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MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Secretaria Especial de Fazenda
Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria
Subsecretaria de Energia
Coordenação-Geral de Energia Elétrica
INTRODUÇÃO
Dando sequência ao debate público sobre a revisão da Resolução Normativa (REN) nº 482, de
17 de abril de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) abriu a Consulta Pública (CP) nº
25/2019. O processo de revisão da norma foi iniciado em janeiro, pela abertura da Audiência Pública (AP) nº
01/2019.
A REN estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração
distribuída (MMGD) aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia
elétrica e dá outras providências.
De acordo com as atribuições da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria
(SECAP) e da Secretaria de Desenvolvimento de Infraestrutura (SDI), elencadas no Decreto nº 9.745, de 8
de abril de 2019, o relatório foi analisado pelo Ministério da Economia.
DA REVISÃO
A REN nº 482/2012 estabelece as regras e as condições gerais para o acesso de microgeração
(geração menor que 75kW) e minigeração (acima de 75kW e menor que 5 MW) distribuídas aos sistemas de
distribuição de energia elétrica, definindo os limites para o enquadramento das unidades geradoras nessas
categorias, bem como as regras que viabilizam o intercâmbio de energia com a distribuidora local.
A referida REN previa que as regras de comercialização da MMGD deveriam ser revistas até
o final de 2019. Seguindo esse comando, a ANEEL instaurou em 23 de janeiro de 2019 a AP nº 01/2019 na
modalidade de intercâmbio documental com sessões presenciais, tendo por objetivo coletar contribuições a
respeito de proposta de revisão. A referida AP apresentava seis alternativas para a valoração da energia
comercializada pelo consumidor que gerasse a sua energia (prossumidor) local ou remotamente, que podem
ser observadas na Figura 1.
A proposta da ANEEL manifestada no Relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) nº
4/2018-SRD/SCG/SMA/ANEEL da AP nº 01/2019, se deu com base em uma análise de custo benefício ao
sistema elétrico como um todo da inserção da MMGD. A AP contou com 272 contribuições documentais,
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cuja análise feita pela ANEEL embasou seu novo posicionamento expresso no Relatório de AIR nº
3/2019[1]. Neste relatório, publicado em 01/10/2019 através da CP nº 25/2019, a Agência defende que as
seguintes regras sejam aplicadas aos prossumidores:
Para GD local
Consumidores já existentes e aqueles que formularem solicitação de
acesso completa antes da publicação da norma continuarão com as regras
atualmente vigentes aplicáveis a seus empreendimentos até 31/12/2030;
Aos consumidores que formularem solicitação de acesso após a
publicação da norma será aplicada a alternativa 2, alterando para a alternativa 5
quando atingida a potência instalada adicional de 4,7 GW para a GD Local
nacionalmente.
Para GD Remota
Consumidores já existentes e aqueles que formularem solicitação de
acesso completa antes da publicação da norma: continuariam com as regras
atualmente vigentes aplicáveis a seus empreendimentos até 31/12/2030.
Aos consumidores que formularem solicitação de acesso após a publicação da
norma será aplicada a alternativa 5.
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Fonte: [1]
demais consumidores. Por seu turno, a mesma lógica aplicada às perdas e aos encargos incidentes sobre a
TUSD também se aplica à tarifa de energia (TE).
Finalmente, partindo dessas premissas conceituais, o posicionamento defendido no Relatório
de AIR nº 3/2019 é que a energia gerada pelos prossumidores deve ser remunerada pela TE, que reflete o
custo médio de compra de energia das distribuidoras, representada pela alternativa 5. Desse modo, nesse
novo AIR, a Agência entende que o prossumidor deve pagar todas componentes que remuneram o serviço de
energia elétrica, exceto a componente TE.
Além disso, a adoção dessa alternativa é a que menos impacta o setor elétrico (menor VPL) e
menos impacta as tarifas dos demais consumidores. Na análise da Agência, a manutenção da alternativa 0
entre 2020 e 2035 resultaria em um VPL negativo ao setor elétrico de R$ 48 bilhões, o impacto negativo
sobre a tarifa dos demais consumidores seria de R$ 55 bilhões, considerando a GD local e a remota. No caso
da GD local, a adoção da sugestão do relatório de AIR nº 3/2019 resultaria em um VPL positivo, de R$ 1,3
bilhão ao setor, mantendo um mediano de payback descontado atrativo, da ordem de 7,6 anos. No caso da
GD remota, os custos ao setor elétrico e aos demais consumidores são muito elevados, não se justificando a
manutenção da alternativa 0. Também se verificou que payback da opção proposta pelo relatório, em média,
tornaria o negócio inviável economicamente. Apesar disso, a depender da localização da instalação, aliado à
queda nos custos da tecnologia, ainda é viável a sua instalação em alguns casos em 2020, mas a tendência
futura é de ampliação das possibilidades, principalmente quando considerados novos modelos de negócio.
CONSIDERAÇÕES ME
Primeiramente, avaliamos como positiva a mudança de premissa da ANEEL na avaliação de
aprimoramento da REN n° 482/2012. A priorização da eficiência da estrutura tarifária e da eficiência na
alocação dos custos de cada componente aos consumidores e prossumidores foi uma abordagem mais
aderente ao papel do regulador. No tocante ao aspecto econômico, entendemos que a avaliação do custo aos
demais consumidores via distribuição de probabilidades diminui o grau de incerteza na avaliação dos
resultados. Também estamos de acordo com as constatações de que tanto a postergação de investimentos,
quanto os benefícios trazidos à rede são controversos e, logo, não devem ser incorporados na avaliação para
tomada de decisão.
A MMGD, nos moldes como está regulamentada, implica em impactos tarifários com
consequências negativas para aqueles consumidores que não fazem uso de tal mecanismo, uma vez que este
traz consigo um subsídio cruzado resultante de uma ineficiência alocativa da estrutura tarifária. A escolha da
alternativa 5 pela Agência preserva a viabilidade dos investimentos em MMGD e reduz distorções tarifárias.
Embora esteja correta a direção da Agência, embasada no Relatório de AIR nº 003/2019-
SRD/SGT/SRM/SRG/SCG/SMA/ANEEL, foi percebido que algumas das questões que envolvem o tema
ainda não estão completamente claras para a sociedade. Desta forma, avaliamos como necessário posicionar
alguns princípios do Setor Elétrico Brasileiro (SEB), reafirmar alguns conceitos, prover esclarecimentos,
além de sugerir aprimoramentos na proposta da ANEEL.
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1. Tarifação horária;
2. Tarifação binômia;
3. Sinal locacional; e
4. Precificação de atributos ambientais.
Tarifação Horária
Sabe-se que a curva de demanda, representação do comportamento da carga, precisa ser
atendida com confiabilidade e com nível de resposta adequado. Nesse sentido, tem-se, nas hidrelétricas, a
fonte com maior vocação para administrar a carga mais rapidamente. Adicionalmente, as térmicas,
considerando as características operacionais de cada uma de suas tecnologias, também têm papel
fundamental no atendimento à segurança energética. O marco regulatório atual está construído de modo a
incentivar a entrada de energias renováveis no sistema. Nos últimos anos houve uma grande queda de preço
dessas fontes, mas, mesmo assim, ainda perduram subsídios.
Constata-se que a fonte majoritária aplicada à MMGD é a solar fotovoltaica, caracterizada por
grande variabilidade de sua produção de energia ao longo do dia. Atualmente, o valor da tarifa residencial
não apresenta variação horária ao longo do dia. É sabido que os sistemas fotovoltaicos representam a
tecnologia de geração dominante na MMGD e, em geral, há um descasamento entre o período de geração e
de consumo dos prossumidores.
Desta forma, ocorre um desequilíbrio, pois como não há diferenciação tarifária para esse
consumidor, o crédito de energia adquirido pela distribuidora pode ocorrer no período em que a energia é
mais barata e esse crédito pode ser utilizado pelo prossumidor no horário que a energia é mais cara [2].
Deste modo, a modalidade tarifária diferenciada por horas do dia contribui para diminuir essa
distorção, uma vez que leva em consideração, no preço, a diferenciação para períodos de ponta e fora de
ponta, sinalizando um consumo de energia mais eficiente e uma valorização da geração de energia em
momentos de maior necessidade.
Tarifação Binômia
[2]
Atualmente a regulação divide a tarifação em dois grupos: grupo A: unidades consumidoras
com fornecimento em alta tensão com cobrança de tarifa binômia; e grupo B: unidades consumidoras
atendidas em baixa tensão com cobrança de tarifa monômia.
Para os consumidores de energia elétrica de pequeno porte, conectados em baixa tensão, o
valor monetário da fatura de energia elétrica depende unicamente da quantidade de energia elétrica
consumida. Quanto maior o consumo de energia, maior a fatura, e quanto menor o consumo, menor a fatura.
A esse modelo tarifário dá-se o nome de tarifa monômia volumétrica. Monômia, pois tem um único valor de
tarifa e volumétrica, pois depende do volume de energia consumida.
Já na tarifa binômia o consumidor é cobrado, independente do consumo de energia elétrica,
pela demanda de potência, ou seja, pelo custo de conexão, mais uma parcela variável pelo consumo. Neste
tipo de tarifação, o consumidor paga pelo consumo de energia elétrica ativa e pela demanda faturável.
A ineficiência da cobrança tarifária monômia volumétrica é ressaltada pelo sistema de
compensação de energia elétrica aplicado à MMGD no Brasil. Nos moldes atuais, a energia elétrica gerada é
compensada por todos os valores que compõem a tarifa de energia elétrica e não aloca corretamente os
custos do sistema de transmissão e distribuição. Desta forma, além da tarifa horária, entende-se pertinente a
adoção da tarifa binômia, de maneira a alocar melhor os custos do serviço público de energia elétrica.
Sinal Locacional
O SEB vem passando, nos últimos anos, por inúmeras transformações que requerem
adaptações, por parte de seus agentes, em vários aspectos, dentre os quais se podem citar os legais, os
regulatórios e os comportamentais. Com relação a este último, cita-se a atuação dos consumidores que
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deixam de ser passivos diante das decisões dos órgãos centrais que se encontram na governança do setor
elétrico, bem como das empresas que compõem os segmentos de geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica.
No mundo, observa-se um papel mais ativo dos consumidores, que passam a ter poder de
decisão sobre suas escolhas. No entanto, este protagonismo é, muitas vezes, guiado por incentivos
econômicos. O caso da MMGD ilustra bem esta premissa: seja pelo net metering, modelo de créditos
adotado no Brasil, seja pelo feed-in, modelo de valor fixo adotado em países como a Alemanha, os
consumidores optam por gerar sua própria energia sempre buscando uma redução nos valores de sua conta de
luz. Estas reduções, entretanto, são artificiais – já que cada novo painel não reduz o custo total do sistema,
pelo contrário: há, muitas vezes, um aumento no custo global, que acaba sendo pago pelos demais usuários
(via encarecimento da tarifa), ou pelo governo (via subsídios diretos). Logo, trata-se de uma escolha
puramente econômica, ancorada em políticas públicas que escolheram este caminho dos subsídios a fontes
selecionadas.
Nessa linha, pode-se citar a inserção dos Recursos Energéticos Distribuídos (REDs), definidos
como tecnologias de geração e/ou armazenamento de energia elétrica, localizados dentro dos limites da área
de uma determinada concessionária de distribuição, centralizadas em órgão e, porque não, das distribuidoras
normalmente, junto a unidades consumidoras, atrás do medidor (behind-the-meter) e que vem incorporando
tecnologias relacionadas à eficiência energética, resposta de demanda, gerenciamento pelo lado da demanda
e geração distribuída [3].
Tendo isso em vista, se torna fundamental incluir o aspecto locacional no preço da energia
elétrica para que este incorpore, por exemplo, locais onde há restrições de escoamento ou abundância de
geração, de modo a dar os sinais econômicos adequados para que os agentes de geração evitem a primeira
situação e as unidades consumidoras busquem a segunda condição.
Essa componente espacial, ao ser capturada, reverte-se em melhorias ao sistema elétrico de
forma global, uma vez que, sob uma lógica econômica, busca-se a eficiência na instalação de cargas e
geradores, bem como a otimização dos investimentos na realização de reforços e ampliações da rede, uma
vez que estes podem ser postergados ou até mesmo diminuídos.
Ressalta-se que a proximidade da carga da MMGD, que pode ser um benefício ao sistema. Por
isso, faz-se fundamental que este número seja precisamente calculado, para que estes benefícios, caso
existam, possam ser quantificados e reconhecidos da maneira adequada.
que consiga avaliar e, posteriormente, decidir o quanto está disposta a pagar por tais atributos, considerando
ainda a posição de liderança global que o Brasil já possui.
Fonte: [6].
Entendemos que, para que não houvesse nenhum subsídio cruzado, seria necessário que o
prossumidor comprasse a energia que consome ao preço do pool de contratos da distribuidora e vendesse no
ambiente livre a energia que gera. Dado que no arcabouço regulatório vigente no Brasil não há essa
possibilidade, reforçamos a necessidade de manutenção da alternativa 5 como a que minimiza o subsídio
cruzado. Em contribuição à AP nº 01/2019, a SECAP salientou a necessidade de priorizar a eficiência
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tarifária na revisão da norma e a alternativa 5 é a que configura maior eficiência na distribuição dos custos
relativos ao serviço público de energia elétrica.
Conforme já mencionado, na avaliação da ANEEL, a manutenção da alternativa 0 entre 2020
e 2035 resultaria em um VPL negativo ao setor elétrico de R$ 48 bilhões, o impacto negativo sobre a tarifa
dos demais consumidores seria de R$ 55 bilhões, considerando a GD local e a remota.
Na contribuição à AP nº 01/2019, a SDI apresentou os cálculos relativos ao subsídio implícito
existente na MMGD. Entende-se pertinente reproduzir, novamente, os resultados obtidos, a fim de deixar
claro o quanto a atual política de incentivo à geração distribuída vem custando aos cidadãos brasileiros [7].
Lembrando que apenas uma parcela da população brasileira, representada por aqueles com
maior renda, tem acesso à essa política. Porém, os custos apresentados, na Tabela 1, são rateados pelos
demais consumidores de energia elétrica que não fazem uso da MMGD, normalmente, a camada da
população de menor poder aquisitivo.
Tabela 1: Subsídios implícitos no sistema elétrico para a MMGD, em valor presente do acumulado 2020-2035.
Fonte: [7].
Assim, no período de 2020 a 2035, o regramento atual que versa sobre incentivos à MMGD
gera um custo de mais de R$56 bilhões. Sendo que, trazendo a valor presente, esse montante representa
R$34 bilhões, valor que poderia ser alocado para outros fins, tais como a construção de mais de 9 mil creches
ou para a aquisição de 180 mil ambulâncias.
Deixa-se claro que, nessa avaliação, foi empregado como critério comparativo de custos a
geração de energia proveniente de usinas solares contratadas por meio de leilões regulados, organizados pelo
poder concedente. Isso foi feito a fim de equalizar a questão dos atributos ambientais e a curva de geração
apresentada por essa fonte.
Fonte: [9]
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Na publicação da REN nº 482/2012 foi incluído dispositivo que previa a revisão das regras em
até 5 anos, contados a partir da data de publicação, quando seriam analisados seus impactos técnicos,
econômicos, sociais e apresentados à sociedade eventuais aprimoramentos para o sistema de compensação de
energia, observando, entre outros, aspectos relacionados aos processos de medição e aos estudos de
viabilidade de acesso necessários [12].
Antes do previsto, ainda em 2014, a ANEEL abriu a Consulta Pública nº 005/2014, com
objetivo de avaliar a necessidade de criação de incentivos para a instalação de geração distribuída com
potência instalada superior a 1 MW pertencente a consumidores e a ampliação do conceito de "net metering"
[13].
Após contribuições, a norma foi revisada com o intuito de reduzir barreiras ainda existentes à
conexão de MMGD. Foram inseridos os conceitos de autoconsumo remoto e geração compartilhada como
forma de incentivo, além de adequações nos prazos para trâmites do processo de adesão do prossumidor. Na
Figura 6, pode ser observada a projeção exposta no voto do diretor relator do aprimoramento da REN nº
482/2012, feito em 2015.
Fonte: [14]
Conforme observado, com as mudanças realizadas em 2015 estimava-se que, até 2019, a
MMGD atingiria, no cenário mais otimista, capacidade instalada de cerca de 500 MW [14]. O diretor
argumentou, ainda, que, pela previsão de crescimento acentuado da instalação de MMGD a partir de 2020,
seria proposta uma revisão da norma até 31 de dezembro de 2019, com foco no aspecto econômico.
Até 24/12/2019, foram instalados, aproximadamente, 1,95GW de potência em MMGD no
Brasil, sendo 1,24GW, somente no ano de 2019 [15]. Esse valor é mais que três vezes o projetado em 2015,
quando foi avaliado que o crescimento sofreria uma grande aceleração, demandando revisão do ponto de
vista econômico. Pelas primeiras projeções, o nível de expansão da MMGD alcançou patamar previsto para
2021, ou seja, dois anos antes que o esperado pela ANEEL. Isso reforça o fato de que os subsídios cruzados
identificados já alcançaram padrões bem mais altos, o que demandaria uma revisão da norma pelo viés
econômico, conforme previsão da Agência.
A IEA, em recentes publicações, reforça a importância do monitoramento da implementação
de políticas relativas à energia solar fotovoltaica, que pode exigir reforço de políticas, e atualização de metas
à medida que as barreiras vão sendo reduzidas e os custos continuam caindo [16]. Entre 2010 e 2018, o custo
da instalação de painéis fotovoltaicos foi de 74% [17]. Sobre MMGD especificamente, a IEA afirma que
novas políticas e reformas de mercado são necessárias para encontrar um equilíbrio entre os interesses
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reformou o seu sistema de net metering, reduzindo substancialmente o subsídio cruzado. No mesmo ano, O
FiT japonês custou aos cofres públicos 2.3 trilhões (cerca de 20 bilhões de dólares a preços de hoje).
Os casos alemão e inglês são usualmente vistos como referência na expansão das fontes
renováveis e, por conta disso, merecem uma análise mais pormenorizada.
A Alemanha, referência internacional no incentivo à utilização das fontes renováveis, desde a
década de 1970 aplicou diferentes modelos de estímulos à instalação de painéis fotovoltaicos pelos cidadãos
em seu território. Em sua primeira experiência, o Governo Federal concedeu subsídio direto de até 70% do
custo, atingindo a meta dos “1.000 telhados”, conforme sugeria o nome do programa. Em 1991, foi criada,
por meio de Lei, a tarifa FiT, que corresponde a uma remuneração fixa pela energia injetada na rede, e foi
estabelecida a obrigatoriedade das distribuidoras de comprarem essa energia injetada.
Em 2004, a Lei foi modificada aumentando a remuneração da geração solar fotovoltaica
instalada em telhados e eliminando o limite para a capacidade instalada dos sistemas. Como consequência
dessas mudanças, em 2008 o custo adicional de eletricidade relacionado ao FiT era 600% superior ao
realizado em 2004, o que levou a uma nova reforma da Lei em 2009, tornando a FiT variável, oscilando de
acordo com a evolução da capacidade instalada de cada fonte. Em 2012, foi criada a feed-in premium, em
que o gerador recebia parte de sua remuneração por meio da venda da energia elétrica no mercado livre e, de
forma adicional, recebia um prêmio para complementar a remuneração, caso o preço praticado fosse menor
que o preço definido no acordo. Posteriormente, foram promovidas na Alemanha outras mudanças na
regulamentação da remuneração da energia gerada por MMGD que implicaram, ao final de todo esse
processo de reformas, em uma redução significativa da FiT.
Por fim, cabe salientar que as discussões sobre os custos versus benefícios ainda permanecem
em pauta no país. Como consequência da expansão das renováveis, em geral, e da fonte solar, em particular,
o país teve que expandir e aprimorar a sua rede de eletricidade para lidar com problemas de gargalos e
estabilidade [21], viu o preço da conta de luz residencial aumentar em, aproximadamente, 25% somente em
2016 [21], gastou € 25 bilhões por ano em subsídios [22] e tem obtido redução de carbono insatisfatória nos
últimos anos [23].
No Reino Unido, os projetos participantes do programa de incentivo à MMGD,
implementados em 2010, eram remunerados por uma tarifa de geração (diferenciada por fonte e porte da
usina), incidente sobre o montante total de energia elétrica gerada pelo projeto, independente se a energia foi
autoconsumida ou injetada na rede. Se o projeto exportasse para a rede algum excedente sobre o consumo,
incidia apenas sobre esse montante a tarifa de exportação (única), adicional à FiT. Dessa forma, o excedente
exportado para a rede gera para o projeto uma receita equivalente à soma da tarifa de geração e da tarifa de
exportação. O custo correspondente ao pagamento da tarifa de exportação é repassado aos consumidores.
Nesse sistema, a remuneração da FiT caía, acompanhando a queda dos custos dos painéis
solares, além de considerarem outros parâmetros de eficiência energética. O maior pagamento possível,
vigente até 13 de março de 2019, que corresponde à geração solar fotovoltaica com maior nível de eficiência
energética e menor capacidade (de 0 a 10 kW de capacidade instalada) corresponde a £ 3,79/kWh (37,9
libras por MWh gerado, algo como R$ 206,18/MWh na cotação de 26/11/2019). O pagamento cai
drasticamente com a elevação da capacidade instalada e na ausência de eficiência energética, chegando a,
somente, £ 0,15/kWh. A título de comparação, a tarifa média residencial brasileira é de R$ 750,00/MWh, ou
seja, um prossumidor brasileiro recebe, em média, mais que três vezes a máxima FiT do Reino Unido. Em
dezembro de 2018, o Governo do Reino Unido anunciou que o esquema de tarifa feed-in se encerraria a
partir de abril de 2019 para novos geradores. Ou seja, atualmente não há mais qualquer mecanismo de
incentivo à instalação de MMGD.
O caso do Reino Unido, portanto, mostra que os subsídios foram sendo reduzidos à medida
que as tecnologias se desenvolviam, e, assim que a tecnologia se tornou viável, o subsídio foi extinto. Nos
casos apresentados, nota-se que os incentivos decorreram de políticas bem definidas com metas a serem
atingidas. No entanto, em todos os casos, os programas foram reavaliados ou mesmo encerrados em razão
das reais necessidades da matriz e da indústria nascente. Em outras palavras, as políticas de incentivo se
ajustaram frente à maturação e à redução dos custos tecnológicos do setor, à necessidade de eliminar
distorções nos sinais de preços e ao alto custo dos subsídios.
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Fonte: [24].
Na esteira dessa tendência mundial, o Brasil também vivencia essa mudança marcada tanto
pela inserção de energia solar centralizada, quanto por um aumento expressivo da capacidade instalada de
MMGD. A participação da geração solar na matriz elétrica brasileira está em linha com a mundial,
correspondendo a 1,96%[9]. Há que se ponderar que a matriz elétrica brasileira é considerada uma das menos
poluentes do planeta devido, principalmente, à predominância da geração hidráulica[10]. A trajetória de
inserção da MMGD no Brasil pode ser observada na Figura 8.
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Fonte: [15].
Apesar de nunca ter havido metas ou objetivos para a expansão em seu território, a MMGD no
Brasil foi incentivada em parte, num cenário de custo tecnológico muito superior ao atual, pelas regras de
compensação estabelecidas pela REN nº 482/2012, publicada pela ANEEL. Reforçamos que, tendo em vista
que se trata de um subsídio cruzado, a própria Agência definiu na referida REN que essas regras deveriam
ser revistas até o final de 2019, quando seria realizada uma reavaliação da situação da GD no país pelo viés
econômico. Após considerar que a manutenção da regra vigente, resultaria em elevação expressiva das tarifas
de energia elétrica dos demais consumidores, a Agência entendeu como mais eficiente a adoção da
alternativa 5, em que a remuneração da energia gerada pelo prossumidor seria equivalente à remuneração
média paga às geradoras da distribuidora local, e não à tarifa cheia, que incluía além das remunerações das
próprias distribuidoras e transmissoras, os encargos setoriais presentes nas tarifas.
A implementação da proposta da ANEEL não deve prejudicar a expansão da MMGD, nem da
participação da energia solar na matriz elétrica brasileira, pois o tempo de payback do investimento em
painéis solares tal como percebido pelos consumidores interessados em adquirir esses equipamentos
permanece substancialmente vantajoso para a GD local. Em estudo desenvolvido pela Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), conclui-se que além de trazerem maior sustentabilidade ao setor, as mudanças regulatórias
não impedirão o aumento expressivo do mercado de MMGD, chegando a uma capacidade instalada de 11,7
MW em 2029, cerca de 9,72% da matriz elétrica brasileira (Figura 9). Isto representa um crescimento da
capacidade instalada de mais do que 5 vezes em apenas 10 anos (Figura 10).
Neste cenário, a MMGD residencial será a modalidade de maior crescimento no médio prazo
e deverá se tornar a modalidade predominante em 2029, conforme Figura 11. É importante mencionar que,
apesar da GD Remota inicialmente perceber uma aproximação entre o payback e o tempo médio de vida útil
dos equipamentos de GD, a sua viabilidade econômica tende a melhorar nos anos seguintes.
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Fonte: [26].
Fonte: [26].
Figura 11: Projeção da participação na geração por MMGD considerando a vigência da alternativa 5 a partir de 2021.
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Fonte: [26].
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Fonte: [27].
A partir dos dados apresentados, verifica-se que a adoção da alternativa 5 não resultará em
interrupção da tendência de crescimento do mercado de MMGD no Brasil e nem da expansão da participação
dessa modalidade na matriz de energia elétrica nacional: apenas trará racionalidade na alocação de custos do
sistema. Sendo essa a alternativa que resulta em atenuação dos subsídios cruzados e dos prejuízos causados
aos demais consumidores decorrentes dos aumentos percebidos em suas tarifas de energia elétrica, nos
parece que a adoção da alternativa proposta pela ANEEL representa o melhor interesse público.
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Passados dez anos, pode-se constatar o aumento da participação destas fontes na matriz, com
representação de 22%, ou seja, 36.688 MW de capacidade instalada, em maio 2019, conforme pode ser
observado na Figura 14 [30].
Figura 14: Capacidade instalada no Sistema Interligado Nacional (SIN), em maio de 2019.
Fonte: [26].
Nesse contexto, é importante fazer referência ao comportamento da carga que, aqui, será
avaliada pelos dados de demanda informados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ante o
suprimento a partir da fonte solar fotovoltaica. Informa-se que nessa avaliação, além dos dados relativos à
MMGD, foi considerada a geração solar centralizada.
Deste modo, têm-se, na Figura 15, a demanda média e máxima, registradas em base horária,
para o período compreendido entre ago/2018 e jul/2019, bem como o comportamento da geração solar
fotovoltaica para o atendimento a esta demanda.
Observa-se, na Figura 15, que não há coincidência entre a geração solar e pico de carga. Sabe-
se que a demanda precisa ser atendida com confiabilidade e com nível de resposta apropriado. Nesse sentido,
têm-se, nas hidrelétricas com reservatório de regularização, a fonte com maior vocação para administrar a
carga mais rapidamente. Adicionalmente, as térmicas, considerando as características operacionais de cada
uma de suas tecnologias, também têm papel fundamental no atendimento à segurança energética.
Atualmente, o marco regulatório está construído de modo a incentivar a entrada de energias
renováveis não controláveis no sistema. As fontes intermitentes valem-se do backup das demais fontes não-
intermitentes pelos seus atributos. Desta forma, as fontes alternativas respondem à sinalização econômica
que é dada, fruto de distorções no modelo regulatório ora desenhado, reduzindo a confiabilidade sistêmica.
Ressalta-se que a redução da capacidade de regularização dos reservatórios das usinas
hidrelétricas, somado ao comportamento das fontes intermitentes que se caracterizam: (i) por um alto grau de
variação horária (Figura 15); (ii) por determinado nível de imprevisibilidade de geração; e (iii) por um custo
marginal nulo, que desloca a geração de outras fontes de energia; têm levado à necessidade de redundância
em pontos do SIN, com consequente elevação de custos ao sistema, que são refletidos na elevada tarifa de
energia elétrica brasileira.
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Figura 15: Dados de demanda do SIN (média e máxima, por mês e hora do dia, em MW), de ago/18 a jul/19, versus
participação da fonte solar (total, não apenas MMGD) na geração de ponta.
Para observar a dimensão das distorções existentes, basta observar os leilões promovidos pelo
Ministério de Minas e Energia (MME), nos quais são cada vez mais negociados contratos a partir de usinas
eólicas e fotovoltaicas, e a REN nº 482/2012. A REN propiciou as condições para a expansão da MMGD
pelo emprego do net metering e pela existência de fazendas solares de até 5MW, viabilizadas por pessoas
jurídicas, instaladas distantes da carga, e que são enquadradas como geração remota, se valendo, portanto,
das mesmas regras de compensação aplicadas à MMGD local.
Na visão deste Ministério o enquadramento da geração remota como MMGD, criado para
democratizar a adesão à UCs sem telhado, permite certa arbitragem regulatória. Se observada a construção
do modelo comercial, a geração remota, em muitos casos, se configura como venda de energia, o que, de
certa maneira, implica em violação à regra definida no Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004.
As fazendas solares auferem margens muito maiores comparativamente às usinas solares que
venderam energia nos leilões regulados. A título de ilustração, o preço médio da energia solar fotovoltaica
negociada no 30º Leilão de Energia Nova (A-6), de 2019, foi 84,39 R$/MWh. Por outro lado, as empresas
proprietárias de MMGD remota vendem sua energia pelo preço de varejo, ou seja, com base no valor das
tarifas das distribuidoras decrescido de uma pequena margem (ex. 15%). A tarifa média hoje praticada,
considerando todas as distribuidoras, está em torno de 557 R$/MWh[12], sendo que neste valor não estão
computados os tributos, o ICMS, o PIS/PASEP e Cofins e o adicional de Bandeira Tarifária [31].
A solução para essa arbitragem regulatória é a abertura do mercado de energia para todos os
consumidores, na opinião deste Ministério, deve ser tratada através do PLS nº 232/2016 visando solucionar
questões estruturais no modelo regulatório para que tal abertura seja sustentável. Ressaltamos que, para
alcance os benefícios almejados, são essenciais medidas, principalmente, relativas: i) à racionalização de
encargos e subsídios; ii) ao fim das cotas de geração; iii) à expansão adequada do sistema; iv) a revisão do
papel das distribuidoras; e v) ao modelo tarifário aplicado à Baixa Tensão.
Os quatro princípios anteriormente citados (tarifação horária, binômia, sinal locacional e
precificação dos atributos ambientais) são fundamentais para garantir a liberalização total do mercado de
energia, tema que recebe destaque no PLS 232, de 2016, que tramita no Senado Federal, e no PL nº 1.917, de
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2015, que tramita na Câmara dos Deputados. Além disso, alguns passos já estão sendo dados nessa direção,
podendo-se citar, como exemplos, a publicação da Portaria MME nº 514, de 27 de dezembro de 2018, e mais
recentemente da Portaria MME nº 465, de 12 de dezembro de 2019, que tratam da redução dos limites de
carga para que os consumidores, atendidos em qualquer nível de tensão, possam escolher de qual fornecedor
comprar energia.
Tem-se que a abertura do mercado implica, se todos aderirem ao mercado livre, no fim do
mercado cativo que, hoje, é parcialmente responsável por viabilizar, via subsídios-cruzados, o sistema de net
metering da MMGD. Isso porque, embora parte dos subsídios cruzados impliquem em majoração da TUSD
para todos os consumidores, livres e cativos, ainda há uma diferença entre o valor da energia gerada e o valor
da energia consumida, o que acaba virando TE para os consumidores cativos. Sem consumidores cativos, há
que se definir como os custos serão compensados.
Portanto, é importante ter em mente a incompatibilidade existente entre a abertura de mercado
e a manutenção do sistema de compensação net metering, por um período, por exemplo, de 25 anos, que
corresponde ao tempo de vida útil dos equipamentos fotovoltaicos, sem que se tenha a contrapartida da
criação de um novo encargo que o sustente.
A imposição da criação de mais um encargo, inclusive, vai em direção contrária a atual
agenda governamental de desoneração tarifária. É, no mínimo, um contrassenso defender a liberalização
completa do mercado e, ao mesmo tempo, criar um encargo de pagamento obrigatório a todos os
consumidores para subsidiar painéis solares de grandes usuários (sejam eles redes varejistas, bancos ou
mesmo consumidores residenciais de alta renda) que foram viabilizados por empreendedores que
comercializam energia elétrica por meio de uma interpretação duvidosa da REN 482.
Nesses termos, caso o net metering seja mantido num ambiente de liberalização total do
mercado, questiona-se se a ANEEL realizou algum estudo que trate da necessidade de criação de encargo,
bem como a forma que este será implementado e quem o custeará.
Isto posto, reforçamos a necessidade de aprimorar o marco regulatório do setor elétrico com
vistas a construir um ambiente de negócios moderno, que preze pela segurança jurídica e que se mostre
atrativo aos investimentos, notadamente, privados, a fim de garantir uma expansão eletro-energética a preços
críveis, buscando, assim, reduzir ou até mesmo eliminar riscos de desabastecimento de energia.
Além do mais, em razão de uma melhor alocação de custos e, consequente, melhor sinalização
de preços advinda da aplicação da alternativa 5, a regulação não será barreira à penetração dos sistemas de
armazenamento, face a possibilidade de redução dos custos associados a esse recurso.
CONCLUSÃO
Em linha com as contribuições deste Ministério à AP nº 01/2019, entendemos como adequada
a escolha da alternativa 5 pela ANEEL, pois preserva a viabilidade dos investimentos em MMGD e reduz
distorções tarifárias, mesmo que, idealmente, para real eliminação de qualquer subsídio-cruzado, seria
necessário, além da tarifa binômia, que a geração da energia fosse precificada de acordo com seu valor
instantâneo (tarifa horária), da mesma maneira que o consumo. Ademais, a priorização da eficiência da
estrutura tarifária e da eficiência na alocação dos custos de cada componente aos consumidores e
prossumidores foi uma abordagem mais aderente ao papel do regulador.
Reforçamos que a MMGD, nos moldes como está regulamentada, implica em impactos
tarifários com consequências negativas para aqueles consumidores que não fazem uso de tal mecanismo,
uma vez que este traz consigo um subsídio cruzado resultante de uma ineficiência alocativa da estrutura
tarifária. Ressaltamos a avaliação da ANEEL que prevê que a manutenção da alternativa 0 entre 2020 e 2035
resultaria em um VPL negativo ao setor elétrico de R$ 48 bilhões, o impacto negativo sobre a tarifa dos
demais consumidores seria de R$ 55 bilhões, considerando a GD local e a remota.
Por fim, enfatizamos que os pilares estruturais no âmbito da Reforma do Setor Elétrico devem
ser levados em conta na tomada de decisão. A modernização ressalta a necessidade de um ambiente
comercial estruturado, com alocação de custos eficiente, redução de subsídios e sinal de preços para que a
transição energética ocorra no Brasil de forma sustentável.
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Documento assinado eletronicamente por Diogo Mac Cord de Faria, Secretário(a), em 30/12/2019,
às 22:07, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539,
de 8 de outubro de 2015.
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