Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
MAGALI LARA
ICE WRITING
silica of the lungs | half-breed of ground and sea | color of a coma
short long | long short short short | long short long short
wave crest fracture semaphore shell
weight of sapphire | breath below sea level | cargo of division into parts
lifespan of the harbormaster | daughters owing to Ice | leagues under Patagonia
somewhere over the edge | anywhere but here | nowhere near completion
R o b e r t o Te j a d a
10
E L R E L AT O D E L O S G L A C I A R E S
Magali Lara
Mi identificación con un árbol podado fue lo que me llevó a considerar las formas de la naturaleza
como un posible vocabulario.
N a c í e n l a c i u d a d d e M é x i c o , p e r o m i s p a d r e s v i n i e r o n d e Yu c a t á n . V i v í a m o s e n u n a c o l o n i a a p a r t a d a
del centro de creación reciente y con vecinos yucatecos. La mirada de mis padres siempre estaba
puesta en Mérida y nuestra relación con la ciudad de México era ciega. Pude verla al fin, a través de
mi búsqueda de identidad como adolescente y después como participante de los grupos de artistas
en los setentas.
El paisaje era urbano, no había ningún interés por las montañas o las plantas. A los veinticinco años
decidí volver a pintar y llegué a las flores por dos razones: la primera es que tanto mi madre como
mi abuela las pintaban, era una actividad que hacían juntas y yo quería incluirme en esa cadena de
pertenencia; la segunda es que mi nombre, que me puso mi padre para disgusto de mi madre, es
Margarita Rosa.
11
Eco, otra vez Fragmentos
G o u a c h e s o b r e p a p e l | 16 . 5 x 27 c m | 2 0 0 7 G o u a c h e s o b r e p a p e l | 16 . 5 x 27 c m | 2 0 0 7
Con las flores vino un descubrimiento; gracias a un libro de fotos que me regaló mi mamá de Irving
Penn: ahí estaba puesto el drama de la vida y la muerte, de la belleza en su esplendor y su decadencia.
Ya h a b í a l e í d o a a u t o r e s j a p o n e s e s y s a b í a q u e p a r a e l l o s e l I k e b a n a e s u n a r e p r e s e n t a c i ó n d e l c o s m o s .
Es el cielo, la tierra, el hombre junto con los ciclos vitales lo que constituye el arreglo floral, pero no fue
sino hasta la experiencia de mi viudez que descubrí que el paisaje nos habla desde un lugar sentimental.
12
13
La identificación con las flores viene de la relación que visualmente se ha establecido entre la mujer
y la naturaleza. La Historia del arte, en las figuras de Georgia O´Keefe y Frida Kahlo, me dieron la
pauta para reelaborar la relación que tanto mi madre como mi abuela habían hecho del tema. Si la
visión feminista me dio un recurso para reformular mi trabajo y su relación con el cuerpo sin des-
cribirlo, tanto Mondrian como Beuys me mostraron que no podemos ser literales si queremos que la
imagen no pierda su vitalidad.
He comprobado que formas simples establecen relaciones simbólicas complejas. No sólo escojo el
tema sino la manera, la estrategia de abordarlo. La abstracción y la figuración son extremos de un
recurso técnico para lograr diferentes tipos de representación de un paisaje emocional, no descriptivo.
Mientras duró el viaje a los glaciares argentinos hice muchos dibujos a lápiz y con gouache azul. Para
mí el dibujo y la escritura son semejantes, hermanos gemelos. Es posible que el dibujo contenga un
relato de la misma manera que una frase dice en lo no dicho. Así que junté ese material con la sen-
sación de tristeza que me provocaba el paisaje y la conciencia de su muerte.
E n 1985 m u r i ó m i h e r m a n o R o l a n d o e n u n a c c i d e n t e d e t r á n s i t o . N o i b a s o l o , e s t a b a c o n s u m u j e r y
un colaborador extranjero. Unos conocidos que manejaban detrás nos contaron cómo pasó. No hubo
sobrevivientes. Esta situación tan abrupta y dolorosa coincide con el temblor de la ciudad de México
d e l 19 d e s e p t i e m b r e .
Yo v i v í a e n u n o s c o n d o m i n i o s c e r c a d e l a U N A M . E l d í a v e i n t e h u b o u n a r é p l i c a c o m o a l a s c i n c o
d e l a t a r d e . To d a s l a s m a d r e s g r i t a r o n a l m i s m o t i e m p o l l a m a n d o a s u s h i j o s . E l g r i t o m e d o b l ó l a s
r o d i l l a s d e m i e d o y m e p u s e a e m p a c a r p a r a i r m e , p e r o n o p o d í a d e c i d i r q u é l l e v a r. A l f i n a l p u s e
cosas tan inútiles en la maleta como quizá lo que recuerdan las personas con alzheimer sobre su
14
Astillas de un suceso remoto (3) Astillas de un suceso remoto (5)
L á p i z s o b r e p a p e l | 15 x 21 c m | 2 0 0 6 L á p i z s o b r e p a p e l | 15 x 21 c m | 2 0 0 6
identidad. Mi mamá, que tuvo esa enfermedad, recordaba pintarse la boca, pero a veces también era ca-
paz de morder el tubo de labios. Cada vez que veía a un niño se emocionaba. Jamás olvidó que tuvo hijos.
Mi padre murió hace cinco años y mi hermano Juan José un año después, casi en la misma fecha.
E s t a ú l t i m a m u e r t e c a u s ó m á s e s t r a g o s d e l o q u e s e p o d r í a e s p e r a r, a u n q u e l a h i s t o r i a d e r i v a l i d a d
de mis hermanos mayores era legendaria.
15
16
17
E s c u c h a r e l s o n i d o d e l g l a c i a r, e l d e r r u m b e , e s e h u e c o q u e s e o y e , f u e v o l v e r a e s c u c h a r e l d e r r u m b e
familiar que hace ya muchos años había sido incapaz de poner en claro en mi cabeza y en mi mente.
Como en los fragmentos que vi vagar en el lago, hay belleza dentro de esta pérdida: puedo atrave-
sar mi infancia de nuevo, de la mano de lo mejor de mis padres, sin deudas pendientes. Cada quien
decidió sus límites y veo alejarse a buena parte de mis hermanos que fueron parte de mí y que sé
v o y a e x t r a ñ a r.
Como en la muerte de mi primer esposo, murió una parte de mí. Como con el árbol podado, hubo un
cambio en mi relación conmigo y con el mundo.
¿ N o e s l o q u e a p r e n d e s c u i d a n d o e l j a r d í n , e n l a a g r i c u l t u r a ? H a y q u e p o d a r p a r a s a l v a r.
No hay nada más viejo que el sentido de pertenencia.
La historia del paisaje es también la historia de la relación de diferentes elementos que se constitu-
yen como un todo.
Hacer con esto una animación es llevar ese relato tan personal y cargado a una metáfora de
18
19
20
contemplación. No quiero juicios, sino poder presenciar y sentir la belleza y la dificultad de los cam-
bios. Y no los hay sin pérdida.
Quiero trazar un puente con este trabajo entre dos estrategias dentro del arte contemporáneo: desde
lo contemplativo, que requiere una cierta lentitud, una emocionalidad abierta aunque contenga una
estructura conceptual que permita ensamblar diferentes elementos; y la relacion que, a través del
recorrido, de los textos explícitos o implícitos, da al espectador la posibilidad de reinterpretar la
obra, o sentir el relato del paisaje.
¿Por qué no dotar de un sentimiento de contemplación a un medio que suele consumirse con rapi-
dez? Darle cuerpo a esa emoción.
Hay muchos artistas que justamente trabajan en esta necesidad de comunicarse con un público de
una manera menos intelectual pero sí inteligente, vincular una imagen a una emoción perso-
nal, crear vínculos de pertenencia. En fin, hacer de la experiencia privada un lugar compartido.
21
22
23
24
25
IMÁGENES
Pág.13 | Hielo azul
G o u a c h e s o b r e p a p e l | 16 . 5 x 27 c m | 2 0 0 7
Glaciares | 2008-09
A n i m a c i ó n d i g i t a l | 7 m i n . 49 s e g .
Producción: Magali Lara
Dirección y animación: Luis Ordoñez
Música: Ana Lara
2008 V B I E N A L D E E S TA N D A R T E S , e n e l C e n t r o C u l t u r a l d e T i j u a n a .
A R T E Y N AT U R A L E Z A : E L P O D E R D E L O P E Q U E Ñ O , o r g a n i z a d a p o r e l M u s e o d e M u j e r e s
Artistas Mexicanas en la Biblioteca Henestrosa, Oaxaca, México.
Z O Ó T R O P O 7 p r o y e c t o s d e a n i m a c i ó n e n v i d e o , M u s e o d e a r t e M o d e r n o , M é x i c o , D . F.
HISTORIA DE MUJERES, Artistas en México del siglo XX, Museo de Arte Contemporáneo de
M o n t e r r e y, M o n t e r r e y, N u e v o L e ó n .
L A C O L E C C I Ó N : L A T R A D I C I Ó N D E L A S R U P T U R A S , M u s e o d e A r t e C o n t e m p o r á n e o , M é x i c o , D . F.
2007/08 P R I N C I P I O D E I N C E R T I D U M B R E , C e n t r o d e l a s A r t e s d e M o n t e r r e y, F ó r u m U n i v e r s a l d e l a s
Culturas Monterrey 2007. Nuevo León.
2007 A L A R C A , Ta l a v e r a C o n t e m p o r á n e a , M u s e o F r a n z M a y e r, M é x i c o , D . F.
M A C O , M é x i c o F e r i a d e A r t e C o n t e m p o r á n e o , G a l e r í a E m m a M o l i n a , M é x i c o , D . F.
L A E R A D E L A D I S C R E PA N C I A . A r t e y c u l t u r a v i s u a l d e M é x i c o 1968 - 1997 ,
M u s e o U n i v e r s i t a r i o d e C i e n c i a s y A r t e , M U C A C a m p u s , M é x i c o , D . F.
S O L O S J U N T O S , G a l e r í a L a R e f a c c i o n a r i a , M é x i c o , D . F.
ARCO 07, Galería Emma Molina, Madrid, España.
2006 G E N E R A C I Ó N D E L O S 7 0 ’s U N M O M E N T O D E R E F L E X I O N , A c a d e m i a d e S a n C a r l o s ,
México, D.F y en la Universidad de Colima, Colima, México.
A R T S PA C E , G a l e r í a R u t a C o r r e a , F r a n k f u r t , A l e m a n i a .
ARCO 06, Galería Emma Molina, Madrid, España.
2005 W U N D E R K A M M E R I I : P a i s a j e s , G a l e r í a N i n a M e n o c a l , M é x i c o , D . F.
M A C O , G a l e r í a N i n a M e n o c a l , M é x i c o , D . F.
A R C H I P I E L A G O S G R A F I C O S , G a l e r í a M e t r o p o l i t a n a , M é x i c o , D . F.
2004 3 0 A Ñ O S D E L M U S E O D E A R T E C A R R I L L O G I L , M u s e o C a r r i l l o G i l , M é x i c o , D . F.
TIEMPO EXTRA EDITORES, Galería de la Secretaria de Hacienda y Crédito Público,
M é x i c o , D . F.
DIRECTORIO
Consejo Nacional para la Cultura y las Artes
S e r g i o Ve l a
Presidente
M a r í a Te r e s a F r a n c o
Directora general
Ana Lara
Liliana Ordoñez
Luis Ordoñez
Va l e r i a P a l o m i n o
R o b e r t o Te j a d a
J o r g e To r r e s S á e n z
.....
El Grupo de Músicos