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PEDRO SUSSEKIND. Teoria do fim da arte Sobre a recepeao de uma tese hegeliana no século xx. COLEGAO REVERSO © 217 Pao Suaeind ‘ao ec airman Origa 4s Ling Porta de sop ae a Condeots Edt leadra Tava Proto Ba oa Ceca Mens Jrodrsethlo ls Reve Rodegs Fomine ee ‘cits de Cato Boa Lie es Vcore de ial $f, belo 320 pena Bi de nei [en sas 902, ltocserierascom be newex COLEGAO REVERSO cooapExapox pa coLsGio: Celso Anat (UFF) Didier Ottaviani (Ens-Lyon) Lulz Carlos Bombassaro (UERGS) Marco Auriio Werle (usr) Marcus Reis Pinheiro (UPR) Olimapio Pimenta (uFOP) Patricia Lavelle (PUC-Bio) Pierre Frangois Mor (Ens-tyon) Vladimir Viera (WPF) Em 19120 artista egalerista mexicano Marius de Zayas decre tou: “A arte esté morta Segundo cle, 0s mavimentos artisticos| daquela época io eram indicios de vialidade, nio eram “nem ‘mesma as convulsses ds agonia anterior & morte’ mas sim “ages reflesas mecinicas de um defunto submetido a forza galvanic" ‘Contado, sargiram nas déeadas seguints diversos movimentos rows, como o dadaismo, 0 surealismo, © expressionism abs- teat, o De Sil « Bauhaus, osuprer timo, a arte pop arte con itt, 0 minimalism aland-ar,o coasteativismeo, 0 eaconere= Mais de sessenta anos depois daquele diagndstico de Zayas, ‘© pintor e esttorfranco-canadense Hervé Fischer apresentou em Pars, no Centro Pompidou, una perfarmanceem que diva: “Neste alia do ano 1979, constato e declro que a histria da are como iia eiagao desta cromologia asmntica ets encerrads” Antes de fazer a declarasio, ele calculou 0 tamanho da sala com uma fita erica, segursido sim condo a som do tque-tague de urn des pertador. Depois, coriou 0 condo e acresceniou:“O instante em que corte este condo fo kim evento da istris da arte Ao longo de todo o século vite lésoos, artistas, criticas bistorindores debateram o fim outa mote da ate, exo primeira nuncio costuma ser atrbuido a Hegel, com base na introducio| dos cursos de estética que ele minstrow nas primelras Aéeados do século anterior. A repercussa0 dessa idea fol abrangentee com: ploxa. Algumas das retomadas do diogndstico hegsiano diem "go date a opr se espeon no manor ae gual encom doco ne popu red tessa apr ats, venga hon 8 dase ft proven «mas comer qe ste reel wero ons cmengin taco yr os tide rn dala peo nmseme Seager ‘pip blr een rin serena Tan Taran dosti do vimato cones mete an totes d Princ Gera Mandl Oxo Dahon tse eure ors is emblems des endear tonne da trad som dosage pan lu co eer em in ego da cde don on Independent Rowe Marea che ‘ata am marco mba dado cove pesos model dase "are qu cu der ue car sng deu Crp sinters ote, ‘utr dagen do fin dr ate cree ropa pox te prt d il dsane 5 st tor mae ise rma sien, ma tnd cm ate arn tna se comoldado como tan Eu sean ars a ¢m maton eo, pri conto de ans iad de objeto de ler pe, Oca Richard Seach Img ero" are ex empetado cos Mia lim ie nada bln nt Ad Reinhard um dino epee apo share rerteaneen, th sso que" ane ot soaps tta¢ tated € uma epi AL das race ear vo tno degen 'A ate epi nt ero pa ea oe cea se Roath pudenda de quo ots oce “cnet eltane pr scone ane [No campo da filosoia, o tema hegeliano do fim da arte rea pprece em obras de autores como Theodor Adoeno, x0 contexto dis Escola de Frankfurt, mas também € disetido em enguadra- rica ineleetuais totalmente diferentes por Martin Heideg por esemplo, ou por Arthur Danto. Ji sob uma perspectiva his: ‘iris, diagndsticos de morte podem ser encontrados em texios ‘de Giulio Carlo Argan ¢ Hans Belting, entre ootres. Enguanto constatagiocrliea, a questio se faz presente de diversas manei- ras, especialmente em avaliagdes negativasda arte contemporinca ‘como 3s fitas por Clement Greenberg, um dos grandes teéricos| sdomesdernismo que a partir da década de 1960, considerou mov entosartsticosrecém-surgidos uma negusio da prpria act, ‘NoBirasil,aposturs do paetaecriticaFereitaGullar-bascada ‘em sua teoria do neoconcretismo ~ feencenou & sua mancira a avalagio negativa da arte contemporinea por Greenberg Argan. “Mas discussoes sobre 0 tema do fim da arte podem ser encon tradas também, ora mais expliclias, ora indiretamente, em textos de iaterpretes da arte moderna e contemporines como Meio Pedrosa, Ronaldo Brit, Paulo Serglo Duarte e Lorenzo Maram Nio pretendo fazer um levantamento completo das abor ‘agen da morte da arte, nem no campo da flosoia, nem no da ‘rites. Concordo com o autor de O fim da histéria da arte, Hans Belting, quando ele airma: “quem hoje se manifesta a respeito da arte ea historia da arte v8 toa tose que gostaria de apresentar 3 um lite talverainds exstente ivalidada de antemo por muitas ‘ouras teses Pressuponho a exstenca do ltr interessado no assunto com isso, minha intenséo a seguir &comparare contra [por algumas desss teses, considerando-as como formulagies de problemas e como aberturas de eaminhos para pensi-los. Sendo assim, as retomadas do tema heyeiano, abordadas como variagbes ‘em torno de um dlagndstico, consituem referencias decisives| parao exercicio da teria da arte. Essa referencias problematizam (5 marcos de continuldade e de cuptura entre a criagio arttica atl ea do passa, Enfatzara ruptura, a ponto de por em xeque a sobreviven ‘ia da arte no mundo contemponineo, impde a necessdade de jum questionamento, Segundo a formulagso precisa de Belting, equanto a arte nto for questionads, & preciso apenas narrar a nen deca: sdencia: Mas a atitude de no acltar a existéncia da arte como deda peemite que se perzunte, mais uma vez, “como ela se realiza « qual o papel que desempenba na cults Entdo “uma arte que Para nés nio € mals uma evidéncia apresenta um novo tema em sua evidente historiekdade Com a falta de evidencta do conceito de arte, com a evi éncia de sua historicidade, cam om gisestio nao $6 a eriagdo artstiea produzida no presente ¢ 0 legado cultural clssio ou ‘moderno, mas também a relagdo problemitica entre a arte e ae ‘iris modalidads de producto de imagens ede ofertas de entre tenimento que surgiram a parts do século vinte. Desse modo, as perspectivas diferentes que serdo percoridas nas pri z rims pig sas podem permitr uma visio critica da situagdo das ares, sca a fim de discutir seu pape cultural, sea a fim de interpretar obras ‘exncetas, com suas podticas epropostas singulares sua historia eenaltecer as suas realizagbes ou 1. Tema hegeliano Intespretages diversas e Ss wevescontraditvias da chamada morte daarte podem ser explcadas pelo carer geralepouco def nido que esa oso tem na estética de Hegel. Paradoxalmente, as frmagdes que sustentam fal dlagnéstico de morte ou de fim se ‘econtram no preficio de unt trabalho que, a0 ser compilado € Publicado, soma mais de mil gins de teflexesscbre arte, com anilises de obras de diversos géneros artisticos ede diversas ép 0 ‘ashistérieas,nciuindo a época do autor. Na verdade,o fildsofo ndo usava nos ses Cursos de eséoa 4 expresso “morte da arte: Essa expresso s6 comesou a set empregada a partir dos Dialogues Miosoplaques de Frnest Renan, prblicedos em 1838, Mas Hegel considerava que a modemidade era uma época na ul prevaleciamo pensamento ca refed, €0 espirite do mundo modeeno, com sua formagSo racional, no era favorivel& arte, Com iso, em sas palaras, ‘os bes dia da arte regu msi como da época ee ouro da Baixa Kdade Media fcaram para tris, oestigio no qual as obras de arte eram veneradas como divins fol uleapassado. Bo resultado disso € que “arte €« per rmanecera para nis, da ponto de vista de ssa destinagho suprem, algo do passado* Como comenta Werner Koepsl em sua aniise dia recep da estética hegeliana, io se trata propriamente de soul oepeado Gos tha, cnets a 0 utr wa pa Tmeog CE Neg Crmedeaattap es — ‘passado” de arte, one Quando oscars ets fran minds por Hage ¢o» esi, o muse deat antiga les ae se set canard nucle om cosondncacomn cree denne bskment ds grandes ities de ae ce ane © Louvre, de ah 00 Beish Maseun, Se 3p spuds ne coments de Artur Dan nage momen Hag eve taaenossmado com speeder scene sme done colt paras, poder o decent io as res visas logo dada No nse cents pura la dire ene ume soc dees Posts num ms portn sens doe rand ek bjt de rtd. e3 mer see dest con pre om femade snl as rena pd esr so pra, as neo com a eligi or gges eo, as ex corpora os pres dens cen seat ama compari ee og scala es bas presen pasa uns en one esti da arte ann ver cst mo me desde tances religous «se trnam sor de sontenplca ‘cn ou de wetigai rdiac peta _Deacord com ¢ dino do sender Han eng. em 0 fim stra cd rt fanaa de muses to te gn fo haere an guns visto rarnprascee 2 ira da an: Endo Hep pode er vs nae enone como un eres do su tempo gc" ana sna desiddamene meta pra 0 muy deans cer supe king la 9 exer eu cacteragio ds Bde eae ua epi defandador de una hstowaga na wes si Tse dum po denna que apron enn tanto pra erga empornene ates nos ‘os museus as organiearim espacialmente, de acordo com uma cronologia da sicessto de esilos € movimentos. A comparagio proposta por Belting serve para contextualizaraestética hegeliana no periado do advento de uma nova perspectivahistrica Mas, a meu ver, como comentaret mas adiante ess caracterizagioé exe ‘erada endo leva em conta a complexidade da flosofiadahistcia Por tris do sistema das artes desenvolvido nos Cursos de estétca Em toda e880, por seu propésito de fundamentar uma visio tera do desenvolvimenta das artes de todos 0s tempos, a estética ‘de Hegel pode ser considerada o auge de um processo de historiza- 0 na losoia da arte, Ela constr um sistema muito abrangente, rho qual a ideia do belo organiza escopo de uma ciéncia das far- nas artistas. Ness sistema as andlises de obras orienta a clas ficago e organizagio dos diversos géneros de cada at particu (arguitetra escultura,pitara, msi eiteratura)a fim ce mos rar sua pertinéncahistrica eo process de ua evolugSo cultural Em suas investigacées, fildsofo descreve um movimento ialgico da histéria, no qual aarteapacece no primeiro momento como a forma mais clevada de expressio do divino, das verda des mals profundas do Esprit, No segunda momento a religiio ‘cups ese lugar, eno terccro cle ocupado pela filosofia. formas de expressio do Espitite absoluto € diferente em cada momento: dicetana arte por meio da ntugie, inditeta na religizo por melo da representa interirizada, ¢conceitual naflosfia, Como escl rece Benedito Nunes, em Se texto “A morte da arte em Hegel’ 2 dissolusio final da atte no tereeire momento ocorre quando ela ¢ sltrapassada pelo pensamento racional, no limiar de uma nova, época e “sob a perspectiva da cultura reflexva, prosaic, dasocie dade barpuesa edo indviduo na cviliagio indusiil nascente? sve diagnéstico se bascia em tras andlise de Hegel a respeto da prog artistica de seu tempo, marcado por uma subjetividade extrema, © em especial ern sta eritea do romantism, Segundo Nunes: “€ pela interorizacio romdntica, contrévia& suficiéncia do belo, na medida em que aeta a integridade da forma sensivel, {Xteriog, com a qual nao se ajusta ¢ facia a aliansa do contetide com 0 mundo prosaico, que se consuma essa disspagae ‘Hegel desereve um processo histrico de secularizagdo da arte, que acompsniha 0 movimento de reorno do hom: para si ‘meme, Nesseprocesso s pintura, por exemplo, passa dos temas hheroicos religiosos, nas obras dos grandes mestresitalianos do Renascimento, para as cenas da vida doméstica e burguesi em Rembrandt, Vermeer e outros representantes da escola holandesa, A passagem da epopeia para o romance na literatura é lida come ‘tro sinal desss mesnia seculurizacto, que abandona os grandes temas poéticos pelos temas mais prossicos. No teatro, o drama moderno, de Shakespeare a Schiller, écaracterizado pela reflexae © pela expresso tanto dos confitossubjetvosligados ao carter, ‘quanto do desenvolvimento das paixdes” Sobreludo na comédla ¢ no uso ds ironiae dachist pelos autores rominticos de seu tempo, Hegel identifica uma expressio da subjetvidade totalmente live, «malianga com o mundo prostico, sem o compromisso de produ umaarte bela como fo a grande arte do passada> Sendo assim, ¢ possivel falar do im de um estigio histocco no qual aarleeraaexpressio maxima do Espirit absolut. Sb qoe, sa dialéica a sintese ocorida no terceto momento néo implica ‘© eacerramento definitivo dos momentos anteriores, Tata-ve de ‘uma superagdo (Aagfhebung) que conserva aqueles momentos ¢os «leva a um outro patamar, no qual eles no mais se cantrapdem, Nese sentido ¢ de se esperar nio 56 que continue a exist ate ‘Ro momento histérin em que a filosofia constita «forma mais levada de expressio do absolut, mas também queaarte sc torne neste periodo cada ver maisfilosdficae reflex. Para eselarecer devidarente iia de fim da arte formulada os Cursos de esta seria necessirio contexts lana proposta 1s flowiica do Kdcaismo Alemio « explica, com hase nessa pro posta, como o aucor peasa a relagio dalética entre o presente eo Jpssado da arte Nao & ess, no entanto, minha Intenso aqui IMé porque a retomadas do tema no século inte, em contextos frees nom sempre so ao pensment de Hep pei cmt. om grind spopragied protems di dept etor at ners prec ole apo Maw Aue Wee oe A oes dean Hrd pote er dup apres tpg, neo vedas do fm ae Bs ce screenees een uma bch tao ie dai Ele oto. Acs Bcc spot in dle no cr aa tent algun med no dig te peo ls, De teeter appre nc pera dg tortie no pnd, le den deer nas eros de Hep vi leva de expres do dined pode verdades Go ep eds nereaes al prfindosda huni” © pots pt carves tena cei albert al Lmelaienine ereeoy poser emynennai Jrtn pov ¢ capa regres wees rin, ll amet por mn ciao ea do qe Eee unt 2 rope da tee inglana spetcanente Ant da font, tos Donte fasem su nto" tema do fondo etenaesteaontnporie obec alles expla cman ple ek Espira ts Hag epee ene Ace © yrblee ennudn perce Ete a ed ies ets Mert et 0 yooh ae Grd eis nag cto temp era ‘snitas por wot sstradas de ferro locomotivas¢telégrafoselétricos, seria poss vel intuir a natureza ou as relagdes sociais subjacents fantasia € arte gregas. “Como fica Vulcano contra Roberts & Co. piter contra 6s pare-raios Hermes contra o Crédit mobiler™ perpusta ‘autor de O capital Hrldegger é, por wa ver, um dos exemplos de retomada

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