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Andreza Nascimento Vaz - 2016021400892.

Kelwin Kleyton Dutra de Oliveira - 2017021400493


Leonardo Cardoso do Nascimento - 2017021400254
Vera Carlice Lopes Pereira dos Reis – 201702140097

Automação da Soldagem

Belém, Pará
Dezembro, 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNIC

Andreza Nascimento Vaz - 2016021400892.


Kelwin Kleyton Dutra de Oliveira - 2017021400493
Leonardo Cardoso do Nascimento - 2017021400254
Vera Carlice Lopes Pereira dos Reis – 201702140097

Automação da Soldagem

Trabalho referente a disciplina de Tecnologia


de Soldagem, do sexto período do Curso de
engenharia mecânica da UFPA orientado
pelo professor Carlos Alberto Mendes da
Mota.

Belém, Pará
Dezembro, 2019
Sumário
1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
2- AUTOMAÇÃO DA SOLDAGEM – FUNDAMENTOS ................................................................................. 5
2.1- Objetivos da soldagem automatizada................................................................................................ 6
2.2- A automação fixa e flexível ................................................................................................................ 6
3- EQUIPAMENTOS .................................................................................................................................... 6
3.1- Tipos de equipamentos ...................................................................................................................... 7
3.2- Componentes do sistema para soldagem a arco robotizada............................................................. 9
4- PROGRAMAÇÃO DE ROBÔS PARA SOLDAGEM ................................................................................... 10
5- APLICAÇÕES INDUSTRIAIS ................................................................................................................... 10
5.1- Características da Soldagem Industrial ............................................................................................ 11
5.2 Benefícios da Automação em Soldagem Industrial........................................................................... 11
5.3- Soldagem robótica na indústria automobilística ............................................................................. 11
5.4- Soldagem automatizada em Estaleiros ............................................................................................ 14
5.4.1- Arco Submerso (SAW) ............................................................................................................. 14
6- CONCLUSÃO ........................................................................................................................................ 17
7- Referências .......................................................................................................................................... 18
1- INTRODUÇÃO
Automação, uma palavra de origem grega “autómatos” que significa mover-se por si ou que se
move sozinho. Trata de um sistema que faz uso de técnicas computadorizadas ou mecânicas com o
objetivo de dinamizar e otimizar todos os processos produtivos. A ideia de automação está
diretamente ligada à ideia das máquinas, que agilizam as tarefas quase sempre sem a interferência
humana.
Na soldagem a automação cuida de otimizar os processos sem que exista influência direta
da mão humana. Ou seja, é passado informações a um sistema automatizado para realizar operações
de soldagem de forma repetitiva. As informações passadas para o sistema automatizado devem
atender as necessidades do projeto a ser soldado. Essas são inseridas por um profissional
devidamente qualificado e com bons conhecimentos em processos de soldagem. Para automatizar
processos de soldagem é necessário fazer com que seja devidamente projetada para que todo o
sistema reconheça os pontos a serem soldados e garantam a repetitividade necessária para atender
a produção.

Nesse trabalho apresentamos primeiramente alguns dos fundamentos da automação da


Soldagem. Em seguida mostraremos alguns dos equipamentos e também a programação de robôs
para a soldagem. E finalizaremos com algumas aplicações industriais realizadas a partir da
soldagem automática.
2- AUTOMAÇÃO DA SOLDAGEM – FUNDAMENTOS

A automação da soldagem tem sido utilizada cada dia mais, uma vez que permite a realização
de processos um tanto difíceis ou complicadas, aumenta a produtividade e entre outras vantagens.

Fig,1: Exemplo de Automação em Soldagem – Robôs.

A automação da Soldagem poder ser classificada quanto ao tipo de operação baseada nas
atividades necessárias para a confecção de uma solda. Operações essas como:
• A abertura e manutenção do arco
• Alimentação do material de adição
• Controle do calor cedido e da penetração
• Deslocamento da tocha ao longo da junta com uma velocidade determinada
• Procura e seguimento da junta
• Direcionamento da tocha e do arco
• Mudanças e compensações para variações na penetração ao longo da junta
A automação também pode ser parcial, tendo passos realizados pelo próprio soldador, esses
processos são denominados de semimecanizados. São exemplos de processos semimecanizados os
processos MIG-MAG OU GMAW, porque deslocamento da tocha de soldagem é feita pelo
soldador responsável.
Um processo é dito mecanizado quando se utiliza um sistema mecanizado para o controle do
deslocamento da tocha de soldagem, pois a mecanização cuida de otimizar processos de soldagem
contando com a influência direta da mão humana utilizando dispositivos que auxiliam o soldador
a realizar o seu trabalho. Para a soldagem ela utiliza sistemas que se adequam a qualquer aplicação
e têm o propósito de aumentar a produtividade, garantir qualidade e conforto operacional ao
soldador. E quando o dispositivo é capaz de seguir as juntas alterar o direcionamento e fazer
correções de forma automatizada se trata de uma soldagem automatizada.
2.1- Objetivos da soldagem automatizada

• Reduzir o custo da manufatura;


• Aumentar a produtividade;
• Melhorar a qualidade e a confiabilidade;
• Redução ou eliminação de erros humanos;

2.2- A automação fixa e flexível

A automação fixa parte do princípio da projeção de um equipamento automatizado para


acomodar uma montagem simples ou uma família de montagens similares. A automação da
soldagem fixa se caracteriza por ter uma combinação de dispositivos de movimentação do arco e
uma plataforma de trabalho projetadas para trabalhar em sintonia e soldar uma família específica
de produtos. Normalmente esses sistemas possuem controles relativamente simples e são
dificilmente reprogramáveis, possuem movimentos simples e são projetadas para diminuir o tempo
de montagem, desmontagem e o de soldagem.
A automação de soldagem flexível, onde os equipamentos podem ser modificados
rapidamente para executar uma operação similar sobre montagens diferentes, é um programa de
controle computacional ou numérico que substitui o posicionamento fixo e de serviço sequencial
da soldagem automatizada fixa. Normalmente o sistema automatizado utilizado é o robô industrial,
que pode ser utilizado principalmente quando as condições são de constantes modificações em
função da configuração da junta. Todas as mudanças devem estar lógica e sistematicamente
previstas na memória do sistema.

3- EQUIPAMENTOS
Os equipamentos para soldagens automatizadas precisam ser cada vez mais precisos e
proporcionar mais confiabilidade no que diz respeito a fatores importantes da solda, que vão desde
sua resistência mecânica até a sua aparência. Com o grande avanço tecnológico dos últimos anos,
podemos notar que a automatização tem sido uma boa alternativa, já que, consegue unir as
principais características que a indústria moderna exige, tais como produtividade, qualidade,
estética e outros.
Nota-se que a aplicação dos robôs industriais para a soldagem automatizada tem sido uma
das principais tendências na área de soldagem. Basicamente os robôs são compostos por elos
articulados e conectados que proporcionam a movimentação deles para realização da soldagem.
3.1- Tipos de equipamentos

Dos robôs que iremos apresentar, basicamente temos alguns pontos de semelhanças, por
exemplo, o primeiro elo fica fixado em uma base de sustentação para o robô, esta base garante
estabilidade mecânica, ajuda na distribuição de carga do robô e isso garante uma maior otimização
do processo por melhorar alguns fatores importantes como quando nos referimos às vibrações
geradas que podem implicar em erros dimensionais no cordão de solda. Outra característica
semelhante entre os robôs é a extremidade terminal que possui a ferramenta utilizada para a
realização da solda, neste caso, a tocha de soldagem, esta parte do robô é controlada pelos elos
intermediários, que neste caso variam a sua configuração de robô para robô. Devemos notar que
toda esta mecânica que os robôs demonstram é controlada pela programação que a máquina recebe,
ou seja, o processo inteiro pode ser literalmente automatizado e programável.
Veja a seguir algumas das maquinas mais usadas na indústria, e algumas de suas
características:
a) Robôs de configuração cartesiana

Este tipo de robô, mostrado na figura 2 possui algumas peculiaridades e especificidades.


Este tipo de máquina move a ferramenta em um espaço que de trabalho retangular (bem
característico do seu nome) nas direções x, y e z das coordenadas cartesianas, devido a isso ele têm
uma grande aplicação na indústria quando o assunto é soldagem linear.

Fig.2: Configuração retangular de um robô industrial.

b) Robô de configuração cilíndrica

Este tipo de robô apresenta um plano de trabalho cilíndrico que tem até uma certa
semelhança com o trabalho retangular dos robôs de configuração cartesiana, pois estas máquinas
também possuem uma parte que trabalha com deslizamento de um elo, neste caso esse
deslizamento acontece na direção x e z, o que seria para basicamente a direção de extensão e a
direção vertical, respectivamente, conforme mostrado na figura x, neste caso, veja que a diferença
para o robô cartesiano está no movimento de rotação inerente à maquina, é ele que permite uma
maior versatilidade operacional deste tipo de robô.
Fig.3: Robô de configuração cilíndrica.

c) Robô com configuração esférica

Esta máquina pode-se dizer que é uma forma mais complexa comparada à máquina anterior,
pois, além dos componentes semelhantes ela ainda possuí um eixo rotativo a mais, conforme
mostrado na figura 4. Então, nota-se, que, a presença de dois eixos rotativos na máquina
proporciona um espaço de trabalho esférico.

Fig.4: Robô com configuração esférica.

d) Robôs com configuração do tipo articulada

Este tipo de robô, mostrado na figura 5, apresenta movimentos totalmente rotativos, com
isso vemos que seu espaço de trabalho é muito mais completo e complexo se levarmos em
consideração as outras configurações, e esta variedade torna o robô um dos mais utilizados na
indústria devido, haja vista, que, ele é o mais versátil, podendo soldar fora de posição e fazer
qualquer tipo de soldagem, o seu maior problema com relação aos outros robôs está no preço, que
acaba por ser relativamente maior, porém podendo ser equilibrado com sua alta produtividade.

Fig.5: Robô de configuração articulada.

3.2- Componentes do sistema para soldagem a arco robotizada

Para garantir que a soldagem ocorra precisamos ter alguns materiais que são a base da
soldagem automatizada, são eles: o robô, a fonte de energia com o gás de proteção, e a mesa que
posicionará a máquina.
O robô é de fundamental importância para a soldagem automatizada, haja vista que é ele
quem será o meio de realização da soldagem em si, então escolher o robô adequado para a
determinada operação é fundamental e se baseia em alguns princípios importantes, tais como, o
princípio econômico que leva em conta a os custos operatórios da máquina, por exemplo, observe
que para uma soldagem plana um robô do tipo cartesiano é suficiente e pode se tornar mais viável
em relação a um robô do tipo de configuração esférica para uma soldagem do tipo linear. Outra
característica importante é a complexidade de programação e operação da máquina, ainda usando
o exemplo anterior podemos ver que é muito viável do ponto de vista tecnológico, usar a máquina
cartesiana, pois, é menos complexa.
No que diz respeito à fonte de energia para soldagem automatizada, notamos que é
interessante que o ciclo de trabalho seja de 100%, e, além disso, ela deve ter a capacidade de iniciar
o arco constantemente já que os processos são rápidos e constantes, também notamos que existem
pequenas flutuações nas tensões de arco inerentes do processo de soldagem então a fonte deve
conseguir equilibrar estas pequenas flutuações que acontecem por se tratar de um processo
automático.
Outros elementos também são de fundamental importância na máquina de soldagem, tais
como o alimentador de arame que muitas das vezes se constituem de dois a quatro roletes por
máquina; tem-se também a tocha que precisa ter boa precisão e dimensões; cabos; ferramentas para
alinhamento, estação de limpeza do bocal da tocha; estação do operador e equipamentos de
segurança.
Portando, podemos ver que se trata de um procedimento um tanto rigoroso no que diz
respeito à equipamentos, e que há uma grande variedade destes para cada tipo de máquina, porém
todas elas possuem equipamentos básicos, tais como listados anteriormente.

4- PROGRAMAÇÃO DE ROBÔS PARA SOLDAGEM


A programação do robô para a realização de soldas segue algumas sequências, como:
1) Calibração da posição da tocha de soldagem, esse passo é importante para assegurar que o robô
operará dentro da sua faixa de tolerância.
2) Localização dos componentes de trabalho (mesa, gabaritos, fixadores e outros) e definição do tipo
de fonte de energia.
3) Definição do caminho que será seguido pela tocha de soldagem do robô, e a localização dos cordões
de solda.
Alguns robôs são do tipo “ensino e repetição” e outros são programados “off-line”, sem o robô estar
operando. A movimentação (controle computacional de um robô) pode ser realizada de três formas:
• Ponto-a-ponto: Onde o robô tem a habilidade de se mover de um ponto específico para
outro, mas sem poder parar em um ponto não definido anteriormente entre os pontos.
• Caminho contínuo: O robô tem a habilidade de se mover tendo como referência pontos
específicos que definem um caminho, porém a trajetória seguida pode não corresponder aos
pontos de programação.
• Caminho controlado (trajetória computada): O caminho entre os pontos programados é
controlado, que pode ser definido por meio de uma interpolação linear ou parabólica,
bastando apenas que as coordenadas inicial e final, e o tipo de interpolação sejam
informadas ao controle.
4) Definição das condições de soldagem a serem utilizadas que devem estar atreladas às coordenadas
de movimento do robô. Nessa etapa são inseridos na programação, dois arquivos, o primeiro, no
início da trajetória onde será depositado o cordão. O segundo contém informações para extinção do
arco, no final da trajetória.
5) Refinamento do programa por meio da verificação do desempenho e introdução de alguns controles
básicos para soldagem. Às vezes é preciso editar o programa novamente para se obter a correta
soldagem da peça.

5- APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
A automação em soldagem industrial é um processo essencial para otimizar uma das etapas
mais críticas de diversas cadeias produtivas. Trata-se de uma etapa de grande importância pelo fato
de propiciar a junção de elementos que devem permanecer unidos durante o funcionamento do
produto final. Sua integridade, além de estar diretamente associada à performance de utilização,
garante a segurança de quem realiza sua utilização ou encontra-se nas proximidades. Dessa forma,
quanto maior o nível de qualidade da execução, mais benefícios são obtidos. Vejamos como se dá
a automação em soldagem industrial e os seus benefícios em linhas de produção.

5.1- Características da Soldagem Industrial

A soldagem industrial representa um processo de unificação de componentes metálicos, a


partir de uma fonte concentrada de calor e de deformações que propiciem a junção. Sendo assim,
duas superfícies distintas serão conformadas e postas em contato em condições específicas de
temperatura e pressão para se manterem unidas. Esse processo deve ser desenvolvido na forma
mais precisa o possível, uma vez que componentes metálicos, em geral, estão presentes em
elementos nos quais a integridade é um fator crítico. Dois bons exemplos disso são os produtos
automotivos e as tubulações industriais, itens nos quais uma solda malfeita pode significar
verdadeiros desastres. Diante disso, vejamos como a automação em soldagem industrial contribui
para um processo de maior desempenho e, consequentemente, para resultados dentro ou acima do
esperado.

5.2 Benefícios da Automação em Soldagem Industrial


Quando analisamos a automação em soldagem industrial frente aos processos manuais,
encontramos uma série de benefícios. Isso se dá pelo fato de se tratar de um recurso especificamente
projetado para condições de produção em massa, o que possibilita:
• Reprodutibilidade dos resultados, proporcionando produtos mais próximos uns dos outros
e com menos imperfeições;
• Maior agilidade de processo;
• Maior controle sobre os parâmetros exigidos na etapa
• Maior precisão quanto ao posicionamento e à própria execução da soldagem;
• Melhor qualidade do resultado final, com maior atendimento dos requisitos de projeto;
• Maior segurança, uma vez que se trata de um processo relativamente agressivo a diversos
aspectos físicos, elevando o risco de acidentes de trabalho.
Dessa forma, a automação em soldagem aprimora uma série de aspectos considerados
centrais na gestão de processos da atualidade. Em última instância, tudo isso representa redução de
custos para o negócio e elevação de produtividade.

5.3- Soldagem robótica na indústria automobilística

Os processos de soldagem robotizados, aplicados à indústria automobilística, vêm


reduzindo cada vez mais problemas a saúde humana, haja vista a substituição do operador de solda
pelo robô, como também, o aumento da qualidade e agilidade das soldas. Robôs soldadores são
programados para atender um rigoroso controle de qualidade, utilizando inúmeros processos de
solda, desde soldagem por eletrodo revestido até soldagem de alta intensidade (laser, feixe de
elétrons). É necessário ressaltar que a segurança dos automóveis está diretamente relacionada aos
estudos de colisões e ao método de produção.
Em matéria a revista INOVABCD, Cantares (2010, p. 15-17) escreve que segundo a
montadora GM:
“Os sistemas automatizados garantem mais qualidade e uniformidade ao resultado final
dentro dos processos de funilaria, pintura e montagem final, com maior nível de repetição dos
processos, trazendo benefícios em termos de segurança e ergonomia aos operadores, bem como
melhora consistente na qualidade final dos veículos produzidos. As novidades estão em várias
etapas do processo de manufatura, em especial na soldagem. O nível de segurança das operações
da GM Mercosul, aliás, é motivo de orgulho na companhia”.
Segundo Cantares (2010, p. 14) “excelência e agilidade, são as qualidades empregadas aos
robôs da indústria automobilística no Grande ABCD [...] Na região, está instalada a Volkswagen,
a Ford e a General Motors (GM)”. Essas montadoras têm em suas fábricas, linhas de montagem
automatizadas. Em 2010, estas fábricas totalizavam 1.019 robôs, trabalhando em processos de
ferramentas para manipulação, soldagem, laser, medição, aplicação de massas. Dando ênfase à
soldagem, Cantares (2010, p. 14) afirma que “no topo das inovações em automação está à
modernização da soldagem, hoje realizada mais frequentemente por máquinas, o que gerou mais
precisão, agilidade e segurança, culminando com produtos mais bem-acabados e seguros”.
A indústria se mune utilizando softwares de simulação da linha de produção com intuito
de esclarecer problemas futuros, gerando menos paradas a produção. Olavo Vidal, gerente de
Engenharia de Manufatura e Armação da Volkswagen, citado por Cantares (2010, p. 15), afirma
que “procuramos novos processos de soldagem e nessa busca por modernidade e eficiência,
queremos máquinas que tenham melhor interface com os demais equipamentos, algo com controle
integrado, de forma que o conjunto se comunique perfeitamente e agregue ganho de
produtividade”.
A interação entre os equipamentos robóticos gera além de um maior controle da produção,
uma redução no tempo de resposta entre as ilhas de produção e seus operadores, que gerenciam a
produção passo a passo, elevando o controle de qualidade e a produtividade, sem levar risco à saúde
dos operários e reduzindo os custos operacionais. O elevado nível de qualidade se dá pelo fato da
capacidade de operar em pequenas escalas sem que haja fadiga em curto prazo.
Vidal, citado por Cantares (2010, p. 14), que se utiliza de softwares de simulação da linha
de produção:
Para sabermos se a resposta obtida nas simulações é a melhor para o processo. Eram testes
traçados em pranchetas e, agora, essa ferramenta permite ajustes antes de o projeto ir para a linha
de montagem. É um estudo que permite sabermos quantos e quais tipos de robôs, pinças e
ferramentas vamos precisar para uma determinada célula ou ilha, que é o conjunto operacional pelo
qual o carro passa na linha de produção.
A tecnologia aplicada na indústria automobilística faz a rápida integração de projetos à
execução de seus produtos. Dando ênfase ao setor de soldagem, alguns comportamentos elevam a
confiabilidade da solda, tais como controle correto da tensão da máquina, controle de abertura e
deslocamento da tocha, como também os sensores de controle alguns utilizando ultrassonografia,
que identifica falhas de soldagem no interior e exterior da solda, gerando parâmetros para escolha
do melhor tipo de solda para a aplicação.
A indústria automobilística no início do século XX, com o propósito de dinamizar seu
processo de produção, introduziu o conceito de linha de montagem, com o intuito de gerar uma
sistematização que possibilitasse a mecanização destes processos com maior agilidade, o que
passou a atender a uma maior demanda de produção. A figura 6, ilustra esse processo de montagem
:

Fig.6: Soldagem Robotizada na Industria Automobilística.

Santos (2006, p. 60 -61) enfatiza que:


[...] Para que sejam reduzidas as falhas do processo é necessário que exista a implantação de
sistemas de controle durante a soldagem. Estes sistemas de controle testam o ponto ou as condições
de formação do mesmo, informando, ou até mesmo compensando os parâmetros no momento da
soldagem, para que o resultado seja sempre assegurado.
Na maioria das linhas de montagem, os robôs de solda permanecem na célula de produção
das carrocerias ou lanternagem, onde um carro popular chega a possuir em média 2,5 mil pontos
de solda, muitos com difícil acesso para o homem. Os processos de solda utilizados variam de
acordo com o modelo do veículo e seus projetos de produção, mas os mais usados são MIG, MAG,
TIG e Soldagem por ponto de resistência.
E definitivamente os processos de soldagem tem hoje muitas limitações que, somadas às
possíveis uniões entre diferentes materiais, como por exemplo, entre aço e alumínio, tornam clara
a necessidade de desenvolvimento de uma gama de novas tecnologias de união de materiais a serem
aplicadas nos futuros projetos estruturais de automóveis (LARSSON, 2001. p.11).
Em essência, a automação amplifica o poder de autonomia e gerenciamento das células
produtivas, emitindo dados para análise e melhoramentos posteriores dos processos e correção da
atual produção, agregando ao operador controle da célula e a exata reprodução dos projetos.

5.4- Soldagem automatizada em Estaleiros

Utilizada em vários setores de engenharia, a soldagem é um dos procedimentos mais vitais


na construção naval, sendo a soldagem com energia por arco elétrico a mais utilizada
industrialmente. (LANCASTER, 1980). A soldagem é aplicada em diferentes etapas da construção
de uma embarcação, desde a soldagem de um simples reforço, até a soldagem entre dois blocos
distintos. Existem vários tipos diferentes, podendo destacar como alguns dos mais utilizados na
indústria naval, os seguintes: Eletrodo revestido (SMAW), MIG/MAG (GMAW), TIG (GTAW),
e Arco Submerso (SAW).
Dos processos de manufatura para a construção, a soldagem é crucial no quesito consumo
de tempo e dinheiro, por isso, sua automatização é extremamente necessária. Diferentemente da
conformação automatizada, é um procedimento mais comumente encontrado em estaleiros.
Existem três maneiras de realizar esse procedimento: de maneira manual, em que um soldador o
posiciona sob a peça; semiautomática, em que o robô se movimenta somente em dois eixos, muitas
vezes sendo necessário posicioná-lo no ponto inicial da peça; e automática, em que o robô se
movimenta nos 3 eixos cartesianos, sendo o mais recomendado para a etapa de construção de
painéis. (KIM; HONG; HAN, 2007).
Para Kim et al. (2000), a automação da etapa de pré-fabricação é um fator chave na
construção naval, em que é possível diminuir a exposição do soldador aos riscos, e aumentar a
produtividade, e a qualidade do processo de construção. Ela é dividida nas etapas com o bloco
aberto e o bloco fechado. O robô deve ser capaz de: reconhecer o ambiente da soldagem; captar e
construir um mapa 3D da peça e equivalê-lo para o formato CAD; detectar e desviar de obstáculos;
detectar a linha de soldagem; planejar o caminho a ser realizado; e soldar.

5.4.1- Arco Submerso (SAW)


Apesar de o arco não ser visível, também é um processo com um arco elétrico. Difere-se
dos outros principalmente por conter um material fusível granulado (fluxo), que serve de proteção
e purificação da poça de fusão e estabilização do arco durante a soldagem. Posteriormente esse
fluxo formará a escória, que será facilmente removida.(MODENESI; MARQUES; SANTOS,
2012). As figuras a seguir exemplifica esse processo:
Fig.7- Processo de soldagem por arco submerso

Fig.8- Processo de soldagem por arco submerso automatizado.

Segundo Eyres (2007), é o processo mais utilizado em estaleiros de maneira mecanizada.


Sua forma mais básica, no geral, é através de um pequeno robô ligado a uma fonte, além da tocha
e do eletrodo, na forma de arame, que é alimentado de forma similar ao processo MIG/MAG,
necessita de um porta fluxo e um painel de controle. A automatização desse processo é vista de
diferentes formas em estaleiros, atualmente, sendo um processo de relativamente fácil
automatização. A figura X a seguir é de um estaleiro de uma base Naval em contrução:
Fig.9- Estaleiro em Construção
6- CONCLUSÃO
Com este trabalho podemos concluir que a automação de Soldagem é muito importante para o
setor industrial de maneira geral, pois está presente em diversas áreas da Engenharia, como na área
automobilística, Naval, Aéreo-espacial, dentre outras, contribuindo demasiadamente com a melhora dos
processos industriais de soldagem contemporâneo. Assim, aumentando a qualidade e confiabilidade das
soldas, padronização, diminuição do tempo de trabalho de operação, elevando a produtividade e
eficiência dos processos de soldagem, reduzindo custos etc.

Além disso, a automação acarreta numa melhoria significativa das condições de trabalho,
diminuindo ou eliminando a insalubridade. Elimina-se a necessidade dos EPI’s normalmente utilizados
pelos soldadores (máscara, touca e diversos artefatos de raspa: luva, avental, mangotes e
perneiras). Redução de custos operacionais, pois devido ao aumento da velocidade de soldagem utiliza-se
uma menor quantidade gás. Repetibilidade dos parâmetros de soldagem, permitindo assim a constância
das características dos cordões, facilitando assim o controle de qualidade do processo.
7- Referências
Anon., s.d. [Online]
Available at: http://www.tuenkers.com.br/casos-de-sucesso/automacao-em-soldagem-industrial/
[Acesso em Dezembro 2019].
Anon., s.d. Blog do Soldador. [Online]
Available at: https://blogdosoldador.com.br/mecanizacao/
[Acesso em Dezembro 2019].
Anon., s.d. SIGNIFICADOS. [Online]
Available at: https://www.significados.com.br/automacao/
[Acesso em Dezembro 2019].
Marques, P. V., Modenesi, P. J. & Bracarense, A. Q., 2009. Soldagem Fundamentos e Tecnologia. Belo
Horizonte: Editora UFMG.
RODAS, Arthur de Carvalho Costa et al. SOLDAGEM ROBÓTICA APLICADA A INDÚSTRIA
AUTOMOBILÍSTICA: A EVOLUÇÃO E PROCESSOS ADAPTATIVOS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO SETOR. Ciências Exatas e Tecnológicas, Maceió, v. 1, p.94-96, 8 mar. 2014.
Disponível em: <periodicos.set.edu.br>. Acesso em: 15 dez. 2019.
SATI, Tarek Nasser. ANÁLISE COMPARATIVA DO PROCESSAMENTO DE CHAPAS DE AÇO
PARA A CONSTRUÇÃO DE PAINÉIS EM ESTALEIROS NAVAIS. 2018. 80 f. TCC (Graduação) -
Curso de Engenharia Naval, Centro Tecnológico de Joinville, Universidade Federal de Santa Catarina,
Joinville,2018.Disponível<em:https://repositorio.ufsc.br>. Acesso em: 15 dez. 2019.

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