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Культура Документы
Soldador
2
emprego
m e t a l u r g i a
S o lda d o r
2
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
Rodrigo Garcia
Secretário
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Carla Cruz dos Santos, Empresa Servimig, Empresa Signo Arte, Empresa Starrett, Fundição TUPY S.A., Graziele da
Silva Santos, Grupo Voith, Instituto de Pesquisas Tecnológicas, Neise Nogueira, Valdemar Carmelito dos Santos.
Caro(a) Trabalhador(a)
Unidade 5
33
a soldagem com eletrodo revestido
Unidade 6
87
segurança e prevenção de acidentes
Unidade 7
103
qualidade e produtividade
Unidade 8
109
ingresso no mercado de trabalho
dados internacionais de catalogação na publicação (cip)
(bibliotecária silvia marques crb 8/7377)
P964
Programa de qualificação profissional: Metalurgia /
Soldador. -. – São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011.
v.2, il (série: arco ocupacional)
Vários autores
Programa de qualificação profissional da Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho - SERT
ISBN 978-85-8028-002-9
1. Ensino profissionalizante 2. Metalurgia-técnico
3. Metalurgia – laboratório I. Título II. Série
CDD 371.30281
Unidade 4
Metrologia
Em metalurgia, a tarefa de verificar as medidas de um produto
sempre estará presente. Como soldador, fará parte de seu dia a
dia realizar medidas nas peças metálicas antes de fazer a solda.
Por isso, você precisa ter noções básicas da chamada metrologia,
a ciência que estuda as medidas e as medições.
Os instrumentos
Para realizar cada medição, é preciso utilizar um instrumento.
A escolha do instrumento depende da situação, pois cada um
atende a determinada necessidade. Os principais instrumentos
de medição com os quais o soldador contará são:
• escala (régua);
ivan carneiro
Você sabia?
starret
A régua graduada e a trena
são os mais simples instru-
mentos de medida linear
(horizontal, em linha).
• paquímetro;
starret
• calibre de solda;
ivan carneiro
• micrômetro;
starret
carneiro
an
iv
Você sabia?
O goniômetro não é utili-
zado apenas na metalur-
• goniômetro. gia. Existem outras áreas
que também precisam
desse instrumento de me-
dições angulares. Uma
delas é a medicina. Assim
como os soldadores, os
médicos também usam
goniômetro, mas para
acompanhar a recupera-
ção de pacientes que so-
frem fraturas. Com ele, é
possível verificar a evolu-
ção do movimento de uma
articulação, por exemplo.
ivan carneiro
30 +
_ 0,1
10 f7
25 +
_ 0,1
_ 0,1
20,06
20 +
Margem de erro: nas medições da peça acima, o desvio máximo é de Escala 1:1
0,1 mm para mais ou para menos.
Essa indicação (30 + ou – 0,1) também informa que o instrumento que será usado
para medir a peça real deverá ter uma exatidão (ou uma resolução mínima) de um
décimo de milímetro.
Importante: resolução
A resolução de um instrumento é a menor medida que você pode ler
nele. A régua abaixo, por exemplo, tem resolução de 1 milímetro, porque
essa é a menor divisão que ela possui.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Escala (régua)
As escalas existem para organizar e hierarquizar valores:
do menor para o maior, do menos importante para o mais
importante, da menor dureza para a maior, do menor grau
1 2 3 4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Sistema Métrico
1 metro = 10 decímetros = 100 centímetros = 1.000 milímetros
Sistema Inglês
1 polegada = 2,54 centímetros
Trena
A trena é constituída por uma fita de aço cujas graduações são semelhantes às da
escala, isto é, obedecem ao sistema métrico e ao sistema inglês. A leitura das medições
segue o mesmo procedimento da régua graduada.
Porém, diferentemente da escala, a trena possui em sua extremidade uma pequena
chapa metálica, dobrada em ângulo de 90o, chamada encosto de referência ou
gancho de zero absoluto.
Essa chapinha mede 1 mm de espessura. Isso tem grande utilidade: o encosto de refe-
rência é usado para compensar as medições externas (deslocando o encosto de 1 mm
para fora da fita) e internas (somando a espessura da medição de 1 mm do encosto).
Paquímetro
O paquímetro também é formado por uma régua graduada no sistema métrico
e no sistema inglês. Sobre essa régua com encosto fixo, desliza uma régua menor
chamada cursor. O cursor – a parte móvel do paquímetro – fica ajustado à régua e
se movimenta livremente sobre ela com um mínimo de folga.
starret
ivan carneiro
ivan carneiro
Resolução = 1 mm = 0,05 mm
20
no de divisões do nônio
2º passo: leitura
1a leitura (escala fixa): você deve considerar – ou “ler” – o
número que vem antes do zero do nônio. DICA
Nesta unidade, você aprenderá a
2a leitura (escala do nônio): você deve considerar (ler) o realizar a leitura do paquímetro na
versão tradicional, ou seja,
primeiro traço do nônio, que coincide totalmente com mecânica. Mas, atualmente, já é
possível contar com esse
algum traço da escala fixa. Depois, deve contar quantos instrumento na versão eletrônica.
O chamado paquímetro digital
traços tem do zero até chegar nele. No caso da foto abai- apresenta algumas vantagens:
• Simplifica a leitura, diminuindo
xo, são 13 traços. Em seguida, é só multiplicar o número a probabilidade de erro.
• Pode ser usado em polegadas
de traços medidos (13) pela resolução do paquímetro, ou milímetros, sendo preciso
apenas mudar o modo de
que foi calculada anteriormente. apresentação do resultado.
ivan carneiro
ivan carneiro
1a leitura 2a leitura
Atividade 1
E xercite a leitura com um paquímetro no
sistema métrico com resolução de 0,05 mm
a)
0 4 8 0 4 8
1/128 in. 1/128 in.
1 2 3 4 5
20 30 40 50 60 70 90 100 110 120 130 140
0,05 mm 0,05 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
b)
00 44 88 0 4 8
1/128
1/128 in.in. 1/128 in.
3 2 4 3 5 4 5 6 in.
70 4090 50 100 60 110 70 120 80 13090 140
100 120 130 140 150 mm
05 mm 0,05
0,05mm
mm 0,05 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
c)
3 1 2 4 23 5 43 5 4 6 5 in.
4020
90 50 30
100 60 40
110 70 50
120 80 60
130 90 70
140
100 90
120 100
130 110
140 120
150 130 140
mm
0,05mm
0,05
0,05 mm
mm 0,05
0,05 mmmm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 99 10
00 11 22 33 44 55 66 77 88 9 10
10 00 11 22 33 44 55 6
6 7
7 8
8 99 10
10
d)
43 52 43 63 54 in. 4 5 1 6 2 in.
100 40
60 90
120 5070100 6080140
130 110 7090 120 80
150 100 13090110mm140
100
120 120 10 130 20 140 30 150 40 50 mm 60
0,05 mm
0,05 mm 0,05
0,05mm
mm
00 11 22 33 44 55 66 77 88 99 10
10 0,05
0,05
mmmm
00 11 22 33 44 55 66 77 88 99 10
10 00 11 22 33 44 55 66 77 88 99 10
10
e)
000 444 88 0 4 8
1/128
1/128 in.
in.in.
1/128 1/128 in.
4 5 3 1 6 4 2 in. 1 2
100
120 60120 10 70
130 20 80140 3090150 40100 50110mm 60
120 10 20 30 40 50 60
0,05 0,05 mm
0,05 mm
mm 0,05 mm
0 1 2 3 4 555 666 7 88 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0 11 2 33 44 7 8 9 10
10
f)
0 4 8
1/128 in.
1 2
120 10 20 30 40 50 60
0,05 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Resolução = 1 mm = 0,02 mm
50
no de divisões do nônio
2º passo: leitura
1a leitura (escala fixa) = 5,00 mm
2a leitura (escala do nônio) = 0,44 mm (22 x 0,02)
Leitura Final = 5,44 mm
A medição, ou “leitura das medidas”, é feita da mesma maneira, independen-
temente da resolução do paquímetro.
a)
0 5 10 15 20 25
.001 in
0 5 10 15 20 25
.001 in
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 2 3 4 5 6 7 8.0019in 2 1 2 3 4 5 6
2 3 10
4 5 6 7 208 9 1 1 302 3 4 5 406 7 8 9 2 50 1 2 3 604 5 6
2 3 10
4 5 6 7 208 9 1 1 302 3 4 5 406 7 8 9 502 1 2 3 604 5 6
10 20 30 40 50 60
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
b)
0 5 10 15 20 25
.001 in
0 5 10 15 20 25
.001 in
0 5 10 15 20 25
5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8
.001 in 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2 3
5 40
6 7 8 9 50 1 604 7 708 9
3 80
2 3 5 6 1 2 3 4 5906 7 8 100
9
2
5 406 7 8 9 502 1 2 3604 5 6 7 708 9
3
1 802 3 4 906
5 7 8 100
9
40 50 60 70 80 90 100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
c)
0 5 10 15 20 25
.001 in
0 5 10 15 20 25
.001 in
0 5 10 15 20 25
2 3 4 5 6 7 8 9
3 1 2 3 4 5 6 7 .001
8 in9
4 1 2 3 4 5 6
2 3 604 5 6 7708 9
3 1802 3 4 5906 7 8 100
9
4 1 2 110
3 4 5 6
2 3 604 5 6 7 708 9 80 5906 100 110
3 1 2 3 4 7 8 9
4 1 2 3 4 5 6
60 70 80 90 100 110
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,02 mm
arco faces de
medição
tambor
1a leitura 3a leitura
2a leitura
Exemplos de leitura
a)
20
0 5 15
10
5
Você sabia?
20 O paquímetro e o micrô-
metro, instrumentos bas-
0 5 – escala dos15milímetros) = 8,00 mm
1a leitura (bainha tante usados na indústria
15
metalúrgica, também são
2 leitura (bainha 35= 0,50 mm
5– escala
10 dos
15 meios
10 20 milímetros)
a
0 muito úteis para medir a
espessura de revestimen-
30
3a leitura (tambor) = 0,10 mm5 tos na construção civil.
25
Leitura final = 8,60 mm
20
b) 15
35
0 5 10 15 20
30
25
20
Você sabia?
O micrômetro foi inven-
tado, em 1848, pelo fran-
1a leitura (bainha – escala dos milímetros) = 23,00 mm cês Jean-Louis Palmer.
Com o decorrer do tem-
2a leitura (bainha – escala dos meios milímetros) = 0,00 mm po, ele foi aperfeiçoado
e possibilitou medições
mais rigorosas e exatas
3a leitura (tambor) = 0,28 mm do que aquelas obtidas
pelo paquímetro.
Leitura final = 23,28 mm
25
20
Atividade 3
E xercite a leitura com um M icrômetro no
sistema métrico de resolução de 0,01 mm
20
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas a seguir e anote os
resultados ao lado dos desenhos. 15
0 5
Compare os números que obteve com os do seu colega ao lado. Se vocês chegaram
10 a razão dessas diferenças.
a resultados diferentes, procurem discutir
Em seguida, o monitor discutirá com a classe o trabalho realizado.
5
a)
45
40
0
35
30
25
b)
20
0 5 10 15 20 15
10
5
5
0 5 10 15 0
24
45
A rco O cupacio nal M e ta l u r g i a So ld a do r 2
10
5 10
5
5
c)
5
5
0 5 10 15 05
0 5 10 15 0
0 5 10 15 0
45
45
4045
40
40
d)
20
20
0 5 1520
0 5 15
0 5 15
10
10
5 10
5
5
e) 0
0
0
0 450
45
0
4045
40
35
40
35
35
4a leitura 3a leitura
2a leitura
1a leitura
Exemplos de leitura:
a) b)
50 50 0 0
15 15
0 0
8 8 8 8
6 6
6
4
6
4 45 45 4 4 5 5
2 2 2 2
40 40 0 0
0 05 5 0 0
35 35 45 45
Atividade 4
0
5
E xercite a leitura com um M icrômetro
0 5 10 no
0
sistema métrico de resolução de 0,001 mm
15
Seguindo cada um dos passos já explicados, leia as medidas
8
6
a seguir
10 e anote os
0
4
resultados abaixo dos desenhos. 2
0
5
Compare os números que obteve com os do seu colega ao0 lado. Se vocês
5 10
0
chegaram
a resultados diferentes, procurem
15
discutir a razão dessas diferenças. 20
0 0
8 8
Em seguida,64 o monitor discutirá
10 com a classe o trabalho642 realizado. 15
2 0
0
5 10
a) 0 5 10
b) 25 30 35
0 5
15 20
0 0
8 8
6
4
10 6
4 15
2 2
0 0
5 10
0 5 10 25 30 35
0 5
20 5
0 0
8 8
6
4 15
6
4 0
2 2
0 0
10 45
25 30 35 0 10
5
5 40
20 5
0 0
8 8
6
4 15 6
4 0
2 2
c) 0
10
d) 0
45
25 30 35 0 10
5
5 40
5 25
0 0
8 8
6
4 0 6
4 20
2 2
0 0
45 15
0 10
5 25 5 1
10
40 10
5 25
0 0
8 8
6
4 0 6
4 20
2 2
0 0
45 15
0 10
5 25 5 1
10
40 10
25
0
8
6
4 20
2
0
15 Soldador 2 A rco O c u pac i on a l M e ta l u r g i a 27
25 5 1
10
10
Transferidor
As medidas angulares são feitas com a ajuda desse instrumento. Por isso, antes de
tudo, é importante entender como é medido um ângulo.
Você provavelmente se lembra do transferidor, que fez parte do seu material escolar.
Ele é composto, basicamente, por uma escala circular dividida e marcada em ângulos
espaçados regularmente, tal qual uma régua.
O transferidor pode ser usado nas aulas de Matemática, Engenharia, Topografia ou
em qualquer outra atividade que exija a medição precisa de ângulos.
ivan carneiro
escala graduada
articulação corpo
lâmina
esquadro
1a leitura
disco vernier (nônio)
2a leitura
articulador
2e0ntido de leit3u0ra
S 40
10
20 30
10 40
15 0 15
30 30 45
45
60
15 0 15
30 30 45
45
60
1a leitura (escala superior) = 24o
2a leitura (escala inferior) = 10’
Resultado final = 24o 10’
Sentido de leitura
b)
50 60
40 Sentido de leitura
70
30
50 60
40
15 15 70
30 0 30 45
45 30
60
15 15
0 30 45
45 30
60
Com base no que você aprendeu, faça a leitura nos goniômetros a seguir. O zero
corresponde à medida em grau e o traço mais escuro corresponde ao complemento
do ângulo em minutos.
10 0 10
a) 0 20
2
10 0 10
20 20
30
10 00 3100
60 6200
20 0
30 30
60 60
30 0 30
60 60
b)
0 10 20
10 30
0 10 20
10 30
03
0 100 2300
60 6300
10 0
30 30
60 60
30 0 30
60 60
c)
10 0 10
20 20
10 0 10
20 20
30
10 00 3100
60 620
20 0
30 0 30
60 60
30 0 30
60 60
e)
20 10 0
30 10
20 10 0
30 10
30 0 30
60 60
30 0 30
60 60
Gabarito de solda
O soldador ainda conta com um ins-
ivan carneiro
3 0 20 10
4trumento
0 específico. O gabarito
20
0 de
3 0 1 0
solda, também chamado de calibre
40 0
de solda, 0é utilizado
0 para
30 verificar a
3
forma
6 0 e a dimensão 6
da solda. 0
30 0 30
6 0 60
O calibre é como se fosse um pa-
químetro que já vem com abertura
determinada, ou seja, com a medida
da abertura fixa. No começo de sua
carreira como soldador, você vai uti-
lizar muito esse instrumento por ele
ser mais 10 0
20 fácil de manusear. Gabarito de solda: o instrumento do soldador.
30 10 10
20 0
30 10
15 0 15
45 30 30 45
15 0 15 60
45 30 30 45
60
Você sabia?
Além da energia elétri-
ca, a soldagem por fusão
pode utilizar outra fonte
de calor: o gás. É o caso
do processo de soldagem
chamado de oxiacetilênica.
Na soldagem com eletrodo revestido, as partes são unidas por meio de aplicação de calor.
Descrição do processo
Para explicar o processo de soldagem com eletrodo reves-
tido nesta unidade, dividiremos o tema em cinco partes:
1. máquina;
2. matéria-prima;
3. método;
4. parâmetros de soldagem; e
5. o soldador.
Cada uma delas apresentará dados e conceitos que irão
ajudá-lo a compreender e, posteriormente, realizar uma
soldagem com sucesso! Por isso, o dia a dia do soldador
ficará por último. Antes de aprender como realizar uma
soldagem com eletrodo revestido é necessário entender
por que utilizamos determinadas máquinas, matérias-
-primas, métodos e parâmetros de soldagem nesse pro-
cesso. Afinal, antes de partir para a prática é sempre bom
ficar de olho na teoria.
• o retificador; e
ivan carneiro
Volodymyr Krasyuk/Shutterstock
transformador
retificador
gerador
DICA
É muito importante saber qual Essas fontes de energia podem gerar dois tipos de correntes:
tipo de corrente será utilizada em
cada soldagem que você executar.
A diferença entre as correntes • a corrente contínua (CC); e
influenciam (e muito!) a
soldagem. Por isso, na hora de
escolher a corrente, é preciso • a corrente alternada (CA).
pensar no tipo de material a ser
soldado e nas características
específicas da operação. A diferença entre elas é o sentido do fluxo de elétrons.
Elétron
Próton Nêutron
Peça Peça
Corrente Contínua: elétrons seguem sentido único. Corrente Alternada: elétrons seguem dois sentidos.
A corrente contínua perde força quando percorre grandes distâncias. Isso já não
acontece com a corrente alternada. A energia que chega às nossas casas, por exemplo,
é de corrente alternada.
Para os processos de soldagem é necessária uma corrente elétrica de alta intensidade
e de baixa voltagem.
Por isso, contamos com a ajuda de equipamentos que, para serem fontes de energia
– ou seja, para produzirem a fonte de calor necessária ao processo de soldagem –,
transformam, retificam e geram o tipo de energia adequada para cada situação.
Existem, como você já observou, três tipos de equipamentos que fazem isso.
Transformador
É o equipamento que, como o próprio nome indica, transforma a energia que recebe
da rede elétrica, de alta tensão, em uma energia de baixa tensão. Ao mesmo tempo,
ele transforma a corrente de baixa intensidade para uma de alta intensidade.
Transformador
energia de ALTA TENSÃO energia de BAIXA TENSÃO
corrente de BAIXA INTENSIDADE corrente de ALTA INTENSIDADE
Retificador
Corrente Alternada (CA) Corrente Contínua (CC)
Gerador
Como o próprio nome indica, o gerador é uma máqui-
na rotativa capaz de gerar energia. Com um motor que
tanto pode ser alimentado por eletricidade, quanto por
combustão, ele produz corrente elétrica contínua (CC).
Assim como o retificador, por produzir corrente elétrica
contínua (CC), o gerador é capaz de utilizar qualquer
tipo de eletrodo.
CA
Penetração e taxa
Penetração e taxade fusãointermediárias
de fusão intermediárias
CC-
Menor penetração/Maior
Menor taxa
penetração/maior taxa de de fusão
fusão
CC+
Maior penetração/Menor
Maior taxa
penetração/menor taxa de de fusão
fusão
Fonte
CA ou CC
Cabo do eletrodo
Porta-elettrodos
Porta-eletrodos
Eletrodo
o
Cabo terra
Peça
Cabo do Eletrodo
Conduz a corrente elétrica do equipamento ao porta-eletrodo.
ivan carneiro
DICA
CUIDADO!
Para não provocar resistência
ao fluxo de energia e queda
de tensão, o comprimento do
cabo deve ser proporcional ao
seu diâmetro.
Eletrodo Revestido
Revestimento
Elétrica:
• Facilita a passagem de corrente elétrica entre o
eletrodo e a peça metálica.
• Proporciona um arco elétrico mais estável.
Desoxidante é um produto
especialmente formulado pa-
Metalúrgica: ra eliminar as partes oxidadas
de qualquer superfície.
• Adiciona elementos de liga que permitem a repo-
sição dos elementos queimados do metal base.
• Adiciona desoxidantes que diminuem as im-
purezas.
Física:
• Direciona o metal fundido para a poça de fusão.
• Forma uma escória protetora, assegurando o re- Alguns elementos não con-
tardamento do resfriamento do cordão de solda. seguem se dissolver no
metal fundido. A escória é,
• Melhora as propriedades mecânicas da região justamente, a união desses
elementos que ficam sobre
soldada. a solda. Se não removida,
ela pode provocar um tipo
• Forma gases, durante a fusão (soldagem), que de defeito na junta soldada
promovem uma atmosfera protetora e impedem chamado de inclusão.
Rutílico
O revestimento rutílico é utilizado em trabalhos que não exigem grande esforço como
chapas finas e médias, serralheria, peças de pequeno porte e peças para enchimento.
É um tipo de revestimento que:
• Possui média penetração.
• Forma uma escória viscosa que se solidifica e pode ser facilmente destacada.
• Torna mais fácil o processo de soldagem.
Básico
O revestimento básico é utilizado para soldar aços comuns, aços baixa liga, aços com
alto teor de enxofre e ferros fundidos que não necessitem de usinagem posterior.
Esse revestimento:
• Possui média penetração.
• Oferece formação de escória fluida, que é facilmente destacável.
• É indicado para aços que são difíceis de soldar.
• Apresenta custo elevado.
Identificação do Eletrodo
Não existe apenas um tipo de eletrodo e são várias as nor-
mas técnicas que nos ajudam a identificá-los. As mais uti-
lizadas, mesmo no Brasil, são as normas norte-americanas:
• ASME – American Society for Mechanical Engineers
(Sociedade Norte-americana de Engenheiros Mecânicos);
• API – American Petroleum Institute (Instituto Ame-
ricano do Petróleo);
• AWS – American Welding Society (Sociedade Ameri-
cana de Soldagem);
• ASTM – American Society for Testing and Materials
(Sociedade Americana para Testes e Materiais);
• AISI – American Iron and Steel Institute (Instituto
Americano do Ferro e do Aço);
• ANSI – American National Standards Institute (Ins-
tituto Americano de Padrões Nacionais);
• ISO – International Organization for Standardization
(Organização Internacional para Padronização).
Processo Eletrodo
Posição de Soldagem
Exemplos de Leitura
Acompanhe, nos exemplos abaixo, como é realizada a
leitura do código:
E 7018
E = Processo Eletrodo Revestido
70 = Resistência à tração de 70 Ksi ou 70.000 Psi
DICA
1 = Possibilidade de soldar em todas as posições Na unidade 4, você aprendeu um
pouco mais sobre a metrologia.
8 = Tipo de corrente CA/CC+ Também descobriu que existem
vários sistemas de medidas.
Entre eles, o métrico e o inglês.
Penetração Média As unidades Ksi e Psi são
unidades do sistema inglês,
utilizadas para expressar a
Revestimento básico (baixo hidrogênio), pó de ferro grandeza física da pressão.
As posições da soldagem
Você reparou que uma das características indicadas no código que está na ponta
de pega diz respeito às posições da soldagem? Ela corresponde ao terceiro número:
E 7018
Posição de Soldagem
45º
O eixo da soldaHorizontal de
é horizontal, mas a sua facetopo
é inclinada.
Eixo da solda
na vertical
• sobre a cabeça.
O processo de soldagem com eletrodo revestido é a melhor opção na hora de soldar grandes estruturas.
Data Nome
Des.
5 Assinatura
do chefe (FIRMA) 4
Cop.
responsável
Visto
Escala Em substituição de:
3 (TÍTULO) 1 Substituído por:
(NÚMERO) 2
A elaboração do desenho
A responsabilidade pela elaboração do desenho não é do soldador. Mas, como você
terá que lê-lo e interpretá-lo em sua rotina de trabalho, nada melhor do que saber
como ele é produzido.
O processo de elaboração do desenho técnico mecânico está passando por uma
transição. Nas diversas áreas ocupacionais, cresce o número de usuários de uma
nova ferramenta de trabalho representada pelo CAD – Computer Aided Design – que
significa “Desenho Auxiliado por Computador”. O sistema, para quem sabe utilizar
o seu software, apresenta agilidade e praticidade na elaboração de desenhos além de
dispor de recursos de imagem, cores e posição que facilitam a visualização.
Já o processo tradicional de elaboração do desenho conta com a utilização de ins-
trumentos como a prancheta, a régua e os esquadros.
A prancheta é composta de uma régua que, além de fixar a folha de papel, serve como
elemento de referência para o posicionamento da borda vertical da folha.
Os esquadros são usados para traçar as linhas verticais e horizontais que formam
o desenho.
O processo tradicional de elaboração do desenho conta com a utilização de instrumentos como a régua e os esquadros.
Linha fina
Linha média
Linha grossa
60o
Linha contínua fina Linha contínua
13
Linha de chamada
Linha de cota 1,0
A simbologia da soldagem
Quem determina a geometria da solda é o projetista. O soldador apenas executa.
Logicamente, com o tempo, o bom e experiente soldador vai conseguir opinar sobre
o assunto. Mas nunca se esquecerá de seguir “a receita” que lhe for passada.
A sua relação, como soldador, com o projetista pode ser comparada à relação do
alfaiate com o estilista. O estilista, ao desenhar a roupa, espera que o alfaiate, ao
confeccioná-la, não deixe a costura aparecer. Mas, para isso, no próprio desenho,
deixa demarcados os cuidados que o alfaiate deve ter com o acabamento.
A sua futura ocupação é muito distante da alfaiataria, mas os cuidados a serem
tomados são semelhantes. O soldador terá que ler e interpretar os símbolos que
indicam o tipo de solda para conseguir atender aos pedidos do projetista. Por isso,
é necessária uma simbologia que indique a geometria de solda para cada aplicação.
As figuras a seguir representam, do lado esquerdo, os símbolos que indicam o tipo
de solda exigido e, do lado direito, o resultado a que se deseja chegar. Na sua rotina de
soldador, você usará as informações da coluna da esquerda.
Solda de filete
mesmo lado
Solda de filete
lado oposto
Solda de filete
ambos os lados
Chanfro em V
mesmo lado
Chanfro em V,
duplo V ou X
Solda de filete
mesmo lado
Solda de filete
lado oposto
Solda de filete
ambos os lados
Recortar as partes das peças que serão unidas é a primeira etapa da soldagem.
Junta
Depois de ter visto o que é o chanfro, fica fácil entender o que é a junta. A junta é a
região que fica entre as peças que serão unidas. Assim como o chanfro, a junta pode
assumir diversos formatos. E ela é classificada com base na sua forma.
Vamos ver, a seguir, uma série de possíveis tipos de juntas.
Em que:
e = espessura da chapa
a = abertura da raiz
a
e ≤ 1/8” < 3 mm
1/8” < e ≤ 1/4” ≤ 3 mm
a
b
Em que:
e = espessura da chapa
a = abertura da raiz
b = altura da face da raiz
α = ângulo do chanfro
a b α
1/4” ≤ e ≥ 3/8” ≤ 3 mm ≤ 3 mm 60o
3/8” ≤ e ≥ 1” ≤ 3 mm ≤ 3 mm 60o
α
5/8” ≤ e ≥ 2” 60o
Junta sobreposta
• Não precisa ser preparada.
• A distância de sobreposição depende da espessura da chapa (chapa de 10 mm e
de 40 a 70 mm).
Em que:
x = varia em função da espessura da chapa
Junta de ângulo em T
• Não precisa ser preparada.
Em que:
e = espessura da chapa
a = abertura da raiz
b = altura da face da raiz
α = ângulo do chanfro
a b α
e ≥ 3/8” 2 a 4 mm 2 a 4 mm 45o
e ≥ 5/8” 2 a 4 mm 2 a 4 mm 45o
4. Parâmetros de Soldagem
O termo parâmetro de soldagem está relacionado às características necessárias para a
execução de uma junta soldada que tenha o tamanho, a forma e a qualidade desejados.
Na soldagem manual com eletrodos revestidos, a escolha correta dos parâmetros de
soldagem é essencial para se conseguir uma junta soldada de qualidade.
A seleção dos parâmetros de soldagem deve levar em consideração:
1. tensão;
2. corrente;
3. velocidade; e
4. penetração.
1. Tensão
A tensão a ser utilizada está relacionada ao tipo de revestimento do eletrodo. O com-
primento do arco elétrico deve ser aproximadamente igual ao diâmetro do eletrodo,
pois um arco muito longo provoca respingos e uma baixa taxa de deposição.
Cátodo (−)
Avanço do eletrodo
Eletrodo metálico
Poça de fusão
Profundidade
da fusão
Exemplo prático:
Para realizar determinada soldagem, o soldador vai utilizar
um eletrodo de ø 4 mm, ou seja, diâmetro de 4 mm, então:
40 x 4 = 160 A
DICA
Saber a regra prática é essencial.
No entanto, é muito importante
Parâmetros de tensão e corrente de soldagem
seguir as recomendações dos
fabricantes Ø Eletrodo (mm) Tensão (V) Corrente (A)
1,5 20 30 a 50
2,0 22 50 a 80
2,5 23 50 a 110
3,25 24 80 a 180
4,0 26 110 a 230
5,0 28 120 a 280
6,0 30 210 a 390
8,0 36 300 a 500
Você sabia?
A corrente é medida em
ampere, símbolo A; a Como você pode notar, a corrente aumenta muito quando
tensão é medida em volt, aumentamos o diâmetro do eletrodo. Somente o soldador
símbolo V.
será capaz de determinar o melhor valor de corrente.
4. Penetração da Solda
A penetração da solda está relacionada a todos os outros
parâmetros. Mas o que mais a influencia é a intensidade
da corrente.
Complete as lacunas.
a) As três fontes de energia capazes de produzir o calor necessário ao processo de
soldagem são: , e
. Essas fontes de energia podem gerar dois tipos de
correntes: e .
b) O eletrodo revestido é formado por três elementos: ,
e .
c) A seleção dos parâmetros de soldagem deve levar em consideração
, , ,
e .
Atividade 2
E letrodo revestido
Função Elétrica:
Função Metalúrgica:
Atividade 3
Posições de soldagem
O tamanho da peça que será soldada influencia na escolha da posição? Por quê?
Nesta unidade você aprendeu que é na ponta da peça do eletrodo que encontramos
a sua identificação e podemos, por fim, descobrir as suas características (tipo de
corrente, tipo de revestimento, posição de soldagem, composição química do metal
depositado e propriedades mecânicas do metal depositado). O número da quarta
casa do código informa a posição de soldagem que deve ser utilizada no processo.
Indique, em cada exemplo, qual posição de soldagem deve ser adotada:
E 7018
E 7028
E 7038
E 7048
A soldagem com eletrodo revestido é um processo de união de metais que utiliza uma
fonte de aquecimento produzida por um arco elétrico entre um eletrodo revestido
e o metal base.
Metal de adição
Metal base
O metal base não pode ser escolhido. O metal de adição sim, e isso deve acontecer
com o maior cuidado!
O metal de adição e o metal base devem possuir uma correspondência, uma afini-
dade, para que respeitem as propriedades mecânicas e metalúrgicas exigidas pela
junta soldada. Por essa mesma razão, o eletrodo revestido é composto do mesmo
material da peça que será soldada.
ivan carneiro
ivan carneiro
A sequência da soldagem
DICA
Na próxima unidade, veremos os
EPIs necessários para a
soldagem.
Antes de conhecer as três etapas básicas que
formam a sequência da soldagem, é preciso
conhecer uma outra etapa que faz parte do
passo a passo de qualquer processo: a análise
de risco. O soldador, portanto, deve sempre:
• Realizar uma análise de todos os riscos que
envolvem a execução da atividade.
•C
riar condições que eliminem esses riscos,
tais como: preparação do local, verificação
dos equipamentos de proteção coletivo
(EPCs ), reconhecimento das rotas de fuga,
verificação das condições dos equipamentos
(máquina de solda, cabos, porta-eletrodo).
•U
tilizar os EPIs adequados: máscara, luvas
perneira e jaleco de couro.
Para preencher o chanfro até a superfície, o soldador deverá “consumir” vários eletrodos. Cada camada indicada no desenho representa um
eletrodo consumido.
Na imagem, é possível perceber que o eletrodo revestido já foi, praticamente, consumido por inteiro.
Arco elétrico
Margem
Face
Reforço
Passe
Raiz
Cobre junta
ivan carneiro
Arco Arco
acesso acesso
(a) (b)
Técnicas para a abertura do arco
Técnicas para a abertura do arco
Talhadeira
Unha
O último passo
Ao final do trabalho, feita a junta soldada, você ainda terá
que verificar um último item: os defeitos. O defeito é uma
descontinuidade que apresenta um nível de imperfeição
prejudicial à utilização da junta soldada. Ou seja, uma
solda que não pode ser aceita e, portanto, tem que ser
removida (reparada). Ao encontrar um defeito, o soldador
deverá refazer a solda.
Fique tranquilo: apesar de o soldador estar sempre pre-
parado para evitar os defeitos, eles acontecem.
Os defeitos e as dificuldades mais característicos da sol-
dagem com eletrodos revestidos são:
Falta de penetração
Principais defeitos Causas prováveis Dicas de soluções
Falta de penetração
Falta de penetração •V
elocidade alta de soldagem •D
iminuir a velocidade
•B
aixa intensidade de corrente •A
umentar a intensidade de
•D
iâmetro do eletrodo corrente
Falta de penetração
inadequado •A
dequar o diâmetro (Ø) do
• Preparação inadequada da junta eletrodo à espessura da peça
•A
dequar a junta, corrigir o
Falta de penetração
Falta de fusão
Falta de penetração
ângulo do chanfro
Trincas Mordedura
• Eletrodos úmidos •R
essecar os eletrodos
• Sujeira na superfície da solda •L
impar a superfície das peças
• Arco muito longo •E
ncurtar o arco
Mordedura • Diâmetro (Ø) do eletrodo muito •U
tilizar o maior diâmetro (Ø)
pequeno possível de eletrodo
• Resfriamento muito rápido da •C
ontrolar o resfriamento
Mordedura
Trincas
solda
Inclusão de escória
Trincas • Remoção inadequada da escória •R
emover toda escória entre
entre as trocas de eletrodo ou trocas de eletrodo e entre os
Trincas entre um cordão e outro cordões de solda
Inclusão de escoria • Diâmetro (Ø) do eletrodo muito • Utilizar eletrodo com
Trincas grande diâmetros adequados ao
• Velocidade alta de soldagem ângulo de chanfro
Inclusão de escoria • Baixa intensidade de corrente •D
iminuir a velocidade de
Trincas soldagem
• Preparação inadequada da junta
Inclusão de escoria •A
justar ângulo de chanfro
Inclusão de escoria
Trincas
Complete as lacunas:
Atividade 5
Solda de filete
A simbologia
mesmo lado da soldagem
Solda de filete
lado oposto
No dia a dia do soldador existe uma atividade muito importante: ler e interpretar
os símbolos para conseguir atender aos pedidos do projetista. Por isso, é necessário
Solda de filete
saber ler a simbologia que indicalado
a geometria
oposto de solda para cada aplicação. Será que
Solda de filete
você já está pronto para essa tarefa? Abaixo estão dispostas algumas simbologias. ambos os lados
Indique qual é o tipo de solda exigido para cada uma.
Chanfro em V
mesmo lado
Solda de filete
lado oposto
Solda de filete
lado oposto
Chanfro em V
mesmo lado
Chanfro em V,
duplo V ou X
c) d) Solda de filete
ambos os lados
Solda de filete
ambos os lados
Chanfro em V,
duplo V ou X
Solda de filete
mesmo lado
Chanfro em V
Solda de filete
Soldador 2 A rco O c u pac i on a l M e ta l u r g i a 85 mesmo lado
mesmo lado
Chanfro em V Solda de filete
mesmo lado lado oposto
Atividade 6
O passo a passo da soldagem
Descreva, com suas palavras, o passo a passo da fabricação de uma peça soldada pelo
processo de soldagem com eletrodo revestido.
Aproveite para verificar os aspectos desse processo que não ficaram claros e tire as
suas dúvidas com o monitor.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
1 Proibido fumar
Fonte: ABNT NBR 13434-2: 2004. Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico.
5 Alerta geral
Fonte: ABNT NBR 13434-2: 2004. Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico.
12
13 Saída de emergência
14
15 Saída de emergência
16 Escada de emergência
Fonte: ABNT NBR 13434-2: 2004. Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico.
Telefone ou interfone de
22
emergência
23 Extintor de incêndio
24 Mangotinho
26
H Hidrante de incêndio
Fonte: ABNT NBR 13434-2: 2004. Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico.
Soldador 2 H
A rco O c u pac i on a l M e ta l u r g i a 93
Cuidados específicos
Cada processo metalúrgico utiliza máquinas e métodos específicos. O mesmo ocorre
com o processo de soldagem. Por isso, o profissional deve estar atento aos procedi-
mentos de segurança que se relacionam diretamente ao trabalho que exerce. No caso
do soldador, há dois cuidados essenciais:
• O local de trabalho, além de sempre estar organizado e limpo, não deve conter
materiais líquidos ou materiais inflamáveis.
ivan carneiro
DICA
Desligar os equipamentos após a
utilização é uma ação de
segurança.
Chave geral
com tranca A
NoVIS
m nm O:
noon nnon
n nonooo
n om no
noon mnno
n non on
noom n no
n m no
on
Etiqueta
Plugue para de aviso
desligamento
rápido
mangote
luva
avental
máscara
de solda
perneira
sapato ou botina
Para nos proteger dos raios solares, usamos filtro solar. Para se proteger dos raios
ultravioletas e infravermelhos emitidos pelo arco elétrico, o soldador usa vestimentas
de raspa de couro. Esses raios queimam a pele, assim como os raios solares, mas
com maior intensidade e rapidez.
Postura errada
Postura errada. Postura correta. Postura correta
Atividade 1
A nálise de risco da Tarefa
Uma vez realizada a análise de risco relacionada à atividade do item anterior, especi-
fique os Equipamentos de Proteção Individual que devem ser usados neste trabalho.
Alamy/Other Images
les que fabricavam e testavam os pro-
dutos fabricados com metal. Agora,
para garantir a qualidade, era neces-
sário especializar-se na verificação da
existência de defeitos no produto.
Ou seja, o que era uma das etapas,
entre tantas pelas quais o artesão pas-
sava, tornou-se, a partir da Revolução
Industrial, incumbência de um profis-
sional especialista.
A produtividade
Produtividade é um conceito que in-
teressa aos empresários – aqueles que
detêm e controlam os meios de pro-
dução e lucram com o capitalismo.
Isso porque significa a associação de
três coisas:
• aumento da produção de bens ou
produtos elaborados;
• manutenção ou melhoria dos níveis
de qualidade; e Artesão medieval: responsável pelo controle de qualidade.
Atividade 1
Imagine a seguinte situação: a área que solicitou a soldagem das peças para a fabricação
do equipamento mecânico reclamou do prazo longo para o fornecimento do produto
(três dias). Dessa reclamação, surgem várias perguntas: será que ela tem razão? Esse
prazo está muito longo? É possível diminuí-lo? Como?
Reúna os colegas de sala e faça uma discussão do problema para identificar o maior
número de causas possíveis que possam estar contribuindo para gerar o “prazo longo”
no fornecimento do produto.
100.000
80.000 73.231
60.000 53.207
40.000 33.358
20.000 8.324
1.571 1.572
0
−1.042
−20.000
−18.130
−40.000
Extrativa Indústria de Serviços industriais Construção Administração
Comércio Serviços Agropecuária
mineral transformação de utilidade pública civil pública
Salário
A remuneração é uma das principais preocupações no mo-
mento de definir o tipo de ocupação ou emprego que bus-
camos. Uma das primeiras perguntas que nos fazemos é:
“Qual vai ser o meu salário?” Considere essa informação
no momento de decidir se o emprego lhe interessa ou não.
Leia os depoimentos a seguir e discuta com seus colegas e com o monitor como
alguns soldadores ingressaram no mercado de trabalho.
Soldadora
miração
Soldador Autônomo
Atividade 2
H istória de vida
Das frases citadas na atividade anterior, procure destacar aquilo que você faz bem.
Tais informações poderão fazer parte do seu currículo.
Boa sorte!
Sites
American Society for Quality. Disponível em: <www.asq.org>. Acesso em: 3 abr. 2011.
Banas Qualidade. Definindo a qualidade. Disponível em: <http://www.banas-
qualidade.com.br/qualidade.asp>. Acesso em: 3 abr. 2011.
Cartilha da Qualidade e Produtividade. Disponível em: <http://www.multidata.
com.br/qualidade/Cartilha%20da%20Qualidade%20e%20Produtividade.pdf>.
Acesso em: 3 abr. 2011.
O Estado de S. Paulo. “IBGE: emprego industrial cresce em 13 de 14 regiões”. Disponível
em: <http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,ibge-emprego-industrial-
-cresce-em-13-de-14-regioes,62033,0.htm>. Acesso em: 8 abr. 2011.
Lincoln Electric Holdings, Inc. Arc Welding Safety Brochure. Disponível em:
<http://www.lincolnelectric.com/en-us/education-center/Documents/mc1145.pdf>.
Acesso em: 3 abr. 2011.
Pascoali, S. Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina: Curso
Técnico em Eletroeletrônica. Disponível em: <http://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/
images/2/2c/Aru_suzy_apostila_soldagem.pdf_____p.3>. Acesso em: 3 abr. 2011.
UFMG. Técnica Operatória da Soldagem SMAW. Disponível em: <www.demet.
ufmg.br/grad/disciplinas/emt019/pratica_smaw.pdf>. Acesso em: 26 out. 2011.
Metrologia
A soldagem com eletrodo revestido
Segurança e prevenção de acidentes
Qualidade e produtividade
Ingresso no mercado de trabalho
www.viarapida.sp.gov.br