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TESTE DA ORELHINHA – O que é?


Ana Ronilza Pedroso Moreira*
Diolen da C. Barros Lobato Ramos**
Izabela Cruz dos Santos***

RESUMO:
O registro das emissões
otoacústicas (EOAs) é um
exame realizado para a
detecção de alterações audi-
tivas de origem coclear. Em
cada 1.000 recém-nascidos, 2
a 6 apresentam algum tipo de
perda auditiva. É uma incidên-
cia muito alta se comparada
com outras doenças que têm
testagem obrigatória ao
nascimento. Devido a isto, a
triagem auditiva neonatal
universal (teste da orelhinha)
deveria fazer parte da rotina
de exames de todas as
maternidades, pois a detecção
precoce da deficiência auditiva
ainda é a melhor maneira de INTRODUÇÃO A triagem é uma
garantirmos à criança surda a
oportunidade de ter uma avaliação rápida e eficaz para
linguagem mais próxima da Após termos detectados detectar as patologias da
realidade. Caso a descoberta que muitas pessoas desconhe- audição, e têm como objetivo
da deficiência auditiva seja cem sobre o problema da não somente a detecção
após segundo ano de vida, a surdez em bebês, por se tratar precoce de problemas
criança perde, por causa de auditivos, e sim a realização do
de uma questão recentemente
seu mundo silencioso, a fase
pesquisada, procuramos tratamento o quanto antes,
mais importante da aquisição
de linguagem e consequen- através de estudos biblio- como também a obtenção de
temente terá dificuldades não gráficos, colocar em evidência dados estatísticos que irão
só para se comunicar, mas sua importância. No transcor- contribuir para um melhor
também na relação com o rer deste, iremos relatar sobre aprimoramento das patologias
semelhante, já que encontra- o que são as emissões e o desenvolvimento de
se rodeada por ouvintes e vive técnicas e equipamentos mais
otoacústicas; sua aplicação
num mundo repleto destes.
clínica; e a triagem auditiva sensíveis e específicos para o
neonatal. seu diagnóstico.

* Acadêmica do 4º ano do Curso de Fonoaudiologia; Monitora das disciplinas Fonoaudiologia II e III.


** Fonoaudióloga; Aprimoramento em saúde ao trabalhador – HC USP; Especialista em Psicomotricidade – UEPA;
Professora Adjunta do Curso de Fonoaudiologia – UNAMA.
***Acadêmica do 4º ano do Curso de Fonoaudiologia – UNAMA; Monitora das disciplinas Audiologia I e II.

& Lato& Sensu, Belém, v.2, n.3-4, p. 90-92, dez, 2001.


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A triagem auditiva é feita estimular a cóclea. “A principal distinção entre


inicialmente através do exame Para BROWNELL apud as duas classes de EOAs
de emissões otoacústicas, em LOPES FILHO, 1994, a possível refere-se ao fato de haver
que demora de cinco a dez origem deste mecanismo ou não a necessidade de
minutos, sendo realizado no bioativo, encontra-se nas um estímulo sonoro para
segundo ou terceiro dia de vi- células ciliadas externas do provocá-la As emissões
Órgão de Corti, na cóclea espontâneas ocorrem sem
da, no berçário. No instante da
(orelha interna), graças a sua estimulação, enquanto que
execução o bebê deverá estar
capacidade de as emissões evocadas
em sono natural, visto que não requerem a apresentação
tem contra-indicação, não eletromotilidade, ou seja, suas
de um estímulo acústico”.
acorda e nem incomoda-o. propriedades mecânicas. A
produção das EOAs seria
As EOAs são registradas
resultante deste mecanismo
em todos os indivíduos cujos
REFERENCIAL BIBLIO- bioativo da cóclea (contração
limiares auditivos sejam
GRÁFICO rápida das células ciliadas
melhores ou iguais a 30 dB, e
O registro das emissões externas).
como cerca de 50% das orelhas
otoacústicas (EOAs) é humanas com audição
um exame que visa normal, incluindo os
avaliar a integridade da bebês apresentam as
cóclea (alterações EOAs (emissões
auditivas). Consiste em otoacústicas), então,
um método objetivo, sua ausência pode
simples, rápido, não resultar ou não em
invasivo (não se faz uma perda da audição,
necessário o uso de com irregularidade na
agulhas ou qualquer função coclear.
objeto perfurante), e Durante a
que pode ser realizado aplicação clínica,
em qualquer faixa utiliza-se para vedar o
etária, ressaltando-se canal auditivo externo.
sua aplicação em É empregado uma ou
recém-nascidos. Por ser mais fontes de som e
um exame objetivo, um microfone. Um
torna-se ideal para avaliar As emissões otoacústicas
estímulo acústico é mandado
bebês, crianças – inclusive com podem ser classificadas em
pela fonte de um som, ao canal
sistema neurológico afetado, duas categorias:
auditivo externo, passando
por haver maior dificuldade na pela orelha média até chegar
realização de testes subjetivos. • Espontâneas = ocorrem em à cóclea. As células que estão
As emissões otoacústicas 50% das orelhas normais. dentro da cóclea (cílios
são sons gerados na cóclea da • Evocadas = ocorrem em cocleares), são excitados pelos
maioria das orelhas normais, 100% das orelhas normais. estímulos e reagem através da
através de um processo de emissão de uma resposta
ativação bio-mecânica dos Para BESS & HUMES acústica. Essa resposta vai em
cílioscocleares,ouseja,utiliza- (1998, p. 101) direção contrária, isto é, volta
se um som (click) para

Lato & Sensu, Belém, v. 2, n. 4, p. 5, dez, 2001. '


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da cóclea para o canal auditivo


externo para serem detectadas
pelo microfone do
equipamento. Por sua rapidez,
por seu caráter não
traumatizante e por sua
fidedignidade, torna-se um
teste ideal para programas de
triagem.

TRIAGEM AUDITIVA EM
NEONATOS (Teste da
Orelhinha)

O diagnóstico precoce
em crianças é altamente
desejável, preferencialmente
nos primeiros seis meses de teste que pode indicar a 2. História familiar de
vida, sendo que após esta presença de uma cóclea deficiência auditiva
idade, os prejuízos são funcionando normalmente. hereditária na infância;
inaceitáveis para o Os neonatos oferecem
desenvolvimento da criança e os melhores pré-requisitos 3. Ventilação mecânica por 5
sua relação com a família. para a realização do exame, dias ou mais;
Infelizmente, nos países por serem facilmente
desenvolvidos o primeiro acessíveis, permanecerem 4. Infecções congênitas
diagnóstico é obtido em quietos durante um longo (citomegalovírus, rubéola,
média, aos dois anos e seis período, visto que a criança sífilis, herpes e toxoplas-
meses de idade. No Brasil, a pode fazer o exame dormindo, mose);
idade média de diagnóstico da além de estarem livres de
perda auditiva grave é muito infecções da orelha média. 5. Peso no nascimento inferior
tardia, em torno de quatro O método tem sido a 1500g;
anos de idade. Então, saiba utilizado para triagem de
que ouvir é fundamental para crianças em berçário de terapia 6. Meningite bacteriana;
o desenvolvimento da fala e intensiva para avaliação da
da linguagem. perda auditiva. As EOAs são 7. Características de síndromes
CARVALHO & BAR- realizadas nas freqüências que possam incluir perdas
BOSA apud LOPES (1994), específicas, média e baixa. auditivas;
afirmam que a triagem Os indicadores de risco
auditiva, por ser uma aplicação para deficiência auditiva são os 8. Hiperbilirrubinemia em um
clínica as EOAs estão seguintes: nível que indique exsan-
presentes em 75 a 100% das guíneo transfusão;
populações com orelha interna 1. Apgar de 0 - 4 no 1º minuto,
normal. Deste modo, é um ou 0 - 6 no 5º minuto; 9. Anomalias crânio-faciais,

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incluindo aquelas com 2:10.000 e surdez 30:10.000). causando severos transtornos


anormalidades morfo- Portanto, para garantir o acesso (no social, afetivo, linguagem
lógicas do pavilhão da maioria das crianças à e inteligência) durante sua
auricular e do canal intervenção precoce, o Comitê vida.
auditivo; recomenda a opção de avaliá- Contudo, é impres-
las antes da alta da cindível que este exame faça
10.Medicações ototóxicas. maternidade e, para os parte do arsenal de rotina para
nascidos fora do âmbito a avaliação auditiva, assim
Conforme alguns auto- hospitalar, a avaliação deverá como, seja implantado em
res, aproximadamente 50% dos ser feita no máximo até três todas as maternidades o
casos de deficiência auditiva meses de idade. Caso o exame Programa de Triagem
são de causas desconhecidas, não tenha sido realizado neste Auditiva Neonatal Universal
motivo pelo qual a triagem período, procure um hospital – TANU, para garantir que
auditiva deve ser universal e que tenha o programa de bebês e crianças identificadas
realizada em todos os recém- triagem auditiva neonatal. com problemas de surdez ou
nascidos. Para alertar a população não, tenham acesso à triagem,
De acordo com a a respeito da surdez na diagnóstico e à intervenção o
Resolução 01/99: O Comitê infância e a necessidade da mais breve possível.
recomenda a implantação da detecção precoce, foi criado o
Triagem Auditiva Neonatal Grupo de Apoio à Triagem
Universal – TANU
TANU, onde todas Auditiva Neonatal Universal REFERÊNCIAS BIBLIO-
as crianças devem ser testadas (GATANU). GRÁFICAS
ao nascimento ou no máximo
até os três meses de idade. Em BESS, Fred H. & HUMES, Larry
caso de deficiência auditiva CONCLUSÃO E. Fundamentos de Audio-
confirmada a criança deverá logia
logia. 2. ed. Porto Alegre:
receber intervenção Por estas considerações, Artmed, 1998.
educacional até seis meses. concluímos que os registros CHAPCHAP, M.J. & SEGRE,
Tendo como justificativa, para das EOAs apresentam C.A.M.. Triagem Auditiva
esta detecção precoce, a importância significativa no Universal (TAU): Novo Con-
incidência estimada 1-3 estudo da função coclear, no ceito em Unidade Neonatal
Neonatal.
neonatos com perda auditiva diagnóstico precoce das Arquivos Científicos, 2 (4), 134.
bilateral (neonatos saudáveis) perdas auditivas em neonatos, 1997
e cerca de 2 - 4 % de perda no acompanhamento e na FROTA, Silvana. Funda-
auditiva em neonatos prevenção de perdas auditivas mentos em Fonoaudiologia
provenientes de Unidades de em indivíduos expostos a – Audiologia
Audiologia. Rio de Janeiro:
Terapia Intensiva. medicações ototóxicas. Guanabara Koogan, 1998.
Dentre as doenças Sabemos que a audição KATZ, Jack. Tratado de
passíveis de triagem ao é o sentido que viabiliza o Audiologia Clínica. 4.ed. São
nascimento, a deficiência desenvolvimento da Paulo: Manole, 1999.
auditiva apresenta alta inteligência e da linguagem, LOPES FILHO, Otacílio.
prevalência (fenilcetonúria então a criança surda está Tratado de Otorrinola-
1:10.000, hipotireoidismo privada deste fator primordial ringologia
ringologia. São Paulo: Roca,
2,5:10.000, anemia falciforme para o seu desenvolvimento, 1994.

Lato & Sensu, Belém, v. 2, n. 4, p. 5, dez, 2001. 

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