dos estudantes beneficiados apresentar
minado, a cada processo seletivo, sempre que a discrepância em relação à evasão dos demais
instituição descumprir o percentual estabelecido estudantes matriculados, a instituição, a cada
no art. 5º desta Lei e que deverá ser suficiente processo seletivo, oferecerá bolsas de estudo in-
para manter o percentual nele estabelecido, com tegrais na proporção necessária para restabelecer
acréscimo de 1/5 (um quinto); aquela proporção.
108
LEI Nº 11.096, DE 13 DE JANEIRO DE 2005
§ 5º É permitida a permuta de bolsas entre cur- subsequente a cada um dos 3 (três) próximos exer-
sos e turnos, restrita a 1/5 (um quinto) das bolsas cícios fiscais.
oferecidas para cada curso e cada turno. § 4º Na hipótese de o CNAS não decidir sobre o
pedido até o dia 31 de março de 2005, a entidade
Art. 11. As entidades beneficentes de assistên-
poderá formular ao Ministério da Previdência So-
cia social que atuem no ensino superior poderão,
cial o pedido de isenção, independentemente do
mediante assinatura de termo de adesão no Mi-
pronunciamento do CNAS, mediante apresenta-
nistério da Educação, adotar as regras do Prouni,
ção de cópia do requerimento encaminhando a
contidas nesta Lei, para seleção dos estudantes
este e do respectivo protocolo de recebimento.
beneficiados com bolsas integrais e bolsas par-
§ 5º Aplica-se, no que couber, ao pedido de isen-
ciais de 50% (cinquenta por cento) ou de 25% (vin- ção de que trata este artigo o disposto no art. 55
te e cinco por cento), em especial as regras pre- da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
vistas no art. 3º e no inciso II do caput e §§ 1º e 2º
Art. 12. Atendidas as condições socioeconômicas
do art. 7º desta Lei, comprometendo-se, pelo pra-
estabelecidas nos §§ 1º e 2º do art. 1º desta Lei, as
zo de vigência do termo de adesão, limitado a 10
instituições que aderirem ao Prouni ou adotarem
(dez) anos, renovável por iguais períodos, e respei-
suas regras de seleção poderão considerar como
tado o disposto no art. 10 desta Lei, ao atendimen-
bolsistas do programa os trabalhadores da pró-
to das seguintes condições:
pria instituição e dependentes destes que forem
I – (Inciso revogado pela Lei nº 12.101, de 27/11/2009)
bolsistas em decorrência de convenção coletiva
II – (Inciso revogado pela Lei nº 12.101, de 27/11/2009)
ou acordo trabalhista, até o limite de 10% (dez por
III – gozar do benefício previsto no § 3º do art. 7º cento) das bolsas Prouni concedidas.
desta Lei.
Art. 13. As pessoas jurídicas de direito privado,
§ 1º Compete ao Ministério da Educação verifi-
mantenedoras de instituições de ensino superior,
car e informar aos demais órgãos interessados a
sem fins lucrativos, que adotarem as regras de sele-
situação da entidade em relação ao cumprimento
ção de estudantes bolsistas a que se refere o art. 11
das exigências do Prouni, sem prejuízo das com-
desta Lei e que estejam no gozo da isenção da con-
petências da Secretaria da Receita Federal e do
tribuição para a seguridade social de que trata o
Ministério da Previdência Social.
§ 7º do art. 195 da Constituição Federal, que opta-
§ 2º As entidades beneficentes de assistência
rem, a partir da data de publicação desta Lei, por
social que tiveram seus pedidos de renovação de transformar sua natureza jurídica em sociedade de
Certificado de Entidade Beneficente de Assistên- fins econômicos, na forma facultada pelo art. 7º-A
cia Social indeferidos, nos 2 (dois) últimos triênios, da Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, passa-
unicamente por não atenderem ao percentual mí- rão a pagar a quota patronal para a previdência so-
nimo de gratuidade exigido, que adotarem as re- cial de forma gradual, durante o prazo de 5 (cinco)
gras do Prouni, nos termos desta Lei, poderão, até anos, na razão de 20% (vinte por cento) do valor
60 (sessenta) dias após a data de publicação desta devido a cada ano, cumulativamente, até atingir
Lei, requerer ao Conselho Nacional de Assistência o valor integral das contribuições devidas.
Social (CNAS) a concessão de novo Certificado de Parágrafo único. A pessoa jurídica de direito
Entidade Beneficente de Assistência Social e, pos- privado transformada em sociedade de fins eco-
teriormente, requerer ao Ministério da Previdên- nômicos passará a pagar a contribuição previden-
cia Social a isenção das contribuições de que trata ciária de que trata o caput deste artigo a partir do
o art. 55 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 1º dia do mês de realização da assembleia geral
§ 3º O Ministério da Previdência Social decidirá que autorizar a transformação da sua natureza
sobre o pedido de isenção da entidade que obti- jurídica, respeitada a gradação correspondente
ver o Certificado na forma do caput deste artigo ao respectivo ano.
com efeitos a partir da edição da Medida Provi- Art. 14. Terão prioridade na distribuição dos re-
sória nº 213, de 10 de setembro de 2004, cabendo cursos disponíveis no Fundo de Financiamento
à entidade comprovar ao Ministério da Previ- ao Estudante do Ensino Superior (Fies) as institui-
dência Social o efetivo cumprimento das obriga- ções de direito privado que aderirem ao Prouni na
ções assumidas, até o último dia do mês de abril forma do art. 5º desta Lei ou adotarem as regras
109
de seleção de estudantes bolsistas a que se refere LEI Nº 11.128, DE 28 DE JUNHO DE 2005
o art. 11 desta Lei. (Publicada no DOU de 29/6/2005)
Art. 15. Para os fins desta Lei, o disposto no art. 6º Dispõe sobre o Programa Universidade para
Todos (Prouni) e altera o inciso I do art. 2º da
da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, será exi-
Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005.
gido a partir do ano de 2006 de todas as institui-
ções de ensino superior aderentes ao Prouni, in- O presidente da República
clusive na vigência da Medida Provisória nº 213, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
de 10 de setembro de 2004. sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º A adesão da instituição de ensino superior
Art. 16. O processo de deferimento do termo de
ao Programa Universidade para Todos (Prouni),
adesão pelo Ministério da Educação, nos termos
nos termos da Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de
do art. 5º desta Lei, será instruído com a estimativa
2005, dar-se-á por intermédio de sua mantene-
da renúncia fiscal, no exercício de deferimento e
dora, e a isenção prevista no art. 8º dessa Lei será
nos 2 (dois) subsequentes, a ser usufruída pela
aplicada pelo prazo de vigência do termo de ade-
respectiva instituição, na forma do art. 9º desta Lei,
são, devendo a mantenedora comprovar, ao final
bem como o demonstrativo da compensação da
de cada ano-calendário, a quitação de tributos e
referida renúncia, do crescimento da arrecadação
contribuições federais administrados pela Secre-
de impostos e contribuições federais no mesmo
taria da Receita Federal, sob pena de desvincula-
segmento econômico ou da prévia redução de
ção do Programa, sem prejuízo para os estudantes
despesas de caráter continuado.
beneficiados e sem ônus para o Poder Público.
Parágrafo único. A evolução da arrecadação
Parágrafo único. O atendimento ao disposto
e da renúncia fiscal das instituições privadas de
no art. 60 da Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995,
ensino superior será acompanhada por grupo in-
poderá ser efetuado, excepcionalmente, até 30 de
terministerial, composto por 1 (um) representante
setembro de 2012. (Parágrafo único com redação dada
do Ministério da Educação, 1 (um) do Ministério
pela Lei nº 12.688, de 18/7/2012)
da Fazenda e 1 (um) do Ministério da Previdência
Social, que fornecerá os subsídios necessários à Art. 2º (Vetado)
execução do disposto no caput deste artigo. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
Art. 17. (Vetado) blicação.
Brasília, 28 de junho de 2005; 184º da
Art. 18. O Poder Executivo dará, anualmente, Independência e 117º da República.
ampla publicidade dos resultados do Programa.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 19. Os termos de adesão firmados durante a Antonio Palocci Filho
vigência da Medida Provisória nº 213, de 10 de se- Tarso Genro
tembro de 2004, ficam validados pelo prazo neles
especificado, observado o disposto no § 4º e no LEI Nº 11.692, DE 10 DE JUNHO DE 2008
caput do art. 5º desta Lei. (NOVA LEI DO PROJOVEM)
(Publicada no DOU de 11/6/2008)
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará o dis-
Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclu-
posto nesta Lei.
são de Jovens (Projovem), instituído pela
[...] Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005; altera a
Art. 22. O Anexo I da Lei nº 10.891, de 9 de julho Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004; revoga
de 2004, passa a vigorar com a alteração constante dispositivos das Leis nos 9.608, de 18 de feve-
reiro de 1998, 10.748, de 22 de outubro de 2003,
do Anexo I desta Lei.
10.940, de 27 de agosto de 2004, 11.129, de 30
Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua de junho de 2005, e 11.180, de 23 de setembro
publicação. de 2005; e dá outras providências.
30 de junho de 2005, passa a reger-se, a partir de 1º § 1º O montante dos recursos financeiros a que
de janeiro de 2008, pelo disposto nesta Lei. se refere esta Lei será repassado em parcelas e
Art. 2º O Projovem, destinado a jovens de 15 calculado com base no número de jovens aten-
(quinze) a 29 (vinte e nove) anos, com o objetivo didos, conforme disposto em regulamentação, e
de promover sua reintegração ao processo educa- destina-se à promoção de ações de elevação da
cional, sua qualificação profissional e seu desen- escolaridade e qualificação profissional dos jo-
volvimento humano, será desenvolvido por meio vens, bem como à contratação, remuneração e
das seguintes modalidades: formação de profissionais.
I – Projovem Adolescente (Serviço Socioeduca- § 2º Os profissionais de que trata o § 1º deste
tivo); artigo deverão ser contratados em âmbito local.
II – Projovem Urbano; § 3º Os órgãos responsáveis pela coordenação
III – Projovem Campo (Saberes da Terra); e das modalidades do Projovem definirão, a cada
IV – Projovem Trabalhador. exercício financeiro, a forma de cálculo, o número
Art. 3º A execução e a gestão do Projovem dar- e o valor das parcelas a serem repassadas aos Es-
-se-ão por meio da conjugação de esforços da tados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem
Secretaria-Geral da Presidência da República e como as orientações e instruções necessárias à
dos Ministérios da Educação, do Trabalho e Em- sua execução, observado o montante de recursos
prego e do Desenvolvimento Social e Combate à disponíveis para este fim, constante da Lei Orça-
Fome, observada a intersetorialidade, sem pre- mentária Anual.
juízo da participação de outros órgãos e entidades § 4º Nas modalidades previstas nos incisos II e III
da administração pública federal. do caput do art. 2º desta Lei, a transferência de re-
§ 1º Fica instituído o Conselho Gestor do Projo- cursos financeiros será executada pelo Fundo Na-
vem, coordenado pela Secretaria Nacional de Ju- cional de Desenvolvimento da Educação (FNDE),
ventude da Secretaria-Geral da Presidência da Re- vinculado ao Ministério da Educação, observada
pública e composto pelos Secretários-Executivos a necessária descentralização dos recursos orça-
dos Ministérios referidos no caput deste artigo e mentários pelos órgãos de que trata o caput do
por 1 (um) Secretário Nacional representante de art. 3º desta Lei.
cada um desses Ministérios, a ser indicado pelo § 5º A modalidade de que trata o inciso I do
respectivo Ministro de Estado. caput do art. 2º desta Lei será ofertada pelo Muni-
§ 2º O Projovem Adolescente (Serviço Socio- cípio que a ela aderir, nos termos do regulamento,
educativo) será coordenado pelo Ministério do
e cofinanciada pela União, Estados, Distrito Fe-
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; o
deral e Municípios por intermédio dos respectivos
Projovem Urbano, pela Secretaria-Geral da Presi-
Fundos de Assistência Social, respeitado o limite
dência da República; o Projovem Campo (Saberes
orçamentário da União e os critérios de partilha
da Terra), pelo Ministério da Educação; e o Pro-
estabelecidos pelo Conselho Nacional de Assistên-
jovem Trabalhador, pelo Ministério do Trabalho e
cia Social, de acordo com o inciso IX do caput do
Emprego.
art. 18 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
§ 3º Cada modalidade do Projovem contará com
§ 6º Os saldos dos recursos financeiros recebi-
1 (um) comitê gestor, a ser instituído pelo órgão
responsável por sua coordenação, assegurada dos pelos órgãos e entidades da administração
nele a participação de representantes dos 3 (três) pública federal, estadual, municipal e do Distrito
outros órgãos a que se refere o caput deste artigo. Federal à conta do Projovem, existentes na conta-
-corrente específica a que se refere o caput deste
Art. 4º Para a execução das modalidades trata-
artigo em 31 de dezembro de cada ano deverão
das no art. 2º desta Lei, a União fica autorizada a
ser aplicados no exercício subsequente, com es-
transferir recursos aos Estados, ao Distrito Federal
trita observância ao objeto de sua transferência,
e aos Municípios, sem a necessidade de convênio,
nos termos da legislação vigente.
acordo, contrato, ajuste ou instrumento congê-
nere, mediante depósito em conta-corrente espe- Art. 5º Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios
cífica, sem prejuízo da devida prestação de contas e as entidades de direito público e privado sem fins
da aplicação dos recursos. lucrativos prestarão conta dos recursos recebidos
111
do Projovem, na forma e prazo definidos em regu- III – em cumprimento ou egressos de medida de
lamento e nas demais disposições aplicáveis. proteção, conforme disposto na Lei nº 8.069, de 13
Art. 6º Fica a União autorizada a conceder auxí- de julho de 1990;
lio financeiro, no valor de R$ 100,00 (cem reais) IV – egressos do Programa de Erradicação do
mensais, aos beneficiários do Projovem, nas mo- Trabalho Infantil (Peti); ou
dalidades previstas nos incisos II, III e IV do caput V – egressos ou vinculados a programas de com-
do art. 2º desta Lei, a partir do exercício de 2008. bate ao abuso e à exploração sexual.
§ 1º Na modalidade Projovem Urbano, poderão Parágrafo único. Os jovens a que se referem os
ser pagos até 20 (vinte) auxílios financeiros. incisos II a V do caput deste artigo devem ser enca-
§ 2º Na modalidade Projovem Campo (Saberes minhados ao Projovem Adolescente (Serviço Socio-
da Terra), poderão ser pagos até 12 (doze) auxílios educativo) pelos programas e serviços especializa-
financeiros. dos de assistência social do Município ou do Distrito
§ 3º Na modalidade Projovem Trabalhador, po- Federal ou pelo gestor de assistência social, quando
derão ser pagos até 6 (seis) auxílios financeiros. demandado oficialmente pelo Conselho Tutelar,
§ 4º É vedada a cumulatividade da percepção pela Defensoria Pública, pelo Ministério Público ou
do auxílio financeiro a que se refere o caput deste pelo Poder Judiciário.
artigo com benefícios de natureza semelhante Art. 11. O Projovem Urbano tem como objetivo
recebidos em decorrência de outros programas elevar a escolaridade visando à conclusão do en-
federais, permitida a opção por um deles. sino fundamental, à qualificação profissional e
Art. 7º O órgão responsável pelas modalidades ao desenvolvimento de ações comunitárias com
do Projovem definirá o agente pagador entre uma exercício da cidadania, na forma de curso, con-
instituição financeira oficial. forme previsto no art. 81 da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.
Art. 8º As despesas com a execução do Projovem
observarão os limites de movimentação, de empe- Art. 12. O Projovem Urbano atenderá a jovens
nho e de pagamento da programação orçamentá- com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove)
ria e financeira anual. anos, que saibam ler e escrever e não tenham con-
Parágrafo único. O Poder Executivo deverá com- cluído o ensino fundamental.
patibilizar a quantidade de beneficiários de cada Art. 13. Poderão ser realizadas parcerias com o
modalidade do Projovem com as dotações orça- Ministério da Justiça e com a Secretaria Especial
mentárias existentes. dos Direitos Humanos da Presidência da Repú-
Art. 9º O Projovem Adolescente (Serviço Socio- blica para implantação do Projovem Urbano nas
educativo), compreendido entre os serviços de unidades prisionais e nas unidades socioeduca-
que trata o art. 23 da Lei nº 8.742, de 7 de dezem- tivas de privação de liberdade, respectivamente.
bro de 1993, tem como objetivos: § 1º O disposto no art. 4º desta Lei não será apli-
I – complementar a proteção social básica à fa- cado no caso das parcerias citadas no caput deste
mília, criando mecanismos para garantir a convi- artigo, podendo ser realizado convênio, acordo,
vência familiar e comunitária; e contrato, ajuste ou instrumento congênere.
II – criar condições para a inserção, reinserção § 2º No caso das unidades socioeducativas de
e permanência do jovem no sistema educacional. privação de liberdade, poderão participar do Pro-
jovem Urbano adolescentes em cumprimento de
Art. 10. O Projovem Adolescente (Serviço Socio-
medidas socioeducativas de privação de liberdade
educativo) destina-se aos jovens de 15 (quinze) a
que tenham idade mínima de 15 (quinze) anos.
17 (dezessete) anos:
§ 3º É assegurada aos jovens que iniciaram o
I – pertencentes a família beneficiária do Pro-
Projovem Urbano nas unidades do sistema prisio-
grama Bolsa Família (PBF);
nal ou nas unidades socioeducativas de privação
II – egressos de medida socioeducativa de inter-
nação ou em cumprimento de outras medidas so- de liberdade a continuidade do curso nas locali-
cioeducativas em meio aberto, conforme disposto dades onde existir o Programa.
na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Art. 14. O Projovem Campo (Saberes da Terra)
Criança e do Adolescente); tem como objetivo elevar a escolaridade dos
112
LEI Nº 11.692, DE 10 DE JUNHO DE 2008
de que trata o art. 3º desta Lei, nos casos em que LEI Nº 11.788, DE 25 DE
o ente federativo, a partir da consideração dos SETEMBRO DE 2008
recursos constitucionalmente vinculados à edu- (NOVA LEI DO ESTÁGIO)
cação, não tenha disponibilidade orçamentária (Publicada no DOU de 26/9/2008)
para cumprir o valor fixado. Dispõe sobre o estágio de estudantes; al-
§ 1º O ente federativo deverá justificar sua ne- tera a redação do art. 428 da Consolidação
cessidade e incapacidade, enviando ao Ministério das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,
da Educação solicitação fundamentada, acom-
e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
panhada de planilha de custos comprovando a revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de
necessidade da complementação de que trata o 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o pará-
caput deste artigo. grafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de
§ 2º A União será responsável por cooperar tec- dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Pro-
visória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e
nicamente com o ente federativo que não conse-
dá outras providências.
guir assegurar o pagamento do piso, de forma a
O presidente da República
assessorá-lo no planejamento e aperfeiçoamento
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
da aplicação de seus recursos.
sanciono a seguinte Lei:
Art. 5º O piso salarial profissional nacional do
magistério público da educação básica será atua-
CAPÍTULO I
DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO
lizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do E RELAÇÕES DE ESTÁGIO
ano de 2009.
Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisio-
Parágrafo único. A atualização de que trata o
nado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que
caput deste artigo será calculada utilizando-se o
visa à preparação para o trabalho produtivo de edu-
mesmo percentual de crescimento do valor anu-
candos que estejam frequentando o ensino regular
al mínimo por aluno referente aos anos iniciais
em instituições de educação superior, de educação
do ensino fundamental urbano, definido nacio-
profissional, de ensino médio, da educação especial
nalmente, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de
e dos anos finais do ensino fundamental, na moda-
junho de 2007.
lidade profissional da educação de jovens e adultos.
Art. 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e § 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico
os Municípios deverão elaborar ou adequar seus do curso, além de integrar o itinerário formativo do
Planos de Carreira e Remuneração do Magistério educando.
até 31 de dezembro de 2009, tendo em vista o § 2º O estágio visa ao aprendizado de compe-
cumprimento do piso salarial profissional nacio- tências próprias da atividade profissional e à con-
nal para os profissionais do magistério público da textualização curricular, objetivando o desenvolvi-
educação básica, conforme disposto no parágrafo mento do educando para a vida cidadã e para o
único do art. 206 da Constituição Federal. trabalho.
Art. 7º (Vetado) Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-
-obrigatório, conforme determinação das diretri-
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua
zes curriculares da etapa, modalidade e área de
publicação. (Vide ADI nº 4.167, publicada no DOU
ensino e do projeto pedagógico do curso.
de 14/4/2014)
§ 1º Estágio obrigatório é aquele definido como
Brasília, 16 de julho de 2008; 187º da tal no projeto do curso, cuja carga horária é requi-
Independência e 120º da República.
sito para aprovação e obtenção de diploma.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA § 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvol-
Tarso Genro vido como atividade opcional, acrescida à carga
Nelson Machado horária regular e obrigatória.
Fernando Haddad
Paulo Bernardo Silva
§ 3º As atividades de extensão, de monitorias e
José Múcio Monteiro Filho de iniciação científica na educação superior, de-
José Antonio Dias Toffoli senvolvidas pelo estudante, somente poderão ser
115
equiparadas ao estágio em caso de previsão no II – ajustar suas condições de realização;
projeto pedagógico do curso. III – fazer o acompanhamento administrativo;
Art. 3º O estágio, tanto na hipótese do § 1º IV – encaminhar negociação de seguros contra
do art. 2º desta Lei quanto na prevista no § 2º do acidentes pessoais;
mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatí- V – cadastrar os estudantes.
cio de qualquer natureza, observados os seguin- § 2º É vedada a cobrança de qualquer valor dos
tes requisitos: estudantes, a título de remuneração pelos servi-
I – matrícula e frequência regular do educando ços referidos nos incisos deste artigo.
em curso de educação superior, de educação § 3º Os agentes de integração serão responsabi-
profissional, de ensino médio, da educação espe- lizados civilmente se indicarem estagiários para a
cial e nos anos finais do ensino fundamental, na realização de atividades não compatíveis com a pro-
modalidade profissional da educação de jovens gramação curricular estabelecida para cada curso,
e adultos e atestados pela instituição de ensino; assim como estagiários matriculados em cursos
II – celebração de termo de compromisso entre ou instituições para as quais não há previsão de es-
o educando, a parte concedente do estágio e a ins- tágio curricular.
tituição de ensino; Art. 6º O local de estágio pode ser selecionado a
III – compatibilidade entre as atividades desen- partir de cadastro de partes cedentes, organizado
volvidas no estágio e aquelas previstas no termo pelas instituições de ensino ou pelos agentes de
de compromisso. integração.
§ 1º O estágio, como ato educativo escolar
CAPÍTULO II
supervisionado, deverá ter acompanhamento DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
efetivo pelo professor orientador da instituição
Art. 7º São obrigações das instituições de ensino,
de ensino e por supervisor da parte concedente,
em relação aos estágios de seus educandos:
comprovado por vistos nos relatórios referidos no
I – celebrar termo de compromisso com o edu-
inciso IV do caput do art. 7º desta Lei e por menção
cando ou com seu representante ou assistente
de aprovação final.
legal, quando ele for absoluta ou relativamente
§ 2º O descumprimento de qualquer dos incisos
incapaz, e com a parte concedente, indicando as
deste artigo ou de qualquer obrigação contida no
termo de compromisso caracteriza vínculo de em- condições de adequação do estágio à proposta
prego do educando com a parte concedente do pedagógica do curso, à etapa e modalidade da
estágio para todos os fins da legislação trabalhista formação escolar do estudante e ao horário e ca-
e previdenciária. lendário escolar;
II – avaliar as instalações da parte concedente
Art. 4º A realização de estágios, nos termos desta do estágio e sua adequação à formação cultural e
Lei, aplica-se aos estudantes estrangeiros regu- profissional do educando;
larmente matriculados em cursos superiores no III – indicar professor orientador, da área a ser
País, autorizados ou reconhecidos, observado o desenvolvida no estágio, como responsável pelo
prazo do visto temporário de estudante, na forma acompanhamento e avaliação das atividades do
da legislação aplicável. estagiário;
Art. 5º As instituições de ensino e as partes ce- IV – exigir do educando a apresentação perió-
dentes de estágio podem, a seu critério, recor- dica, em prazo não superior a 6 (seis) meses, de
rer a serviços de agentes de integração públicos relatório das atividades;
e privados, mediante condições acordadas em V – zelar pelo cumprimento do termo de compro-
instrumento jurídico apropriado, devendo ser misso, reorientando o estagiário para outro local
observada, no caso de contratação com recursos em caso de descumprimento de suas normas;
públicos, a legislação que estabelece as normas VI – elaborar normas complementares e instru-
gerais de licitação. mentos de avaliação dos estágios de seus edu-
§ 1º Cabe aos agentes de integração, como au- candos;
xiliares no processo de aperfeiçoamento do insti- VII – comunicar à parte concedente do estágio,
tuto do estágio: no início do período letivo, as datas de realização
I – identificar oportunidades de estágio; de avaliações escolares ou acadêmicas.
116
LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008
Parágrafo único. O plano de atividades do estagiá- VII – enviar à instituição de ensino, com periodi-
rio, elaborado em acordo das 3 (três) partes a que cidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de ativi-
se refere o inciso II do caput do art. 3º desta Lei, será dades, com vista obrigatória ao estagiário.
incorporado ao termo de compromisso por meio Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório,
de aditivos à medida que for avaliado, progressiva- a responsabilidade pela contratação do seguro de
mente, o desempenho do estudante. que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá,
alternativamente, ser assumida pela instituição
Art. 8º É facultado às instituições de ensino cele-
de ensino.
brar com entes públicos e privados convênio de
concessão de estágio, nos quais se explicitem o CAPÍTULO IV
processo educativo compreendido nas atividades DO ESTAGIÁRIO
programadas para seus educandos e as condições Art. 10. A jornada de atividade em estágio será
de que tratam os arts. 6º a 14 desta Lei. definida de comum acordo entre a instituição de
Parágrafo único. A celebração de convênio de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário
concessão de estágio entre a instituição de ensino ou seu representante legal, devendo constar do
e a parte concedente não dispensa a celebração termo de compromisso ser compatível com as ati-
do termo de compromisso de que trata o inciso vidades escolares e não ultrapassar:
II do caput do art. 3º desta Lei. I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas se-
CAPÍTULO III manais, no caso de estudantes de educação espe-
DA PARTE CONCEDENTE cial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional de educação de jovens
Art. 9º As pessoas jurídicas de direito privado
e adultos;
e os órgãos da administração pública direta,
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas se-
autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes
manais, no caso de estudantes do ensino superior,
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
da educação profissional de nível médio e do en-
Municípios, bem como profissionais liberais de
sino médio regular.
nível superior devidamente registrados em seus
§ 1º O estágio relativo a cursos que alternam
respectivos conselhos de fiscalização profissional,
teoria e prática, nos períodos em que não estão
podem oferecer estágio, observadas as seguintes
programadas aulas presenciais, poderá ter jor-
obrigações:
nada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde
I – celebrar termo de compromisso com a ins-
que isso esteja previsto no projeto pedagógico do
tituição de ensino e o educando, zelando por seu
curso e da instituição de ensino.
cumprimento;
§ 2º Se a instituição de ensino adotar verifica-
II – ofertar instalações que tenham condições de
ções de aprendizagem periódicas ou finais, nos
proporcionar ao educando atividades de aprendi-
períodos de avaliação, a carga horária do estágio
zagem social, profissional e cultural;
será reduzida pelo menos à metade, segundo es-
III – indicar funcionário de seu quadro de pes-
tipulado no termo de compromisso, para garantir
soal, com formação ou experiência profissional
o bom desempenho do estudante.
na área de conhecimento desenvolvida no curso
do estagiário, para orientar e supervisionar até Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte
10 (dez) estagiários simultaneamente; concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos,
IV – contratar em favor do estagiário seguro exceto quando se tratar de estagiário portador de
contra acidentes pessoais, cuja apólice seja com- deficiência.
patível com valores de mercado, conforme fique Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou
estabelecido no termo de compromisso; outra forma de contraprestação que venha a ser
V – por ocasião do desligamento do estagiário, acordada, sendo compulsória a sua concessão,
entregar termo de realização do estágio com in- bem como a do auxílio-transporte, na hipótese
dicação resumida das atividades desenvolvidas, de estágio não obrigatório.
dos períodos e da avaliação de desempenho; § 1º A eventual concessão de benefícios relacio-
VI – manter à disposição da fiscalização nados a transporte, alimentação e saúde, entre
documentos que comprovem a relação de estágio; outros, não caracteriza vínculo empregatício.
117
§ 2º Poderá o educando inscrever-se e contri- concedentes de estágio deverá atender às seguin-
buir como segurado facultativo do Regime Geral tes proporções:
de Previdência Social. I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um)
Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estagiário;
estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois)
ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser estagiários;
gozado preferencialmente durante suas férias III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) emprega-
escolares. dos: até 5 (cinco) estagiários;
§ 1º O recesso de que trata este artigo deverá ser IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até
remunerado quando o estagiário receber bolsa ou 20% (vinte por cento) de estagiários.
outra forma de contraprestação. § 1º Para efeito desta Lei, considera-se quadro
§ 2º Os dias de recesso previstos neste ar- de pessoal o conjunto de trabalhadores empre-
tigo serão concedidos de maneira proporcional, gados existentes no estabelecimento do estágio.
nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) § 2º Na hipótese de a parte concedente contar
ano.
com várias filiais ou estabelecimentos, os quan-
Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação rela- titativos previstos nos incisos deste artigo serão
cionada à saúde e segurança no trabalho, sendo aplicados a cada um deles.
sua implementação de responsabilidade da parte § 3º Quando o cálculo do percentual disposto
concedente do estágio. no inciso IV do caput deste artigo resultar em fra-
CAPÍTULO V ção, poderá ser arredondado para o número in-
DA FISCALIZAÇÃO teiro imediatamente superior.
Art. 15. A manutenção de estagiários em descon- § 4º Não se aplica o disposto no caput deste ar-
formidade com esta Lei caracteriza vínculo de em- tigo aos estágios de nível superior e de nível médio
prego do educando com a parte concedente do profissional.
estágio para todos os fins da legislação trabalhista § 5º Fica assegurado às pessoas portadoras de
e previdenciária. deficiência o percentual de 10% (dez por cento)
§ 1º A instituição privada ou pública que rein- das vagas oferecidas pela parte concedente do
cidir na irregularidade de que trata este artigo fi- estágio.
cará impedida de receber estagiários por 2 (dois)
Art. 18. A prorrogação dos estágios contratados
anos, contados da data da decisão definitiva do
antes do início da vigência desta Lei apenas po-
processo administrativo correspondente.
derá ocorrer se ajustada às suas disposições.
§ 2º A penalidade de que trata o § 1º deste artigo
[...]
limita-se à filial ou agência em que for cometida
a irregularidade. Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 22. Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7 de
Art. 16. O termo de compromisso deverá ser fir- dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994,
mado pelo estagiário ou com seu representante o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de
ou assistente legal e pelos representantes legais dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisó-
da parte concedente e da instituição de ensino, ve- ria nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001.
dada a atuação dos agentes de integração a que Brasília, 25 de setembro de 2008; 187º da
se refere o art. 5º desta Lei como representante de Independência e 120º da República.
qualquer das partes.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Art. 17. O número máximo de estagiários em Fernando Haddad
relação ao quadro de pessoal das entidades André Peixoto Figueiredo Lima
118
LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008
lógica de São Vicente do Sul e da Escola Agrotéc- § 6º Os Institutos Federais poderão conceder
nica Federal de Alegrete; bolsas de pesquisa, desenvolvimento, inovação
XXXI – Instituto Federal Sul-rio-grandense, me- e intercâmbio a alunos, docentes e pesquisadores
diante transformação do Centro Federal de Edu- externos ou de empresas, a serem regulamenta-
cação Tecnológica de Pelotas; das por órgão técnico competente do Ministério
XXXII – Instituto Federal de Rondônia, median- da Educação. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.863, de
te integração da Escola Técnica Federal de Ron- 24/9/2013)
dônia e da Escola Agrotécnica Federal de Colora-
Seção II
do do Oeste;
Das Finalidades e Características
XXXIII – Instituto Federal de Roraima, mediante
dos Institutos Federais
transformação do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Roraima; Art. 6º Os Institutos Federais têm por finalidades
XXXIV – Instituto Federal de Santa Catarina, me- e características:
diante transformação do Centro Federal de Edu- I – ofertar educação profissional e tecnológica,
cação Tecnológica de Santa Catarina; em todos os seus níveis e modalidades, formando
XXXV – Instituto Federal Catarinense, mediante e qualificando cidadãos com vistas na atuação
integração das Escolas Agrotécnicas Federais de profissional nos diversos setores da economia,
Concórdia, de Rio do Sul e de Sombrio; com ênfase no desenvolvimento socioeconômico
XXXVI – Instituto Federal de São Paulo, me- local, regional e nacional;
diante transformação do Centro Federal de Edu- II – desenvolver a educação profissional e tec-
cação Tecnológica de São Paulo; nológica como processo educativo e investiga-
XXXVII – Instituto Federal de Sergipe, mediante tivo de geração e adaptação de soluções técnicas
integração do Centro Federal de Educação Tecno- e tecnológicas às demandas sociais e peculiari-
lógica de Sergipe e da Escola Agrotécnica Federal dades regionais;
de São Cristóvão; e III – promover a integração e a verticalização
XXXVIII – Instituto Federal do Tocantins, me- da educação básica à educação profissional e
diante integração da Escola Técnica Federal de Pal- educação superior, otimizando a infraestrutura fí-
mas e da Escola Agrotécnica Federal de Araguatins. sica, os quadros de pessoal e os recursos de gestão;
§ 1º As localidades onde serão constituídas as
IV – orientar sua oferta formativa em benefício
reitorias dos Institutos Federais constam do Anexo
da consolidação e fortalecimento dos arranjos
I desta Lei.
produtivos, sociais e culturais locais, identificados
§ 2º A unidade de ensino que compõe a estru-
com base no mapeamento das potencialidades
tura organizacional de instituição transformada ou
de desenvolvimento socioeconômico e cultural
integrada em Instituto Federal passa de forma au-
no âmbito de atuação do Instituto Federal;
tomática, independentemente de qualquer forma-
V – constituir-se em centro de excelência na
lidade, à condição de campus da nova instituição.
oferta do ensino de ciências, em geral, e de ciên-
§ 3º A relação de Escolas Técnicas Vinculadas
cias aplicadas, em particular, estimulando o desen-
a Universidades Federais que passam a integrar
volvimento de espírito crítico, voltado à investiga-
os Institutos Federais consta do Anexo II desta Lei.
§ 4º As Escolas Técnicas Vinculadas às Universi- ção empírica;
dades Federais não mencionadas na composição VI – qualificar-se como centro de referência no
dos Institutos Federais, conforme relação cons- apoio à oferta do ensino de ciências nas institui-
tante do Anexo III desta Lei, poderão, mediante ções públicas de ensino, oferecendo capacitação
aprovação do Conselho Superior de sua respec- técnica e atualização pedagógica aos docentes
tiva universidade federal, propor ao Ministério da das redes públicas de ensino;
Educação a adesão ao Instituto Federal que esteja VII – desenvolver programas de extensão e de
constituído na mesma base territorial. divulgação científica e tecnológica;
§ 5º A relação dos campi que integrarão cada VIII – realizar e estimular a pesquisa aplicada, a
um dos Institutos Federais criados nos termos produção cultural, o empreendedorismo, o coo-
desta Lei será estabelecida em ato do Ministro de perativismo e o desenvolvimento científico e tec-
Estado da Educação. nológico;
121
IX – promover a produção, o desenvolvimento promover o estabelecimento de bases sólidas em
e a transferência de tecnologias sociais, notada- educação, ciência e tecnologia, com vistas no pro-
mente as voltadas à preservação do meio ambiente. cesso de geração e inovação tecnológica.
Seção III Art. 8º No desenvolvimento da sua ação acadê-
Dos Objetivos dos Institutos Federais mica, o Instituto Federal, em cada exercício, de-
Art. 7º Observadas as finalidades e características verá garantir o mínimo de 50% (cinquenta por
definidas no art. 6º desta Lei, são objetivos dos cento) de suas vagas para atender aos objetivos
Institutos Federais: definidos no inciso I do caput do art. 7º desta Lei,
I – ministrar educação profissional técnica de e o mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas
nível médio, prioritariamente na forma de cursos para atender ao previsto na alínea b do inciso VI
integrados, para os concluintes do ensino funda- do caput do citado art. 7º.
mental e para o público da educação de jovens § 1º O cumprimento dos percentuais referidos
e adultos; no caput deverá observar o conceito de aluno-
II – ministrar cursos de formação inicial e con- -equivalente, conforme regulamentação a ser ex-
tinuada de trabalhadores, objetivando a capaci- pedida pelo Ministério da Educação.
tação, o aperfeiçoamento, a especialização e a § 2º Nas regiões em que as demandas sociais
atualização de profissionais, em todos os níveis de pela formação em nível superior justificarem, o
escolaridade, nas áreas da educação profissional Conselho Superior do Instituto Federal poderá,
e tecnológica; com anuência do Ministério da Educação, autori-
III – realizar pesquisas aplicadas, estimulando o zar o ajuste da oferta desse nível de ensino, sem
desenvolvimento de soluções técnicas e tecnoló- prejuízo do índice definido no caput deste artigo,
gicas, estendendo seus benefícios à comunidade; para atender aos objetivos definidos no inciso I do
IV – desenvolver atividades de extensão de caput do art. 7º desta Lei.
acordo com os princípios e finalidades da edu- Seção IV
cação profissional e tecnológica, em articulação Da Estrutura Organizacional
com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, dos Institutos Federais
e com ênfase na produção, desenvolvimento e di-
Art. 9º Cada Instituto Federal é organizado em es-
fusão de conhecimentos científicos e tecnológicos;
trutura multicampi, com proposta orçamentária
V – estimular e apoiar processos educativos que
anual identificada para cada campus e a reitoria,
levem à geração de trabalho e renda e à emanci-
exceto no que diz respeito a pessoal, encargos so-
pação do cidadão na perspectiva do desenvolvi-
ciais e benefícios aos servidores.
mento socioeconômico local e regional; e
VI – ministrar em nível de educação superior: Art. 10. A administração dos Institutos Federais
a) cursos superiores de tecnologia visando à terá como órgãos superiores o Colégio de Dirigen-
formação de profissionais para os diferentes se- tes e o Conselho Superior.
tores da economia; § 1º As presidências do Colégio de Dirigentes
b) cursos de licenciatura, bem como programas e do Conselho Superior serão exercidas pelo Reitor
especiais de formação pedagógica, com vistas na do Instituto Federal.
formação de professores para a educação básica, § 2º O Colégio de Dirigentes, de caráter consul-
sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e tivo, será composto pelo Reitor, pelos Pró-Reito-
para a educação profissional; res e pelo Diretor-Geral de cada um dos campi que
c) cursos de bacharelado e engenharia, visando integram o Instituto Federal.
à formação de profissionais para os diferentes se- § 3º O Conselho Superior, de caráter consultivo
tores da economia e áreas do conhecimento; e deliberativo, será composto por representan-
d) cursos de pós-graduação lato sensu de aper- tes dos docentes, dos estudantes, dos servidores
feiçoamento e especialização, visando à forma- técnico-administrativos, dos egressos da institui-
ção de especialistas nas diferentes áreas do co- ção, da sociedade civil, do Ministério da Educação
nhecimento; e e do Colégio de Dirigentes do Instituto Federal,
e) cursos de pós-graduação stricto sensu de assegurando-se a representação paritária dos seg-
mestrado e doutorado, que contribuam para mentos que compõem a comunidade acadêmica.
122
LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008
§ 4º O estatuto do Instituto Federal disporá § 3º Os Pró-Reitores são nomeados pelo Reitor
sobre a estruturação, as competências e as nor- do Instituto Federal, nos termos da legislação apli-
mas de funcionamento do Colégio de Dirigentes cável à nomeação de cargos de direção.
e do Conselho Superior. Art. 13. Os campi serão dirigidos por Diretores-
Art. 11. Os Institutos Federais terão como órgão -Gerais, nomeados pelo Reitor para mandato de
executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 4 (quatro) anos, permitida uma recondução, após
5 (cinco) Pró-Reitores. processo de consulta à comunidade do respectivo
§ 1º Poderão ser nomeados Pró-Reitores os ser- campus, atribuindo-se o peso de 1/3 (um terço)
vidores ocupantes de cargo efetivo da Carreira do- para a manifestação do corpo docente, de 1/3 (um
cente ou de cargo efetivo com nível superior da terço) para a manifestação dos servidores técnico-
Carreira dos técnico-administrativos do Plano -administrativos e de 1/3 (um terço) para a mani-
de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos festação do corpo discente.
em Educação, desde que possuam o mínimo de § 1º Poderão candidatar-se ao cargo de Diretor-
5 (cinco) anos de efetivo exercício em institui- -Geral do campus os servidores ocupantes de
ção federal de educação profissional e tecno- cargo efetivo da carreira docente ou de cargo
lógica. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.772, efetivo de nível superior da carreira dos técnico-
de 28/12/2012) -administrativos do Plano de Carreira dos Cargos
§ 2º A reitoria, como órgão de administração Técnico-Administrativos em Educação, desde que
central, poderá ser instalada em espaço físico dis- possuam o mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo
tinto de qualquer dos campi que integram o Insti- exercício em instituição federal de educação pro-
tuto Federal, desde que previsto em seu estatuto fissional e tecnológica e que se enquadrem em
e aprovado pelo Ministério da Educação. pelo menos uma das seguintes situações:
I – preencher os requisitos exigidos para a can-
Art. 12. Os Reitores serão nomeados pelo Presi-
didatura ao cargo de Reitor do Instituto Federal;
dente da República, para mandato de 4 (quatro)
II – possuir o mínimo de 2 (dois) anos de exercí-
anos, permitida uma recondução, após processo
cio em cargo ou função de gestão na instituição;
de consulta à comunidade escolar do respectivo
ou
Instituto Federal, atribuindo-se o peso de 1/3 (um
III – ter concluído, com aproveitamento, curso
terço) para a manifestação do corpo docente, de
de formação para o exercício de cargo ou fun-
1/3 (um terço) para a manifestação dos servidores
ção de gestão em instituições da administração
técnico-administrativos e de 1/3 (um terço) para a
pública.
manifestação do corpo discente. § 2º O Ministério da Educação expedirá normas
§ 1º Poderão candidatar-se ao cargo de Reitor complementares dispondo sobre o reconheci-
os docentes pertencentes ao Quadro de Pessoal mento, a validação e a oferta regular dos cursos
Ativo Permanente de qualquer dos campi que in- de que trata o inciso III do § 1º deste artigo.
tegram o Instituto Federal, desde que possuam o
mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo exercício em CAPÍTULO II-A
DO COLÉGIO PEDRO II
instituição federal de educação profissional e tec-
(Capítulo acrescido pela Lei nº 12.677, de 25/6/2012)
nológica e que atendam a, pelo menos, um dos
seguintes requisitos: Art. 13-A. O Colégio Pedro II terá a mesma estru-
I – possuir o título de doutor; ou tura e organização dos Institutos Federais de Edu-
II – estar posicionado nas Classes DIV ou DV da cação, Ciência e Tecnologia. (Artigo acrescido pela
Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Lei nº 12.677, de 25/6/2012)
Tecnológico, ou na Classe de Professor Associado Art. 13-B. As unidades escolares que atualmente
da Carreira do Magistério Superior. compõem a estrutura organizacional do Colégio
§ 2º O mandato de Reitor extingue-se pelo de- Pedro II passam de forma automática, indepen-
curso do prazo ou, antes desse prazo, pela apo- dentemente de qualquer formalidade, à condi-
sentadoria, voluntária ou compulsória, pela re- ção de campi da instituição. (Artigo acrescido pela
núncia e pela destituição ou vacância do cargo. Lei nº 12.677, de 25/6/2012)
123
Parágrafo único. A criação de novos campi fica aos quadros de pessoal das respectivas institui-
condicionada à expedição de autorização especí- ções que os integram.
fica do Ministério da Educação. § 1º Todos os servidores e funcionários serão
mantidos em sua lotação atual, exceto aqueles
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS que forem designados pela administração supe-
rior de cada Instituto Federal para integrar o qua-
Art. 14. O Diretor-Geral de instituição transfor-
dro de pessoal da Reitoria.
mada ou integrada em Instituto Federal nomeado
§ 2º A mudança de lotação de servidores entre
para o cargo de Reitor da nova instituição exercerá diferentes campi de um mesmo Instituto Federal
esse cargo até o final de seu mandato em curso e deverá observar o instituto da remoção, nos ter-
em caráter pro tempore, com a incumbência de mos do art. 36 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro
promover, no prazo máximo de 180 (cento e oi- de 1990.
tenta) dias, a elaboração e encaminhamento ao
Art. 17. O patrimônio de cada um dos novos Ins-
Ministério da Educação da proposta de estatuto
titutos Federais será constituído:
e de plano de desenvolvimento institucional do
I – pelos bens e direitos que compõem o patri-
Instituto Federal, assegurada a participação da co-
mônio de cada uma das instituições que o inte-
munidade acadêmica na construção dos referidos
gram, os quais ficam automaticamente transfe-
instrumentos.
ridos, sem reservas ou condições, ao novo ente;
§ 1º Os Diretores-Gerais das instituições trans-
II – pelos bens e direitos que vier a adquirir;
formadas em campus de Instituto Federal exerce-
III – pelas doações ou legados que receber; e
rão, até o final de seu mandato e em caráter pro
IV – por incorporações que resultem de serviços
tempore, o cargo de Diretor-Geral do respectivo
por ele realizado.
campus.
Parágrafo único. Os bens e direitos do Instituto
§ 2º Nos campi em processo de implantação, os Federal serão utilizados ou aplicados, exclusiva-
cargos de Diretor-Geral serão providos em caráter mente, para a consecução de seus objetivos, não
pro tempore, por nomeação do Reitor do Instituto podendo ser alienados a não ser nos casos e con-
Federal, até que seja possível identificar candida- dições permitidos em lei.
tos que atendam aos requisitos previstos no § 1º do
Art. 18. Os Centros Federais de Educação Tec-
art. 13 desta Lei.
nológica Celso Suckow da Fonseca Cefet-RJ e de
§ 3º O Diretor-Geral nomeado para o cargo de
Minas Gerais (Cefet-MG), não inseridos no reorde-
Reitor Pro-Tempore do Instituto Federal, ou de
namento de que trata o art. 5º desta Lei, perma-
Diretor-Geral Pro-Tempore do Campus, não po-
necem como entidades autárquicas vinculadas ao
derá candidatar-se a um novo mandato, desde
Ministério da Educação, configurando-se como
que já se encontre no exercício do segundo man-
instituições de ensino superior pluricurriculares,
dato, em observância ao limite máximo de inves-
especializadas na oferta de educação tecnológica
tidura permitida, que são de 2 (dois) mandatos
nos diferentes níveis e modalidades de ensino, ca-
consecutivos.
racterizando-se pela atuação prioritária na área
Art. 15. A criação de novas instituições federais de tecnológica, na forma da legislação.
educação profissional e tecnológica, bem como a [...]
expansão das instituições já existentes, levará em Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua
conta o modelo de Instituto Federal, observando publicação.
ainda os parâmetros e as normas definidas pelo
Brasília, 29 de dezembro de 2008; 187º da
Ministério da Educação. Independência e 120º da República.
Art. 16. Ficam redistribuídos para os Institutos
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Federais criados nos termos desta Lei todos os Fernando Haddad
cargos e funções, ocupados e vagos, pertencentes Paulo Bernardo Silva
124
LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008
ANEXO I
Localidades onde Serão Constituídas as Reitorias dos Novos Institutos Federais
Instituição Sede da Reitoria
Instituto Federal do Acre Rio Branco
Instituto Federal de Alagoas Maceió
Instituto Federal do Amapá Macapá
Instituto Federal do Amazonas Manaus
Instituto Federal da Bahia Salvador
Instituto Federal Baiano Salvador
Instituto Federal de Brasília Brasília
Instituto Federal do Ceará Fortaleza
Instituto Federal do Espírito Santo Vitória
Instituto Federal de Goiás Goiânia
Instituto Federal Goiano Goiânia
Instituto Federal do Maranhão São Luís
Instituto Federal de Minas Gerais Belo Horizonte
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais Montes Claros
Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais Juiz de Fora
Instituto Federal do Sul de Minas Gerais Pouso Alegre
Instituto Federal do Triângulo Mineiro Uberaba
Instituto Federal de Mato Grosso Cuiabá
Instituto Federal de Mato Grosso do Sul Campo Grande
Instituto Federal do Pará Belém
Instituto Federal da Paraíba João Pessoa
Instituto Federal de Pernambuco Recife
Instituto Federal do Sertão Pernambucano Petrolina
Instituto Federal do Piauí Teresina
Instituto Federal do Paraná Curitiba
Instituto Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Instituto Federal Fluminense Campos dos Goytacazes
Instituto Federal do Rio Grande do Norte Natal
Instituto Federal do Rio Grande do Sul Bento Gonçalves
Instituto Federal Farroupilha Santa Maria
Instituto Federal Sul-rio-grandense Pelotas
Instituto Federal de Rondônia Porto Velho
Instituto Federal de Roraima Boa Vista
Instituto Federal de Santa Catarina Blumenau
Instituto Federal de São Paulo São Paulo
Instituto Federal de Sergipe Aracaju
Instituto Federal do Tocantins Palmas
ANEXO II
Escolas Técnicas Vinculadas que Passam a Integrar os Institutos Federais
Escola Técnica Vinculada Instituto Federal
Colégio Técnico Universitário (UFJF) Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Colégio Agrícola Nilo Peçanha (UFF) Instituto Federal do Rio de Janeiro
Colégio Técnico Agrícola Ildefonso Bastos Borges (UFF) Instituto Federal Fluminense
Escola Técnica (UFPR) Instituto Federal do Paraná
Escola Técnica (UFRGS) Instituto Federal do Rio Grande do Sul
Colégio Técnico Industrial Prof. Mário Alquati (FURG) Instituto Federal do Rio Grande do Sul
125
Colégio Agrícola de Camboriú (UFSC) Instituto Federal Catarinense
Colégio Agrícola Senador Carlos Gomes (UFSC) Instituto Federal Catarinense
ANEXO III
Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais
Escola Técnica Vinculada Universidade Federal
Escola Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima (UFRR) Universidade Federal de Roraima
Colégio Universitário da UFMA Universidade Federal do Maranhão
Escola Técnica de Artes da UFAL Universidade Federal de Alagoas
Colégio Técnico da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais
Centro de Formação Especial em Saúde da UFTM Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Escola Técnica de Saúde da UFU Universidade Federal de Uberlândia
Centro de Ensino e Desenvolvimento Agrário da UFV Universidade Federal de Viçosa
Escola de Música da UFP Universidade Federal do Pará
Escola de Teatro e Dança da UFP Universidade Federal do Pará
Colégio Agrícola Vidal de Negreiros da UFPB Universidade Federal da Paraíba
Escola Técnica de Saúde da UFPB Universidade Federal da Paraíba
Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras da UFCG Universidade Federal de Campina Grande
Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas da UFRP Universidade Federal Rural de Pernambuco
Colégio Agrícola de Floriano da UFPI Universidade Federal do Piauí
Colégio Agrícola de Teresina da UFPI Universidade Federal do Piauí
Colégio Agrícola de Bom Jesus da UFPI Universidade Federal do Piauí
Colégio Técnico da UFRRJ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Escola Agrícola de Jundiaí da UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Escola de Enfermagem de Natal da UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Escola de Música da UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça da UFPEL Universidade Federal de Pelotas
Colégio Agrícola de Frederico Westphalen da UFSM Universidade Federal de Santa Maria
Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria Universidade Federal de Santa Maria
Colégio Técnico Industrial da Universidade Federal de Santa Maria Universidade Federal de Santa Maria
acordo, respectivamente, com dados do censo es- Federal e dos polos presenciais do sistema UAB
colar realizado pelo Ministério da Educação e com aos Municípios e às Secretarias de Educação a
dados coletados pela Coordenação de Aperfeiçoa- que estejam vinculadas, que se encarregarão da
mento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), ob- análise, julgamento, consolidação e encaminha-
servado o disposto no art. 24. (Parágrafo com redação mento ao FNDE, conforme estabelecido pelo seu
dada pela Lei nº 12.695, de 25/7/2012) conselho deliberativo; (Inciso com redação dada pela
§ 2º A assistência financeira de que trata o § 1º Lei nº 12.695, de 25/7/2012)
será concedida sem a necessidade de celebração II – pelos Municípios, Secretarias de Educação
de convênio, acordo, contrato, ajuste ou instru- dos Estados e do Distrito Federal e pelas entida-
mento congênere, mediante crédito do valor de- des qualificadas como beneficentes de assistên-
vido em conta bancária específica: cia social ou de atendimento direto e gratuito ao
I – diretamente à unidade executora própria, público àquele Fundo.
representativa da comunidade escolar, ou àquela § 1º As prestações de contas dos recursos trans-
qualificada como beneficente de assistência social feridos para atendimento das escolas e dos polos
ou de atendimento direto e gratuito ao público; presenciais do sistema UAB que não possuem uni-
II – ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Muni- dades executoras próprias deverão ser feitas ao
cípio mantenedor do estabelecimento de ensino, FNDE, observadas as respectivas redes de ensino,
que não possui unidade executora própria. pelos Municípios e pelas Secretarias de Educação
Art. 23. Os recursos financeiros repassados para dos Estados e do Distrito Federal. (Parágrafo com
redação dada pela Lei nº 12.695, de 25/7/2012)
o PDDE serão destinados à cobertura de despe-
sas de custeio, manutenção e de pequenos inves- § 2º Fica o FNDE autorizado a suspender o
timentos, que concorram para a garantia do fun- repasse dos recursos do PDDE nas seguintes
cionamento e melhoria da infraestrutura física e hipóteses:
pedagógica dos estabelecimentos de ensino. I – omissão na prestação de contas, conforme
definido pelo seu Conselho Deliberativo;
Art. 24. O Conselho Deliberativo do FNDE expedirá II – rejeição da prestação de contas;
normas relativas aos critérios de alocação, repasse, III – utilização dos recursos em desacordo com
execução, prestação de contas dos recursos e va- os critérios estabelecidos para a execução do
lores per capita, bem como sobre a organização e PDDE, conforme constatado por análise documen-
funcionamento das unidades executoras próprias. tal ou de auditoria.
Parágrafo único. A fixação dos valores per capita § 3º Em caso de omissão no encaminhamento
contemplará, diferenciadamente, as escolas que das prestações de contas, na forma do inciso I do
oferecem educação especial de forma inclusiva caput, fica o FNDE autorizado a suspender o re-
ou especializada, de modo a assegurar, de acordo passe dos recursos a todas as escolas e polos pre-
com os objetivos do PDDE, o adequado atendi- senciais do sistema UAB da rede de ensino do res-
mento às necessidades dessa modalidade edu- pectivo ente federado. (Parágrafo com redação dada
cacional. pela Medida Provisória nº 562, de 20/3/2012, convertida na
Art. 25. Os Estados, o Distrito Federal e os Mu- Lei nº 12.695, de 25/7/2012)
nicípios deverão inscrever, quando couber, nos § 4º O gestor, responsável pela prestação de con-
respectivos orçamentos os recursos financeiros tas, que permitir, inserir ou fizer inserir documen-
destinados aos estabelecimentos de ensino a eles tos ou declaração falsa ou diversa da que deveria
vinculados, bem como prestar contas dos referi- ser inscrita, com o fim de alterar a verdade sobre
dos recursos. os fatos, será responsabilizado na forma da lei.
Art. 26. As prestações de contas dos recursos re- Art. 27. Os entes federados, as unidades exe-
cebidos à conta do PDDE, a serem apresentadas cutoras próprias e as entidades qualificadas
nos prazos e constituídas dos documentos esta- como beneficentes de assistência social ou de
belecidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE atendimento direto e gratuito ao público mante-
serão feitas: rão arquivados, em sua sede, em boa guarda e or-
I – pelas unidades executoras próprias das es- ganização, ainda que utilize serviços de contabi-
colas públicas municipais, estaduais e do Distrito lidade de terceiros, pelo prazo de 5 (cinco) anos,
131
contado da data de julgamento da prestação de § 3º As atividades exercidas no âmbito do Pro-
contas anual do FNDE pelo órgão de controle ex- nera não caracterizam vínculo empregatício e os
terno, os documentos fiscais, originais ou equiva- valores recebidos a título de bolsa não se incorpo-
lentes, das despesas realizadas na execução das ram, para qualquer efeito, ao vencimento, salário,
ações do PDDE. remuneração ou proventos recebidos.
Art. 28. A fiscalização da aplicação dos recursos Art. 34. Ficam revogados os arts. 1º a 14 da Me-
financeiros relativos à execução do PDDE é de dida Provisória nº 2.178-36, de 24 de agosto de
competência do FNDE e dos órgãos de controle 2001, e a Lei nº 8.913, de 12 de julho de 1994.
externo e interno do Poder Executivo da União e Art. 35. Esta Lei entra em vigor na data de sua
será feita mediante realização de auditorias, ins- publicação.
peções e análise dos processos que originarem as
Brasília, 16 de junho de 2009; 188º da
respectivas prestações de contas. Independência e 121º da República.
Parágrafo único. Os órgãos incumbidos da fis-
calização dos recursos destinados à execução do JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Fernando Haddad
PDDE poderão celebrar convênios ou acordos, em
Paulo Bernardo Silva
regime de mútua cooperação, para auxiliar e oti-
mizar o controle do Programa.
LEI Nº 12.513, DE 26 DE
Art. 29. Qualquer pessoa, física ou jurídica, po- OUTUBRO DE 2011
derá denunciar ao FNDE, ao Tribunal de Contas (Publicada no DOU de 27/10/2011)
da União, aos órgãos de controle interno do Poder Institui o Programa Nacional de Acesso ao
Executivo da União e ao Ministério Público irregu- Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); altera
laridades identificadas na aplicação dos recursos as Leis nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que
destinados à execução do PDDE. regula o Programa do Seguro-Desemprego, o
Abono Salarial e institui o Fundo de Amparo
[...]
ao Trabalhador (FAT), nº 8.212, de 24 de julho
Art. 33. Fica o Poder Executivo autorizado a insti- de 1991, que dispõe sobre a organização da
tuir o Programa Nacional de Educação na Reforma Seguridade Social e institui Plano de Cus-
teio, nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que
Agrária (Pronera), a ser implantado no âmbito do
dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Estudante do Ensino Superior, e nº 11.129, de
executado pelo Instituto Nacional de Colonização 30 de junho de 2005, que institui o Programa
e Reforma Agrária (Incra). Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem);
Parágrafo único. Ato do Poder Executivo disporá e dá outras providências.
sobre as normas de funcionamento, execução e A presidenta da República
gestão do Programa. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
Art. 33-A. O Poder Executivo fica autorizado a sanciono a seguinte Lei:
conceder bolsas aos professores das redes pú- Art. 1º É instituído o Programa Nacional de Acesso
blicas de educação e a estudantes beneficiários ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), a ser exe-
do Programa Nacional de Educação na Reforma cutado pela União, com a finalidade de ampliar a
Agrária (Pronera). (Artigo acrescido pela Lei nº 12.695, oferta de educação profissional e tecnológica, por
de 25/7/2012) meio de programas, projetos e ações de assistên-
§ 1º Os professores das redes públicas de edu- cia técnica e financeira.
cação poderão perceber bolsas pela participação Parágrafo único. São objetivos do Pronatec:
nas atividades do Pronera, desde que não haja I – expandir, interiorizar e democratizar a oferta
prejuízo à sua carga horária regular e ao atendi- de cursos de educação profissional técnica de
mento do plano de metas de cada instituição com nível médio presencial e a distância e de cursos
seu mantenedor, se for o caso. e programas de formação inicial e continuada ou
§ 2º Os valores e os critérios para concessão e qualificação profissional;
manutenção das bolsas serão fixados pelo Poder II – fomentar e apoiar a expansão da rede física de
Executivo. atendimento da educação profissional e tecnológica;
132
LEI Nº 12.513, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011
III – contribuir para a melhoria da qualidade do públicas de direito privado precipuamente dedi-
ensino médio público, por meio da articulação cadas à educação profissional e tecnológica, ha-
com a educação profissional; bilitadas nos termos desta Lei. (Caput do artigo com
IV – ampliar as oportunidades educacionais dos redação dada pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012,
trabalhadores, por meio do incremento da forma- convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
ção e qualificação profissional; Parágrafo único. Os serviços nacionais sociais
V – estimular a difusão de recursos pedagógicos poderão participar do Pronatec por meio de ações
para apoiar a oferta de cursos de educação profis- de apoio à educação profissional e tecnológica.
sional e tecnológica;
Art. 4º O Pronatec será desenvolvido por meio das
VI – estimular a articulação entre a política de
seguintes ações, sem prejuízo de outras:
educação profissional e tecnológica e as políticas
I – ampliação de vagas e expansão da rede fe-
de geração de trabalho, emprego e renda. (Inciso
acrescido pela Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
deral de educação profissional e tecnológica;
II – fomento à ampliação de vagas e à expansão
Art. 2º O Pronatec atenderá prioritariamente:
das redes estaduais de educação profissional;
I – estudantes do ensino médio da rede pública,
III – incentivo à ampliação de vagas e à expan-
inclusive da educação de jovens e adultos;
são da rede física de atendimento dos serviços
II – trabalhadores;
nacionais de aprendizagem;
III – beneficiários dos programas federais de
IV – oferta de bolsa-formação, nas modalidades:
transferência de renda; e
a) Bolsa-Formação Estudante; e
IV – estudante que tenha cursado o ensino
b) Bolsa-Formação Trabalhador;
médio completo em escola da rede pública ou
V – financiamento da educação profissional e
em instituições privadas na condição de bolsista
tecnológica;
integral, nos termos do regulamento.
VI – fomento à expansão da oferta de educação
§ 1º Entre os trabalhadores a que se refere o in-
profissional técnica de nível médio na modali-
ciso II, incluem-se os agricultores familiares, silvi-
cultores, aquicultores, extrativistas e pescadores. dade de educação a distância;
§ 2º Será estimulada a participação das pessoas VII – apoio técnico voltado à execução das
com deficiência nas ações de educação profissio- ações desenvolvidas no âmbito do Programa;
nal e tecnológica desenvolvidas no âmbito do Pro- VIII – estímulo à expansão de oferta de vagas
natec, observadas as condições de acessibilidade e para as pessoas com deficiência, inclusive com a
participação plena no ambiente educacional, tais articulação dos Institutos Públicos Federais, Esta-
como adequação de equipamentos, de materiais duais e Municipais de Educação;
pedagógicos, de currículos e de estrutura física. IX – articulação com o Sistema Nacional de
§ 3º As ações desenvolvidas no âmbito do Prona- Emprego;
tec contemplarão a participação de povos indíge- X – articulação com o Programa Nacional de
nas, comunidades quilombolas e adolescentes e jo- Inclusão de Jovens (Projovem), nos termos da
vens em cumprimento de medidas socioeducativas. Lei nº 11.692, de 10 de junho de 2008. (Inciso acres-
§ 4º Será estimulada a participação de mulhe- cido pela Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
res responsáveis pela unidade familiar beneficiá- § 1º A Bolsa-Formação Estudante será desti-
rias de programas federais de transferência de nada aos beneficiários previstos no art. 2º para
renda, nos cursos oferecidos por intermédio da cursos de educação profissional técnica de nível
Bolsa-Formação. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.816, médio, nas formas concomitante, integrada ou
de 5/6/2013) subsequente, e para cursos de formação de pro-
Art. 3º O Pronatec cumprirá suas finalidades e ob- fessores em nível médio na modalidade normal,
jetivos em regime de colaboração entre a União, nos termos definidos em ato do Ministro de Es-
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, com tado da Educação. (Parágrafo com redação dada pela
a participação voluntária dos serviços nacionais Lei nº 12.863, de 24/9/2013)
de aprendizagem, de instituições privadas e pú- § 2º A Bolsa-Formação Trabalhador será desti-
blicas de ensino superior, de instituições de edu- nada ao trabalhador e aos beneficiários dos pro-
cação profissional e tecnológica e de fundações gramas federais de transferência de renda, para
133
cursos de formação inicial e continuada ou quali- (trinta por cento) deverá ser destinado para as
ficação profissional. Regiões Norte e Nordeste com a finalidade de
§ 3º O Poder Executivo definirá os requisitos e ampliar a oferta de educação profissional e tec-
critérios de priorização para concessão das bolsas- nológica.
-formação, considerando-se capacidade de oferta, § 3º O montante dos recursos a ser repassado
identificação da demanda, nível de escolaridade, para as bolsas-formação de que trata o caput cor-
faixa etária, existência de deficiência, entre outros, responderá ao número de vagas pactuadas por
observados os objetivos do programa. cada instituição de ensino ofertante, que serão
§ 4º O financiamento previsto no inciso V po- posteriormente confirmadas como matrículas em
derá ser contratado pelo estudante, em caráter in- sistema eletrônico de informações da educação
dividual, ou por empresa, para custeio da forma- profissional mantido pelo Ministério da Educação,
ção de trabalhadores nos termos da Lei nº 10.260, observada a obrigatoriedade de devolução de
de 12 de julho de 2001, nas instituições habilitadas recursos em caso de vagas não ocupadas. (Pará-
na forma do art. 10 desta Lei. grafo com redação dada pela Medida Provisória nº 593, de
Art. 5º Para os fins desta Lei, são consideradas 5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
modalidades de educação profissional e tecnoló- § 4º Os valores das bolsas-formação concedidas
gica os cursos: na forma prevista no caput correspondem ao custo
I – de formação inicial e continuada ou qualifi- total do curso por estudante, incluídos as mensa-
cação profissional; lidades, encargos educacionais e o eventual cus-
II – de educação profissional técnica de nível teio de transporte e alimentação ao beneficiário,
médio; e (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.863, de vedada cobrança direta aos estudantes de taxas
24/9/2013) de matrícula, custeio de material didático ou qual-
III – de formação de professores em nível médio quer outro valor pela prestação do serviço. (Pará-
na modalidade normal. (Inciso com redação dada pela grafo com redação dada pela Medida Provisória nº 593, de
Lei nº 12.863, de 24/9/2013) 5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
§ 1º Os cursos referidos no inciso I serão rela- § 5º O Poder Executivo disporá sobre o valor de
cionados pelo Ministério da Educação, devendo cada bolsa-formação, considerando-se, entre ou-
contar com carga horária mínima de 160 (cento e tros, os eixos tecnológicos, a modalidade do curso,
sessenta) horas. a carga horária e a complexidade da infraestrutura
§ 2º Os cursos referidos no inciso II submetem-se necessária para a oferta dos cursos.
às diretrizes curriculares nacionais definidas pelo § 6º O Poder Executivo disporá sobre normas re-
Conselho Nacional de Educação, bem como às de- lativas ao atendimento ao aluno, às transferências
mais condições estabelecidas na legislação aplicável, e à prestação de contas dos recursos repassados
devendo constar do Catálogo Nacional de Cursos no âmbito do Pronatec.
Técnicos, organizado pelo Ministério da Educação. § 7º Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá
§ 3º (Vetado na Lei nº 12.816, de 5/6/2013) denunciar ao Ministério da Educação, ao Tribu-
nal de Contas da União e aos órgãos de controle
Art. 6º Para cumprir os objetivos do Pronatec, a
interno do Poder Executivo irregularidades iden-
União é autorizada a transferir recursos financei-
tificadas na aplicação dos recursos destinados à
ros às instituições de educação profissional e tec-
execução do Pronatec.
nológica das redes públicas estaduais e munici-
pais ou dos serviços nacionais de aprendizagem Art. 6º-A. A execução do Pronatec poderá ser
correspondentes aos valores das bolsas-formação realizada por meio da concessão das bolsas-
de que trata o inciso IV do art. 4º desta Lei. -formação de que trata a alínea a do inciso IV do
§ 1º As transferências de recursos de que trata o caput do art. 4º aos estudantes matriculados em
caput dispensam a realização de convênio, acordo, instituições privadas de ensino superior e de edu-
contrato, ajuste ou instrumento congênere, obser- cação profissional técnica de nível médio, nas for-
vada a obrigatoriedade de prestação de contas da mas e modalidades definidas em ato do Ministro
aplicação dos recursos. de Estado da Educação. (Caput do artigo acrescido
§ 2º Do total dos recursos financeiros de que pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, convertida na
trata o caput deste artigo, um mínimo de 30% Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
134
LEI Nº 12.513, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011
§ 1º Para fins do disposto no caput, as institui- pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, convertida na
ções privadas de ensino superior e de educação pro- Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
fissional técnica de nível médio deverão: (Parágrafo § 4º Para a habilitação de que trata o inciso II
acrescido pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, con- do § 1º deste artigo, o Ministério da Educação defi-
vertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013) nirá eixos e cursos prioritários, especialmente nas
I – aderir ao Pronatec com assinatura de termo áreas relacionadas aos processos de inovação tec-
de adesão por suas mantenedoras; (Inciso acrescido nológica e à elevação de produtividade e compe-
pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, convertida na titividade da economia do País. (Parágrafo acrescido
Lei nº 12.816, de 5/6/2013) pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, convertida na
II – habilitar-se perante o Ministério da Edu- Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
cação; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 593,
Art. 6º-B. O valor da bolsa-formação concedida
de 5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
na forma do art. 6º-A será definido pelo Poder
III – atender aos índices de qualidade acadê-
Executivo e seu pagamento será realizado, por
mica e a outros requisitos estabelecidos em ato do
matrícula efetivada, diretamente às mantenedo-
Ministro de Estado da Educação; e (Inciso acrescido
ras das instituições privadas de ensino superior e
pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, convertida na
de educação profissional técnica de nível médio,
Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
mediante autorização do estudante e comprova-
IV – garantir aos beneficiários de Bolsa-Formação
ção de sua matrícula e frequência em sistema ele-
acesso a sua infraestrutura educativa, recreativa, es-
trônico de informações da educação profissional
portiva e cultural. (Inciso acrescido pela Lei nº 12.816, de
mantido pelo Ministério da Educação. (Caput do ar-
5/6/2013)
tigo acrescido pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012,
§ 2º A habilitação de que trata o inciso II do § 1º
convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
deste artigo, no caso da instituição privada de
§ 1º O Ministério da Educação avaliará a eficiên-
ensino superior, estará condicionada ao atendi-
cia, eficácia e efetividade da aplicação de recur-
mento dos seguintes requisitos: (Parágrafo acrescido
sos voltados à concessão das bolsas-formação
pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, convertida
na forma prevista no caput do art. 6º-A. (Parágrafo
na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
acrescido pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, con-
I – atuação em curso de graduação em áreas de
vertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
conhecimento correlatas à do curso técnico a ser
§ 2º As mantenedoras das instituições privadas
ofertado ou aos eixos tecnológicos previstos no
de ensino superior e das instituições privadas de
catálogo de que trata o § 2º do art. 5º; (Inciso acres-
educação profissional técnica de nível médio dis-
cido pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, conver-
ponibilizarão ao Ministério da Educação as informa-
tida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
ções sobre os beneficiários da bolsa-formação con-
II – excelência na oferta educativa comprovada
cedidas para fins da avaliação de que trata o § 1º,
por meio de índices satisfatórios de qualidade, nos
nos termos da legislação vigente, observado o di-
termos estabelecidos em ato do Ministro de Es-
reito à intimidade e vida privada do cidadão. (Pará-
tado da Educação; (Inciso acrescido pela Medida Pro-
grafo acrescido pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012,
visória nº 593, de 5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816,
e com redação dada pela Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
de 5/6/2013)
III – promoção de condições de acessibilidade e Art. 6º-C. A denúncia do termo de adesão de que
de práticas educacionais inclusivas. (Inciso acrescido trata o inciso I do § 1º do art. 6º-A não implicará
pela Lei nº 12.816, de 5/6/2013) ônus para o poder público nem prejuízo para o
§ 3º A habilitação de que trata o inciso II do estudante beneficiário da Bolsa-Formação Estu-
§ 1º deste artigo, no caso da instituição privada dante, que gozará do benefício concedido até a
de educação profissional técnica de nível médio, conclusão do curso. (Artigo acrescido pela Medida Pro-
estará condicionada ao resultado da sua avalia- visória nº 593, de 5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de
ção, de acordo com critérios e procedimentos fi- 5/6/2013)
xados em ato do Ministro de Estado da Educação, Parágrafo único. O descumprimento das obriga-
observada a regulação pelos órgãos competentes ções assumidas no termo de adesão ao Pronatec
do respectivo sistema de ensino. (Parágrafo acrescido sujeita as instituições privadas de ensino superior
135
e de educação profissional técnica de nível médio Parágrafo único. Aplica-se ao caput o disposto
às seguintes penalidades: nos §§ 1º a 7º do art. 6º, no que couber.
I – impossibilidade de nova adesão por até Art. 8º O Pronatec poderá ainda ser executado
3 (três) anos e, no caso de reincidência, impos- com a participação de entidades privadas sem
sibilidade permanente de adesão, sem prejuízo fins lucrativos, devidamente habilitadas, me-
para os estudantes já beneficiados; e diante a celebração de convênio ou contrato, ob-
II – ressarcimento à União do valor corrigido das servada a obrigatoriedade de prestação de contas
Bolsas-Formação Estudante concedidas indevida- da aplicação dos recursos nos termos da legisla-
mente, retroativamente à data da infração, sem ção vigente.
prejuízo do previsto no inciso I. Parágrafo único. O Poder Executivo definirá cri-
Art. 6º-D. As normas gerais de execução do Pro- térios mínimos de qualidade para que as entida-
natec por meio da concessão das bolsas-formação des privadas a que se refere o caput possam rece-
de que trata a alínea a do inciso IV do caput do ber recursos financeiros do Pronatec.
art. 4º aos estudantes matriculados em institui- Art. 9º São as instituições de educação profissio-
ções privadas de ensino superior e de educação nal e tecnológica das redes públicas autorizadas a
profissional técnica de nível médio serão discipli- conceder bolsas aos profissionais envolvidos nas
nadas em ato do Ministro de Estado da Educação, atividades do Pronatec.
que deverá prever: (Artigo acrescido pela Medida Provi- § 1º Os servidores das redes públicas de edu-
sória nº 593, de 5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de cação profissional, científica e tecnológica pode-
5/6/2013) rão perceber bolsas pela participação nas ativi-
I – normas relativas ao atendimento ao aluno; dades do Pronatec, desde que não haja prejuízo
II – obrigações dos estudantes e das instituições; à sua carga horária regular e ao atendimento do
III – regras para seleção de estudantes, inclusive plano de metas de cada instituição pactuado com
mediante a fixação de critérios de renda, e de ade- seu mantenedor, se for o caso.
são das instituições mantenedoras; § 2º Os valores e os critérios para concessão e
manutenção das bolsas serão fixados pelo Poder
IV – forma e condições para a concessão das
Executivo.
bolsas, comprovação da oferta pelas instituições
§ 3º As atividades exercidas pelos profissionais
e participação dos estudantes nos cursos;
no âmbito do Pronatec não caracterizam vínculo
V – normas de transferência de curso ou insti-
empregatício e os valores recebidos a título de
tuição, suspensão temporária ou permanente da
bolsa não se incorporam, para qualquer efeito, ao
matrícula do estudante;
vencimento, salário, remuneração ou proventos
VI – exigências de qualidade acadêmica das
recebidos.
instituições de ensino, aferidas por sistema de
§ 4º O Ministério da Educação poderá conceder
avaliação nacional e indicadores específicos da
bolsas de intercâmbio a profissionais vinculados
educação profissional, observado o disposto no
a empresas de setores considerados estratégicos
inciso III do § 1º do art. 6º-A; pelo governo brasileiro, que colaborem em pes-
VII – mecanismo de monitoramento e acompa- quisas desenvolvidas no âmbito de instituições
nhamento das bolsas concedidas pelas instituições, públicas de educação profissional e tecnológica,
do atendimento dos beneficiários em relação ao na forma do regulamento.
seu desempenho acadêmico e outros requisitos; e
Art. 10. As unidades de ensino privadas, inclu-
VIII – normas de transparência, publicidade
sive as dos serviços nacionais de aprendizagem,
e divulgação relativas à concessão das Bolsas-
ofertantes de cursos de formação inicial e conti-
-Formação Estudante.
nuada ou qualificação profissional e de cursos de
Art. 7º O Ministério da Educação, diretamente ou educação profissional técnica de nível médio que
por meio de suas entidades vinculadas, disponibi- desejarem aderir ao Fundo de Financiamento ao
lizará recursos às instituições de educação profis- Estudante do Ensino Superior (Fies), de que trata
sional e tecnológica da rede pública federal para a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, deverão
permitir o atendimento aos alunos matriculados cadastrar-se em sistema eletrônico de informa-
em cada instituição no âmbito do Pronatec. ções da educação profissional e tecnológica
136
LEI Nº 12.513, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011
mantido pelo Ministério da Educação e solicitar § 2º A criação de instituições de educação su-
sua habilitação. perior pelos serviços nacionais de aprendizagem
Parágrafo único. A habilitação da unidade de será condicionada à aprovação do Ministério da
ensino dar-se-á de acordo com critérios fixados Educação, por meio de processo de credencia-
pelo Ministério da Educação e não dispensa a ne- mento. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 593,
cessária regulação pelos órgãos competentes dos de 5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
respectivos sistemas de ensino. § 3º As instituições de educação superior dos ser-
Art. 11. O Fundo de Financiamento de que trata a viços nacionais de aprendizagem terão autonomia
Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, passa a se de- para: (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 593, de
5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
nominar Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
[...] I – criação de cursos superiores de tecnologia,
na modalidade presencial;
Art. 17. É criado o Conselho Deliberativo de Forma- II – alteração do número de vagas ofertadas nos
ção e Qualificação Profissional, com a atribuição de cursos superiores de tecnologia;
promover a articulação e avaliação dos programas III – criação de unidades vinculadas, nos termos
voltados à formação e qualificação profissional no de ato do Ministro de Estado da Educação; e
âmbito da administração pública federal, cuja com- IV – registro de diplomas.
posição, competências e funcionamento serão es- § 4º O exercício das prerrogativas previstas no § 3º
tabelecidos em ato do Poder Executivo. dependerá de autorização do órgão colegiado su-
Art. 18. Compete ao Ministério da Educação a ha- perior do respectivo departamento regional da en-
bilitação de instituições para o desenvolvimento tidade. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 593,
de atividades de educação profissional realizadas de 5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
com recursos federais, nos termos do regulamento. Art. 20-A. Os serviços nacionais sociais terão
(Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 593, de
autonomia para criar unidades de ensino para a
5/12/2012, convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
oferta de educação profissional técnica de nível
Art. 19. As despesas com a execução das ações médio e educação de jovens e adultos integrada
do Pronatec correrão à conta de dotação orça- à educação profissional, desde que em articula-
mentária consignada anualmente aos respecti- ção direta com os serviços nacionais de aprendi-
vos órgãos e entidades, observados os limites de zagem, observada a competência de supervisão e
movimentação, empenho e pagamento da progra- avaliação dos Estados. (Artigo acrescido pela Medida
mação orçamentária e financeira anual. Provisória nº 593, de 5/12/2012, e com redação dada pela
Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
Art. 20. Os serviços nacionais de aprendizagem in-
tegram o sistema federal de ensino na condição de Art. 20-B. As instituições privadas de ensino su-
mantenedores, podendo criar instituições de edu- perior habilitadas nos termos do § 2º do art. 6º-A
cação profissional técnica de nível médio, de for- ficam autorizadas a criar e ofertar cursos técnicos
mação inicial e continuada e de educação superior, de nível médio, nas formas e modalidades defini-
observada a competência de regulação, supervi- das no regulamento, resguardadas as competên-
são e avaliação da União, nos termos dos incisos cias de supervisão e avaliação da União, previstas
VIII e IX do art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro no inciso IX do caput do art. 9º da Lei nº 9.394, de
de 1996, e do inciso VI do art. 6º-D desta Lei. (Caput 20 de dezembro de 1996. (Artigo acrescido pela Medida
do artigo com redação dada pela Lei nº 12.816, de 5/6/2013) Provisória nº 606, de 18/2/2013, e com redação dada pela
§ 1º As instituições de educação profissional téc- Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
nica de nível médio e de formação inicial e con- § 1º A supervisão e a avaliação dos cursos serão
tinuada dos serviços nacionais de aprendizagem realizadas em regime de colaboração com os ór-
terão autonomia para criação de cursos e progra- gãos competentes dos Estados e do Distrito Fe-
mas de educação profissional e tecnológica, com deral, nos termos estabelecidos em ato do Minis-
autorização do órgão colegiado superior do res- tro de Estado da Educação. (Parágrafo acrescido pela
pectivo departamento regional da entidade. (Pará- Lei nº 12.816, de 5/6/2013)
grafo acrescido pela Medida Provisória nº 593, de 5/12/2012, § 2º A criação de novos cursos deverá ser comu-
convertida na Lei nº 12.816, de 5/6/2013) nicada pelas instituições de ensino superior aos
137
órgãos competentes dos Estados, que poderão, definidas pelo Comitê Estratégico do PAR, de que
a qualquer tempo, pronunciar-se sobre eventual trata o art. 3º.
descumprimento de requisitos necessários para a § 1º A elaboração do PAR será precedida de um
oferta dos cursos. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.816, diagnóstico da situação educacional, estruturado
de 5/6/2013) em 4 (quatro) dimensões:
Art. 20-C. (Vetado na Lei nº 12.837, de 9/7/2013) I – gestão educacional;
II – formação de profissionais de educação;
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua
III – práticas pedagógicas e avaliação;
publicação.
IV – infraestrutura física e recursos pedagógicos.
Brasília, 26 de outubro de 2011; 190º da § 2º O Ministério da Educação prestará assistên-
Independência e 123º da República.
cia técnica aos entes federados na elaboração do
DILMA ROUSSEFF PAR, com o objetivo de:
Guido Mantega I – identificar as medidas mais apropriadas para
Fernando Haddad a melhoria da qualidade da educação básica e sua
Carlos Lupi
Miriam Belchior
oferta com equidade, assegurado o atendimento
Tereza Campello de suas necessidades referentes ao acesso, per-
manência e conclusão com sucesso pelos edu-
LEI Nº 12.695, DE 25 DE JULHO DE 2012 candos;
(Publicada no DOU de 26/7/2012) II – auxiliar na efetivação dos planos estaduais
Dispõe sobre o apoio técnico ou financeiro
e municipais de educação.
da União no âmbito do Plano de Ações Arti- § 3º O acompanhamento e o monitoramento da
culadas; altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho execução das ações pactuadas no âmbito do PAR
de 2009, para incluir os polos presenciais do e o cumprimento das obrigações educacionais
sistema Universidade Aberta do Brasil na
nele fixadas serão realizados com base na análise
assistência financeira do Programa Dinheiro
Direto na Escola; altera a Lei nº 11.494, de 20
de relatórios de execução ou, quando necessário,
de junho de 2007, para contemplar com recur- por meio de visitas técnicas.
sos do Fundeb as instituições comunitárias
Art. 3º Fica instituído o Comitê Estratégico do
que atuam na educação do campo; altera a
Lei nº 10.880, de 9 de junho de 2004, para dis-
PAR, no âmbito do Ministério da Educação, com
por sobre a assistência financeira da União no o objetivo de definir, monitorar e revisar as ações,
âmbito do Programa de Apoio aos Sistemas programas e atividades que serão objeto de apoio
de Ensino para Atendimento à Educação de técnico ou financeiro da União assegurada a re-
Jovens e Adultos; altera a Lei nº 8.405, de 9 de presentação do Conselho Nacional de Secretá-
janeiro de 1992; e dá outras providências.
rios de Estado da Educação (Consed) e da União
O vice-presidente da República, no exercício do Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
cargo de presidente da República (Undime), na forma de regulamento.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu § 1º A inclusão ou a atualização das ações do
sanciono a seguinte Lei: PAR pelo comitê de que trata o caput poderá im-
Art. 1º O apoio técnico ou financeiro prestado em plicar a revisão do termo de compromisso a que
caráter suplementar e voluntário pela União às se refere o § 1º do art. 4º.
redes públicas de educação básica dos Estados, § 2º A composição e as normas de organização
do Distrito Federal e dos Municípios será feito me- e funcionamento do comitê serão estabelecidas
diante a pactuação de Plano de Ações Articula- em regulamento.
das (PAR). Art. 4º A União, por meio do Ministério da Edu-
Parágrafo único. O PAR tem por objetivo promo- cação, fica autorizada a transferir recursos aos Es-
ver a melhoria da qualidade da educação básica tados, ao Distrito Federal e aos Municípios, com a
pública, observadas as metas, diretrizes e estraté- finalidade de prestar apoio financeiro à execução
gias do Plano Nacional de Educação. das ações do PAR, sem a necessidade de convênio,
Art. 2º O PAR será elaborado pelos entes fe- ajuste, acordo ou contrato.
derados e pactuado com o Ministério da Edu- § 1º A transferência direta prevista no
cação, a partir das ações, programas e atividades caput será executada pelo Fundo Nacional de
138
LEI Nº 12.695, DE 25 DE JULHO DE 2012
II – tenham ampliado a cobertura em creches União, ao FNDE, aos órgãos de controle interno do
de crianças beneficiárias do BPC, de crianças de Poder Executivo federal e aos conselhos de acom-
famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família panhamento e controle social.
e de crianças com deficiência, calculada como o
Art. 9º O acompanhamento e o controle social
total de matrículas de crianças de que tratam os
sobre a transferência e aplicação dos recursos re-
incisos I, II e III do caput do art. 4º sobre o número
passados com base nos arts. 2º e 4º serão exerci-
de crianças de zero a quarenta e oito meses cujas
dos no âmbito dos Municípios e do Distrito Federal
famílias sejam beneficiárias do Programa Bolsa
pelos respectivos conselhos previstos no art. 24
Família, o número de crianças beneficiárias do
da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.
BPC e o número de crianças com deficiência, de
Parágrafo único. Os conselhos a que se refere o
maneira não cumulativa.
caput analisarão as prestações de contas dos re-
Parágrafo único. A ampliação do número de ma-
cursos repassados no âmbito desta Lei, formula-
trículas ou da cobertura a que se referem os inci-
rão parecer conclusivo acerca da aplicação desses
sos I e II do caput será aferida a partir da compa-
recursos e o encaminharão ao FNDE.
ração do número de matrículas e da cobertura das
edições do Censo Escolar da Educação Básica dos Art. 10. O apoio financeiro de que tratam os arts.
dois anos anteriores ao do exercício em que ocor- 2º e 4º está vinculado à vigência do Fundeb, nos
rerá a transferência do apoio financeiro suplemen- termos do art. 48 da Lei nº 11.494, de 20 de junho
tar de que trata o caput, na forma a ser discipli- de 2007, e não poderá ser considerado pelos Mu-
nada em ato conjunto dos Ministros de Estado do nicípios e pelo Distrito Federal para os fins de cum-
Desenvolvimento Social e Agrário e da Educação. primento do art. 212 da Constituição Federal.
Parágrafo único. Na aplicação dos recursos fi-
Art. 4º-B. (Vetado na Lei nº 13.348, de 10/10/2016)
nanceiros abrangidos por esta Lei, os Municípios e
Art. 5º Os recursos de que trata o art. 4º serão o Distrito Federal deverão assegurar as condições
transferidos pelo Ministério do Desenvolvimento de acessibilidade para as pessoas com deficiência.
Social e Agrário ao Fundo Nacional do Desenvolvi-
mento da Educação (FNDE), independentemente Art. 11. Para o exercício de 2012, o apoio finan-
da celebração de termo específico. (Artigo com reda- ceiro suplementar de que trata o art. 4º será de 25%
ção dada pela Lei nº 13.348, de 10/10/2016) (vinte e cinco por cento) do valor anual mínimo por
aluno definido nacionalmente para educação in-
Art. 6º Ato conjunto dos Ministros de Estado
fantil, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho
do Desenvolvimento Social e Agrário e da Edu-
de 2007, por matrícula.
cação disporá sobre o acompanhamento da im-
plementação do apoio financeiro suplementar Art. 12. Para os exercícios de 2012 e 2013, a trans-
de que trata o art. 4º. (Artigo com redação dada pela ferência de recursos financeiros de que trata o § 1º
Lei nº 13.348, de 10/10/2016) do art. 4º será feita com base na quantidade de
matrículas de crianças de 0 (zero) a 48 (quarenta
Art. 7º As transferências de recursos financeiros
e oito) meses, identificadas no Censo Escolar da
previstas nos arts. 2º e 4º serão efetivadas, au-
Educação Básica do ano anterior e informadas
tomaticamente, pelo FNDE, dispensada a cele-
pelos Municípios e pelo Distrito Federal, em sis-
bração de convênio, acordo, contrato ou instru-
tema próprio do Ministério da Educação, como
mento congênere, mediante depósitos em conta
membro de famílias beneficiárias do Programa
corrente específica.
Bolsa Família, na forma definida em ato conjunto
Parágrafo único. O Conselho Deliberativo do
dos Ministros de Estado do Desenvolvimento So-
FNDE disporá, em ato próprio, sobre condições,
cial e Combate à Fome e da Educação.
critérios operacionais de distribuição, repasse,
execução e prestação de contas simplificada do Art. 12-A. (Vetado na Lei nº 13.348, de 10/10/2016)
apoio financeiro. Art. 13. Os recursos financeiros corresponden-
Art. 8º Os Municípios e o Distrito Federal deverão tes ao apoio financeiro de que tratam os arts. 2º
fornecer, sempre que solicitados, a documenta- e 4º desta Lei correrão à conta de dotação consig-
ção relativa à execução dos recursos recebidos nada nos orçamentos do FNDE e do Ministério do
com base nos arts. 2º e 4º ao Tribunal de Contas da Desenvolvimento Social e Agrário, observados os
143
limites de movimentação, de empenho e de pa- Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
gamento da programação orçamentária e finan- blicação.
ceira anual. (Artigo com redação dada pela Lei nº 13.348, Brasília, 27 de dezembro de 2012; 191º da
de 10/10/2016) Independência e 124º da República.
Art. 17. Fica revogado o parágrafo único do art. 82 LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015
da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009. (LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO DA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA)
Brasília, 3 de outubro de 2012; 191º da
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
Independência e 124º da República.
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com
DILMA ROUSSEFF Deficiência).
Guido Mantega A presidenta da República
Aloizio Mercadante Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
Miriam Belchior
sanciono a seguinte Lei:
Tereza Campello
W. Moreira Franco LIVRO I
PARTE GERAL
LEI Nº 12.764, DE 27 DE [...]
DEZEMBRO DE 2012 TÍTULO II
(LEI BERENICE PIANA) DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
(Publicada no DOU de 28/12/2012) [...]
Art. 7º O gestor escolar, ou autoridade compe- Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar,
desenvolver, implementar, incentivar, acompa-
tente, que recusar a matrícula de aluno com trans-
nhar e avaliar:
torno do espectro autista, ou qualquer outro tipo
I – sistema educacional inclusivo em todos os
de deficiência, será punido com multa de 3 (três)
níveis e modalidades, bem como o aprendizado
a 20 (vinte) salários mínimos.
ao longo de toda a vida;
§ 1º Em caso de reincidência, apurada por pro- II – aprimoramento dos sistemas educacionais,
cesso administrativo, assegurado o contraditório visando a garantir condições de acesso, perma-
e a ampla defesa, haverá a perda do cargo. nência, participação e aprendizagem, por meio da
§ 2º (Vetado) oferta de serviços e de recursos de acessibilidade
144
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015
que eliminem as barreiras e promovam a inclusão oportunidades e condições com as demais pes-
plena; soas;
III – projeto pedagógico que institucionalize o XIV – inclusão em conteúdos curriculares, em
atendimento educacional especializado, assim cursos de nível superior e de educação profissio-
como os demais serviços e adaptações razoá- nal técnica e tecnológica, de temas relacionados
veis, para atender às características dos estu- à pessoa com deficiência nos respectivos campos
dantes com deficiência e garantir o seu pleno de conhecimento;
acesso ao currículo em condições de igualdade, XV – acesso da pessoa com deficiência, em igual-
promovendo a conquista e o exercício de sua au- dade de condições, a jogos e a atividades recreati-
tonomia; vas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;
IV – oferta de educação bilíngue, em Libras XVI – acessibilidade para todos os estudantes,
como primeira língua e na modalidade escrita da trabalhadores da educação e demais integrantes
língua portuguesa como segunda língua, em es- da comunidade escolar às edificações, aos am-
colas e classes bilíngues e em escolas inclusivas; bientes e às atividades concernentes a todas as
V – adoção de medidas individualizadas e cole- modalidades, etapas e níveis de ensino;
tivas em ambientes que maximizem o desenvolvi- XVII – oferta de profissionais de apoio escolar;
mento acadêmico e social dos estudantes com XVIII – articulação intersetorial na implementa-
deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, ção de políticas públicas.
a participação e a aprendizagem em instituições § 1º Às instituições privadas, de qualquer nível
de ensino; e modalidade de ensino, aplica-se obrigatoria-
VI – pesquisas voltadas para o desenvolvimento mente o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX,
de novos métodos e técnicas pedagógicas, de ma- X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste
teriais didáticos, de equipamentos e de recursos artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicio-
de tecnologia assistiva; nais de qualquer natureza em suas mensalidades,
VII – planejamento de estudo de caso, de elabo- anuidades e matrículas no cumprimento dessas
ração de plano de atendimento educacional espe- determinações.
cializado, de organização de recursos e serviços de § 2º Na disponibilização de tradutores e intér-
acessibilidade e de disponibilização e usabilidade pretes da Libras a que se refere o inciso XI do caput
pedagógica de recursos de tecnologia assistiva; deste artigo, deve-se observar o seguinte:
VIII – participação dos estudantes com deficiên- I – os tradutores e intérpretes da Libras atuantes
cia e de suas famílias nas diversas instâncias de na educação básica devem, no mínimo, possuir
atuação da comunidade escolar; ensino médio completo e certificado de proficiên-
IX – adoção de medidas de apoio que favoreçam cia na Libras;
o desenvolvimento dos aspectos linguísticos, cul- II – os tradutores e intérpretes da Libras, quando
turais, vocacionais e profissionais, levando-se em direcionados à tarefa de interpretar nas salas de
conta o talento, a criatividade, as habilidades e os aula dos cursos de graduação e pós-graduação,
interesses do estudante com deficiência; devem possuir nível superior, com habilitação,
X – adoção de práticas pedagógicas inclusivas prioritariamente, em Tradução e Interpretação
pelos programas de formação inicial e continuada em Libras.
de professores e oferta de formação continuada
Art. 29. (Vetado)
para o atendimento educacional especializado;
XI – formação e disponibilização de professores Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e
para o atendimento educacional especializado, de permanência nos cursos oferecidos pelas institui-
tradutores e intérpretes da Libras, de guias intér- ções de ensino superior e de educação profissio-
pretes e de profissionais de apoio; nal e tecnológica, públicas e privadas, devem ser
XII – oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille adotadas as seguintes medidas:
e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de for- I – atendimento preferencial à pessoa com de-
ma a ampliar habilidades funcionais dos estudan- ficiência nas dependências das Instituições de
tes, promovendo sua autonomia e participação; Ensino Superior (IES) e nos serviços;
XIII – acesso à educação superior e à edu- II – disponibilização de formulário de inscrição
cação profissional e tecnológica em igualdade de de exames com campos específicos para que o
145
candidato com deficiência informe os recursos de ato de violência física ou psicológica, intencional
acessibilidade e de tecnologia assistiva necessá- e repetitivo que ocorre sem motivação evidente,
rios para sua participação; praticado por indivíduo ou grupo, contra uma
III – disponibilização de provas em formatos ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou
acessíveis para atendimento às necessidades es- agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em
pecíficas do candidato com deficiência; uma relação de desequilíbrio de poder entre as
IV – disponibilização de recursos de acessibi- partes envolvidas.
lidade e de tecnologia assistiva adequados, pre- § 2º O Programa instituído no caput poderá
viamente solicitados e escolhidos pelo candidato fundamentar as ações do Ministério da Educação
com deficiência; e das Secretarias Estaduais e Municipais de Edu-
V – dilação de tempo, conforme demanda apre- cação, bem como de outros órgãos, aos quais a
sentada pelo candidato com deficiência, tanto na matéria diz respeito.
realização de exame para seleção quanto nas ati-
Art. 2º Caracteriza-se a intimidação sistemática
vidades acadêmicas, mediante prévia solicitação
(bullying) quando há violência física ou psicoló-
e comprovação da necessidade;
gica em atos de intimidação, humilhação ou dis-
VI – adoção de critérios de avaliação das pro-
vas escritas, discursivas ou de redação que consi- criminação e, ainda:
derem a singularidade linguística da pessoa com I – ataques físicos;
deficiência, no domínio da modalidade escrita da II – insultos pessoais;
língua portuguesa; III – comentários sistemáticos e apelidos pejo-
VII – tradução completa do edital e de suas reti- rativos;
ficações em Libras. IV – ameaças por quaisquer meios;
[...] V – grafites depreciativos;
VI – expressões preconceituosas;
Art. 127. Esta Lei entra em vigor após decorridos
VII – isolamento social consciente e premedi-
180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.
tado;
Brasília, 6 de julho de 2015; 194º da VIII – pilhérias.
Independência e 127º da República.
Parágrafo único. Há intimidação sistemática na
DILMA ROUSSEFF rede mundial de computadores (cyberbullying),
Marivaldo de Castro Pereira quando se usarem os instrumentos que lhe são
Joaquim Vieira Ferreira Levy
Renato Janine Ribeiro
próprios para depreciar, incitar a violência, adul-
Armando Monteiro terar fotos e dados pessoais com o intuito de criar
Nelson Barbosa meios de constrangimento psicossocial.
Gilberto Kassab
Luis Inácio Lucena Adams Art. 3º A intimidação sistemática (bullying) pode
Gilberto José Spier Vargas ser classificada, conforme as ações praticadas,
Guilherme Afif Domingos como:
I – verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativa-
LEI Nº 13.185, DE 6 DE mente;
NOVEMBRO DE 2015
II – moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
(Publicada no DOU de 9/11/2015)
III – sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
Institui o Programa de Combate à Intimidação IV – social: ignorar, isolar e excluir;
Sistemática (Bullying).
V – psicológica: perseguir, amedrontar, aterro-
A presidenta da República rizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu e infernizar;
sanciono a seguinte Lei: VI – físico: socar, chutar, bater;
Art. 1º Fica instituído o Programa de Combate à VII – material: furtar, roubar, destruir pertences
Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o ter- de outrem;
ritório nacional. VIII – virtual: depreciar, enviar mensagens in-
§ 1º No contexto e para os fins desta Lei, con- trusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos
sidera-se intimidação sistemática (bullying) todo e dados pessoais que resultem em sofrimento ou
146
LEI Nº 13.415, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2017
com o intuito de criar meios de constrangimento Art. 8º Esta Lei entra em vigor após decorridos
psicológico e social. 90 (noventa) dias da data de sua publicação
oficial.
Art. 4º Constituem objetivos do Programa refe-
rido no caput do art. 1º: Brasília, 6 de novembro de 2015; 194º da
Independência e 127º da República.
I – prevenir e combater a prática da intimidação
sistemática (bullying) em toda a sociedade; DILMA ROUSSEFF
Luiz Cláudio Costa
II – capacitar docentes e equipes pedagógicas
Nilma Lino Gomes
para a implementação das ações de discussão,
prevenção, orientação e solução do problema; LEI Nº 13.415, DE 16 DE
III – implementar e disseminar campanhas de FEVEREIRO DE 2017
educação, conscientização e informação; (Publicada no DOU de 17/2/2017)
IV – instituir práticas de conduta e orientação de
Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de
pais, familiares e responsáveis diante da identifi- 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
cação de vítimas e agressores; educação nacional, e 11.494, de 20 de junho
V – dar assistência psicológica, social e jurídica 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Va-
às vítimas e aos agressores;
lorização dos Profissionais da Educação, a Con-
VI – integrar os meios de comunicação de massa solidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
com as escolas e a sociedade, como forma de pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,
identificação e conscientização do problema e e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967;
revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e
forma de preveni-lo e combatê-lo;
institui a Política de Fomento à Implementação
VII – promover a cidadania, a capacidade em- de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
pática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma O presidente da República
cultura de paz e tolerância mútua; Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
VIII – evitar, tanto quanto possível, a punição dos sanciono a seguinte Lei:
agressores, privilegiando mecanismos e instrumen- [...] (As alterações expressas no arts. 1º a 7º foram com-
tos alternativos que promovam a efetiva responsa- piladas na LDB, Lei nº 9.394, de 20/12/1996, constante desta
bilização e a mudança de comportamento hostil; publicação)
IX – promover medidas de conscientização, pre-
Art. 11. O disposto no § 8º do art. 62 da Lei nº 9.394,
venção e combate a todos os tipos de violência, de 20 de dezembro de 1996, deverá ser implemen-
com ênfase nas práticas recorrentes de intimida- tado no prazo de dois anos, contado da publica-
ção sistemática (bullying), ou constrangimento fí- ção da Base Nacional Comum Curricular.
sico e psicológico, cometidas por alunos, profes-
Art. 12. Os sistemas de ensino deverão estabelecer
sores e outros profissionais integrantes de escola
cronograma de implementação das alterações na
e de comunidade escolar.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, conforme
Art. 5º É dever do estabelecimento de ensino, dos os arts. 2º, 3º e 4º desta Lei, no primeiro ano letivo
clubes e das agremiações recreativas assegurar subsequente à data de publicação da Base Nacio-
medidas de conscientização, prevenção, diagnose nal Comum Curricular, e iniciar o processo de im-
e combate à violência e à intimidação sistemática plementação, conforme o referido cronograma, a
(bullying). partir do segundo ano letivo subsequente à data de
homologação da Base Nacional Comum Curricular.
Art. 6º Serão produzidos e publicados relatórios
bimestrais das ocorrências de intimidação siste- Art. 13. Fica instituída, no âmbito do Ministério da
Educação, a Política de Fomento à Implementa-
mática (bullying) nos Estados e Municípios para
ção de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.
planejamento das ações.
Parágrafo único. A Política de Fomento de que
Art. 7º Os entes federados poderão firmar convê- trata o caput prevê o repasse de recursos do Mi-
nios e estabelecer parcerias para a implementa- nistério da Educação para os Estados e para o Dis-
ção e a correta execução dos objetivos e diretrizes trito Federal pelo prazo de dez anos por escola,
do Programa instituído por esta Lei. contado da data de início da implementação do
147
ensino médio integral na respectiva escola, de montante, a ser verificado no último dia do mês
acordo com termo de compromisso a ser for- anterior ao do repasse, será subtraído do valor a
malizado entre as partes, que deverá conter, no ser repassado como apoio financeiro suplementar
mínimo: do exercício corrente.
I – identificação e delimitação das ações a § 5º Serão desconsiderados do desconto pre-
serem financiadas; visto no § 4º os recursos referentes ao apoio fi-
II – metas quantitativas; nanceiro suplementar, de que trata o caput, trans-
III – cronograma de execução físico-financeira; feridos nos últimos doze meses.
IV – previsão de início e fim de execução das ações
Art. 15. Os recursos de que trata o parágrafo
e da conclusão das etapas ou fases programadas.
único do art. 13 serão transferidos pelo Ministério
Art. 14. São obrigatórias as transferências de re- da Educação ao Fundo Nacional do Desenvolvi-
cursos da União aos Estados e ao Distrito Federal, mento da Educação (FNDE), independentemente
desde que cumpridos os critérios de elegibilidade da celebração de termo específico.
estabelecidos nesta Lei e no regulamento, com a
Art. 16. Ato do Ministro de Estado da Educação
finalidade de prestar apoio financeiro para o aten-
disporá sobre o acompanhamento da implemen-
dimento de escolas públicas de ensino médio em
tação do apoio financeiro suplementar de que
tempo integral cadastradas no Censo Escolar da
trata o parágrafo único do art. 13.
Educação Básica, e que:
I – tenham iniciado a oferta de atendimento em Art. 17. A transferência de recursos financeiros
tempo integral a partir da vigência desta Lei de prevista no parágrafo único do art. 13 será efeti-
acordo com os critérios de elegibilidade no âm- vada automaticamente pelo FNDE, dispensada
bito da Política de Fomento, devendo ser dada a celebração de convênio, acordo, contrato ou
prioridade às regiões com menores índices de instrumento congênere, mediante depósitos em
desenvolvimento humano e com resultados mais conta-corrente específica.
baixos nos processos nacionais de avaliação do Parágrafo único. O Conselho Deliberativo do
ensino médio; e FNDE disporá, em ato próprio, sobre condições,
II – tenham projeto político-pedagógico que critérios operacionais de distribuição, repasse,
obedeça ao disposto no art. 36 da Lei nº 9.394, execução e prestação de contas simplificada do
de 20 dezembro de 1996. apoio financeiro.
§ 1º A transferência de recursos de que trata Art. 18. Os Estados e o Distrito Federal deverão
o caput será realizada com base no número de fornecer, sempre que solicitados, a documenta-
matrículas cadastradas pelos Estados e pelo Dis- ção relativa à execução dos recursos recebidos
trito Federal no Censo Escolar da Educação Bá- com base no parágrafo único do art. 13 ao Tribu-
sica, desde que tenham sido atendidos, de forma nal de Contas da União, ao FNDE, aos órgãos de
cumulativa, os requisitos dos incisos I e II do caput. controle interno do Poder Executivo federal e aos
§ 2º A transferência de recursos será realizada conselhos de acompanhamento e controle social.
anualmente, a partir de valor único por aluno,
Art. 19. O acompanhamento e o controle social
respeitada a disponibilidade orçamentária para
sobre a transferência e a aplicação dos recursos re-
atendimento, a ser definida por ato do Ministro
passados com base no parágrafo único do art. 13
de Estado da Educação.
serão exercidos no âmbito dos Estados e do Dis-
§ 3º Os recursos transferidos nos termos do
trito Federal pelos respectivos conselhos previstos
caput poderão ser aplicados nas despesas de ma-
no art. 24 da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.
nutenção e desenvolvimento previstas nos incisos
Parágrafo único. Os conselhos a que se refere o
I, II, III, V e VIII do caput do art. 70 da Lei nº 9.394,
caput analisarão as prestações de contas dos re-
de 20 de dezembro de 1996, das escolas públicas
participantes da Política de Fomento. cursos repassados no âmbito desta Lei, formula-
§ 4º Na hipótese de o Distrito Federal ou de o Es- rão parecer conclusivo acerca da aplicação desses
tado ter, no momento do repasse do apoio finan- recursos e o encaminharão ao FNDE.
ceiro suplementar de que trata o caput, saldo em Art. 20. Os recursos financeiros correspondentes
conta de recursos repassados anteriormente, esse ao apoio financeiro de que trata o parágrafo único
148
DECRETO Nº 3.276, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999
do art. 13 correrão à conta de dotação consignada escolha da etapa da educação básica para a qual
nos orçamentos do FNDE e do Ministério da Edu- se habilitará e a complementação de estudos que
cação, observados os limites de movimentação, viabilize sua habilitação para outra etapa da edu-
de empenho e de pagamento da programação cação básica.
orçamentária e financeira anual. § 1º A formação de professores deve incluir as
habilitações para a atuação multidisciplinar e em
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua
campos específicos do conhecimento.
publicação.
§ 2º A formação em nível superior de professo-
Art. 22. Fica revogada a Lei nº 11.161, de 5 de res para a atuação multidisciplinar, destinada ao
agosto de 2005. magistério na educação infantil e nos anos iniciais
Brasília, 16 de fevereiro de 2017; 196º da do ensino fundamental, far-se-á, preferencial-
Independência e 129º da República. mente, em cursos normais superiores. (Parágrafo
com redação dada pelo Decreto nº 3.554, de 7/8/2000)
MICHEL TEMER
José Mendonça Bezerra Filho § 3º Os cursos normais superiores deverão ne-
cessariamente contemplar áreas de conteúdo me-
DECRETO Nº 3.276, DE 6 DE todológico, adequado à faixa etária dos alunos da
DEZEMBRO DE 1999 educação infantil e dos anos iniciais do ensino fun-
(Publicado no DOU de 7/12/1999 e retificado no damental, incluindo metodologias de alfabetização
DOU de 8/12/1999) e áreas de conteúdo disciplinar, qualquer que tenha
sido a formação prévia do aluno no ensino médio.
Dispõe sobre a formação em nível superior de
professores para atuar na educação básica, e § 4º A formação de professores para a atuação
dá outras providências. em campos específicos do conhecimento far-se-á
O presidente da República, no uso da atribuição em cursos de licenciatura, podendo os habilitados
que lhe confere o art. 84, inciso VI, da Constituição, atuar, no ensino da sua especialidade, em qual-
e tendo em vista o disposto nos arts. 61 a 63 da quer etapa da educação básica.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, decreta: Art. 4º Os cursos referidos no artigo anterior po-
derão ser ministrados:
Art. 1º A formação em nível superior de professo-
I – por institutos superiores de educação, que
res para atuar na educação básica, observado o
deverão constituir-se em unidades acadêmicas
disposto nos arts. 61 a 63 da Lei nº 9.394, de 20 de
específicas;
dezembro de 1996, far-se-á conforme o disposto
II – por universidades, centros universitários e
neste Decreto.
outras instituições de ensino superior para tanto
Art. 2º Os cursos de formação de professores para legalmente credenciadas.
a educação básica serão organizados de modo a § 1º Os institutos superiores de educação pode-
atender aos seguintes requisitos: rão ser organizados diretamente ou por transfor-
I – compatibilidade com a etapa da educação mação de outras instituições de ensino superior
básica em que atuarão os graduados; ou de unidades das universidades e dos centros
II – possibilidade de complementação de estu- universitários.
dos, de modo a permitir aos graduados a atuação § 2º Qualquer que seja a vinculação institucio-
em outra etapa da educação básica; nal, os cursos de formação de professores para a
III – formação básica comum, com concepção educação básica deverão assegurar estreita ar-
curricular integrada, de modo a assegurar as espe- ticulação com os sistemas de ensino, essencial
cificidades do trabalho do professor na formação para a associação teoria-prática no processo de
para atuação multidisciplinar e em campos espe- formação.
cíficos do conhecimento;
Art. 5º O Conselho Nacional de Educação, me-
IV – articulação entre os cursos de formação
diante proposta do Ministro de Estado da Educação,
inicial e os diferentes programas e processos de
definirá as diretrizes curriculares nacionais para a
formação continuada.
formação de professores da educação básica.
Art. 3º A organização curricular dos cursos deverá § 1º As diretrizes curriculares nacionais obser-
permitir ao graduando opções que favoreçam a varão, além do disposto nos artigos anteriores, as
149
seguintes competências a serem desenvolvidas I – qualificação profissional, inclusive formação
pelos professores que atuarão na educação básica: inicial e continuada de trabalhadores; (Inciso com
I – comprometimento com os valores estéti- redação dada pelo Decreto nº 8.268, de 18/6/2014)
cos, políticos e éticos inspiradores da sociedade II – educação profissional técnica de nível
democrática; médio; e
II – compreensão do papel social da escola; III – educação profissional tecnológica de gra-
III – domínio dos conteúdos a serem socializa- duação e de pós-graduação.
dos, de seus significados em diferentes contextos § 1º Os cursos e programas da educação pro-
e de sua articulação interdisciplinar; fissional de que tratam os incisos I e II do caput
IV – domínio do conhecimento pedagógico, in- serão organizados por regulamentação do Minis-
cluindo as novas linguagens e tecnologias, conside- tério da Educação em trajetórias de formação que
rando os âmbitos do ensino e da gestão, de forma favoreçam a continuidade da formação. (Parágrafo
a promover a efetiva aprendizagem dos alunos; acrescido pelo Decreto nº 8.268, de 18/6/2014)
V – conhecimento de processos de investigação § 2º Para os fins do disposto neste Decreto, con-
que possibilitem o aperfeiçoamento da prática sideram-se itinerários formativos ou trajetórias
pedagógica; de formação as unidades curriculares de cursos
VI – gerenciamento do próprio desenvolvimento e programas da educação profissional, em uma
profissional. determinada área, que possibilitem o aproveita-
§ 2º As diretrizes curriculares nacionais para mento contínuo e articulado dos estudos. (Pará-
formação de professores devem assegurar forma- grafo acrescido pelo Decreto nº 8.268, de 18/6/2014)
ção básica comum, distribuída ao longo do curso, § 3º Será permitida a proposição de projetos
atendidas as diretrizes curriculares nacionais de cursos experimentais com carga horária dife-
definidas para a educação básica e tendo como renciada para os cursos e programas organizados
na forma prevista no § 1º, conforme os parâme-
referência os parâmetros curriculares nacionais,
tros definidos em ato do Ministro de Estado da
sem prejuízo de adaptações às peculiaridades re-
Educação. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 8.268,
gionais, estabelecidas pelos sistemas de ensino.
de 18/6/2014)
Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua
Art. 2º A educação profissional observará as se-
publicação.
guintes premissas:
Brasília, 6 de dezembro de 1999; 178º da I – organização, por áreas profissionais, em fun-
Independência e 111º da República.
ção da estrutura sócio-ocupacional e tecnológica;
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO II – articulação de esforços das áreas da edu-
Paulo Renato Souza cação, do trabalho e emprego, e da ciência e tec-
nologia; (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 8.268,
DECRETO Nº 5.154, DE 23 de 18/6/2014)
DE JULHO DE 2004 III – a centralidade do trabalho como princí-
(Publicado no DOU de 26/7/2004) pio educativo; e (Inciso acrescido pelo Decreto nº 8.268,
Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a de 18/6/2014)
41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, IV – a indissociabilidade entre teoria e prática.
que estabelece as diretrizes e bases da edu- (Inciso acrescido pelo Decreto nº 8.268, de 18/6/2014)
cação nacional, e dá outras providências.
Art. 3º Os cursos e programas de formação inicial
O presidente da República, no uso da atribuição
e continuada de trabalhadores, referidos no inciso
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição,
I do art. 1º, incluídos a capacitação, o aperfeiçoa-
decreta:
mento, a especialização e a atualização, em todos
Art. 1º A educação profissional, prevista no art. 39 os níveis de escolaridade, poderão ser ofertados
da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei segundo itinerários formativos, objetivando o
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), ob- desenvolvimento de aptidões para a vida produ-
servadas as diretrizes curriculares nacionais defi- tiva e social.
nidas pelo Conselho Nacional de Educação, será § 1º Quando organizados na forma prevista
desenvolvida por meio de cursos e programas de: no § 1º do art. 1º, os cursos mencionados no caput
150
DECRETO Nº 5.154, DE 23 DE JULHO DE 2004
Art. 7º As instituições de ensino superior, com exclusivamente para compensar a evasão escolar
ou sem fins lucrativos, inclusive beneficentes de por parte de estudantes bolsistas integrais ou par-
assistência social, poderão converter até dez por ciais vinculados ao Prouni.
cento das bolsas parciais de cinquenta por cento
Art. 12. Havendo indícios de descumprimento das
vinculadas ao Prouni em bolsas parciais de vinte
obrigações assumidas no termo de adesão, será
e cinco por cento, à razão de duas bolsas parciais
instaurado procedimento administrativo para afe-
de vinte e cinco por cento para cada bolsa par-
rir a responsabilidade da instituição de ensino su-
cial de cinquenta por cento, em cursos de gra-
perior envolvida, aplicando-se, se for o caso, as pe-
duação ou sequenciais de formação específica,
nalidades previstas.
cuja parcela da anualidade ou da semestralidade
§ 1º Aplica-se ao processo administrativo previsto
efetivamente cobrada, com base na Lei nº 9.870,
no caput, no que couber, o disposto na Lei nº 9.784,
de 1999, não exceda, individualmente, o valor de
de 29 de janeiro de 1999, observando-se o contra-
R$ 200,00 (duzentos reais).
ditório e a ampla defesa.
Art. 8º As instituições de ensino superior, com ou § 2º Para os fins deste Decreto, considera-se
sem fins lucrativos, inclusive beneficentes de as- falta grave:
sistência social, poderão oferecer bolsas integrais I – o descumprimento reincidente da infração
e parciais de cinquenta por cento adicionais àque- prevista no inciso I do art. 9º da Lei nº 11.096, de
las previstas em seus respectivos termos de adesão. 2005, apurado em prévio processo administrativo;
(Caput do artigo com redação dada pelo Decreto nº 8.204, II – instituir tratamento discriminatório entre alu-
de 7/3/2014) nos pagantes e bolsistas beneficiários do Prouni;
Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto nº 8.204, de III – falsear as informações prestadas no termo
7/3/2014) de adesão, de modo a reduzir indevidamente o
Art. 9º A soma dos benefícios concedidos pela número de bolsas integrais e parciais a serem ofe-
instituição de ensino superior será calculada con- recidas; e
siderando a média aritmética das anualidades IV – falsear as informações prestadas no termo
ou semestralidades efetivamente cobradas dos de adesão, de modo a ampliar indevidamente o
alunos regularmente pagantes, nos termos deste escopo dos benefícios fiscais previstos no Prouni.
Decreto, excluídos os alunos beneficiários de bol- § 3º Da decisão que concluir pela imposição de
sas parciais, inclusive os beneficiários das bolsas penalidade caberá recurso ao Ministro de Estado
adicionais referidas no art. 8º. da Educação.
Art. 10. A permuta de bolsas entre cursos e tur- Art. 13. Para o cálculo da aplicação em gratuidade
nos, quando prevista no termo de adesão, é res- de que trata o art. 10 da Lei nº 11.096, de 2005,
trita a um quinto das bolsas oferecidas para cada serão contabilizadas bolsas integrais, bolsas par-
curso e turno, e o número de bolsas resultantes da ciais de cinquenta por cento ou de vinte e cinco
permuta não pode ser superior ou inferior a este por cento e assistência social em programas não
limite, para cada curso ou turno. decorrentes de obrigações curriculares de ensino
e pesquisa, quando se referir às turmas iniciais
Art. 11. As instituições de ensino superior que não
de cada curso e turno efetivamente instalados a
gozam de autonomia ficam autorizadas, a partir
partir do primeiro processo seletivo posterior à
da assinatura do termo de adesão ao Prouni, a
publicação da referida Lei.
ampliar o número de vagas em seus cursos, res-
Parágrafo único. Para o cálculo previsto no
peitadas as seguintes condições:
caput, relativo às turmas iniciadas antes de 13 de
I – em observância estrita ao número de bolsas
setembro de 2004, poderão ser contabilizados os
integrais efetivamente oferecidas pela instituição
benefícios concedidos aos alunos nos termos da
de ensino superior, após eventuais permutas de
legislação então aplicável.
bolsas entre cursos e turnos, observadas as regras
pertinentes; e Art. 14. A instituição de ensino superior que aderir
II – excepcionalmente, para recompor a pro- ao Prouni apresentará ao Ministério da Educação,
porção entre bolsas integrais e parciais origi- semestralmente, de acordo com o respectivo
nalmente ajustada no termo de adesão, única e regime curricular acadêmico:
153
I – o controle de frequência mínima obrigatória antes de 13 de setembro de 2004, nos cinco anos
dos bolsistas, correspondente a setenta e cinco previstos para a transformação do regime jurídico.
por cento da carga horária do curso; Art. 17. O acompanhamento e o controle social
II – o aproveitamento dos bolsistas no curso, dos procedimentos de concessão de bolsas, no
considerando-se, especialmente, o desempenho âmbito do Prouni, serão exercidos:
acadêmico; e I – por comissão nacional, com função prepon-
III – a evasão de alunos por curso e turno, bem derantemente consultiva sobre as diretrizes nacio-
como o total de alunos matriculados, relacio- nais de implementação;
nando-se os estudantes vinculados ao Prouni. II – por comissões de acompanhamento, em âm-
§ 1º A entidade beneficente de assistência social bito local, com função preponderante de acompa-
que atue no ensino superior e aderir ao Prouni en- nhamento, averiguação e fiscalização da imple-
caminhará ao Ministério da Educação relatório de mentação local.
atividades e gastos em assistência social, até ses- Parágrafo único. O Ministério da Educação de-
senta dias após o encerramento do exercício fiscal. finirá as atribuições e os critérios para a compo-
§ 2º Considera-se assistência social em progra- sição da comissão nacional e das comissões de
mas não decorrentes de obrigações curriculares de acompanhamento.
ensino e pesquisa o desenvolvimento de progra-
Art. 18. Este Decreto entra em vigor na data de
mas de assistência social em conformidade com o
sua publicação.
disposto na Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993,
que não integrem o currículo obrigatório de cursos Art. 19. Fica revogado o Decreto nº 5.245, de 15 de
de graduação e sequenciais de formação específica. outubro de 2004.
§ 3º O Ministério da Educação estabelecerá os Brasília, 18 de julho de 2005; 184º da
requisitos de desempenho acadêmico a serem Independência e 117º da República.
cumpridos pelo estudante vinculado ao Prouni,
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
para fins de manutenção das bolsas. Tarso Genro
Art. 15. As bolsas reservadas aos trabalhadores
da instituição de ensino superior e seus depen- DECRETO Nº 5.800, DE 8
dentes decorrentes de convenção coletiva ou DE JUNHO DE 2006
acordo trabalhista, nos termos da lei, serão ocupa- (Publicado no DOU de 9/6/2006)
das em observância aos procedimentos operacio- Dispõe sobre o Sistema Universidade Aberta
nais fixados pelo Ministério da Educação, especial- do Brasil (UAB).
mente quanto à definição de nota de corte para O presidente da República, no uso da atribuição
seleção de bolsistas e aos métodos para o aprovei- que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição,
tamento de vagas eventualmente remanescentes, e tendo em vista o disposto nos arts. 80 e 81 da
sem prejuízo da pré-seleção, conforme os resulta- Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no Plano
dos do Enem. Nacional de Educação aprovado pela Lei nº 10.172,
Parágrafo único. A instituição de ensino superior de 9 de janeiro de 2001, na Lei nº 11.273, de 6 de
interessada em conceder bolsas de estudo vincu- fevereiro de 2006, bem como no Decreto nº 5.622,
ladas ao Prouni, nos termos do caput, deverá infor- de 19 de dezembro de 2005, decreta:
mar previamente ao Ministério da Educação e en-
Art. 1º Fica instituído o Sistema Universidade
caminhar cópia autenticada dos atos jurídicos que
Aberta do Brasil (UAB), voltado para o desenvol-
formalizam convenção coletiva ou acordo traba-
vimento da modalidade de educação a distância,
lhista, com as respectivas alterações posteriores.
com a finalidade de expandir e interiorizar a ofer-
Art. 16. As mantenedoras de instituições de en- ta de cursos e programas de educação superior
sino superior que optarem por transformar sua na- no País.
tureza jurídica em sociedade de fins econômicos, Parágrafo único. São objetivos do Sistema UAB:
nos termos do art. 7º-A da Lei nº 9.131, de 24 de I – oferecer, prioritariamente, cursos de licencia-
novembro de 1995, deverão assegurar a continui- tura e de formação inicial e continuada de profes-
dade das bolsas concedidas às turmas iniciadas sores da educação básica;
154
DECRETO Nº 5.840, DE 13 DE JULHO DE 2006
II – oferecer cursos superiores para capacitação disporá sobre os requisitos, as condições de par-
de dirigentes, gestores e trabalhadores em edu- ticipação e os critérios de seleção para o Sistema
cação básica dos Estados, do Distrito Federal e dos UAB.
Municípios;
Art. 6º As despesas do Sistema UAB correrão à
III – oferecer cursos superiores nas diferentes
conta das dotações orçamentárias anualmente
áreas do conhecimento;
consignadas ao Ministério da Educação e ao
IV – ampliar o acesso à educação superior pública;
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
V – reduzir as desigualdades de oferta de ensino
(FNDE), devendo o Poder Executivo compatibilizar
superior entre as diferentes regiões do País;
a seleção de cursos e programas de educação su-
VI – estabelecer amplo sistema nacional de edu-
perior com as dotações orçamentárias existentes,
cação superior a distância; e
observados os limites de movimentação e empe-
VII – fomentar o desenvolvimento institucional
nho e de pagamento da programação orçamen-
para a modalidade de educação a distância, bem
tária e financeira.
como a pesquisa em metodologias inovadoras de
ensino superior apoiadas em tecnologias de infor- Art. 7º O Ministério da Educação coordenará a im-
mação e comunicação. plantação, o acompanhamento, a supervisão e a
avaliação dos cursos do Sistema UAB.
Art. 2º O Sistema UAB cumprirá suas finalidades e
objetivos socioeducacionais em regime de colabo- Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua
ração da União com entes federativos, mediante publicação.
a oferta de cursos e programas de educação su- Brasília, 8 de junho de 2006; 185º da
perior a distância por instituições públicas de en- Independência e 118º da República.
sino superior, em articulação com polos de apoio
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
presencial.
Fernando Haddad
§ 1º Para os fins deste Decreto, caracteriza-se
o polo de apoio presencial como unidade opera-
DECRETO Nº 5.840, DE 13
cional para o desenvolvimento descentralizado
DE JULHO DE 2006
de atividades pedagógicas e administrativas rela-
(Publicado no DOU de 14/7/2006)
tivas aos cursos e programas ofertados a distância
Institui, no âmbito federal, o Programa Nacio-
pelas instituições públicas de ensino superior.
nal de Integração da Educação Profissional
§ 2º Os polos de apoio presencial deverão dis-
com a Educação Básica na Modalidade de
por de infraestrutura e recursos humanos adequa- Educação de Jovens e Adultos (Proeja), e dá
dos às fases presenciais dos cursos e programas outras providências.
do Sistema UAB.
O presidente da República, no uso da atribuição que
Art. 3º O Ministério da Educação firmará con- lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo
vênios com as instituições públicas de ensino em vista o disposto nos arts. 35 a 42 da Lei nº 9.394,
superior, credenciadas nos termos do Decreto de 20 de dezembro de 1996, e no Decreto nº 5.154, de
nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, para o ofe- 23 de julho de 2004, no art. 6º, inciso III, da Lei nº 8.080,
recimento de cursos e programas de educação de 19 de setembro de 1990, e no art. 54, inciso XV, da
superior a distância no Sistema UAB, observado Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, decreta:
o disposto no art. 5º.
Art. 1º Fica instituído, no âmbito federal, o Pro-
Art. 4º O Ministério da Educação firmará acor- grama Nacional de Integração da Educação Profis-
dos de cooperação técnica ou convênios com os sional à Educação Básica na Modalidade de Edu-
entes federativos interessados em manter polos cação de Jovens e Adultos (Proeja), conforme as
de apoio presencial do Sistema UAB, observado o diretrizes estabelecidas neste Decreto.
disposto no art. 5º. § 1º O Proeja abrangerá os seguintes cursos e
Art. 5º A articulação entre os cursos e progra- programas de educação profissional:
mas de educação superior a distância e os polos I – formação inicial e continuada de trabalha-
de apoio presencial será realizada mediante edi- dores; e
tal publicado pelo Ministério da Educação, que II – educação profissional técnica de nível médio.
155
§ 2º Os cursos e programas do Proeja deverão II – a destinação de, no mínimo, duzentas horas
considerar as características dos jovens e adultos para a formação profissional.
atendidos, e poderão ser articulados:
Art. 4º Os cursos de educação profissional téc-
I – ao ensino fundamental ou ao ensino médio,
nica de nível médio do Proeja deverão contar com
objetivando a elevação do nível de escolaridade
carga horária mínima de duas mil e quatrocentas
do trabalhador, no caso da formação inicial e con-
horas, assegurando-se cumulativamente:
tinuada de trabalhadores, nos termos do art. 3º,
I – a destinação de, no mínimo, mil e duzentas
§ 2º, do Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004; e
horas para a formação geral;
II – ao ensino médio, de forma integrada ou con-
II – a carga horária mínima estabelecida para a
comitante, nos termos do art. 4º, § 1º, incisos I e II,
respectiva habilitação profissional técnica; e
do Decreto nº 5.154, de 2004.
III – a observância às diretrizes curriculares na-
§ 3º O Proeja poderá ser adotado pelas institui-
cionais e demais atos normativos do Conselho
ções públicas dos sistemas de ensino estaduais e
Nacional de Educação para a educação profissio-
municipais e pelas entidades privadas nacionais
nal técnica de nível médio, para o ensino funda-
de serviço social, aprendizagem e formação pro-
mental, para o ensino médio e para a educação
fissional vinculadas ao sistema sindical (“Sistema
S”), sem prejuízo do disposto no § 4º deste artigo. de jovens e adultos.
§ 4º Os cursos e programas do Proeja deverão Art. 5º As instituições de ensino ofertantes de cur-
ser oferecidos, em qualquer caso, a partir da cons- sos e programas do Proeja serão responsáveis pela
trução prévia de projeto pedagógico integrado estruturação dos cursos oferecidos e pela expedição
único, inclusive quando envolver articulações in- de certificados e diplomas.
terinstitucionais ou intergovernamentais. Parágrafo único. As áreas profissionais escolhi-
§ 5º Para os fins deste Decreto, a rede de ins- das para a estruturação dos cursos serão, preferen-
tituições federais de educação profissional com- cialmente, as que maior sintonia guardarem com
preende a Universidade Federal Tecnológica do as demandas de nível local e regional, de forma a
Paraná, os Centros Federais de Educação Tecnoló- contribuir com o fortalecimento das estratégias de
gica, as Escolas Técnicas Federais, as Escolas Agro- desenvolvimento socioeconômico e cultural.
técnicas Federais, as Escolas Técnicas Vinculadas
Art. 6º O aluno que demonstrar a qualquer tempo
às Universidades Federais e o Colégio Pedro II,
aproveitamento no curso de educação profissional
sem prejuízo de outras instituições que venham
técnica de nível médio, no âmbito do Proeja, fará
a ser criadas.
jus à obtenção do correspondente diploma, com
Art. 2º As instituições federais de educação pro- validade nacional, tanto para fins de habilitação na
fissional deverão implantar cursos e programas respectiva área profissional, quanto para atestar a
regulares do Proeja até o ano de 2007.
conclusão do ensino médio, possibilitando o pros-
§ 1º As instituições referidas no caput disponi-
seguimento de estudos em nível superior.
bilizarão ao Proeja, em 2006, no mínimo dez por
Parágrafo único. Todos os cursos e programas do
cento do total das vagas de ingresso da instituição,
Proeja devem prever a possibilidade de conclusão,
tomando como referência o quantitativo de ma-
a qualquer tempo, desde que demonstrado apro-
trículas do ano anterior, ampliando essa oferta a
veitamento e atingidos os objetivos desse nível de
partir do ano de 2007.
ensino, mediante avaliação e reconhecimento por
§ 2º A ampliação da oferta de que trata o § 1º de-
parte da respectiva instituição de ensino.
verá estar incluída no plano de desenvolvimento
institucional da instituição federal de ensino. Art. 7º As instituições ofertantes de cursos e progra-
mas do Proeja poderão aferir e reconhecer, mediante
Art. 3º Os cursos do Proeja, destinados à forma-
avaliação individual, conhecimentos e habilidades
ção inicial e continuada de trabalhadores, deverão
obtidos em processos formativos extraescolares.
contar com carga horária mínima de mil e quatro-
centas horas, assegurando-se cumulativamente: Art. 8º Os diplomas de cursos técnicos de nível
I – a destinação de, no mínimo, mil e duzentas médio desenvolvidos no âmbito do Proeja terão
horas para formação geral; e validade nacional, conforme a legislação aplicável.
156
DECRETO Nº 6.003, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006
Art. 9º O acompanhamento e o controle social da § 2º Entende-se por empregado, para fins do
implementação nacional do Proeja será exercido disposto neste Decreto, as pessoas físicas a que
por comitê nacional, com função consultiva. se refere o art. 12, inciso I, da Lei nº 8.212, de 24 de
Parágrafo único. A composição, as atribuições e julho de 1991.
o regimento do comitê de que trata o caput deste § 3º Para os fins previstos no art. 3º da Lei
artigo serão definidos conjuntamente pelos Minis- nº 11.098, de 13 de janeiro de 2005, o FNDE é tra-
térios da Educação e do Trabalho e Emprego. tado como terceiro, equiparando-se às demais
[...] entidades e fundos para os quais a Secretaria da
Receita Previdenciária realiza atividades de arre-
Art. 11. Fica revogado o Decreto nº 5.478, de 24 de
cadação, fiscalização e cobrança de contribuições.
junho de 2005.
Art. 2º São contribuintes do salário-educação as
Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de
empresas em geral e as entidades públicas e pri-
sua publicação.
vadas vinculadas ao Regime Geral da Previdência
Brasília, 13 de julho de 2006; 185º da Social, entendendo-se como tais, para fins desta
Independência e 118º da República.
incidência, qualquer firma individual ou socie-
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA dade que assuma o risco de atividade econômica,
Fernando Haddad urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem
assim a sociedade de economia mista, a empresa
DECRETO Nº 6.003, DE 28 pública e demais sociedades instituídas e man-
DE DEZEMBRO DE 2006 tidas pelo Poder Público, nos termos do art. 173,
(Publicado no DOU de 29/12/2006) § 2º, da Constituição.
Regulamenta a arrecadação, a fiscalização e Parágrafo único. São isentos do recolhimento
a cobrança da contribuição social do salário- da contribuição social do salário-educação:
-educação, a que se referem o art. 212, § 5º, I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Mu-
da Constituição, e as Leis nos 9.424, de 24 de nicípios e suas respectivas autarquias e fundações;
dezembro de 1996, e 9.766, de 18 de dezembro II – as instituições públicas de ensino de qual-
de 1998, e dá outras providências.
quer grau;
O presidente da República, no uso da atribuição III – as escolas comunitárias, confessionais ou
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constitui- filantrópicas, devidamente registradas e reco-
ção, e tendo em vista o disposto no art. 9º da nhecidas pelo competente órgão de educação, e
Lei nº 9.766, de 18 de dezembro de 1998, decreta: que atendam ao disposto no inciso II do art. 55 da
DISPOSIÇÕES GERAIS Lei nº 8.212, de 1991;
IV – as organizações de fins culturais que, para
Art. 1º A contribuição social do salário-educação este fim, vierem a ser definidas em regulamento;
obedecerá aos mesmos prazos, condições, san- V – as organizações hospitalares e de assistên-
ções e privilégios relativos às contribuições sociais cia social, desde que atendam, cumulativamente,
e demais importâncias devidas à Seguridade So- aos requisitos estabelecidos nos incisos I a V do
cial, aplicando-se-lhe, no que for cabível, as dis- art. 55 da Lei nº 8.212, de 1991.
posições legais e demais atos normativos atinen-
Art. 3º Cabe à Procuradoria-Geral Federal a repre-
tes às contribuições previdenciárias, ressalvada a
sentação judicial e extrajudicial do FNDE, inclusive
competência do Fundo Nacional de Desenvolvi-
a inscrição dos respectivos créditos em dívida ativa.
mento da Educação (FNDE), sobre a matéria.
§ 1º A contribuição a que se refere este artigo Art. 4º Integram a receita da contribuição social
será calculada com base na alíquota de dois in- do salário-educação os acréscimos legais a que
teiros e cinco décimos por cento, incidente sobre estão sujeitos os contribuintes em atraso.
o total da remuneração paga ou creditada, a Art. 5º A contribuição social do salário-educação
qualquer título, aos segurados empregados, res- não tem caráter remuneratório na relação de em-
salvadas as exceções legais, e será arrecadada, prego e não se vincula, para nenhum efeito, ao sa-
fiscalizada e cobrada pela Secretaria da Receita lário ou à remuneração percebida pelos emprega-
Previdenciária. dos das empresas contribuintes.
157
Art. 6º Do montante arrecadado na forma do art. 1º realizada em cada Estado e no Distrito Federal,
deste Decreto será deduzida a remuneração da Se- em quotas, da seguinte forma:
cretaria da Receita Previdenciária, correspondente I – quota federal, correspondente a um terço do
a um por cento, conforme previsto no art. 15, § 1º, montante dos recursos, será destinada ao FNDE e
da Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996. aplicada no financiamento de programas e proje-
Art. 7º A Secretaria da Receita Previdenciária en- tos voltados para a universalização da educação
viará ao FNDE as informações necessárias ao acom- básica, de forma a propiciar a redução dos des-
panhamento da arrecadação, fiscalização e re- níveis socioeducacionais existentes entre Municí-
passe da contribuição social do salário-educação, pios, Estados, Distrito Federal e regiões brasileiras;
inclusive quanto à sua participação nos parcela- II – quota estadual e municipal, correspondente
mentos e nos créditos inscritos em dívida ativa. a dois terços do montante dos recursos, será cre-
§ 1º Para fins do disposto no caput deste artigo, ditada mensal e automaticamente em favor das
deverão ser encaminhados ao FNDE, em meio Secretarias de Educação dos Estados, do Distrito
magnético ou eletrônico, os arquivos contendo Federal e em favor dos Municípios para financia-
as informações da Guia de Recolhimento do FGTS mento de programas, projetos e ações voltadas
e Informações à Previdência Social (GFIP) e Guia para a educação básica.
da Previdência Social (GPS), bem assim outras § 1º A quota estadual e municipal da contribui-
informações necessárias ao efetivo controle da ção social do salário-educação será integralmente
arrecadação. redistribuída entre o Estado e seus Municípios de
§ 2º Além das informações previstas no § 1º, de- forma proporcional ao número de alunos matri-
verão ser encaminhados mensalmente ao FNDE culados na educação básica das respectivas redes
dados consolidados da arrecadação do salário- de ensino no exercício anterior ao da distribuição,
-educação, discriminados por natureza de receita conforme apurado pelo censo educacional reali-
e por unidade da federação. zado pelo Ministério da Educação.
§ 3º A Secretaria da Receita Previdenciária § 2º O repasse da quota a que se refere o inciso
prestará contas, anualmente, ao Conselho Deli- II, decorrente da arrecadação recebida pelo FNDE
berativo do FNDE, dos resultados da arrecadação até o dia 10 de cada mês, será efetuado até o vigé-
da contribuição social do salário-educação, nos simo dia do mês do recebimento.
termos do art. 58 da Lei Complementar nº 101, de § 3º O repasse da quota a que se refere o inciso II,
4 de maio de 2000. decorrente da arrecadação recebida no FNDE após
Art. 8º A Secretaria da Receita Previdenciária dis- o dia 10 de cada mês, será efetuado até o vigésimo
ponibilizará ao FNDE, na Conta Única do Tesouro dia do mês subsequente ao do recebimento.
Nacional, o valor total arrecadado a título de § 4º Os dez por cento restantes do montante da
salário-educação, na forma do art. 1º, deduzindo arrecadação do salário-educação serão aplicados
a remuneração a que se refere o art. 6º. pelo FNDE em programas, projetos e ações vol-
§ 1º A apuração de todos os valores arreca- tadas para a universalização da educação básica,
dados a título de salário-educação, inclusive os nos termos do § 5º do art. 212 da Constituição.
provenientes de créditos constituídos, incluídos Art. 10. As ações fiscais e demais procedimentos
ou não em parcelamentos, será feita a partir do tendentes à verificação da regularidade fiscal re-
primeiro dia útil do mês subsequente ao da ar- lativa ao salário-educação, inclusive para fins de
recadação, devendo o montante apurado ser dis- expedição da certidão negativa de débito a que
ponibilizado ao FNDE até o dia 10 do mesmo mês. se refere o art. 257 do Decreto nº 3.048, de 6 de
§ 2º O valor devido a título de salário-educação, maio de 1999, serão realizados pela Secretaria da
arrecadado em decorrência do Programa de Receita Previdenciária, à qual competirá a expedi-
Recuperação Fiscal (Refis), deverá ser disponibi- ção do documento.
lizado ao FNDE até o dia 20 do mês subsequente § 1º Sem prejuízo da competência prevista no
ao da arrecadação. art. 1º, § 1º, o FNDE poderá monitorar e fiscali-
Art. 9º O montante recebido na forma do art. 8º zar o cumprimento das obrigações relativas ao
será distribuído pelo FNDE, observada, em no- salário-educação e, constatada inobservância de
venta por cento de seu valor, a arrecadação qualquer dispositivo, representará à Secretaria
158
DECRETO Nº 6.003, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006
da Receita Previdenciária para as devidas provi- Secretaria da Receita Previdenciária das bases de
dências. que trata o inciso III.
§ 2º A partir da vigência deste Decreto, os contri- § 2º Depois de concluída a migração a que se
buintes com mais de um estabelecimento e que es- refere o inciso III, os créditos já constituídos pelo
tavam, até então, obrigados ao recolhimento direto
FNDE, incluídos ou não em parcelamentos, rela-
do salário-educação por força do Decreto nº 4.943,
tivos a competências anteriores a 01/2007, serão
de 30 de dezembro de 2003, deverão eleger como
recolhidos exclusivamente à Secretaria da Receita
estabelecimento centralizador o mesmo que já
houver sido informado para esse fim à Secretaria Previdenciária, por GPS, com código de paga-
da Receita Previdenciária e manter nele toda a do- mento específico para o salário-educação.
cumentação de interesse da fiscalização, inclusive § 3º Para o cumprimento do disposto no inciso
a relativa ao Sistema de Manutenção do Ensino Fun- I, o contribuinte informará na GFIP código de ter-
damental (SME). ceiros ímpar, cuja composição inclui o salário-
§ 3º Os Auditores Fiscais da Secretaria da Re- -educação, e para cumprimento do disposto nos
ceita Previdenciária e os técnicos do FNDE têm incisos II e III e no § 2º não fará qualquer alteração
livre acesso à documentação necessária à con-
nas GFIP já entregues, relativas àquelas compe-
secução dos objetivos previstos neste artigo, não
tências, uma vez que as informações nelas conti-
se aplicando para estes fins as disposições legais
das serviram de base para o repasse a terceiros da
excludentes ou limitativas do direito de examinar
livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos co- contribuição correspondente.
merciais ou fiscais dos comerciantes, empresários, § 4º Nos lançamentos de créditos de salário-
industriais ou produtores, ou da obrigação destes -educação relativos a competências anteriores
de exibi-los. a 01/2007 observar-se-á o disposto no art. 144
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS do Código Tributário Nacional, inclusive quanto
ao preenchimento da GFIP, que deverá consig-
Art. 11. O recolhimento da contribuição social
nar código de terceiros par, que exclui o salário-
do salário-educação será feito da seguinte forma:
I – os créditos relativos a competências de -educação de sua composição.
01/2007 em diante, exclusivamente à Secretaria § 5º O código de pagamento específico para o
da Receita Previdenciária, por meio da GPS, jun- salário-educação a que se referem o inciso II e o § 2º
tamente com as contribuições previdenciárias e será divulgado, com a devida antecedência, pelo
demais contribuições devidas a terceiros; FNDE, aos contribuintes sujeitos ao recolhimento
II – os créditos relativos a competências anterio- direto daquela contribuição.
res a 01/2007, não recolhidos no prazo regulamen-
Art. 12. Os processos administrativo-fiscais de-
tar e pendentes de constituição, exclusivamente à
Secretaria da Receita Previdenciária, por GPS com correntes dos créditos a que se refere o inciso III
código de pagamento específico para o salário- do art. 11 serão transferidos para a Secretaria da
-educação; Receita Previdenciária, na forma e prazo que vie-
III – os créditos relativos a competências ante- rem a ser definidos em ato conjunto a ser baixado
riores a 01/2007, já constituídos pelo FNDE, exclu- pelo FNDE e por aquela Secretaria.
sivamente por meio do Comprovante de Arrecada-
ção Direta (CAD), até que se complete o processo
DISPOSIÇÕES FINAIS
de migração para a Secretaria da Receita Previ- Art. 13. A Secretaria da Receita Previdenciária e a
denciária, das bases necessárias à apropriação Procuradoria-Geral Federal ficam autorizadas, ob-
dos respectivos recebimentos, na forma que vier servada a área de competência, a baixar ato nor-
a ser estabelecida no ato de que trata o art. 12.
mativo para operacionalização das ações decor-
§ 1º Fica mantida a competência do FNDE sobre
rentes deste Decreto.
os créditos por ele constituídos, incluídos ou não
em parcelamentos, relativos a competências ante- Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de
riores a 01/2007, até que ocorra a migração para a sua publicação.
159
Art. 15. Ficam revogados os Decretos nos 3.142, de do Plano Plurianual de Alfabetização referido no
16 de agosto de 1999, e 4.943, de 30 de dezembro art. 4º, poderão ser realizados pelo sistema pú-
de 2003. blico de educação básica ou por entidades públi-
Brasília, 28 de dezembro de 2006; 185º da cas ou privadas sem fins lucrativos, incluídas ins-
Independência e 118º da República. tituições de educação superior, nos termos deste
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Decreto;
Fernando Haddad IV – as ações a serem implementadas terão por
Nelson Machado base o Plano Plurianual de Alfabetização;
V – os Planos Plurianuais dos Estados que aderi-
DECRETO Nº 6.093, DE 24 rem ao Programa deverão, prioritariamente, estar
DE ABRIL DE 2007 vinculados aos dos Municípios em que atuarão.
(Publicado no DOU de 25/4/2007)
§ 2º A União poderá, em caráter complementar,
Dispõe sobre a reorganização do Programa para as ações de alfabetização, apoiar entidades
Brasil Alfabetizado, visando a universaliza-
públicas ou privadas sem fins lucrativos, incluídas
ção da alfabetização de jovens e adultos de
quinze anos ou mais, e dá outras providências.
as instituições de educação superior, observado o
art. 8º, com prioridade para aquelas que atendam
O presidente da República, no uso da atribuição
a diretriz do inciso I do § 1º.
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição,
e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso I, da CAPÍTULO II
Constituição, e nos arts. 37 e 38 da Lei nº 9.394, de DO PLANO PLURIANUAL DE ALFABETIZAÇÃO
20 de dezembro de 1996, e 7º a 11 da Lei nº 10.880, Art. 4º É requisito para o recebimento de assis-
de 9 de junho de 2004, decreta: tência técnica e financeira pelo Estado, Distrito
CAPÍTULO I Federal ou Município, no âmbito do Programa, a
DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES DO PROGRAMA elaboração de um Plano Plurianual de Alfabetiza-
Art. 1º O Programa Brasil Alfabetizado tem por ob- ção, contendo, no mínimo, o seguinte:
jetivo a universalização da alfabetização de jovens I – metas de alfabetização de jovens e adultos,
e adultos de quinze anos ou mais. relacionadas:
a) à demanda;
Art. 2º O Programa atenderá, prioritariamente, os
b) à taxa de analfabetismo; e
Estados e Municípios com maiores índices de anal-
c) aos indicadores educacionais específicos;
fabetismo, considerando o Censo Demográfico de
2000, da Fundação Instituto Brasileiro de Geogra- II – metodologia de formação dos alfabetizado-
fia e Estatística (IBGE). res e coordenadores de turmas;
III – diretrizes pedagógicas de alfabetização;
Art. 3º A atuação da União para o cumprimento
IV – sistema de acompanhamento e gestão do
do objetivo do art. 1º far-se-á por meio de ações
Programa;
de assistência técnica e financeira, na forma deste
V – sistema de avaliação dos resultados do Programa.
Decreto.
§ 1º Adicionalmente, o Plano Plurianual de Alfa-
§ 1º A atuação da União dar-se-á prioritaria-
betização deverá estabelecer estratégias de mobi-
mente na forma de apoio aos Estados, Distrito
lização para alfabetização, podendo utilizar:
Federal e Municípios, que venham a aderir ao Pro-
grama, em regime de colaboração, observando-se I – os dados do Cadastro Único de Programas
as seguintes diretrizes: Sociais;
I – a base territorial para a execução das ações II – os dados do Sistema de Informação da Aten-
do Programa é o Município; ção Básica (Siab);
II – os alfabetizadores deverão ser majoritaria- III – os agentes comunitários de saúde.
mente professores da rede pública da educação § 2º O Plano Plurianual de Alfabetização deverá
básica; tratar das condições para a realização de exames
III – a formação dos alfabetizadores, o monito- oftalmológicos e distribuição de óculos e recursos
ramento da execução e a avaliação do Programa, óticos especiais, se necessário, aos alfabetizandos
bem como a assistência técnica para a elaboração que apresentem problemas visuais.
160
DECRETO Nº 6.093, DE 24 DE ABRIL DE 2007
162
DECRETO Nº 6.096, DE 24 DE ABRIL DE 2007
Parágrafo único. O poder executivo competente poderá ser oferecido pelos sistemas públicos de
é responsável pela exatidão e fidedignidade das ensino ou por instituições comunitárias, confes-
informações prestadas ao censo escolar do Inep. sionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com
Art. 7º Os Ministérios da Educação e da Fazenda atuação exclusiva na educação especial, conve-
publicarão, em ato conjunto, até 31 de dezembro niadas com o Poder Executivo competente, sem
de cada ano, para aplicação no exercício seguinte: prejuízo do disposto no art. 14. (Parágrafo único acres-
I – a estimativa da receita total dos Fundos de cido pelo Decreto nº 6.571, de 17/9/2008, e renumerado e
cada Estado e do Distrito Federal, considerando-se com redação dada pelo Decreto nº 7.611, de 17/11/2011,
II – a estimativa dos valores anuais por aluno Art. 10. Os conselhos do Fundeb serão criados
nos Fundos de cada Estado e do Distrito Federal; por legislação específica de forma a promover
III – o valor mínimo nacional por aluno, esti- o acompanhamento e o controle social sobre a
mado para os anos iniciais do ensino fundamen- distribuição, a transferência e a aplicação dos
tal urbano; e recursos, observado o disposto no art. 24 da
IV – o cronograma de repasse mensal da com- Lei nº 11.494, de 2007.
plementação da União.
Art. 11. O Poder Executivo dos Estados, do Distrito
Art. 8º Os recursos do Fundeb serão automatica- Federal e dos Municípios deverá submeter as pres-
mente repassados para as contas únicas referidas tações de contas para parecer do conselho do Fun-
no art. 17 da Lei nº 11.494, de 2007, e movimenta- deb competente em tempo hábil para o cumpri-
das exclusivamente nas instituições referidas no mento do disposto no parágrafo único do art. 27
art. 16 dessa Lei, conforme ato da Secretaria do da Lei nº 11.494, de 2007, na forma da legislação
Tesouro Nacional. específica.
Parágrafo único. Os recursos dos Fundos, cre-
CAPÍTULO III
ditados nas contas específicas a que se refere o
DAS INSTITUIÇÕES CONVENIADAS
caput, serão disponibilizados pelos Estados, pelo COM O PODER PÚBLICO
Distrito Federal e pelos Municípios aos respectivos
Art. 12. Admitir-se-á, a partir de 1º de janeiro de
órgãos responsáveis pela educação e pela gestão
2008, para efeito da distribuição dos recursos do
dos recursos, na forma prevista no § 5º do art. 69
Fundeb, o cômputo das matrículas efetivadas
da Lei nº 9.394, de 1996.
na educação infantil oferecida em creches para
Art. 9º Pelo menos sessenta por cento dos recur- crianças de até três anos de idade por institui-
sos anuais totais dos Fundos serão destinados ções comunitárias, confessionais ou filantrópicas
ao pagamento da remuneração dos profissio- sem fins lucrativos, conveniadas com o poder exe-
nais do magistério da educação básica em efetivo cutivo competente.
exercício na rede pública, na forma do art. 22 da § 1º As matrículas das instituições referidas no
Lei nº 11.494, de 2007. caput serão apuradas em consonância com o dis-
Art. 9º-A. Para efeito da distribuição dos recursos posto no art. 31, § 2º, inciso II, da Lei nº 11.494, de
do Fundeb, será admitida a dupla matrícula dos 2007, conforme a seguinte progressão:
estudantes da educação regular da rede pública I – dois terços das matrículas em 2008; e
que recebem atendimento educacional especia- II – a totalidade das matrículas a partir de 2009.
lizado. (Caput do artigo acrescido pelo Decreto nº 6.571, § 2º Para os fins deste artigo, serão computadas
de 17/9/2008, e com redação dada pelo Decreto nº 7.611, de matrículas de crianças com até três anos de idade,
17/11/2011, republicado no DOU de 18/11/2011) considerando-se o ano civil, de forma a computar
§ 1º A dupla matrícula implica o cômputo do crianças com três anos de idade completos, desde
estudante tanto na educação regular da rede pú- que ainda não tenham completado quatro anos
blica, quanto no atendimento educacional espe- de idade.
cializado. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 7.611, de § 3º O cômputo das matrículas em creche de
17/11/2011, republicado no DOU de 18/11/2011) que trata este artigo será operacionalizado anual-
§ 2º O atendimento educacional especializado mente, com base no censo escolar realizado pelo
aos estudantes da rede pública de ensino regular Inep, vedada a inclusão de matrículas no decorrer
165
do exercício, independentemente de novos convê- especializadas. (Parágrafo com redação dada pelo
nios ou aditamentos de convênios vigentes. Decreto nº 7.611, de 17/11/2011, republicado no DOU
§ 4º Para os fins do art. 8º da Lei nº 11.494, de de 18/11/2011)
2007, as matrículas computadas na forma deste ar- § 2º O credenciamento perante o órgão compe-
tigo serão somadas às matrículas da rede de edu- tente do sistema de ensino, na forma do art. 10,
cação básica pública, sob a responsabilidade do inciso IV e parágrafo único, e art. 11, inciso IV, da
Município ou do Distrito Federal, conforme o caso. Lei nº 9.394, de 1996, depende de aprovação de
projeto pedagógico. (Parágrafo com redação dada
Art. 13. Admitir-se-á, a partir de 1º de janeiro de
pelo Decreto nº 7.611, de 17/11/2011, republicado no DOU
2008, para efeito da distribuição dos recursos do
de 18/11/2011)
Fundeb, o cômputo das matrículas efetivadas na
§ 3º (Revogado pelo Decreto nº 7.611, de 17/11/2011,
educação infantil oferecida na pré-escola para
republicado no DOU de 18/11/2011)
crianças de quatro e cinco anos por instituições
comunitárias, confessionais ou filantrópicas Art. 15. As instituições conveniadas deverão, obri-
sem fins lucrativos, conveniadas com o poder gatória e cumulativamente:
executivo competente. I – oferecer igualdade de condições para o
§ 1º Para os fins do disposto no caput, será con- acesso e permanência na escola e atendimento
siderado o censo escolar de 2006. educacional gratuito a todos os seus alunos, ve-
§ 2º As matrículas serão consideradas para os dada a cobrança de qualquer tipo de taxa de ma-
efeitos do Fundeb em consonância com o dis- trícula, custeio de material didático ou qualquer
posto no § 3º do art. 8º e no art. 31, § 2º, inciso II, outra cobrança;
da Lei nº 11.494, de 2007, observado o disposto no II – comprovar finalidade não lucrativa e apli-
§ 1º, conforme a seguinte progressão: car seus excedentes financeiros no atendimento
I – 2008: dois terços das matrículas existentes em creches, na pré-escola ou na educação espe-
em 2006; e cial, conforme o caso, observado o disposto no
II – 2009, 2010 e 2011: a totalidade das ma- inciso I;
trículas existentes em 2006. III – assegurar, no caso do encerramento de
suas atividades, a destinação de seu patrimônio
§ 3º Em observância ao prazo previsto no § 3º do
ao poder público ou a outra escola comunitária,
art. 8º da Lei nº 11.494, de 2007, as matrículas das
filantrópica ou confessional que realize atendi-
instituições referidas no caput não serão compu-
mento em creches, na pré-escola ou na educação
tadas para efeito da distribuição dos recursos do
especial em observância ao disposto no inciso I;
Fundeb a partir de 1º de janeiro de 2012.
IV – atender a padrões mínimos de qualidade
§ 4º Para os fins do art. 8º da Lei nº 11.494, de
definidos pelo órgão normativo do sistema de en-
2007, as matrículas computadas na forma deste ar-
sino, inclusive, obrigatoriamente, ter aprovados
tigo serão somadas às matrículas da rede de edu-
seus projetos pedagógicos; e
cação básica pública, sob a responsabilidade do
V – ter certificação como entidade beneficente
Município ou do Distrito Federal, conforme o caso.
de assistência social, na forma da Lei nº 12.101, de
Art. 14. Admitir-se-á, para efeito da distribuição 27 de novembro de 2009, observado o disposto
dos recursos do Fundeb, o cômputo das matrí- no § 3º. (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 8.242,
culas efetivadas na educação especial oferecida de 23/5/2014)
por instituições comunitárias, confessionais ou § 1º As instituições conveniadas deverão ofere-
filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação ex- cer igualdade de condições para acesso e perma-
clusiva na educação especial, conveniadas com o nência a todos os seus alunos conforme critérios
Poder Executivo competente. (Caput do artigo com objetivos e transparentes, condizentes com os
redação dada pelo Decreto nº 7.611, de 17/11/2011, repu- adotados pela rede pública, inclusive a proximi-
blicado no DOU de 18/11/2011) dade da escola e o sorteio, sem prejuízo de outros
§ 1º Serão consideradas, para a educação es- critérios considerados pertinentes.
pecial, as matrículas na rede regular de ensino, § 2º Para os fins do art. 8º da Lei nº 11.494, de
em classes comuns ou em classes especiais de 2007, o estabelecimento de padrões mínimos de
escolas regulares, e em escolas especiais ou qualidade pelo órgão normativo do sistema de
166
DECRETO Nº 6.253, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2007
ensino responsável pela creche e pela pré-escola não poderá ser inferior ao efetivamente praticado
deverá adotar como princípios: em 2006, no âmbito do Fundo de Manutenção e
I – continuidade do atendimento às crianças; Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
II – acompanhamento e avaliação permanentes Valorização do Magistério (Fundef), corrigido
das instituições conveniadas; e anualmente com base no Índice Nacional de Pre-
III – revisão periódica dos critérios utilizados ços ao Consumidor (INPC), apurado pela Funda-
para o estabelecimento do padrão mínimo de ção Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
qualidade das creches e pré-escolas conveniadas. (IBGE), ou índice equivalente que lhe venha a su-
§ 3º Na ausência da certificação de que trata ceder, no período de doze meses encerrados em
o inciso V do caput, será considerado, para os fins junho do ano imediatamente anterior.
do inciso V, in fine, do § 2º do art. 8º da Lei nº 11.494, § 1º Caso o valor por aluno do ensino fundamen-
de 2007, o ato de credenciamento regularmente tal, no Fundo de cada Estado e do Distrito Federal,
expedido pelo órgão normativo do sistema de en- no âmbito do Fundeb, resulte inferior ao valor
sino, com base na aprovação de projeto pedagó- por aluno do ensino fundamental, no Fundo de
gico, na forma do parágrafo único e do inciso IV do
cada Estado e do Distrito Federal, no âmbito do
caput do art. 10 ou do inciso IV do caput do art. 11
Fundef, adotar-se-á este último exclusivamente
da Lei nº 9.394, de 1996, conforme o caso. (Parágrafo
para a distribuição dos recursos do ensino fun-
com redação dada pelo Decreto nº 8.242, de 23/5/2014)
damental, mantendo-se as demais ponderações
Art. 16. Os recursos referentes às matrículas com- para as restantes etapas, modalidades e tipos de
putadas nas instituições conveniadas serão credi- estabelecimento de ensino da educação básica.
tados exclusivamente à conta do Fundeb do Poder § 2º No caso do § 1º, a manutenção das demais
Executivo competente. ponderações para as restantes etapas, modali-
§ 1º O Poder Executivo competente repassará dades e tipos de estabelecimento de ensino da
às instituições conveniadas, sob sua responsabili- educação básica poderá implicar a revisão dos fa-
dade, os recursos correspondentes aos convênios tores específicos, mantendo-se, em qualquer hi-
firmados na forma deste Decreto. pótese, as proporcionalidades relativas entre eles.
§ 2º O Poder Executivo competente deverá as-
segurar a observância de padrões mínimos de Art. 19. O ajuste da complementação da União
qualidade pelas instituições conveniadas, inclu- referente aos exercícios de 2007, 2008 e 2009
sive, se for o caso, mediante aporte de recursos será realizado entre os Fundos beneficiários da
adicionais às fontes de receita previstas no art. 3º complementação em observância aos valores
da Lei nº 11.494, de 2007. previstos nos incisos I, II e III do § 3º do art. 31
§ 3º Todos os recursos repassados às institui- da Lei nº 11.494, de 2007, respectivamente, e
ções conveniadas deverão ser utilizados em ações não implicará aumento real da complementa-
consideradas como de manutenção e desenvolvi- ção da União.
mento do ensino, conforme o disposto nos arts. 70 Art. 20. Será considerada educação básica em
e 71 da Lei nº 9.394, de 1996, observada, quando tempo integral, em 2007, o turno escolar com du-
for o caso, a legislação federal aplicável à celebra- ração igual ou superior a seis horas diárias, com-
ção de convênios. preendendo o tempo total que um mesmo aluno
Art. 17. Cabe ao Poder Executivo competente permanece na escola ou em atividades escolares.
aferir o cumprimento dos requisitos previstos no
Seção II
art. 15 deste Decreto para os fins do censo escolar Das Disposições Finais
realizado pelo Inep.
Art. 21. A Comissão Intergovernamental de Finan-
CAPÍTULO IV ciamento para a Educação Básica de Qualidade
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
será instalada no âmbito do Ministério da Edu-
Seção I cação, na forma da Lei nº 11.494, de 2007.
Das Disposições Transitórias Parágrafo único. O regimento interno da Comis-
Art. 18. O valor por aluno do ensino fundamen- são será aprovado em portaria do Ministro de Es-
tal, no Fundo de cada Estado e do Distrito Federal, tado da Educação.
167
Art. 22. Caso a Comissão Intergovernamental de Fi- III – formulação e manutenção de programas de
nanciamento para a Educação Básica de Qualidade formação de pessoal especializado, destinados à
delibere não distribuir a parcela da complementa- educação escolar nas comunidades indígenas;
ção da União referida no art. 7º da Lei nº 11.494, de IV – desenvolvimento de currículos e programas
2007, a complementação da União será distribuída específicos, neles incluindo os conteúdos cultu-
integralmente na forma da lei. rais correspondentes às respectivas comunidades;
Art. 23. O monitoramento da aplicação dos re- V – elaboração e publicação sistemática de ma-
terial didático específico e diferenciado; e
cursos dos Fundos será realizado pelo Ministério
VI – afirmação das identidades étnicas e con-
da Educação, em cooperação com os Tribunais
sideração dos projetos societários definidos de
de Contas dos Estados e Municípios e do Distrito
forma autônoma por cada povo indígena.
Federal, por meio de sistema de informações
orçamentárias e financeiras integrado ao monitora- Art. 3º Será reconhecida às escolas indígenas a con-
mento do cumprimento do art. 212 da Constituição dição de escolas com normas próprias e diretrizes
e dos arts. 70 e 71 da Lei nº 9.394, de 1996. curriculares específicas, voltadas ao ensino inter-
cultural e bilíngue ou multilíngue, gozando de prer-
Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data da
rogativas especiais para organização das atividades
sua publicação.
escolares, respeitado o fluxo das atividades econô-
Art. 25. Ficam revogados os Decretos nos 2.264, micas, sociais, culturais e religiosas e as especifici-
de 27 de junho de 1997, 2.530, de 26 de março de dades de cada comunidade, independentemente
1998, e 2.552, de 16 de abril de 1998. do ano civil.
Brasília, 13 de novembro de 2007; 186º da
Art. 4º Constituirão elementos básicos para a or-
Independência e 119º da República.
ganização, a estrutura e o funcionamento da es-
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA cola indígena:
Guido Mantega I – sua localização em terras habitadas por co-
Fernando Haddad
munidades indígenas;
II – exclusividade de atendimento a comunida-
DECRETO Nº 6.861, DE 27
des indígenas;
DE MAIO DE 2009
III – ensino ministrado nas línguas maternas das
(Publicado no DOU de 28/5/2009)
comunidades atendidas; e
Dispõe sobre a Educação Escolar Indígena, IV – organização escolar própria.
define sua organização em territórios etnoe-
Parágrafo único. A escola indígena será criada
ducacionais, e dá outras providências.
por iniciativa ou reivindicação da comunidade in-
O presidente da República, no uso da atribuição
teressada, ou com sua anuência, respeitadas suas
que lhe confere o art. 84, inciso IV, e tendo em vista
formas de representação.
o disposto no art. 231, ambos da Constituição, e
nos arts. 78 e 79 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro Art. 5º A União prestará apoio técnico e financeiro
de 1996, na Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, e às seguintes ações voltadas à ampliação da oferta
no Decreto nº 5.051 de 19 de abril de 2004, decreta: da educação escolar às comunidades indígenas,
entre outras que atendam aos objetivos previstos
Art. 1º A educação escolar indígena será organi-
neste Decreto:
zada com a participação dos povos indígenas, ob-
I – construção de escolas;
servada a sua territorialidade e respeitando suas
II – formação inicial e continuada de professores
necessidades e especificidades. indígenas e de outros profissionais da educação;
Art. 2º São objetivos da educação escolar indí- III – produção de material didático;
gena: IV – ensino médio integrado à formação profis-
I – valorização das culturas dos povos indígenas sional.
e a afirmação e manutenção de sua diversidade § 1º O apoio financeiro do Ministério da Edu-
étnica; cação será orientado a partir das ações previstas
II – fortalecimento das práticas socioculturais e e pactuadas no plano de ação de cada território
da língua materna de cada comunidade indígena; etnoeducacional, previstos nos arts. 6º, 7º e 8º, e
168
DECRETO Nº 6.861, DE 27 DE MAIO DE 2009
veiculadas pelo Plano de Ações Articuladas (PAR) superior, da rede de formação profissional e tec-
de que trata o Decreto nº 6.094, de 24 de abril nológica, além de representantes de outros ór-
de 2007. gãos ou entidades que desenvolvam ações volta-
§ 2º As ações apoiadas pelo Ministério da Edu- das para a educação escolar indígena.
cação deverão estar em conformidade com as § 3º A comissão deverá submeter o plano de
diretrizes curriculares nacionais da educação es- ação por ela elaborado à consulta das comunida-
colar indígena, estabelecidas pelo Conselho Na- des indígenas envolvidas.
cional de Educação. § 4º Será assegurado às instâncias de participa-
Art. 6º Para fins do apoio de que trata o art. 5º, ção dos povos indígenas acesso às informações
a organização territorial da educação escolar in- sobre a execução e resultados das ações previstas
dígena será promovida a partir da definição de nos planos.
territórios etnoeducacionais pelo Ministério da § 5º A comissão elaborará suas normas inter-
Educação, ouvidos: nas de funcionamento e reunir-se-á, no mínimo
I – as comunidades indígenas envolvidas; semestralmente, em sessões ordinárias, e, sem-
II – os entes federativos envolvidos; pre que necessário, em sessões extraordinárias.
III – a Fundação Nacional do Índio (Funai); § 6º A comissão acompanhará a execução do
IV – a Comissão Nacional de Educação Escolar plano e promoverá sua revisão periódica.
Indígena; Art. 8º O plano de ação deverá conter:
V – os Conselhos Estaduais de Educação Escolar
I – diagnóstico do território etnoeducacional
Indígena; e
com descrição sobre os povos, população, abran-
VI – a Comissão Nacional de Política Indigenista
gência territorial, aspectos culturais e linguísticos
(CNPI).
e demais informações de caráter relevante;
Parágrafo único. Cada território etnoeduca-
II – diagnóstico das demandas educacionais
cional compreenderá, independentemente da
dos povos indígenas;
divisão político-administrativa do País, as terras
III – planejamento de ações para o atendimento
indígenas, mesmo que descontínuas, ocupadas
das demandas educacionais; e
por povos indígenas que mantêm relações inter-
IV – descrição das atribuições e responsabilida-
societárias caracterizadas por raízes sociais e his-
des de cada partícipe no que diz respeito à edu-
tóricas, relações políticas e econômicas, filiações
cação escolar indígena, especialmente quanto à
linguísticas, valores e práticas culturais compar-
construção de escolas indígenas, à formação e
tilhados.
contratação de professores indígenas e de outros
Art. 7º Cada território etnoeducacional contará profissionais da educação, à produção de material
com plano de ação para a educação escolar indí- didático, ao ensino médio integrado à educação
gena, nos termos do art. 8º, elaborado por comis- profissional e à alimentação escolar indígena.
são integrada por:
Parágrafo único. O Ministério da Educação colo-
I – um representante do Ministério da Educação;
cará à disposição dos entes federados envolvidos
II – um representante da Funai;
equipe técnica que prestará assistência na elabo-
III – um representante de cada povo indígena
ração dos planos de ação e designará consultor
abrangido pelo território etnoeducacional ou de
para acompanhar sua execução.
sua entidade; e
IV – um representante de cada entidade indige- Art. 9º A formação de professores indígenas será
nista com notória atuação na educação escolar in- desenvolvida no âmbito das instituições forma-
dígena, no âmbito do território etnoeducacional. doras de professores e será orientada pelas dire-
§ 1º Serão obrigatoriamente convidados para in- trizes curriculares nacionais da educação escolar
tegrar a comissão os Secretários de Educação dos indígena.
Estados, do Distrito Federal e Municípios, sobre os § 1º Os cursos de formação de professores indí-
quais incidam o território etnoeducacional. genas darão ênfase à:
§ 2º A comissão poderá convidar ou admitir I – constituição de competências referenciadas
outros membros, tais como representantes do em conhecimentos, valores, habilidades e atitu-
Ministério Público, das instituições de educação des apropriadas para a educação indígena;
169
II – elaboração, ao desenvolvimento e à avalia- Art. 15. (Revogado pelo Decreto nº 9.235, de 15/12/2017)
ção de currículos e programas próprios; Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de
III – produção de material didático; e sua publicação.
IV – utilização de metodologias adequadas de
Brasília, 27 de maio de 2009; 188º da
ensino e pesquisa. Independência e 121º da República.
§ 2º A formação dos professores indígenas po-
derá ser feita concomitantemente à sua escolari- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
zação, bem como à sua atuação como professores. Fernando Haddad
Art. 10. A produção de material didático e para-
didático para as escolas indígenas deverá apre- DECRETO Nº 6.986, DE 20
sentar conteúdos relacionados aos conhecimen- DE OUTUBRO DE 2009
tos dos povos indígenas envolvidos, levando em (Publicado no DOU de 20/10/2009)
consideração a sua tradição oral, e será publicado Regulamenta os arts. 11, 12 e 13 da Lei nº 11.892,
em versões bilíngues, multilíngues ou em línguas de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e
indígenas, incluindo as variações dialetais da
Tecnológica e cria os Institutos Federais de Edu-
língua portuguesa, conforme a necessidade das cação, Ciência e Tecnologia, para disciplinar o
comunidades atendidas. processo de escolha de dirigentes no âmbito
Parágrafo único. As propostas de elaboração e destes Institutos.
produção de material didático para as escolas in- O presidente da República, no uso das atribuições
dígenas apoiadas com recursos do Ministério da que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea a,
Educação serão submetidas à análise e aprovação da Constituição, e tendo em vista o disposto nos
de comissão instituída para apoio à produção de arts. 11, 12 e 13 da Lei nº 11.892, de 29 de dezem-
material didático indígena. bro de 2008, decreta:
Art. 11. As propostas pedagógicas para o ensino Art. 1º Os Institutos Federais de Educação, Ciência
médio integrado à formação profissional dos e Tecnologia, criados pela Lei nº 11.892, de 29 de
alunos indígenas deverão articular as atividades dezembro de 2008, serão dirigidos por um Reitor,
escolares com os projetos de sustentabilidade nomeado pelo Presidente da República, a partir
formulados pelas comunidades indígenas e con- da indicação feita pela comunidade escolar, de
siderar as especificidades regionais e locais. acordo com o disposto neste Decreto.
Parágrafo único. Os campi que integram cada
Art. 12. A alimentação escolar destinada às esco-
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolo-
las indígenas deve respeitar os hábitos alimenta-
gia serão dirigidos por Diretores-Gerais nomeados
res das comunidades, considerados como tais as
pelo Reitor, após processo de consulta à comuni-
práticas tradicionais que fazem parte da cultura e
dade respectiva.
da preferência alimentar local.
Art. 2º Os processos de consulta realizados em
Art. 13. As despesas da União com educação es- cada Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec-
colar indígena correrão à conta das dotações orça- nologia para a indicação dos candidatos para os
mentárias anualmente consignadas ao Ministério cargos de Reitor e de Diretor-Geral de campus pela
da Educação, devendo o Poder Executivo compa- comunidade escolar ocorrerão de forma simultâ-
tibilizar a quantidade de projetos a serem apro- nea, a cada quatro anos.
vados com as dotações orçamentárias existentes,
Art. 3º Compete ao Conselho Superior de cada Ins-
observados os limites estipulados pelo Poder
tituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Executivo, na forma da legislação orçamentária
deflagrar os processos de consulta a que se refere o
e financeira.
art. 2º, e deliberar sobre a realização dos pleitos em
Art. 14. O Ministério da Educação coordenará a turno único ou em dois turnos, com a antecedên-
implantação, o acompanhamento e a avaliação cia mínima de noventa dias do término dos man-
da educação escolar indígena, respeitada a auto- datos em curso de Reitor e Diretor-Geral de campus.
nomia e mantidas as responsabilidades e compe- Parágrafo único. Os processos de consulta para
tências dos entes federativos. escolha dos cargos de Reitor e de Diretor-Geral
170
DECRETO Nº 6.986, DE 20 DE OUTUBRO DE 2009
de campus serão finalizados em até noventa dias, II – homologar as inscrições deferidas e publicar
contados da data de seu início. a lista dos eleitores votantes;
III – supervisionar as ações de divulgação de
Art. 4º Os processos de consulta de que trata o
cada candidatura;
art. 2º serão conduzidos por uma comissão elei-
IV – providenciar o apoio necessário à realiza-
toral central e por comissões eleitorais de campus,
ção do processo de consulta;
instituídas especificamente para este fim, integra-
V – credenciar fiscais para atuar no decorrer do
das pelos seguintes representantes:
processo de consulta; e
I – três do corpo docente;
VI – encaminhar à comissão eleitoral central os
II – três dos servidores técnico-administrativos; e
resultados da votação realizada no campus.
III – três do corpo discente.
Parágrafo único. Os representantes do corpo dis- Art. 8º Poderão candidatar-se ao cargo de Reitor
dos Institutos Federais de Educação, Ciência e
cente, em qualquer das comissões eleitorais, de-
Tecnologia e ao cargo de Diretor-Geral de campus
verão ter, no mínimo, dezesseis anos completos.
os servidores que preencherem os requisitos pre-
Art. 5º Os representantes de cada segmento e vistos nos arts. 12, § 1º, e 13, § 1º, da Lei nº 11.892,
seus respectivos suplentes nas comissões eleito- de 2008, respectivamente.
rais serão escolhidos por seus pares, em processo Parágrafo único. A análise dos requisitos de ele-
disciplinado e coordenado pelo Conselho Superior. gibilidade mencionados no caput deverá assegu-
§ 1º As comissões eleitorais indicarão entre seus rar tratamento isonômico às carreiras que com-
membros, em reunião conjunta, os representan- põem o quadro de professores dos Institutos
tes que integrarão a comissão eleitoral central. Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, no
§ 2º O Conselho Superior publicará a composi- que concerne à avaliação da titulação ou tempo
ção das comissões eleitorais após o recebimento de serviço exigidos para o exercício do cargo.
dos nomes dos representantes escolhidos. Art. 9º Todos os servidores que compõem o Qua-
§ 3º Cada comissão eleitoral elegerá o seu pre- dro de Pessoal Ativo Permanente da Instituição,
sidente na reunião de instalação dos trabalhos. bem como os alunos regularmente matriculados
Art. 6º A comissão eleitoral central terá as seguin- nos cursos de ensino médio, técnico, de graduação
tes atribuições: e de pós-graduação, presenciais ou a distância, par-
I – elaborar as normas, disciplinar os procedi- ticiparão do processo de consulta a que se refere o
mentos de inscrição dos candidatos e de votação, art. 2º, de acordo com a legislação pertinente.
§ 1º Não poderão participar do processo de
e definir o cronograma para a realização dos pro-
consulta:
cessos de consulta;
I – funcionários contratados por empresas de
II – coordenar o processo de consulta para o
terceirização de serviços;
cargo de Reitor, em cada campus, e deliberar
II – ocupantes de cargos de direção sem vínculo
sobre os recursos interpostos;
permanente com a instituição; e
III – providenciar, juntamente com as comissões
III – professores substitutos, contratados com fun-
eleitorais dos campi, o apoio necessário à realiza-
damento na Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993.
ção do processo de consulta;
§ 2º Os Institutos de Educação, Ciência e Tec-
IV – credenciar fiscais para atuar no decorrer do nologia deverão proporcionar aos alunos matri-
processo de consulta; culados em cursos oferecidos na modalidade de
V – publicar e encaminhar os resultados da vo- educação a distância, condições idênticas às ofe-
tação ao Conselho Superior; e recidas aos alunos de cursos presenciais, para fins
VI – decidir sobre os casos omissos. de participação no processo de consulta.
Art. 7º A comissão eleitoral de cada campus terá Art. 10. O processo de consulta será finalizado
as seguintes atribuições: com a escolha de um único candidato para cada
I – coordenar o processo de consulta para o cargo cargo, considerando-se o peso da participação de
de Diretor-Geral de campus, de acordo com as dire- cada segmento representado, de acordo com o
trizes e normas estabelecidas pela comissão eleito- disposto no art. 9º, em relação ao total do uni-
ral central e deliberar sobre os recursos interpostos; verso consultado.
171
§ 1º O percentual de votação final de cada can- consulta para os cargos de Reitor e Diretor-Geral
didato será obtido pela média ponderada dos per- de campus.
centuais alcançados em cada segmento.
Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de
§ 2º Para o cálculo do percentual obtido pelo
sua publicação.
candidato em cada segmento, será considerada
a razão entre a votação obtida pelo candidato no Brasília, 20 de outubro de 2009; 188º da
Independência e 121º da República.
segmento e o quantitativo total de eleitores do seg-
mento aptos a votar. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
Art. 11. O Reitor e o Diretor-Geral de campus de-
signarão seus substitutos na forma do disposto
DECRETO Nº 7.352, DE 4 DE
nos regimentos internos.
NOVEMBRO DE 2010
Art. 12. Os mandatos de Reitor e de Diretor-Geral (Publicado no DOU de 5/11/2010)
de campus serão extintos nas seguintes hipóteses:
Dispõe sobre a política de educação do campo
I – exoneração ou demissão, de acordo com a e o Programa Nacional de Educação na Re-
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; forma Agrária (Pronera).
II – posse em outro cargo não acumulável;
O presidente da República, no uso da atribuição
III – falecimento;
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea a,
IV – renúncia;
da Constituição, e tendo em vista o disposto na
V – aposentadoria; e
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e no
VI – término de mandato.
art. 33 da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009,
§ 1º Na ocorrência de vacância do cargo de
decreta:
Reitor ou de Diretor-Geral de campus antes do
término do respectivo mandato, assumirá o seu Art. 1º A política de educação do campo destina-
substituto, que adotará as providências para a -se à ampliação e qualificação da oferta de educa-
realização, em prazo não superior a noventa dias, ção básica e superior às populações do campo, e
de novo processo de consulta. será desenvolvida pela União em regime de cola-
§ 2º O candidato eleito no processo de consulta boração com os Estados, o Distrito Federal e os
referido no § 1º exercerá o cargo em caráter pro Municípios, de acordo com as diretrizes e metas
tempore, pelo período correspondente ao res- estabelecidas no Plano Nacional de Educação e o
tante do mandato do seu antecessor. disposto neste Decreto.
§ 3º A investidura para complementação de § 1º Para os efeitos deste Decreto, entende-
mandato de que trata o § 2º, por prazo inferior a -se por:
dois anos, não será computada para fins do dis- I – populações do campo: os agricultores fami-
posto no caput do art. 12 da Lei nº 11.892, de 2008. liares, os extrativistas, os pescadores artesanais,
Art. 13. As consultas para o cargo de Diretor-Geral os ribeirinhos, os assentados e acampados da
nos campi em processo de implantação deverão reforma agrária, os trabalhadores assalariados
ser realizadas após cinco anos de seu efetivo fun- rurais, os quilombolas, os caiçaras, os povos da
cionamento, contados da data da publicação do floresta, os caboclos e outros que produzam suas
ato ministerial que autorizou o início das suas ati- condições materiais de existência a partir do tra-
vidades, conforme o disposto no art. 12, § 1º, da balho no meio rural; e
Lei nº 11.892, de 2008. II – escola do campo: aquela situada em área
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput rural, conforme definida pela Fundação Instituto
para a escolha de Reitor dos Institutos Federais Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou
do Acre, do Amapá, de Brasília, do Mato Grosso do aquela situada em área urbana, desde que atenda
Sul e de Rondônia, que terão como termo inicial predominantemente a populações do campo.
para contagem do prazo ali previsto na data da § 2º Serão consideradas do campo as turmas
publicação deste Decreto. anexas vinculadas a escolas com sede em área ur-
Art. 14. O Ministério da Educação divulgará o bana, que funcionem nas condições especificadas
cronograma para realização dos processos de no inciso II do § 1º.
172
DECRETO Nº 7.352, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2010
§ 3º As escolas do campo e as turmas anexas respeitando suas especificidades quanto aos ho-
deverão elaborar seu projeto político pedagógico, rários e calendário escolar;
na forma estabelecida pelo Conselho Nacional de II – fomentar educação básica na modalidade
Educação. Educação de Jovens e Adultos, integrando qualifi-
§ 4º A educação do campo concretizar-se-á me- cação social e profissional ao ensino fundamental;
diante a oferta de formação inicial e continuada III – garantir o fornecimento de energia elétrica,
de profissionais da educação, a garantia de con- água potável e saneamento básico, bem como ou-
dições de infraestrutura e transporte escolar, bem tras condições necessárias ao funcionamento das
como de materiais e livros didáticos, equipamen- escolas do campo; e
tos, laboratórios, biblioteca e áreas de lazer e des- IV – contribuir para a inclusão digital por meio da
porto adequados ao projeto político-pedagógico ampliação do acesso a computadores, à conexão à
e em conformidade com a realidade local e a di- rede mundial de computadores e a outras tecnolo-
versidade das populações do campo. gias digitais, beneficiando a comunidade escolar e
a população próxima às escolas do campo.
Art. 2º São princípios da educação do campo:
Parágrafo único. Aos Estados, Distrito Federal
I – respeito à diversidade do campo em seus as-
e Municípios que desenvolverem a educação do
pectos sociais, culturais, ambientais, políticos, eco-
campo em regime de colaboração com a União
nômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia;
caberá criar e implementar mecanismos que ga-
II – incentivo à formulação de projetos político-
rantam sua manutenção e seu desenvolvimento
-pedagógicos específicos para as escolas do
nas respectivas esferas, de acordo com o disposto
campo, estimulando o desenvolvimento das
neste Decreto.
unidades escolares como espaços públicos de
investigação e articulação de experiências e estu- Art. 4º A União, por meio do Ministério da Edu-
dos direcionados para o desenvolvimento social, cação, prestará apoio técnico e financeiro aos
economicamente justo e ambientalmente susten- Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na
tável, em articulação com o mundo do trabalho; implantação das seguintes ações voltadas à am-
III – desenvolvimento de políticas de formação pliação e qualificação da oferta de educação bá-
sica e superior às populações do campo em seus
de profissionais da educação para o atendimento
respectivos sistemas de ensino, sem prejuízo de
da especificidade das escolas do campo, conside-
outras que atendam aos objetivos previstos neste
rando-se as condições concretas da produção e
Decreto:
reprodução social da vida no campo;
I – oferta da educação infantil como primeira
IV – valorização da identidade da escola do
etapa da educação básica em creches e pré-escolas
campo por meio de projetos pedagógicos com
do campo, promovendo o desenvolvimento inte-
conteúdos curriculares e metodologias adequa-
gral de crianças de zero a cinco anos de idade;
das às reais necessidades dos alunos do campo,
II – oferta da educação básica na modalidade
bem como flexibilidade na organização escolar,
de Educação de Jovens e Adultos, com qualifica-
incluindo adequação do calendário escolar às
ção social e profissional, articulada à promoção
fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; e
do desenvolvimento sustentável do campo;
V – controle social da qualidade da educação
III – acesso à educação profissional e tecnológica,
escolar, mediante a efetiva participação da comu-
integrada, concomitante ou sucessiva ao ensino
nidade e dos movimentos sociais do campo.
médio, com perfis adequados às características
Art. 3º Caberá à União criar e implementar meca- socioeconômicas das regiões onde será ofertada;
nismos que garantam a manutenção e o desen- IV – acesso à educação superior, com prioridade
volvimento da educação do campo nas políticas para a formação de professores do campo;
públicas educacionais, com o objetivo de superar as V – construção, reforma, adequação e amplia-
defasagens históricas de acesso à educação escolar ção de escolas do campo, de acordo com critérios
pelas populações do campo, visando em especial: de sustentabilidade e acessibilidade, respeitando
I – reduzir os indicadores de analfabetismo as diversidades regionais, as características das
com a oferta de políticas de educação de jovens e distintas faixas etárias e as necessidades do pro-
adultos, nas localidades onde vivem e trabalham, cesso educativo;
173
VI – formação inicial e continuada específica de conhecimentos das populações do campo, con-
professores que atendam às necessidades de fun- siderando os saberes próprios das comunidades,
cionamento da escola do campo; em diálogo com os saberes acadêmicos e a cons-
VII – formação específica de gestores e profis- trução de propostas de educação no campo con-
sionais da educação que atendam às necessida- textualizadas.
des de funcionamento da escola do campo;
Art. 7º No desenvolvimento e manutenção da po-
VIII – produção de recursos didáticos, peda-
lítica de educação do campo em seus sistemas de
gógicos, tecnológicos, culturais e literários que
ensino, sempre que o cumprimento do direito à
atendam às especificidades formativas das po-
educação escolar assim exigir, os entes federados
pulações do campo; e
assegurarão:
IX – oferta de transporte escolar, respeitando
I – organização e funcionamento de turmas for-
as especificidades geográficas, culturais e sociais,
madas por alunos de diferentes idades e graus de co-
bem como os limites de idade e etapas escolares.
nhecimento de uma mesma etapa de ensino, espe-
§ 1º A União alocará recursos para as ações des-
cialmente nos anos iniciais do ensino fundamental;
tinadas à promoção da educação nas áreas de re-
II – oferta de educação básica, sobretudo no en-
forma agrária, observada a disponibilidade orça-
sino médio e nas etapas dos anos finais do ensino
mentária.
fundamental, e de educação superior, de acordo
§ 2º Ato do Ministro de Estado da Educação dis-
com os princípios da metodologia da pedagogia
ciplinará as condições, critérios e procedimentos
da alternância; e
para apoio técnico e financeiro às ações de que
III – organização do calendário escolar de acordo
trata este artigo.
com as fases do ciclo produtivo e as condições cli-
Art. 5º A formação de professores para a edu- máticas de cada região.
cação do campo observará os princípios e objeti-
Art. 8º Em cumprimento ao art. 12 da Lei nº 11.947,
vos da Política Nacional de Formação de Profissio-
nais do Magistério da Educação Básica, conforme de 16 de junho de 2009, os entes federados garan-
disposto no Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de tirão alimentação escolar dos alunos de acordo
2009, e será orientada, no que couber, pelas di- com os hábitos alimentares do contexto socio-
retrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de econômico-cultural-tradicional predominante em
Educação. que a escola está inserida.
§ 1º Poderão ser adotadas metodologias de edu- Art. 9º O Ministério da Educação disciplinará os
cação a distância para garantir a adequada forma- requisitos e os procedimentos para apresentação,
ção de profissionais para a educação do campo. por parte dos Estados, Municípios e Distrito Fe-
§ 2º A formação de professores poderá ser feita deral, de demandas de apoio técnico e financeiro
concomitantemente à atuação profissional, de suplementares para atendimento educacional das
acordo com metodologias adequadas, inclusive populações do campo, atendidas no mínimo as se-
a pedagogia da alternância, e sem prejuízo de ou- guintes condições:
tras que atendam às especificidades da educação I – o ente federado, no âmbito de suas respon-
do campo, e por meio de atividades de ensino, sabilidades, deverá prever no respectivo plano de
pesquisa e extensão. educação, diretrizes e metas para o desenvolvi-
§ 3º As instituições públicas de ensino supe- mento e a manutenção da educação do campo;
rior deverão incorporar nos projetos político- II – os Estados e o Distrito Federal, no âmbito
-pedagógicos de seus cursos de licenciatura os de suas Secretarias de Educação, deverão con-
processos de interação entre o campo e a cidade e tar com equipes técnico-pedagógicas específicas,
a organização dos espaços e tempos da formação, com vistas à efetivação de políticas públicas de
em consonância com as diretrizes estabelecidas educação do campo; e
pelo Conselho Nacional de Educação. III – os Estados e o Distrito Federal deverão cons-
Art. 6º Os recursos didáticos, pedagógicos, tec- tituir instâncias colegiadas, com participação de
nológicos, culturais e literários destinados à edu- representantes municipais, das organizações so-
cação do campo deverão atender às especifici- ciais do campo, das universidades públicas e ou-
dades e apresentar conteúdos relacionados aos tras instituições afins, com vistas a colaborar com a
174
DECRETO Nº 7.352, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2010
pelo Decreto nº 8.498, de 10/8/2015, publicado no DOU de nas universidades federais e nas instituições fede-
11/8/2015, em vigor um dia após a data de sua publicação) rais de ensino técnico de nível médio.
Art. 2º O financiamento da educação profissional Parágrafo único. Os resultados obtidos pelos
e tecnológica com recursos do Fies, na modalidade estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio
Fies Empresa, deverá observar: (Enem) poderão ser utilizados como critério de
I – carência – de até seis meses, com término seleção para o ingresso nas instituições federais
no último mês do semestre da contratação do fi- vinculadas ao Ministério da Educação que ofer-
nanciamento; tam vagas de educação superior.
II – risco – da empresa contratante do finan- Art. 2º As instituições federais vinculadas ao Mi-
ciamento; nistério da Educação que ofertam vagas de edu-
III – amortização – de até quarenta e dois meses, cação superior reservarão, em cada concurso se-
com início no mês imediatamente após o fim da letivo para ingresso nos cursos de graduação, por
carência; e curso e turno, no mínimo cinquenta por cento de
IV – garantia – fiança, no caso de micro, pequenas suas vagas para estudantes que tenham cursado
e médias empresas, e fiança, penhor ou hipoteca, integralmente o ensino médio em escolas públi-
no caso de empresa de grande porte, de acordo cas, inclusive em cursos de educação profissional
com o estabelecido pelo agente operador do Fies. técnica, observadas as seguintes condições:
§ 1º Durante o período de carência, a empresa I – no mínimo cinquenta por cento das vagas de
contratante do financiamento fica obrigada a que trata o caput serão reservadas a estudantes
pagar os juros incidentes sobre o financiamento. com renda familiar bruta igual ou inferior a um in-
§ 2º É facultado à empresa contratante do finan- teiro e cinco décimos salário mínimo per capita; e
ciamento, a qualquer tempo, realizar amortizações II – as vagas de que trata o art. 1º da Lei nº 12.711,
extraordinárias ou a liquidação do saldo devedor, de 2012, serão preenchidas, por curso e turno,
dispensada a cobrança de juros sobre as parcelas por autodeclarados pretos, pardos e indígenas
vincendas. e por pessoas com deficiência, nos termos da
legislação pertinente, em proporção ao total de
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua
vagas, no mínimo, igual à proporção respectiva
publicação.
de pretos, pardos, indígenas e pessoas com defi-
Art. 4º Fica revogado o Decreto nº 7.337, de 20 de ciência na população da unidade federativa onde
outubro de 2010. está instalada a instituição, segundo o último censo
Brasília, 15 de agosto de 2012; 191º da da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
Independência e 124º da República. tatística (IBGE). (Inciso com redação dada pelo Decreto
nº 9.034, de 20/4/2017)
DILMA ROUSSEFF
Guido Mantega Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, con-
Aloizio Mercadante sideram-se escolas públicas as instituições de en-
sino de que trata o inciso I do caput do art. 19 da
DECRETO Nº 7.824, DE 11 Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
DE OUTUBRO DE 2012 Art. 3º As instituições federais que ofertam vagas de
(Publicado no DOU de 15/10/2012 e retificado no
ensino técnico de nível médio reservarão, em cada
DOU de 16/10/2012)
concurso seletivo para ingresso nos cursos de nível
Regulamenta a Lei nº 12.711, de 29 de agosto médio, por curso e turno, no mínimo cinquenta por
de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas uni- cento de suas vagas para estudantes que tenham
versidades federais e nas instituições federais
cursado integralmente o ensino fundamental em es-
de ensino técnico de nível médio.
colas públicas, observadas as seguintes condições:
A presidenta da República, no uso da atribuição
I – no mínimo cinquenta por cento das vagas de
que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Consti-
que trata o caput serão reservadas a estudantes
tuição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 12.711,
com renda familiar bruta igual ou inferior a um in-
de 29 de agosto de 2012, decreta: teiro e cinco décimos salário mínimo per capita; e
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 12.711, de II – as vagas de que trata o art. 4º da Lei nº 12.711,
29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso de 2012, serão preenchidas, por curso e turno, por
181
autodeclarados pretos, pardos e indígenas e inciso II do caput do art. 2º e do inciso II do caput
por pessoas com deficiência, nos termos da legis- do art. 3º.
lação pertinente, em proporção ao total de vagas, no § 3º Sem prejuízo do disposto neste Decreto, as
mínimo, igual à proporção respectiva de pretos, par- instituições federais de educação poderão, por
dos, indígenas e pessoas com deficiência na popula- meio de políticas específicas de ações afirmati-
ção da unidade federativa onde está instalada a ins- vas, instituir reservas de vagas suplementares ou
tituição, segundo o último censo do IBGE. (Inciso com de outra modalidade.
redação dada pelo Decreto nº 9.034, de 20/4/2017) Art. 6º Fica instituído o Comitê de Acompanha-
Art. 4º Somente poderão concorrer às vagas re- mento e Avaliação das Reservas de Vagas nas Insti-
servadas de que tratam os arts. 2º e 3º: tuições Federais de Educação Superior e de Ensino
I – para os cursos de graduação, os estudantes que: Técnico de Nível Médio, para acompanhar e avaliar
a) tenham cursado integralmente o ensino o cumprimento do disposto neste Decreto.
médio em escolas públicas, em cursos regulares ou § 1º O Comitê terá a seguinte composição:
no âmbito da modalidade de Educação de Jovens I – dois representantes do Ministério da Edu-
e Adultos; ou cação;
b) tenham obtido certificado de conclusão com II – dois representantes da Secretaria de Políti-
base no resultado do Exame Nacional do Ensino cas de Promoção da Igualdade Racial da Presidên-
Médio (Enem), de exame nacional para certificação cia da República; e
de competências de jovens e adultos ou de exames III – um representante da Fundação Nacional
de certificação de competência ou de avaliação de do Índio.
jovens e adultos realizados pelos sistemas esta- § 2º Os membros do Comitê serão indicados pelos
duais de ensino; e titulares dos órgãos e entidade que representam e
II – para os cursos técnicos de nível médio, os designados em ato conjunto dos Ministros de Es-
estudantes que: tado da Educação e Chefe da Secretaria de Políti-
a) tenham cursado integralmente o ensino fun- cas de Promoção da Igualdade Racial da Presidên-
damental em escolas públicas, em cursos regulares cia da República.
ou no âmbito da modalidade de Educação de Jo- § 3º A presidência do Comitê caberá a um dos
vens e Adultos; ou representantes do Ministério da Educação, indi-
b) tenham obtido certificado de conclusão com cado por seu titular.
base no resultado de exame nacional para certifi- § 4º Poderão ser convidados para as reuniões
cação de competências de jovens e adultos ou de do Comitê representantes de outros órgãos e en-
exames de certificação de competência ou de ava- tidades públicas e privadas, e especialistas, para
liação de jovens e adultos realizados pelos sistemas emitir pareceres ou fornecer subsídios para o de-
estaduais de ensino. sempenho de suas atribuições.
Parágrafo único. Não poderão concorrer às § 5º A participação no Comitê é considerada pres-
vagas de que trata este Decreto os estudantes que tação de serviço público relevante, não remunerada.
tenham, em algum momento, cursado em escolas § 6º O Ministério da Educação fornecerá o suporte
particulares parte do ensino médio, no caso do técnico e administrativo necessário à execução dos
inciso I, ou parte do ensino fundamental, no caso trabalhos e ao funcionamento do Comitê.
do inciso II do caput. Art. 7º O Comitê de que trata o art. 6º encaminhará
Art. 5º Os editais dos concursos seletivos das insti- aos Ministros de Estado da Educação e Chefe da
tuições federais de educação de que trata este De- Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
creto indicarão, de forma discriminada, por curso Racial da Presidência da República, anualmente,
e turno, o número de vagas reservadas. relatório de avaliação da implementação das re-
§ 1º Sempre que a aplicação dos percentuais para servas de vagas de que trata este Decreto.
a apuração da reserva de vagas de que trata este Art. 8º As instituições de que trata o art. 2º im-
Decreto implicar resultados com decimais, será plementarão, no mínimo, vinte e cinco por cento
adotado o número inteiro imediatamente superior. da reserva de vagas a cada ano, e terão até 30 de
§ 2º Deverá ser assegurada a reserva de, no mí- agosto de 2016 para o cumprimento integral do
nimo, uma vaga em decorrência da aplicação do disposto neste Decreto.
182
DECRETO Nº 8.752, DE 9 DE MAIO DE 2016
Art. 9º O Ministério da Educação editará os atos e de organizar seus programas e ações, em regime
complementares necessários para a aplicação de colaboração entre os sistemas de ensino e em
deste Decreto, dispondo, dentre outros temas, consonância com o Plano Nacional de Educação
sobre: (PNE), aprovado pela Lei nº 13.005, de 24 de junho
I – a forma de apuração e comprovação da renda de 2014, e com os planos decenais dos Estados, do
familiar bruta de que tratam o inciso I do caput do Distrito Federal e dos Municípios.
art. 2º e o inciso I do caput do art. 3º; (Inciso com reda- § 1º Para fins desde Decreto, consideram-se pro-
ção dada pelo Decreto nº 9.034, de 20/4/2017) fissionais da educação básica as três categorias de
II – as fórmulas para cálculo e os critérios de trabalhadores elencadas no art. 61 da Lei nº 9.394,
preenchimento das vagas reservadas de que trata de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e
este Decreto; e (Inciso com redação dada pelo Decreto Bases da Educação Nacional), a saber: professores,
nº 9.034, de 20/4/2017) pedagogos e funcionários da educação, atuantes
III – a forma de comprovação da deficiência de nas redes públicas e privadas da educação básica
que trata o inciso II do caput do art. 2º e o inciso II ou a elas destinados.
do caput do art. 3º se dará nos termos da legisla- § 2º O disposto no caput será executado na forma
ção pertinente. (Inciso acrescido pelo Decreto nº 9.034, estabelecida pelos art. 61 a art. 67 da Lei nº 9.394,
de 20/4/2017) de 1996, e abrangerá as diferentes etapas e moda-
lidades da educação básica.
Art. 10. Os órgãos e entidades federais deverão
§ 3º O Ministério da Educação, ao coordenar a
adotar as providências necessárias para a efetiva-
Política Nacional de Formação dos Profissionais
ção do disposto neste Decreto no prazo de trinta
da Educação Básica, deverá assegurar sua coerên-
dias, contado da data de sua publicação.
cia com:
Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de I – as Diretrizes Nacionais do Conselho Nacional
sua publicação. de Educação (CNE);
Brasília, 11 de outubro de 2012; 191º da II – com a Base Nacional Comum Curricular;
Independência e 124º da República. III – com os processos de avaliação da educação
DILMA ROUSSEFF básica e superior;
José Eduardo Cardozo IV – com os programas e as ações supletivas do
Aloizio Mercadante referido Ministério; e
Gilberto Carvalho
V – com as iniciativas e os programas de forma-
Luiza Helena de Barros
(Assinaturas retificadas no DOU de 15/10/2012) ção implementados pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios.
DECRETO Nº 8.752, DE CAPÍTULO I
9 DE MAIO DE 2016 DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS
(Publicado no DOU de 10/5/2016)
Seção I
Dispõe sobre a Política Nacional de Formação Dos Princípios
dos Profissionais da Educação Básica.
Art. 2º Para atender às especificidades do exer-
A presidenta da República, no uso da atribuição que cício de suas atividades e aos objetivos das dife-
lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constitui- rentes etapas e modalidades da educação básica,
ção, tendo em vista o disposto no art. 211, caput e a formação dos profissionais da educação terá
§ 1º, da Constituição, no art. 3º, caput, incisos VII e IX, como princípios:
e art. 8º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, I – o compromisso com um projeto social, polí-
na Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, no art. 2º da tico e ético que contribua para a consolidação de
Lei nº 8.405, de 9 de janeiro de 1992, e uma nação soberana, democrática, justa, inclu-
Considerando as Metas 15 e 16 do Plano Nacional siva e que promova a emancipação dos indivíduos
de Educação, aprovado pela Lei nº 13.005, de 24 de e dos grupos sociais;
junho de 2014, decreta: II – o compromisso dos profissionais e das ins-
Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de For- tituições com o aprendizado dos estudantes na
mação dos Profissionais da Educação Básica, com idade certa, como forma de redução das desigual-
a finalidade de fixar seus princípios e objetivos, dades educacionais e sociais;
183
III – a colaboração constante, articulada entre o XIV – a promoção continuada da melhoria da
Ministério da Educação, os sistemas e as redes de gestão educacional e escolar e o fortalecimento
ensino, as instituições educativas e as instituições do controle social.
formadoras;
Seção II
IV – a garantia de padrão de qualidade nos cur- Dos Objetivos
sos de formação inicial e continuada;
V – a articulação entre teoria e prática no pro- Art. 3º São objetivos da Política Nacional de For-
cesso de formação, fundada no domínio de co- mação dos Profissionais da Educação Básica:
nhecimentos científicos, pedagógicos e técnicos I – instituir o Programa Nacional de Formação
específicos, segundo a natureza da função; de Profissionais da Educação Básica, o qual de-
VI – a articulação entre formação inicial e for- verá articular ações das instituições de ensino su-
mação continuada, e entre os níveis, as etapas e perior vinculadas aos sistemas federal, estaduais
as modalidades de ensino; e distrital de educação, por meio da colaboração
VII – a formação inicial e continuada, entendi- entre o Ministério da Educação, os Estados, o Dis-
das como componentes essenciais à profissiona- trito Federal e os Municípios;
lização, integrando-se ao cotidiano da instituição II – induzir avanços na qualidade da educação
educativa e considerando os diferentes saberes e básica e ampliar as oportunidades de formação
a experiência profissionais; dos profissionais para o atendimento das políticas
VIII – a compreensão dos profissionais da edu- deste nível educacional em todas as suas etapas
cação como agentes fundamentais do processo e modalidades, e garantir a apropriação progres-
educativo e, como tal, da necessidade de seu siva da cultura, dos valores e do conhecimento,
acesso permanente a processos formativos, in- com a aprendizagem adequada à etapa ou à mo-
formações, vivência e atualização profissional, vi- dalidade cursada pelos estudantes;
sando à melhoria da qualidade da educação bá- III – identificar, com base em planejamento estra-
sica e à qualificação do ambiente escolar; tégico nacional, e suprir, em regime de colaboração,
IX – a valorização dos profissionais da educação, a necessidade das redes e dos sistemas de ensino
traduzida em políticas permanentes de estímulo à por formação inicial e continuada dos profissionais
profissionalização, à progressão na carreira, à me- da educação básica, de forma a assegurar a oferta
lhoria das condições de remuneração e à garantia em quantidade e nas localidades necessárias;
de condições dignas de trabalho; IV – promover a integração da educação básica
X – o reconhecimento das instituições educa- com a formação inicial e continuada, considera-
tivas e demais instituições de educação básica das as características culturais, sociais e regionais
como espaços necessários à formação inicial e à em cada unidade federativa;
formação continuada; V – apoiar a oferta e a expansão de cursos de
XI – o aproveitamento e o reconhecimento da formação inicial e continuada em exercício para
formação, do aprendizado anterior e da experiên- profissionais da educação básica pelas institui-
cia laboral pertinente, em instituições educativas ções de ensino superior em diferentes redes e
e em outras atividades; sistemas de ensino, conforme estabelecido pela
XII – os projetos pedagógicos das instituições for- Meta 15 do PNE;
madoras que reflitam a especificidade da forma- VI – promover a formação de profissionais com-
ção dos profissionais da educação básica, que as- prometidos com os valores de democracia, com a
segurem a organicidade ao trabalho das diferentes defesa dos direitos humanos, com a ética, com o
unidades que concorram para essa formação e a respeito ao meio ambiente e com relações étnico-
sólida base teórica e interdisciplinar e que efetivem -raciais baseadas no respeito mútuo, com vistas
a integração entre teoria e as práticas profissionais; à construção de ambiente educativo inclusivo e
XIII – a compreensão do espaço educativo na cooperativo;
educação básica como espaço de aprendizagem, VII – assegurar o domínio dos conhecimentos
de convívio cooperativo, seguro, criativo e ade- técnicos, científicos, pedagógicos e específicos
quadamente equipado para o pleno aproveita- pertinentes à área de atuação profissional, inclu-
mento das potencialidades de estudantes e pro- sive da gestão educacional e escolar, por meio da
fissionais da educação básica; e revisão periódica das diretrizes curriculares dos
184
DECRETO Nº 8.752, DE 9 DE MAIO DE 2016
cursos de licenciatura, de forma a assegurar o foco II – sugerir ajustes e recomendar planos estraté-
no aprendizado do aluno; gicos estaduais para a formação dos profissionais
VIII – assegurar que os cursos de licenciatura da Educação Básica e suas revisões, além de opinar
contemplem carga horária de formação geral, for- em relação ao Planejamento Estratégico Nacional e
mação na área do saber e formação pedagógica às ações e aos programas integrados e complemen-
específica, de forma a garantir o campo de prática tares que darão sustentação à política nacional; e
inclusive por meio de residência pedagógica; e III – definir normas gerais para o funcionamento
IX – promover a atualização teórico-metodoló- dos Fóruns Estaduais Permanentes e do Fórum
gica nos processos de formação dos profissionais Distrital Permanente de Apoio à Formação dos
da educação básica, inclusive no que se refere ao Profissionais da Educação Básica e o acompanha-
uso das tecnologias de comunicação e informa- mento de suas atividades.
ção nos processos educativos. Parágrafo único. O Comitê Gestor Nacional será
presidido pelo Secretário-Executivo do Ministério
CAPÍTULO II
da Educação e contará com a participação:
DA ORGANIZAÇÃO, DO PLANEJAMENTO
E DOS PROGRAMAS E AÇÕES I – das secretarias e autarquias do Ministério da
INTEGRADOS E COMPLEMENTARES Educação;
II – de representantes dos sistemas federal, es-
Seção I
taduais, municipais e distrital de educação;
Da Organização
III – de profissionais da educação básica, consi-
Art. 4º A Política Nacional de Formação de Profis- derada a diversidade regional; e
sionais da Educação Básica será orientada pelo Pla- IV – de entidades científicas.
nejamento Estratégico Nacional, documento de re-
Art. 7º Os Fóruns Estaduais Permanentes e o
ferência proposto pelo Ministério da Educação para
Fórum Permanente do Distrito Federal de Apoio à
a formulação de Planos Estratégicos em cada uni-
Formação dos Profissionais da Educação Básica
dade federativa e para a implementação das ações
terão como atribuições:
e dos programas integrados e complementares.
I – elaborar e propor plano estratégico estadual
Parágrafo único. As ações e os programas inte-
ou distrital, conforme o caso, para a formação dos
grados e complementares serão aqueles de apoio
profissionais da educação, com base no Planeja-
técnico e financeiro aos Estados, aos Municípios
mento Estratégico Nacional;
e ao Distrito Federal, de forma complementar ao
II – acompanhar a execução do referido plano,
previsto nos Planejamentos Estratégicos, visando
avaliar e propor eventuais ajustes, com vistas ao
ao fortalecimento dos processos de formação,
aperfeiçoamento contínuo das ações integradas e
profissionalização, avaliação, supervisão e regu-
colaborativas por ele propostas; e
lação da oferta dos cursos técnicos e superiores.
III – manter agenda permanente de debates
Art. 5º A Política Nacional de Formação de Profis- para o aperfeiçoamento da política nacional e de
sionais da Educação Básica contará com Comitê sua integração com as ações locais de formação.
Gestor Nacional e com Fóruns Estaduais Perma- Parágrafo único. Nos Fóruns Estaduais Per-
nentes de Apoio à Formação dos Profissionais da manentes e no Fórum Permanente do Distrito
Educação Básica. Federal, terão assento representantes da esfera
Parágrafo único. O detalhamento da composi- federal, estadual, municipal, das instituições for-
ção, das atribuições e formas de funcionamento madoras e dos profissionais da educação, visando
do Comitê Gestor Nacional e dos Fóruns Estaduais à concretização do regime de colaboração.
Permanentes de Apoio à Formação dos Profissio- Seção II
nais da Educação Básica será objeto de ato do Do Planejamento Estratégico
Ministro de Estado da Educação, atendidas as Nacional e dos Planos Estratégicos
disposições deste Decreto. dos Estados e do Distrito Federal
Art. 6º O Comitê Gestor Nacional terá como atri- Art. 8º O Planejamento Estratégico Nacional, ela-
buições: borado pelo Ministério da Educação e aprovado
I – aprovar o Planejamento Estratégico Nacio- pelo Comitê Gestor Nacional, terá duração quadrie-
nal proposto pelo Ministério da Educação; nal e revisões anuais, ouvidos os Fóruns Estaduais
185
Permanentes de Apoio à Formação dos Profissio- informações oficiais disponibilizadas por outras
nais da Educação Básica, e deverá: agências federais e pelas Secretarias de Educação
I – assegurar a oferta de vagas em cursos de for- dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
mação de professores e demais profissionais da em especial os indicadores dos Planos de Ações
educação em conformidade com a demanda regio- Articuladas.
nal projetada de novos professores;
Art. 11. No âmbito dos planos estratégicos a que
II – assegurar a oferta de vagas em cursos de
se refere o inciso I do caput do art. 7º, o Ministério
formação inicial e continuada de professores em
da Educação apoiará técnica ou financeiramente,
exercício que não possuam a graduação e a licen-
conforme o caso:
ciatura na área de sua atuação, conforme os crité-
I – cursos de formação inicial de nível superior
rios de prioridade em associação com os sistemas
em licenciatura;
de ensino;
III – assegurar a oferta de vagas em cursos de II – cursos de formação inicial necessários para
formação continuada integrados à pós-graduação cada categoria dos profissionais da educação, de-
para professores da educação básica; e correntes das demandas para as diferentes fun-
IV – promover, em associação com governos es- ções que desempenham;
taduais, municipais e distrital, a formação con- III – cursos de segunda licenciatura, para pro-
tinuada de professores da educação básica me- fissionais do magistério em exercício, para que
diante integração ensino-serviço, inclusive por tenham formação na área em que atuam;
meio de residência pedagógica. IV – cursos de formação pedagógica para gra-
Parágrafo único. O Ministério da Educação de- duados não licenciados;
senvolverá formas de ação coordenada e colabo- V – cursos de formação técnica de nível médio
ração entre os sistemas federal, estaduais, muni- e superior nas áreas de Secretaria Escolar, Alimen-
cipal e distrital, com vistas a assegurar a oferta tação Escolar, Infraestrutura Escolar, Multimeios
de vagas de formação inicial na quantidade e a Didáticos, Biblioteconomia e Orientação Comu-
distribuição geográfica adequada à demanda pro- nitária, podendo este rol ser ampliado conforme
jetada pelas redes de educação básica. a demanda observada e a capacidade da rede
Art. 9º Os planos estratégicos a que se refere o formadora;
inciso I do caput do art. 7º serão quadrienais, com VI – cursos de formação continuada;
revisões anuais, e deverão contemplar: VII – programas de iniciação à docência, inclu-
I – diagnóstico e identificação das necessidades sive por meio de residência pedagógica; e
de formação inicial e continuada de profissionais VIII – ações de apoio a órgãos e instituições for-
da educação e da capacidade de atendimento das madoras públicas vinculadas às Secretarias de
instituições envolvidas, de acordo com o Planeja- Educação dos Estados, dos Municípios e do Dis-
mento Estratégico Nacional; trito Federal.
II – definição de ações a serem desenvolvidas § 1º As formas de apoio técnico e financeiro
para o atendimento das necessidades de formação serão definidas em ato do Ministro de Estado da
inicial e continuada, nas diferentes etapas e moda- Educação.
lidades de ensino; e § 2º Cada ação de apoio técnico ou financeiro
III – atribuições e responsabilidades de cada por parte da União deverá estar em consonância
partícipe, com especificação dos compromissos com o Plano Estratégico Nacional e seguirá regra-
assumidos, inclusive financeiros. mento próprio, estabelecido pelo Ministério da
Art. 10. O diagnóstico, o planejamento e a orga- Educação, em conformidade com os compromis-
nização do atendimento das necessidades de for- sos assumidos descritos em plano estratégico es-
mação inicial e continuada de profissionais das tadual ou distrital.
redes e dos sistemas de ensino que integrarão o § 3º Nos planos estratégicos a que se refere o
Planejamento Estratégico Nacional e os planeja- inciso I do caput do art. 7º, deverão também estar
mentos estratégicos estaduais e distrital se basea- relacionadas as contrapartidas e os compromis-
rão nos dados do Censo Escolar da Educação Bá- sos assumidos pelos Estados, pelo Distrito Federal
sica, do Censo Escolar da Educação Superior e nas e pelos Municípios.
186
DECRETO Nº 8.752, DE 9 DE MAIO DE 2016
Seção III XII – formação para a gestão das ações e dos pro-
Dos Programas e Ações Integrados gramas educacionais e para o fortalecimento do
e Complementares controle social;
Art. 12. O Planejamento Estratégico Nacional XIII – apoio, mobilização e estímulo a jovens para
deverá prever programas e ações integrados o ingresso na carreira docente;
e complementares relacionados às seguintes XIV – financiamento estudantil a estudantes
iniciativas: matriculados em cursos de licenciatura com
avaliação positiva pelo Sistema Nacional de Ava-
I – formação inicial e continuada em nível médio
liação da Educação Superior (Sinaes), na forma
e superior para os trabalhadores da educação que
disciplinada pela Lei nº 10.861, de 10 de abril de
atuem na rede pública e nas escolas comunitárias
2004, inclusive a amortização do saldo devedor
gratuitas da educação básica, em funções identi-
pela docência efetiva na rede pública de edu-
ficadas como da Categoria III dos profissionais da
cação básica;
educação;
XV – cooperação com os Estados, o Distrito Fe-
II – iniciação à docência e ao apoio acadêmico
deral e os Municípios nos processos de ingresso
a licenciandos e licenciados;
e fortalecimento dos planos de carreira, melhoria
III – formação pedagógica para graduados não
da remuneração e das condições de trabalho, va-
licenciados;
lorização profissional e do espaço escolar; e
IV – formação inicial em nível médio, na moda-
XVI – realização de pesquisas, incluídas aquelas
lidade normal para atuantes em todas as redes
destinadas ao mapeamento, ao aprofundamento
de ensino, na educação infantil e nos anos iniciais
e à consolidação dos estudos sobre perfil, de-
do ensino fundamental na função de magistério; manda e processos de formação de profissionais
V – estímulo à revisão da estrutura acadêmica e da educação.
curricular dos cursos de licenciatura, em articula-
Art. 13. Os cursos de formação inicial e conti-
ção com as Diretrizes Curriculares Nacionais e com
nuada deverão privilegiar a formação geral, a for-
a Base Nacional Comum Curricular da Educação
mação na área do saber e a formação pedagógica
Básica;
específica.
VI – estímulo ao desenvolvimento de projetos
pedagógicos que visem a promover desenhos cur- Art. 14. O Ministério da Educação, em colabora-
riculares próprios à formação de profissionais do ção com os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
magistério para atendimento da Educação Profis- cípios, apoiará programas e cursos de segunda
sional e Tecnológica, Educação de Jovens e Adul- licenciatura e complementação pedagógica para
tos, Educação Especial, Educação do Campo, de profissionais que atuem em áreas do conheci-
povos indígenas e de comunidades remanescen- mento nas quais não possuam formação especí-
tes de quilombos; fica de nível superior.
VII – estímulo ao desenvolvimento de projetos Art. 15. Serão fortalecidas as funções de avalia-
pedagógicos que visem a promover novos dese- ção, regulação e supervisão da educação profis-
nhos curriculares ou percursos formativos desti- sional e superior, visando a plena implementação
nados aos profissionais da educação básica; das diretrizes curriculares relativas à formação
VIII – residência docente, que estimulem a inte- dos profissionais da educação básica.
gração entre teoria e prática em escolas de com- Parágrafo único. O Sinaes, instituído pela
provada qualidade educativa; Lei nº 10.861, de 2004, preverá regime especial
IX – formação continuada no contexto dos para avaliação das licenciaturas, inclusive no que
pactos nacionais de desenvolvimento da edu- diz respeito ao Exame Nacional de Desempenho
cação básica; dos Estudantes (Enade).
X – mestrados acadêmicos e profissionais para Art. 16. A Coordenação Nacional de Aperfei-
graduados; çoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
XI – intercâmbio de experiências formativas e fomentará a pesquisa aplicada nas licencia-
de colaboração entre instituições educacionais; turas e nos programas de pós-graduação,
187
destinada à investigação dos processos de ensino- CAPÍTULO I
-aprendizagem e ao desenvolvimento da didática DISPOSIÇÕES GERAIS
específica. Art. 1º Para os fins deste Decreto, considera-se
Art. 17. O Ministério da Educação coordenará a educação a distância a modalidade educacional
realização de prova nacional para docentes para na qual a mediação didático-pedagógica nos pro-
subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Muni- cessos de ensino e aprendizagem ocorra com a uti-
cípios, mediante adesão, na realização de concur- lização de meios e tecnologias de informação e
sos públicos de admissão de profissionais do ma- comunicação, com pessoal qualificado, com políti-
gistério da educação básica pública, de maneira a cas de acesso, com acompanhamento e avaliação
harmonizar a conclusão da formação inicial com compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades
o início do exercício profissional. educativas por estudantes e profissionais da edu-
cação que estejam em lugares e tempos diversos.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º A educação básica e a educação superior
Art. 18. O Ministério da Educação regulamentará poderão ser ofertadas na modalidade a distância
este Decreto no prazo máximo de sessenta dias, nos termos deste Decreto, observadas as condi-
contado da data de sua publicação. ções de acessibilidade que devem ser asseguradas
Parágrafo único. O apoio do Ministério da Edu- nos espaços e meios utilizados.
cação aos planos estratégicos estadual e distrital Art. 3º A criação, a organização, a oferta e o desen-
de formação em andamento e aos outros progra- volvimento de cursos a distância observarão a le-
mas e ações de formação de profissionais da edu- gislação em vigor e as normas específicas expedi-
cação em execução continuam em vigência até das pelo Ministério da Educação.
seu encerramento ou até que novos acordos co-
Art. 4º As atividades presenciais, como tutorias,
laborativos sejam construídos e regulamentados
avaliações, estágios, práticas profissionais e de
no âmbito da Política Nacional de Formação dos
laboratório e defesa de trabalhos, previstas nos
Profissionais da Educação Básica.
projetos pedagógicos ou de desenvolvimento da
Art. 19. Ficam revogados: instituição de ensino e do curso, serão realizadas
I – o Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009; e na sede da instituição de ensino, nos polos de
II – o Decreto nº 7.415, de 30 de dezembro de 2010. educação a distância ou em ambiente profissio-
Art. 20. Este Decreto entra em vigor na data de nal, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais.
sua publicação. Art. 5º O polo de educação a distância é a uni-
Brasília, 9 de maio de 2016; 195º da dade descentralizada da instituição de educação
Independência e 128º da República. superior, no País ou no exterior, para o desen-
DILMA ROUSSEFF volvimento de atividades presenciais relativas
Aloizio Mercadante aos cursos ofertados na modalidade a distância.
(Caput do artigo com redação dada pelo Decreto nº 9.235,
DECRETO Nº 9.057, DE 25 de 15/12/2017)
DE MAIO DE 2017 § 1º Os polos de educação a distância mante-
(Publicado no DOU de 26/5/2017 e republicado no rão infraestrutura física, tecnológica e de pessoal
DOU de 30/5/2017) adequada aos projetos pedagógicos dos cursos
Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de ou de desenvolvimento da instituição de ensino.
20 de dezembro de 1996, que estabelece as (Parágrafo único renumerado e com redação dada pelo De-
diretrizes e bases da educação nacional. creto nº 9.235, de 15/12/2017)
O presidente da República, no uso das atribuições § 2º São vedadas a oferta de cursos superiores
que lhe confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alí- presenciais em instalações de polo de educação
nea a, da Constituição, e tendo em vista o disposto a distância e a oferta de cursos de educação a
no art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de distância em locais que não estejam previstos na
1996, na Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 e legislação. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 9.235,
na Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, decreta: de 15/12/2017)
188
DECRETO Nº 9.057, DE 25 DE MAIO DE 2017
Art. 7º Os sistemas de ensino, em regime de co- Art. 11. As instituições de ensino superior pri-
laboração, organizarão e manterão abertos ao pú- vadas deverão solicitar credenciamento para a
blico os dados e atos referentes a: oferta de cursos superiores na modalidade a dis-
I – credenciamento e recredenciamento insti- tância ao Ministério da Educação.
tucional para oferta de cursos na modalidade a § 1º O credenciamento de que trata o caput
distância; considerará, para fins de avaliação, de regulação
II – autorização, reconhecimento e renovação e de supervisão de que trata a Lei nº 10.861, de 14
de reconhecimento de cursos na modalidade a de abril de 2004, a sede da instituição de ensino
distância; e acrescida dos endereços dos polos de educação
III – resultados dos processos de avaliação e a distância, quando previstos no Plano de Desen-
de supervisão da educação na modalidade a dis- volvimento Institucional e no Projeto Pedagógico
tância. de Curso.
§ 2º É permitido o credenciamento de institui-
CAPÍTULO II
DA OFERTA DE CURSOS NA MODALIDADE ção de ensino superior exclusivamente para oferta
A DISTÂNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA de cursos de graduação e de pós-graduação lato
sensu na modalidade a distância.
Art. 8º Compete às autoridades dos sistemas de en-
§ 3º A oferta de curso de graduação é condição
sino estaduais, municipais e distrital, no âmbito da
indispensável para a manutenção das prerrogati-
unidade federativa, autorizar os cursos e o funciona-
vas do credenciamento de que trata o § 2º.
mento de instituições de educação na modalidade
§ 4º As escolas de governo do sistema federal cre-
a distância nos seguintes níveis e modalidades:
I – ensino fundamental, nos termos do § 4º do denciadas pelo Ministério da Educação para oferta
art. 32 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; de cursos de pós-graduação lato sensu poderão
II – ensino médio, nos termos do § 11 do art. 36 ofertar seus cursos nas modalidades presencial e
da Lei nº 9.394, de 1996; a distância.
III – educação profissional técnica de nível médio; § 5º As escolas de governo dos sistemas esta-
IV – educação de jovens e adultos; e duais e distrital deverão solicitar credenciamento
V – educação especial. ao Ministério da Educação para oferta de cursos
de pós-graduação lato sensu na modalidade a
Art. 9º A oferta de ensino fundamental na modali-
distância.
dade a distância em situações emergenciais, pre-
vistas no § 4º do art. 32 da Lei nº 9.394, de 1996, Art. 12. As instituições de ensino superior pú-
se refere a pessoas que: (Artigo republicado no DOU blicas dos sistemas federal, estaduais e distrital
de 30/5/2017) ainda não credenciadas para a oferta de cursos su-
I – estejam impedidas, por motivo de saúde, de periores na modalidade a distância ficam automa-
acompanhar o ensino presencial; ticamente credenciadas, pelo prazo de cinco anos,
II – se encontrem no exterior, por qualquer motivo; contado do início da oferta do primeiro curso de
III – vivam em localidades que não possuam rede graduação nesta modalidade, condicionado à pre-
regular de atendimento escolar presencial; visão no Plano de Desenvolvimento Institucional.
189
Parágrafo único. As instituições de ensino de alterações de seus endereços ao Ministério da Edu-
que trata o caput ficarão sujeitas ao recredencia- cação, nos termos a serem estabelecidos em regu-
mento para oferta de educação na modalidade a lamento.
distância pelo Ministério da Educação, nos termos § 2º A extinção de polo de educação a distância
da legislação específica. deverá ser informada ao Ministério da Educação
após o encerramento de todas as atividades edu-
Art. 13. Os processos de credenciamento e recre-
cacionais, assegurados os direitos dos estudantes
denciamento institucional, de autorização, de re-
matriculados e da comunidade acadêmica.
conhecimento e de renovação de reconhecimento
de cursos superiores na modalidade a distância Art. 17. Observado o disposto no art. 14, os pedi-
serão submetidos à avaliação in loco na sede da dos de autorização, de reconhecimento e de reno-
instituição de ensino, com o objetivo de verificar vação de reconhecimento de cursos superiores na
a existência e a adequação de metodologia, de in- modalidade a distância, ofertados nos limites dos
fraestrutura física, tecnológica e de pessoal que Estados e do Distrito Federal nos quais estejam
possibilitem a realização das atividades previstas sediadas as instituições de ensino dos sistemas
no Plano de Desenvolvimento Institucional e no estaduais e distrital, deverão tramitar nos órgãos
Projeto Pedagógico de Curso. competentes de âmbito estadual ou distrital, con-
Parágrafo único. Os processos previstos no forme o caso, aos quais caberá a supervisão das
caput observarão, no que couber, a disciplina instituições de ensino.
processual aplicável aos processos regulatórios Parágrafo único. Os cursos das instituições de
da educação superior em geral, nos termos da le- ensino de que trata o caput cujas atividades pre-
gislação específica e das normas expedidas pelo senciais forem realizadas fora do Estado da sede
Ministério da Educação. da instituição de ensino, estarão sujeitos à regu-
lamentação do Ministério da Educação.
Art. 14. As instituições de ensino credenciadas
para a oferta de educação superior na modali- Art. 18. A oferta de programas de pós-graduação
dade a distância que detenham a prerrogativa de stricto sensu na modalidade a distância ficará
autonomia dos sistemas de ensino federal, esta- condicionada à recomendação da Coordenação
duais e distrital independem de autorização para de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), observadas as diretrizes e os pareceres
funcionamento de curso superior na modalidade
do Conselho Nacional de Educação.
a distância.
Parágrafo único. Na hipótese de que trata o Art. 19. A oferta de cursos superiores na modali-
caput, as instituições de ensino deverão informar dade a distância admitirá regime de parceria entre
o Ministério da Educação quando da oferta de cur- a instituição de ensino credenciada para edu-
so superior na modalidade a distância, no prazo cação a distância e outras pessoas jurídicas, prefe-
de sessenta dias, contado da data de criação do rencialmente em instalações da instituição de en-
curso, para fins de supervisão, de avaliação e de sino, exclusivamente para fins de funcionamento
posterior reconhecimento, nos termos da legisla- de polo de educação a distância, na forma a ser es-
ção específica. tabelecida em regulamento e respeitado o limite
da capacidade de atendimento de estudantes.
Art. 15. Os cursos de pós-graduação lato sensu na
§ 1º A parceria de que trata o caput deverá ser
modalidade a distância poderão ter as atividades
formalizada em documento próprio, o qual con-
presenciais realizadas em locais distintos da sede
terá as obrigações das entidades parceiras e es-
ou dos polos de educação a distância.
tabelecerá a responsabilidade exclusiva da ins-
Art. 16. A criação de polo de educação a distância, tituição de ensino credenciada para educação a
de competência da instituição de ensino creden- distância ofertante do curso quanto a:
ciada para a oferta nesta modalidade, fica condi- I – prática de atos acadêmicos referentes ao ob-
cionada ao cumprimento dos parâmetros defini- jeto da parceria;
dos pelo Ministério da Educação, de acordo com II – corpo docente;
os resultados de avaliação institucional. III – tutores;
§ 1º As instituições de ensino deverão informar IV – material didático; e
a criação de polos de educação a distância e as V – expedição das titulações conferidas.
190
DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017
§ 2º O documento de formalização da parceria endereços nos quais a avaliação in loco tenha sido
de que trata o § 1º, ao qual deverá ser dada ampla realizada, e aqueles não avaliados serão arquiva-
divulgação, deverá ser elaborado em consonân- dos, sem prejuízo de sua posterior criação pela ins-
cia com o Plano de Desenvolvimento Institucional tituição de ensino, conforme o disposto no art. 16.
de cada instituição de ensino credenciada para § 3º O disposto no § 2º se aplica, no que couber,
educação a distância. aos processos de aditamento de credenciamento
§ 3º A instituição de ensino credenciada para de polos de educação a distância em tramitação
educação a distância deverá manter atualizadas na data de publicação deste Decreto.
junto ao Ministério da Educação as informações § 4º Eventuais valores de taxas recolhidas para
sobre os polos, a celebração e o encerramento avaliações não realizadas ficarão disponíveis
de parcerias, na forma a ser estabelecida em re- para utilização em outros processos de avaliação
gulamento, a fim de garantir o atendimento aos referentes à mesma instituição de ensino.
critérios de qualidade e assegurar os direitos dos § 5º As instituições de ensino poderão optar pelo
estudantes matriculados. não arquivamento dos endereços não avaliados, na
CAPÍTULO IV forma a ser estabelecida em regulamento.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 24. Ficam revogados:
Art. 20. Os órgãos competentes dos sistemas de I – o Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de
ensino poderão, motivadamente, realizar ações 2005; e
de monitoramento, de avaliação e de supervi- II – o art. 1º do Decreto nº 6.303, de 12 de dezem-
são de cursos, polos ou instituições de ensino, bro de 2007.
observada a legislação em vigor e respeitados Art. 25. Este Decreto entra em vigor na data de
os princípios do contraditório e da ampla defesa. sua publicação.
Art. 21. O disposto neste Decreto não afasta as Brasília, 25 de maio de 2017; 196º da
disposições específicas referentes aos sistemas Independência e 129º da República.
públicos de educação a distância, à Universidade
MICHEL TEMER
Aberta do Brasil e à Rede e-Tec Brasil. José Mendonça Bezerra Filho
Art. 22. Os atos de credenciamento para a oferta
exclusiva de cursos de pós-graduação lato sensu DECRETO Nº 9.235, DE 15
na modalidade a distância concedidos a institui- DE DEZEMBRO DE 2017
ções de ensino superior serão considerados tam- (Publicado no DOU de 18/12/2017)
bém para fins de oferta de cursos de graduação Dispõe sobre o exercício das funções de regu-
nesta modalidade, dispensado novo credencia- lação, supervisão e avaliação das instituições
mento ou aditamento. de educação superior e dos cursos superiores
de graduação e de pós-graduação no sistema
Art. 23. Os processos de credenciamento para federal de ensino.
oferta de educação a distância e de autorização
O presidente da República, no uso da atribuição
de cursos a distância vinculados, em tramitação
que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Cons-
na data de publicação deste Decreto, cujas avalia-
tituição, e tendo em vista o disposto no art. 9º,
ções in loco na sede tenham sido concluídas, terão
caput, incisos VI, VIII e IX, e no art. 46, da Lei nº 9.394,
a fase de análise finalizada pela Secretaria compe-
de 20 de dezembro de 1996, na Lei nº 9.784, de 29
tente no Ministério da Educação.
de janeiro de 1999, na Lei nº 10.861, de 14 de abril
§ 1º Os processos de autorização de cursos a
de 2004, decreta:
distância vinculados de que trata o caput protoco-
lados por instituições de ensino detentoras de au- CAPÍTULO I
tonomia, sem avaliação in loco realizada na sede, DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO
serão arquivados e a autorização ficará a cargo
SISTEMA FEDERAL DE ENSINO
da instituição de ensino, após o credenciamento. Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o exercí-
§ 2º Nos processos mencionados no caput, so- cio das funções de regulação, supervisão e ava-
mente serão considerados para fins de creden- liação das instituições de educação superior
ciamento de polos de educação a distância os (IES) e dos cursos superiores de graduação e de
191
pós-graduação lato sensu, nas modalidades pre- sem prejuízo do credenciamento para oferta de
sencial e a distância, no sistema federal de ensino. cursos a distância pelo Ministério da Educação, nos
§ 1º A regulação será realizada por meio de atos termos dos art. 17 e art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de
autorizativos de funcionamento de IES e de oferta dezembro de 1996, do Decreto nº 9.057, de 2017, e
de cursos superiores de graduação e de pós- da legislação específica.
-graduação lato sensu no sistema federal de en- § 4º As IES criadas pelo Poder Público estadual,
sino, a fim de promover a igualdade de condições distrital ou municipal existentes na data da pro-
de acesso, de garantir o padrão de qualidade das mulgação da Constituição e que sejam mantidas
instituições e dos cursos e de estimular o plura- e administradas por pessoa jurídica de direito pú-
lismo de ideias e de concepções pedagógicas e a blico, ainda que não gratuitas, serão vinculadas ao
coexistência de instituições públicas e privadas respectivo sistema de ensino estadual.
de ensino. Art. 3º As competências para as funções de regu-
§ 2º A supervisão será realizada por meio de lação, supervisão e avaliação no sistema federal
ações preventivas ou corretivas, com vistas ao de ensino serão exercidas pelo Ministério da Edu-
cumprimento das normas gerais da educação su- cação, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE),
perior, a fim de zelar pela regularidade e pela qua- pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
lidade da oferta dos cursos de graduação e de pós- Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pela Comis-
-graduação lato sensu e das IES que os ofertam. são Nacional de Avaliação da Educação Superior
§ 3º A avaliação será realizada por meio do Sis- (Conaes), conforme estabelecido neste Decreto.
tema Nacional de Avaliação da Educação Superior Parágrafo único. As competências previstas
(Sinaes), com caráter formativo, e constituirá o re- neste Decreto serão exercidas sem prejuízo daque-
ferencial básico para os processos de regulação las previstas na Estrutura Regimental do Ministé-
e de supervisão da educação superior, a fim de rio da Educação, aprovada pelo Decreto nº 9.005,
promover a melhoria de sua qualidade. de 14 de março de 2017, na Estrutura Regimental
§ 4º As funções de supervisão e de avaliação do Inep, aprovada pelo Decreto nº 8.956, de 12 de
de que trata o caput poderão ser exercidas em re- janeiro de 2017, e nas demais normas aplicáveis.
gime de cooperação com os sistemas de ensino Art. 4º Ao Ministro de Estado da Educação
estaduais, distrital e municipais. compete:
§ 5º À oferta de educação superior a distância I – homologar pareceres do CNE em pedidos de
aplica-se, ainda, o disposto no Decreto nº 9.057, credenciamento, recredenciamento e descreden-
de 25 de maio de 2017. ciamento de IES;
Art. 2º Para os fins do disposto neste Decreto, o II – homologar pareceres e propostas de atos
sistema federal de ensino compreende: normativos aprovados pelo CNE;
I – as instituições federais de ensino superior III – aprovar os instrumentos de avaliação ela-
(Ifes); borados pelo Inep;
II – as IES criadas e mantidas pela iniciativa pri- IV – homologar as deliberações da Conaes; e
vada; e V – expedir normas e instruções para a exe-
III – os órgãos federais de educação superior. cução de leis, decretos e regulamentos.
§ 1º As IES criadas e mantidas por pessoas ju- § 1º O Ministro de Estado da Educação poderá,
rídicas de direito privado sujeitam-se ao sistema motivadamente, restituir os processos de compe-
federal de ensino. tência do CNE para reexame.
§ 2º As IES criadas pelo Poder Público estadual, § 2º Os atos homologatórios do Ministro de Es-
distrital ou municipal e mantidas por pessoas tado da Educação são irrecorríveis na esfera admi-
jurídicas de direito privado e as IES qualificadas nistrativa.
como instituições comunitárias, nos termos da Art. 5º Compete ao Ministério da Educação, por
Lei nº 12.881, de 12 de novembro de 2013, sujei- meio da Secretaria de Regulação e Supervisão da
tam-se ao sistema federal de ensino. Educação Superior, nos termos do Decreto nº 9.005,
§ 3º As IES públicas criadas e mantidas pelos Es- de 2017, exercer as funções de regulação e super-
tados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios visão da educação superior no âmbito do sistema
serão vinculadas ao respectivo sistema de ensino, federal de ensino.
192
DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017
Art. 14. As Ifes criadas por lei são dispensadas da realizada pelo Inep, prevista no § 2º do art. 3º da
edição de ato autorizativo prévio pelo Ministério Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004; e
da Educação para funcionamento e oferta de cur- VII – não terem sido penalizadas em decorrên-
sos, nos termos de sua lei de criação e da legislação. cia de processo administrativo de supervisão nos
Parágrafo único. As Ifes protocolarão o primeiro últimos dois anos, contado da data de publicação
pedido de recredenciamento no prazo de cinco do ato que penalizou a IES.
anos, contado da data de início da oferta do pri- Art. 17. As IES privadas poderão solicitar recreden-
meiro curso de graduação. ciamento como universidade, desde que atendam,
Seção II além dos requisitos gerais, aos seguintes requisitos:
Das Organizações Acadêmicas I – um terço do corpo docente estar contratado
em regime de tempo integral;
Art. 15. As IES, de acordo com sua organização e
II – um terço do corpo docente possuir titulação
suas prerrogativas acadêmicas, serão credenciadas
acadêmica de mestrado ou doutorado;
para oferta de cursos superiores de graduação como:
III – no mínimo, sessenta por cento dos cursos de
I – faculdades;
graduação terem sido reconhecidos e terem con-
II – centros universitários; e
ceito satisfatório obtido na avaliação externa in loco
III – universidades.
realizada pelo Inep ou em processo de reconheci-
§ 1º As instituições privadas serão credenciadas
mento devidamente protocolado no prazo regular;
originalmente como faculdades.
IV – possuírem programa de extensão institucio-
§ 2º A alteração de organização acadêmica será
nalizado nas áreas do conhecimento abrangidas
realizada em processo de recredenciamento por
por seus cursos de graduação;
IES já credenciada.
V – possuírem programa de iniciação científica
§ 3º A organização acadêmica das Ifes é definida
com projeto orientado por docentes doutores ou
em sua lei de criação.
mestres, que pode incluir programas de iniciação
§ 4º As instituições da Rede Federal de Edu-
profissional ou tecnológica e de iniciação à docência;
cação Profissional, Científica e Tecnológica são
VI – terem obtido CI maior ou igual a quatro na
equiparadas às universidades federais para efeito
avaliação externa in loco realizada pelo Inep, pre-
de regulação, supervisão e avaliação, nos termos
vista no § 2º do artigo 3º da Lei nº 10.861, de 2004;
da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008.
VII – oferecerem regularmente quatro cursos de
Art. 16. As IES privadas poderão solicitar recre- mestrado e dois cursos de doutorado reconheci-
denciamento como centro universitário, desde dos pelo Ministério da Educação; e
que atendam, além dos requisitos gerais, aos se- VIII – não terem sido penalizadas em decorrên-
guintes requisitos: cia de processo administrativo de supervisão nos
I – um quinto do corpo docente estar contra- últimos dois anos, contado da data de publicação
tado em regime de tempo integral; do ato que penalizou a IES.
II – um terço do corpo docente possuir titulação
Seção III
acadêmica de mestrado ou doutorado;
Do Credenciamento Institucional
III – no mínimo, oito cursos de graduação terem
sido reconhecidos e terem obtido conceito satis- Art. 18. O início do funcionamento de uma IES
fatório na avaliação externa in loco realizada pelo privada será condicionado à edição prévia de ato
Inep; de credenciamento pelo Ministério da Educação.
IV – possuírem programa de extensão institu- § 1º O ato de credenciamento de IES será acom-
cionalizado nas áreas do conhecimento abrangi- panhado do ato de autorização para a oferta de,
das por seus cursos de graduação; no mínimo, um curso superior de graduação.
V – possuírem programa de iniciação científica § 2º É permitido o credenciamento de IES para
com projeto orientado por docentes doutores ou oferta de cursos na modalidade presencial, ou na mo-
mestres, que pode incluir programas de iniciação dalidade a distância, ou em ambas as modalidades.
profissional ou tecnológica e de iniciação à docência; Art. 19. A mantenedora protocolará pedido de
VI – terem obtido Conceito Institucional (CI) credenciamento junto à Secretaria de Regulação
maior ou igual a quatro na avaliação externa in loco e Supervisão da Educação Superior do Ministério
195
da Educação, observado o calendário definido b) plano de desenvolvimento institucional (PDI);
pelo Ministério da Educação. c) regimento interno ou estatuto;
§ 1º O processo de credenciamento será ins- d) identificação dos integrantes do corpo diri-
truído com análise documental, avaliação externa gente e de informação sobre a experiência acadê-
in loco realizada pelo Inep, parecer da Secretaria mica e profissional de cada um;
de Regulação e Supervisão da Educação Superior e) comprovante de disponibilidade e regulari-
do Ministério da Educação e parecer do CNE, a ser dade do imóvel;
homologado pelo Ministro de Estado da Educação. f) plano de garantia de acessibilidade, em con-
§ 2º O pedido de credenciamento tramitará em formidade com a legislação, acompanhado de
conjunto com o pedido de autorização de, no má- laudo técnico emitido por profissional ou órgão
ximo, cinco cursos de graduação. público competentes; e
§ 3º O quantitativo estabelecido no § 2º não se g) atendimento às exigências legais de segu-
aplica aos cursos de licenciatura. rança predial, inclusive plano de fuga em caso de
§ 4º A avaliação externa in loco, realizada pelo incêndio, atestado por meio de laudo específico
Inep, institucional e dos cursos será realizada por emitido por órgão público competente.
comissão única de avaliadores. § 1º Os documentos previstos nas alíneas e e f
§ 5º A Secretaria de Regulação e Supervisão da do inciso I do caput poderão ser substituídos por
Educação Superior do Ministério da Educação po-
parecer de auditoria independente que demons-
derá realizar as diligências necessárias à instrução
tre condição suficiente para assegurar a sustenta-
do processo.
bilidade financeira da instituição mantida.
Art. 20. O pedido de credenciamento será ins- § 2º Aplicam-se às Ifes e às escolas de governo
truído com os seguintes documentos: federais o disposto nas alíneas a, b e g do inciso
I – da mantenedora: I do caput e nas alíneas b, c, d, f e g do inciso II
a) atos constitutivos, registrados no órgão com- do caput.
petente, que atestem sua existência e sua capaci- § 3º Aplicam-se às escolas de governo dos siste-
dade jurídica, na forma da legislação civil; mas de ensino estaduais e distrital que solicitarem
b) comprovante de inscrição no Cadastro Na- credenciamento para oferta de pós-graduação
cional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fa- lato sensu a distância o previsto nas alíneas a, b e
zenda (CNPJ); g do inciso I do caput e nas alíneas a, b, c, d, f e g
c) certidões de regularidade fiscal perante a do inciso II do caput.
Fazenda federal; § 4º A comprovação da regularidade de inscri-
d) certidões de regularidade relativa à Seguri- ção no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do
dade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo Ministério da Fazenda (CNPJ) e da regularidade pe-
de Serviço (FGTS);
rante a Fazenda federal, a Seguridade Social e o
e) demonstração de patrimônio suficiente para
FGTS poderão ser verificadas pela Secretaria de
assegurar a sustentabilidade financeira da institui-
Regulação e Supervisão da Educação Superior do
ção mantida, conforme regulamento a ser editado
Ministério da Educação nas bases de dados do Go-
pelo Ministério da Educação;
verno federal e as mantenedoras deverão estar de-
f) demonstrações financeiras atestadas por
vidamente regulares para fins de credenciamento
profissionais competentes, considerada sua na-
ou de recredenciamento.
tureza jurídica; e
§ 5º A Secretaria de Regulação e Supervisão da
g) termo de responsabilidade, assinado pelo
Educação Superior do Ministério da Educação po-
representante legal da mantenedora, que ateste
derá requisitar à mantenedora a apresentação de
a veracidade e a regularidade das informações
balanço patrimonial em plano de contas a ser de-
prestadas e da capacidade financeira da entidade
finido conforme regulamento a ser editado pelo
mantenedora; e
Ministério da Educação.
II – da IES:
a) comprovante de recolhimento das taxas de Art. 21. Observada a organização acadêmica da
avaliação externa in loco realizada pelo Inep, pre- instituição, o PDI conterá, no mínimo, os seguintes
vistas na Lei nº 10.870, de 19 de maio de 2004; elementos:
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DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017
oferta efetiva de aulas nos últimos dois anos, sem sensu reconhecidos pelo Ministério da Educação
prejuízo das penalidades previstas neste Decreto. podem oferecer cursos de pós-graduação lato
Art. 27. As faculdades com CI máximo nas duas sensu nas modalidades presencial e a distância,
últimas avaliações, que ofertem pelo menos um nos termos da legislação específica.
curso de pós-graduação stricto sensu reconhecido § 2º A oferta de pós-graduação lato sensu
pelo Ministério da Educação e que não tenham está condicionada ao funcionamento regular de,
sido penalizadas em decorrência de processo ad- pelo menos, um curso de graduação ou de pós-
ministrativo de supervisão nos últimos dois anos, -graduação stricto sensu, nos termos da Seção XII
contados da data de publicação do ato que a pe- deste Capítulo.
nalizou, poderão receber a atribuição de registrar § 3º Os cursos de pós-graduação lato sensu,
seus próprios diplomas de graduação, nos termos nos termos deste Decreto, independem de auto-
de seu ato de recredenciamento, conforme regula- rização do Ministério da Educação para funciona-
mento a ser editado pelo Ministério da Educação. mento e a instituição deverá informar à Secretaria
Parágrafo único. As faculdades citadas no caput de Regulação e Supervisão da Educação Superior
perderão a atribuição de registrar seus próprios do Ministério da Educação os cursos criados por
diplomas de graduação nas seguintes hipóteses: atos próprios, no prazo de sessenta dias, contado
I – obtenção de conceito inferior em avaliação da data do ato de criação do curso.
institucional subsequente;
Art. 30. As escolas de governo do sistema federal,
II – perda do reconhecimento do curso de pós-
regidas pelo Decreto nº 5.707, de 23 de fevereiro
-graduação stricto sensu pelo Ministério da Edu-
de 2006, solicitarão credenciamento ao Minis-
cação; ou
tério da Educação para oferta de cursos de pós-
III – ocorrência de penalização em processo
-graduação lato sensu, nas modalidades presen-
administrativo de supervisão.
cial e a distância, conforme regulamento a ser
Art. 28. O recredenciamento como universidade editado pelo Ministério da Educação.
ou centro universitário depende da manutenção Parágrafo único. As escolas de governo dos siste-
do cumprimento dos requisitos exigidos para o cre-
mas de ensino estaduais e distrital solicitarão cre-
denciamento na respectiva organização acadêmica.
denciamento ao Ministério da Educação para oferta
§ 1º O não cumprimento dos requisitos neces-
de cursos de pós-graduação lato sensu na modali-
sários para o recredenciamento ensejará a cele-
dade à distância, nos termos do Decreto nº 9.057, de
bração de protocolo de compromisso e eventual
2017, e da legislação específica.
determinação de medida cautelar de suspensão
das atribuições de autonomia, conforme o art. 10 Seção VI
da Lei nº 10.861, de 2004. Do Campus Fora de Sede
§ 2º A decisão do processo de recredencia- Art. 31. Os centros universitários e as universida-
mento poderá: des poderão solicitar credenciamento de campus
I – deferir o pedido de recredenciamento sem fora de sede em Município diverso da abrangên-
alteração da organização acadêmica; cia geográfica do ato de credenciamento em
II – deferir o pedido de recredenciamento, com vigor, desde que o Município esteja localizado no
alteração da organização acadêmica que consta mesmo Estado da sede da IES.
do pedido original da instituição; ou
§ 1º As instituições de que trata o caput, que
III – indeferir o pedido de recredenciamento.
atendam aos requisitos dispostos nos art. 16 e
Seção V art. 17 e que possuam CI maior ou igual a quatro,
Da Oferta de Pós-Graduação na última avaliação externa in loco realizada pelo
Art. 29. As IES credenciadas para oferta de cur- Inep na sede, poderão solicitar credenciamento
sos de graduação podem oferecer cursos de pós- de campus fora de sede.
-graduação lato sensu na modalidade em que são § 2º O pedido de credenciamento de campus
credenciadas, nos termos da legislação específica. fora de sede será processado como aditamento
§ 1º As instituições que ofertam exclusivamente ao ato de credenciamento, aplicando-se, no que
cursos ou programas de pós-graduação stricto couber, as disposições processuais que o regem.
199
§ 3º O pedido de campus fora de sede será defe- Art. 36. Após a efetivação da alteração de man-
rido quando o resultado da sua avaliação externa in tença, as novas condições de oferta da instituição
loco realizada pelo Inep for maior ou igual a quatro. serão analisadas no processo de recredencia-
§ 4º O pedido de credenciamento de campus mento institucional.
fora de sede será acompanhado do ato de auto- § 1º Caso a mantenedora adquirente já possua
rização para a oferta de, no máximo, cinco cursos IES mantida e regularmente credenciada pelo Mi-
de graduação. nistério da Educação, o recredenciamento ocor-
§ 5º O quantitativo estabelecido no § 4º não se rerá no período previsto no ato autorizativo da
aplica aos cursos de licenciatura. instituição transferida vigente na data de transfe-
§ 6º A Secretaria de Regulação e Supervisão da rência de mantença.
Educação Superior do Ministério da Educação po- § 2º Caso a mantenedora adquirente não possua
derá instituir processo simplificado para creden- IES mantida e regularmente credenciada pelo Minis-
ciamento de campus fora de sede de Ifes e para ex- tério da Educação, a instituição protocolará pedido
tensão das atribuições de autonomia, processos de de recredenciamento, no prazo de um ano, contado
autorização de cursos e aumento de vagas em cur- da data de efetivação da transferência de mantença.
sos a serem ofertados fora de sede, ouvida a Secreta- Art. 37. A alteração de mantença preservará os
ria de Educação Superior do Ministério da Educação. interesses dos estudantes e da comunidade aca-
Art. 32. O campus fora de sede integrará o con- dêmica e será informada imediatamente ao pú-
junto da instituição. blico, em local de fácil acesso e no sítio eletrônico
§ 1º Os campi fora de sede das universidades oficial da IES.
gozarão de atribuições de autonomia desde que Art. 38. São vedadas:
observado o disposto nos incisos I e II do caput do I – a transferência de cursos entre IES;
art. 17 no campus fora de sede. II – a divisão de mantidas;
§ 2º Os campi fora de sede dos centros universi- III – a unificação de mantidas de mantenedoras
tários não gozarão de atribuições de autonomia. distintas;
Art. 33. É vedada a oferta de curso presencial IV – a divisão de cursos de uma mesma man-
em unidade fora da sede sem o prévio credencia- tida; e
mento do campus fora de sede e autorização es- V – a transferência de mantença de IES que es-
pecífica do curso. teja em processo de descredenciamento voluntá-
Art. 34. Os centros universitários e as universida- rio ou decorrente de procedimento sancionador,
des poderão solicitar a transformação de faculdades ou em relação a qual seja constatada a ausência
em campus fora de sede por meio de processo de de oferta efetiva de aulas por período superior a
unificação de mantidas, observados os requisi- vinte e quatro meses.
tos estabelecidos para a alteração de organização Parágrafo único. As hipóteses previstas no caput
acadêmica, desde que as instituições pertençam caracterizarão irregularidade administrativa, nos
à mesma mantenedora e estejam sediadas no termos do Capítulo III.
mesmo Estado. Seção VIII
Da Autorização de Cursos
Seção VII
Da Transferência de Mantença Art. 39. A oferta de cursos de graduação em fa-
Art. 35. A alteração da mantença de IES será co- culdades, nos termos deste Decreto, depende de
municada ao Ministério da Educação, no prazo de autorização prévia do Ministério da Educação.
sessenta dias, contado da data de assinatura do Art. 40. As universidades e os centros universitá-
instrumento jurídico que formaliza a transferência. rios, nos limites de sua autonomia, observado o
Parágrafo único. A comunicação ao Ministério da disposto no art. 41, independem de autorização
Educação conterá os instrumentos jurídicos que for- para funcionamento de curso superior, devendo
malizam a transferência de mantença, devidamente informar à Secretaria de Regulação e Supervisão
averbados pelos órgãos competentes, e o termo de da Educação Superior do Ministério da Educação
responsabilidade assinado pelos representantes le- os cursos criados por atos próprios para fins de
gais das mantenedoras adquirente e cedente. supervisão, avaliação e posterior reconhecimento,
200
DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017
no prazo de sessenta dias, contado da data do ato de Regulação e Supervisão da Educação Superior
de criação do curso. do Ministério da Educação.
§ 1º Aplica-se o disposto no caput ao aumento § 1º A avaliação externa in loco realizada pelo
e à redução de vagas em cursos já existentes e a Inep poderá ser dispensada, por decisão do Se-
outras modificações das condições constantes do cretário de Regulação e Supervisão da Educação
seu ato de criação. Superior do Ministério da Educação, após análise
§ 2º As instituições de que trata o caput, ao documental, mediante despacho fundamentado,
solicitar credenciamento para nova modalidade, conforme regulamento a ser editado pelo Ministé-
estarão dispensadas de efetuar pedido de auto- rio da Educação, para IES que apresentem:
rização de curso, observado o disposto no art. 41. I – CI igual ou superior a três;
§ 3º As instituições da Rede Federal de Educação II – inexistência de processo de supervisão; e
Profissional, Científica e Tecnológica somente po- III – oferta de cursos na mesma área de conhe-
derão ofertar bacharelados e cursos superiores de cimento pela instituição.
tecnologia nas áreas em que ofereçam cursos téc- § 2º A avaliação externa in loco realizada pelo
nicos de nível médio, assegurada a integração e Inep de grupos de cursos, de cursos do mesmo
a verticalização da educação básica à educação eixo tecnológico ou área de conhecimento será
profissional e educação superior. realizada por comissão única de avaliadores, con-
Art. 41. A oferta de cursos de graduação em Di- forme regulamento a ser editado pelo Ministério
reito, Medicina, Odontologia, Psicologia e Enfer- da Educação.
magem, inclusive em universidades e centros uni- § 3º Os processos relativos a cursos experimen-
versitários, depende de autorização do Ministério tais e a cursos superiores de tecnologia conside-
da Educação, após prévia manifestação do Conse- rarão suas especificidades, inclusive no que se
lho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e refere à avaliação externa in loco realizada pelo
do Conselho Nacional de Saúde. Inep e à análise documental.
§ 1º Nos processos de autorização de cursos de § 4º No caso de curso correspondente a pro-
graduação em Direito serão observadas as dispo- fissão regulamentada, após a fase de avaliação
sições da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994. externa in loco, realizada pelo Inep, será aberto
§ 2º Nos processos de autorização de cursos de prazo para que o órgão de regulamentação pro-
graduação em Medicina, realizados por meio de cha- fissional, de âmbito nacional, possa manifestar-se
mamento público, serão observadas as disposições em caráter opinativo.
da Lei nº 12.871, de 2013. § 5º O prazo de que trata o § 4º será de trinta
§ 3º A manifestação dos Conselhos de que trata dias, contado da data de disponibilização do pro-
o caput terá caráter opinativo e se dará no prazo cesso ao órgão de regulamentação profissional in-
de trinta dias, contado da data de solicitação do teressado, prorrogável uma vez, por igual período,
Ministério da Educação. mediante requerimento.
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorro- Art. 43. O pedido de autorização de curso será ins-
gado, uma única vez, por igual período, a requeri- truído com os seguintes documentos:
mento do Conselho interessado. I – comprovante de recolhimento da taxa de
§ 5º O aumento de vagas em cursos de gradua- avaliação externa in loco, realizada pelo Inep;
ção em Direito e Medicina, inclusive em universi- II – projeto pedagógico do curso, que informará
dades e centros universitários, depende de ato o número de vagas, os turnos, a carga horária, o
autorizativo do Ministério da Educação. programa do curso, as metodologias, as tecnolo-
§ 6º O Ministério da Educação poderá instituir gias e os materiais didáticos, os recursos tecno-
processo simplificado para autorização de cursos lógicos e os demais elementos acadêmicos perti-
e aumento de vagas para as Ifes, nos cursos refe- nentes, incluídas a consonância da infraestrutura
ridos no caput. física, tecnológica e de pessoal dos polos de edu-
Art. 42. O processo de autorização será instruído cação a distância do curso, quando for o caso;
com análise documental, avaliação externa in III – relação de docentes e de tutores, quando for
loco realizada pelo Inep e decisão da Secretaria o caso, acompanhada de termo de compromisso
201
firmado com a instituição, que informará a titula- Art. 46. A instituição protocolará pedido de reco-
ção, a carga horária e o regime de trabalho; e nhecimento de curso no período compreendido
IV – comprovante de disponibilidade do imóvel. entre cinquenta por cento do prazo previsto para
Parágrafo único. A Secretaria de Regulação e Su- integralização de sua carga horária e setenta e
pervisão da Educação Superior do Ministério da cinco por cento desse prazo, observado o calen-
Educação poderá solicitar documentos adicionais dário definido pelo Ministério da Educação.
para garantir a adequada instrução do processo. Art. 47. A instituição protocolará pedido de reno-
Art. 44. A Secretaria de Regulação e Supervisão vação de reconhecimento de curso no prazo e na
da Educação Superior do Ministério da Educação forma estabelecidos em calendário e regulamento
procederá à análise dos documentos, sob os as- a serem editados pelo Ministério da Educação.
pectos da regularidade formal e do mérito do pe- Art. 48. A ausência de protocolo do pedido de reco-
dido, e ao final poderá: nhecimento ou renovação de reconhecimento de
I – deferir o pedido de autorização de curso; curso no prazo devido caracterizará irregularidade
II – deferir o pedido de autorização de curso administrativa e a instituição ficará impedida de
com redução de vagas; solicitar aumento de vagas e de admitir novos es-
III – deferir o pedido de autorização de curso, tudantes no curso, sujeita, ainda, a processo admi-
em caráter experimental, nos termos do art. 81 da nistrativo de supervisão, nos termos do Capítulo III.
Lei nº 9.394, de 1996; ou Parágrafo único. A Secretaria de Regulação e
IV – indeferir o pedido de autorização de curso. Supervisão da Educação Superior do Ministério
§ 1º Da decisão do Secretário de Regulação e da Educação poderá analisar pedido de reconhe-
Supervisão da Educação Superior do Ministério cimento ou de renovação de reconhecimento de
da Educação caberá recurso, no prazo de trinta curso protocolado após o vencimento do ato au-
dias, contado da data da decisão, à Câmara de torizativo anterior e suspender as medidas previs-
Educação Superior do CNE. tas no caput, na hipótese de o curso de graduação
§ 2º A decisão da Câmara de Educação Superior possuir oferta efetiva de aulas nos últimos dois
será submetida à homologação pelo Ministro de anos, sem prejuízo das penalidades previstas
Estado da Educação. neste Decreto.
e Enfermagem será submetido à manifestação, em III – o prazo máximo de doze meses para o seu
caráter opinativo, do Conselho Federal da Ordem cumprimento; e
dos Advogados do Brasil, no caso de curso de Di- IV – a criação de comissão de acompanhamento
reito, e do Conselho Nacional de Saúde, nos cur- do protocolo de compromisso pela IES.
sos de Medicina, Odontologia, Psicologia e Enfer- § 1º Na vigência de protocolo de compromisso,
magem. poderá ser aplicada medida cautelar, prevista no
Parágrafo único. O prazo para a manifestação art. 63, desde que necessária para evitar prejuízo
de que trata o caput é de trinta dias, contado da aos estudantes.
data de disponibilização do processo ao Conse- § 2º O protocolo de compromisso firmado com
lho interessado, prorrogável uma vez, por igual universidades federais ou instituições da Rede
período, mediante requerimento. Federal de Educação Profissional, Científica e
Art. 52. A Secretaria de Regulação e Supervisão Tecnológica será acompanhado pela Secretaria
da Educação Superior do Ministério da Educação de Educação Superior ou pela Secretaria de Edu-
procederá à análise dos documentos, sob os as- cação Profissional e Tecnológica do Ministério da
pectos da regularidade formal e do mérito do pe- Educação, respectivamente.
dido, e ao final poderá: Art. 55. Finalizado o prazo de cumprimento do
I – deferir o pedido de reconhecimento ou reno- protocolo de compromisso, a instituição será sub-
vação de reconhecimento de curso; metida a avaliação externa in loco pelo Inep, para
II – sugerir protocolo de compromisso com vis- verificação do seu cumprimento e da superação
tas à superação das fragilidades detectadas na das fragilidades detectadas.
avaliação, nos termos da Seção X deste Capítulo; Parágrafo único. Fica vedada a celebração de
ou novo protocolo de compromisso no âmbito do
III – reconhecer ou renovar o reconhecimento mesmo processo.
de curso para fins de expedição e registro dos di-
Art. 56. O não cumprimento do protocolo de
plomas dos estudantes já matriculados.
compromisso ensejará a instauração de proce-
Seção X dimento sancionador, nos termos do Capítulo III,
Do Protocolo de Compromisso conforme regulamento a ser editado pelo Minis-
Art. 53. A obtenção de conceitos insatisfatórios no tério da Educação.
conjunto ou em cada uma das dimensões do rela- Parágrafo único. A não apresentação do proto-
tório de avaliação externa in loco realizada pelo colo de compromisso no prazo estipulado pela Se-
Inep, considerados os procedimentos e os instru- cretaria de Regulação e Supervisão da Educação
mentos diversificados de avaliação do Sinaes, en- Superior do Ministério da Educação será conside-
sejará a celebração de protocolo de compromisso rada não cumprimento do protocolo e resultará
dentro dos processos de recredenciamento, reco- no sobrestamento do processo de regulação e na
nhecimento e renovação de reconhecimento de abertura de procedimento sancionador, nos ter-
cursos, conforme regulamento a ser editado pelo mos do Capítulo III.
Ministério da Educação. Seção XI
Art. 54. A partir do diagnóstico objetivo das con- Do Encerramento da Oferta de Cursos e
dições da instituição ou do curso, a Secretaria de Descredenciamento de Instituições
Regulação e Supervisão da Educação Superior Art. 57. O encerramento da oferta de cursos ou o
do Ministério da Educação indicará a celebração descredenciamento de IES, a pedido da institui-
de protocolo de compromisso, a ser apresentado ção ou decorrente de procedimento sancionador,
pela IES, que conterá: obriga a mantenedora à:
I – os encaminhamentos, os processos e as I – vedação de ingresso de novos estudantes;
ações a serem adotados, com vistas à superação II – entrega de registros e documentos acadê-
das fragilidades detectadas; micos aos estudantes; e
II – a indicação expressa de metas a serem III – oferta final de disciplinas e transferência de
cumpridas; estudantes, quando for o caso.
203
§ 1º O encerramento da oferta de curso ou o Art. 60. A ausência ou a interrupção da oferta efe-
descredenciamento voluntários, da IES ou da tiva de aulas, por período superior a vinte e quatro
oferta em uma das modalidades, serão informa- meses, ensejará a abertura de processo adminis-
dos à Secretaria de Regulação e Supervisão da trativo de supervisão, que poderá resultar na cas-
Educação Superior do Ministério da Educação sação imediata do ato autorizativo do curso, nos
pela IES, na forma disposta em regulamento a ser termos do Capítulo III.
editado pelo Ministério da Educação. § 1º A ausência ou a interrupção da oferta efe-
§ 2º O não atendimento às obrigações previstas tiva de aulas de que trata o caput se caracterizam
neste artigo poderá ensejar a instauração de pro- pela não abertura de processo seletivo para ad-
cedimento sancionador, nos termos deste Decreto. missão de estudantes e pela ausência de estudan-
§ 3º Nas hipóteses previstas no caput, o Ministé- tes matriculados.
rio da Educação poderá realizar chamada pública § 2º Para fins do disposto no caput, considera-se
para transferência assistida de estudantes regula- início de funcionamento do curso a oferta efetiva
res, conforme regulamento. de aulas.
§ 3º Nas hipóteses de cassação do ato autoriza-
Art. 58. Após o descredenciamento da institui-
tivo previstas no caput, os interessados poderão
ção ou o encerramento da oferta de cursos, per-
apresentar nova solicitação relativa ao mesmo pe-
manece com a mantenedora a responsabilidade
dido, observado calendário definido pelo Ministé-
pela guarda e gestão do acervo acadêmico.
rio da Educação.
§ 1º O representante legal da mantenedora res-
ponderá, nos termos da legislação civil e penal, Art. 61. A ausência da oferta efetiva de aulas de
pela guarda do acervo acadêmico da instituição, todos os cursos de graduação de uma IES, por pe-
inclusive nas hipóteses de negligência ou de sua ríodo superior a vinte e quatro meses, contado da
utilização fraudulenta. data de publicação do ato autorizativo, ensejará
§ 2º A responsabilidade pela guarda e gestão a abertura de processo administrativo de super-
do acervo acadêmico pode ser transferida a ou- visão, que poderá resultar na cassação imediata
tra IES devidamente credenciada, mediante ter- do ato autorizativo institucional e dos cursos, nos
mo de transferência e aceite por parte da IES re- termos do Capítulo III.
ceptora, na pessoa de seu representante legal, CAPÍTULO III
conforme regulamento a ser editado pelo Minis- DA SUPERVISÃO
tério da Educação.
Seção I
§ 3º A IES receptora, na pessoa de seu represen-
Das Fases do Processo
tante legal, será integralmente responsável pela Administrativo de Supervisão
totalidade dos documentos e registros acadêmi-
Art. 62. O processo administrativo de supervisão
cos dos estudantes e cursos recebidos de outra IES.
instaurado para apuração de deficiências ou irregu-
§ 4º Na hipótese de comprovada impossibili-
laridades poderá ser constituído das seguintes fases:
dade de guarda e de gestão do acervo pelos repre-
I – procedimento preparatório;
sentantes legais da mantenedora de IES descre-
II – procedimento saneador; e
denciada, o Ministério da Educação poderá editar
III – procedimento sancionador.
ato autorizativo da transferência do acervo a Ifes
§ 1º Em qualquer fase do processo adminis-
da mesma unidade federativa na qual funcionava
trativo de supervisão, poderá ser determinada a
a IES descredenciada, conforme regulamento a
apresentação de documentos complementares e
ser editado pelo Ministério da Educação.
a realização de verificação ou auditoria, inclusive
Seção XII in loco e sem prévia notificação da instituição.
Da Validade dos Atos § 2º As verificações e as auditorias de que trata
Art. 59. O funcionamento regular de IES depende o § 1º serão realizadas por comissão de supervi-
da oferta efetiva e regular de aulas de, pelo menos, são, que poderá requisitar à instituição e à sua
um curso de graduação, nos termos de seu ato mantenedora os documentos necessários para a
autorizativo. elucidação dos fatos.
204
DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017
Parágrafo único. Na hipótese de constatação de Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua
declaração falsa, o candidato será eliminado do publicação.
processo seletivo e, se houver sido selecionado Brasília, 28 de junho de 2018; 197º da
Independência e 130º da República.
ou contratado, será imediatamente desligado do
programa de estágio. MICHEL TEMER
Helton Yomura
Art. 3º A contratação dos candidatos seleciona- Gustavo do Vale Rocha
dos respeitará os critérios de alternância e pro-
porcionalidade, que consideram a relação entre DECRETO Nº 9.432, DE 29
o número de vagas total para o estágio e o número DE JUNHO DE 2018
de vagas reservadas a candidatos negros. (Publicado no DOU de 2/7/2018)
Art. 6º A administração pública federal direta, au- Art. 3º São princípios da Política Nacional de Ava-
liação e Exames da Educação Básica:
tárquica e fundacional priorizará a contratação de
I – igualdade de condições para o acesso e a per-
serviços sob o regime de execução indireta pres-
manência do estudante na escola;
tados por empresas que comprovem o emprego
II – garantia do padrão de qualidade; e
da cota de aprendizes de que trata o art. 429 do
III – garantia do direito à educação e à aprendi-
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Conso- zagem ao longo da vida.
lidação das Leis do Trabalho), em relação aos tra-
Art. 4º Integram a Política Nacional de Avaliação
balhadores existentes em cada estabelecimento,
e Exames da Educação Básica:
cujas funções demandem formação profissional.
I – o Sistema de Avaliação da Educação Básica
Art. 7º O disposto neste Decreto não se aplica às (Saeb);
seleções cujos editais tiverem sido publicados II – o Exame Nacional para Certificação de Com-
antes de sua data de entrada em vigor. petências de Jovens e Adultos (Encceja); e
211
III – o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de
sua publicação.
Art. 5º O Saeb é um conjunto de instrumentos que
permite a produção e a disseminação de evidên- Brasília, 29 de junho de 2018; 197º da
Independência e 130º da República.
cias, estatísticas, avaliações e estudos a respeito
da qualidade das etapas que compõem a edu- MICHEL TEMER
Rossieli Soares da Silva
cação básica, que são:
I – a Educação Infantil;
II – o Ensino Fundamental; e
LISTA DE OUTRAS NORMAS E
III – o Ensino Médio.
INFORMAÇÕES DE INTERESSE
Parágrafo único. O Saeb será realizado pela
União, em regime de colaboração com os Estados, LEI Nº 5.537, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1968
o Distrito Federal e os Municípios, e contará com a Cria o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Edu-
coleta de dados junto aos sistemas de ensino e às cação e Pesquisa (Indep), e dá outras providências.
Publicada no DOU de 22/11/1968.
escolas públicas e privadas brasileiras.
LEI Nº 6.202, DE 17 DE ABRIL DE 1975
Art. 6º O Encceja tem como objetivo aferir as com-
Atribui à estudante em estado de gestação o regime
petências e as habilidades de:
de exercícios domiciliares instituído pelo Decreto-
I – jovens e adultos que não concluíram o ensino -Lei nº 1.044, de 1969, e dá outras providências.
fundamental ou o ensino médio na idade própria; Publicada no DOU de 17/4/1975.
II – pessoas privadas de liberdade; ou
LEI Nº 6.503, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1977
III – pessoas que residem no exterior.
Dispõe sobre a Educação Física, em todos os graus
Parágrafo único. O Encceja poderá ser utilizado e ramos do ensino.
para fins de certificação de níveis de ensino. Publicada no DOU de 16/12/1977.
Art. 7º O Enem tem como objetivo aferir o domí- LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990
nio das competências e das habilidades espera- Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adoles-
das ao final da educação básica. cente e dá outras providências.
Parágrafo único. O Enem poderá ser utilizado Publicada no DOU de 16/7/1990; retificada no DOU
como mecanismo de acesso à educação superior de 27/9/1990.
e aos programas governamentais de financia- LEI Nº 8.405, DE 9 DE JANEIRO DE 1992
mento ou apoio ao estudante do ensino superior. Autoriza o Poder Executivo a instituir como fundação
pública a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-
Art. 8º Cabe ao Ministério da Educação, por meio
soal de Nível Superior (Capes) e dá outras providências.
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-
Publicada no DOU de 10/1/1992.
cacionais Anísio Teixeira (Inep):
I – implementar os procedimentos estabeleci- LEI Nº 8.948, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1994
Dispõe sobre a instituição do Sistema Nacional de
dos neste Decreto;
Educação Tecnológica e dá outras providências.
II – definir a concepção pedagógica das avalia-
Publicada no DOU de 9/12/1994.
ções e dos exames;
III – definir a metodologia de aplicação e aferi- LEI Nº 8.958, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1994
Dispõe sobre as relações entre as instituições federais
ção dos resultados das avaliações e dos exames; e
de ensino superior e de pesquisa científica e tecnoló-
IV – editar as normas complementares neces-
gica e as fundações de apoio e dá outras providências.
sárias ao cumprimento do disposto neste Decreto. Publicada no DOU de 21/12/1994.
Art. 9º As despesas decorrentes das disposições LEI Nº 8.978, DE 9 DE JANEIRO DE 1995
deste Decreto correrão à conta das dotações orça- Dispõe sobre a construção de creches e estabele-
mentárias do Inep e observarão os limites estabe- cimentos de pré-escola.
lecidos na legislação orçamentária. Publicada no DOU de 10/1/1995.
212
LEI Nº 9.131, DE 24 DE NOVEMBRO DE 1995 LEI Nº 11.129, DE 30 DE JUNHO DE 2005
(Lei do Provão) Institui o Programa Nacional de Inclusão de Jo-
Altera dispositivos da Lei nº 4.024, de 20 de dezem- vens (ProJovem); cria o Conselho Nacional da Ju-
bro de 1961, e dá outras providências. ventude (CNJ) e a Secretaria Nacional de Juven-
Publicada no DOU de 25/11/1995. tude; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de
2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras
LEI Nº 9.192, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1995
providências.
Altera dispositivos da Lei nº 5.540, de 28 de no-
Publicada no DOU de 1º/7/2005.
vembro de 1968, que regulamentam o processo
de escolha dos dirigentes universitários. LEI Nº 11.180, DE 23 DE SETEMBRO DE 2005
Publicada no DOU de 22/12/1995. Institui o Projeto Escola de Fábrica, autoriza a con-
cessão de bolsas de permanência a estudantes be-
LEI Nº 9.536, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1997 neficiários do Programa Universidade para Todos
Regulamenta a transferência ex officio estabele- (Prouni), institui o Programa de Educação Tutorial
cida no parágrafo único do art. 49 da Lei nº 9.394, (PET), altera a Lei nº 5.537, de 21 de novembro de
de 1996. 1968, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
Publicada no DOU de 12/12/1997. aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
LEI Nº 9.766, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1998 de 1943, e dá outras providências.
Altera a legislação que rege o salário-educação, e Publicada no DOU de 26/9/2005.
dá outras providências. LEI Nº 11.273, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2006
Publicada no DOU de 19/12/1998. Autoriza a concessão de bolsas de estudo e de
pesquisa a participantes de programas de for-
LEI Nº 9.786, DE 8 DE FEVEREIRO DE 1999
mação inicial e continuada de professores para a
Dispõe sobre o Ensino no Exército Brasileiro e dá
educação básica.
outras providências.
Publicada no DOU de 7/2/2006.
Publicada no DOU de 9/2/1999.
LEI Nº 11.279, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2006
LEI Nº 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999
Dispõe sobre o ensino na Marinha.
Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Po-
Publicada no DOU de 10/2/2006.
lítica Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências. LEI Nº 11.507, DE 20 DE JULHO DE 2007
Publicada no DOU de 28/4/1999. Institui o Auxílio de Avaliação Educacional (AAE)
para os servidores que participarem de proces-
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002 sos de avaliação realizados pelo Instituto Nacio-
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) nal de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
e dá outras providências. Teixeira (Inep) ou pela Fundação Capes; altera as
Publicada no DOU de 25/4/2002. Leis nos 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6
LEI Nº 10.753, DE 30 DE OUTUBRO DE 2003 de fevereiro de 2006, 11.357, de 19 de outubro de
Institui a Política Nacional do Livro. (Art. 13, I-II) 2006, e 11.458, de 19 de março de 2007; cria cargos
Publicada no DOU de 31/10/2003. em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores (DAS); cria, em caráter temporário, fun-
LEI Nº 10.845, DE 5 DE MARÇO DE 2004 ções de confiança denominadas Funções Comis-
Institui o programa de complementação ao aten- sionadas dos Jogos Pan-Americanos (FCPAN); trata
dimento educacional especializado às pessoas de cargos de reitor e vice-reitor das Universidades
portadoras de deficiência e dá outras providências. Federais; revoga dispositivo da Lei nº 10.558, de
Publicada no DOU de 8/3/2004. 13 de novembro de 2002; e dá outras providências.
LEI Nº 10.870, DE 19 DE MAIO DE 2004 Publicada no DOU de 23/7/2007.
Institui a Taxa de Avaliação in loco das instituições LEI Nº 12.101, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2009
de educação superior e dos cursos de graduação Dispõe sobre a certificação das entidades be-
e dá outras providências. neficentes de assistência social; regula os pro-
Publicada no DOU de 20/5/2004. cedimentos de isenção de contribuições para a
213
seguridade social; altera a Lei nº 8.742, de 7 de de 22 de setembro de 2008; sobre a contratação de
dezembro de 1993; revoga dispositivos das Leis professores substitutos, visitantes e estrangeiros,
nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429, de 26 de de que trata a Lei nº 8.745 de 9 de dezembro de
dezembro de 1996, 9.732, de 11 de dezembro 1993; sobre a remuneração das carreiras e planos
de 1998, 10.684, de 30 de maio de 2003, e da Me- especiais do Instituto Nacional de Estudos e Pesqui-
dida Provisória nº 2.187-13, de 24 de agosto de sas Educacionais Anísio Teixeira e do Fundo Nacio-
2001; e dá outras providências. nal de Desenvolvimento da Educação, de que trata
Publicada no DOU de 30/11/2009. a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; altera re-
LEI Nº 12.244, DE 24 DE MAIO DE 2010 muneração do plano de cargos técnico-administra-
Dispõe sobre a universalização das bibliotecas tivos em educação; altera as Leis nos 8.745, de 9 de
nas instituições de ensino do País. dezembro de 1993, 11.784, de 22 de setembro de
Publicada no DOU de 25/5/2010. 2008, 11.091, de 12 de janeiro de 2005, 11.892, de 29
de dezembro de 2008, 11.357, de 19 de outubro de
LEI Nº 12.433, DE 29 DE JUNHO DE 2011
2006, 11.344, de 8 de setembro de 2006, 12.702, de 7
Altera a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de
de agosto de 2012, e 8.168, de 16 de janeiro de 1991;
Execução Penal), para dispor sobre a remição de
revoga o art. 4º da Lei nº 12.677, de 25 de junho de
parte do tempo de execução da pena por estudo
2012; e dá outras providências.
ou por trabalho.
Publicada no DOU de 31/12/2012.
Publicada no DOU de 30/6/2011.
LEI Nº 12.801, DE 24 DE ABRIL DE 2013
LEI Nº 12.612, DE 13 DE ABRIL DE 2012
Dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União
Declara o educador Paulo Freire Patrono da Edu-
aos entes federados no âmbito do Pacto Nacional
cação Brasileira.
pela Alfabetização na Idade Certa e altera as Leis
Publicada no DOU de 16/4/2012.
nos 5.537, de 21 de novembro de 1968, 8.405, de 9
LEI Nº 12.688, DE 18 DE JULHO DE 2012 de janeiro de 1992, e 10.260, de 12 de julho de 2001.
Autoriza a Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Ele- Publicada no DOU de 25/4/2013; retificada no DOU
trobras) a adquirir o controle acionário da Celg de 26/4/2013.
Distribuição S.A. (Celg D); institui o Programa de
LEI Nº 12.858, DE 9 DE SETEMBRO DE 2013
Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento
Dispõe sobre a destinação para as áreas de edu-
das Instituições de Ensino Superior (Proies);
cação e saúde de parcela da participação no re-
altera as Leis nos 3.890-A, de 25 de abril de 1961,
9.718, de 27 de novembro de 1998, 10.637, de 30 sultado ou da compensação financeira pela explo-
de dezembro de 2002, 10.887, de 18 de junho de ração de petróleo e gás natural, com a finalidade
2004, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 11.033, de cumprimento da meta prevista no inciso VI do
de 21 de dezembro de 2004, 11.128, de 28 de junho caput do art. 214 e no art. 196 da Constituição Fe-
de 2005, 11.651, de 7 de abril de 2008, 12.024, de deral; altera a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de
27 de agosto de 2009, 12.101, de 27 de novembro 1989; e dá outras providências.
de 2009, 12.429, de 20 de junho de 2011, 12.462, de Publicada no DOU de 10/9/2013.
4 de agosto de 2011, e 12.546, de 14 de dezembro LEI Nº 12.868, DE 15 DE OUTUBRO DE 2013
de 2011; e dá outras providências. Altera a Lei nº 12.793, de 2 de abril de 2013, para
Publicada no DOU de 19/7/2012; republicada no dispor sobre o financiamento de bens de consumo
DOU de 19/7/2012. duráveis a beneficiários do Programa Minha Casa,
LEI Nº 12.772, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012 Minha Vida (PMCMV); constitui fonte adicional de
Dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras recursos para a Caixa Econômica Federal; altera a
e Cargos de Magistério Federal; sobre a carreira do Lei nº 12.741, de 8 de dezembro de 2012, que dis-
magistério superior, de que trata a Lei nº 7.596, de põe sobre as medidas de esclarecimento ao con-
10 de abril de 1987; sobre o plano de carreira e car- sumidor, para prever prazo de aplicação das san-
gos de magistério do ensino básico, técnico e tecno- ções previstas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro
lógico e sobre o plano de carreiras de magistério do de 1990; altera as Leis nº 12.761, de 27 de dezem-
ensino básico federal, de que trata a Lei nº 11.784, bro de 2012, nº 12.101, de 27 de novembro de 2009,
214
nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e nº 9.615, de DECRETO Nº 5.224, DE 1º DE OUTUBRO DE 2004
24 de março de 1998; e dá outras providências. Dispõe sobre a organização dos Centros Federais
Publicada no DOU de 16/10/2013. de Educação Tecnológica e dá outras providências.
Publicado no DOU de 4/10/2004.
LEI Nº 12.881, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013
Dispõe sobre a definição, qualificação, prerroga- DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005
tivas e finalidades das Instituições Comunitárias Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
de Educação Superior (ICES), disciplina o Termo 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Si-
de Parceria e dá outras providências. nais (Libras), e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de
Publicada no DOU de 13/11/2013. dezembro de 2000.
LEI Nº 12.933, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2013 Publicado no DOU de 23/12/2005.
Dispõe sobre o benefício do pagamento de meia- DECRETO Nº 5.801, DE 8 DE JUNHO DE 2006
-entrada para estudantes, idosos, pessoas com Dispõe sobre a Escola de Altos Estudos, e dá ou-
deficiência e jovens de 15 a 29 anos comprovada- tras providências.
mente carentes em espetáculos artístico-culturais Publicado no DOU de 9/6/2006.
e esportivos, e revoga a Medida Provisória nº 2.208,
de 17 de agosto de 2001. DECRETO Nº 5.803, DE 8 DE JUNHO DE 2006
Publicada no DOU de 27/12/2013. Dispõe sobre o Observatório da Educação, e dá
outras providências.
LEI Nº 13.257, DE 8 DE MARÇO DE 2016
Publicado no DOU de 9/6/2006.
(Marco Legal da Primeira Infância)
Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira DECRETO Nº 6.095, DE 24 DE ABRIL DE 2007
infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de Estabelece diretrizes para o processo de integração
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o de instituições federais de educação tecnológica,
Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Có- para fins de constituição dos Institutos Federais de
digo de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Educação, Ciência e Tecnologia (Ifet), no âmbito da
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, Rede Federal de Educação Tecnológica.
de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setem- Publicado no DOU de 25/4/2007.
bro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012.
DECRETO Nº 6.096, DE 24 DE ABRIL DE 2007
Publicada no DOU de 9/3/2016.
Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestru-
LEI Nº 13.536, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017 turação e Expansão das Universidades Federais
Dispõe sobre a prorrogação dos prazos de vigên- (Reuni).
cia das bolsas de estudo concedidas por agências Publicado no DOU de 25/4/2007.
de fomento à pesquisa nos casos de maternidade
e de adoção. DECRETO Nº 6.300, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2007
Publicada no DOU de 18/12/2017. Dispõe sobre o Programa Nacional de Tecnologia
Educacional (Proinfo).
LEI Nº 13.696, DE 12 DE JULHO DE 2018 Publicado no DOU de 13/12/2007.
Institui a Política Nacional de Leitura e Escrita.
Publicada no DOU de 13/7/2018. DECRETO Nº 6.302, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2007
Institui o Programa Brasil Profissionalizado.
DECRETO Nº 2.406, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1997
Publicado no DOU de 13/12/2007.
Regulamenta a Lei nº 8.948, de 8/12/1994, e dá ou-
tras providências. DECRETO Nº 6.425, DE 4 DE ABRIL DE 2008
Publicado no DOU de 28/11/1997. Dispõe sobre o censo anual da educação.
Publicado no DOU de 7/4/2008.
DECRETO Nº 4.281, DE 25 DE JUNHO DE 2002
Regulamenta a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, DECRETO Nº 7.022, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2009
que institui a Política Nacional de Educação Am- Estabelece medidas organizacionais de caráter ex-
biental, e dá outras providências. cepcional para dar suporte ao processo de implan-
Publicado no DOU de 26/6/2002. tação da Rede Federal de Educação Profissional,
215
Científica e Tecnológica, criada pela Lei nº 11.892, de financeiras no âmbito do Fundo de Financiamento
29 de dezembro de 2008, e dá outras providências. Estudantil (Fies).
Publicado no DOU de 3/12/2009. Publicado no DOU de 20/9/2017.
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