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A SUBMISSÃO E A INTERDEPENDÊNCIA

Certamente, o elemento mais poderoso no contexto da autoridade é a submissão. Não


existe liderança sem submissão e não existe submissão sem respeito e voluntariedade. Sendo assim, a
submissão dificilmente sobreviverá em um ambiente de desconfiança e inimizade. Para se
construir um ambiente de submissão, é fundamental que a pessoa, voluntariamente, respeite seu
líder e seja respeitada por ele. Os conflitos precisam ser bem resolvidos com muita transparência e
paciência.
A grande chave para o princípio da autoridade funcionar é cuidar muito bem do ambiente
espiritual e emocional que envolve o relacionamento entre líderes e discípulos ou chefes e
subordinados. Sem credibilidade e incentivo os relacionamentos atrofiam e morrem. Credibilidade
inspira submissão e liderança!
Vamos, primeiramente, desmistificar o conceito de submissão eliminando alguns paradigmas
errados.

O que não é submissão?

- Submissão não é um condicionamento mental ou emocional, onde a pessoa se anula,


manipulada pelo medo de ser rejeitada ou por ameaças de retaliação.
- Submissão não é obediência cega. O subordinado deve ter a liberdade de entender a situação.
Isto não quer dizer que em muitas situações não tenha que obedecer ainda que não esteja concordando.
Isto muitas vezes acaba sendo uma maneira saudável de Deus quebrar a nossa vontade que precisa
se flexibilizar.
- Submissão não é escravidão. A verdadeira submissão não é algo forçado ou imposto. A
submissão precisa ser respaldada pela voluntariedade e liberdade com responsabilidade: "Ninguém
lidera ninguém sem o consenso da pessoa liderada". Sem boa vontade, o espírito de submissão é
quebrado e as coisas não funcionam.
- Submissão não é você se calar para tudo. Algumas pessoas, por medo de se exporem, usam a
estratégia do silêncio. Como não têm liberdade e até medo de discordar do líder, calam-se como se
isto significasse submissão. Por fora estão caladas, mas por dentro estão "gritando"! Vão acumulando
insatisfações e ressentimentos.
Na aparência são "submissas", mas no coração estão totalmente contrariadas. É melhor
alguém transparente que sabe como discordar no particular do seu líder, do que alguém calado que
encobre sua insatisfação e boicota o relacionamento.
Toda submissão imposta é contraditória e desastrosa. A submissão deve ser fruto de
uma intenção consciente e voluntária do liderado de se estar fazendo a vontade de Deus mediante
uma convicção pessoal dada pelo Espírito Santo.
A autoridade da submissão

No mundo em que vivemos, a submissão é vista cada vez mais como algo fora de moda.
Porém, no reino de Deus, a submissão evidencia um dos principais aspectos dos
relacionamentos humanos. A submissão conjuga-se com o exercício da autoridade. A forma como
desempenhamos a submissão está ligada à forma como desempenharemos a autoridade.
As mesmas falhas que semeamos na submissão, colheremos na nossa liderança. E pior que
isto, a maneira como nos portamos como filhos, alunos, empregados, discípulos, vai refletir no nosso
desempenho como pais, professores, patrões e líderes espirituais. Nossa autoridade tem a mesma
natureza da nossa submissão. Submissão e autoridade são produtos de uma mesma raiz. No
reino de Deus, a genuína autoridade nasce da submissão. O diabo tem feito uma propaganda
negativa da submissão, pois ele sabe que cada vez que nos rebelamos, quem obtém a autoridade é
ele. Ele tenta usar as feridas do autoritarismo para justificar a rebelião. Jesus deixou bem claro que
existe uma grandeza em se sujeitar, servindo cooperativamente aos outros. Portanto, é
impossível obter legítima autoridade sem uma verdadeira submissão. Aqui se quebra o
famoso tabu do "líder nato", onde se define erroneamente liderar como mandar, ser melhor
ou superior. Não quero retirar o valor de pessoas de iniciativa, mas todo líder que não
exercitou um espírito de submissão é uma catástrofe.
O líder que se baseia apenas no seu "temperamento forte" exerce uma liderança desgastante.
O sentimento de superioridade é a principal pedra no caminho da liderança.
Muitos que se escondem atrás do pretexto de ser um "líder nato", tiveram uma
personalidade distorcida pelo egocentrismo. Ninguém nasce para mandar. Isto definitivamente
não está de acordo com o propósito de Deus para a natureza humana. Nascemos para servir
outros através de um dom vocacional dado por Deus.
Um compromisso com a submissão corrige a nossa motivação de servir e liderar. Quanto
mais aprendemos a nos sujeitar, mais aprendemos a servir e quanto mais servimos, mais
lideramos inspirando outros pelo nosso exemplo. Lógico que um dos encargos da liderança é chefiar,
mas até isto precisa ser feito numa motivação de servir. No reino de Deus liderar é servir!

O PODER DA INTERDEPENDÊNCIA

A autoridade não está ligada a uma pessoa isolada, mas aos relacionamentos, ou seja, à
concordância entre as pessoas. Isto foi o que Jesus explicou ser a "chave" do Reino dos Céus:
"Tudo que concordares na terra será ligado nos Céus".
O grande segredo da submissão reside no espírito da interdependência, o que exige
um longo processo de crescimento e maturidade.
Entendendo o processo natural do amadurecimento, podemos entender a dinâmica da
submissão.

O processo de amadurecimento
A nossa vida começa pela infância, quando somos totalmente dependentes dos outros.
Somos orientados, alimentados e sustentados por outras pessoas. Sem este apoio não
sobreviveríamos.
Com o passar dos anos, vamos aos poucos nos tornando independentes física, mental,
emocional e financeiramente até chegarmos ao ponto em que conseguimos tomar conta de nós
mesmos, e nos tornamos confiantes e seguros.
Conforme amadurecemos, tomamos consciência que tudo na natureza é interdependente.
Existe um ecossistema que governa a natureza, inclusive as sociedades.
Acabamos descobrindo que o ponto culminante de nossas vidas tem a ver com os nossos
relacionamentos. Jesus atestou esta realidade ao estabelecer a Lei Áurea fundamentada na
responsabilidade moral de amar, ou seja, numa capacidade altruística de relacionar.
No processo natural de amadurecimento, podemos distinguir três fases:
- A infância caracterizada pela dependência. Temos aqui o parâmetro do "você": Você tem de tomar
conta de mim. Você fez a coisa certa. Você tem que me aceitar. Você tem que me amar. Você
não fez a coisa certa. A culpa é toda sua, etc.
- A adolescência caracterizada pela independência. Temos aqui o parâmetro do "eu": Eu sei fazer.
Eu sou responsável. Eu sou capaz. Eu sou melhor. Eu tenho certeza. Eu sei escolher, etc.
-A fase adulta caracterizada pela interdependência. Temos aqui o parâmetro do "nós": Nós
podemos fazer isto. Nós podemos cooperar. Nós vamos unir nossos talentos e habilidades para juntos
criarmos algo maior e melhor, estabelecendo uma visão de corpo que libera poder.
Os mandamentos divinos primam por esta postura interdependente: "Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (Rm
12:10); "Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus"
(Rm 15:7); "... antes pelo amor servi-vos uns aos outros" (Gl 5:13); "... sede bondosos uns para
com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em
Cristo" (Ef 4:32); "sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5:21); "e consideremo-
nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras," (Hb 10:24).
As pessoas dependentes precisam das outras para conseguir o que desejam. As pessoas
independentes conseguem obter o que desejam através de seu próprio esforço. As pessoas
interdependentes combinam seus próprios esforços com os esforços dos outros para conseguir um
resultado muito melhor. Aqui entra o poder da submissão como elemento vital do princípio divino da
autoridade.

Aprofundando o conceito de submissão

Seguindo esta linha de raciocínio, é fundamental evoluirmos nossa compreensão sobre a


submissão. Muitos se estagnam num conceito primário de submissão baseado apenas na
dependência de outros. Ou seja, submetemos porque dependemos.
Outros evoluem mais e percebem que não precisam se anular para submeter. Com maior
capacidade de iniciativa e auto-estima, eles sentem que podem agir independentemente. Lógico que
isto é bom e importante até um certo ponto apenas.
Vem, então, o estágio mais poderoso, que podemos considerar como o amadurecimento da
nossa compreensão sobre submissão, baseado na interdependência, na confiança, na valorização
mútua das diferenças e contribuições.
Fazemos um esforço consciente para cumprir criativamente nossa responsabilidade como
parte do todo, seja, de liderar como se subordinar às diretrizes de uma liderança. O espírito de
cooperação fortalece o espírito de corporação ampliando a qualidade e o alcance dos benefícios.

A conta bancária emocional e o princípio da credibilidade


Todos nós sabemos o que é uma conta bancária financeira. Esta é uma linguagem fácil para
interpretarmos nossos relacionamentos. Fazemos depósitos e acumulamos reservas que nos permitem
realizar saques quando necessário.
Uma conta bancária emocional descreve a quantidade de confiança que se acumulou em
um relacionamento, o que proporciona uma genuína sensação de segurança.
Se eu fizer depósitos na Conta Bancária Emocional que tenho com você, através da cortesia,
gentileza, honestidade, observando e cumprindo os compromissos que assumi, estou fazendo uma
reserva. Sua confiança em mim torna-se maior, e posso contar com esta confiança sempre que for
preciso. Posso até cometer erros (saques), mas que o saldo de confiança, a reserva emocional, os
compensará. Quando a conta de confiança é alta, a comunicação é instantânea, fácil e eficaz.
Mas, se eu tiver o costume de demonstrar grosseria, desatenção, desconsideração e arbitrariedade;
se eu trair sua confiança ou bancar o dono de sua vida, minha Conta Bancária Emocional vai ficar no
vermelho, produzindo um clima de tensão, atrito, insatisfação e constrangimento.
Muitos relacionamentos têm funcionado nesta base de instabilidade. Muitas famílias e
casamentos estão cheios disso e vivem à beira de colapsos. Não pode haver amizade sem confiança,
nem confiança sem integridade.
Submissão é quando o discípulo incorpora uma missão que se integra com a missão do líder
que por sua vez investe no liderado, nutrindo a sua missão. Quando esta motivação mútua deixa
de governar o relacionamento, mais cedo ou mais tarde, haverão disfunções comprometedoras.
Ou seja, enquanto o liderado egocêntrico e rebelde invoca uma liderança castrativa, o líder
egocêntrico e tirano produz nos liderados uma submissão susceptível ao boicote. Aos poucos, um
clima amistoso de egoísmo e desconfiança vai se instalando, desgastando os relacionamentos e
frustrando os resultados.
INVESTINDO NA CONFIANÇA
Vamos sugerir algumas maneiras importantes de investir para aumentar o saldo emocional de
um relacionamento. Estes depósitos na conta emocional constituem responsabilidades fundamentais
num relacionamento líder-liderado. Eles vão construir o ambiente para uma submissão.

1. Respeito e compreensão
Isto vem da habilidade de reconhecer e comprometer-se com o valor da outra pessoa. Tentar
compreender realmente a outra pessoa é provavelmente um dos depósitos mais importantes que se
pode fazer, além de ser a chave para todos os outros depósitos. O ponto de partida de um bom
relacionamento é compreender a pessoa.

2. Pequenas gentilezas - grande consideração

As pequenas gentilezas e cortesias são muito importantes. A falta de cortesia, o descaso ou


o desrespeito, mesmo mínimos, provocam um afastamento considerável. Nos relacionamentos, as
pequenas coisas se equivalem às grandes coisas.
O nível de consideração que temos por uma pessoa é determinado pelo nível de
gentileza demonstrado. Ainda que a pessoa está sendo falsa, a gentileza denuncia que no fundo,
existe uma grande consideração pelo outro.
A forma educada de se dirigir a uma pessoa pode estabelecer um novo curso para o
relacionamento produzindo resultados surpreendentes. Um "por favor" e um "muito obrigado"
são considerados como palavras mágicas. Não apenas por uma questão respeitosa de tratamento e
consideração, mas também demonstra que você sabe reconhecer a importância daquela pessoa em
suprir suas próprias necessidades.
As pequenas gentilezas elevam a auto-estima das pessoas criando um ambiente de boa
vontade e cooperação. Sem dúvida, isto significa um grande depósito.

3. Honrar os compromissos

Honrar um compromisso ou uma promessa é um depósito enorme. Romper o prometido é


um saque imenso. Provavelmente, não há retirada maior que fazer uma promessa que seja importante
para alguém e depois não cumpri-la. Quando uma nova promessa for feita, não terá credibilidade.
As pessoas costumam alimentar suas esperanças com promessas, particularmente
promessas sobre suas necessidades sentidas. Quando estas promessas não são cumpridas vem à
tona um sentimento de traição e frustração que pode até "encerrar a conta".
Não honrar determinados compromissos ou quebrar algumas promessas podem ser
considerados não apenas um saque, mas um assalto. Além da perda que a pessoa sofre, ganha-se um
trauma que pode bloquear o relacionamento.
4. Esclarecer as expectativas

Expectativas pouco claras em termos de metas também prejudicam a comunicação e a


confiança. A causa de quase todas as dificuldades de relacionamento se encontram em
expectativas ambíguas ou conflitantes em torno de metas ou papéis.
Expectativas pouco claras vão conduzir a uma situação de equívocos, desapontamentos e
perda de confiança. Preencher as expectativas de uma pessoa resulta em grandes depósitos na
relação, e violá-las, em afastamento.
5. Demonstrar integridade pessoal

A integridade pessoal gera confiança, sendo a base para vários tipos de depósitos. A falta de
integridade pode minar a maioria dos esforços para criar contas onde a confiança seja alta.
A integridade inclui a honestidade, mas vai além dela. A honestidade implica em contar a
verdade, ou seja, "adequar nossas palavras à realidade". A integridade é "adequar a realidade às nossas
palavras", ou seja, manter as promessas e preencher as expectativas.
Uma das formas mais importantes de se demonstrar a integridade é ser leal a quem não
está presente. Ao agir assim, conquistamos a confiança daqueles que estão presentes. Quando
alguém defende os ausentes, ganha a confiança dos presentes.
Vamos supor que você e eu estivéssemos falando mal do nosso líder. O que aconteceria quando
eu e você cometêssemos um erro? Você saberia que eu iria discutir suas deficiências com outra pessoa.
Foi o que você e eu fizemos pelas costas do líder. Você conhece minha natureza. Eu o elogio pela
frente, e o critico pelas costas. Sabe disso porque viu quando tal coisa aconteceu.
Por outro lado, suponha que você tenha começado a criticar nosso líder, e eu respondo que
concordo basicamente com o conteúdo de algumas críticas, porém sugiro que marquemos uma
reunião para conversar com ele e esclarecer as coisas. O que acha que eu faria quando alguém o
criticasse pelas costas? A mesma coisa.
Dando outro exemplo, suponha que, em meu esforço para melhorar o relacionamento com
você, eu revele algum segredo de outra pessoa. "Eu não deveria contar isto, mas como você é meu
amigo...", posso dizer. Será que trair outra pessoa aumenta minha credibilidade com você? Ou você
deduzirá que as coisas ditas confidencialmente para mim serão contadas aos outros?

O espírito de submissão e a fé

"Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, e horrivelmente atormentado. Respondeu-lhe


Jesus: Eu irei, e o curarei. O centurião, porém, replicou-lhe: Senhor, não sou digno de que
entres debaixo do meu telhado; mas somente dize uma palavra, eomeu criado há de sarar. Pois
também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a
este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz. Jesus,
ouvindo isso, admirou-se, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que a ninguém
encontrei em Israel com tamanha fé" (Mt 8: 6-10).
A fé geradora de milagres é fruto da compreensão do princípio da autoridade. Esta
compreensão, ou melhor, esta revelação tem como senha a submissão. Neste texto, Jesus enfatiza que
existe uma ligação entre a "submissão ao princípio da autoridade" e a "fé que opera milagres". O
entendimento e a importância que este centurião dava ao princípio da submissão fez dele um gigante na
fé. Submissão constrói a fé que se associa ao poder sobrenatural de Deus. Este é um princípio pelo
qual o reino de Deus se manifesta e cresce.

Para desfrutarmos da mesma autoridade que Jesus possui, quando ele mesmo afirma: "É me
dada toda autoridade no céu e na terra" (Mt 28:18), é necessário dar a mesma importância que ele deu à
submissão: "E indo um pouco mais adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: meu Pai,
se é possível, passe de mim este cálice, todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt
26:39). Precisamos não apenas ser edificados, mas quebrantados!
Enquanto nossa vontade não for tratada pelo Espírito Santo não tocaremos o sobrenatural.
Este é um paradoxo que muitos conhecem na teoria e poucos na prática. Quando nossa vontade é
quebrada pela vontade de Deus, o espírito é fortalecido, viabilizando a manifestação da verdadeira
autoridade.

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