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Ao Professor Doutor José Xavier, orientador e ao Professor Doutor Rui Isidoro, co-
orientador, ambos pessoas fundamentais na elaboração desta dissertação.
Ao meu orientador quero agradecer a forma indirecta através das suas aulas de mestrado
pela forma, como conseguiu transmitir-me a importância das leis no contexto da
segurança no trabalho; assim como a sua disponibilidade e cordialidade, transmitindo seu
vasto conhecimento, não só pela sua longa carreira académica mas também pelos vasto
conhecimento profissional.
Ao Professor Doutor Rui Isidoro, as palavras aqui escritas, são demasiado diminutas, para
descrever não só o excelente académico, mas algo mais grandioso, que é o ser humano
que é, e que tenho a honra de conhecer há longos anos.
Demonstrou sempre, total cooperação, dando sugestões, relativas a temáticas,
esclarecendo-me dúvidas existentes, demonstrando o vasto conhecimento na área de
segurança laboral.
Ao meu colega de mestrado, Eng° Téc. Pedro Alves pelo seu apoio nas horas mais difíceis,
que surgiram no mestrado, estando sempre disponível, dando apoio quando mais
necessitei; ao Eng° Téc. Pedro Machado e Eng° Vitor Silva pela sua amizade, ajuda e
palavras de incentivo.
Quero igualmente agradecer às minhas irmãs pela compreensão que tiveram pelo tempo
ausente, ao meu sobrinho pela sua disponibilidade para me ajudar quando necessitava e
pelas palavras de motivação assim como à minha sobrinha mesmo longe sempre
manifestou igualmente uma palavra de força.
À melhor mãe e pai do mundo por todos os valores e ensinamentos que me conseguiram
passar, pela compreensão que tiveram durante as minhas inúmeras ausências para realizar
mais esta etapa.
1
Resumo
2
Abstract
The current study was based on the analysis of the Decree-Law no. 41821 of 11 August
1958, called Regulation of Workplace Safety of Civil Construction, Decree-Law no.
307/2009, of 23 October, the Legal Regime of Urban Rehabilitation, DL no. 555/99 of
16 December, The Legal Regime of Urbanization and Edification.
The aim is to demonstrate to the legislators that we need to make a change and adaptation,
since some legislation, in many subjects, is obsolete and not in line with reference entities
such as ILO, European Standards, ACT and authors..
The statistics are quite debilitating, therefore it is necessary for those who work in the
coordination of safety at work the existence of laws that provide proper assistance to
technicians involved.
It was also found a serious problem in this legislation, in terms of the numerous technical
terms applied, in which we will try to show that when you are creating a specific
regulation, one should take into consideration the "target audience" that afterwards will
consult it on a daily basis.
The legislator should have the notion that although it is regulation regarding civil
construction, not all technicians, in the area of safety at work, come from academic areas
such as Civil Engineering and Architecture. Thus, legislation should be clear and not raise
issues when consulted.
3
G lo ssá rio d e term os técnicos
A
Andaime de Conservação
Estrutura utilizada em geral, para trabalhos relacionados com pintura de fachadas, pequenas
reparações ao nível exterior, nas quais se podem englobar, fissuras existentes no reboco que não
afectam a estrutura, reparação de beirais, etc.
Andaime Misto
Andaime que é constituído por diferentes tipos de material, sendo o mais usual o material em
ferro e madeira; podendo em alguns modelos existirem peças constituintes à base de plástico
resistente.
Anilha
Peça metálica ou de plástico, com um orifício ao centro, que se utiliza entre um parafuso e o
elemento aparafusado que permite atenuar os efeitos da pressão exercida, aumentando a área de
contacto.
Argamassa
Massa utilizada em obra para alvenarias e rebocos, constituídos por areias, cimentos e cal
misturados com água.
Mistura feita com cal, areia e água, usada no assentamento de alvenaria, tijolos, ladrilhos e no
revestimento de paredes.
Bailéus
Andaime suspenso, utilizado exteriormente em edificações de grande altura.
Balaustradas
Peças em geral de cariz ornamental, que se utilizam em varandas, escadarias, pequenos muros
de jardins.
Alguns são produzidos em cimento através de moldes, outros podem ser produzidos em pedras
como o granito e mármore.
Barrote
Pequena trave de madeira, de metal, que serve de sustentação de soalhos, telhas, etc.
C
Cobertor de Degraus
Parte superior do degrau de uma escada (zona onde assenta o pé) sempre que subimos ou
descemos a escada de uma habitação.
Cabos-guia
Elemento destinado a limitar a oscilação horizontal da plataforma suspensa; cabo utilizado, na
movimentação de cargas com aparelhos elevatórios, destinado a direcionar a carga. É utilizado
em geral com cargas compridas como varões, tubos, em que se procura que só haja esforças de
compressão.
4
Cadernal
Aparelho para levantar e puxar coisas pesadas, podendo ser utilizado em conjunto com cabo de
aço ou cordas para facilitar a movimentação e divisão de cargas.
Caracteriza-se por ser um equipamento que em geral tem duas roldanas incorporadas por onde
passam os cabos.
Cunha
Peça em ferro ou madeira, com duas faces em ângulo bastante agudo, que pode servir para
rachar lenha, no caso das de ferro e para servir de aperto e sustentação ao assentamento de
portas, portões e janelas.
Cunhais
Faixa vertical saliente nas extremidades de paredes ou muros externos das edificações, em geral
abrangendo da base até ao beiral.
Ângulo externo e saliente formado pelo encontro de duas paredes externas, e serve de protecção
à quina do edifício ou de ornamentação da fachada.
Geralmente vê-se em edifícios mais antigos em que o material aplicado, se relaciona com
cantaria, sendo o material mais utilizado o granito e o mármore.
Cabos de Suspensão
Cabos utilizados para determinados tipos de trabalhos em altura e que sustentam o trabalhador,
usados em trabalhos de pintura, limpeza de fachadas e reparações de pequena a média
dimensão.
Caixilharia
Nome atribuído a trabalhos geralmente afectuados em alumínio, podendo aplicar-se também em
trabalhos de pvc e madeira.
O nome relaciona-se pelo facto de algumas peças constituintes se encaixarem entre si, tais como
portas, janelas e portões.
Caleiras
Espécie de cano, com a forma de uma semicircunferência ou de formato trapezoidal utilizadas
em geral, em material de pvc e metálicos; servindo para escoamento das águas pluviométricas.
Cornijas
É um elemento arquitetónico que consiste em uma faixa horizontal que se destaca da parede ou
conjunto de molduras salientes que servem de arremate superior para obras de arquitectura.
D
Dono de Obra
Entidade responsável pela encomenda das operações e pela celebração do respectivo contrato de
adjudicação, coincidindo, por regra, com a entidade que detém a propriedade do bem ou
infraestrutura ou adquire o serviço financiado.
E
Elementos Suportados
Consideram-se como elementos suportados alguns elementos estruturais existentes numa
habitação familiar, dos quais fazem parte o telhado, vigas, lajes, telhas, etc.
5
Elementos Suportantes
Podem-se considerar como elementos suportantes, pilares, vigotas e paredes.
Empalme
Entalhe ou união de duas peças para que fiquem em prolongamento.
Entivação
Revestimento executado em madeira em poços, galerias e escavações de profundidade média a
grande, destinado a impedir desmoronamento.
Escora
Peça cuja finalidade é amparar e suportar cargas, de forma linear sujeita a esforços de compressão.
Escoramento
Designação da aplicação de escoras, reforço ou sustentação.
Estropo
Laço em cabo de aço ou corda, onde encaixa ou prende em ganchos de guindastes, servindo
para içar cargas pesadas ou puxar cargas.
Estacas-pranchas
Sistema de contenção por cravagem, que usa painéis em aço; para obtenção de uma barreira
metálica contínua de elevada estanquidade.
Estuque
Argamassa feita em gesso; massa branca policromática em cuja composição pode entrar cal,
areia fina, pó de mármore e obrigatoriamente gesso e cola.
É utilizado como revestimento em interiores, principalmente tectos e ornamentos executados em
relevo.
F
Força de Tracção
Força segundo o eixo longitudinal, por exemplo, de uma barra.
A força axial pode ser de tracção ou compressão conforme se esteja a “puxar” os extremos da
barra ou comprimir os extremos da barra.
G
Guarda-cabeça
Peça do andaime com cerca de 0,15 m de altura, cuja finalidade é a de impedir que ferramentas
e outros objectos sejam arremessados para fora do andaime e causem acidentes.
Guarda-costas
Peça do andaime que tem como finalidade, evitar a queda de trabalhadores.
Guinchos
Em geral são equipamentos eléctricos, utilizados em obra para içar cargas, podem ser cargas
ligeiras ou pesadas consoante a capacidade dos mesmos.
6
I
Imbricada
Disposta de modo que as extremidades fiquem sobrepostas.
L
Lingada
Equipamento que se coloca em determinadas cargas, que se pretenda içar, caracterizada por
duas correntes/cabos, podem se for necessário ter um número de elementos consoante o peso da
carga a deslocar/içar.
P
Passadiços
Servem para a passagem de pessoas e bens com segurança quando se realizam obras de
escavação, sobretudo valas.
Podem também ser criados passadiços para passagem de veículos.
Por questões de segurança, estes devem ter guarda-corpos incorporados, de forma a evitar a
ocorrência de quedas.
Polés
Peça utilizada na montagem de andaimes, formada por duas peças na qual uma, tem como função
suportar, tábuas de pé, considerando-se estar a falar de andaimes de madeira.
Porcas
Peças que permitem a fixação de equipamentos, das mais diversas áreas na sua grande maioria de
forma hexagonal.
Pranchada
Rampa provisória para vencer desníveis, utilizada em obra, composta por duas ou mais pranchas
ligadas por travessas.
Pranchas
Peça constituinte da maioria dos andaimes, podendo-se considerar a zona onde se deslocam os
trabalhadores ou onde estão a efectuar trabalhos.
M
Muro de Suporte
Servem para “vencer” um desnível de terreno.
Por outras palavras servem para suster terrenos.
R
Roldana
Tipo de máquina simples, constituída por uma roda, com gola onde passam cordas ou correntes,
de modo a elevar objectos.
S
Sarilho
Peça pertencente a plataformas suspensas, que são utilizadas para trabalhos em altura.
7
T
Tabiques
Tipo de parede leve e amovível, de pequenas dimensões, utilizada normalmente para fixar
argamassas sobre tabiques de madeira com esteirado de vigas de madeira.
Tábuas de Pé
Peça constituinte de andaimes que podem ser de madeira, metal, tem a função de suportar não só
o peso dos trabalhadores mas também as cargas.
Talude
Superfície de terreno inclinado, resultado de uma escavação ou aterro estabilizado. Pode também
ser de origem natural.
Tramo
Termo que define o troço entre dois apoios contíguos, de uma estrutura. Um bom exemplo é por
exemplo uma viga assente nos extremos em pilares, o espaço entre os dois pilares considera-se
tramo.
Travessas
Peça pertencente aos andaimes, de madeira, metálico e misto que serve para dar maior
estabilidade estrutural.
Vigamentos
Conjunto ou disposição das vigas de uma construção.
8
Índice de Matérias
Agradecimentos.............................................................................................................................1
Resumo...........................................................................................................................................2
A bstract.........................................................................................................................................3
Glossário de termos técnicos..........................................................................................................4
Índice de Gráficos........................................................................................................................12
Índice de Tabelas.........................................................................................................................13
Índice de Imagens........................................................................................................................14
Capitulo 1.................................................................................................................................... 15
Legislação e estatística na construção civil..............................................................................15
1. Introdução................................................................................................................................15
1.1. Objectivos do Tema de Estudo...........................................................................................16
1.2. Legislação.........................................................................................................................16
1.3. Análise estatística de acidentes na construção..................................................................17
Capitulo 2....................................................................................................................................22
Regulamentos, normas e evolução técnica dos andaimes...................................................... 22
2. Andaimes.................................................................................................................................22
2.1. Evolução técnica dos andaimes.........................................................................................22
2.2. Apresentação regulamentar e normativa...........................................................................23
2.2.1. Normas EN 12810-1 e EN 12811-1...........................................................................25
Capitulo 3....................................................................................................................................29
Recomendações de segurança segundo OIT para andaimes na construção civil............... 29
3. Segurança e saúde na construção segundo OIT.......................................................................29
3.1. Andaimes segundo a OIT..................................................................................................29
3.2. Indicação dos tipos de materiais segundo a OIT.............................................................. 32
Capitulo 4....................................................................................................................................33
Modelos de andaimes em Portugal...........................................................................................33
4. Andaimes Utilizados em Portugal............................................................................................33
4.1. Andaime modelo FA-48................................................................................................. 33
4.1.1. Aplicação de cargas de acordo com a EN 12810-1.................................................. 34
4.1.2. Funcionalidade, das diagonais estabilidade e grampos de amarração....................... 37
9
4.1.4. Processo de montagem dos andaimes metálicos...................................................... 39
4.1.5. Montagem de andaimes segundo Directiva 2001/45/CE......................................... 43
4.2. Opinião final relativa ao tema andaimes e legislação correspondente..........................45
Capitulo 5....................................................................................................................................46
Legislação de demolição em Portugal....................................................................................... 46
5. Demolição em Portugal............................................................................................................46
5.1. Legislação afecta à Demolição em Portugal................................................................... 46
5.1.1. Demolições segundo Decreto-Lei n° 41821 de 11 de Agosto de 1958.................... 47
5.1.2. Demolições legislação segundo DL n.° 307/2009, de 23 de Outubro; Regime Jurídico
de Reabilitação Urbana........................................................................................................49
5.2. Providências preliminares em trabalhos de demolição de acordo com capítulo II do DL n°
41821 de 11 de agosto..............................................................................................................50
5.3. Omissão dos métodos utilizados para demolição no DL n° 41821 Regulamento de
Segurança no Trabalho da Construção Civil.......................................................................... 53
5.3.1. Métodos de demolição a constar no Decreto-Lei n° 41821...................................... 53
5.3.2. Demolição com equipamento mecânico................................................................... 54
5.3.3. Demolição por Impacto..............................................................................................55
5.3.4. Demolição com recurso a explosivos........................................................................ 55
5.3.5. Demolição por expansão química..............................................................................58
5.4. Considerações finais relativas a legislação de demolição existente em Portugal............... 62
Capitulo 6....................................................................................................................................63
Legislação relativa a obras de escavação................................................................................ 63
6. Escavações em Portugal...........................................................................................................63
6.1. Medidas preliminares em obras de escavação................................................................. 63
6.1.2. Escavações de Valas..................................................................................................65
6.1.3. Informação prévia antes do início das escavações de valas..................................... 66
6.2. Entivação de Valas de acordo com DL n° 41821 de 11 de Agosto................................. 66
6.2.1. Medidas de segurança consoante natureza do solo.................................................. 69
6.2.2. Utilização de escadas de mão, como medida de segurança nas aberturas de valas. .. 70
6.2.3. Medidas de segurança a adoptar em taludes............................................................ 73
6.2.4. Possíveis causas de escorregamentos de taludes...................................................... 74
6.2.5. Medidas de segurança a ser tomadas para evitar escorregamentos de taludes......... 74
6.3. Medidas de segurança a tomar, relativas aos materiais extraídos da escavação............. 75
6.3.1. Medidas de segurança junto de habitações e muros, antes do início de escavações . 76
6.4. Considerações finais relativas ao tema dasescavações.....................................................78
10
Capitulo 7....................................................................................................................................79
Sinalização de Obras segundo Decreto-Lei n° 41821............................................................. 79
7. Sinalização de Segurança.........................................................................................................79
7.1. Sinalização de acordo com o Titulo V, Capitulo IV, Secção I do Decreto-Lei n° 41821 79
7.2. Sinalização temporária de acordo com o Decreto Regulamentar n° 22-A/98 de 1 de
Outubro....................................................................................................................................81
7.2.1. Significado de sinalização de trânsito e tipos de sinais constituintes....................... 81
7.3. Sinalização temporária de obras na via pública.............................................................. 83
7.3.1. Noção de princípios e objectivos em sinalização temporária.................................... 85
7.4. Método de implantação relativa a sinalização temporária............................................... 87
7.5. Circulação alternada, face a implementação de sinalização temporária.......................... 89
7.5.1. Tipo de sinalização para trabalhos fixos................................................................... 91
7.6. Reflexão final relativa a sinalização constante no DL n° 41821 e restante legislação
complementar...........................................................................................................................97
Capitulo 8....................................................................................................................................98
8. Conclusão e comentário final...................................................................................................98
8.1. Linhas futuras de estudo................................................................................................. 99
9. Bibliografia...........................................................................................................................100
9. Anexos...................................................................................................................................102
Imagem; Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=0...................................................102
11
Índice de Gráficos
12
Índice de Tabelas
13
Índice de Imagens
14
Capitulo 1
1. Introdução
15
1.1. Objectivos do Tema de Estudo
1.2. Legislação
16
Passaram a criar-se normas, regulamentos e um conjunto de legislação de forma a tentar-
se em parte uniformizar procedimentos entre os diferentes países.
Surge então em 1988 a norma HD 1000 e em 1992 a norma HD 1004 relacionadas com
andaimes constituídos por elementos pré-fabricados.
A norma HD 1000 foi criada para os andaimes de pés fixos; já a norma HD 1004 referia-
se aos andaimes móveis tipo torre.
Posteriormente em 1989 surge a norma HD 1039, visando aspectos construtivos dos
andaimes como fossem, o seu diâmetro e espessura; o diâmetro 0ext. = 48,3 mm a
espessura, e= 3,2 mm.
No ano de 1999 o Decreto-Lei n° 82/89 de 16 de Março transpõe para a ordem jurídica
interna a Directiva n.° 89/655/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro de 1989, alterada
pela Directiva n.° 95/63/CE, do Conselho, de 5 de Dezembro de 1995, relativa às
prescrições mínimas de segurança e de saúde para a utilização pelos trabalhadores de
equipamentos de trabalho.
O Decreto-Lei n.° 50/2005 de 25 de Fevereiro faz menção nos seus artigos 40, 41 e 42 a
aspectos relacionados com os andaimes relativamente à sua utilização, estabilidade e
plataformas. Em 2003 surge a EN 12810-1 que veio substituir a anterior norma HD 1000
de 1998 e visa sobretudo aspectos como andaimes de fachada de componentes pré-
fabricados. Esta norma serve de aplicação a todo o tipo de sistemas de andaime
produzidos totalmente com aço ou ligas de alumínio como material base.
A referida Norma, visa que os equipamentos criados cumpram com os requisitos
estabelecidos oferecendo assim, total segurança aos funcionários evitando-se a ocorrência
de acidentes no sector da construção garantido estabilidade, fiabilidade, facilidade de
montagem e capacidade carga.
17
Acidentes Mortais Mensais
•2015
•2016
■2015 •2016
Segundo o Quadro 1, em termos de acidentes, nos diferentes meses ao longo dos três
últimos anos, vê-se que nos primeiros meses, sobretudo, Janeiro, Fevereiro e Março que
o numero de acidentes mortais é sempre mais elevado em comparação ao resto do ano,
ainda que em 2014 se tenham mantido valores bastantes elevados.
18
Sector de Actividade
Tal como mencionado inicialmente acerca dos números desanimadores que ainda afectam
alguns sectores de actividade em Portugal, em que, se frisaram aqueles em que os valores
associados são bastante alarmantes, no Quadro 2, dá então para confirmar que o sector da
construção civil, é de longe aquele sector em que, se tem de travar uma clara “batalha”
de forma a diminuírem-se tais valores.
Pode-se verificar que face ao ano 2016 os dados facultados pela ACT, aqui apresentados
dizem respeito ao mês de Abril.
Constata-se já que, em relação aos restantes sectores aqui apresentados, foi tido em
consideração, aqueles que, por parte da ACT tinham os valores mais elevados; sendo que,
existiam muitos mais sectores. Ainda que, em relação ao sector da construção os valores
correspondentes não digam respeito ao primeiro semestre; poderemos prever uma vez
mais, valores bastantes desmotivantes, os quais denigrem o país em matéria de segurança
laboral; faz-se muito rapidamente uma referência ao sector das indústrias
transformadoras, ainda que, com um número mais baixo face aos mesmos anos; este
sector fica logo atrás da construção civil.
19
A aposta na formação dos funcionários assim como actividades de sensibilização pode
ser uma das “chaves” para o combate aos trágicos números.
20
Sector de Actividade 2015
■ Indústrias Extrativas
■ Industrias Transformadoras
■ Construção
■ Transportese Armazenagem
■ Industrias Extrativas
■ Industrias Transformadoras
■ Construção
■ Transportes e Armazenagem
21
Capitulo 2
2. Andaimes
Sabe-se que devido ao tipo de andaimes, ao tipo de material dos quais estes são feitos, má
montagem no terreno, muitas das vezes sem cumprirem com procedimentos básicos de
segurança, levando a terem uma utilização incorrecta, são a causa das elevadas
percentagens de acidentes já anteriormente apresentadas.
Quedas de pessoas em altura, materiais como, utensílios de trabalho que caem e provocam
acidentes dos mais variados tipos, a estrutura colapsar e por fim, embora pouco,
electrização de estruturas.
Convém lembrar que os andaimes são constituídos por plataformas horizontais elevadas,
estas, suportadas por estruturas de secção reduzida; podendo utilizar-se para além do que
dito inicialmente, para trabalhos de demolição tanto em altura como em obras com
profundidade.
Embora sejam “peça” importante para a realização dos mais diversos tipos de obra, e
estejam desde sempre ligados ao sector da construção; pode-se afirmar com toda clareza
que nos últimos 42 anos, pós 25 de Abril o mercado viu aos poucos o aparecimento de
novos tipos de andaimes.
22
O DL n°41821 é exemplo claro do tipo de andaimes que se utilizavam, constatando neste,
desenhos anexos na qual permite ver-se e melhor compreender a forma como deviam ser
montados em obra, bem como saber o nome das partes constituintes do andaime.
O Capitulo 1 do Decreto-Lei n° 41821 na Secção II, é exemplo claro do tipo de andaimes
utilizado aquela época, onde entre os seus Artigos 15.° até ao Artigo 25.° todos estes, são
referentes aos andaimes de madeira.
Embora estejam em desuso, por questões até de cariz ambiental, tendo estes impacto
negativos; a madeira em andaimes utilizar-se-á em alguns andaimes denominados mistos.
Como dito, os andaimes de madeira com o passar dos anos foram sendo “excluídos” do
sector da construção passando-se aos poucos para os andaimes mistos e presentemente
em quase todas as obras para andaimes totalmente metálicos.
A introdução no mercado deste tipo de equipamento acabou por comprovar, que trazia
bastantes benefícios para os próprios construtores, ainda que, inicialmente por
desconhecimento tivesse levantado algumas dúvidas.
Facto é que estes são mais leves, o que permite uma maior facilidade de montagem,
desmontagem e transporte de um local para outro, e no que se refere à segurança, estes
quando cumpram com todos os requisitos exigidos de segurança, são totalmente fiáveis,
dando aos trabalhadores total confiança.
Um outro tipo de andaime metálico é aquele em que, a estrutura a si adjacente, é
constituída por tubos metálicos e restantes peças acessórias necessárias à sua montagem,
diga-se que este tipo de estrutura se utiliza muito recentemente, uma vez que em
determinado tipo de obras a sua montagem obriga a que seja efectuada por um(a) técnico
(a) qualificado reconhecido para tal.
Dos andaimes citados, todos eles se adaptam a diferentes tipos de obra e a utilização
destes, por parte das construtoras justifica que sejam previamente efetuados planeamentos
correctos, onde se incluem orçamentações diferentes.
23
uma pequena menção a aspectos de segurança relativa ao tema dos andaimes que se
transcreve como forma de comprovação do que, desde início do tópico se tem dito.
24
Dando-se algum seguimento ao que vinha sendo dito, anteriormente ao texto transcrito,
este Artigo 5.°, constante nas disposições gerais, levanta imensas questões que devem ser
colocadas das quais as seguintes :
É comum no nosso pais, para se esclarecer dúvidas existentes, ter-se de andar a “saltar”
de uma legislação para outra.
O que se pretende fazer ver, sobretudo ao legislador, é se, não se pode incluir mais
informação nestes tipos de regulamentos.
Pois estes, como a própria palavra indica, deriva da palavra regular e assim sendo devem
servir de “orientação”; ora, necessitando um Técnico de Segurança diariamente de
consultar a legislação, esta deve desde que possivel, ser posta à disposição dos
interessados o mais aglomeradamente possivel.
Ao nível da existência de normas aplicadas aos vários tipos de andaimes fabricados, para
o sector da construção civil, falar-se-á seguidamente de duas normas que se julgam serem
25
as de caracter mais relevante, ainda que não exista a obrigatoriedade da sua aplicação,
segundo a legislação vigorante em Portugal.
Comecemos pela EN 12810-1; esta norma, disponível em língua espanhola pela
Asociación Espanola Normalización y Certificación (AENOR); especifica os requisitos
relativos ao comportamento bem como, requisitos gerais relativos ao seu desenho
estrutural e avaliação dos sistemas de andaimes para fachadas.
Os andaimes de fachada tal como o próprio nome diz, foram concebidos; dito de outra
forma, para os trabalhos correspondentes à (s) zona (s) exterior (es) do (s) edifício, na
qual, parte da estrutura dos andaimes é fixa com recurso a ancoragens em pontos
estabelecidos, após o seu dimensionamento.
Os sistemas de andaimes são classificados de acordo com seis critérios que se apresentam
na tabela 1 a seguir.
A nch ura del sistem a SW 06. SW 09, SW 12, SW 15. SW 18, SW 21, SW 24
Convém mencionar que a EN 12810-1 esta limitada ao tipos de andaimes com partes
destes constituídas por aço, alumínio e alguns, com partes constituintes por peças em
madeira, estas, mais relacionadas aos rodapés.
O tipo de designação que deve constar num determinado tipo de andaime que esteja em
conformidade com a norma citada passa-se a descrever.
26
Andaime EN 12810 --- 4D --- SW 09/250 --- H2 --- B --- LS
(LA) com escada de mão; (ST) escada de acesso o (LS) ambas: Ver tabela 1
Em relação à EN 12810-1 não se irá fazer mais nenhuma referência ao que consta nesta,
pois tem-se, como intuito divulgar a existência deste tipo de norma que pode servir de
auxílio aos técnicos de Segurança e Higiene do Trabalho, nomeadamente aos que
desempenham funções de Coordenadores de Segurança em Obra e que, queiram ter um
conhecimento mais aprofundado.
Por fim em relação às normas mencionadas, irá falar-se da EN 12811-1, de uma forma
resumida, tentando-se fazer uma correcta descrição para aquilo que a mesma norma foi
criada; tal como a EN 12811-1 a EN 12810-1 ambas cumprem com determinados
parâmetros definidos pela Asociación Espanola Normalización y Certificación
(AENOR).
De acordo com o descrito em espanhol na EN 12811-1, esta, serve para ser aplicada aos
aspectos de comportamento e desenho estrutural dos andaimes de trabalho e de acesso.
Os requisitos mencionados aplicam-se a estruturas de andaimes, da qual a sua estabilidade
depende de estruturas adjacentes.
Pode esta norma ser igualmente utilizada para outros tipos de andaimes para além do
descrito no seu tópico 4 relativo ao tipo de material.
Convém no entanto dizer que a norma não se aplica aos tipos de trabalhos em altura que
seguidamente se descrevem:
27
- Plataformas suspensas por cabos, sejam estas, fixas ou móveis;
- Plataformas móveis horizontais das quais, torres móveis de acesso; MAT (Mobile
Access Towers);
- Plataformas operadas a motor;
- Andaimes que sejam utilizados como protecção em trabalhos realizados nos telhados;
- Telhados provisórios;
Feita referência a estas duas normas, de uma forma muito resumida, o intuito é demonstrar
que estas, existem, embora como citado atrás, não exista sua obrigatoriedade em termos
de aplicabilidade.
Tal como descrito nas duas normas, estas por si só, não dispensam a consulta das que são
mencionadas, para que, a sua aplicação seja feita de uma forma correcta.
28
Capitulo 3
Efectuada uma leitura acerca do que diz a OIT em matéria de andaimes, tentar-se-á
demonstrar alguns aspectos que se julgam merecer uma intervenção da parte dos demais
legisladores sobre aspectos que tal, como já aqui mencionados continuadamente;
verificam-se que os mesmos se mantém, mesmo, pela organização que supostamente em
matéria de segurança do trabalho, deveria ter disponível, informação para os técnicos de
segurança do trabalho, mais explícita e de algum caracter mais técnico.
29
Ao ler-se este ponto constatam-se alguns aspectos, que demonstram de uma forma
bastante clara que ainda se tem um longo “caminho a percorrer” em termos de higiene e
segurança no trabalho.
Tal como se pode ler, no ponto 4.1.3. diz, que em matéria de andaimes, estes devem estar
de acordo com a legislação nacional.
Então, estando o Decreto-Lei n° 41821 de 11 de Agosto de 1958 definido como,
Regulamento da Segurança no Trabalho da Construção Civil; em vigor, segundo a OIT
este, relativamente à sua Secção II Andaimes de Madeira, Subsecção Materiais
concretamente entre os seus Artigos 15.° e Artigo 16.°; Subsecção II Construção e
Características da qual fazem parte os Artigos 17.° até ao Artigo 25.° e por fim a Secção
III Andaimes Metálicos e Misto da qual unicamente consta o Artigo 26.°; todos estes
devem continuar a ser aplicados em toda a actividade da construção civil.
Dando seguimento ao sugerido pela OIT, e indo ao que consta no DL n° 41821 no seu
Capitulo I Secção I Disposições Gerais, entre os Artigos 1.° e 14.° tal como os
anteriormente descritos com excepção do Artigo 26.°, todos os restantes mencionam a
utilização de andaimes em madeira, e devem, sempre que possível ser construídos
segundo os desenhos em anexo disponibilizado no DL n° 41821.
Por conseguinte, no que diz respeito ao que começou por ser utilizado; acerca de trinta
anos em matéria de andaimes e ainda em uso no mercado da construção; do qual se
apresenta seguidamente um modelo, é sabido, que foram sendo introduzidos na
construção civil os andaimes de metal, embora os primeiros modelos não
disponibilizassem pranchas metálicas, sendo mais tarde por questões de segurança
incluídas como peças constituintes de toda estrutura do andaime.
30
Face ao aqui exposto apresenta-se o que diz o Artigo 26.° do DL n° 41821 no intuito de
reforçar neste particular caso; a importância que este tipo de andaime tinha perante o
sector da construção civil, sobretudo em matéria de segurança para os operários que
necessitam de utilizá-los nas suas tarefas diárias.
“Art. 2 6 .°Os andaimes metálicos e mistos, nos elementos que os compõem e na unidade
da instalação, devem satisfazer condições de segurança não inferiores às estabelecidas
para os andaimes de madeira.
§ único. A s tábuas de pé serão solidamente fixadas à estrutura, não podendo utilizar-se
pregos para esse efeito.”
Continuando a fazer uma breve análise ao recomendado pela OIT, apresenta-se o tópico
4.1.6. que se julga ser necessário ser revisto e “discutido” entre as entidades
representativas ao nível europeu e nacional.
“4.1.6. A autoridade competente deve criar e fa zer cumprir leis, regulamentos ou normas
que contenham disposições técnicas detalhadas sobre a concepção, construção,
montagem, utilização, manutenção, desmontagem e inspecção dos vários tipos de
andaimes e escadas de mão utilizados na construção.”
Como podemos constatar a OIT faz menção a que, a autoridade supostamente de cada
país deve fazer cumprir as leis em vigor, regulamentos e normas.
No entanto face à não obrigatoriedade de aplicação por enquanto das normas EN 12810
1 e EN 12811-1 surgem algumas questões que se apresentam.
31
- Considera-se o Decreto-lei n° 41821, nomeadamente entre os Artigos 14.° até ao 26.°?
Quanto ao tipo (s) de material a ser empregue para obras, segundo a OIT numa leitura
entre os tópicos 4.2.1 e 4.2.10. esta, refere dois tipos de material, dando mais enfoque à
utilização da madeira, face à utilização de andaimes em metal, fazendo uma curta
referência à utilização de tubos metálicos nomeadamente no tópico 4.2.8. que se
apresenta.
Retirado este pequeno texto, para demonstrar-se que aqui a OIT faz menção a que devem
ser seguidas normas existentes.
Em pesquisa realizada na página da ACT, não foi encontrado nenhum tipo de informação
que leva-se a querer que as normas EN 12810-1 e EN 12811-1 tenham de ser aplicadas.
O autor Abel Pinto no seu livro Manual de Segurança, Construção, Conservação e
Restauro de Edifícios faz menção a não obrigatoriedade de aplicação das Normas HD-
1000; HD-1039 e HD-1004.
Face ao exposto, por parte da OIT que foca a utilização de madeira, tal como o Decreto-
lei n° 41821 então poderemos dizer que estaremos numa situação de retrocesso e com
causas negativas de impacto ambiental.
Pois a ser seguido o que uma entidade internacional e a lei portuguesa dizem, leva a
sugerir que alguma parte da legislação tem de ser revista e repensada com brevidade.
32
Capitulo 4
O trabalho realizado teve como base, analisar alguma da legislação mais relevante em
matéria de segurança e saúde no sector da construção civil em Portugal.
Verificou-se que parte dessa mesma legislação consultada, faz referência a andaimes de
madeira, enquanto que, relativamente aos andaimes metálicos pouco é mencionado.
No entanto é do conhecimento de todo o (a) futuro (a) Técnico de Superior de Segurança
nomeadamente na área da construção, que cerca de 90% ou mais das obras realizadas,
utilizam andaimes metálicos.
Presentemente podemos afirmar que, em matéria de andaimes, o mercado nacional e
restante europa já tem uma excelente oferta de diferentes tipos de andaimes, sendo
possível escolher qual o tipo que melhor se ajusta ao tipo de obra a realizar.
Não podendo esquecer-se a questão de segurança dos operários, os diferentes tipos de
andaimes oferecem níveis de segurança acima da média.
Seguidamente apresentar-se-ão alguns dos diferentes tipos de andaimes disponíveis no
mercado.
Durante os próximos tópicos irão ser apresentadas imagens relativas ao modelo FA-48,
sendo que existem mais modelos disponíveis no mercado, cumprindo todos eles com
normas vigentes a nível europeu.
De referir que os modelos seguidamente apresentados são modelos produzidos em
Portugal pela empresa Catari, os quais cumprem com o disposto na Norma Europeia
12810-1 que foi aprovada pelo Comité Europeu para a Normalização (CEN) em 4 de
Setembro de 2003.
33
Imagem 2: Modelo de Andaime FA-48 da Catari
Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=0
Reconhecendo que temos como tema; efectuar uma análise à legislação relativa à
construção civil, julgou-se por bem, uma vez que estamos perante um Mestrado de
Higiene e Segurança no Trabalho, demonstrar como devem ser tido em conta alguns
aspectos mais técnicos relacio n ad o s de acordo com a EN 12810-1 relativa à aplicação
de cargas consoante o tipo de plataformas aplicada.
Através de informação deste caracter disponibilizada pela empresa Catari, ainda que não
esclareça na totalidade, alguns aspectos, pois para isso tem de se ter um correcto domínio
de cálculo das EN 12810- 1 e EN 12811-1, a mesma informação permite que se fique
com uma “ideia” relativa aos que é necessário cumprir para a construção de alguns tipos
de andaimes metálicos.
34
Imagem 3: Plataformas FA.PL
Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=0
35
Imagem 4, Cortes Transversais a/b; Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=Q
2070x320 1 1 .3 0 6 .0 0
2570x320 1 3 jS 0 6 .0 0
3070x320 1 6 .2 0 3 .0 0
2070x320 1 1 .5 0 6 .0 0
2570x320 1 5 .1 0 3 .0 0
3070x320 2 2 .1 0 2 .0 0
Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=Q
36
Tabela 4: Cargas uniformes e cargas pontuais nas plataformas
definição de cargas
01_carga uniformemente dstri buída
02_carga concentrada
( k N /m 2) (k N ) (k N )
01 0 .7 5 1 .5 0 1 .0 0
02 1 .5 0 1 .5 0 1 .0 0
03 2 .0 0 1 .5 0 1 .0 0
04 3 .0 0 3 .0 0 1 .0 0
05 4 .5 0 3 .0 0 1 .0 0
06 6 .0 0 3 .0 0 1 .0 0
Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=0
Como se sabe, um andaime independentemente de qual seja o seu modelo, este, tem
diversos componentes (peças constituintes); que tem funcionalidades diferentes entre
elas, mas que, no seu conjunto entre elas tem como objectivo oferecer total garantia de
segurança aos operários que nele trabalham.
Seguidamente iremos descrever algumas das diferentes funções existentes entre as
diagonais e os grampos de amarração do modelo FA-48.
Pode-se então dizer que as diagonais de acordo com a informação disponível pela empresa
Catari têm três funções principais as quais se descrevem:
37
Quanto aos grampos de amarração, estes representam pontos de ligação do andaime à
fachada.
Estes tem como função evitar que o andaime se desloque, mesmo em dias de vento fortes
ou esforços de outra natureza.
Na grande generalidade as amarrações tem como função suportar as cargas horizontais,
paralelas e perpendiculares à fachada.
A aplicação de amarrações, requer no entanto que alguns procedimentos sejam
respeitados nomeadamente, por cada 24 m2 em andaimes descobertos deve ser colocada
uma amarração; ou uma amarração por cada 12 m2 nos andaimes com toldo sobreposto.
f) Entre os pisos do andaime e a parede não devem ser deixados intervalos com mais de
30 cm, quando vão seja superior aconselha-se a aplicação de guardas corpos interiores
g) Devem ser garantidos acessos adequados aos diferentes níveis da toda estrutura do
andaime.
38
4.1.4. Processo de montagem dos andaimes metálicos
Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=0
39
2° - Colocação das plataformas e encaixe dos módulos do andaime
Módulo do andaime
Plataforma
Fonte: http://www.catan.pt/pt/empresa.html?tab=Q
Convém ter-se em conta por questões de segurança que a escada de acesso á plataforma
de alçapão deve ficar do lado do engate da diagonal.
40
Imagem 7: Diagonais e tirantes metálicos
Diagonal
Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=0
Variando consoante seja a geometria do tipo de obra devem ser utilizados os vãos
existentes, (0,73m; 1,07m; 1,57m; 2,57m; 3,07m).
Os parapeitos acabam por determinar parte do fecho do andaime, ficam colocados
acima da plataforma superior.
41
Imagem 8: Parapeito de andaime metálico
Parapeito
Fonte: http://www.catari.pt/pt/empresa.html?tab=0
5° - Rodapés em andaimes
Os rodapés acabam por ser dos últimos elementos a serem colocados ao longo do segundo
nível do andaime.
Quanto à aplicação dos elementos de amarração, estes serão aplicados
perpendicularmente à plataforma tendo em conta as características do andaime e da obra
existente.
42
Rodapé
Crê-se que, de uma forma não muito exaustiva, se demonstraram aspectos técnicos
aplicados aos andaimes metálicos, desde cumprimento de normas aplicadas assim como
aspectos ligados a sua montagem por forma a dar garantia de total segurança, permitindo
que, com o cumprimento de tais procedimentos, seja salvaguardado o bem mais
importante que é a vida dos trabalhadores que neles tem de desempenhar a suas funções.
Em anexo disponibiliza-se imagem na qual se descrevem de uma forma mais elaborada
todos os componentes pertencentes a um andaime, assim como imagens relativas a obras
onde andaimes foram aplicados.
43
“Secção III
Transcrito o referido artigo; o único que fala em andaimes metálicos veja-se o que era
exigido em matéria de resistência do material e segurança para os trabalhadores.
Não sendo vinculativa apresentar-se-á o que é indicado na Directiva 2001/45/CE
concretamente no seu tópico dedicado à montagem de andaime na sua página 31.
“Montagem de andaimes
Além disso, segue-se uma lista não exaustiva das boas práticas a seguir:
44
4.2. Opinião final relativa ao tema andaimes e legislação correspondente
Pode-se dizer que face aos diferentes assuntos abordados ao longo de todo capítulo 4,
tentou-se focar alguns dos aspectos, que se julgam merecer mais atenção.
Para uma correcta percepção e reforço de algumas opiniões manifestadas sobre possíveis
alterações que futuramente devem ser efectuadas tentou-se fazer sempre que possível a
comparação entre alguma legislação que foi consultada como seja DL n° 41821; Directiva
2001/45/CE, EN 12810- 1 e EN 12811-1 assim como ACT.
Neste trabalho, ao longo de todos os temas apresentados, tenta-se quase sempre, fazer
referência que o intuito do mesmo, é ter uma humilde contribuição construtiva, admitindo
que as sugestões aqui apresentadas podem e merecem ser alvo de discussão desde que se
tenha como “ponto de chegada” a defesa dos trabalhadores em matéria de segurança no
trabalho.
45
Capitulo 5
5. Demolição em Portugal
Pretende-se em relação ao tema das demolições fazer, uma pequena introdução na qual
caracterize aspectos que se julgam ser importantes para compreensão, das diferentes
temáticas a serem apresentadas ao longo do capítulo 5.
Podemos dizer, que desde sempre associado ao sector da construção civil, as obras de
demolição existiram e fizeram parte da evolução das sociedades de então; no entanto,
diga-se, que após a Revolução Industrial, o surgimento de novas técnicas de demolição,
surgiram embora, muito aquém do que se pratica na actualidade.
A inexistência de legislação que salvaguardasse os trabalhadores era pouca e essa, em
matéria de Segurança e Higiene do Trabalho pouco existia.
Com o avançar do tempo as demolições vão adquirindo uma importância crescente,
originando serviços altamente especializados, a que se atribui o nome de Indústria da
Demolição.
Ao longo deste capítulo falar-se-á não só de Decreto-Lei e Regulamentos existentes mas
também, de alguns métodos de demolição utilizados em estruturas, tais como: demolições
com equipamento mecânico, processos térmicos, explosivos, expansões químicas e
processos abrasivos.
Por fim, estando-se a analisar a legislação existente, relativa a demolições, tentar-se-á
igualmente apresentar, e realçar aspectos que se julguam ser necessários ocorrer em
matéria de alteração, pretendendo-se dar um contributo construtivo, em matéria da
Segurança e Higiene no Trabalho.
46
5.1.1. Demolições segundo Decreto-Lei n° 41821 de 11 de Agosto de 1958
“ Art. 47.° A demolição de qualquer edificação será dirigida por técnico responsável,
legalmente idóneo, que responderá pela aplicação das medidas previstas neste título ou
exigidas pela natureza especial dos trabalhos para protecção e segurança das pessoas e
bens dos trabalhadores e do público.”
Ao longo deste trabalho vem-se fazendo referência ao que este DL descreve em todos os
seus diferentes títulos, sobretudo nas disposições gerais; relativo a:
Visto que a consulta da legislação criada, demonstra continuadamente que esta, é feita
por determinada classe profissional, e por vezes parece demonstrar que a mesma é criada
para servir igualmente certas classes profissionais; pretende-se aqui deixar uma pequena
referência ao significado de tais termos utilizados.
Apresenta-se sobretudo, o que quer dizer o adjectivo idóneo, que, na contínua análise do
decreto-lei se pensa levantar dúvidas.
Do latim, idóneo - idoneus, significa que tal técnico tem condições, competências,
habilitações ou conhecimentos necessários para que possa desempenhar determinada
tarefa ou cargo.
No entanto, nos últimos anos em Portugal, face a premissa que a legislação afecta ao
acesso de cursos de Técnicos Superiores de Segurança e Higiene no Trabalho esta
permite, que muitas das pessoas que acedem a estas formações venham de áreas como,
Saúde, Direito e algumas meramente por anos de serviço em determinadas actividades.
Não pretendendo que tal referência seja vista ou interpretada como um gesto
discriminatório, julga-se que, para o desempenho de determinadas funções descritas no
Decreto-Lei n°41821, afecto ao sector da construção civil, o procedimento adequado e
aceitável era que, numa próxima revisão ou alteração a este regulamento em vigor, tais
técnicos fossem descritos; igualmente se julga justo, que tais técnicos mencionados neste
tipo de operações fossem sobretudo técnicos ligados à Engenharia Civil, Engenharia de
Materiais e Arquitectura sobretudo, pois, na sua formação académica tais temas são
leccionados.
47
No intuito de contribuir sempre para uma clara clarificação de possíveis dúvidas que se
levantem relativamente aos actos de engenharia podem ser praticados em consulta na
página da OET apresenta-se o regulamento seguinte:
No tópico transcrito tendo em consideração a OET, para o que esta considera como actos
de engenharia confirma em parte o que foi mencionado.
Dando seguimento ao que diz o título IV, em matéria de segurança, transcreve-se o que
no seu capítulo II, Providências preliminares Artigo 49.° e o que no seu capitulo IV,
Equipamento Pessoal, Artigo 55.° dizem.
48
Já no Artigo 55.°, em que se refere ao equipamento do pessoal, este não faz nenhuma
referência à utilização de máscaras.
Dos dois artigos apresentados julga-se que muito mais no título IV (Demolições) deve ser
acrescentado numa futura revisão e actualização do referido regulamento, numa altura em
que, a nível nacional estão em curso inúmeras intervenções na área de reabilitação urbana,
sobretudo nos grandes centros urbanos como sejam, Lisboa, Porto, Coimbra; em que, por
vezes tais tipos de intervenção “obrigam” a que os trabalhadores estejam expostos a
determinadas poeiras, com impactos prejudiciais para sua saúde; deveriam ser feitas
muitas mais referências ao nível do tipo de equipamento do pessoal, tais como tipo de
vestuário a ser utilizado, que tipos de procedimentos ter na utilização do mesmo e que
tipos de condições técnicas devem existir em estaleiro.
Para terminar na sua secção II, (Remoção e Descida de Materiais); entre os seus Artigos
56.° até ao Artigo 60.° de uma forma muito resumida, permite dizer que aquilo que é
descrito nos mesmos, para técnicos que venham de área ligadas ao sector da construção
civil, como sejam Arquitectura e Engenharia Civil, os procedimentos de demolição são
do seu conhecimento e vão de encontro ao que lhes é ensinado na generalidade.
Entretanto em relação ao tema demolições, muito mais deve ser feito e adaptado, como
sejam criação de artigos onde fossem descritos quais os diferentes tipos de demolição
existentes e quais as técnicas e procedimentos a serem aplicados para os mesmos.
Adiante far-se-á uma breve descrição dos diferentes tipos existentes de demolição e quais
os procedimentos que devem ser efectuados.
49
“Artigo 57.°
Demolição de edifícios
1 -A entidade gestora pode ordenar a demolição de edifícios aos quais faltem os
requisitos de segurança e salubridade indispensáveis ao fim a que se destinam e cuja
reabilitação seja técnica ou economicamente inviável.
2 - Aplica-se à demolição de edifícios, com as necessárias adaptações, o regime
estabelecido nos artigos 89.° a 92.° do RJUE.
3 - Tratando-se de património cultural imóvel classificado ou em vias de classificação,
não pode ser efetuada a sua demolição total ou parcial sem prévia e expressa
autorização da administração do património cultural competente, aplicando -se, com as
devidas adaptações, as regras constantes do artigo 49.° da Lei n.° 107/2001, de 8 de
setembro.
4 - A aplicação do regime de demolição regulado nos números anteriores não
prejudica, caso se trate de imóvel arrendado, a aplicação do Decreto-Lei n.° 157/2006,
de 8 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.° 306/2009, de 23 de outubro. ”
Olhando-se para o que dizem as quatro alíneas do Artigo 57.° do Decreto-Lei, e após
leitura dos referidos artigos para o qual remete; pode-se dizer que, em matéria de
segurança com excepção da alínea 1) do referido artigo nada é mencionado em matéria
de segurança que esteja relacionado com a temática da demolição nos seus mais diferentes
métodos existentes, na construção civil.
Isto, permite fazer uma chamada de atenção, ao que no tópico 1.3. Análise estatística de
acidentes na construção, foi apresentado nos diferentes gráficos estatísticos.
Os valores falam por si, demonstrando que ano após ano o sector da construção civil,
pelos piores motivos continua a apresentar as piores percentagens de acidentes laborais;
ao qual estão adjacentes falta de medidas de segurança aplicadas; por culpa da legislação
que ainda vigora e sem se prever para futuro próximo, quanto à existente, que alterações
irão ser implementadas.
50
Para uma operação de demolição, tais aspectos devem ser considerados, a equipa de
trabalho que esteja responsável por um determinado edifício, obra de arte ou qualquer
outra estrutura devem, antes de se dar inicio à demolição, obterem o máximo de
informação possível; em suma, devem fazer um correcto levantamento de dados técnicos,
quer internos à estrutura quer externos sobretudo, quando existirem construções
adjacentes.
De acordo com o capítulo II, (Providências preliminares) da qual fazem parte integrante
deste, o Artigo 48.° e o Artigo 49.° e que se transcreverão seguidamente, após leitura dos
mesmos facilmente podemos constatar que muita mais informação deveria conter, não
fosse este, o Regulamento de Segurança no Trabalho na Construção Civil.
Assim sendo, julga-se que deveria constar neste regulamento, no seu capítulo II alguns
dos procedimentos que se apresentarão, podendo contudo faltarem alguns de igual
relevância para estes tipos de intervenções.
51
• Definir correctamente qual a metodologia de intervenção e os meios a serem
utilizados, pretendendo-se com isso garantir a segurança de todos os trabalhadores
e de terceiros; assim como optimizar todo o processo interventivo de forma a
minimizar e/ou eliminar danos nas edificações adjacentes.
• Solicitar as peças escritas e desenhadas dos edifícios em causa, caso existam junto
dos proprietários ou junto das entidades competentes como sejam autarquias para
que sejam analisados os aspectos de arquitectura, estrutural de forma a permitir
uma correcta intervenção.
• Devem os (as) técnicos (as) responsáveis, visitar “in situ” os edifícios ou outro
tipo de estruturas que sejam para demolir por forma a verificar condicionalismos
existentes, quais as correcções necessárias a efectuar face aos tipos de riscos
existentes no local assim como definir as correctas medidas de prevenção a serem
implementadas ao nível de protecção colectiva e individual.
Ficam então aqui algumas das sugestões que se julgam dever vir a constar numa futura
actualização do Regulamento de Segurança no Trabalho na Construção Civil.
52
5.3. Omissão dos métodos utilizados para demolição no DL n° 41821
Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil
Em relação ao tema das demolições, tal como os que o antecederam tem-se verificado
através da leitura da legislação em vigor, a omissão de determinadas matérias que se
julgam ser de extrema importância vincularem na mesma; pois a não existência de
informação, leva a que em matéria de segurança laboral, sobretudo no sector da
construção civil, não sejam criados os planos de demolição da forma apropriada.
No entanto quando se opta pela demolição, existem por vezes condicionantes que tem de
ser consideradas, pois, nem sempre uma estrutura a necessitar de ser demolida está
isolada; pelo contrário, na grande maioria estas, tem outras habitações adjacentes e é aqui
que, deve ser escolhido o melhor método.
53
Demolição com equipamento mecânico
• Demolição por Impacto
• Demolição por processos explosivos
• Demolição por expansão química
Este tipo de trabalho é limitado pela altura e alcance da máquina, devendo previamente
realizar-se o derrube da parte do edifício que não esteja dentro desse raio de acção.
54
5.3.3. Demolição por Impacto
Em termos de utilização de maquinaria pesada pode-se dizer que este método é dos mais
antigos; é composto por uma bola de aço que actua pendurada por uma corrente, com
movimentos pendulares ou em queda livre e cujo peso varia entre os 500 e os 5.000 Kg.
Tal como os inúmeros métodos existentes este, este, tem alguns condicionantes que se
descreverão de seguida.
Assim, em relação ao método de demolição por impacto apresentam-se algumas das suas
desvantagens:
55
Para proceder à demolição de uma estrutura com recurso aos explosivos, é fundamental
escolher um determinado mecanismo de colapso.
Este mecanismo é empregue em estruturas ocas, onde a acção do seu peso próprio
durante a queda e no impacto com o solo não é preponderante, exemplo disso são:
O colapso da estrutura é provocado centralmente fazendo com que a estrutura ceda sobre
si mesma, como se algo a “puxasse” na direcção do seu centro. O explosivo apenas é
colocado em determinados pisos ao longo da altura da estrutura. Assim, espera-se que a
parte desta onde não foram colocados explosivos se fragmente apenas durante a queda e
no impacto com o solo. É o método mais indicado para estruturas de elevado porte.
56
Mecanismo tipo colapso progressivo
A imagem seguinte ilustra a forma como na grande maioria dos casos se dá o colapso
estrutural de edifícios de médio a grande porte.
57
5.3.5. Demolição por expansão química
Em meados dos anos 70 do séc. XX, um engenheiro químico italiano de nome, Rossano
Vannetti, começa o estudo e desenvolvimento de uma fórmula relacionada com o cimento
expansivo.
À base de carbonatos de cálcio, este conseguiu desenvolver uma fórmula que lhe permitia
regular o tempo de reacção do produto criado, e à base de catalisadores de reacção,
controlar também os tempos de rotura.
Como funciona?
É baseado na tecnologia chamada "Reacção Química da Hidratação." Esta tecnologia,
muito antiga, foi utilizada na construção das pirâmides do Egipto para a extracção e
processamento de grandes blocos de granito.
Colocavam as cunhas de madeira com água. Por efeito da reacção química de hidratação,
gerava-se uma tremenda força expansiva e a consequente rotura.
Cunha de Madeira
Pode-se dizer de uma forma algo resumida que, a única diferença entre a produção de
cimento normal e cimento expansivo é que este se dilata, enquanto cimento normal
contrai.
58
Processo de demolição através de cimento expansivo
Este tipo de cimento produz rotura por efeito de reacção de hidratação de grande potência,
2
produzindo uma enorme tensão expansiva, superior às 7000 toneladas por m .
A fragmentação produz-se entre os buracos, previamente enchidos com o cimento, pela
enorme tensão que o cimento exerce, tal como mostra a figura 12.
A letra A actua como força de compressão (A) por sua vez a letra (B) que forma um ângulo
recto actua como força de tracção.
A rotura ocorrerá quando esta força de tracção superar a da resistência a demolir.
Campo de aplicação
Pode-se dizer que o cimento expansivo, serve para, variadíssimas áreas de actividade
estejam elas ligadas directamente ao sector da construção civil ou não, tais campos de
aplicação podem ir até:
Existem armações que não oferecem resistência, como é o caso da figura apresentada a
seguir, onde se produz a rotura de parte a parte.
59
No caso relativo à imagem, não existe necessidade de serem cortadas as armaduras
existentes uma vez que a rotura se dará por entre as duas armaduras superior e inferior
colocadas no elemento de betão.
60
Blocos de grande dimensão
Com este tipo de cimento expansivo, pode-se orientar a linha de fragmentação e de rotura,
baseando-se no princípio lógico de esta irá produzir (surgir), entre os buracos mais
próximos.
Rotura Transversal
L-1<L-2
L - 1= 0,5 m
Em relação ao tema da demolição poderia ainda falar acerca de demolição por processos
abrasivos, assim como demolição através de processos térmicos, que igualmente
merecem ser tidos em consideração por entidades como ACT e própria OIT para além
das restantes entidades legais em Portugal que elaboram legislação de caracter regulador
para o sector da construção civil e demais actividades a si inerentes.
No entanto para não se “desviar” do tema que, tem como finalidade a Análise Critica da
Legislação de Segurança na Construção em Portugal, julga-se que a referência aos
anteriores quatro métodos de demolição, serviram para demonstrar que talvez devessem
numa futura reformulação da actual legislação, constar na mesma; não necessariamente
de uma forma tão explicativa, mas fazer ver aos técnicos que necessitam de consultar a
legislação que estes métodos existem.
Quanto à descrição e campos de aplicação dos diversos métodos existentes, pois estes
podem ser disponibilizados em manuais criados por exemplo pela ACT enquanto
entidade reguladora para as questões de segurança e higiene no trabalho.
61
Para finalizar, em relação ao cimento expansivo, em anexo disponibilizam-se três
diferentes métodos de rotura sendo eles, rotura longitudinal, rotura em quadrado e por
fim rotura em losango.
62
Capitulo 6
Tal como qualquer outra obra de construção civil, em que o projectista deve ter o máximo
de informação possível, para que posteriormente ajuste o projecto ao seu local de
implantação, em obras de escavação; tais procedimentos devem ser adoptados.
O que se pretende aqui realçar é que, deve existir sempre um correcto estudo prévio
relativo ao local de realização de determinada obra em causa.
63
Seguidamente descrevem-se algumas das medidas preliminares que devem ser tidas em
conta antes do arranque com obras de escavação:
Tópicos Adaptados; Fonte: Guia Prático 28, ACT, Construção Execução de Valas e Escavações
“Art. 81. °Antes de se executarem escavações próximas de muros ou paredes de edifícios, deve
verificar-se se essas escavações poderão afectar a sua estabilidade. Na hipótese afirmativa,
serão adoptados processos eficazes, como escoramento ou recalçamento, para garantir a
estabilidade.”
64
Apresentados os dois artigos, permite dizer que, para um regulamento que embora com
58 anos de existência este ainda vigora e serve de elemento regulador ao sector da
construção civil, o mesmo peca, pela pouca relevância que dá relativamente em matéria
de medidas preliminares que deveriam ser adoptadas antes do início de obras de
escavação.
Uma das graves lacunas que se notam na maioria das obras de escavação é a de que, os
procedimentos de trabalho adoptados são idênticos em todo tipo de zona habitacional.
Isto leva a que essa medida de actuação, não seja a mais correcta, pois uma obra de
escavação numa zona habitacional, em que o método construtivo remonta a 50 anos atrás
certamente terá de ser diferente, face a uma obra de escavação que se realize numa zona
habitacional com 20 anos, onde o método construtivo de então já cumpria com padrões
de qualidade totalmente diferentes, os quais ofereciam em termos de estabilidade
estrutural uma melhor resistência.
A realização de obras de escavação, na qual implique a abertura de valas leva a que sejam
cumpridos determinados procedimentos que visem evitar determinados acidentes alguns
deles comuns neste tipo de operação.
Um correcto planeamento acerca da forma como se realizará a abertura de uma vala,
evitará certamente que ocorram, soterramentos, desmoronamentos e assim oferecer
condições de segurança para os principais intervenientes, neste caso os trabalhadores que
tem de estar dentro das valas e igualmente evitar transtornos a terceiros.
Assim os trabalhos a serem realizados devem cumprir com altos padrões de qualidade;
estes tipos de trabalho a serem realizados devem sempre ser analisados por técnicos
idóneos que tenham competência adequada para que sejam garantidas todas as condições
de segurança.
65
Em parte aceita-se esta menção quanto ao dever de existência de um (a) técnico (a) ; por
outro lado julga-se que neste tipo de obra o legislador deveria ser mais claro, podendo ir
ao ponto de mencionar o tipo de formação académica que este deve possuir.
Entende-se por isso que neste tipo de obras deveriam ser considerados técnicos de área
de Geologia, Engf Civil, Enga Geológica e Engenharia de Minas; mas que posteriormente
estes também tivessem formação na área de Higiene e Segurança do Trabalho voltada
para sector da construção civil.
Para que sejam evitados acidentes, que possam por em causa não só trabalhadores, mas
também terceiros e algum tipo de equipamento na envolvente onde este tipo de obras se
realiza, embora a legislação existente não seja clara neste assunto, a Autoridade para as
Condições do Trabalho e por uma questão de lógica; aconselha a que antes de serem
iniciadas as aberturas de valas tanto os técnicos responsáveis, Directores de Obra,
Encarregados e trabalhadores devem ser informados e ter formação, acerca dos possíveis
riscos e medidas preventivas a utilizar caso sejam necessárias, assim como quais os
processos construtivos e meios a utilizar neste tipo de operação.
Pois, como se sabe, face às diferentes características que os tipos de solos apresentam;
assim será tomada a decisão, relativamente, se a vala necessita de ser entivada, se é
necessário cria um talude ou em alguns casos pode ocorrer que, os trabalhos de abertura
de vala (s) não necessitam de protecção adicional em função das características que o solo
apresenta quanto à sua consistência e profundidade.
Em relação ao tema das entivações, começa-se imediatamente com uma questão que
mesmo eu, enquanto licenciado em Enga Civil no início deste trabalho tinha sempre, e
que sabendo-se que existem inúmeros técnicos de segurança que vem de áreas académicas
opostas deixo a questão.
Deixa-se então o significado do termo, antes de se dar continuidade a este tema, e que
comporta vários assuntos que merecem ser abordados.
Entivação
Revestimento executado em madeira em poços, galerias e escavações de profundidade
média a grande, destinado a impedir desmoronamento.
66
Efectuada uma leitura ao Capitulo II na Secção I, do DL mencionado entre o seu Art. 69.°
e o Art. 72.° verifica-se que o legislador deu mais atenção da aplicação de termos técnicos.
Julga-se que este, deveria antes da elaboração destes quatro artigos ter criado um
“subtítulo” ou em ultima análise em anexo fazer referência a alguns dos termos utilizados.
Tal como no tema dedicado de início aos andaimes foi comentado que algumas correcções
deveriam ser realizadas de futuro.
No entanto em relação aos andaimes utilizados entre as décadas de 50 até meados de 80
sobretudo de estrutura em madeira; aqui o legislador demonstrou alguma preocupação
relativamente aos nomes das peças constituintes de um andaime.
Por sua vez em relação aos elementos constituintes de um sistema de entivação, o mesmo
não aplicou o mesmo critério.
Passar-se-á de seguida a expor o que vem mencionado entre o Art. 69.° e Art. 72.° tentar-
se- á sugerir alterações, ainda que, as mesmas possam ser melhoradas, facultando a
consulta e percepção diária dos inúmeros técnicos de segurança em obra.
Tal como dito atrás, veja-se a terminologia técnica que aqui se utiliza; e a omissão de
informação nos desenhos anexos no DL n° 41821.
Começa então o Art. 66.° no seu primeiro parágrafo por , “...elementos verticais ou
horizontais de pranchões que suportem o impulso do terreno.”
Em primeiro lugar coloca-se a séria duvida que a maioria dos técnicos superiores de
segurança que trabalhem na construção saibam o que quer dizer este termo técnico.
Em segundo imagine-se os custos que isto representa em tempo, pela ocultação na
legislação do seu significado, quando esta deve ser clara quando é necessária ser
consultada.
67
Imagem 17: Tipos de madeiramentos em entivação
Em uma das imagens mencionou-se um dos elementos que em termos de nome ou seja
pranchões.
Já na imagem que se segue julga-se que numa futura reformulação seria aconselhável tais
de designações serem incluídas e que vão de encontro ao que é citado no DL n° 41821.
68
Imagem18: Elementos constituintes de sistema de entivação
F o n te : http://images.slideplayer.com.br/11/3509904/slides/slide_6.jpg
Por sua vez o que é mencionado no Art. 71.° em termos de designações de elementos e
método de aplicação, neste Art.° julga-se que os desenhos se ajustam ao que neste é
mencionado, agora, tem de se ter em conta os conhecimentos dos diversos técnicos de
segurança em obra; quer-se com isto dizer, as áreas de onde estes veem.
Pois aqui à que dar mérito ao legislador na sua alínea e), pois este soube descrever
correctamente como deve ser efectuado o procedimento de aplicação numa possível
frente de obra, relativamente ao método de montagem, por forma a cumprir com normas
de segurança exigidas, caso estejamos perante um sistema de entivação de madeira.
Entretanto, no que diz respeito ao tema das entivações, estas, antes de se começarem a
realizar, segundo o que, as boas práticas indicam devem ser feitos estudos geológicos ao
solo onde se vão realizar escavações.
69
O seu correcto estudo permite também adoptar qual o procedimento mais adequado
consoante seja a característica de um determinado solo.
Inúmeras vezes nos deparamos com obras em ruas dos centros urbanos até mesmo em
povoações mais do interior dos pais.
As suas redes de esgotos e redes pluviais começam a estar obsoletas e existe a necessidade
de serem substituídas, para que a saúde pública da população seja salvaguardada.
70
Estas obras como se pode constatar, implica a existência de escavações nomeadamente
abertura de valas para substituição e posterior colocação de novos equipamentos.
No entanto, como vem sido mencionado tais obras devem cumprir com procedimentos
de segurança que protejam os operários que intervenham.
Da legislação lida, em matéria de segurança para obras de escavação vejamos o que diz
o Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil, no seu Capitulo V, Secção
III (Escadas), Art. 74.° e Art. 75.° os quais se transcrevem e será efectuada sua análise.
Constata-se que estamos perante dois artigos, que se referem não só a algum tipo de
equipamento existente nestes procedimentos, mas também, a forma como os mesmos
devem ser aplicados, de forma, a cumprirem com as medidas de segurança exigidas.
Por outro lado os mesmos dois artigos suscitam dúvidas relativamente, a se estes,
conseguirão ser postos em prática, in situ por parte de alguns técnicos de segurança na
construção civil. Imensas vezes um dos problemas que vem sido afirmado, é o passar-se
correctamente para a prática, o que se lê.
Da análise efectuada, vê-se que, da parte de quem legislou existiu uma preocupação face
a esta actividade no sector da construção; contudo nota-se claramente que precisa de ser
reajustada.
Face às dúvidas aqui patentes, aquilo que seria recomendado era, a existência de desenhos
que facultassem uma clara interpretação do que nos artigos é descrito.
Para reforçar o que acabou de ser descrito, sugere-se o que a Autoridade para as
Condições do Trabalho ACT, sugere no seu guia prático n° 28 (Execução de Valas e
Escavações) através de uma imagem a seguir apresentada; e que vai de encontro ao que
é citado sobretudo no Art. 75.° do DL n° 41821.
71
Imagem 19: Aplicação de escadas em escavação de valas
0,15 m
15.00 m
0 ,9 0 m
Tem-se voltado ao longo deste trabalho, inúmeras vezes, o assunto para o lado da entidade
que “fiscaliza” a aplicação deste tipo de procedimentos sobretudo para técnicos
pertencentes à entidade reguladora em Portugal, ACT e para a fiscalização pertencente ao
Dono de Obra.
No entanto, convém mencionar-se que da parte dos executantes das obras (empreiteiros),
estes, também devem ter conhecimento deste tipo de legislação; e sabendo-se que a vão
necessitar consultar, mais interesse existe, em que esta, seja complementada com bons
desenhos exemplificativos.
A sua existência só vem trazer resultados positivos, pois, cumprindo-se face a uma
correcta interpretação, os acidentes de trabalho com consequências graves para os
operários diminuirão.
72
6.2.3. Medidas de segurança a adoptar em taludes
Embora o tema taludes não seja muito abordado, na generalidade da legislação existente
em matéria de segurança; não quer dizer que em relação ao tema entivações não mereça
igual interesse, pelo contrário, aos olhos da entidade reguladora em matéria de segurança
laboral, Autoridade para Condições do Trabalho (ACT), esta teve-o em total consideração
e mencionou no seu guia prático 28 alguns procedimentos que os intervenientes nestes
tipos de operações devem ter em atenção.
> Pode-se considerar como talude, uma determinada superfície inclinada, a qual
limita uma zona ou maciço de solo; estes tipos de solos podem ser, naturais
(encostas), ou então artificiais como sejam taludes de corte ou de aterro.
Tal como é mencionado no seu guia prático, a ACT, fez a relação que deve existir entre
o tipo de solo e o ângulo que deve ser dado ao talude.
73
TABELA - ÂNGULO a DO TALUDE NATURAL
“O ângulo do talude natural, fornece o ângulo lim ite a partir do qual as escavações, devem ser obrigatoriam ente
escoradas ou contidas, de forma a serem prevenidos eventuais acidentes”.
“A relação V:H, define a inclinação do talude das escavações, transm itindo a relação entre a profundidade da
escavação M, medida na vertical e a distância entre o topo e o fundo da escavação (Hl, medida num plano
horizontal1'.
Tabela 6: Ângulo do talude; Fonte: Guia Prático 28, ACT, Construção Execução de Valas e Escavações
> Existência de um talude cujo seu ângulo de inclinação seja maior do que o
ângulo do talude natural;
> Ocorrência de infiltrações de águas através do corpo do talude;
> Não serem adoptadas medidas preventivas;
> Aumento de sobrecargas nas zonas confinantes;
> Vibrações provocadas por máquinas, veículos (pesados) e/ou outras fontes
74
> Criar banquetas, através da escavação na zona superior do talude, com
manutenção do pé do talude e recuo da crista do talude, melhorando
assim as condições de estabilidade do conjunto.
No Capitulo III (Normas de Trabalho) do Decreto-Lei n° 41821, no seu Art. 78.° e Art.
79.° está descrito quais os tipos de procedimentos (medidas) que devem ser tomadas no
decurso de aberturas de valas.
Relativamente aos dois artigos transcritos, em parte, nada à a apontar, pois, da parte do
legislador está bem exposto, os tipos de procedimentos que devem ser tomados em
matéria de segurança que salvaguarde os trabalhadores para possíveis acidentes de
trabalho.
Salienta-se igualmente o tipo de vocabulário aqui aplicado, que, com intenção ou não,
este não é muito técnico, pelo contrário consegue-se perceber claramente o que aplicar
no terreno.
75
Mesmo assim, deixa-se uma chamada de atenção que se julga nunca ser demais; pois
apesar de se julgar que tais artigos pareçam estar perceptíveis para todo público-alvo,
convém ter em consideração quem possa ter alguma dificuldade interpretativa.
Assim sugere-se que fossem facultados desenhos em anexo para consulta e reforço dos
artigos aqui descritos.
Disponibiliza-se uma imagem na página seguinte que poderá dar uma ajuda ao que
sugerem os dois artigos.
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inferior
Após uma obra ser adjudicada ao empreiteiro, resultado deste, melhor se enquadrar ao
disposto no caderno de encargos apresentado por parte do dono de obra, não quer com
isto dizer, que todos os detalhes foram tidos em consideração por parte do dono de obra
na sua elaboração; pelo contrário, inúmeras vezes existem omissões que levam a que
tenham de ser detectados erros que não vão de encontro ao estipulado.
No tópico, 6.1. Medidas preliminares em obras de escavação, foram já mencionados
alguns procedimentos preliminares que o projectista deve contemplar antes do início de
76
obras na sua generalidade, pois agora pretende-se evidenciar as habitações e muros e ver
o que nos diz a legislação.
No Capitulo III (Normas de Trabalho) no seu Art. 81.° , do DL n° 41821, veja-se o que
este descreve em termo de medidas a serem aplicadas, mencionando até existência de
uma pessoa competente.
> Será que em obras de escavação junto de habitações o dono de obra tem em
consideração as medidas preliminares que devem ser tomadas, neste tipo de
obras?
> No caso do surgimento de anomalias nas habitações, manifestadas por seus
proprietários será que, as obras em decurso são suspensas, e são adoptadas novas
medidas de trabalho no caso de se vir a comprovar que tais anomalias são
provocadas por exemplo, pelas vibrações de maquinaria (Giratórias,
Retroescavadoras, Mini Retroescavadora, Bate Valas Pneumático, Cilindros,
etc)?
Segundo pesquisa de terreno, a informação que foi obtida, é a de que este tipo de medidas
relaciona-se com o local onde determinadas obras de escavação são realizadas.
Se forem realizadas numa cidade onde existam delegações da ACT, em que a qualquer
momento pode um empreiteiro ser alvo de fiscalização, os dois intervenientes, Dono de
Obra e Empreiteiro tenta cumprir com o estipulado na lei.
77
Estando-se a considerar que uma obra está a ser realizada numa aldeia e/ou vila do interior
alentejano junto das habitações, estes aspectos são postos de lado.
Simplesmente se dá início à obra, e não é feito um levantamento do tipo de anomalias
existentes nas habitações, para que seja adoptadas que tipo de equipamento e
procedimentos devem ser cumpridos, não esquecendo a presença de um técnico idóneo
para realizar algum tipo de monitorização.
Crê-se que de uma forma genérica, para um tema como este, que o principal foi abordado,
permitindo descrever não só aspectos negativos patentes na legislação, mas também
elogiando os aspectos positivos e descritos pelo legislador na lei aqui apresentada e
vigorante em Portugal continental.
Julga-se, ter não só identificado determinadas situações inerentes a esta actividade, mas
igualmente ter apresentado sugestões, construtivas para a salvaguarda da segurança dos
trabalhadores que diariamente estão expostos às situações apresentadas.
78
Capitulo 7
É comum verificar-se obras nas vias públicas devido à necessidade de serem efectuadas
reparações motivadas por anomalias que surgem.
Mas nem só, por vezes nas cidades, vilas e até algumas aldeias, vão surgindo projectos
com intuito de promover o seu desenvolvimento e leva a que obras nas suas vias, e
passeios tenham de ser realizadas levando a alguns casos à sua obstrução.
Então, nestes tipos de situações tem de ser arranjadas soluções alternativas que tentem
prejudicar o menos possível a rotina diária da população.
Face à questão, pode dizer-se que existe uma interligação entre, obras nas vias e a
necessidade de existir uma correcta aplicação de sinalização de segurança, que vise não
só evitar possíveis acidentes rodoviários, mas evitar igualmente acidentes que possam
envolver peões.
79
Seguidamente transcreve-se o Art.° 83.° e posteriormente tentar-se-á apresentar
sugestões, sendo esta reforçadas através da consulta a entidades de renome nacional em
matéria de sinalização rodoviária.
Efectuada uma leitura cuidada, pode dizer-se, que, até ao seu primeiro parágrafo encontra-
se um total enquadramento, evidenciando a necessidade de ser garantida total segurança
não só a peões mas também a automobilistas.
No entanto, a partir da sua primeira alínea, do início até ao seu final fica-se com dúvidas
de interpretação; pois, levantam-se imediatamente questões sobre ao que o legislador se
está a referir em contexto de obra.
Quando se refere a “...entrada e saídas de cam iões...” está-se a referir entrar e sair de
um estaleiro de obra ou refere-se à zona interna pertencente a todo perímetro de obra
que esteja a realizar-se; e que, esteja toda ela vedada (delimitada)?
Tentando-se dar uma resposta com alguma ponderação, poder-se- á dizer que este Art.
83.° se adequa às duas situações citadas na questão.
80
No entanto em matéria de sinalização para a existência de um único artigo, sobretudo
pertencente a um regulamento de segurança da construção civil, deve dizer-se que fica
aquém do que deveria no mínimo ser descrito.
Assim, resultado de alguma pesquisa irão ser seguidamente criados alguns tópicos,
todos eles relacionados com sinalização; onde em alguns casos, serão dados exemplos
não só do tipo de sinalização existente e sua função, como também se irão apresentar
aplicações de tipos de sinalização consoante o tipo de obra.
Pretende-se com este Decreto Regulamentar, reforçar a pouca relevância que se deu ao
tema da sinalização no Decreto-Lei n°41821; concretamente no Art. 83.°.
81
Vejamos ao abrigo do Decreto Regulamentar n° 22-A/98 de 1 de Outubro o que para
algumas das designações anteriores o seu significado engloba.
“Artigo 6.°
Sinais verticais
“Artigo 7.°
Sinais de perigo
“Artigo 8. °
Sinais de regulamentação
82
Não se pretende com a transcrição destes três artigos, mais do que, sensibilizar que a
sinalização constante no Decreto-Lei n° 41821, está muito aquém do que neste foi
mencionado, não só na altura da sua promulgação e que hoje passados 58 anos ainda
vigora, mas, servindo este como regulador de medidas de segurança no trabalho muitos
mais aspectos deveriam ser tidos em conta.
É sabido que alguns dos equipamentos nas cidades, vilas e aldeias, de norte a sul de
Portugal foram colocados à inúmeros anos e estas atingiram o seu máximo de vida útil, e
como normal, vão surgindo anomalias.
Existem no entanto dentro da construção civil, actividades onde é mais comum a
ocorrência de anomalias; se considerarmos a gestão das autarquias, quase se poderia
arriscar dizer que um dos sectores que apresenta mais casos é o sector das águas, logo
seguido da reparação das diversas vias rodoviárias, sejam elas de betuminoso ou em
calçada.
- Podemos englobar neste tipo, a anomalia de pequena intervenção, em que não requer
muito tempo despendido, por parte dos técnicos que efectuam a sua reparação.
Não são necessárias grandes medidas de segurança, não ignorando os principais aspectos
a serem considerados.
Não é necessário aplicar qualquer tipo de sinalização.
83
Vejamos o que dizem os Artigos 78.° e 79.° constantes no Capitulo V (Sinalização
temporária), Secção I do Decreto Regulamentar n° 22-A/98 de 1 de Outubro os quais se
passam a apresentar:
“Artigo 78.°
Domínio de aplicação
“Artigo 79.°
Após a exposição dos dois artigos, julga-se que face ao existente no DL n°41821; pode-
se dizer que a informação retirada no Art.° 78.° e 79.° do Decreto Regulamentar nos “leva”
para outra noção de sinalização ainda que mínima que deve existir em obras de construção
civil.
84
7.3.1. Noção de princípios e objectivos em sinalização temporária
> Adaptação
> Coerência
> Valorização
> Leitura e concentração
Características da estrada
85
A importância
A visibilidade
O tráfego
A localização
Princípio da coerência
Princípio da valorização
Considere-se a ocorrência de uma anomalia numa estrada onde circulem condutores (as)
e peões dentro de uma povoação e o que nos diz o Decreto Regulamentar n.° 33/88 de 12
de Setembro no seu Capitulo IV (Casos especiais), constantes no Art.° 21.° e 23.°.
86
“Artigo 21.°
Circulação de peões
Sempre que exista um obstáculo ocasional ou uma zona de obras que pela
sua natureza possa condicionar o trânsito de peões, deve existir e ser
devidamente sinalizado, através do sinal C T 3, um caminho obrigatório para
peões, cuja largura mínima corresponderá a 0,65 m para cada 30 peões por
minuto. ”
“Artigo 23.°
Paragem e estacionamento
Tal como em qualquer outro tipo de actividade, em que se tem de cumprir com “regras” ;
na aplicação de sinalização temporária, igualmente se devem cumprir um conjunto de
procedimentos.
Apresenta-se então a sequência que deve ser respeitada e complementa-se com uma
imagem para melhor compreensão.
87
Sinalização de aproximação: colocada antes do obstáculo é constituída por:
• Sinalização final: Serve para informar os condutores (as) que a zona de restrição
terminou e que a partir desse dado local a circulação passa a decorrer com
normalidade.
88
Imagem 22: Disposição de sinalização temporária
Inúmeras vezes ocorrem imprevistos dos mais variadíssimos tipos, sejam para se efectuar
uma reparação, para dar assistência face a um possível acidente ocorrido, e que bloqueia
parte de uma das faixas de rodagem.
No entanto para se efectuar a delimitação dessa zona, esta deve ser efectuada não só
cumprindo uma sequência de passos, mas sobretudo por pessoas com formação para este
tipo de tarefas.
89
2Apresentam-se as diferentes fases de im plem entação de sinalização:
Zona a ser
intervencionada
Fonte; JAE, Manual de Sinalização Temporária; Tomo II
2a Fase: Na zona assinalada pelo rectângulo cinzento, que corresponde à faixa de rodagem
onde se procederá à intervenção é colocada igual sinalização à da P fase com execpção
para a sinalização de posição.
90
3a Fase: Seguidamente procede-se a colocação em funcionamento de sinalização
luminosa ou através de raquetes de sinalização, repondo a normal circulação de trânsito
na zona afectada. Após este procedimento coloca-se então a sinalização de posição, como
pode ver-se na imagem.
Já se falou acerca de alguns tipos de anomalias existentes, apresenta-se agora uma outra
situação ocorrente nas vias rodoviárias as quais podemos considera-los como trabalhos
fixos, devido ao tipo e grau de complexidade da intervenção a ser efectuada na zona
afectada, leva a que, os trabalhos tenham de estar médio a longo período de tempo com
sinalização adequada.
Relembra-se que se está meramente a tentar dar um contributo positivo e construtivo face
ao que foi exposto no Decreto-Lei n° 41821, Titulo V, Capitulo IV, Secção I
(Sinalização), no seu Art.83.°; o qual estando em vigor, e servindo como regulamento de
segurança no trabalho da construção civil, julga-se que muita pouca importância foi dada
ao tema.
Neste caso se tentarmos retroceder para 58 anos atrás, quando foi elaborado o Decreto-
Lei n° 41821 e verificarmos o contexto político antes do 25 de Abril podemos colocar
uma questão bastante simples:
91
-Quem na nossa rua em 1958 tinha um carro estacionado à porta?
Passando para o assunto em concreto relativo aos trabalhos fixos começaremos por
descrever alguns tipos de imagens que se irão apresentar tentando apresentar os casos que
apresentam mais complexidade.
92
Sinalização para trabalhos exteriores à plataforma
93
Sinalização para trabalhos nas bermas
94
Sinalização para trabalhos na via, com estreitamento forte das vias
95
Sinalização devido a trabalhos na totalidade da via, circulação alternada por
sinalização luminosa
Imagem 29: Sinalização luminosa para circulação alternada
96
D a n d o c o n tin u id a d e a o te m a d a s in a liz a ç ã o , e a d m itin d o q u e m u ito m a is e x is te p a r a
r e f o r ç a r e s te te m a ; n a g e n e r a lid a d e c r ê - s e q u e se c o n s e g u iu d e m o n s tr a r q u e é u m a s s u n to
m e r e c e d o r d e r e f le x ã o n u m a f u tu r a a lte ra ç ã o .
97
Capitulo 8
8. Conclusão e comentário final
O p r e s e n te tr a b a lh o , s o b r e o te m a , A n á lis e C r itic a d a L e g is la ç ã o d e S e g u r a n ç a e S a ú d e
n a C o n s tr u ç ã o e m P o r tu g a l, p e r m itiu a o lo n g o d o se u d e s e n v o lv im e n to , v e r if ic a r q u e
a in d a e x is te im e n s o a s e r e f e c tu a d o a v á r io s n ív e is ; p o r u m la d o , n o s e c to r d a c o n s tr u ç ã o
c iv il, p o r o u tro , e m te r m o s d e t u d o o q u e p o s s a e s ta r in te r lig a d o e m m a té r ia d e s e g u ra n ç a
e s a ú d e n o tra b a lh o .
T e n to u - s e d a r e n f o q u e d a le g is la ç ã o c o n s u lta d a , a o s a r tig o s q u e se ju lg a m s u s c ita r
in ú m e r a s d ú v id a s d e in te r p r e ta ç ã o ; p o is , ta l c o m o m e n c io n a d o n o in ic io d e s te tra b a lh o ,
fo i r e f e r id o q u e , n u m f u tu r o p r ó x im o a le g is la ç ã o d e v e r á s e r re p e n s a d a , r e la tiv a m e n te à
f o r m a c o m o e s ta é re d ig id a .
P o is c o n s ta to u - s e a tr a v é s d a c o n s u lta d e in ú m e r o s a rtig o s q u e , e s te s , e m v e z d e d e ix a r e m
p o s s ív e is d ú v id a s c la r if ic a d a s , le v a v a m e x a c ta m e n te a o c o n trá rio .
T a l f a c to l e v a in ú m e r a s v e z e s a c o lo c a r o b e n e f íc io d a d ú v id a , q u a n to à f o r m a c o m o a
le g is la ç ã o é c ria d a , le v a n d o m e s m o a p e n s a r q u e e s ta , é e la b o r a d a c o m in tu ito d e s e rv ir
d e te r m in a d o s g r u p o s s e c to r ia is in s ta la d o s n a s o c ie d a d e .
S e a o n ív e l le g is la tiv o o q u e e x is te d e m o n s tr a q u e e s tá d e s e n q u a d r a d a e a lg o o b s o le ta ; o
m e s m o n ã o se d e v e r ia p a s s a r , e m r e la ç ã o a u m a d a s e n tid a d e s d e a b r a n g ê n c ia g lo b a l,
n e s te c a s o a O IT , q u e e m r e la ç ã o a o c o n te ú d o d is p o n ív e l s o b re o s e c to r d a c o n s tr u ç ã o
c iv il d e m o n s tr a e s ta r m u ito a q u é m d a q u ilo q u e s u p o s ta m e n te ta l ó r g ã o d e v e r ia d a r e m
te r m o s d e r e le v â n c ia , q u e é o s e c to r d a c o n s tr u ç ã o c iv il.
A p ó s le itu r a d o d o c u m e n to , q u e s e r v iu d e c o m p a r a ç ã o c o m a le g is la ç ã o n a c io n a l
a n a lis a d a , a m e s m a , le v a n to u d ú v id a s q u a n to à im p o r tâ n c ia q u e e s ta o r g a n iz a ç ã o d á a o
s e c to r d a c o n s tr u ç ã o c iv il; n o m e a d a m e n te a o s n ú m e r o s e le v a d o s , d e a c id e n te s d e tr a b a lh o
n e s te s e c to r.
P o r f o r m a a te n ta r “ r e f o r ç a r ” q u e é n e c e s s á r io o D e c r e to - le i n° 4 1 8 2 1 s e r a lte r a d o e
a d a p ta d o , p r e te n d e u - s e d e m o n s tr a r q u a is o s tip o s d e e q u ip a m e n to s q u e a c tu a lm e n te se
u tiliz a m n o m e r c a d o , e p r o d u z id o s d e a c o rd o c o m n o r m a s r e g u la m e n ta re s e u ro p e ia s n o
q u e c o n c e r n e à s u a f a b r ic a ç ã o , e q u e , c o m p a r a tiv a m e n te a o q u e é in d ic a d o n o d e c re to
a n te r io r m e n te m e n c io n a d o e m n a d a se a s s e m e lh a m q u e r e m te r m o s d e r e s is tê n c ia d o s
m a te r ia is q u e r a o n ív e l d e s e g u r a n ç a p a r a o s o p e r á r io s q u e n e s te s e q u ip a m e n to s o p e re m
n a s s u a s ta r e f a s d iá ria s .
F ic o u d e m o n s tr a d o q u e e x is tin d o fu tu r a m e n te , u m a r e f o r m u la ç ã o d o q u e e x is te e m
te r m o s de le g is la ç ã o em P o r tu g a l, na qual as p r in c ip a is e n tid a d e s c o la b o re m
c o n ju n ta m e n te , n o s e n tid o d e “ d a r ” f e r r a m e n ta s d e tr a b a lh o q u e se a d e q u e m à r e a lid a d e
d o q u e se p a s s a n o m e r c a d o d e tr a b a lh o d iá rio , e n tã o n e s s a a ltu r a c e rta m e n te se
c o m e ç a r ã o a v e r b a i x a r o s e le v a d o s n ú m e r o s d e a c id e n te s d e tr a b a lh o n a c o n s tr u ç ã o c iv il
e m P o r tu g a l, e a s s im , ta m b é m d e m o n s tr a r p e r a n te o s o u tro s p a ís e s e u r o p e u s q u e a lg o se
fa z n a d e f e s a d o s d ir e ito s d o s tr a b a lh a d o r e s .
S e o lh a r m o s b e m , p a r a a s p e r c e n ta g e n s q u e f o ra m a p re s e n ta d a s , n o s e c to r d a c o n s tr u ç ã o
c iv il, c o m p a r a tiv a m e n te a q u a lq u e r o u tr a a c tiv id a d e , ig u a lm e n te se v e r if ic a q u e o p a ís
98
n e c e s s ita d e f a z e r u m a c la r a a p o s ta n a f o r m a ç ã o d e q u a d r o s s u p e r io r e s n a á r e a d e
s e g u r a n ç a e s a ú d e n o tr a b a lh o .
P o r fim , j u l g a - s e q u e e x is te a n e c e s s id a d e p e r a n te a s e n tid a d e s p a tr o n a is d e a s te n ta r
s e n s ib iliz a r p a r a q u e d e ix e m d e “ v e r ” o s té c n ic o s s u p e rio re s d e s e g u r a n ç a c o m o q u e m
e s tá p a r a a tr a p a lh a r, q u a n d o n a r e a lid a d e a s u a e x is tê n c ia é e v ita r q u e d e te r m in a d a s
s itu a ç õ e s v e n h a m a o c o r r e r e e s ta s p o s s a m t e r r e p e r c u s s õ e s tr á g ic a s , q u e r p a r a o la d o d a
e n tid a d e la b o r a l q u e r p a r a o la d o d o o p e rá rio .
99
9. Bibliografia
D e c r e to - L e i n° 4 1 8 2 1 d e 11 d e A g o s to d e 1 9 5 8 d e f in id o c o m o , R e g u la m e n to d a
S e g u r a n ç a n o T r a b a lh o d a C o n s tr u ç ã o C iv il
N o r m a E N 1 2 8 1 0 -1
N o r m a E N 1 2 8 1 1 -1
A b e l P in to ; M a n u a l d e S e g u ra n ç a ;
C o n s tr u ç ã o , C o n s e r v a ç ã o e R e s ta u r o d e E d if íc io s ; 4 a E d iç ã o
L u ís C o n c e iç ã o F r e ita s
S e g u r a n ç a e s a ú d e d o T r a b a lh o ; 2a E d iç ã o
Guia Prático 28, ACT, Construção Execução de Valas e Escavações
D ir e c tiv a 2 0 0 1 /4 5 /C E
D L n .° 5 5 5 /9 9 , d e 16 d e D e z e m b r o ( v e r s ã o a c tu a liz a d a ) ; R e g im e J u r íd ic o d a
U r b a n iz a ç ã o e E d if ic a ç ã o
D L n .° 3 0 7 /2 0 0 9 , d e 2 3 d e O u tu b ro
R e g im e J u r íd ic o d a R e a b ilita ç ã o U r b a n a
M a n u a l s in a liz a ç ã o te m p o r á r ia ; J A E 1 9 9 7
D e c r e to R e g u la m e n ta r n .° 2 2 - A /9 8 d e 1 d e O u tu b r o
D L n .° 2 7 3 /2 0 0 3 , d e 2 9 d e O u tu b r o ( v e r s ã o a c tu a liz a d a ) ; C o n d iç õ e s d e s e g u r a n ç a e d e
s a ú d e n o tr a b a lh o e m e s ta le ir o s te m p o r á r io s o u m ó v e is
F o n te s M a c h a d o , L u ís : M a n u a l d e S e g u r a n ç a n o E s ta le ir o , I D I C T /A E C O P S , L is b o a 1 9 9 6
A lv e s D ia s , L u ís e F o n s e c a , M a n u e l: P la n o d e S e g u r a n ç a e S a ú d e n a C o n s tr u ç ã o ,
I D I C T /I S T , L is b o a , 1 9 9 6
C a b ra l, F e r n a n d o e R o x o , M a n u e l: S e g u ra n ç a e S a ú d e n o T r a b a lh o d a C o n s tr u ç ã o - O s
N o v o s I n s tr u m e n to s d e P r e v e n ç ã o , ID IC T , L is b o a , 1 9 9 6
O r d e m d o s E n g e n h e ir o s T é c n ic o s
h ttp s ://w w w .o e t.p t/p o r ta l/in d e x .p h p /a to s - d e - e n g e n h a r ia
100
Webgrafia
http://www.iIo.org/pubIic/portugue/region/eurpro/Iisbon/pdf/pub segsaude.pdf
L a p r e v e n c ió n d e a c c id e n te s e n la in d u s tr ia d e la c o n s tr u c c ió n : s e g u n d o p u n to d el
o r d e n d e l d ia , e x tr a c to s
Andamios de cremallera
http://www.lineaprevencion.com/uploads/documentotecnico/applications/ficha07.pdf
Andamios tubulares
http://www.lineaprevencion.com/uploads/documentotecnico/applications/ficha09.pdf
http://www.oasrn.org/upIoad/apoio/IegisIacao/pdf/industria8299.pdf
E N 1 2 8 1 0 -1 D ic ie m b r e 2 0 0 3
http://www.burtonsa.com/archivos/UNE-EN%2012810-1.pdf
A c id e n te s T r a b a lh o G a b in e te d e E s tr a té g ia e E s tu d o s M in is té r io d a E c o n o m ia
L e i n .° 1 0 7 /2 0 0 1 , d e 0 8 d e S e te m b ro
IM T T
http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/InfraestruturasRodoviarias/InovacaoNormaIizacao/Di
DivuIg%20Tcnica/ManuaI+sobre+Aspectos+Seguran%C3%A7a+AAFR-SEC.pdf
http://www.afesp.pt/admin/ficheiros/ManuaI%20de%20SinaIizacao%20Temporaria%20JAE%2
20199%20-%20Tomo%20II%20-%20Estrad.pdf
101
9. A nexos
DESCRIÇÃO
DO SISTEMA
21 cu
oo
Q?
03
04
2k
06
1?
a ra is 00 çyafrpo d e ar - g r a t a o
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gjunsa oo^tc 11 ':■ !» v do k n a
‘□ d x ú trxita 12 1axna
TrtdLftyquacto 13 trafTc
tusoto^AM* 14 a j J »J ~iB m e tífc a
102
A n d a im e d e m a d e ir a s e g u n d o D e c r e to - L e i n° 4 1 8 2 1
103
O b r a d e r e a b ilita ç ã o n a U n iv e r s id a d e d e C o im b r a
104
Cimento Expansivo
R o tu r a L o n g itu d in a l
L -1 < L - 2
L - 1 = 0 ,5 m
R o tu r a e m q u a d r a d o
L -1 = L - 2
L - 1 = 0 ,5 m
105
R o tu r a e m L o s a n g o
L - 1< L - 2
L - 1 = 0,5
106
TRABALHOS FIXOS 1x2+VL
Trabalhos na via de lentos com estreitamento forte
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* Espaçados 10 rn «oa m !
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(rifrttfC M ã (ti íl»6 1
1
1
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1
•»vOlcWif* -*- 1 -*-
107
TRABALHOS FIXOS
Trabalhos na totalidade da via direita
com estreitamento das restantes vias
ln LV - ITV 1
e t i±:
V"-I
IQQm
EapúttoiuS 10m
1Wtt*
■ Púlu LUPi
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i3'Z-i+:ii i : ■ a i ■' h Hi
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li-iiii-.il! jn r i *5-ZlHarKdSÚC
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p-iTiHrç rjirJ :lj inL-r ,i J j pI■>:,ii- úi
SiruLZdÇAQdvdnSKld, :_:ii - i : j : h j í : í _ih v
ri iir7ir«--^--«.
F o n te ; J A E , M a n u a l d e S i n a li z a ç ã o T e m p o r á r i a ; T o m o I I
108
TRABALHOS FIXOS 1x2
1x4 F 24
Trabalhos em rotundas - Coroa interior
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hspaçactos tm
109
1x2
TRABALHOS FIXOS 1x4 F 25
Trabalhos em rotundas - Coroa exterior sem ocupação
da via de entrada ou de saída
■m
v. r E . errui
110
111
112