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Fichamento de BARTH, F. Grupos Étnicos e suas fronteiras. In: POUTIGNAT, P.

Teorias da
etnicidade.

BARTH, F. Grupos Étnicos e suas fronteiras. In: POUTIGNAT, P. Teorias da etnicidade. Seguido
de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth, Philippe Poutignat, Jocelyne Streiff-
Fenard. Tradução de Elcio Fernandes. São Paulo: UNESP, 1998.

Francine Nunes da Silva


Mestranda em Ciências Sociais / Universidade Federal de Santa Maria

Neste capitulo do livro, Barth se interessa basicamente pela questão da diferenciação cultural
e conseqüente criação de fronteiras. Conforme o autor, o conceito de etnicidade está
relacionado com o sentido organizacional dos grupos étnicos, esses são entendidos como
categorias de atribuição e identificação realizadas pelos próprios atores que além de
perpetuarem-se biologicamente, compartilham valores culturais fundamentais. O grupo se
organiza para interagir e categorizar a si mesmo e o os outros.
Os agentes étnicos, especialmente as associações e círculos, são instauradores de novos
quadros de socialização e expressão dos sujeitos e transformam as narrativas étnicas passadas
em sinais diacríticos. Esses são, por sua vez, os signos e símbolos que o grupo cria para se
representar, mostrar que é deferente e em certo sentido, “que existe enquanto grupo”. São
sinais criados ou inventados que oscilam, não são fixos e podem ser negativos ou positivos,
isto é, podem ser exaltados ou ignorados, minimizados e negados pelos membros do grupo.
São, acima de tudo uma reinterpretação da historia étnica do grupo e dessa forma, são visíveis
para os outros.
Barth coloca que o trabalho etnográfico tem de centrar-se naquilo que o grupo reivindica
como seu e fundamenta que o grupo étnico deve ser compreendido enquanto um campo de
comunicação e interação (sentido weberiano). Além disso, as distinções étnicas não dependem
da ausência de mobilidade, contato e informação, nem mesmo da ausência de conflito, pois
apesar dos fluxos de pessoas e contatos, as fronteiras e os sinais diacríticos permanecem.
A perspectiva de que a identidade étnica é uma identidade relacional e situacional é explicada
a partir da abordagem que sendo os grupos étnicos categorias de atribuição e identificação
construídas pelos próprios atores (influencia interacionista), tem-se que, os sinais e signos
manifestos, como a língua, a moradia, o vestuário; bem como os padrões de moralidade e
excelência, são negados ou exibidos conforme a situação e o contexto. Portanto, de maneira
geral, a construção e manutenção das fronteiras étnicas, representam jogos de interesse, em
que entram em disputa códigos e diferenças culturais significantes para a comunidade.
Enfim, este texto foi escrito num momento histórico em que as matrizes discursivas estavam
preocupadas com a questão da cultura, segundo a qual a origem étnica não seria essencialista,
pois a identidade pressupõe o conflito entre o individual e o coletivo, entre o exterior e o
interior. Trata-se de compreender como as fronteiras étnicas são mantidas segundo um
conjunto imitado de traços culturais que entram em disputa no momento de interação social
entre os grupos

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