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Vitor Friary
2ª edição
Sumário
Sobre o autor
Prefácio
Entendendo a procrastinação
Tolerando o desconforto
Referências
SOBRE O AUTOR
Este manual não substitui o trabalho que você realizaria com o suporte
de um terapeuta cognitivo-comportamental, mas pode sim complementar esse
trabalho a ser realizado e te ajudar a dar os primeiros passos.
ENTENDENDO A PROCRASTINAÇÃO
Definição
a) sim
b) às vezes
c) não
a) sim
b) às vezes
c) não
a) sim
b) às vezes
c) não
a) sim
b) às vezes
c) não
a) não
b) às vezes
c) sim
a) sim
b) às vezes
c) não
a) sim
b) às vezes
c) não
8) Meu slogan é: "por que fazer hoje, se eu posso fazer isso amanhã?"
a) sim
b) às vezes
c) não
a) sim
b) às vezes
c) não
a) sim
b) às vezes
c) não
Somando os resultados
São as coisas que você faz para desviar ou substituir a tarefa ou objetivo
que você precisa realizar. Podem envolver atividades tais como tarefas
prazerosas (por exemplo, ver filmes, séries da Netflix, leitura, surfar na
internet, etc.), tarefas de baixa prioridade (por exemplo, arrumar armários,
verificar e-mails, etc.), socializar com os amigos família / parceiros,
distrações (por exemplo, dormir, comer, fumar, etc.) ou sonhar acordado.
"__________"
"Eu não deveria ter que fazer as coisas que eu não quero fazer, ou só
porque alguém diz".
"Os outros vão pensar mal de mim, se eu não for bem nisso"
"Eu devo ter certeza do que vai acontecer, senão não vale a pena
tentar".
"Estou bem melhor não fazendo do que tentar me arriscar e der errado"
5) Baixa auto-confiança
"Eu não posso fazê-lo, porque não sou bom o suficiente para isso."
6) Sem energia
Consequências da Procrastinação
O Ciclo da Procrastinação
O Ciclo da Ação nos mostra que, quando somos confrontados com uma
tarefa ou meta que normalmente procrastinaríamos precisamos:
Ajustar nossas regras e suposições de como o nosso
funcionamento deve ser;
As Desculpas que damos para nós mesmos para deixar algo para amanhã
ou depois normalmente envolvem algum grau de verdade sobre a situação
que estamos enfrentando. A partir daí é que concluímos que é melhor adiar
uma tarefa ou meta para um outro momento. Estas desculpas nos fazem sentir
que a nossa procrastinação é justificada, razoável e aceitável. Como tal, estas
desculpas desempenham um papel determinante no ciclo vicioso da
procrastinação que nos levam ao adiamento, e precisamos aprender a
descartá-las se é de nosso interesse a superação do problema da
procrastinação. Aqui estão algumas desculpas mais comuns da
procrastinação. Cada desculpa é dividida em duas partes, o grão de verdade e
uma consequente conclusão que não é útil para nós, isto é, que no final não
nos ajuda de fato a se movimentar. Veja a tabela a seguir esclarecendo mais
esse link entre a considerada verdade e a conclusão inútil que ela sugere:
Estas conclusões seguem um raciocínio de que amanhã, como se por um
milagre, será um melhor momento para começar a ser produtivo e seguir em
frente. No entanto, muitas vezes, se esperarmos pelo momento quando nós
estamos inteiramente descansados, motivados, inspirados, e sem distrações,
ou o momento onde temos tudo o que precisamos, quando temos tempo, ou
quando tenhamos finalizados outras coisas, ou então quando nos sentirmos
totalmente preparados… estaremos esperando um tempo muito longo para
que as condições adequadas estejam presentes para começar a ativar a vida na
direção da vitalidade e do que importe verdadeiramente para nós.
Você pode desafiar as suas conclusões inúteis e que não lhe ajudam e
desenvolver conclusões mais adaptativas e funcionais para você através de
perguntas que poderá fazer para si mesmo a partir de agora. Quando você
reconhecer tirando conclusões que te afastem das suas metas, você pode se
perguntar as seguintes questões:
1) Quais são as evidências reais que eu tenho de que é melhor para mim
adiar a minha meta agora? Qual é a certeza que eu tenho, de que o a minha
mente está dizendo agora para mim é verdade absoluta?
2) Quais são as razões de que é melhor para mim, que eu inicie dar
alguns passos agora na direção da minha meta?
3) Será que é verdade que a longo prazo eu terei mesmo mais vantagens
se eu adiar esta tarefa agora, como a minha mente diz que eu vou ter?
4) É verdade que eu não posso nem ao menos iniciar uma pequena parte
do meu objetivo agora, como a minha mente me diz que eu não posso ou não
estou pronto para começar?
Veja a tabela a seguir para ver como seria na prática desafiar as suas
conclusões sabotadoras e preparar o terreno para os movimentos de Ação ao
invés de movimentos de ProcrastinAção:
Outra maneira de desafiar essas conclusões sabotadoras de movimento é
definitivamente testá-las. Isto é, realize um experimento para ver se o que a
tua mente prevê acerca de sua habilidade de concluir tarefas é realmente
verdade na prática. Por exemplo, se a sua desculpa se relaciona com a noção
de que você não pode fazer agora porque você está muito cansado:
primeiramente dê uma nota para o seu cansaço (de 0 a 10 por exemplo), e
faça 5 ou 10 minutos da tarefa que a tua mente quer lhe convencer a adiar.
Após esse período, re-avalie o seu cansaço e examine o que você foi
capaz de conquistar neste período curto de tempo. Você então poderá
continuar por outro período curto de tempo, e de novo re-avaliar seu cansaço
e o que você pôde fazer.
1) Ficar me criticando por estar adiando não é útil para mim, o que vai
ser útil é entender que esse processo faz parte, e ainda que eu me sinta mal
comigo, eu posso realizar um pequeno passo agora e mudar a minha
experiência de mim mesmo.
2) _______________________
3) _______________________
4) _______________________
A seguir você irá encontrará outras estratégias que como esta vai iniciar
o exercício de te fazer amolecer a rigidez aparente do ciclo da procrastinação.
O importante é que você se mantenha aberto e confiante de experimentar
cada uma dessas estratégias e coletar dados a partir de sua própria
experiência.
ESTRATÉGIAS PRÁTICAS PARA
SUPERAR A PROCRASTINAÇÃO
Existem diferentes maneiras que você pode executar tarefas para torná-
las mais fáceis. A seguir veremos alguns métodos, cada um com o seu nome,
que você poderá tentar. Mantenha em mente que nem todos eles são
adequados para qualquer pessoa ou qualquer situação, então será necessário
que você tente e veja o que acontece em diferentes situações. É importante
que neste processo você se considere por vezes um cientista. Para o cientista
é importante a curiosidade e o experimento em si.
Melhor Lugar: esteja atento aos ambientes que você geralmente é mais
produtivo, e quais ambientes têm distrações que deixem você mais vulnerável
à procrastinação. Isole-se se preciso para minimizar distrações sociais e
outras distrações eventuais.
Estas regras e suposições que não nos ajudam, que estão na base do
ciclo vicioso da procrastinação, muitas vezes geram algum tipo de
desconforto emocional, que são ativados até mesmo quando estamos
pensando em fazer uma tarefa na direção de nossas metas consideradas
importante. As emoções mais comuns são por exemplo a raiva, o
ressentimento, frustração, tédio, ansiedade, medo, vergonha, depressão,
desespero, cansaço, ou angústia no peito). A procrastinação, que geralmente
ocorre em seguida, torna-se uma estratégia para evitar esse desconforto
emocional gerado.
"Eu não deveria ter que fazer as coisas que eu não quero fazer, ou só
porque alguém diz que eu tenho fazer".
"A vida é muito curta para estar fazendo coisas que são chatas ou
difíceis"
"Os outros vão pensar mal de mim, se eu não for bem nisso"
4) Regras para evitar o Medo da incerteza ou do pior
"Eu devo ter certeza do que vai acontecer, senão não vale a pena
tentar".
"Estou bem melhor não fazendo do que tentar me arriscar e dar errado"
"Eu não posso fazer o que me proponho ou desejo, porque não sou bom
o suficiente para isso."
Há uma série de passos que você pode seguir para desafiar e ajustar as
regras inúteis e suposições que dão origem a sua procrastinação. Isso envolve
fazendo para si mesmo um número de perguntas que mobilizam a sua mente
e sua perspectiva atual.
Se você tem mais do que uma regra ou suposição que não funciona para
você hoje em sua vida, procure redefinir uma por vez. Lembre-se de praticar
motivação e não auto-crítica durante o processo de redefinição de regras. Se
ficar preso em auto-crítica em qualquer momento, lembre-se de ler o cartão
de enfretamento que você imprimiu ao longo desse livro.
Ao investigar de onde suas regras e suposições podem ter vindo de sua
história de vida, talvez você se realize de que muitas das vezes, elas se
desenvolveram a partir de mensagens ou coisas que você tenha ouvido e
recebido de outras pessoas ao seu redor, experiências passadas que você
tenha tido, ou da sua observação de como as pessoas enfrentaram as suas
vidas. Muitas vezes, esses eventos aconteceram durante o seu crescimento na
infância e adolescência, mas também podem ter sido influenciadas a partir
experiências mais recentes de sua vida.
Exemplo:
De onde veio?
As coisas não têm que ser sempre do meu jeito, eu posso ser flexível e
responder as minhas necessidades abrindo mão da necessidade de estar no
comando e de ser resistente e acabar perdendo o foco do que realmente
importa.
O que posso fazer para colocar esta nova regra ou suposição de vida
em prática?
Intolerância ao Desconforto
Se você pode adotar essa atitude quando necessária, você será menos
propenso a usar a procrastinação como um meio de parar o desconforto que
você tem acerca da realização de tarefas desejadas.
A seguir você irá encontrar algumas sugestões para que você exercite a
sua capacidade de tolerar desconforto. Estas sugestões têm como base
princípios de uma teoria e prática terapêutica conhecida como Mindfulness-
based Cognitive Therapy (MBCT) que traduzida para o português significa
Terapia Cognitiva baseada em Mindfulness. Este modelo terapêutico tem
como base o processo conhecido como Mindfulness ou Atenção Plena.
1) Pare e observe
Em primeiro lugar, traga uma consciência suave para o que você esteja
percebendo agora; essa experiência, aqui e agora. Por exemplo, perceber sua
respiração, as sensações do seu corpo, sensações fora do seu corpo, uma vez
que você faz contato com o meio ambiente, os sons ao seu redor, os locais em
torno de você, o sabor na sua boca. Notando também as emoções que você
está sentindo, ou observando os pensamentos que estão surgindo em sua
mente. Se você está angustiado quando praticar, observar e trazer a
consciência para o desconforto.
2) Seja receptivo e aberto para o que você encontrar (do jeito que é)
Para ajudá-lo a ser um observado aberto, pode ser útil descrever a sua
experiência para si mesmo como por exemplo: "aqui está um pensamento, eu
o vejo", ou "aqui está uma sensação de corpo, eu a sinto", ou "aqui um
sentimento surgindo para mim, eu o sinto", etc. Novamente, se você perceber
que a 'angústia' está presente enquanto você pratica, apenas assista e observe
com curiosidade o seu desconforto, pelo que ele é, (apenas uma experiência)
e não o que a sua mente diz que ele é. Talvez ajude você descrever essas
experiências para si mesmo, por exemplo: "aqui está o sentimento de raiva,
eu a sinto, e nada mais do que isso", "aqui está o sentimento do tédio, e eu o
sinto, e ele não é nada mais do que isso", "aqui está o sentimento de
desespero, e eu o sinto, e ele não nada mais além do que uma experiência que
eu estou tendo" e assim por diante. Tente relacionar com eles como "apenas
sentimentos, nada mais e nada menos". Neste instante é importante lembrar-
se de que você não é esse sentimento ou experiência que você observa, você é
aquele que observa a experiência, e não a experiência, e por isso como
observador você é mais do que esses sentimentos sentidos.
3) Deixe passar
Se você permitir que a sua experiência apenas seja o que ela é, isto é,
uma experiência e nada mais do que isso, é muito mais provável que por
conta dessa disposição de abrir espaço para esta experiência entrar no seu
espaço pessoal (ao invés de lutar ou fugir dela), que ela então entre e passe
em seu tempo natural. O que sabemos é que nenhuma experiência dura para
sempre, essa é a notícia boa, e o que também sabemos é que a nossa luta ou
fuga dessas experiências podem durar para sempre, se assim escolhermos.
Para ajudá-lo nesta tarefa de abrir espaço e deixar as experiências
simplesmente passarem por você, você pode trazer a sua atenção para a
experiência presente com uma intenção de abertura e suavidade, utilizando a
respiração como uma ferramenta dessa intenção de abertura. Imagine que a
sua respiração possa se abrir e receber a experiência que estiver presente para
ti naquele instante.Respire na direção deste desconforto, criando um espaço
para que ele esteja ali, e permitindo que ele esteja ali (pelo que ele: apenas
uma experiência). Você pode então, ser capaz de assistir o desconforto se
transformar com a sua respiração. Perceber por exemplo que esse desconforto
não é fixo, e que você pode sim se relacionar com ele, e abrir-se a ele.
Quando o desconforto chegar novamente lembre-se de que a sua presença
pode ser sentida, e que não tem nada de errado em ter essa experiência, e que
ela faz parte; e novamente apenas traga uma consciência para ela, assista-a de
forma aberta, sem certo ou errado, e permitindo que ao seu tempo ela passe.
O surfista não pode controlar as ondas do mar, ele não luta contra elas,
nem foge. O surfista simplesmente pega a prancha e vai sentindo,
experimentando, de momento a momento. Nossas emoções normalmente
agem como as ondas do mar agem para um surfista, subindo e ganhando
altura em certos pontos. Daí vão diminuindo e ficando para trás em um outro
momento, em seguida, por vezes, vão aumentando de tamanho gradualmente
novamente: sempre em um fluxo constante, fora do seu controle. Entretanto,
ele fica ali, ele continua com sua prancha, observando e surfando, observando
e surfando. Imagine o seu desconforto como esta onda que sobe e desce,
aparece e desaparece, e aparece de novo. Como uma onda o desconforto
também é temporário, ele não vai durar para sempre, e em algum momento
vai diminuir lentamente também. Assim sendo respire com as sensações de
desconforto, reconhecendo a sua presença no processo, de você ser um Ser
Consciente capaz de surfar na onda que essa experiência de fato é.
PLANO DE AÇÃO
Planejando a Ação
Pode ser útil para nós a elaboração de um plano claro de ação para o que
é que precisamos fazer quando o impulso para procrastinar surgir para nós. A
seguir você vai encontrar seis passos essenciais para superar a procrastinação
de forma compreensiva e inteligente, principalmente nos momentos em que
você notar que a procrastinação está guiando a sua vida, ao invés de você
mesmo.
Agora veja tudo de uma forma ampla, isto é, à distância e reflita sobre
como você está indo. Examine como as coisas estão indo. Aprecie o que está
funcionando e as consequências positivas da Ação em vez de Procrastinação.
Identifique com clareza e com gentileza, isto é, sem se culpar ou lamentar, as
áreas que ainda precisam de melhorar. Talvez se perguntando:
Continue o Trabalho
Espere que você tenha dias bons e dias ruins. Espere que você tenha dias
onde você se sente super animado, realizando as estratégias com ânimo e
força, e dias onde você se sinta como se tivesse caído de volta na
'procrastinalândia'. O velho ditado de "dois passos para frente, um passo para
trás" é genuíno. Se você já de antemão espera que aconteça alguns
contratempos antes de começar uma viagem para superar a sua
procrastinação, quando você enfrentar uma colisão nesta estrada, você será
bem menos vulnerável ao sentimento de culpa e menos propenso ao impulso
de abandonar a sua meta de viver uma vida com mais vitalidade e Ação.
Assim sendo, você será mais capaz de usar os seis passos do Plano de Ação
deste capítulo, para ajudá-lo a superar essa colisão e manter seu movimento
na direção da vida que você deseja estar vendo acontecer para você.
REFERÊNCIAS