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UFPA
Campus Universitário de Tucuruí
Tucuruí-Pará-Brasil
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
UFPA
Campus Universitário de Tucuruí
Tucuruí-Pará-Brasil
2016
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
APROVADA EM 02/05/2016
iii
A minha família e a todos os amigos que torcem
por mim.
iv
AGRADECIMENTOS
A Deus pela saúde, força para superar dificuldades e por ter colocado as pessoas certas
em minha vida.
A minha mãe por sempre acreditar e incentivar minhas escolhas e por nunca permitir
que algo me faltasse, não medindo esforços para me ver bem.
A minha irmã pelo carinho e apoio ao longo dessa jornada.
Ao meu orientador D.r Ivaldo Ohana pela disposição em ajudar não só a mim, mas de
modo geral a toda classe discente.
Ao meu amigo Everaldo Ribeiro por toda a ajuda, paciência e pelos ricos ensinamentos
transmitidos que foram fundamentais para redigir este trabalho.
Aos membros da banca avaliadora por disponibilizar um pouco do seu tempo para
avaliar este trabalho.
A todos os amigos que conviveram comigo na casa do estudante pela ajuda nos estudos
e pelos momentos de descontração.
A Universidade Federal do Pará, que é de suma importância para o desenvolvimento do
estado.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente com minha formação.
A todos os meus colegas de curso.
v
RESUMO
vi
ABSTRACT
vii
LISTA DE FIGURAS
viii
Figura 29- Controlador K30. [18] ............................................................................................ 42
Figura 30- Sistema de controle DATACOM. [19] ................................................................... 43
Figura 31- Controlador AGC 100. [20] .................................................................................... 44
Figura 32- CLP DVP28SV11R - aspecto físico. [23] .............................................................. 57
Figura 33- IHM DOP-B10S615 - aspecto físico. [25].............................................................. 58
Figura 34- Diagrama unifilar. ................................................................................................... 59
Figura 35- Diagrama unifilar proposto. .................................................................................... 60
Figura 36- Diagrama trifilar proposto. ..................................................................................... 61
Figura 37- Diagrama funcional, relés de interface. .................................................................. 62
Figura 38- Diagrama funcional, entradas digitais. ................................................................... 62
Figura 39- Diagrama funcional, saídas digitais. ....................................................................... 63
Figura 40- Proteções - programa parcial do CLP. .................................................................... 64
Figura 41- Comando de partida - programa parcial do CLP. ................................................... 65
Figura 42- Comando de parada - programa parcial do CLP..................................................... 65
Figura 43- Abertura do disjuntor - programa parcial do CLP. ................................................. 66
Figura 44 - Envio de dados para a IHM – programa. ............................................................... 66
Figura 45- Controle dos aquecedores e carregador de baterias - programa parcial do CLP. ... 67
Figura 46- Tela principal da IHM. ........................................................................................... 68
Figura 47- Telas de eventos do IHM. ....................................................................................... 68
Figura 48- Tela histórico de eventos da IHM. .......................................................................... 69
Figura 49- Tela manutenção da IHM. ...................................................................................... 69
Figura 50- Tela de simulação do software do CLP. ................................................................. 70
Figura 51- Tela de simulação do software do CLP. ................................................................. 70
Figura 52- Tela de simulação do software do CLP. ................................................................. 71
Figura 53- Tela de simulação do software da IHM. ................................................................. 71
ix
LISTA DE TABELAS
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
xi
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 14
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 16
1.1 CLP ............................................................................................................................ 16
1.1.1 Conceito .............................................................................................................. 16
1.1.2 Vantagens/Desvantagens .................................................................................... 16
1.1.3 Constituição ........................................................................................................ 17
1.1.4 Módulo de entrada e saída .................................................................................. 17
1.1.5 Funcionamento ................................................................................................... 20
1.1.6 Aplicações .......................................................................................................... 21
1.1.7 Tipos ................................................................................................................... 21
1.1.8 Linguagens de programação ............................................................................... 22
1.2 IHM - INTERFACE HOMEM MÁQUINA .............................................................. 29
1.3 MOTOR DIESEL ...................................................................................................... 31
1.3.1 Definição ............................................................................................................ 31
1.3.2 Classificação ....................................................................................................... 32
1.3.3 Princípios de Funcionamento ............................................................................. 33
1.4 GERADOR ELÉTRICO ............................................................................................ 37
1.4.1 Definição ............................................................................................................ 37
1.5 CONTROLADORES PARA GERADOR A DIESEL .............................................. 40
1.5.1 Descrição ............................................................................................................ 40
1.5.2 Tipos existentes .................................................................................................. 41
2 PROJETO PROPOSTO ................................................................................................. 46
2.1 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS EQUIPAMENTOS ............................... 46
2.1.1 Motor diesel ........................................................................................................ 46
2.1.2 Gerador elétrico .................................................................................................. 47
2.1.3 Disjuntor de interligação à rede .......................................................................... 47
2.1.4 Regulador de tensão............................................................................................ 47
2.1.5 Relé de sobre velocidade .................................................................................... 48
2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS COMPONENTES A SEREM
UTILIZADOS ....................................................................................................................... 48
2.2.1 Controlador lógico programável (CLP).............................................................. 48
2.2.2 Interface homem máquina (IHM) ....................................................................... 49
xii
2.2.3 Medidor de grandezas elétricas .......................................................................... 49
3 ELABORAÇÃO DO PROJETO ................................................................................... 51
3.1 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA .................................................................................. 51
3.1.1 Especificação técnica para a operação do conjunto motor - gerador diesel ...... 51
3.1.2 Proteções mecânicas e elétricas .......................................................................... 52
3.2 LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE PONTOS DE I/O – CLP .......................... 53
3.3 INTERFACE HOMEM MÁQUINA ......................................................................... 57
3.4 DIAGRAMAS ELÉTRICOS ..................................................................................... 59
3.4.1 Diagrama elétrico unifilar ................................................................................... 59
3.4.2 Diagrama elétrico trifilar .................................................................................... 60
3.4.3 Diagrama elétrico funcional ............................................................................... 61
3.5 PROGRAMAÇÃO DO CLP ..................................................................................... 63
3.6 PROGRAMAÇÃO DA IHM ..................................................................................... 67
3.7 TESTES FUNCIONAIS ............................................................................................ 69
CONSIDERAÇÕES FINAIS E PROPOSTA PARA TRABALHOS FUTUROS ............ 72
Referências ............................................................................................................................... 73
xiii
INTRODUÇÃO
14
A operação de um gerador diesel ocorre, na maioria das vezes, de forma automática,
isto é, na ausência da tensão da rede, ele entra em funcionamento e se conecta à carga de forma
automática. Para isto, os grupos geradores dispõem de controladores eletrônicos,
microprocessados que efetuam todo o processo, a partir da unidade de supervisão de corrente
alternada (USCA). Existem diversos fabricantes e modelos para atender as mais diversas
necessidades, inclusive com colocação em paralelo de dois geradores.
Este trabalho apresenta uma alternativa ao uso dos controladores existentes no mercado
com a aplicação de um controlador lógico programável (CLP) e uma interface homem máquina
(IHM). Este projeto é uma proposta para aplicação em um serviço auxiliar de corrente alternada
que alimenta o acionamento de comportas do vertedouro de uma usina hidrelétrica, sendo uma
fonte de emergência. O grupo gerador diesel instalado funciona no modo isolado e opera
manualmente, isto é, com a falta de tensão de alimentação das comportas, é necessário a
intervenção de operador para ligar o gerador e assim conectá-lo ao circuito de acionamento das
comportas.
Este trabalho está dividido em capítulos assim distribuídos: capítulo 1 trata de uma
revisão bibliográfica abordando o princípio de funcionamento dos equipamentos/ dispositivos
envolvidos no projeto: motor diesel, gerador elétrico, controlador lógico programável (CLP),
interface homem máquina (IHM). O capítulo 2 apresenta a proposta de projeto, bem como as
características dos principais dos equipamentos (motor, gerador, etc.) instalados e dos
componentes introduzidos para o acionamento e controle do motor gerador diesel de
emergência em questão. O capítulo 3 mostra todos os passos para a elaboração do projeto
proposto, desde a especificação técnica, o levantamento das necessidades de pontos de I/O do
CLP até a criação dos programas do usuário, tanto no CLP quanto na IHM.
15
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1 CLP
1.1.1 Conceito
1.1.2 Vantagens/Desvantagens
16
outras coisas mais complexas podem ser feitas através do CLP. Eventuais mudanças na
aplicação ou correção de erros são fáceis de ser manipuladas. Corrigir problemas de conexão
no circuito é bem mais complicado do que modificar programas do CLP.
Mais algumas vantagens do CLP:
Maior rapidez na elaboração dos projetos
Maior flexibilidade
São reutilizáveis
Ocupam menos espaço que os componentes que seriam utilizados para executar o mesmo
controle.
Aplicação pode ser duplicada rapidamente com menos custos.
Interface de comunicação com outros CLPs e computadores.
A velocidade de funcionamento que normalmente operam é superior a qualquer sistema de
controle mecânico.
A desvantagem é que dependendo do CLP seu custo inicial pode ser alto e para elaborar
um projeto com CLP existe a necessidade de um técnico programador.
1.1.3 Constituição
17
Os módulos de entrada e saída do CLP são as conexões entre os dispositivos conectados
pelo usuário e a memória de dados. O módulo de entrada aceita tensões de comando (24VCC,
110/220 VCA) que chegam e as transformam em tensões de níveis lógicos aceitas pela CPU. O
módulo de saída faz a troca entre as tensões de controle fornecidas, necessárias para fazer com
que os dispositivos conectados passem a funcionar.
Nos módulos digitais, são entradas e saídas de dados que tem apenas dois estados. Com
isso eles enviam e recebem sinais simples para/de um CLP. Esses sinais são compostos por
“uns” e “zeros” nos quais mandam ligar ou desligar respectivamente os dispositivos através da
conversão desses sinais em sinais com capacidade de energizar tais dispositivos.
Os sinais digitais recebidos pelo CLP são provenientes de diversos equipamentos do
processo, como por exemplo:
Pressostatos;
Termostatos;
Botoeiras;
Chaves de nível;
Sensores de proximidade;
Chave fim de curso.
Abaixo (Figura 2), está um exemplo de um diagrama de blocos de um sistema de entrada
digital para vários canais. Neste caso utiliza-se um multiplexador para unir o sinal de todos os
canais em apenas um, para que posteriormente seja isolado para o circuito de controle.
Figura 2- Diagrama de blocos de um sistema de entrada digital para vários canais. [2]
18
As saídas digitais são necessárias para acionar os mais variados atuadores como por
exemplo: motores, contatoras, lâmpadas, entre outros.
Os dispositivos analógicos são entradas e saídas que possuem um número muito grande
de estados que pode ser infinito. Dispositivos como este não só podem ser de tempo em tempo,
mas também podem identificar algo para aumentar ou diminuir de intensidade.
Existem muitos dispositivos que trabalham com sinais contínuos principalmente nas
indústrias e por isso requerem sinais analógicos que sejam compatíveis com sua aplicação.
Dispositivos como:
Transmissores;
Sensores;
Inversores de frequência;
Analisadores industriais.
Utilizam sinais analógicos para transmitir ou receber informações de controle ou
medição em variáveis como pressão, vazão, nível, temperatura, etc.
O sinal padrão de transmissão eletrônico é o de 4 a 20 mA dc (24Vdc), recomendado
pela International Electromechanical Commission (IEC), em maio de 1975.
19
Já os dispositivos de saída analógico, possuem conversores Digital/Analógico que
recebem os sinais do CLP e converte para sinal analógico de saída que tem por função
acionar os atuadores que podem ser:
Válvulas proporcionais;
Inversores de frequência;
Indicadores;
Conversores I/P (corrente/ pressão).
No caso de a quantidade de sinais superar a capacidade disponível nos módulos de
entrada e saída, é necessário a utilização de módulos de expansão no CLP podendo ser digital
ou analógico em conformidade com o sistema, garantindo com isso a recepção dos sinais pelos
módulos do CLP.
1.1.5 Funcionamento
Antes de qualquer coisa é necessário fazer a lógica de controle do CLP. Esta pode ser
feita por ferramentas podendo ser por meio de programador manual ou software de
programação. Essa lógica de programação é desenvolvida de acordo com as necessidades do
usuário. Após a recepção de sinais pelos sensores presente nos equipamentos, estes são
aplicados aos módulos de entrada do CLP que após a leitura dá início a etapa denominada scan
que consiste nos seguintes passos mostrados na figura 4.
20
1º Passo – Com a partida do CLP ele transferirá os sinais existentes na interface de
entrada para a memória de dados (RAM).
2º Passo – Iniciará uma varredura do software aplicativo armazenado na memória de
aplicativo (SCAN), utilizando os dados armazenados na memória de dados. Dentro deste ciclo,
executará todas as operações que estavam programadas no software aplicativo, como por
exemplo, intertravamentos, habilitação de temporizadores/contadores, armazenagem de dados
processados na memória de dados, etc.
3º Passo – Após a varredura dos softwares e do aplicativo ser concluída, o CLP irá
transferir os dados processados (que nada mais são que os resultados das operações lógicas)
para a interface de saída. Em paralelo a isso, novos dados provenientes de interface de entrada
irão alimentar a memória de dados.
1.1.6 Aplicações
1.1.7 Tipos
21
Figura 5- Imagem de um CLP compacto. [5]
Em alguns CLPs compactos, é possível a adição de pontos de entradas e saídas por meio
de blocos de expansão, com um certo limite determinado pelo fabricante, porém, apresentam
poucas opções de configuração para as quantidades e tipos de pontos de I/O nos blocos de
expansão.
Através de um programa o CLP pode exercer as mais variadas funções e sua linguagem
de programação é dividida pela IEC 61131-3 (IEC - International Electrotechnical
Commission) em:
a) Linguagens gráficas
i. Sequential Function Chart (SFC)
Este sistema permite trabalhar detalhadamente cada parte do problema de controle, isso
é possível graças a decomposição do problema que este sistema permite ao usuário, facilitando
a compreensão e tendo como resultado um bom funcionamento do programa.
22
Essa linguagem de programação trabalha com um conjunto de etapas (chamadas de
steps) que estão ligadas à blocos de ação e também a transições.
Figura 7 - Decomposição do problema de controle de cima para baixo e decomposição de baixo para cima. [7]
23
Figura 9-Diagrama elétrico de uma partida direta. [9]
Essa linguagem é uma das mais utilizadas atualmente, foi desenvolvida para construir e
documentar de modo mais eficaz circuitos a relés. Foi uma das primeiras linguagens
desenvolvidas e é baseada em lógica de contatos, criada a partir de painéis antigos de comandos
que utilizavam relés e seus contatos para ativar ou desativar equipamentos no decorrer dos
processos. O dia grama Ladder possui diversos símbolos que representam os dispositivos do
circuito, como, botões, válvulas etc.
Por ter uma estrutura semelhante a linguagem utilizada em comandos elétricos, a
linguagem Ladder é a mais aceita em vários países.
24
Tabela 1- Itens básicos da linguagem Ladder. [10]
25
Função “NAND” ou “NÃO E”
Nesse tipo de selo com duas chaves pressionadas o circuito sempre estará ligado.
Selo com prioridade no desligamento
26
Figura 16 - Selo com prioridade no desligamento. [9]
Este tipo de selo é o mais utilizado por questão de segurança, quando as duas chaves
estão pressionadas o circuito sempre estará desligado.
A linguagem Ladder conta também com instruções do tipo “SET” (mantém uma saída
ligada mesmo que a alimentação na entrada seja cortada) e “RESET” (Instrução utilizada para
que a saída que está mantida ligada pela instrução “SET” seja desligada).
A vantagem deste método é que mesmo após a criação dos blocos para um sistema, ele
pode ser utilizado continuamente, sendo necessário apenas a mudança das entradas e saídas.
b) Linguagens textuais
27
i. Lista de Instruções (Instruction List – IL)
A IL é uma linguagem de baixo nível, similar à assembler. Nessa linguagem é permitida
apenas uma operação por linha, como o armazenamento de um valor em uma determinada
variável, por exemplo. Cada instrução é composta por operador, modificador e operando
(Figura 19). Sua utilização é viável em aplicações menores, ou para otimização de partes de
uma aplicação mais complexa.
No exemplo acima (Figura 20), temos uma simplificação de uma função em ST, no qual
C é uma variável de saída, A e B são variáveis de entrada e AND NOT é um bloco de função
lógica.
28
1.2 IHM - INTERFACE HOMEM MÁQUINA
Com o passar do tempo surgiram os IHM com displays e chave digital do tipo
(“thumbwell switchs”), que no caso dos displays nos permitem visualizar os valores das
variáveis de processo e também mudar parâmetros pré-definidos, como por exemplo,
temporizações através das chaves digitais.
29
Figura 22 - Thumbwell switchs. [13]
30
No mercado existe diversos tipos de fabricantes, sendo que a maioria são de estrangeiros
e cada fabricante possui uma ou várias famílias de IHM, cada uma delas tem suas características
e particularidades. Todos os fabricantes possuem similaridades, exceto em alguns casos
especiais.
Alguns dos principais fabricantes:
Siemens
DELTA Automation
Phoenix
Rockwell Automation
Altus
Os IHMs trazem vários benefícios à qualidade de interação dos usuários com os
sistemas, alguns desses benefícios são:
Facilidade de aprendizado do sistema – O tempo de esforço do usuário para atingir o
desempenho desejado é bem menor.
Facilidade do uso – O esforço físico e cognitivo do usuário é reduzido.
Flexibilidade – Os usuários podem utilizar o sistema de maneira inteligente e criativa,
ampliando o número de tarefas com as mesmas funções e comandos do sistema ou realizar
tarefas que não estavam previstas pelos desenvolvedores.
Produtividade – O sistema permite com que ocorra uma maior produtividade por parte do
usuário, produtividade que não seria alcançada sem o sistema.
1.3.1 Definição
O motor a diesel foi criado por Rudolf Diesel em Augsburg, Alemanha, no período de
1893 a 1898, por esse motivo recebeu esse nome. São máquinas térmicas alternativas, formada
por um conjunto de peças sincronizadas entre si, sofrem combustão interna que se dá pelo
aumento da temperatura provocada pela compressão do ar e essa combustão se destina a força
motriz de acionamento.
Os primeiros motores tipo diesel eram de injeção indireta e eram alimentados por
petróleo filtrado, óleos vegetais e até mesmo por óleos de peixe. Após a morte de Rudolf Diesel
31
a indústria do petróleo criou um tipo de óleo e o batizaram de “Óleo Diesel”, mais barato que
os demais combustíveis, por este motivo passou a ser amplamente utilizado.
O motor diesel é encarregado de executar trabalhos pesados. Muito utilizado em
veículos de grande porte como ônibus, tratores, trens etc. As aplicações do motor diesel não
mudaram muito no decorrer do tempo, mas a eficiência de um motor diesel atual é de 45%,
maior que a eficiência de um motor a gasolina que apresenta 30%, ficou mais rápido, seu
tamanho mais compacto e não exalam um cheiro tão forte como os de antigamente, porém ainda
não são utilizados em veículos de passeio no Brasil.
1.3.2 Classificação
32
Motor arrefecido a água - O líquido de arrefecimento é composto por água e aditivo.
Sua função é criar uma película para proteger em todas as paredes por onde água circula e
manter o grau de estabilidade do liquido.
- Motor arrefecido a ar.
f. De acordo com o sistema de alimentação de ar:
- De alimentação natural;
- De alimentação forçada (sobre alimentadores).
g. De acordo com o curso do êmbolo:
- Motor comprido - o diâmetro do cilindro é menor que o curso do êmbolo;
- Motor quadrado - o diâmetro do cilindro e o curso do êmbolo são iguais;
- Motor superquadrado - o diâmetro do cilindro é maior que o curso do êmbolo. [27]
Existe também a classificação de acordo com a aplicação do motor, que pode ser de
quatro tipos:
Estacionários – É utilizado no acionamento de máquinas estacionárias como, máquinas de
solda, geradores, bombas e outras máquinas que atuam com uma rotação constante.
Industriais – São destinados ao acionamento de máquinas da construção civil, como por
exemplo, tratores, guindastes, compressores de ar, máquinas de mineração, acionamento
de sistemas hidrostáticos e outras aplicações onde se exijam características especiais
especificas do acionador.
Veiculares – Utilizado no acionamento de veículos como, caminhões, ônibus e outros de
transporte em geral.
Marítimos – Motores deste tipo são destinados a propulsão de barcos e outras maquinas de
uso naval.
33
Figura 24- Ciclo termodinâmico do motor a diesel. Gráfico P x V. [15]
Rendimento do ciclo:
𝑊𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜
η=
𝑞1,2
Existem três tipos de rendimento que envolvem o motor a diesel estes são:
a. Rendimento Mecânico
É a relação entre a potência produzida no eixo e a potência produzida no interior do
cilindro, provocada pela combustão. Este rendimento é função da força de atrito que ocorre
entre os seus diversos órgãos e das forças necessárias para acionar os órgãos auxiliares. A perda
de potência devido ao atrito, torna-se cada vez maior, a medida que a rotação fica mais elevada.
b. Rendimento Térmico
É a relação entre o calor que efetivamente se transforma em trabalho útil e o calor
equivalente ao trabalho que poderia ser obtido pela queima do combustível. O aumento do
rendimento térmico do motor, pode ser conseguido das seguintes maneiras: aumentando a taxa
34
de compressão, otimizando a combustão e diminuindo a diferença de temperatura entre a saída
e entrada d’água de refrigeração do motor.
c. Rendimento Volumétrico
É a relação entre o peso de ar efetivamente introduzido no cilindro e o peso teórico
máximo, nas condições atmosféricas (150ºC e 760 atm). A grande maioria das modificações
para aumentar a performance está centrada no aumento de ar e combustível para dentro do
motor. O rendimento volumétrico em relação aos outros rendimentos é o que oferece um maior
campo de atuação.
O funcionamento mecânico do motor é dado da seguinte forma:
Os motores de ciclo diesel aspiram o ar, este ar é comprimido no interior dos cilindros,
que sob pressão alta recebem o combustível que entra em combustão por auto-ignição em
contato com a temperatura elevada devido à alta pressão. O combustível é injetado no final da
compressão do ar e na maioria dos motores de ciclo diesel é o óleo diesel comercial, mas
também podem ser usados outros combustíveis como, óleos minerais mais pesados, nafta e
óleos vegetais que podem ser utilizados em motores construídos para funcionar especificamente
com este tipo de combustível.
Os motores são divididos em motores de quatro tempos e de dois tempos, vamos
verificar como se dá o funcionamento de ambos respectivamente:
1. Motor de quatro tempos
Estes têm combustão nos intervalos dos giros, promovendo com isso um ganho
significativo de potência. Como o próprio nome sugere, este tipo de motor é constituído por 4
etapas de funcionamento, e estas são:
i. Admissão
Nessa etapa, com a válvula de admissão aberta e o êmbolo na parte superior inicia seu
movimento para baixo, isso provoca uma depressão que auxilia a entrada do ar dentro do
cilindro até enchê-lo. Assim que o êmbolo alcança a parte inferior a válvula de admissão se
fecha. Isso faz com que a manivela dê meia volta (180º) com um curso do êmbolo.
ii. Compressão
Com a válvula de admissão fechada, o êmbolo volta a se movimentar em direção a parte
superior, neste momento o ar é comprimido no interior do cilindro, aumentando a pressão e a
temperatura até o ar ser comprimido por completo na câmara de combustão. Momentos antes
do pistão completar o curso, ocorre a auto-ignição e com isso a manivela completa uma volta
(360º).
35
iii. Combustão
Durante o percurso de compressão o ar ficou comprimido na câmara de combustão,
alcançou a temperatura e pressão ideais por cauda da compressão, com o êmbolo próximo a
parte superior é injetado combustível através do bico injetor. Neste momento ocorre uma
combustão que libera gases que em sua expansão, irão atuar sobre o êmbolo empurrando-o para
baixo novamente, fazendo com que a manivela atinja uma volta e meia (540º) em três cursos
do êmbolo.
iv. Escape
Nessa etapa o embolo faz o percurso para atingir a parte superior e a válvula de escape
abre, fazendo com que os gases empurrados pelo êmbolo saiam. Atingindo a parte superior a
válvula de escape é fechada. A manivela atinge duas voltas (720º) com quatro cursos do êmbolo,
completando um ciclo de trabalho.
36
No início do processo o êmbolo encontra-se na parte inferior e os orifícios de admissão
encontram-se descobertos e a válvula de escape aberta. Através do sobrealimentador, o ar é
introduzido através dos orifícios de admissão, deslocando por meio da válvula de escape os
gases queimados dentro do cilindro. O êmbolo começa a se locomover em direção a parte
superior, a mais ou menos um quarto do curso os orifícios de admissão são obstruídos pelo
êmbolo.
Neste momento o cilindro está cheio de ar fresco e o êmbolo continua seu movimento
em direção a parte superior comprimindo cada vez mais o ar. Com isso, foi realizado meia volta
da manivela em um curso do êmbolo.
Com o ar comprimido e com pressão e temperatura ideais, o combustível é injetado,
produzindo a combustão e com isso os gases se expandem empurrando o êmbolo para a parte
inferior, chegando em três quartos do movimento, a válvula de escape é aberta e os gases
queimados começam a sair.
Continuando o curso, o êmbolo desobstrui os orifícios de admissão fazendo com que o
ar entre e expulse o restante dos gases queimados. Neste momento o êmbolo realizou duas
voltas em sua arvore de manivelas e encontra-se na posição para repetir o ciclo.
O motor de dois tempos possui como vantagem em relação ao motor de quatro tempos,
uma maior potência e um torque mais uniforme com o mesmo dimensionamento e rpm.
Este tipo de motor é bastante utilizado em Navios de grande porte e instalações
estacionárias de grande porte.
1.4.1 Definição
37
Gerador é um mecanismo que transforma energia mecânica ou outras formas de energia
em energia elétrica. A transformação de energia nos geradores tem seu fundamento no princípio
físico da Lei de Lenz. Esta lei diz que “quando existe indução magnética, a direção da força
eletromotriz induzida é tal, que o campo magnético dela resultante tende a parar o movimento
que produz a força eletromotriz”. De forma mais abrangente, gerador é um motor e alternador
montados em uma base comum juntamente com baterias, tanque de combustível e painel de
controle.
Os geradores ou também conhecidos como alternadores (gerador de corrente alternada)
ou dínamo (geradores de corrente contínua), dependendo da forma de energia gerada se
encaixam na categoria de maquinas síncronas, que são máquinas em que a rotação é diretamente
relacionada ao número de pólos magnéticos e a frequência da tensão elétrica. Os pólos do
gerador, nada mais são que imãs artificiais formados por bobinas, eles recebem corrente
contínua de uma fonte externa e controlada por um regulador de tensão. Esta corrente contínua
é denominada corrente de excitação ou excitatriz, ela flui através do rotor, criando um campo
magnético que induz a movimentação nas bobinas do estator resultando em uma corrente
alternada.
O primeiro gerador elementar foi construído por Michael Faraday em 1831, consistia
basicamente de uma expira que girava entre os polos de um imã. O campo magnético deste
gerador era dado por imãs naturais, logo, não poderiam controlar a tensão e a corrente o que
não ocorreria no caso dos imãs artificiais.
Figura 27- Exemplo de um gerador elementar, que é ligado ao circuito externo por meio dos anéis coletores. [15]
Os geradores são constituídos por quatro partes principais, sendo duas partes
mecânicas e duas elétricas, estas são:
38
a. Mecânicas
i. Estator
O estator é a parte do gerador que fica rigidamente fixa à carcaça e tem por função
conduzir o fluxo magnético para transformar a energia cinética do induzido.
ii. Rotor
Como o próprio nome sugere, rotor é a parte girante do gerador. Ele gira em torno de
um eixo apoiado sobre mancais fixos na carcaça. É montado com uma armadura sólida para
evitar problemas de onda magnética localizada, as barras de alumínio, ferro, ou cobre no
formato de anéis em série, permite uma resistência elevada evitando perdas de energia em forma
de calor.
b. Elétricas
i. Indutor
É responsável pela produção do campo magnético onde estão localizados os pólos do
alternador.
ii. Induzido
É a parte onde aparece a tensão ou corrente induzida.
A configuração do indutor e do induzido originam dois tipos diferentes de máquinas.
Quando o indutor está localizado no estator, temos as máquinas chamadas de pólos fixos. Já
quando o indutor se encontra no rotor temos as máquinas de pólos girantes.
Os alternadores podem ser distinguidos pelo número de fases e são do tipo monofásicos
ou trifásicos. Nos alternadores monofásicos a tensão de saída é obtida em dois pontos em seus
terminais devido a bobina de enrolamento induzido. Já nos trifásicos existem bobinas
independentes montadas e defasadas de 120º entre si, suas ligações são feitas de tal maneira
que podemos ter de três a quatro pontos de ligação para os consumidores.
Existem diversos tipos de aplicação para os alternadores, dentre as quais pode-se
destacar:
Alternadores industriais – Também conhecidos como máquinas de linha, tem por finalidade
atender a maioria dos consumidores normais.
Alternadores navais – Construídos para o uso naval, são máquinas que possuem todos os
componentes projetados para resistir a corrosão marinha.
Alternadores Marinizados – Destinados a serviços em áreas agressivas, recebendo
tratamento especial em alguns componentes.
39
Alternadores para Telecomunicações – São máquinas com características para não causar
interferência nas telecomunicações. Estes tipos de alternadores alimentam retificadores de
alta capacidade que produzem deformações na forma de onda de tensão gerada.
Alternadores a prova de explosão – São destinados a serviços em áreas onde existe risco
de materiais inflamáveis, é totalmente blindado para impedir que qualquer centelhamento
entre em contato com a atmosfera ambiente, por este motivo possui um sistema de
refrigeração especial através do qual o ar existente no interior da máquina não entra em
contato com o exterior.
1.5.1 Descrição
41
Figura 29- Controlador K30. [18]
43
Acompanhamento, download de parâmetros
- Displays LED;
- Entrada analógicas configuráveis 2;
- Entradas digitais configuráveis: 7;
- Saídas a relé configuráveis: 2;
- Saídas de relé total: 6;
- Capacidade de expansão I/O;
- Função de operação de início remota está disponível em nosso sistema de controle do
conjunto de gerador;
- Painel frontal selado;
- Ligue o sistema de conexão para fácil substituição;
- Estrutura compacta: 180x125x48mm;
- Baixo custo; [19]
44
- Controle e proteção de Genset/barramento 6 entradas digitais, 3 multientradas (lógicas) e 8
Saídas de relé;
- Comunicação via protocolo Modbus RS485;
- Configurável com o Software utilitário DEIF;
- Display gráfico (vários idiomas);
- Lógica programável (M-Logic);
- Painel adicional do operador AOP-2;
- E/S externa (opcional);
- Configuração dos parâmetros de exibição (vários idiomas);
- Gerenciamento de potência não sincronizada;
- Emulação para treinamento rápido e teste de E/S. [20]
45
2 PROJETO PROPOSTO
Este capítulo apresenta a proposta de projeto, bem como as características dos principais
componentes introduzidos para o acionamento e controle do motor gerador diesel de
emergência em questão. Esta proposta leva em consideração o princípio de operação atualmente
utilizado e melhorias adicionais que foram consideradas necessárias para o perfeito
funcionamento do conjunto.
A proposta está fundamentada na substituição dos componentes do circuito de
acionamento onde há grande número de ocorrência de falhas/defeitos, como é o caso do
carregador de baterias e relés do circuito de acionamento. A instrumentação do painel elétrico
(amperímetro, voltímetro, frequencímetro) também será substituída por não funcionar
satisfatoriamente, apresentando imprecisões na leitura.
Os componentes do circuito de acionamento serão substituídos por um controlador
lógico programável (CLP), a instrumentação elétrica será substituída por um único instrumento
de medida de grandezas elétricas (MGE) e o carregador de baterias será modernizado.
Fabricante: Cummins;
Modelo: NT-855-G1;
Número de tempos: 4;
Número de cilindros: 6;
Rotação nominal: 1800 rpm;
Potência nominal contínua na rotação nominal: 210 KW (a 40ºC, 729 mmHg, UR 85%);
Potência máxima na rotação nominal: 234 KW (a 40ºC, 729 mmHg, UR 85%)
Consumo de combustível na rotação nominal: 169,7 g/h (potência 100%), 180,8 g/h
(potência 75%);
Volume de óleo lubrificante: 26 l;
46
Consumo de óleo lubrificante na rotação nominal: 0,08 g/h;
Tempo para desenvolver potência plena: 15 s.
Fabricante: WEG;
Tipo: DKBH 4285/2;
Potência nominal: 250 KVA;
Número de fases: 3
Tensão nominal: 480 VCA;
Fator de potência: 0,8
Frequência nominal: 60 Hz;
Rotação: 1800 rpm;
Rendimento: 0,91 (250 KVA, FP 0,8 indutivo)
Classe de isolação do rotor e estator: F (155ºC);
Grau de proteção: IP21S
Número de polos: 4;
Número de ranhuras: 48;
Enrolamento: concêntrico paralelo;
Passo: 1:10:12.
Fabricante: Soprano;
Modelo: JL-350;
Capacidade: 350 A;
Capacidade de ruptura: 30 KA;
Bobina de mínima tensão: 120 VCA;
Contatos auxiliares: 1 NA + 1 NF.
47
Fabricante: WEG;
Modelo: TR5-W;
Tipo: estático;
Corrente de saída em carga máxima: 3,5 A;
Corrente de saída em curto-circuito máxima: 10,0 A;
Tensão fornecida pela excitatriz piloto em curto-circuito ou sobrecarga: 100 V;
Precisão da tensão gerada: ±0,5%;
Variação da tensão entre 20 e 60ºC: ±1%;
Possibilidade de ajuste de tensão: ±15% e ±5%;
50
3 ELABORAÇÃO DO PROJETO
Neste capítulo, serão mostrados todos os passos para a elaboração do projeto proposto,
desde o levantamento das necessidades de pontos de I/O do CLP até a criação dos programas
do usuário, tanto no CLP quanto na IHM.
Antes do levantamento das necessidades dos pontos de entradas e saídas, foi necessário
fazer um levantamento dos requisitos do projeto, ou seja, uma especificação de como será a
operação do conjunto motor gerador, as proteções elétricas e mecânicas.
51
l) O motor será provido de uma proteção de nível baixo de óleo combustível no tanque
diário;
m) O controlador deverá ser alimentado por uma fonte segura para que permaneça em
operação no caso de falta de tensão alternada;
n) O controlador supervisionará a operação do circuito de aquecimento do motor;
o) O controlador irá supervisionar a operação do circuito de aquecimento do gerador;
p) Um medidor de grandezas elétricas, MGE, será instalado em substituição aos
instrumentos analógicos atualmente utilizados: voltímetro, amperímetro,
freqüencímetro;
q) Será montado um carregador de baterias com bloqueio de operação no momento da
partida do motor;
r) Os fusíveis F1 à F14 serão substituídos por disjuntores termomagnéticos com
amperagens correspondentes;
s) Os sinalizadores LP-1 a LP-6, LP-E e LP-F serão substituídos por sinalizadores a LED;
t) O controlador deverá dispor de saídas digitais com resumo de alarmes para envio ao
centro de operação.
Outras especificações técnicas:
a) A iluminação interna do painel elétrico será alimentada por uma fonte segura para que
permaneça em funcionamento em caso de falta de tensão alternada;
b) Uma iluminação adicional da sala de operação do diesel será alimentada por uma fonte
segura para que entre em funcionamento em caso de falta de tensão alternada;
c) O controlador supervisionará o funcionamento do circuito de aquecimento do painel
elétrico;
52
b) Temperatura alta da água de resfriamento: A temperatura da água é supervisionada pelo
termostato TTO-1, ajustado entre 93ºC e 95ºC. O alcance desta temperatura causa o
desligamento do motor.
c) Sobre velocidade do motor: esta proteção é realizada pelo módulo eletrônico de proteção
e rotação CEPR. Está ajustado para operar em sobre velocidade a 2000 rpm (rotação por
minuto) e em baixa velocidade a 750 rpm. O seu sensor é o pick-up magnético designado
no diagrama funcional como ES.
Proteções do gerador elétrico:
a) Sobrecarga e curto-circuito: o gerador está protegido contra sobrecarga e curto-
circuito através do disjuntor de ligação à rede (DJ).
Nas tabelas a seguir, estão relacionadas as entradas e saídas necessárias para a execução
da lógica de acionamento do motor gerador diesel. A tabela 2 contém a lista de entradas, o
equipamento correspondente que a aciona e sua função. O número da entrada representa a
identificação no CLP.
Tabela 2- Lista de entradas digitais. [O autor]
53
13 X14 K106 Nível de combustível
14 X15 K107 Temperatura alta do gerador
15 X16 Reserva
16 X17 Reserva
54
Tabela 4 - características gerais do CLP DVP28SV11R.
55
Tabela 6 - características das saídas do CLP DVP28SV11R.
Este Controlador possui como característica ideal para o projeto o fato de ser alimentado
em 24 VDC que será a alimentação base do circuito de acionamento, vindo das baterias e do
carregador, e possuir saída a relé. A tabela 7 abaixo mostra a configuração das entradas e saídas
para os controladores da série DVP28SV, com destaque para o Controlador a ser utilizado.
56
Figura 32- CLP DVP28SV11R - aspecto físico. [23]
Para a escolha da interface homem máquina, IHM, optou-se pelo modelo DOP-B10S615
do mesmo fabricante do controlador. Com isto, se estabelece uma arquitetura com componentes
de mesmo fabricante. A tabela 8 apresenta as principais características desta IHM e a figura 33
o seu aspecto físico.
57
Tabela 8 - Características técnicas da IHM DOP-B10s615. [24]
58
3.4 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
A figura 35 mostra o diagrama unifilar proposto para o conjunto. Nesta figura, Vê-se a
subsituição dos instrumentos de medidas elétricas (amperímertro, voltímetro e frequêncímetro)
por um único medidor de grandezas elétricas (MGE).
59
Figura 35- Diagrama unifilar proposto. [O autor]
60
Figura 36- Diagrama trifilar proposto.
61
Figura 37- Diagrama funcional, relés de interface.
Figura 38: entradas digitais do CLP. Estas entradas recebem um sinal vindo dos relés de
interface correspondentes;
Figura 39: saídas digitais do CLP. As saídas digitais atuam sobre relés de interface e
estes sobre as cargas correspondentes. Isto evita danos à saída digital do CLP;
62
Figura 39- Diagrama funcional, saídas digitais.
63
Controle dos aquecedores e carregador de baterias: nestes blocos estão programados o
desligamento dos circuitos de aquecimento do motor e do gerador após a partida do grupo
e o carregador de baterias para a proteção do mesmo (figura 45).
64
Figura 41- Comando de partida - programa parcial do CLP. [O autor]
65
Figura 43- Abertura do disjuntor - programa parcial do CLP. [O autor]
66
Figura 45- Controle dos aquecedores e carregador de baterias - programa parcial do CLP. [O autor]
A Interface Homem Máquina, IHM, foi programada através do seu software específico,
o DOPSoft, versão 1.01.10. As telas planejadas para apresentarem os comandos e as
informações do processo durante a operação do gerador diesel são as seguintes:
Tela Inicial - apresenta um sinótico do grupo motor-gerador, o disjuntor principal, a
conexão da bateria ao seu carregador, botões de partida e parada do grupo, botão de rearme
das proteções, botões de navegação com outras telas, sinalizações de defeitos no sistema.
Esta tela é mostrada na figura 46;
Tela Eventos - apresenta todos os eventos relacionados com a operação do grupo e eventos
relativos a atuação das proteções elétricas e mecânicas que estiverem ativos no momento
da sua visualização. Depois que o evento é desativado ele desaparece desta tela. Esta tela
é mostrada na figura 47;
Telas Histórico - apresenta todos os eventos relacionados com a operação do grupo e
eventos relativos a atuação das proteções elétricas e mecânicas que ocorreram e foram
desativados da tela Eventos. Esta tela é mostrada na figura 48;
Tela Manutenção - aparesenta as horas de operação do grupo motor-gerador para
possibilitar a execução da manutenção, conforme previsto no manual de manutenção. Esta
tela é mostrada na figura 49.
67
Figura 46- Tela principal da IHM. [O autor]
68
Figura 48- Tela histórico de eventos da IHM. [O autor]
70
Figura 52- Tela de simulação do software do CLP. [O autor]
71
CONSIDERAÇÕES FINAIS E PROPOSTA PARA TRABALHOS
FUTUROS
72
Referências
[1] Gerador diesel de emergência. Foto extraída da internet. Acesso em: 4 de Outubro de 2015.
[2] Embarcados, Controlador Lógico Programável - CLP - Parte 2. Disponível em:
<http://www.embarcados.com.br/controlador-logico-programavel-clp-parte-2/>. Acesso em: 4
de Outubro de 2015.
[3] Embarcados, Controlador Lógico Programável - CLP - Parte 3. Disponível em: <
http://www.embarcados.com.br/clp-parte-3/>. Acesso em: 10 de Outubro de 2015.
[4] WEG indústrias LTDA centro de treinamento de clientes; Automação de processos industriai
– Módulo 3; Código: tr_CTC-240_P1WEG. Data 10/2015.
[5] CLP compacto. Foto extraída da internet, acesso em 12/2015.
[6] CLP modular. Foto extraída da internet, acesso em 12/2015.
[7] Decomposição do problema de controle de cima para baixo e decomposição de baixo para cima.
Foto extraída da internet, acesso em 12/2015.
[8] Professor Colassante, Linguagens de Programação para CLPs e a Norma IEC 1131-3.
Disponível em: < http://profcolassante.blogspot.com.br/2015/05/linguagens-de-programacao-
para-clps-e.html>. Acesso em: 27 de Novembro de 2015.
[9] CLP Apostila Controladores Ladder; Código: CP2301; e-book; data 11/2015.
[10] Mecatrônica atual, Programação em linguagem Ladder para Basic Step M8 e M16 - Parte
1. Disponível em: < http://www.mecatronicaatual.com.br/educacao/824-programao-em-
linguagem-ladder-para-basic-step-m8-e-m16-parte-1>. Acesso em: 27 de Outubro de 2015.
[11] BECKHOOF, The PLC standard IEC 61131-3. Disponível em <
http://infosys.beckhoff.com/espanol.php?content=../content/1034/tcquickstart/html/tcquicksta
rt_iec.htm&id=>. Acesso em: 17 de Dezembro de 2015.
[12] Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 76 – Dezembro de 2002. Disponível em:
<http://www.controleinstrumentacao.com.br/arquivo/ed_76/ed_76a.html>. Acesso em 20 de
Janeiro de 2016.
[13] EECO, Thumbwheel Switches. Disponível em:
<http://www.eecoswitch.com/products/thumbwheel-switches/>. Acesso em: 23 de Março de
2016.
[14] CLP CENTER, IHM´s Siemens. Disponível em:
<http://www.clpcenter.com.br/index.php?pg=produto&id=23>. Acesso em: 20 de Março de
2016.
[15] Cauê Melgarejo Mendonça e Edir Bueno da Silva, Universidade Federal do Pampa –
UNIPAMPA, Grupos Geradores a Diesel, data 11/2015.
[16] José Claudio, PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO, INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DE GRUPOS GERADORES PARTE I - MOTORES DIESEL.
Disponivel em: <http://www.joseclaudio.eng.br/grupos_geradores_1.html>. Acesso em: 20 de
Dezembro de 2015.
[17] BloGR, O cérebro dos geradores: conheça os controladores inteligentes. Disponível
em:<http://www.bloger.ind.br/post/54/o_cerebro_dos_geradores_conheca_os_controladores_i
nteligentes.php#.Vtjv8ZwrLIV>. Acesso em: 23 de Dezembro de 2015.
73
[18] Kva energia sob controle, K30 - CONTROLE AUTOMÁTICO PARA GRUPO GERADOR
(AMF). Disponível em: <http://kva.com.br/kva2.0/index.php/produtos/controladores-para
geradores/item/controlador-automatico-para-grupo-gerador-k30?category_id=15>. Acesso em
26 de Dezembro de 2015.
[19] Mingpowers, Sistema de controle DATACOM. Disponível em:
<http://mingpowers.com.pt/6a-datakom-control.html>. Acesso em: 3 de Janeiro de 2016.
[20] DEIF, Controlador Automático de Grupos Geradores – AGC 100. Dispoível em:
<http://www.deif.com.br/produtos-documentacao/produtos/diesel/agc100>. Acesso em: 5 de
Janeiro de 2016.
[21] Medidor de grandezas elétricas e Controlador automático de fator de potência. Catálogo WEG.
cod. 50025399, consultado em 26/02/2016;
[22] Folha de instruções do Controlador Lógico Programável DVP-28SV, Delta Automation.
[23] Controlador Lógico Programável, CLP, Delta Automation, modelo DVP28SV. Foto extraída
da internet, acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.
[24] Folha de instruções da Interface Homem Máquina DOP-B, Delta Automation.
[25] Interface Homem Máquina, IHM, Delta Automation, modelo DOP-B. Foto extraída da internet,
acesso em: 27 de Fevereiro de 2016.
[26] Manual de operação, manutenção e peças - Sistema de geração de energia COMINDUS.
[27] Apostila MRN – Mineração Rio do Norte, TM 101 –Tecnologia do Motor Diesel I. Acesso
em 21 de Março de 2016.
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