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Leitura

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A leitura, que é um testemunho oral da palavra
escrita de diversos idiomas, com a invenção da
imprensa, tornou-se uma atividade extremamente
importante para a civilização, atendendo múltiplas
finalidades. A leitura é parte fundamental no
processo educacional, resultando na construção do
indivíduo.

A leitura de conteúdos de boa qualidade alarga os


horizontes da pessoa e amplia as suas
possibilidades pela expansão de seu conhecimento,
Leitura (1892), tela de Almeida Júnior.
desenvolvimento intelectual e de sua visão de
mundo, fortalecendo as convicções pessoais, a
capacidade de argumentação e manifestação de opiniões com utilização de um vocabulário mais
rico.[1]

Índice
História
Aquisição
Concepções
Ver também
Referências
Ligações externas

História
Há milhares de anos o homem começou a fazer inscrições nas paredes das cavernas,
representando animais e cenas do seu cotidiano. Essas inscrições, chamadas de arte rupestre, mais
tarde foram evoluindo para uma forma rudimentar de comunicação, chamada pictografia. A
evolução da pictografia fez com que o homem fosse também desenvolvendo sons para transmitir o
significado daquela escrita, tornando possível a comunicação e o relacionamento com outros
homens.[2]

O conhecimento na antiguidade, antes da evolução da escrita, era transmitido principalmente de


forma oral, sendo a oratória, a base dos ensinamentos que os mestres transmitiam a seus
aprendizes, que eram apenas "ouvintes". Na Grécia Antiga e no Antigo Egito, a escrita e a leitura
eram restritas a poucos privilegiados, que eram filósofos e aristocratas, chamados escribas. Na
Roma Antiga, a escrita era uma forma de garantir os direitos dos patrícios às propriedades. Na
Idade Média, poucos eram alfabetizados. Igrejas, mosteiros e abadias eram os únicos centros da
cultura letrada, onde se encontravam as únicas escolas e bibliotecas da época. Nestes locais, eram
preservadas e restauradas as antigas obras da herança greco-romana.[2]

Na Alta Idade Média, a educação formal era


restrita basicamente ao meio clerical. Durante o
período merovíngio, a igreja mantinha escolas
episcopais, garantindo assim a formação do clero.
Nos mosteiros, eram lidos e copiados os antigos
documentos escritos e alguns livros das civilizações
grega e romana. Havia um caráter sagrado na
leitura, e tanto o seu ensino, como o da escrita, não
eram obrigatórios àqueles que não seguiriam a
vocação religiosa. Desta forma, a igreja passou a
monopolizar e a censurar as obras que seriam
transcritas criando-se a ideia de que os indivíduos
laicos deveriam ter respeito e não contestar os Leitura (1893), tela de Eliseu Visconti.
ensinamentos sagrados, apenas os ouvindo e
memorizando. Em meados do século XI, houve um
crescimento das atividades comerciais e de manufatura, levando a um crescimento das zonas
urbanas. A igreja começou a perder o poder sobre o ensino e a escrita avançou então para além dos
limites eclesiais, alcançando assim também os leigos, até chegar ao que se conhece na
atualidade.[2]

Podemos considerar importantes razões para a referida evolução da descentralização do


monopólio intelectual da Igreja, a chamada invenção da imprensa, processo gráfico aperfeiçoado
por Johannes Gutenberg no século XV Imprensa, e nos séculos seguintes os fatos que
contribuíram para a disseminação da escrita e da leitura fora dos muros da Igreja Romana: a
publicação da Bíblia traduzida para o alemão pelo reformador Martinho Lutero em 1534,
considerada importante na consolidação da moderna língua alemã e que teria alcançado
posteriormente a larga escala de meio milhão de exemplares publicados em três décadas - Bíblia
de Lutero; a propagação do modelo heliocêntrico do universo defendido por Nicolau Copérnico
Copérnico através de seu livro publicado em 1543 (obra: “Das revoluções das esferas celestes”) e a
propagação da Física de Isaac Newton com sua obra mais importante composta de três volumes,
publicada em 1687 (obra: “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”), que dentre outras coisas,
descreve a Lei da gravitação universal.

Aquisição
Podemos vincular o conceito de leitura ao processo de literacia, numa compreensão mais ampla do
processo de aquisição das capacidades de leitura e escrita e principalmente da prática social destas
capacidades. Deste modo, a leitura nos insere em um mundo mais vasto, de conhecimentos e
significados, nos habilitando inclusive a decifrá-lo; daí a noção tão difundida de leitura do mundo.
Ampliar a noção e o hábito de leitura acentua a visão de mundo em âmbitos culturais e
intelectuais. Para o bibliófilo José Mindlin, "é fundamental facilitar o acesso das pessoas a livros" a
fim de que se habituem à leitura - independente do gênero e da idade. O importante, lembra ele, é
que se crie o hábito.[1] (https://pt.wikipedia.org/wiki/Leitura#endnote_1)
A escrita deve ter um sentido para quem lê, pois saber ler não pode ser representar apenas a
decodificação de signos, de símbolos. Ler é muito mais que isso; é um movimento de interação das
pessoas com o mundo e delas entre si e isso se adquire quando passa a exercer a função social da
língua, ou seja, quando sai do simplismo da decodificação para a leitura e reelaboração dos textos
que podem ser de diversas formas apresentáveis e que possibilitam uma percepção do mundo.

Segundo Fany Abramovich e Carla Alexandre, é através da leitura que se pode descobrir outros
lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, de outra ética, outra ótica… É ficar sabendo
História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, etc.

Na Segunda Guerra Mundial, o cerco nazista à cidade russa de Stalingrado (atual São Petersburgo)
por quase um ano, privou seus habitantes de meios alimentares vindo de fora. Na ocasião, as
autoridades soviéticas recomendaram o hábito da leitura por entre a população, como forma de
fazer "esquecer" a fome que passavam,eles começavam a ler.[carece de fontes?]

Concepções
O ato de ler pode ser uma forma de lazer ou uma atividade básica no processo de escolarização ou,
num sentido mais geral e finalístico, uma forma de adquirir conhecimento e cultura. Como prática
de ensino a leitura pode apresentar resultados diferenciados de acordo com a concepção de leitura
adotada. Entre as concepções destacam se:

Decodificação — Valoriza-se a competência de passar do código escrito para o código oral.


Kleiman[3] (1993, p. 20) vê essa concepção como prática empobrecedora que “dá lugar a
leituras dispensáveis, uma vez que em nada modificam a visão de mundo do aluno”.
Extração de significados — tem como foco o texto e concebe a língua a partir de sua
linearidade: letra por letra, palavra por palavra, dento de seu contexto linguístico. Predominou
na década de 50 e 60 e não busca um leitor ativo capaz de buscar no texto informações ou
dialogar com ele. Basta que se reconheçam no texto as palavras e ideias apresentadas. A
construção de sentido ocorre de modo ascendente, ou seja, as informações vão do texto para
o leitor, conforme se pode observar em Leffa[4] (1996, p.13), ao afirmar que “a visão exerce
um papel fundamental nessa concepção de leitura”.
Atribuição de significados — tem como foco o leitor e defende a construção de sentidos de
modo descendente, do leitor para o texto. A compreensão do leitor depende do seu
conhecimento prévio (GOODMAN, 1987, apud MENEGASSI & ANGELO,[5] 2005), o que
permite uma construção de sentidos diversificada. “O texto não contém a realidade, reflete
apenas segmentos da realidade, entremeados de inúmeras lacunas, que o leitor vai
preenchendo com o conhecimento prévio que possui do mundo”. (LEFFA, 1996, p.14).
Forma de interação — a leitura é o encontro do leitor com o autor, sujeitos sociais, envolvidos
nesse processo dinâmico de construção de sentidos. Nessa concepção ocorre a inter-relação
entre processamentos ascendentes e descendentes na busca da construção de significados.
O ato de ler integra o processo perceptivo, que consiste na percepção do texto impresso,
quanto um processo cognitivo que consiste nas informações que o leitor leva para o texto.
Sendo a leitura determinada pelas condições sociais, culturais e históricas, cada leitura irá
resultar numa interpretação diferenciada, pois, entre um leitor e outro, há diferença de
conhecimento prévio.

Ver também
Braille
Leitura dinâmica
A Leitura na Pintura
Referências
o%20sagrado%22&f=false). [S.l.]: Clube de
1. RIBEIRO, M. A. H. W.; GONÇALVES, C. Da Autores. 152 páginas
experiência de vida à experiência de leitura.
3. KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e
2. Lucila de Nazaré R. de Moraes (agosto de prática. Campinas: Pontes/Ed. Unicamp,
2015). O uso de jornais impressos na 1993.
prática educativa (https://books.google.com.
4. LEFFA, V. J. Aspectos da Leitura. Uma
br/books?id=ah9OCgAAQBAJ&pg=PA25&d
perspectiva psicolingüística. Porto Alegre:
q=%22A+escrita+tornou-se+um+s%C3%AD
Sagra: DC Luzzatto, 1996.
mbolo+sagrado%22&hl=pt-BR&sa=X&ved=
0ahUKEwj19sTnjM_UAhUDxpAKHQetCwo 5. MENEGASSI, R. J; ANGELO, C.M.P.
Q6AEIJzAA#v=onepage&q=%22A%20escrit Conceitos de leitura. In: MENEGASSI, R. J.
a%20tornou-se%20um%20s%C3%ADmbol (Org.) Leitura e ensino. Maringá: EDUEM,
2005, p.15-43.

Ligações externas
Programa Leia Mais (http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2012/08/03/programa-de-incent
ivo-a-leitura-leia-mais-seja-mais-e-lancando/)

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