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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ

PRÓ-REITORIA DE SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA

RESPONSABILIDADE SOCIAL FOCADO NO PÚBLICO EXTERNO

BIANCA DE CARVALHO FERREIRA


TUANE DOS SANTOS E SILVA

Rio de Janeiro,
2017
Bianca de Carvalho Ferreira - 201201784311

Tuane dos Santos e Silva – 201301507751

RESPONSABILIDADE SOCIAL FOCADO NO PÚBLICO EXTERNO

Trabalho apresentado como forma de


cumprimento das exigências da segunda
avaliação da disciplina Psicologia, Gestão
e Responsabilidade Social.

Professora Orientadora: Eliane Abreu

Rio de Janeiro

2017
RESUMO

O presente trabalho buscou investigar o conceito de responsabilidade social e


como se dá a responsabilidade social no meio externo. Diante disso, foi
possível descobrir que a responsabilidade social no meio externo é voluntária e
buscam promover o contato e a comunicação entre a empresa e a comunidade
na qual a mesma está inserida, apesar de ser praticada por empresas, não há
uma lei que regulamente ou obrigue as mesmas a adotarem a política. No
Brasil essa política surgiu em meados dos anos 40 e perdura até os dias atuais
ganhando cada vez mais adeptos que buscam visibilidade e competitividade de
mercado.

Palavras-Chave: Responsabilidade Social; Público Externo; Empresa


1 Introdução

A responsabilidade social é quando empresas de forma voluntária,


adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o bem-estar dos
seus públicos interno e externo. É uma prática voluntária pois não deve ser
confundida exclusivamente por ações compulsórias impostas pelo governo ou
por quaisquer incentivos externos (como fiscais, por exemplo). O conceito,
nessa visão, envolve o benefício da coletividade, seja ela relativa ao público
interno (funcionários, acionistas, etc) ou externo (comunidade, meio ambiente,
etc).

Quanto à Responsabilidade Social Externa, Melo Neto e Froes (1999)


afirmam que o foco está na comunidade, através de ações sociais voltadas,
principalmente, para as áreas de educação, saúde, assistência social e
ecologia. Visa um maior retorno social, de imagem, publicitário e para os
acionistas.

É importante frisar que a responsabilidade social focada no público


externo não deve ser confundida com filantropia ou assistência social. Este
processo ocorre de forma contínua e visa a melhoria da relação da empresa
com sua comunidade, o desenvolvimento sustentável e o crescimento
responsável.

Atualmente, o empresariado deve buscar continuamente melhorar sua


relação com a comunidade, visando alcançar sempre maior justiça social. Isso
é necessário para a empresa manter-se competitiva nesse mercado tão
acirrado. O desenvolvimento sustentável da comunidade depende do interesse
de todos e não poderia ser diferente para a empresa, que usa dos recursos
naturais do meio em que se insere que interfere de uma maneira ou de outra
na vida das pessoas dessa comunidade, nada mais justo, então, que contribuir
para que essas pessoas que estão ao seu redor, se desenvolvam também, é
necessário prover meios para que essas pessoas mais carentes de recursos e
oportunidades cresçam sustentavelmente em meio a esse mercado tão
capitalista e individualista.
Neste trabalho iremos investigar como ocorrem os processos de
responsabilidade social externos de uma empresa e exemplificar projetos
assistencialistas, formativos e ações sociais.

2 Responsabilidade Social focada no público externo

Falar atualmente em Responsabilidade Social é uma tarefa ao mesmo tempo


complexa e desafiadora. No âmbito das organizações do setor privado este
tema vem ocupando cada vez mais a agenda de dirigentes e colaboradores. O
papel da iniciativa privada no desenvolvimento social vem sendo cada vez mais
discutido na academia, em fóruns empresariais e em grupos intersetoriais.
(Fedato, 2005)

A responsabilidade social corporativa tornou-se um tema recorrente no


âmbito das organizações ao longo da última década. Esse movimento se
caracteriza fundamentalmente por uma proposta de retomada das questões
éticas tanto no âmbito interno das organizações como no seu relacionamento
com o público externo, qual seja consumidores, clientes, fornecedores,
Governo e acionistas.

A Responsabilidade Social Externa é composta de desenvolvimento de


projetos e programas sociais, parcerias com o governo, ONGs e a sociedade
civil, aplicação de recursos em programas de preservação ambiental,
capacitação para o trabalho através de programas de voluntariado, entre
outros. Os trabalhos nesse sentido dão oportunidades às pessoas da
comunidade que, por um motivo ou outro, não tiveram acesso à educação,
lazer, cultura, preparação para o trabalho, e isso é bom para todos, a
população evolui socialmente, participa de programas de inclusão digital, por
exemplo, fator de tanta importância hoje em dia, onde os requisitos mínimos
para engajar-se em uma empresa é ter conhecimento de informática, digitação,
entre outros. (MELO NETO e FROES, 1999)

Chiavenato (2004) diz que a função social das organizações está em


colaborar responsavelmente com o desenvolvimento das pessoas, pois não
adianta a empresa representar uma ilha em meio a um oceano de pobreza.
Entre uma empresa que adota uma postura de integração social e contribuição
para a sociedade e outra voltada para si própria e ignorando o resto, a
tendência do consumidor é ficar com a primeira. Consumidores preferem
marcas e produtos relacionados com algum tipo de ação social, desde que
tenham preço e qualidade competitivos.

2.1 Surgimento e regulamentação

Segundo Sousa (2010), a globalização que trouxe tanto poder de


mercado às empresas, também as tornou vítimas do próprio benefício. Da
mesma forma que cresceu o mercado consumidor e fornecedor, cresceu
também o interesse das sociedades internacionais em saber as condições de
produção de cada produto. A reação da sociedade contra os efeitos negativos
da globalização das empresas que infringiam os direitos trabalhistas e o meio
ambiente foi o movimento de resistência e de denúncia para o combate a tais
práticas.

Assim, o mercado globalizado fez com que as empresas da sociedade


pós industrial passassem a incluir os objetivos sociais aos negócios, a fim de
atender as reivindicações de consumidores, associações civis, movimentos
sociais, Ong’s, governos, sindicatos e trabalhadores, a fim de legitimarem-se
em seus mercados. (Sousa, 2010 )

Beghin (2005) relata que no Brasil, o marco fundador da filantropia


empresarial ocorreu em 1910, quando o empresário e escritor Monteiro Lobato
criou o personagem “Jeca Tatu” para um livreto distribuído pelo Laboratório
Farmacêutico Fontoura, para a campanha de combate à ancilostomose. Para a
autora, esse trabalho foi “fortemente marcado por interesses publicitários”. E
complementa, que só a partir da segunda metade dos anos 80 é que o trabalho
voluntário de empresas em atividades de combate à pobreza e à miséria se
intensificou. Nesse mesmo período, relata a autora, surgem novas práticas e
instituições empresariais com o objetivo de promover o ativismo social das
empresas privadas.
A consciência da ação social no Brasil pode ser verificada já a partir da
década de 40. No início as ações sociais eram feitas de forma individualizada
ou no máximo por associações de empresas. A iniciativa privada amadureceu
as ideias e ideais de ação social e muitas empresas criaram fundações ou
institutos. Atualmente a atuação das empresas se processa através de parceria
com ONG´s, ações diretas, doações, criação de empregos, códigos de ética,
respeito ao consumidor, ajuda à comunidade a sua volta, conscientização da
população e de outras empresas nas questões sociais e ambientais.

Beghin (2004, p. 69. SD. Mimeog.) ainda complementa que, frente à


nova ordem social: “As empresas privadas buscam criar condições para
conferir legitimidade à ordem capitalista no Brasil, no sentido do que
consideram sua eficiência e a credibilidade de suas instituições” (p. 69. SD.
Mimeog.).

Por sua vez, a legitimidade de uma empresa não é um valor imposto


gratuito. Ela é conquistada a partir da construção das relações com os diversos
atores com os quais uma empresa lida. Dessa forma é consenso entre a
maioria dos autores que tratam sobre o tema de que a responsabilidade social
surge como reação a reação social?

Ou seja, a responsabilidade social vem como resposta empresarial às


reações das sociedades contra as consequências sociais nefastas da
globalização. Vem como uma busca pelo alinhamento do objetivo empresarial
às expectativas dos atores sociais.

O conceito de responsabilidade social corresponde, portanto, a uma


conduta adotada pelas empresas, voluntária ou espontaneamente, sem que
haja qualquer tipo de imposição legal. (Revista Eletrônica Âmbito Jurídico)

3 Projetos

Os projetos de responsabilidade podem ser assistencialistas, que


englobam campanhas sociais, doações e adoções, formativos, que visam à
inclusão social por meio de cursos e oficinas oferecidos para a comunidade e
as ações sociais com a utilização de espaços da empresa e de funcionários.
Os projetos assistencialistas vão além da nomenclatura que lhe foi dada
e visam mais que apenas angariar fundos, fundos, agasalhos ou qualquer que
seja o objetivo da campanha, os projetos assistencialistas visam a criação de
um comportamento social na corporação.

Geralmente são os mais comuns dentre as empresas e podem ocorrer


na forma de campanhas, como por exemplo, campanha do agasalho no
inverno e doações para instituições sociais. No Brasil, empresas como a Ypê e
a Nestlé são exemplos de instituições empresariais que praticam a
responsabilidade social de forma assistencialista.

Os projetos formativos são aqueles que visam a inclusão social,


oferecimento de cursos e oficinas para a comunidade. Nesse sentido, a Bayer
com seus projetos: Jovem Farmacêutico (visa o oferecimento de incentivos à
farmacêuticos recém formados) e suas oficinas de esporte e cultura para
deficientes físicos e crianças carentes e a Rede Globo com seu forte apoio ao
Criança Esperança, são exemplos de empresas que oferecem projetos
formativos.

As ações sociais são eventos feitos em espaços cedidos pela empresa


ou onde há a cessão de funcionários da empresa participante. A Rede Globo
cede funcionários e faz a divulgação da chamada Ação Global, que é um
evento onde ocorre a prestação de serviços básicos à comunidade.

5 Conclusões

É possível dizer que a responsabilidade social surgiu como resposta às


consequências causadas pela revolução industrial.

A responsabilidade social focada no público externo é um ato voluntário


das empresas e não há uma lei que regulamente ou obrigue as empresas a
fazerem parte de tal programa.

Portanto, as empresas não recebem nenhum tipo de incentivo fiscal ou


de qualquer outra ordem pela adoção da responsabilidade social. O principal
interesse de as empresas adotarem a responsabilidade social é a visibilidade e
competitividade de mercado.

Em suma, os projetos de responsabilidade social focados no meio


externo visam o envolvimento social da empresa com a comunidade na qual
está inserida e com isso, o aumento de sua visibilidade, publicidade e
competitividade de mercado.
Referências

BEGHIN, N. A filantropia empresarial: nem caridade, nem direito. São Paulo,


Cortez, 2005.
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 8ª
Ed. São Paulo: Atlas, 2004.
FEDATO, M. C. L. Responsabilidade Social Corporativa: Benefício social ou
vantagem competitiva?, São Paulo, 2005.

FOGAÇA, L.B.D, FAZAN, E. Ação Social das Empresas:uma Discussão Sobre


o Impacto dos Custos das Ações Sociais Nos Resultados, São Paulo, 2002.
MELO NETO, Francisco; FROES, César. Responsabilidade Social e cidadania
empresarial: a administração do terceiro setor – Rio de Janeiro –Qualitymark
Ed. 1999.

SOARES, G. M. P. Fórum Estudos Críticos Em Administração –


Responsabilidade Social: Por uma boa causa? , São Paulo, 2004.
.
SOUSA, M. J. A responsabilidade social das empresas privadas como novo
elemento na dinâmica democrática do Brasil, Brasília, 2010.

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