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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO - UNISULMA


INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO MARANHÃO - IESMA
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ALEXANDRE FERREIRA GUIMARÃES


BRENNO AUGUSTO DE OLIVEIRA LIMA

Análise das Práticas Pedagógicas no Ambiente Escolar: Aspectos de


Inclusão nas aulas de Educação Física no Ensino Médio

Imperatriz
2018
2

ALEXANDRE FERREIRA GUIMARÃES


BRENNO AUGUSTO DE OLIVEIRA LIMA

Análise das Práticas Pedagógicas no Ambiente Escolar: Aspectos de


Inclusão nas aulas de Educação Física no Ensino Médio

Trabalho de conclusão de Curso, apresentado


ao Curso de Licenciatura em Educação Física
do Instituto de Ensino Superior do Maranhão /
Unidade de Ensino Superior do Sul do
Maranhão como requisito para a obtenção de
título como Licenciado em Educação Física.

Orientador: Prof. Esp. Carlos Airton Moraes


Sanches

Imperatriz
2018
3

ALEXANDRE FERREIRA GUIMARÃES


BRENNO AUGUSTO DE OLIVEIRA LIMA

Análise das Práticas Pedagógicas no Ambiente Escolar: Aspectos de


Inclusão nas aulas de Educação Física no Ensino Médio

Monografia apresentada ao curso de


Educação Física do Instituto de Ensino
Superior do Sul do Maranhão/Unidade de
Ensino Superior do Sul do Maranhão para
obtenção do grau de Licenciatura em
Educação Física.

Orientador: Prof. Esp. Carlos Airton Moraes Sanches

Aprovada em: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________
Profº. Esp. Carlos Airton Moraes Sanches - UFMA

___________________________________________
Profº. Esp. Ubiracy Ferreira Campos - UFMA
4

Dedicamos este trabalho aos docentes e alunos do


Centro de Ensino Vicente Yañez Pinzón e a todos
os contribuintes da cidade de Governador Edison
Lobão – MA.
5

AGRADECIMENTOS

Inicialmente agradecer а Deus por ter permitido qυе tudo tenha ocorrido como
o planejado, pelo vigor e a grade virtude, paciência, gostaria de agradecer também a
está instituição e a todo corpo docente, direção e administração que me favoreceram
o âmbito acadêmico, assim obtemos experiencias que levarei para toda a minha vida.
Agradecer ao mеυ orientador, pela diligência a este trabalho, se
disponibilizando e dedicando, dando suporte em todos os momentos, realizando
intervenções construtivas e aos meus pais, pelos os estímulos е apoios integrais,
assim me fortalecimento em momentos difíceis.

Brenno Augusto de Oliveira Lima


6

Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelo dom da vida, pela saúde e por ter
me mantido de pé nos momentos de dificuldades. Agradeço aos meus pais e irmãos
por serem a minha fonte de inspiração e porto seguro em todos os momentos da
minha vida, sem o apoio deles, teria ficado pelo caminho.

Ao professor Carlos Airton Moraes Sanches que orientou este estudo e


sempre esteve a nossa disposição para que pudéssemos concluir nosso TCC.

Aos colegas de turma, onde pude aprender e compartilhar experiências que


levarei para toda a vida. E a todos que me acompanharam, torceram, ajudaram direta
ou indiretamente para que esse dia chegasse, e é como muita felicidade que agradeço
a todos os mencionados aqui, muito obrigado pelo apoio.

Alexandre Ferreira Guimarães


7

“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito. Não sou o que
deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes”. (Marthin Luther King)
8

RESUMO

A influência das práticas pedagógicas na inclusão dos alunos com deficiências nas
aulas de Educação Física Escolar. Neste contexto este estudo tem como objetivo
analisar as práticas pedagógicas do professor de educação física de uma escola da
rede estadual no ensino médio da cidade de governador Edson Lobão-MA. Identificar
as dificuldades dos professores de educação física em incluir os alunos com
deficiências em suas aulas e a necessidade de aprimorar o conhecimento e
metodologias para atender as expectativas destes alunos nas aulas. O estudo
norteado por meio de uma pesquisa qualitativa, que usa técnicas de coleta de dados
questionários com perguntas abertas, fechadas e a perguntas de múltiplas escolhas,
utilizando ao total 20 questões e os dados obtidos estão transcritos para este trabalho
em gráficos para uma visualização concreta. Este trabalho descreverá como a
educação inclusiva e as práticas pedagógicas do professor de educação física
contribuirão significativamente na formação dos(as) alunos(as) com deficiência, vale
ressaltar que neste trabalho estará incluso a análise e a discussão dos efeitos da
pesquisa de campo.

Palavras-chave: Práticas Pedagógicas, Educação Inclusiva, Ensino Médio.


9

ABSTRACT

The inclusion of students with disabilities in School Physical Education classes. In this
context, this study aims to analyze the pedagogical practices of the teacher of physical
education in a state school in high school of the city governor Edson Lobão-MA. By
the difficulties of physical education teachers to include students with disabilities in
their classes, we see the need to improve the knowledge and methodologies to meet
the expectations of these students in class. The study guided by a qualitative research,
using techniques for collecting questionnaires data with open questions, closed and
multiple choice questions using the total 20 questions and the data are transcribed into
estre work in graphics for a concrete view . This paper will describe how inclusive
education and the pedagogical practices of the physical education teacher significantly
contribute in the formation of (the) students (as) with disabilities, it is noteworthy that
this work will be included the analysis and discussion of the effects of field research.

Keywords: Inclusive Education. Pedagogical Practices. High School.


10

LISTRA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Se sim, quais as contribuições desde componente curricular, educação


física, para a sua formação?

Gráfico 2: A escola tem estrutura com acessibilidade para alunos com


deficiência?
11

SUMÁRIO

1
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................
... 2

1
2 ELEMENTOS FORMADORES DA PRÁTICA
PEDAGÓGICA...................... 5

2. 1
Diferentes metodologias para pessoas
1 deficientes.................................. 7

2
3 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DO
PROFESSOR.......................... 0

3. 2
A significação da formação
1 continuada..................................................... 3

4 O AMBIENTE ESCOLAR E SUAS INFLUÊNCIAS NO PROCESSO DE 2


APRENDIZAGEM........................................................................................
5
...

4. 2
A relação das práticas pedagógicas com o Ensino
1 Médio....................... 7

4. 2
Alunos com deficiência e a reflexão sobre as práticas pedagógicas.....
2 8

3
5 INCLUSÃO DOS ALUNOS DEFICIENTES NO ÂMBITO
ESCOLAR........... 0

5. 3
Como entender a deficiência no âmbito
1 escolar....................................... 4

3
6 INTERCORRÊNCIA DA INCLUSÃO NO AMBIENTE
ESCOLAR................. 5
12

6. 3
Inclusão e a relação com os tipos de
1 deficiência...................................... 7

3
7 METODOLOGIA..........................................................................................
... 9

7. 3
Aproximação com o campo de
1 pesquisa................................................... 9

4
8 ANÁLISE DOS
RESULTADOS...................................................................... 1

4
9 CONCLUSÃO..............................................................................................
... 9

5
REFERENCIAS...........................................................................................
... 1

ANEXOS 5
........................................................................................................
3

1 INTRODUÇÃO

As instituições de ensino formal têm características distintas em suas


estruturas, pois dependem de vários fatores e circunstâncias para realizar suas ações
pedagógicas, estes ambientes educativos deveriam ser os melhores para realização
das formações dos cidadãos de cada sociedade. Segundo Brandão (2010, p.134), “é
de conhecimento geral que a instituição escolar desde a sua criação tem lugar
marcado na sociedade, essa instituição deve preparar o aluno para a vida.”
Nela desenvolvemos nosso corpo no sentido cognitivo, motor, afetivo, social,
dentre outros, ou seja, a instituição escolar contribui para a formação do indivíduo,
porém os cuidados, zelos e deveres de ensino não isentam os pais, por que de certo
modo as crianças externam o que aprendem com seus pais, observa-se que há
diferentes formas de aprender, isso dependerá dos lugares e as circunstâncias.
13

Em razão disto, a escola deve incluir todos os alunos, sem restrição, com a
participação de todos os componentes da escola, enfaticamente o professor, neste
caso a formação do professor se torna um elo importante para esse processo de
inclusão, assim como para professor de Educação Física enquanto membro que
constitui a equipe escolar. As experiências adquiridas durante a formação inicial são
determinantes para uma boa prática, assim os estágios supervisionados têm uma
contribuição excelente neste processo, consequentemente quando estiverem atuando
nas escolas conseguirão intervir para incluir os alunos com dificuldades, transtornos
e deficiências com mais facilidade, evitando uma presença sem participação de forma
ativa nas aulas.
Este trabalho foi realizado com o intuito de analisar as práticas pedagógicas
do professor de Educação Física no ensino médio, com alunos com deficiência, em
uma escola da rede estadual na cidade de Governador Edison Lobão - MA. Por certo,
procura-se abordar a Educação Física, por meios de objetivos específicos que nos
ajudasse a responder ao questionamento anterior, como identificar as práticas
pedagógicas do professor de educação física na escola da rede estadual de ensino
da cidade de Governador Edison Lobão – MA, também descrever estas práticas a
partir da inserção de alunos(as) com deficiência e demonstrar a importância da
inclusão dos alunos com deficiência nas aulas de Educação Física.
Neste contexto, o estudo foi construído epistemologicamente por meio de uma
pesquisa qualitativa, bibliográfica e descritiva, o instrumento de coleta de dados
utilizado foi o questionário, ao total 20 questões estruturadas em perguntas abertas e
a combinação de perguntas de múltiplas escolhas com abertas, com a finalidade de
responder ao questionamento, quais a práticas pedagógicas do professor de
educação física no município de Governador Edison lobão – MA, e de que forma se
dá a inclusão dos alunos com deficiência nas respectivas aulas e no desporto escolar.
Considerando as intenções da pesquisa, no universo da escola foram
aplicados questionários aos alunos do 1º ano do ensino médio desta escola da rede
estadual de ensino, assim como com o docente da área de educação física, estas
amostras são decorrentes da existência dos sujeitos neste ambiente.
Portanto, vale ressaltar que na formação de professores na perspectiva
acadêmica, há um componente curricular sobre educação inclusiva que disciplina os
professores como lidar com alunos deficiências, a formação do professor é continua,
sempre atualizando os seus conhecimentos e com o auxílio da escola e dos pais,
14

pode-se atingir o potencial do aluno com deficiência, exemplo da Fabiana Fernandes


que ganhou nos jogos escolares da Juventude, devido ao exímio trabalho do seu
professor de Educação Física.
No capitulo dois será abordada a prática pedagógica, os seus conceitos e
expectativas de utilização pelos professores, além da relação da prática pedagógica
com a formação acadêmica.
No capitulo três tratará sobre a formação do professor, evidenciando a
importância do estágio supervisionado para o professor e a carência de conhecimento
que o docente tem sobre alunos com deficiência.
O capitulo quatro abordará sobre o ambiente escolar, primeiramente o
conceito de escola e a sua influência no processo de aprendizagem, características
do ensino médio a sua criação e o direito dos alunos, tratará também sobre os alunos
com deficiência na escola e quais as práticas pedagógicas que o professor utiliza para
atender esses alunos.
O foco do capitulo cinco é descortinar as situações que envolvam a
deficiência, relatará sobre a inclusão dos alunos com deficiência no âmbito escolar,
apresentará a conceituação de deficiência na realidade cotidiana.
O capitulo seis tratará sobre a inclusão em seu conceito legislativo e geral e
encerrar-se no capitulo sete com os tipos de deficiências existentes e comumente
encontradas nas instituições de ensino.
15

2 ELEMENTOS FORMADORES DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

O termo prática pedagógica não pode ser conceituada, apenas concebida,


e as diferentes formas de práticas pedagógicas é embasada em nossas ideias,
segundo a Priscila Verdum no “seminário de prática docente”. Há uma frase inspirada
em Freire (1986, p.125), parto de uma concepção de prática pedagógica adjetivada
pelo termo dialógica, em que a construção do conhecimento é vista como um processo
realizado por ambos os atores: professor e aluno, na direção de uma leitura crítica da
realidade.
A prática pedagógica é as práxis do embasamento teórico, ou seja, é
adotado uma perspectiva teórica e colocada em ação. Segundo Fernandes (1999,
p.159):

[…] prática intencional de ensino e aprendizagem não reduzida à questão


didática ou às metodologias de estudar e de aprender, mas articulada à
educação como prática social e ao conhecimento como produção histórica e
social, datada e situada, numa relação dialética entre prática-teoria,
conteúdo-forma e perspectivas interdisciplinares.
16

Como citado acima pelo Fernandes, a aula se constitui no diálogo entre o


educador e o educando, nesse encontro é compartilhado o conhecimento, ou seja, o
aluno e o professor constroem conhecimentos juntos, aprendem e ensinam, nessa
construção do saber, o professor ao analisar o desenvolvimento cognitivo, social e
motor do seu aluno ele aprende e o aluno aprende com o conhecimento compartilhado
pelo professor, porém o professor não detém todo o conhecimento, mas deve
incentivar o aluno a buscar algum objeto de conhecimento.
A prática pedagógica é a forma de como transmitir o conhecimento para
os seus alunos, segundo Freire (1986, p.47).

Que objeto a ser conhecido não é de posse exclusiva de um dos sujeitos que
fazem o conhecimento. Para que haja construção do conhecimento, é preciso
uma aproximação tanto do professor quanto do aluno, dinâmica na direção
do objeto. Ao fazer isso, o professor refaz o seu conhecimento sobre o objeto,
através da capacidade de conhecer dos alunos, em vez de transferir o
conhecimento como se fosse uma posse fixa.

A Prática Pedagógica em relação a formação acadêmica, tem sua


importância, pois, é possível aplicar na pratica o que aprendeu na teórica, nos ensinos
superiores, segundo Fonseca, Burkowski, Faria (2007), “[...] As experiências
adquiridas com a prática de campo estabelecem transformações de ensino”.
É de suma importância o professor tenha oportunidades de externar as
aprendizagens do ensino, por exemplo, o discente do curso de educação física em
seu quinto período tem suas experiencias ampliadas devido aos estágios e assim
construir suas práticas pedagógicas embasados no que aprenderam. BURKOWSKI,
VASCONCELOS (2006, p.2) “As concepções que o acadêmico traz da sua
experiência de vida, são próprias do senso comum e, via de regra, estão restritas às
suas, em geral, limitadas ou especializadas experiências na área de Educação Física”.
Além do mais, a teoria e a prática devem estar juntas, pois, a teoria
proporciona o conhecimento e a prática vivenciar o que aprendeu na teoria, por isso
é de suma importância explanar ao aluno o que deverá ser trabalhado, com a direção
do professor, os alunos realizaram corretamente os movimentos e a aprendizagem do
conteúdo exposto. De acordo com Magge (2005, p.50)
17

A aplicabilidade da metodologia escolar deve-se levar em conta outros


aspectos intrínsecos e extrínsecos aos escolares, fatores fisiológicos, fatores
ambientais e psicológicos que refletem no corpo, e aspectos motores como a
amplitude dos movimentos, nível motor e de consciência corporal. Vários
fatores podem interferir na postura corporal do adolescente e entre os mais
comuns apresentam-se hábitos errados de postura, hereditariedade,
traumatismo, doenças inflamatórias, enfermidades musculoesqueléticas,
debilidade muscular ou neural, estresse, desnutrição, roupas inadequadas,
sobrepeso e obesidade.

Percebe-se a importância da prática pedagógica do professor e de realizar


uma anamnese dos seus alunos, assim conhecendo fatores biológicos que podem
afetar seu desempenho nas aulas, a prática pedagógica estar ligada intimamente com
a metodologia, o como fazer, Betti (1992) nos descreve sobre a metodologia do
professor de educação física.

Não basta correr ao redor da quadra; é preciso saber porque se está


correndo, como correr, quais os benefícios advindos da corrida, qual
intensidade, frequência e duração são recomendáveis. Não basta aprender
as habilidades motoras básicas do basquetebol; é preciso organizar-se
socialmente para jogar, reconhecer as regras como um elemento que torna o
jogo possível, aprender a respeitar o adversário como um companheiro e não
como um inimigo a ser aniquilado, pois sem ele simplesmente não há jogo...
É preciso enfim que o aluno incorpore a corrida e o basquetebol à sua vida
para que deles tire o melhor proveito possível. Para isto não basta aprender
habilidades motoras e desenvolver capacidades físicas, que evidentemente
são necessárias em níveis satisfatórios para que o indivíduo possa usufruir
dos padrões e valores que a cultura física nos legou após séculos de
civilização, mas não constituem uma condição suficiente. Não basta melhorar
a condição física do aluno, é preciso ensiná-lo a construir um programa de
condicionamento físico, mesmo porque o professor não estará sempre ao seu
lado para dizer-lhe o que fazer. Não basta ensiná-lo a bandeja e a cortada; é
preciso prepará-lo para, ao sair da escola, ser um praticante ativo e lúcido, e
isto implica em compreender a organização do esporte em nossa sociedade;
é preciso prepará-lo para ser um consumidor do esporte espetáculo, o que
implica em desenvolver nele uma visão crítica do sistema esportivo
profissional. Visualiza-se facilmente, então, até mesmo um conteúdo teórico
nos programas de Educação Física.

Na metodologia do professor deve conter o conceito, o fazer e os valores


para ser colocado em prática pelos alunos, é de suma importância o professor abordar
essas três características de concepções em suas aulas, assim o desenvolvimento
dos alunos serão de forma geral.
Além do mais, Neira (2009, p.18) comenta sobre competência que são as
capacidades onde se apoiam em conhecimentos, capacidades essas de envolver os
alunos em suas aprendizagens, em suma, para haver esse envolvimento é necessário
utilizar o conhecimento cognitivo do aluno mais o conhecimento que o professor tem
18

sobre o conteúdo. Nota-se a importância de o professor ter o domínio do conteúdo


ministrado, assim irá desenvolver o cognitivo.

2.1 Diferentes metodologias para pessoas diferentes

Para uma melhoria da prática pedagógica, os professore devem analisar-


se, realizando assim um auto avaliação de suas práticas. Deve questionar-se se sua
atuação está ligada ao senso comum e sua experiência enquanto aluno da educação
básica ou tem um embasamento teórico científico.
O professor deve ter a convicção das múltiplas diferenças dos seus
alunados, tendo assim a consciência da individualidade de cada um, entendendo
assim o grau de complexidade da prática educativa. Segundo Piaget (1967, p.18), O
professor teria a função de organizar propostas de ensino baseadas em situações
problemas, levando o educando a pensar, ao invés de somente fornecer informações
prontas.
O Educador é um gerenciador de informações, sua formação é
fundamental. Sua tarefa escolar independe do componente curricular, todos têm as
mesmas responsabilidades, formando assim um cidadão comprometido com seus
aspectos culturais, provido de conhecimento crítico e transformador.
A ação prática do professor, suas experiências devem ser dialogadas com
outros profissionais da área, buscando assim compartilhar a partir delas, melhorar sua
ação. Segundo Neira (2009, p.22), o professor deve descrever, discutir, registrar e
compartilhar sua prática com seus colegas, buscando assim uma real tematização de
sua ação.
O professor deve estar em um processo contínuo de formação, não se
limitando a sua graduação ou a sua experiência na educação básica. Deve ter um
processo progressivo e reflexivo, avaliando-se criticamente, observando pontos
positivos e pontos a serem melhorados.
Ainda segundo Neira (2009, p.24), a aula deverá ser analisada a partir de
um modelo de percepção da realidade, no qual estão estreitamente vinculados o
planejamento, a aplicação e a avaliação.
19

A compreensão, a valorização cultural dos alunos, as diferenças quanto as


habilidades e limitações físicas, são marcas perceptíveis do cenário educacional atual,
e as mesmas devem ser abordadas e contextualizadas pelo professor. O professor
deve ter em sua prática, uma organização didática, com sua ação inclusiva e uma
sequência.
Algo intrigante e de grande relevância é que segundo Neira (2009, p.93), o
senso comum tem ao longo dos anos, imposto a imagem de alunos “bons” na
educação física e não tão “bons” nas salas de aula, de outras disciplinas. Segundo o
autor, tal constatação soa como um paradoxo, uma vez que todas as disciplinas da
escola devem convergir para o mesmo objetivo.
No âmbito educacional os objetivos devem estar interligados com
preocupações escolares para a vida, onde os conteúdos devem conter temas de
cunho social e cultural, visando à formação cidadã crítica, buscando a transformação
em uma sociedade mais justa.
Paulo Freire (1986), aborda sobre a importância das relações dialógicas
como necessárias à concepção que recomenda que a escola se estabeleça com o
espaço de estudo e reflexão permanente e que propicie a comunidade escolar uma
efetiva participação em seu cotidiano.
O professor deve analisar de forma crítica sua prática pedagógica
buscando nela, perceber se de fato sua ação está viabilizando uma formação cidadã,
um cidadão participativo e que compreenda e valorize os valores socioculturais.
20

3 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DO PROFESSOR

No curso de graduação do professor no seu processo final há um


componente curricular, estágio supervisionado, no qual é a transição da faculdade
para a escola no sentido de pôr em pratica o que aprendeu, ou seja, nesse momento
é decisivo, pois entra em contato com a realidade e tem o encargo de ser o professor.
Pacheco (1995), comenta que essa transição significa uma descontinuidade tripartida
da instituição de formação para a escola, de aluno para professor, da teoria para a
prática, destacando-se o contexto prático, em que se passará a atuar, como algo forte
e marcante no fator de socialização.
É valido dizer que o estágio supervisionado para a formação acadêmica é
de suma importância, de acordo com JONES; STRAKER, (2006); IZA; SOUZA NETO,
(2015), “Trata-se então, de um momento diferenciado, pois congrega diferentes
perspectivas e envolve agentes que possuem papéis distintos, sendo que esses
contribuem de forma decisiva para a imersão na cultura profissional.” As diferentes
perspectivas é a dos discentes quando constroem seus planos de aulas e em seus
pensamentos têm os alunos imaginários realizando atividades elaboradas por eles e
21

os agentes são os alunos e os discentes universitários, ou seja, os participantes


desenvolvem aprendizagens e conhecimentos de forma mútua.
Além do mais, quando os discentes encontram dificuldades nos estágios
em relação aos alunos com deficiência, Justo e Behm (2013, p.21) comentam que:

Que a formação deve abranger a construção do conhecimento pelo professor


sobre os problemas que estão em evidência nas escolas, principalmente os
relacionados com a inclusão, que se encontra em um momento de ênfase e
adaptação.
Nota-se a importância da formação do professor para a educação especial,
porem percebe-se as dificuldades dos que já atuam nesta modalidade de educação,
ou seja, a carência do conhecimento teóricos específicos da educação especial,
observa-se que o conhecimento que o professor tem é das experiencias cotidianas e
vivencias pessoais, com isso não há incentivo pela busca de acréscimos nas
informações sobre esse assunto.
Além disso, essa carência no conhecimento sobre como realizar atividades
com alunos especiais, boas parcelas dos professores têm resistência com esse
trabalho, de acordo com Cortelazzo (2011, p.23)

Os egressos dos cursos de licenciatura não desfrutam ao longo de seus


cursos da possibilidade prática para atender alunos com deficiência o que
dificulta esse trabalho pedagógico após a formação inicial, com isso, quando
se deparam com a realidade escolar, sentem-se incapacitados para atender
seus alunos de maneira inclusiva e promover a independência dos mesmos,
pois se apoiam num discurso inclusivo, mas praticam a exclusão.

Torna-se evidente a contribuição do professor de Educação Física para que


os alunos com deficiência participem no ambiente escolar, pois é estimulada no aluno
com deficiência a sua cognição, motor e afetivo, porém se o professor em sua
formação não receber nenhum estimulo, haverá menor possibilidade da procura em
aperfeiçoar seus conhecimentos em relação a área da educação especial.
Além do mais, a escolha da metodologia que o professor irá utilizar é
fundamental, iremos comentar um pouco sobre as concepções, psicomotoras, Barreto
(2000, p. 35) [...] a psicomotricidade é essencial para prevenção dos problemas de
aprendizagem, reeducação do tônus muscular, da postura, lateralidade e ritmo[...].
então dependendo do tipo de deficiência é uma ótima escolha dessa abordagem, para
o desenvolvimento da aprendizagem. A abordagem construtivistas-interacionistas,
22

explora diferentes formas de atividades lúdicas, jogos, respeitando as experiencias


dos alunos podendo assim incluir os alunos com deficiência. Ainda a abordagem
crítica-emancipatória que é utilizar o esporte para fins pedagógicos, é aceitável para
alunos especiais, porém na abordagem desenvolvimentista não é possível utiliza-la
nas aulas com alunos com deficiência física ou mental, a Darido (1999, p. 62), diz que
essa abordagem “[...] fica limitado o contexto sócio cultural, tendo somente como
objetivo as habilidades motoras, deixando de lado a questão da influência do meio
social e sua contribuição para a construção da sua cultura e de outras pessoas[...].”
Observa-se que semelhante os outros componentes curriculares, a
Educação Física não se limita a uma forma de pensamento e sim em várias
estratégias e métodos para o seu ensino, como as que foram supracitadas.
É momentoso ressaltar que tal prática não se limita a uma tendência ou a
uma única abordagem. Percebe-se que existe uma mescla, onde é quase impossível
um professor agir em suas aulas com apenas uma abordagem específica. Segundo
Hildebrandt & Laging (1986, p.15) diz que,

as concepções de ensino, são abertas, quando os alunos participam das


decisões em relação aos objetivos, conteúdos e âmbitos de transmissão ou
dentro deste complexo de decisão. O grau de abertura depende do grau de
possibilidade de Co decisão. As possibilidades de decisão dos alunos são
determinadas cada vez mais pela decisão prévia do professor emancipada.

Vale ressaltar que no início à Educação Física era baseada na perspectiva


higienista, que como o nome sugere, havia a preocupação centrada nos hábitos de
higiene e saúde, onde buscava-se o desenvolvimento físico e da moral a partir do
exercício e na perspectiva militarista, o principal objetivo da Educação Física, era a
formação de pessoas capazes de suportar o combate, a luta, e estivesse pronto para
atuar na guerra. Dentro dessa tendência só eram aceitos os fisicamente “perfeitos”,
com isso os alunos especiais automaticamente são excluídos das aulas. Outra
tendência que é relevante comentar, é a esportivista. O futebol brasileiro passava por
momentos de grandes resultados, e a partir disso, o esporte, no caso o futebol tornou-
se associado à Educação Física, sendo aqueles que não são considerados “normais”
não participavam das aulas.
Segundo Neira (2009, p. 97) “[...] Todos os professores ao ingressar na
carreira, são portadores do “saber da experiencia”, ou seja, um saber construído que
23

se baseia na sua história enquanto aluno.” Percebe-se que a formação do professor


é de suma importância para seu desempenho em sua atividade escolar, pois a
experiência que adquiriu ao decorrer dos anos como aluno nas aulas de educação
física no ensino médio, influenciará em sua metodologia como docente, o
conhecimento construído será aperfeiçoado.
Além do mais, o professor deve está fundamentado para realizar suas
aulas, pois, assim poderá realizar uma análise reflexiva sobre suas práticas, de acordo
com Piaget (1966, p.154) o professor tem que ter ciência do que está fazendo, depois
uma visão crítica das suas ações, em seguida o professor não deve ser somente um
reprodutor de informação, mas um pesquisador, e por último o professor deve ter o
domínio do conteúdo.
Torna-se importante comentar sobre a ação do professor reflexivo, pois
entende-se que o professor deve estar em contínua formação, por exemplo, o
professor cursou o ensino médio e teve presença ativa nas aulas de educação física,
adquiriu experiencias que acopladas com o conhecimento do curso de licenciatura de
educação física, pois no confronto da experiencia e o conhecimento docente,
construirá o saber.
O professor, protagonista dessa relação, deve além de possuir uma
formação inicial, que segundo Neira (2009, p.152), entende-se como desde o
momento que se inicia a escolaridade, até sua conclusão, que no caso dos
professores de Educação Física se dá no ensino superior, deverá também ter uma
formação continuada.
Todavia percebe-se que a formação inicial é necessária, porém limitada,
pois o que se vê na prática, em sala de aula é uma realidade escolar bem diferente.
Neira (2009, p.153), contextualiza que se na formação inicial o eixo encontra-se nos
saberes das experiências dos futuros professores e nos saberes do currículo; na
formação contínua o eixo central está na reflexão crítica que deve ocorrer na
experiência profissional e a partir dos saberes advindos dela.

3.1 A significação da formação continuada


24

A formação contínua tem diversos significados, seus objetivos estão


atrelados a ação prática, mas embora, tendo seu grau de relevância, ainda não
assumiu a sua devida importância que merece. Segundo Neira (2009, p.189), a
formação contínua para Nóvoa (2010, p.191), atende o profissional nas diferentes
fases de desenvolvimento pessoal-profissional: a inicial (educadores principiantes), a
fase da maturidade e a fase da consolidação da carreira. Em todas, o fio condutor do
trabalho de formação contínua é a prática (a práxis, a experiência) profissional, em
permanente processo de transformação.
Os professores recém graduados passam por situações bem semelhantes
quando iniciam a sua vida profissional no âmbito escolar (sala de aula). O educador
julga-se pronto através do embasamento teórico que teve em sua formação, mas, o
que se tem na realidade é uma situação contraditória, onde o professor percebe que
ainda está apenas no início da trajetória e que não se encontra preparado para tal
desafio.
Reforçando o parágrafo anterior, Neira (2009, p.193), relata que conforme
confirma Mattos, que a maioria das experiências vividas nos anos da universidade,
simplesmente, não pode ser repetida nas situações reais de ensino. Tal fator, pode
gerar no recém-formado, uma espécie de frustação e uma preocupação quanto ao
segmento de sua profissão.
Diante dos argumentos supracitados, pode-se perceber o tamanho da
importância e da responsabilidade do professor, ressaltando-o como o elemento
fundamental para que haja de fato aprendizados por parte dos alunos, explicitando a
necessidade de uma formação inicial e continuada buscando assim superar as
desigualdades escolares e o consequente fracasso escolar.
Deve-se buscar uma formação que mais se aproxime da realidade
encontrada na prática e forme um professor e um aluno reflexivo, alterando assim a
realidade no contexto sociocultural da sociedade atual, pois, Nóvoa (1999, p. 18)
comenta que na formação valorizasse “a experiência como aluno, como estagiário,
como professor principiante”.
É momento enfatizar que o estágio supervisionado não é facultativo, mas
um componente curricular necessário para a conclusão do curso, observe o que Brasil
(2001, P.10-11) comenta sobre isso.
25

O estágio curricular supervisionado é, pois, um modo especial de atividade


de capacitação em serviço e que só pode ocorrer em unidades escolares
onde o estagiário assuma efetivamente o papel de professor, de outras
exigências do projeto pedagógico e das necessidades próprias do ambiente
institucional escolar testando suas competências por um determinado
período. (...) ao mesmo tempo, os sistemas de ensino devem propiciar às
instituições formadoras a abertura de suas escolas de educação básica para
o estágio curricular supervisionado. Esta abertura, considerado o regime de
colaboração prescrito no Art. 211 da Constituição Federal, pode se dar por
meio de um acordo entre instituição formadora, órgão executivo do sistema e
unidade escolar acolhedora da presença de estagiários. Em contrapartida, os
docentes em atuação nesta escola poderão receber alguma modalidade de
formação continuada a partir da instituição formadora.

O estágio supervisionado proporciona ao discente o contato com os alunos,


assim podendo aplicar os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas e conhecendo
a realidade do ambiente escolar, porém isso será possível com a permissão da escola,
em relação a acolher o discente em seu âmbito educacional.

4 O AMBIENTE ESCOLAR E SUAS INFLUÊNCIAS NO PROCESSO DE


APRENDIZAGEM

É necessário conceituarmos o termo escola, para uma compreensão


melhor e ampla deste trabalho, é de conhecimento geral que a escola é um lugar onde
passamos diversos anos e somos constituídos estudantes, essa foi uma descrição a
grosso modo sobre escola. Segundo Santa Maria (2018, p. 135):

A palavra escola tem sua origem na forma grega Skhole, e na forma latina
Schola, significa um momento de lazer, um momento de descanso, estudo
prazeroso1, lugar do ócio, tempo livre. Logo, a escola tem sua origem como
um lugar frequentado por quem tivesse tempo livre.

Como foi descrito acima, primeiramente deve-se ter tempo ocioso para
frequentar a escola, de certa forma está ligada inerentemente com o trabalho, pois na
antiguidade, enquanto o pai é o sustentador também é o que ensina na sua casa,
assim a educação e o trabalho desenvolviam concomitantemente. Porém, décadas
depois foi criado um lugar físico para o ensino, mas era divido por classes sociais, os
26

que tinha posses o ensino era centrado em atividades intelectuais e os que não tinham
posses o ensino era centrado para o trabalho. Saviani (2007) destaca também que:

[...] desenvolveu-se, a partir daí uma forma específica de educação, em


contraposição àquela inerente ao processo produtivo. Pela sua
especificidade, essa nova forma de educação passou a ser identificada com
a educação propriamente dita, perpetrando-se a separação entre educação
e trabalho. (p. 155)

Percebe-se que neste momento a escola é institucionalizada, junto com a


divisão do trabalho, os que tem posses e os que não tem. Mas, porque o tempo ocioso
está relacionado com o trabalho? Simplesmente, o indivíduo que tem o poder
aquisitivo alto consegue se organizar melhor para a escola, enquanto indivíduo com
baixo poder aquisitivo tem sua educação acoplada ao trabalho.
Percebe-se que a escola é além da forma institucional que conhecemos,
ela fornece compromisso social e responsabilidade. Segundo Oliveira Martins (1992,
p. 41)

A escola é fator de desenvolvimento e tem que se assumir basicamente não


só como um potenciador de recursos, mas também como um lugar de
abertura e de solidariedade, de justiça e de responsabilização mútua, de
tolerância e respeito, de sabedoria e de conhecimento.

Como citado acima na escola é ensinado ética e moral da sociedade na


qual vivemos, de acordo com a Adriana Farias (p.1) a ética é um ramo da filosofia que
lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou errado. A escola é de suma
importância para a sociedade, as escolas públicas em tese são para todas as crianças,
de certa forma acolhendo todas. Polakow (1993 p. 159) comenta que a escola é

(…) um lugar onde as crianças e os jovens sintam que são importantes, não
instrumentalmente, porque estão presentes e fazem parte de um número
determinado, mas existencialmente, porque se trata de uma paisagem em
que elas têm significado e um sentido de pertença.
27

Em suma, a escola é em tese deve receber todas as crianças, inclusive as


que porta algum tipo de deficiência e a escola tem que estar preparada para atender
as necessidades deles, desde o ambiente e a capacitação dos professores.
Segundo Neira (2009, P. 31)

“Pensar hoje as funções da escola significa adequar práticas e princípios do


ensino à realidade local. Assumindo sua autonomia, cada unidade de ensino
deve elabora o seu Projeto-Político-Pedagógico, não com modelos prontos,
mas em que se defina, com a participação de todos, a real tarefa da educação
na preparação de cidadãos conscientes e participativos.”

De fato, a escola é mais do que somente um local físico, pois há uma troca
de saberes, há interação entre sujeitos e participação da comunidade, por exemplo
na elaboração do PPP, também há uma preparação para o mercado de trabalho e
inclusão a sociedade.

4.1 A relação das práticas pedagógicas com o ensino médio

É notório o ensino médio é a última etapa da educação básica, além do


mais é direito de todo os indivíduos brasileiros, o ensino foi criado para a seguinte
função, de acordo com Corso e Soares citando a LDB 9394/96

[...] O ensino Médio tem as seguintes finalidades: consolidar e aprofundar os


conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, preparar para o trabalho e
para a cidadania do educando; aprimorar o educando como pessoa; e permitir
a compreensão dos fundamentos científico‐tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Assim com essa formação todos os indivíduos terão melhores condições


para enfrentar as possíveis dificuldades na vida adulta. O ensino médio poderá ser
ofertado em estabelecimento público ou particular, em relação ao ensino médio sendo
ofertado por estabelecimento público de acordo com a legislação educacional essa
oferta deverá ser gratuita, nas redes estaduais.
Em relação ao acesso ao ensino médio é por idades e ciclos, a duração
mínima é de três anos. De acordo com a legislação educacional não é estabelecida
uma idade mínima para o acesso ao ensino médio, porém, a obrigatoriedade de cursar
o ensino fundamental a idade que o aluno(a) irá ter para cursar o ensino médio será
28

a partir dos quinzes anos, vale lembrar que não tem limite de idade. Segundo o
sistema educativo nacional de Brasil (p.2)

As políticas educacionais brasileiras têm direcionado, recentemente, especial


atenção à universalização do ensino fundamental. Na medida em que essa
meta se concretiza, a demanda pelo ensino médio passa a ser impulsionada.
É nesse sentido que a própria legislação prevê progressiva extensão da
obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio (art. 4º).

Além do mais, na Lei Diretrizes e Bases no artigo 35 é citado que o alvo do


Ensino Médio é “a preparação para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo que seja capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores”. É de conhecimento
geral que o Ensino Médio é o intermédio para ingressar no Ensino Superior através
de um seletivo.
4.2 Alunos com deficiências e a reflexão sobre as práticas pedagógicas

É interessante salientar que a inclusão do aluno com deficiência de forma


positiva na aula, deve-se ao procedimento utilizado pelo professor, por exemplo, os
alunos que tem deficiências realizam as atividades de forma bem diferentes ou
separadas da turma, este formato coopera para limitação do aprendizado e as
experiências coletivas que poderiam ser obtidos nas aulas
Contudo, Lehnhard, Manta e Palma (2011) “[...] salientam que a
participação do aluno com deficiência ainda é entendida pelos próprios professores
de Educação Física como a simples presença desse aluno em aula, sem
necessariamente uma participação ativa[...]”, como citado acima, não é somente a
presença do aluno nas aulas, deve-se buscar a participação ativa do mesmo, não
torna o aluno como auxiliar e ficar contemplando seus companheiros brincar ou
realizar as atividades propostas pelo professor.
Com isso, cabe ao professor ser o mediador nas aulas, observar como de
desenvolvem as atividades e interação do aluno com deficiência com seus demais
colegas, criando estratégias para que todos participem de forma ativa, favorecendo
um clima de aprendizagem. Segundo o comentário de Mantas e Freitas (2012, p.10),
em seus artigos sobre a prática do professor de educação física no contexto escolar
inclusivo, o professor deve:
29

[...] conhecer sobre as deficiências dos alunos, as especificidades do


desenvolvimento e as potencialidades de cada um poderá ser um fator
positivo para a elaboração de estratégias e ações coerentes para aulas mais
inclusivas e menos restritivas. Desta forma, somente com ações previstas,
elaboradas e discutidas de forma conjunta será possível proporcionar aos
alunos com deficiência nas aulas de Educação Física um ensino de
qualidade, com participação ativa para um aprendizado significativo e
desafiador.

Percebe-se a importância que o professor tem para a inclusão dos alunos


com deficiência, com seu conhecimento sobre a deficiência do aluno e a metodologia
correta, provavelmente o docente terá êxito em suas aulas, tendo a participação de
todos os alunos em suas aulas, sem segregação ou exclusão.
Além do mais, Ferreira (2010), comentou que utilizar atividades físicas pode
ser uma forma de transformar o mundo de exclusão no espaço para todos
enriquecendo desta forma, a sua estrutura motora independentemente da sua
capacidade motora, tipo de deficiência e grau de comprometimento, ou seja, o
professor deve procurar enriquecer a capacidade motora do aluno com deficiência,
pois quando o aluno perceber sua inclusão consequentemente irá melhorar a sua
autoestima.
Quando observarmos que nas atividades físicas, em especial os jogos, o
aluno aprende e desenvolve suas capacidades motoras, de certa forma a atividade
física é essencial no processo de aprendizagem, de acordo com Friedemam (1996)
os jogos ou atividades lúdicas proporciona sentimentos de autonomia, induz a fantasia
e exercita a autonomia, assim o cognitivo, motor e afetivo do aluno são trabalhados.
Vale ressaltar que, a prática pedagógica do professor para com aluno com
deficiência não deve ser exacerbadamente fácil, pois deverá ter progressão nas
atividades, isso exigirá do professor criatividade para elaboração das atividades.
Segundo FERREIRA (2010 p. 93) comenta que:

As atividades a serem propostas não podem mais ser limitadas, definidas. É


necessário estar sempre revendo os princípios que subentendem o
movimento. O professor precisa, então, buscar soluções pedagógicas para
que a participação dos alunos diferenciados seja efetiva.

As práticas de atividades físicas para alunos com deficiência devem


enriquecer seu repertorio e capacidade motora, com isso, o professor deve ter uma
30

ênfase e cuidado especial para com eles, assim podendo até variar a duração de uma
aula, sendo flexível e paciente de acordo com a necessidade dos alunos deficientes.

5 INCLUSÃO DOS ALUNOS DEFICIENTES NO ÂMBITO ESCOLAR

Atualmente vem sendo aplicado o paradigma dos direitos humanos que


visa garantir a dignidade da pessoa com deficiência. O combate à violação dos seus
direitos e seu acesso a sua autonomia. A deficiência é um conceito em progresso,
onde o real envolvimento da pessoa com deficiência da sociedade assumi sua
responsabilidade no processo de inclusão visto que a deficiência é uma construção
social.
Toda perda ou anomalia de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica
ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro
do padrão considerado normal para o ser humano. (Decreto 3.298/99) .

Antes de acercar-se do tema inclusão social torna-se necessário elucidar


que esta só ocorre de fato quando são promovidas ações que garantam a participação
social de todos os indivíduos. Sobretudo, é necessário descortinar o conceito contrário
da inclusão social, a exclusão.
A luz de um olhar desde antiguidade, os indivíduos portadores de
deficiências eram excluídos, desde a idade média o indivíduo com algum tipo de
deficiência era descartado da sociedade. Estes indivíduos não trabalhavam ou
frequentavam alguma escola, portanto eram “ocultos” em suas residências assim
tornando-se separados do mundo. Logo, a exclusão constitui-se desapossar alguma
31

pessoa da sua liberdade, ou seja, aos seus direitos sociais. Segundo Escorel (1999,
p.75)

São processos de vulnerabilidade, fragilização ou precariedade e até ruptura


dos vínculos sociais em cinco dimensões da existência humana em
sociedade: ocupacionais e de rendimentos; familiares e sociais proximais;
políticas ou de cidadania; culturais; e, no mundo da vida onde se inserem os
aspectos relacionados com a saúde.

Por outro lado, a inclusão no seu sentido amplo é uma condição para o
indivíduo com deficiência possa ser incluso na sociedade, desfrutar de seus direitos
civis e promover uma convivência com todos os cidadãos, ou seja, convívio de forma
igualitária. Ainda mais, a inclusão no âmbito escolar é embasada no entendimento de
que a educação de qualidade é para todos. Segundo Ferreira e Guimarães (2006, P.
15)

Ao se pensar a inclusão da pessoa com deficiência no funcionamento diário


de uma instituição escolar, fatalmente haverá o confronto com ramificações
relativamente inesperadas e inocentes, em relação ao que significa conceber
a educação a partir de um ponto de vista inclusivo. Tal confronto obriga a
refletir e, consequentemente, a repensar a deficiência não só como é
percebida, mas também como é vivenciada no ambiente escolar.

Em tese a inclusão é realidade no âmbito escolar, regida pela Lei 9.394/96


(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB). O aluno com deficiência tem
por essa lei citada anteriormente o direito não somente da presença, mas de
estimulação dos desenvolvimentos de novas habilidades, competências e seu
potencial, com o objetivo de superar os empecilhos que a sociedade atribui a eles.
Porém é necessário frisarmos sobre a inclusão social, pois ela almeja que
os indivíduos com deficiência sejam inclusos na vida social, tendo garantido os seus
direitos e é um processo gradual que há retrocessos e avanços devido os
pensamentos das pessoas, é notório que ao decorrer do tempo há um aumento na
aceitação da deficiência, assim preocupando com a educação das pessoas
portadores de deficiência.
Segundo Meirieu (2005, p. 44) sua explanação sobre a escola em relação
a inclusão dos deficientes nos auxilia a compreender melhor sobre esse assunto:
32

Abrir a Escola para todos não é uma escolha entre outras: é a própria vocação
dessa instituição, uma exigência consubstancial
de sua existência, plenamente coerente com seu princípio fundamental. Uma
escola que exclui não é uma escola [...]. A Escola, propriamente, é uma
instituição aberta a todas as crianças, uma instituição que tem a preocupação
de não descartar ninguém, de fazer com que se compartilhem os saberes que
ela deve ensinar a todos. Sem nenhuma reserva.

É o dever da escola incluir todas as crianças, mesmo com suas limitações


motoras, também deve desenvolver os potenciais das crianças, pois cada uma tem
potencial dentro do seu limite, todas necessitam aprender, a criança com deficiência
ao entrar na escola em tese almeja suas habilidades melhoradas como a motora,
afetiva e social, além de oportunidades de participar no mercado de trabalho, Fábio
Aranha explana sobre a educação inclusiva:

Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional a


cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e
respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e
necessidades. Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva
quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente
de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação.
Um ensino significativo, é aquele que garante o acesso ao conjunto
sistematizado de conhecimentos como recursos a serem mobilizados. (2004,
p.8)

Iremos abordar sobre as deficiências de forma geral, elas em diversas


vezes são anexadas as mazelas orgânicas, o Glat (1995) comenta que a deficiência
é uma classe social construída que se torna os indivíduos delimitados não somente
pelas limitações físicas, mas pelos resultados dos relacionamentos entres os
deficientes e os demais. Segundo Portugal (1989)

A IX Assembleia da Organização Mundial de Saúde, apresentou uma nova


conceituação, publicada na Classificação Internacional de Deficiências,
Incapacidades e Desvantagens. Por este sistema são conceituados:
Deficiência, perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica,
fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Deficiência intelectual:
conceitos e causas, Incapacidade, Restrição resultante de uma deficiência da
habilidade para desempenhar uma atividade considerada normal para o ser
humano. Desvantagem, Prejuízo para o indivíduo decorrente de uma
deficiência ou de uma incapacidade que limita ou impede o desempenho de
papéis de acordo com a idade, sexo, fatores sociais e culturais.

Quando Portugal comenta sobre as dificuldades dos deficientes é


relacionado com a sobrevivência, mobilidade, atividades do seu dia-dia, interação
social, dentre outras. O comentário de Amiralian e colaboradores (2000) diz que: Os
33

autores observam, que uma pessoa pode ter uma deficiência sem incapacidade, uma
incapacidade sem desvantagem, ou mesmo uma desvantagem sem incapacidade ou
deficiência.
Em relação a deficiência mental a definição do DSM-IV (2002) a
característica essencial do retardo intelectual é apresentar um funcionamento
intelectual significantemente inferior à média e limitações associadas a duas ou mais
áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidados pessoais,
atividades acadêmicas, saúde, lazer e trabalho. Outra definição sobre deficiência
física segundo o MEC (2004)
Podemos definir a deficiência física como "diferentes condições motoras que
acometem as pessoas comprometendo a mobilidade, a coordenação motora
geral e da fala, em consequência de lesões neurológicas, neuromusculares,
ortopédicas, ou más formações congênitas ou adquiridas" (MEC,2004). De
acordo com o Decreto n° 5.296 de 2 de dezembro de 2004, deficiência física
é : "alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo
humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se
sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,
tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo,
membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades
estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de
funções".

De acordo com o Censo 2010 – IBGE: Deficiência visual – 18,60%;


Deficiência motora – 7%; deficiência auditiva – 5,10%; deficiência intelectual – 1,40%;
deficiência física – 4,1%.
Em relação a acessibilidade dos alunos com deficiência física, LUCIA
(2010, p.24) comenta algo interessante:

[...] a livre circulação das pessoas é uma necessidade e um direito, o não


reconhecimento deste fato é a primeira barreira a remover. Os cuidados com
a acessibilidade devem ser seguidos desde a construção, através de uma
planificação criteriosa e disposição interna dos equipamentos e materiais que
permitam o livre acesso.

É direito de todos poder se deslocar no ambiente em que vive, de acordo


com a constituição federal art. 5º inciso XV , “é livre a locomoção no território nacional
em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens;” além de ser um direito é uma necessidade,
além do mais sabemos que é também é direito de educação,
34

de acordo com a constituição federal “art. 6º São direitos sociais a educação,


a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

No que concerne a legislação tudo está de acordo, todavia não é a


realidade que presenciamos nas escolas, pois desde sua construção, muitas não são
planejadas para a inserção dos alunos com deficiência.

5.1 Como entender a deficiência no âmbito escolar

Desde os primórdios das civilizações as pessoas diferem-se entre si.


Devido a ênfase dada a capacidade física, sensorial e cognitiva, as pessoas com
deficiência enfrentam a exclusão e diferentes formas de segregação de suas vidas.
No modelo biomédico tem-se a deficiência como a incapacidade de ser superada,
onde tal modelo associa-se à integração social. A seguir instalou-se o modelo social
de deficiência, que está relacionado a inclusão.
Atualmente vem sendo aplicado o paradigma dos direitos humanos que
visa garantir a dignidade da pessoa com deficiência. O combate à violação dos seus
direitos e seu acesso a sua autonomia. A deficiência é um conceito em progresso,
onde o real envolvimento da pessoa com deficiência da sociedade assumi sua
responsabilidade no processo de inclusão visto que a deficiência é uma construção
social.
Toda perda ou anomalia de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica
ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do
padrão considerado normal para o ser humano. (Decreto 3.298/99).
35

6 INTERCORRENCIA DA INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

Abordar sobre o tema inclusão e suas nuances no ambiente escolar gera


uma ampla discussão, considerando que é de conhecimento geral que todos os
indivíduos são diferentes, mesmo com essas diferenças os indivíduos deverão
conviver, sem discriminação independente do lugar.
Para compreensão do tópico é necessário esclarecer o significado da
palavra inclusão, de acordo com ABBAGNANO (1962, p. 712) “a inclusão significa um
novo paradigma”, o termo paradigma significa padrão ou modelo, então pode-se
concluir que para este autor a inclusão é um novo modelo a ser seguido, para
reforçarmos o conceito de inclusão o Brasil (2004, p. 8) comenta

Fundamenta-se numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como


característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse
princípio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos,
sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a
todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada
indivíduo e/ou grupo social.

A inclusão é vista como um direito do cidadão de acesso aos grupos sociais


na sociedade, porém convenhamos que a sociedade exclui quem não é considerado
‘normal’, então como oportunizar deficientes nas aulas de educação física ou até
mesmo nas escolas? Segundo Sanfelice (1989) “para que consigamos uma igualdade
de oportunidade efetiva, é necessária uma ação pedagógica diferenciada”, ou seja,
no ambiente escolar o professor deverá utilizar sua criatividade em suas aulas, rever
36

os seus métodos, investir tempo necessário para os alunos com deficiência adquirir o
conhecimento compartilhado, o professor deve receber um apoio da gestão escolar,
além dos recursos materiais.
Em relação a escola, independente da dificuldade dos alunos, devem ser
integrados nas redes de ensino, assim explorando seus potenciais. É notório que
inclusão do aluno(a) com deficiência na escola, envolve diversos fatores e um deles é
o próprio âmbito escolar, vale ressaltar que para a inclusão escolar não é
simplesmente abolir as diferenças, quando insere um aluno(a) com deficiência junto
com o “normal”, mas na realidade é quebrar esse paradigma do normal.
Uns dos fatores que dificultam a inclusão escolar são os estereótipos, ou
seja, a falsa imagem criada previamente do sujeito, segundo Oliveira (2004, p. 162),
“[...] temos que ter um olhar crítico para esses discursos dualistas que viabilizam a
construção do imaginário de discriminação social e buscar fundamentos teóricos que
visem a “desconstrução” deste imaginário[...]”. quando transmitem a informação aos
alunos que a deficiência é “anormal” já é criada um estereótipo, pois, quando o aluno
ver alguém com as características informadas tem se uma expectativa da performance
do aluno nas aulas.
Segundo Abramowicz (2001, p.8) “[...] a educação só será inclusiva se
prestar à exterioridade, ou seja, se ‘estes novos alunos’ envergarem a escola com
suas diferenças, e a modificarem[...]”. percebe-se uma cobiça de tentar tornar o que é
considerado “normal” para os alunos na sala de aula, sendo que os que não são
“normais” irão chamar a atenção com as suas características.
Além do mais, a educação é primordial, pois a educação transforma o
aluno, por meio dela a vida do aluno é transformada, sem educação somos
elementares quanto os alunos com deficiência são privados da educação, é
interessante abordamos brevemente sobre o preconceito (KRECH; CRUTCHFIELD;
BALLACHEY, 1975) comenta que é uma atitude que tem como formas de expressão
ações como a marginalização e a segregação, categorias contrárias à da inclusão.
Percebe-se que é necessário evitar a ideologia contraria a inclusão, a sociedade em
si é excludente.
Segundo Miranda e Filho (2012, p. 50) comentam que:

No que se refere à educação inclusiva, tema central deste ensaio, ela


pode se contrapor à educação segregadora, presente na atualidade como
educação diferençada, na qual alunos com deficiências são separados dos
37

demais alunos. Isso ocorre quer em instituições especiais, quer em classes


especiais. Claro, há ocasiões que a separação é inevitável: alguém, por
exemplo, pode estar impedido de frequentar a sala de aula regular, por
motivos de saúde ou legais, mas isso não deveria justificar uma prática
regular de segregação.

Essa segregação está presente em ambientes com alunos com ou sem


deficiência, é notório quando tem a proposta da educação especial móvel, os alunos
com deficiência tem acompanhamento dentro da sala de aula, isso de fato cria
barreiras e torna o aluno marginalizado, vale ressaltar que a marginalização é deixar
alguém apartado ou seja segregado e segregar é separar ou seja marginalizar. Em
suma a inclusão é uma luta contra a segregação dos alunos com deficiência,
preconceitos e desigualdades no âmbito escolar.

6.1 Inclusão e a relação com os tipos de deficiência

As alterações biológicas e de suas necessidades específicas são tratadas


como os tipos de deficiência. A qualquer momento poderão surgir outros grupos de
interesses que poderão solicitar a inserção de outro tipo de deficiência. No Brasil
existe uma legislação e políticas públicas que versam sobre os diretos das pessoas
com deficiência.
Aumentar exageradamente os tipos de deficiência fará perder o foco das
ações já existentes. Na legislação Brasileira existe um decreto que contextualiza sobre
os tipos de deficiência, que é o decreto n°5.296/2004. Enquadram-se nas categorias
do Decreto nº 5.296/2004 as respectivas deficiências:

a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo


humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a
forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de
membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou
adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para
o desempenho de funções;
38

b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB)


ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz,1.000Hz, 2.000Hz e
3.000Hz;
c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no
melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual
entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a
somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o;
ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores”;
d) deficiência mental, leia-se intelectual: funcionamento intelectual significativamente
inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a
duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: 1. Comunicação; 2.
Cuidado pessoal; 3. Habilidades sociais; 4. Utilização dos recursos da comunidade; 5.
Saúde e segurança; 6. Habilidades acadêmicas; 7. Lazer; e 8. Trabalho;
e) deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências.
39

7 METODOLOGIA

O estudo foi feito por meio de uma pesquisa qualitativa, Neves (1996)
afirma que:

A obtenção de dados descritivos mediante contato direto e interativo do


pesquisador com a situação objeto de estudo. Nas pesquisas qualitativas, é
frequentemente que o pesquisador procure entender os fenômenos, segundo
a perspectiva dos fenômenos estudados.

A coleta de dados utilizado foi o questionário, segundo Marconi e Lakatos


(2003, p. 200)
“Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a
presença do entrevistador. Em geral, o pesquisador envia o questionário ao
informante, pelo correio ou por um portador; depois de preenchido, o
pesquisado devolve-o do mesmo modo”.

Quanto à forma utilizou-se perguntas abertas e a combinação de perguntas


de múltiplas escolhas com abertas, assim possibilitando mais informações, foi
elaborado 6 (seis) perguntas no questionário 1(um) e 13(treze) perguntas no
questionário 2(dois), na elaboração dos questionários buscando quais as práticas
pedagógicas utilizadas nas aulas de educação física para com alunos(as) com
deficiência.
O instrumento de coleta foi utilizado aos alunos do ensino médio de uma
escola da rede estadual e para o professor de educação física, que responderam de
forma individuais nas disponibilidades que tinham. Além do mais, os dados obtidos
todos foram transcritos e informados neste trabalho.
40

7.1 Aproximação com o campo de pesquisa

A presente pesquisa foi realizada na cidade de Governador Edison lobão – MA,


localizada na região sudoeste do estado e popularmente conhecida como
Ribeirãozinho, surgiu à partir do êxodo rural de pessoas da redondeza e migrantes de
outros estados É cortada pela rodovia Belém Brasília, onde sua economia gira em
torno de produções agrícolas de subsistência e do comércio local.
Este estudo foi instigado pela inquietude de analisar o trabalho do professor de
educação física e suas intervenções pedagógicas na vida estudantil de uma aluna
com deficiência motora, onde a mesma estuda no Centro de Ensino Vicente Yáñez
Pinzón, escola da rede estadual de ensino, inaugurada no ano de 1992. Para sua
construção houve o empenho dos moradores cidade, a escola passou por uma
ampliação no ano de 1994 tendo uma ampliação de mais três salas.
Atualmente o município conta com 15(quinze) escolas da rede municipal
de ensino e duas escolas da rede estadual de ensino. É perceptível a melhora da
formação inicial dos professores do presente município se comparado com uma
década atrás, onde até 1997 o município em seu quadro de professores era formado
por profissionais do magistério sem habilitação. Embora tenha havido uma significante
melhora na educação do município, ainda se registra alguns níveis insatisfatórios em
relação a evasão escolar e alunos com dificuldades na escrita e na leitura.
Quanto ao processo histórico da educação Física na cidade de Governador
Edison Lobão é bem semelhante se fizermos um comparativo com outras cidades do
país, onde quem desempenhava a função de professor de Educação Física não tinha
nenhuma formação.
No ano de 2016 foi realizada uma grande reforma na qual foram reformadas
todas as salas de aula, sala dos professores, biblioteca e sala de informática.
Atualmente a escola funciona nos três turnos nas séries 1º, 2º e 3º anos do ensino
médio e conta com 560 alunos matriculados.
O cenário que vemos atualmente são com professores graduandos,
graduados e pós-graduados na área educacional, onde os quais desempenham
excelente papel em sua função.
41

8 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Vale ressaltar que os dados obtidos pelos questionários, foram descritos e


organizados no formato de gráficos para facilitar a visualização concreta da pesquisa.
O questionário 1(um) foi direcionado aos 20(100%) alunos do 1º ano, turno vespertino
do ensino médio de uma escola da rede estadual de ensino da cidade de Governador
Edison Lobão – MA. O Questionário 2 (dois) foi direcionado ao professor de educação
física da mesma escola.
No questionário 1 (um) iremos realizar nossa análise das respostas obtidas,
na questão de número um solicitou-se aos alunos do 1º ano do ensino médio que
respondessem se consideram importante o componente curricular educação física, no
ensino médio. De acordo com o resultado obtido, é notório que a educação física é
um componente curricular de suma importância para o ensino médio, vale ressaltar
que a escola ela reflete o ambiente que se encontra, ou seja, o ambiente molda a
escola e com a educação física não é diferente, além do que é proporcionado pela
educação física no ensino médio, de acordo com Martin-Baró (1992, p. 1)
Na questão de número dois foi solicitado que os alunos respondessem se
os conteúdos da educação física têm significados para a sua formação. Todos os que
responderam o questionário responderam sim, assim afirmando a importância que os
conteúdos da Educação Física têm para a sua formação, pois os conteúdos são
aplicados de acordo com a idade e o desempenho motor, cognitivo e afetivo dos
alunos, uma educação física comprometida com a formação integral dos alunos de
acordo com o Piccolo (1993, p. 13). Deve-se lembrar que o professor para elaborar as
atividades das suas aulas, é observado o ambiente em que o aluno se encontra, ou
42

seja, as características da sociedade que influenciará no planejamento dos conteúdos


das aulas de educação física.
Na questão 2.1, os alunos teriam que descrever quais seriam as
contribuições que esse componente curricular, educação física, teria para sua
formação. As respostas foram variadas e em alguns tópicos semelhantes, conforme
podemos observa no gráfico 1.

Gráfico 1: Se sim, quais as contribuições desde componente curricular, educação


física, para a sua formação?

Questão 2.1
70%

Promoção a saude e qualidade de


vida
50% Socialização

Regras esportivas

Retirar as crianças e alunos das ruas


20%
Melhora o desempenho escolar
10%
5%

Fonte: Pesquisa de campo/2018

Conforme o gráfico a cima, observa-se que nas respostas dos alunos foram
citados diversos pontos cruciais da educação física como componente curricular,
14(70%) alunos responderam que a Educação Física é um fator de promoção a saúde
e qualidade de vida, enquanto que 10(50%) alunos responderam socialização,
2(10%) alunos optaram por regras esportivas, 1(5%) aluno respondeu em retirar as
crianças e alunos das ruas e 4(20%) alunos responderam que melhora o desempenho
escolar.
Analisando as respostas, se percebe que os discentes têm pensamentos
comuns sobre a importância da educação física e sua contribuição para a
43

socialização, no sentido de interagir com os demais colegas, novos vínculos de


amizades, e a promoção a saúde e qualidade de vida.
Na questão de número três foi indagado sobre a existência de alunos(as)
deficientes na escola. De forma unanime os alunos afirmaram que há alunos(as)
deficiência na escola. Mantoan (2004, p. 11) comenta que a inclusão de alunos com
deficiências em escola tem crescido, devido a capacidade de lidar com as diferenças.
Na questão de número quatro, os alunos tiveram que responder se na
escola tem estrutura com acessibilidade para alunos com deficiência e haviam de
marcar os itens correspondentes. No gráfico 2, observa-se as respostas.

Gráfico 2: A escola tem estrutura com acessibilidade para alunos com deficiência?
Marque as existentes na escola.

Questão 4
65%

Portas adaptadas
Banheiros adaptados
Guichês, balcões e bebedouros
símbolo internacional de acesso

25% Carteira adaptadas


Bebedouros adaptados
15%

5%
0% 0%

Fonte: Pesquisa de Campo/2018.

Conforme o gráfico a cima, 5(25%) alunos afirmaram que a escola tem


portas adaptadas, 13(65%) dos alunos marcaram banheiros adaptados, 3(15%) dos
alunos responderam os guichês, balcões e bebedouros.
Nos resultados percebe-se que todos os alunos afirmaram que na escola
em relação a acessibilidade existe alteração de entrada e acesso à circulação, de
acordo Giuliano (2003, p. 11) a escola deve facilitar o deslocamento dos alunos na
escola. Nenhum aluno relatou a presença do símbolo internacional de acesso e no
item bebedouros adaptados somente um aluno afirmou a existência.
44

A questão de número cinco relaciona a resposta do item 3, caso ela for


positiva, se alunos(as) frequentam as aulas de educação física e se participam de
forma ativa. Os alunos de forma unanimes afirmam que os colegas com deficiência
têm participações ativas nas aulas de educação física, com isso nos mostra que a
participação dos alunos deficientes nas aulas deve-se a metodologia utilizado pelo
professor contra a segregação dos alunos, limitando o aprendizado e experiencias
que os alunos com deficiência poderiam ter. Confirmando o pensamento de Bueno e
Resa (1995), que o conteúdo não pode se diferenciar, mas sim os métodos e técnicas.
Na questão de número 6 os alunos responderam se durante a realização
das aulas de educação física eles contribuem nas atividades para a inclusão dos
alunos com deficiências. Todos os alunos, afirmaram que durante as aulas de
educação física, a turma contribui nas atividades para a inclusão dos alunos com
deficiência. Segundo Pedrinelli (1994, p. 69) comenta que para a participação de todos
os alunos é necessário respeitar as limitações e capacidades de cada aluno e o auxilio
dos colegas de classe influenciará na inclusão dos alunos com deficiência.
Em relação a questionário 2, o professor descreveu na perspectiva dele
sobre a prática pedagógica.
A resposta do professor de educação física de uma escola estadual foi a
seguinte,
“considerando que devemos planejar e estruturar nossas aulas, tem de
haver coerência e precisão nas decisões a serem tomadas de forma crítica”,
correlacionando este comentário com a da Magge sobre práticas pedagógicas, é
notório a importância de realizar uma anamnese dos alunos para planejar suas aulas,
pois o conhecimento prévio dos alunos facilitará o planejamento e o desenvolvimento
das aulas, pois há alunos(as) que por fatores biológicos têm dificuldades nas
realizações de algumas atividades, então percebe-se que a pratica pedagógica é
profundamente unida com a metodologia.”
Na questão de número dois, o docente respondeu se na perspectiva dele o
estágio supervisionado é um elemento que contribui para a prática pedagógica do
professor.
Sua resposta foi positiva, o professor escreveu que
“no estágio, temos a visão e a vivência do que nos aguardam dentro da
docência”. Interessante é que Neira comenta que os professores têm os saberes
construídos devido a sua história enquanto aluno, então se aproveitar o máximo do
45

momento de estágio supervisionado, irá adquirir uma bagagem de conhecimento e


experencias para sua formação que consequentemente influenciará na metodologia
como docente.”
Na questão de número três o professor respondeu se no decorrer do
estágio supervisionado teve alguma experiência com alunos (as) com deficiência, e a
resposta positiva do professor confirma o comentário de Cortelazzo (1983) que
comenta sobre os egressos que nos cursos de licenciatura durante os estágios não
desfrutaram dessa experiencia, assim quando estiver na realidade escolar e deparar
com alunos(as) com deficiência, normalmente os professores se sentiram
incapacitados.
Na questão de número quatro, o professor respondeu sobre qual(ais) a(s)
dificuldade(s) preponderantes enfrentada(s) na realização de suas práticas
pedagógicas no ambiente escolar. Ele respondeu que há ausência de recursos
materiais e estruturais.
Nota-se que as dificuldades apresentadas pelo professor dificultam a
execução e planejamento de suas atividades. De acordo Farias Filho e Vago (2001)
comentam que para a aula de educação física possa ser desenvolvida com excelência
é primordial condições adeptas de trabalho, a ausência de materiais e um local
adequado prejudicam as realizações das atividades planejadas pelo professor, porém
eles ressaltam que mesmo com essas ausências é proporcionado ao professor um
estimulo para utilizar sua criatividade.
Na questão de número cinco o docente respondeu ao seguinte
questionamento, qual(ais) a(s) concepção(ões) utilizada(s) nas práticas pedagógicas
do professor dessa rede de ensino estadual. O mesmo respondeu, seriam, psicomotor
e construtivista-interacionista.

Ver-se que as duas abordagens utilizadas pelo professor, a psicomotora e


construtivistas-interacionistas, são citadas e defendidas por Barreto, segundo ele é
fundamental para alunos(as) com dificuldades de aprendizagem, além de ser uma
ótima ferramenta para trabalhar com posturas, lateralidade, tônus muscular, dentre
outros. E a construtivistas-interacionistas o defensor dessa ideia é o Piaget (1966),
pois a aprendizagem ocorria por passos ou etapas relacionadas com o
desenvolvimento intelectual dos alunos, ou seja, cada aluno constrói seu próprio
conhecimento.
46

Na questão de número seis o docente responde, se tem alguma das


atividades, citadas na questão, em sua cidade. E ele respondeu que há gincanas,
corridas de rua, manhã de lazer e jogos escolares.
Percebe-se que as atividades existentes na cidade de Governador Edson
Lobão - MA, promove uma interação entre pessoas por meio das atividades físicas,
levando qualidade de vida e contribuindo para a prevenção de doenças, confirmando
o comentário de Goodwin (1993, p.2) que a educação física e a saúde não estão
distintas que os médicos reconhecem a importância dos exercícios físicos como
prevenção a doenças.
Na questão de número sete, se a resposta da 6 questão for positiva para o
item Jogos Escolares, na sua cidade os alunos com deficiência participam dos jogos
escolares? Se sim, quais modalidades é comum esta participação? é relacionada com
a questão de número seis, considerando a importância do conhecimento sobre a
inclusão dos alunos(as) nas atividades como os jogos escolares. A resposta obtida,
foi que, alunos com deficiência participam dos jogos escolares na modalidade de
atletismo.
Conforme a resposta, observar-se que há a inclusão de alunos(as) com
deficiência nas atividades físicas naquele Município, o que contribui para desmistificar
que pessoas com certas limitações físicas não tenham capacidades de participarem
ou interagirem em modalidades esportivas, a participação dessas pessoas nesses
eventos esportivos, facilitará a sua inclusão social. Segundo Castilho (2016, p. 160)
diz que a socialização e a colaboração estão incluídas no preceito de aprendizado.
Na questão de número oito é solicitado ao professor que comente a forma
que ocorre a inclusão dos alunos(as) com deficiência nos jogos escolares, sendo que
os jogos escolares têm caráter competitivo. A resposta do professor foi a seguinte,
“De forma competitiva uma vez que os alunos com deficiência passam pelo
mesmo processo de seleção”.
De acordo com o Aranha (2004), deve-se reconhecer e respeitar a
diversidade, potencialidade e necessidades de cada um, com esse relato do professor
de educação física notamos que conseguiu explorar as capacidades motoras e físicas
dos alunos(as) com deficiência no nível de competir com os alunos convencionais.
Na questão de número nove, há mais duas ramificações de perguntas, é
perguntado ao professor, se existem alunos(as) com deficiência no âmbito escolar na
qual ele atua como professor de educação física? No qual ele afirmou que há alunos
47

com deficiência. Na primeira ramificação, questão de número 9.1, pergunta se


esses(as) alunos com deficiência participam de forma ativa nas suas aulas de
educação física, o professor respondeu que “sim”, então suponha-se que devido as
experiencias obtidas nos estágios supervisionado tenha adquirido uma bagagem de
conhecimento o suficiente para em sua metodologia incluir alunos(as) com deficiência.
Na segunda ramificação, questão de número 9.2, pergunta qual tipo de
deficiência, que foi respondido da seguinte maneira, “Mal formação congênita e
deficiência intelectual”.
Na décima questão foi solicitado que ele marcasse as opções conforme o
questionamento se, a escola tem estrutura com acessibilidade para alunos com
deficiência, marque as existentes nas escolas. E os resultados obtidos foram que há
acessibilidade por meio da alteração feita na entrada e acesso à circulação e também,
que os banheiros eram adaptados.
Segundo o professor de educação física, existe alteração da entrada e
acesso à circulação para alunos(as) com deficiência e há banheiros adaptados, assim
externando a preocupação dessa instituição de ensino para com os alunos(as) com
deficiência. Segundo Brasil (2015, p. 4) a condição de igualdade e liberdade de
locomoção é essencial para os alunos com deficiência.
Na questão de número 11 é solicitado que o professor responda qual(ais)
as práticas pedagógicas foram utilizadas para incluir os (as) alunos (as) com
deficiência nas aulas de educação física e nas modalidades esportivas, no qual
respondeu da seguinte forma,
“Aulas elaboradas dentro da especificidade de cada aluno independente de
sua limitação, trabalhando sempre”.
Para se trabalhar “dentro da especificidade” dos alunos é necessário haver
um diálogo, entre o professor e o aluno, Fernandes (1991), comenta que nesse dialogo
constroem conhecimento juntos, pois aprendem e ensinam, ou seja, conhecimento
compartilhado, assim quando o professor analisa o desenvolvimento motor do aluno
por exemplo ele aprende com o aluno.
Na questão de número 12 é solicitado ao professor uma resposta sobre
alguma participação em formação continuada que qualifique a prática pedagógica dele
no trato com os(as) alunos(as) com deficiência.
A resposta obtida pelo professor foi negativa, pois o mesmo afirma não ter
participado de nenhuma formação continuada.
48

Na questão de número 13, o professor respondeu a seguinte pergunta se


na gestão escolar houve alguma contribuição com as práticas pedagógicas para a
inclusão dos alunos(as) com deficiência nas aulas e/ou atividades extracurriculares.
A resposta obtida foi a seguinte,
“Não temos o devido apoio da gestão escolar o que não nos impede de
procurarmos evoluir dentro desse tema proposto”.
Então nas aulas de educação física o professor não tem o suporte da
gestão escolar, assim dificultando o processo de inclusão dos alunos com deficiências
nas aulas.
49

9 CONCLUSÃO

Ao discutir as práticas pedagógicas no ambiente escolar, passou-se a


perceber por um outro ângulo as possibilidades de ação do professor, especificamente
na área de educação física especial que tem sido pouco explorada no processo de
formação.
Tema esse que nos faz rever a ação dos professores frente ao seu alunado,
devendo assim desenvolver nos mesmos uma educação reflexiva e voltada para a
cidadania. O professor deve estar em um constante processo de aprendizagem,
preparado e disposto a intervir e incluir, sem exceção, em suas aulas, todos os alunos.
Levantar tais questionamentos referentes as práticas pedagógicas dos
professores de Educação Física sobre a sua ação no âmbito educacional, possibilita
uma reflexão sobre outro fator explanado, refere-se a necessidade da formação
continuada por parte dos professores, revendo suas práticas, discutindo, analisando
o processo de ensino aprendizagem.
Quantos aos aspectos de inclusão torna-se necessário repensar sobre
quantidade de alunos com algum tipo de deficiência que existem nas escolas, alunos
esses que devem ser incluídos nas aulas de Educação Física de forma regular,
explorando todas as possibilidades e suas capacidades de realizar, considerando
sempre suas especificidades.
Neste estudo cita-se uma aluna, deficiente física que por meio de uma
intervenção da prática pedagógica inclusiva e voltada para a cidadania, o professor
de educação física da escola a possibilitou sua participação nos jogos escolares,
permitindo assim o envolvimento e a inclusão em ambientes anteriormente
inatingíveis.
Através de questionários podemos perceber que os alunos têm grande
apreço e consideram de grande importância a Educação Física como componente
curricular e a considera como relevante no seu processo de formação. Outro fator
importante nos diz respeito ao processo de inclusão dos alunos com deficiência, onde
os mesmos são introduzidos de forma ativa nas aulas de Educação Física e participam
das diversas atividades, alcançando até a possibilidade de participação em eventos
do desporto educacional.
50

No referente ao professor de Educação Física elucidou-se que a forma


como realiza sua prática pedagógica faz toda a diferença, onde o mesmo deve agir e
instigar em seus alunos um pensamento crítico e reflexivo.
Partindo desse pressuposto e dos argumentos supracitados, pode-se
perceber a responsabilidade e o compromisso dos professores em ofertar em sua
aula, momentos de diálogo e de reflexão, práticas significativas, formando assim um
cidadão crítico e com possibilidade de intervir na sua realidade.
O presente trabalho contribuiu na ampliação dos conhecimentos sobre a
prática pedagógica e a inclusão dos alunos com deficiência nas aulas de Educação
Física em um processo de formação inicial, espera-se que fomente em outros
estudantes e pesquisadores novas possiblidades de intervenção no ambiente escolar.

REFERENCIAS
51

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o seu processo de formação acadêmica. Disponível em:
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Eugênia, Freitas. EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO: CONSIDERAÇÕES PARA A


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Para A Educação Básica: Revisitando Concepções E Práticas Pedagógicas Por
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52

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identidade profissional em educação física: da formação à intervenção. Ed. da
UDESC, 2012. v. 2. Acesso em: 26/04/2018

Corso, Angela Maria. O ENSINO MÉDIO NO BRASIL: DOS DESAFIOS


HISTÓRICOS ÀS NOVAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS. X ANPED
SUL, Florianópolis, outubro de 2014. Disponível em: <
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Domingues, José Juiz. A reforma do Ensino Médio: A nova formulação


curricular e a realidade da escola pública. Educação & Sociedade, ano XXI, nº 70,
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Rodrigues, Graciela Fagundes. A INCLUSÃO E SUAS RELAÇÕES NO


COTIDIANO ESCOLAR. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade,
Salvador, v. 16, n. 27, p. 97-104, jan./jun., 2007.Disponivel em: <
http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/uploads/1207163774Artigo_Graciela.pdf
> Acesso em: 28/04/2018
53

ANEXOS

ANEXO A – QUESTIONÁRIOS PARA A PESQUISA DE CAMPO


54

Questionário 1
1- Você considera importante o componente curricular educação física, no ensino
médio?
( ) sim ( ) não
2 – Os conteúdos deste componente curricular têm significado para sua formação?
( ) Sim ( ) Não
2.1 – Se sim, quais as contribuições desde componente curricular, educação física,
para a sua formação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3 - Existem alunos(as) com deficiência na escola que você estuda?
( ) sim ( ) não
4 - A escola tem estrutura com acessibilidade para alunos com deficiência?
Marque as existentes na escola:
Alteração da entrada e acesso à
circulação Guichês, balcões e bebedouros
Portas adaptadas Símbolo internacional de acesso
Modificações da sala de aula Carteiras adaptadas
Banheiros adaptados Bebedouros adaptados

5 - Se a resposta do item 3 for sim, eles(as) frequentam as suas aulas de educação


física e participam de forma ativa?
( ) sim ( ) não
6 - Durante a realização das aulas de educação física a turma contribui nas atividades
para a inclusão dos alunos com deficiência?
( ) sim ( ) não
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75

Questionário 2
1 – Considerando seu processo de formação, qual sua perspectiva sobre o tema
prática pedagógica?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2 – Ainda na perspectiva da sua formação, você considera o estágio supervisionado
um elemento que contribui para a prática pedagógica do professor?
( ) sim ( ) não
Justifique:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3 - Durante o estágio supervisionado você teve alguma experiência com alunos (as)
com deficiência?
( ) sim ( ) não
4 – Qual(ais) a(s) dificuldade(s) preponderantes enfrentada(s) na realização de suas
práticas pedagógicas no ambiente escolar?
 A carência do conhecimento na  Alunos(as) que auxiliam em
área casa
 A ausência de recursos  Pluralidade Cultural
materiais  Falta de respeito por parte dos
 Ausência de estrutura alunos
 Escassez de materiais  Materiais alternativos
pedagógicos teóricos  Quadra descoberta
 Desinteresses dos alunos  Contato sócio afetivo com o
 Alunos(as) que trabalham aluno
76

5 - Para realização das suas práticas pedagógicas qual(ais) a(s) concepção(ões)


utilizada(s) para atingir seus objetivos educativos?
( ) Psicomotora ( ) Crítica-emancipatória
( ) Construtivistas-interacionistas ( ) Desenvolvimentista
( ) Outras _______________________________________________
6 – Algumas destas atividades envolvendo a Educação Física ocorrem na sua cidade?
Qual (ais) ?
 Gincanas  Manhã de lazer
 Jogos escolares  Corrida de rua

7 – Se a resposta da 5 questão for positiva para o item Jogos Escolares, na sua cidade
os alunos com deficiência participam dos jogos escolares?
( ) sim ( ) não
Se sim, em quais modalidades é comum esta participação?
( ) Basquete ( ) Handebol
( ) Voleibol ( ) Futebol
( ) Atletismo ( ) Outros ___________________

8 - Tendo em vista que os jogos escolares têm caráter competitivo, de que forma
ocorreu a participação dos(as) alunos(as) com deficiência neste evento?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9 - Existem alunos(as) com deficiência no âmbito escolar na qual você atua como
professor de educação física? ( ) sim ( ) não
9.1 - Se houver, estes (as) participam de forma ativa nas suas aulas de educação
física?
( ) sim ( ) não
9.2 - Qual tipo de deficiência?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10 - A escola tem estrutura com acessibilidade para alunos com deficiência?
Marque as existentes na escola:
 Alteração da entrada e acesso  Modificações da sala de aula
à circulação  Banheiros adaptados
 Portas adaptadas
 Guichês, balcões e bebedouros  Carteiras adaptadas
 Símbolo internacional de acesso  Bebedouros adaptados
11 - Qual(ais) as práticas pedagógicas foram utilizadas para incluir os (as) alunos (as)
com deficiência nas aulas de educação física e nas modalidades esportivas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
12 - Já participou de alguma formação continuada que qualifique a sua prática
pedagógica no trato com os(as) alunos(as) com deficiência?
( ) sim ( ) não
Se sim, quais as principais contribuições desta formação?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
13 - Considerando o processo de inclusão dos(as) alunos(as) com deficiência nas
atividades escolares, a gestão escolar contribui com as práticas pedagógicas do
professor de educação física para a inclusão destes (as) nas aulas e/ou atividades
extra curriculares?
( ) sim ( ) não
Comente:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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78
79

79
80

80

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