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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ


FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA

DESENVOLVIMENTO DE UM CONTROLADOR PARA GRUPO


MOTOR GERADOR DIESEL DE EMERGÊNCIA ATRAVÉS DE CLP

TÉCIO BARBOSA VENEZA

UFPA
Campus Universitário de Tucuruí
Tucuruí-Pará-Brasil
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA

TÉCIO BARBOSA VENEZA

DESENVOLVIMENTO DE UM CONTROLADOR PARA GRUPO


MOTOR GERADOR DIESEL DE EMERGÊNCIA ATRAVÉS DE CLP

Trabalho acadêmico de conclusão de curso


apresentado ao colegiado de Engenharia
Elétrica da UFPA para a obtenção do Grau de
Bacharelado em Engenharia Elétrica, sob a
orientação do professor Dr. Ivaldo Ohana.

UFPA
Campus Universitário de Tucuruí
Tucuruí-Pará-Brasil
2016
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA

DESENVOLVIMENTO DE UM CONTROLADOR PARA GRUPO


MOTOR GERADOR DIESEL DE EMERGÊNCIA ATRAVÉS DE CLP

AUTOR: TÉCIO BARBOSA VENEZA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO SUBMETIDA À AVALIAÇÃO DA BANCA


EXAMINADORA APROVADA PELO COLEGIADO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ E JULGADA ADEQUADA PARA OBTENÇÃO
DO GRAU DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA.

APROVADA EM 02/05/2016

iii
A minha família e a todos os amigos que torcem
por mim.

iv
AGRADECIMENTOS

A Deus pela saúde, força para superar dificuldades e por ter colocado as pessoas certas
em minha vida.
A minha mãe por sempre acreditar e incentivar minhas escolhas e por nunca permitir
que algo me faltasse, não medindo esforços para me ver bem.
A minha irmã pelo carinho e apoio ao longo dessa jornada.
Ao meu orientador D.r Ivaldo Ohana pela disposição em ajudar não só a mim, mas de
modo geral a toda classe discente.
Ao meu amigo Everaldo Ribeiro por toda a ajuda, paciência e pelos ricos ensinamentos
transmitidos que foram fundamentais para redigir este trabalho.
Aos membros da banca avaliadora por disponibilizar um pouco do seu tempo para
avaliar este trabalho.
A todos os amigos que conviveram comigo na casa do estudante pela ajuda nos estudos
e pelos momentos de descontração.
A Universidade Federal do Pará, que é de suma importância para o desenvolvimento do
estado.
A todos que contribuíram direta ou indiretamente com minha formação.
A todos os meus colegas de curso.

v
RESUMO

Neste trabalho de conclusão de curso é apresentado o desenvolvimento de um projeto de


comando para um grupo motor gerador diesel de emergência em substituição ao comando
existente. Houve a necessidade de fazer modificações no acionamento do grupo motor gerador
devido a problemas de comando em função de defeitos em componentes, já obsoletos,
necessidade de aumentar a confiabilidade e a disponibilidade do grupo. O projeto foi
desenvolvido com a utilização de um controlador lógico programável como uma alternativa à
utilização de controladores específicos comercializados por diversas empresas do ramo no
Brasil.

Palavras-Chave: Motor gerador Diesel; Controladores Lógicos Programáveis; Interfaces


Homem-máquina.

vi
ABSTRACT

In this course conclusion work presents the development of a project to command an


emergency diesel generator engine group to replace the existing command. It was necessary to
do a retrofit to the drive motor-generator group due to control issues in default function
components, already obsolete, need to increase the reliability and availability of the group. The
project was developed with the use of a programmable logic controller as an alternative to the
use of inspectors marketed by several companies in the sector in Brazil.

Key-words: Diesel engine generator; Programmable Logic Controllers; Man-machine


interfaces.

vii
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Gerador diesel de emergência. [1] ........................................................................... 14


Figura 2- Diagrama de blocos de um sistema de entrada digital para vários canais. [2] ......... 18
Figura 3- Esquema de ligação 4 - 20 mA. [3] .......................................................................... 19
Figura 4- Passos do funcionamento de um CLP. [4] ................................................................ 20
Figura 5- Imagem de um CLP compacto. [5] ........................................................................... 22
Figura 6- Imagem de um CLP modular. [6] ............................................................................. 22
Figura 7 - Decomposição do problema de controle de cima para baixo e decomposição de
baixo para cima. [7] .................................................................................................................. 23
Figura 8- Exemplo simples de um sistema para encher e esvaziar um tanque. [8] .................. 23
Figura 9-Diagrama elétrico de uma partida direta. [9] ............................................................. 24
Figura 10- Diagrama em Ladder de uma partida direta. [9] ..................................................... 24
Figura 11- Função "AND" ou "E". [9] ..................................................................................... 25
Figura 12- Função "OR" ou "OU". [9] ..................................................................................... 25
Figura 13- Função "NAND" ou "NÃO E". [9] ......................................................................... 26
Figura 14- Função "NOR" ou "NÃO OU". [9]......................................................................... 26
Figura 15- Selo com prioridade no ligamento. [9] ................................................................... 26
Figura 16 - Selo com prioridade no desligamento. [9] ............................................................. 27
Figura 17- Instrução "SET" e "RESET". [9] ............................................................................ 27
Figura 18- Exemplo de diagrama de blocos da função FBD. [11] ........................................... 27
Figura 19- Estrutura da linguagem IL [8] ................................................................................. 28
Figura 20- Exemplo simplificado de função feita em ST. [8] ................................................ 28
Figura 21- IHM baseada em painel de controle. [12] ............................................................... 29
Figura 22 - Thumbwell switchs. [13] ....................................................................................... 30
Figura 23- Interface gráfica IHM da SIEMENS. [14] .............................................................. 30
Figura 24- Ciclo termodinâmico do motor a diesel. Gráfico P x V. [15] ................................. 34
Figura 25- Etapas de funcionamento de um motor de quatro tempos. [16] ............................. 36
Figura 26- Fases do motor de dois tempos Expansão/Admissão e Compressão/Escape. [16] . 37
Figura 27- Exemplo de um gerador elementar, que é ligado ao circuito externo por meio dos
anéis coletores. [15] .................................................................................................................. 38
Figura 28- Exemplo de ligação com geradores em paralelo. [17] ............................................ 41

viii
Figura 29- Controlador K30. [18] ............................................................................................ 42
Figura 30- Sistema de controle DATACOM. [19] ................................................................... 43
Figura 31- Controlador AGC 100. [20] .................................................................................... 44
Figura 32- CLP DVP28SV11R - aspecto físico. [23] .............................................................. 57
Figura 33- IHM DOP-B10S615 - aspecto físico. [25].............................................................. 58
Figura 34- Diagrama unifilar. ................................................................................................... 59
Figura 35- Diagrama unifilar proposto. .................................................................................... 60
Figura 36- Diagrama trifilar proposto. ..................................................................................... 61
Figura 37- Diagrama funcional, relés de interface. .................................................................. 62
Figura 38- Diagrama funcional, entradas digitais. ................................................................... 62
Figura 39- Diagrama funcional, saídas digitais. ....................................................................... 63
Figura 40- Proteções - programa parcial do CLP. .................................................................... 64
Figura 41- Comando de partida - programa parcial do CLP. ................................................... 65
Figura 42- Comando de parada - programa parcial do CLP..................................................... 65
Figura 43- Abertura do disjuntor - programa parcial do CLP. ................................................. 66
Figura 44 - Envio de dados para a IHM – programa. ............................................................... 66
Figura 45- Controle dos aquecedores e carregador de baterias - programa parcial do CLP. ... 67
Figura 46- Tela principal da IHM. ........................................................................................... 68
Figura 47- Telas de eventos do IHM. ....................................................................................... 68
Figura 48- Tela histórico de eventos da IHM. .......................................................................... 69
Figura 49- Tela manutenção da IHM. ...................................................................................... 69
Figura 50- Tela de simulação do software do CLP. ................................................................. 70
Figura 51- Tela de simulação do software do CLP. ................................................................. 70
Figura 52- Tela de simulação do software do CLP. ................................................................. 71
Figura 53- Tela de simulação do software da IHM. ................................................................. 71

ix
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Itens básicos da linguagem Ladder. [10] .................................................................. 25


Tabela 2- Lista de entradas digitais. [O autor] ......................................................................... 53
Tabela 3 - Lista de saídas digitais. ............................................................................................ 54
Tabela 4 - características gerais do CLP DVP28SV11R. ......................................................... 55
Tabela 5 - características das entradas do CLP DVP28SV11R................................................ 55
Tabela 6 - características das saídas do CLP DVP28SV11R. .................................................. 56
Tabela 7 - configuração das entradas e saídas do CLP DVP28SV11R. [22] ........................... 56
Tabela 8 - Características técnicas da IHM DOP-B10s615. [24] ............................................. 58

x
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CLP – Controlador Lógico Programável


I/O – Entrada/Saída
IHM – Interface Homem Máquina
MGE – Medidor de Grandezas Elétricas
USCA – Unidade de Supervisão de Corrente Alternada
CPU – Central Processing Uni
RAM – Random Access Memory
IEC – International Electromechanical Commission
NA – Normalmente Aberto
NF – Normalmente Fechado
SFC – Sequential Function Chart
LD – Ladder Diagram
FBD – Function Block Diagram
IL – Instruction List
ST – Structured Text
Rpm – Rotações Por Minuto
QTM – Quadro de Transferência Manual
QTA – Quadro de Transferência Automática
QGD – Quadro Geral de Distribuição
QDCA – Quadro de Distribuição de Corrente Alternada
AMF – Automatic Mains Feilure
mA – Miliampére
VCC – Volts Corrente Contínua
VCA – Voltage Current Alternated
PTO-1 – Pressostato
TTO-1 – Termostato
CEPR – Módulo Eletrônico de Proteção e Rotação

xi
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 14
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 16
1.1 CLP ............................................................................................................................ 16
1.1.1 Conceito .............................................................................................................. 16
1.1.2 Vantagens/Desvantagens .................................................................................... 16
1.1.3 Constituição ........................................................................................................ 17
1.1.4 Módulo de entrada e saída .................................................................................. 17
1.1.5 Funcionamento ................................................................................................... 20
1.1.6 Aplicações .......................................................................................................... 21
1.1.7 Tipos ................................................................................................................... 21
1.1.8 Linguagens de programação ............................................................................... 22
1.2 IHM - INTERFACE HOMEM MÁQUINA .............................................................. 29
1.3 MOTOR DIESEL ...................................................................................................... 31
1.3.1 Definição ............................................................................................................ 31
1.3.2 Classificação ....................................................................................................... 32
1.3.3 Princípios de Funcionamento ............................................................................. 33
1.4 GERADOR ELÉTRICO ............................................................................................ 37
1.4.1 Definição ............................................................................................................ 37
1.5 CONTROLADORES PARA GERADOR A DIESEL .............................................. 40
1.5.1 Descrição ............................................................................................................ 40
1.5.2 Tipos existentes .................................................................................................. 41
2 PROJETO PROPOSTO ................................................................................................. 46
2.1 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS EQUIPAMENTOS ............................... 46
2.1.1 Motor diesel ........................................................................................................ 46
2.1.2 Gerador elétrico .................................................................................................. 47
2.1.3 Disjuntor de interligação à rede .......................................................................... 47
2.1.4 Regulador de tensão............................................................................................ 47
2.1.5 Relé de sobre velocidade .................................................................................... 48
2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS COMPONENTES A SEREM
UTILIZADOS ....................................................................................................................... 48
2.2.1 Controlador lógico programável (CLP).............................................................. 48
2.2.2 Interface homem máquina (IHM) ....................................................................... 49

xii
2.2.3 Medidor de grandezas elétricas .......................................................................... 49
3 ELABORAÇÃO DO PROJETO ................................................................................... 51
3.1 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA .................................................................................. 51
3.1.1 Especificação técnica para a operação do conjunto motor - gerador diesel ...... 51
3.1.2 Proteções mecânicas e elétricas .......................................................................... 52
3.2 LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE PONTOS DE I/O – CLP .......................... 53
3.3 INTERFACE HOMEM MÁQUINA ......................................................................... 57
3.4 DIAGRAMAS ELÉTRICOS ..................................................................................... 59
3.4.1 Diagrama elétrico unifilar ................................................................................... 59
3.4.2 Diagrama elétrico trifilar .................................................................................... 60
3.4.3 Diagrama elétrico funcional ............................................................................... 61
3.5 PROGRAMAÇÃO DO CLP ..................................................................................... 63
3.6 PROGRAMAÇÃO DA IHM ..................................................................................... 67
3.7 TESTES FUNCIONAIS ............................................................................................ 69
CONSIDERAÇÕES FINAIS E PROPOSTA PARA TRABALHOS FUTUROS ............ 72
Referências ............................................................................................................................... 73

xiii
INTRODUÇÃO

O fornecimento de energia elétrica atualmente requer o cumprimento de fatores de


qualidade, tais como o nível de tensão sem variações significativas, a frequência com variações
mínimas em torno dos 60 Hz e o fornecimento ininterrupto. Este último fator, a disponibilidade,
é de suma importância em instalações onde a falta de energia elétrica põe em risco a operação
de equipamentos importantes como os de manutenção à vida em hospitais.
Além dos hospitais, existem outros locais onde a disponibilidade de energia elétrica é
muito importante, como em aeroportos, clínicas, escolas, indústrias de alimentos, centrais
elétricas, nos serviços de telecomunicações, shoppings, supermercados, hotéis, edifícios
comerciais, estações de rádio e TV, instalações de segurança, etc.
Neste contexto, aparece como principal equipamento de fornecimento alternativo de
energia elétrica o Grupo Gerador Diesel de Emergência. Constituído por um motor a combustão
que utiliza o diesel como combustível, um gerador elétrico e uma unidade de supervisão de
corrente alternada, este conjunto se encarrega de fornecer, quase que instantaneamente, a
energia elétrica necessária para manter a segurança e o suporte à vida.
No entanto, além da existência de uma fonte de emergência, é necessário que esta fonte
seja confiável, que opere sempre que solicitado, forneça tensão no valor desejado, bem como
na frequência correta. Reguladores de tensão e de velocidade se encarregam de manter estes
valores estabilizados e os controladores atuam para que a partida do motor seja assegurada.
A Figura 1 mostra um típico gerador diesel de emergência de baixa potência.

Figura 1- Gerador diesel de emergência. [1]

14
A operação de um gerador diesel ocorre, na maioria das vezes, de forma automática,
isto é, na ausência da tensão da rede, ele entra em funcionamento e se conecta à carga de forma
automática. Para isto, os grupos geradores dispõem de controladores eletrônicos,
microprocessados que efetuam todo o processo, a partir da unidade de supervisão de corrente
alternada (USCA). Existem diversos fabricantes e modelos para atender as mais diversas
necessidades, inclusive com colocação em paralelo de dois geradores.
Este trabalho apresenta uma alternativa ao uso dos controladores existentes no mercado
com a aplicação de um controlador lógico programável (CLP) e uma interface homem máquina
(IHM). Este projeto é uma proposta para aplicação em um serviço auxiliar de corrente alternada
que alimenta o acionamento de comportas do vertedouro de uma usina hidrelétrica, sendo uma
fonte de emergência. O grupo gerador diesel instalado funciona no modo isolado e opera
manualmente, isto é, com a falta de tensão de alimentação das comportas, é necessário a
intervenção de operador para ligar o gerador e assim conectá-lo ao circuito de acionamento das
comportas.
Este trabalho está dividido em capítulos assim distribuídos: capítulo 1 trata de uma
revisão bibliográfica abordando o princípio de funcionamento dos equipamentos/ dispositivos
envolvidos no projeto: motor diesel, gerador elétrico, controlador lógico programável (CLP),
interface homem máquina (IHM). O capítulo 2 apresenta a proposta de projeto, bem como as
características dos principais dos equipamentos (motor, gerador, etc.) instalados e dos
componentes introduzidos para o acionamento e controle do motor gerador diesel de
emergência em questão. O capítulo 3 mostra todos os passos para a elaboração do projeto
proposto, desde a especificação técnica, o levantamento das necessidades de pontos de I/O do
CLP até a criação dos programas do usuário, tanto no CLP quanto na IHM.

15
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 CLP

1.1.1 Conceito

O CLP surgiu devido a dificuldade em implementar controladores lógicos industriais


em 1968. David Emmett e Willian Stone da General Motors Corporation solicitaram aos
fabricantes de instrumentos de controle que desenvolvessem um novo tipo de controlador que
incorporasse as seguintes características:
 Ser facilmente programável e que a sequência de operações realizadas por ele pudesse ser
alterada, mesmo depois de sua instalação.
 Ser de fácil manutenção, preferencialmente constituídos de módulos interconectáveis (tipo
“plug-in”).
 Ter condições de operar em ambientes industriais com maior confiabilidade que os painéis
de relés.
 Ser fisicamente menor que os sistemas de relés.
 Ter condições de ser interligado a um sistema central de coleta de dados.
 Ter um preço competitivo com os sistemas de relés
 Cada unidade deveria ser dotada de uma memória programável com capacidade mínima
que varia de 3000 a 4000 palavras e com possibilidade de expansão.
As famílias dos controladores lógicos programáveis são definidas pela capacidade de
processamento de um determinado número de pontos de entradas e saídas digitais e analógicos.
Os CLPs são computadores dedicados, baseados num microprocessador que desempenha
funções de controle de diversos tipos e níveis de complexidade como, temporização, lógica
sequencial, operações aritméticas, contagem, e com isso, controlar diversos tipos de máquinas
através de módulos de entrada e saída.

1.1.2 Vantagens/Desvantagens

A utilização do CLP torna menos complexo o circuito e diminui a quantidade de fios


necessária para a conexão de dispositivos de campo. Os comandos feitos pelos contatores e

16
outras coisas mais complexas podem ser feitas através do CLP. Eventuais mudanças na
aplicação ou correção de erros são fáceis de ser manipuladas. Corrigir problemas de conexão
no circuito é bem mais complicado do que modificar programas do CLP.
Mais algumas vantagens do CLP:
 Maior rapidez na elaboração dos projetos
 Maior flexibilidade
 São reutilizáveis
 Ocupam menos espaço que os componentes que seriam utilizados para executar o mesmo
controle.
 Aplicação pode ser duplicada rapidamente com menos custos.
 Interface de comunicação com outros CLPs e computadores.
 A velocidade de funcionamento que normalmente operam é superior a qualquer sistema de
controle mecânico.
A desvantagem é que dependendo do CLP seu custo inicial pode ser alto e para elaborar
um projeto com CLP existe a necessidade de um técnico programador.

1.1.3 Constituição

 Unidade Central de Processamento (CPU) - É o cérebro do sistema onde está localizado o


processador. Através do CPU são lidos os sinais de entrada e são executadas operações
aritméticas e lógicas baseadas na memória de programa e gera os comandos necessários
para a memória de dados controlar o estado das saídas;
 Memória - A memória do CLP é a área onde fica armazenada todas as informações
necessárias para que as atividades sejam executadas;
 Interface de entrada/saída - Também chamado de módulo E/S, é a interface entre os
dispositivos conectados pelo usuário e a memória de dados e pode ser do tipo discreto ou
analógico.
 Barramento - É uma placa eletrônica que tem por função fazer a comunicação entre os
demais componentes.

1.1.4 Módulo de entrada e saída

17
Os módulos de entrada e saída do CLP são as conexões entre os dispositivos conectados
pelo usuário e a memória de dados. O módulo de entrada aceita tensões de comando (24VCC,
110/220 VCA) que chegam e as transformam em tensões de níveis lógicos aceitas pela CPU. O
módulo de saída faz a troca entre as tensões de controle fornecidas, necessárias para fazer com
que os dispositivos conectados passem a funcionar.
Nos módulos digitais, são entradas e saídas de dados que tem apenas dois estados. Com
isso eles enviam e recebem sinais simples para/de um CLP. Esses sinais são compostos por
“uns” e “zeros” nos quais mandam ligar ou desligar respectivamente os dispositivos através da
conversão desses sinais em sinais com capacidade de energizar tais dispositivos.
Os sinais digitais recebidos pelo CLP são provenientes de diversos equipamentos do
processo, como por exemplo:
 Pressostatos;
 Termostatos;
 Botoeiras;
 Chaves de nível;
 Sensores de proximidade;
 Chave fim de curso.
Abaixo (Figura 2), está um exemplo de um diagrama de blocos de um sistema de entrada
digital para vários canais. Neste caso utiliza-se um multiplexador para unir o sinal de todos os
canais em apenas um, para que posteriormente seja isolado para o circuito de controle.

Figura 2- Diagrama de blocos de um sistema de entrada digital para vários canais. [2]

18
As saídas digitais são necessárias para acionar os mais variados atuadores como por
exemplo: motores, contatoras, lâmpadas, entre outros.
Os dispositivos analógicos são entradas e saídas que possuem um número muito grande
de estados que pode ser infinito. Dispositivos como este não só podem ser de tempo em tempo,
mas também podem identificar algo para aumentar ou diminuir de intensidade.
Existem muitos dispositivos que trabalham com sinais contínuos principalmente nas
indústrias e por isso requerem sinais analógicos que sejam compatíveis com sua aplicação.
Dispositivos como:
 Transmissores;
 Sensores;
 Inversores de frequência;
 Analisadores industriais.
Utilizam sinais analógicos para transmitir ou receber informações de controle ou
medição em variáveis como pressão, vazão, nível, temperatura, etc.
O sinal padrão de transmissão eletrônico é o de 4 a 20 mA dc (24Vdc), recomendado
pela International Electromechanical Commission (IEC), em maio de 1975.

Figura 3- Esquema de ligação 4 - 20 mA. [3]

Alguns outros exemplos de sinais de entrada para transmissão analógicos:


 0 - 5 V;
 1 a 5 V;
 0 - 1 V;
 0 - 20 mA;
 -10 a + 10 V;
 -20 a +20 mA.

19
Já os dispositivos de saída analógico, possuem conversores Digital/Analógico que
recebem os sinais do CLP e converte para sinal analógico de saída que tem por função
acionar os atuadores que podem ser:
 Válvulas proporcionais;
 Inversores de frequência;
 Indicadores;
 Conversores I/P (corrente/ pressão).
No caso de a quantidade de sinais superar a capacidade disponível nos módulos de
entrada e saída, é necessário a utilização de módulos de expansão no CLP podendo ser digital
ou analógico em conformidade com o sistema, garantindo com isso a recepção dos sinais pelos
módulos do CLP.

1.1.5 Funcionamento

Antes de qualquer coisa é necessário fazer a lógica de controle do CLP. Esta pode ser
feita por ferramentas podendo ser por meio de programador manual ou software de
programação. Essa lógica de programação é desenvolvida de acordo com as necessidades do
usuário. Após a recepção de sinais pelos sensores presente nos equipamentos, estes são
aplicados aos módulos de entrada do CLP que após a leitura dá início a etapa denominada scan
que consiste nos seguintes passos mostrados na figura 4.

Figura 4- Passos do funcionamento de um CLP. [4]

20
1º Passo – Com a partida do CLP ele transferirá os sinais existentes na interface de
entrada para a memória de dados (RAM).
2º Passo – Iniciará uma varredura do software aplicativo armazenado na memória de
aplicativo (SCAN), utilizando os dados armazenados na memória de dados. Dentro deste ciclo,
executará todas as operações que estavam programadas no software aplicativo, como por
exemplo, intertravamentos, habilitação de temporizadores/contadores, armazenagem de dados
processados na memória de dados, etc.
3º Passo – Após a varredura dos softwares e do aplicativo ser concluída, o CLP irá
transferir os dados processados (que nada mais são que os resultados das operações lógicas)
para a interface de saída. Em paralelo a isso, novos dados provenientes de interface de entrada
irão alimentar a memória de dados.

1.1.6 Aplicações

Os CLPs podem ser utilizados em qualquer indústria que tenha necessidade de


automatizar processos ou máquinas e que necessitem de confiabilidade para operar nos mais
variados ambientes. Não existem muitas restrições quanto a sua aplicação. Podem ser utilizados
em ambientes e controles simples como por exemplo num elevador ou em ambientes mais
complexos como em grandes plataformas para extração de petróleo por exemplo.
O CLP é utilizado mais comumente em processos e máquinas como:
 Controle de máquinas;
 Controle de processos e malhas de controle como vazão, nível, pressão e temperatura;
 Controle de motores elétricos e bombas;
 Controle de máquinas eletro-hidráulicas e/ou eletro-pneumáticas;
 Controle de linha de montagem e fabricação;
 Comandos e acionamentos em geral.

1.1.7 Tipos

Os CLPs podem ser divididos em modulares e compactos. Os compactos (Figura 5) têm


uma quantidade fixa de pontos de I/O. Já modulares (Figura 6) permitem a configuração, por
parte do usuário, da quantidade e combinação de pontos de I/O.

21
Figura 5- Imagem de um CLP compacto. [5]

Figura 6- Imagem de um CLP modular. [6]

Em alguns CLPs compactos, é possível a adição de pontos de entradas e saídas por meio
de blocos de expansão, com um certo limite determinado pelo fabricante, porém, apresentam
poucas opções de configuração para as quantidades e tipos de pontos de I/O nos blocos de
expansão.

1.1.8 Linguagens de programação

Através de um programa o CLP pode exercer as mais variadas funções e sua linguagem
de programação é dividida pela IEC 61131-3 (IEC - International Electrotechnical
Commission) em:
a) Linguagens gráficas
i. Sequential Function Chart (SFC)
Este sistema permite trabalhar detalhadamente cada parte do problema de controle, isso
é possível graças a decomposição do problema que este sistema permite ao usuário, facilitando
a compreensão e tendo como resultado um bom funcionamento do programa.
22
Essa linguagem de programação trabalha com um conjunto de etapas (chamadas de
steps) que estão ligadas à blocos de ação e também a transições.

Figura 7 - Decomposição do problema de controle de cima para baixo e decomposição de baixo para cima. [7]

Figura 8- Exemplo simples de um sistema para encher e esvaziar um tanque. [8]

ii. Diagrama Ladder (Ladder Diagram – LD)


O diagrama Ladder consiste em um desenho formado por duas linhas verticais, que
representam os pólos positivos e negativos de uma fonte de energia. Entre as linhas verticais
são desenhados ramais horizontais que possuem chaves podendo ser abertas ou fechadas e
representam as entradas do CLP. Com isso fica mais fácil passar um diagrama elétrico para a
linguagem Ladder, bastando para isso transformar as colunas em linhas como é mostrado no
exemplo abaixo para um caso de partida direta (figuras 9 e 10).

23
Figura 9-Diagrama elétrico de uma partida direta. [9]

Figura 10- Diagrama em Ladder de uma partida direta. [9]

Essa linguagem é uma das mais utilizadas atualmente, foi desenvolvida para construir e
documentar de modo mais eficaz circuitos a relés. Foi uma das primeiras linguagens
desenvolvidas e é baseada em lógica de contatos, criada a partir de painéis antigos de comandos
que utilizavam relés e seus contatos para ativar ou desativar equipamentos no decorrer dos
processos. O dia grama Ladder possui diversos símbolos que representam os dispositivos do
circuito, como, botões, válvulas etc.
Por ter uma estrutura semelhante a linguagem utilizada em comandos elétricos, a
linguagem Ladder é a mais aceita em vários países.

24
Tabela 1- Itens básicos da linguagem Ladder. [10]

A tabela 1 mostra os elementos que ilustram contatos normalmente abertos (NA),


contatos normalmente fechados (NF) e a bobina ou saída. Com estes elementos é possível
montar diversas combinações importantes, servindo de orientação para qualquer projetista ou
programador.
Existem várias funções lógicas que também são usadas na programação em Ladder,
dentre as quais foram destacados os seguintes blocos de programação e a tabela verdade
correspondente a cada função lógica:
 Função “AND” ou “E”

Figura 11- Função "AND" ou "E". [9]

 Função “OR” ou “OU”

Figura 12- Função "OR" ou "OU". [9]

25
 Função “NAND” ou “NÃO E”

Figura 13- Função "NAND" ou "NÃO E". [9]

Segundo a álgebra de Boole ̅̅̅̅̅̅̅


𝑨 ∗ 𝑩 = 𝑨 + 𝑩. Com isso a função NAND consiste em
dois contatos NF em paralelo.

 Função “NOR” ou “NÃO OU”

Figura 14- Função "NOR" ou "NÃO OU". [9]

Segundo a álgebra de Boole ̅̅̅̅̅̅̅


𝑨∗𝑩= 𝑨 ̅+𝑩
̅ . Assim a função NOR consiste em dois
contatos NF me série.
Na linguagem Ladder são bastante utilizados circuitos com selo, que nada mais são que
combinações básicas para manter uma saída ativa ao pressionar botoeiras. Os selos são
classificados basicamente em dois tipos:
 Selo com prioridade no ligamento

Figura 15- Selo com prioridade no ligamento. [9]

Nesse tipo de selo com duas chaves pressionadas o circuito sempre estará ligado.
 Selo com prioridade no desligamento
26
Figura 16 - Selo com prioridade no desligamento. [9]

Este tipo de selo é o mais utilizado por questão de segurança, quando as duas chaves
estão pressionadas o circuito sempre estará desligado.
A linguagem Ladder conta também com instruções do tipo “SET” (mantém uma saída
ligada mesmo que a alimentação na entrada seja cortada) e “RESET” (Instrução utilizada para
que a saída que está mantida ligada pela instrução “SET” seja desligada).

Figura 17- Instrução "SET" e "RESET". [9]

iii. Blocos de Função (Function Block Diagram – FBD)


Essa lógica de programação serve basicamente para descrever a função entre duas
variáveis de entrada e uma variável de saída. As variáveis de entrada e saída são ligadas aos
blocos por meio de linhas (ou links). Desta maneira, uma linha serve para conectar 2 pontos
lógicos.

Figura 18- Exemplo de diagrama de blocos da função FBD. [11]

A vantagem deste método é que mesmo após a criação dos blocos para um sistema, ele
pode ser utilizado continuamente, sendo necessário apenas a mudança das entradas e saídas.

b) Linguagens textuais
27
i. Lista de Instruções (Instruction List – IL)
A IL é uma linguagem de baixo nível, similar à assembler. Nessa linguagem é permitida
apenas uma operação por linha, como o armazenamento de um valor em uma determinada
variável, por exemplo. Cada instrução é composta por operador, modificador e operando
(Figura 19). Sua utilização é viável em aplicações menores, ou para otimização de partes de
uma aplicação mais complexa.

Figura 19- Estrutura da linguagem IL [8]

ii. Texto Estruturado (Structured Text – ST)

A linguagem ST é uma linguagem textual estruturada de alto nível com recursos


semelhantes às linguagens "C" e Pascal. Com ela é possível escrever programas com todos os
elementos essenciais de uma linguagem de programação moderna, tais como os comandos IF,
THEN, ELSE, laços FOR e WHILE, criar variáveis locais e arrays, desenvolver e chamar
funções, etc.

Figura 20- Exemplo simplificado de função feita em ST. [8]

No exemplo acima (Figura 20), temos uma simplificação de uma função em ST, no qual
C é uma variável de saída, A e B são variáveis de entrada e AND NOT é um bloco de função
lógica.

28
1.2 IHM - INTERFACE HOMEM MÁQUINA

O IHM nada mais é do que um canal de comunicação entre homem e o computador,


através do qual interagem com o objetivo de atingir um propósito em comum.
Em um ambiente controlado por um CLP, o IHM se faz necessário para interfacear o
controle com o comando e assim proporcionar uma melhor interação entre homem e máquina.
Muitas vezes em uma máquina é necessário que o operador intervenha no processo ou na
sequência de operações, ou visualize alguma informação e seja obrigado a tomar alguma atitude
com base na informação visualizada, interferindo ou modificando o processo. Para este fim
utiliza-se o IHM, que permite uma fácil verificação de problemas e através dessa interface
enviar comandos para resolvê-los.
Os primeiros IHM possuíam botões, sinaleiros e chaves seletoras. Eles permitiam
comandar ou visualizar estados definidos como ligado ou desligado, alto ou baixo, temperatura
elevada ou normal, mas não permitia visualizar os valores.

Figura 21- IHM baseada em painel de controle. [12]

Com o passar do tempo surgiram os IHM com displays e chave digital do tipo
(“thumbwell switchs”), que no caso dos displays nos permitem visualizar os valores das
variáveis de processo e também mudar parâmetros pré-definidos, como por exemplo,
temporizações através das chaves digitais.

29
Figura 22 - Thumbwell switchs. [13]

A próxima evolução foi a utilização de interfaces gráficas no lugar das alfanuméricas.


As interfaces gráficas em casos mais simples, substituem os sistemas supervisórios, ou quando
usadas em sistemas de controle, integradas a sistemas supervisórios, estas além das funções das
IHMs alfanuméricas, executam também funções de visualização que aliviam o sistema
supervisório para que o desempenho das funções de supervisão, alarme, tendências, controle
estatístico de processo entre outras.

Figura 23- Interface gráfica IHM da SIEMENS. [14]

Atualmente muitas IHMs podem apresentar em suas telas o processo de funcionamento


em forma de animação, gerando gráficos com dados relevantes do processo que também podem
ser salvos, também é possível acionar alarmes. Esses tipos de operações são atribuídos aos seus
modos de desenvolvimento e de operações.

30
No mercado existe diversos tipos de fabricantes, sendo que a maioria são de estrangeiros
e cada fabricante possui uma ou várias famílias de IHM, cada uma delas tem suas características
e particularidades. Todos os fabricantes possuem similaridades, exceto em alguns casos
especiais.
Alguns dos principais fabricantes:
 Siemens
 DELTA Automation
 Phoenix
 Rockwell Automation
 Altus
Os IHMs trazem vários benefícios à qualidade de interação dos usuários com os
sistemas, alguns desses benefícios são:
 Facilidade de aprendizado do sistema – O tempo de esforço do usuário para atingir o
desempenho desejado é bem menor.
 Facilidade do uso – O esforço físico e cognitivo do usuário é reduzido.
 Flexibilidade – Os usuários podem utilizar o sistema de maneira inteligente e criativa,
ampliando o número de tarefas com as mesmas funções e comandos do sistema ou realizar
tarefas que não estavam previstas pelos desenvolvedores.
 Produtividade – O sistema permite com que ocorra uma maior produtividade por parte do
usuário, produtividade que não seria alcançada sem o sistema.

1.3 MOTOR DIESEL

1.3.1 Definição

O motor a diesel foi criado por Rudolf Diesel em Augsburg, Alemanha, no período de
1893 a 1898, por esse motivo recebeu esse nome. São máquinas térmicas alternativas, formada
por um conjunto de peças sincronizadas entre si, sofrem combustão interna que se dá pelo
aumento da temperatura provocada pela compressão do ar e essa combustão se destina a força
motriz de acionamento.
Os primeiros motores tipo diesel eram de injeção indireta e eram alimentados por
petróleo filtrado, óleos vegetais e até mesmo por óleos de peixe. Após a morte de Rudolf Diesel

31
a indústria do petróleo criou um tipo de óleo e o batizaram de “Óleo Diesel”, mais barato que
os demais combustíveis, por este motivo passou a ser amplamente utilizado.
O motor diesel é encarregado de executar trabalhos pesados. Muito utilizado em
veículos de grande porte como ônibus, tratores, trens etc. As aplicações do motor diesel não
mudaram muito no decorrer do tempo, mas a eficiência de um motor diesel atual é de 45%,
maior que a eficiência de um motor a gasolina que apresenta 30%, ficou mais rápido, seu
tamanho mais compacto e não exalam um cheiro tão forte como os de antigamente, porém ainda
não são utilizados em veículos de passeio no Brasil.

1.3.2 Classificação

Os motores a diesel são classificados de acordo com as seguintes características:


a. De acordo com o ciclo de trabalho:
- Motores de quatro tempos;
- Motores de dois tempos.
b. De acordo com o controle de combustão:
- Motores de injeção direta;
- Motores com câmara de pré-combustão;
- Motores com câmara de turbulência;
- Motores com câmara auxiliar de reserva de ar, também chamada célula de energia ou câmara
de acumulação.
c. De acordo com a disposição dos cilindros:
- Motores em linha – têm os cilindros colocados um atrás do outro.
- Motores em "V" - os cilindros estão dispostos em um bloco formando um ângulo que varia
segundo o tipo de motor; com esta disposição e construído um bloco curto;
- Motores de cilindros opostos - os cilindros estão dispostos no bloco, formando um ângulo de
180°;
- Motores de cilindros radiais - os cilindros estão dispostos estrela.
d. De acordo com o número de cilindros:
- Monocilíndrico - o motor consta de um cilindro;
- Policíndrico - o motor tem dois ou mais cilindros;
e. De acordo com o arrefecimento:

32
Motor arrefecido a água - O líquido de arrefecimento é composto por água e aditivo.
Sua função é criar uma película para proteger em todas as paredes por onde água circula e
manter o grau de estabilidade do liquido.
- Motor arrefecido a ar.
f. De acordo com o sistema de alimentação de ar:
- De alimentação natural;
- De alimentação forçada (sobre alimentadores).
g. De acordo com o curso do êmbolo:
- Motor comprido - o diâmetro do cilindro é menor que o curso do êmbolo;
- Motor quadrado - o diâmetro do cilindro e o curso do êmbolo são iguais;
- Motor superquadrado - o diâmetro do cilindro é maior que o curso do êmbolo. [27]
Existe também a classificação de acordo com a aplicação do motor, que pode ser de
quatro tipos:
 Estacionários – É utilizado no acionamento de máquinas estacionárias como, máquinas de
solda, geradores, bombas e outras máquinas que atuam com uma rotação constante.
 Industriais – São destinados ao acionamento de máquinas da construção civil, como por
exemplo, tratores, guindastes, compressores de ar, máquinas de mineração, acionamento
de sistemas hidrostáticos e outras aplicações onde se exijam características especiais
especificas do acionador.
 Veiculares – Utilizado no acionamento de veículos como, caminhões, ônibus e outros de
transporte em geral.
 Marítimos – Motores deste tipo são destinados a propulsão de barcos e outras maquinas de
uso naval.

1.3.3 Princípios de Funcionamento

O ciclo diesel representa em teoria o funcionamento do motor. A realidade não difere


muito deste modelo teórico, mas devido a variados fatores o ciclo térmico não passa mesmo
disso.

33
Figura 24- Ciclo termodinâmico do motor a diesel. Gráfico P x V. [15]

Observando o ciclo termodinâmico (Figura 24) podemos destacar os estágios do ciclo


da seguinte maneira:
1 – 2: Compressão isentrópica 𝑊1,2
2 – 3: Fornecimento de calor a pressão constante (isobárico) 𝑞2,3
3 – 4: Expansão isentrópica 𝑊3,4
4 – 1: Cedência de calor a volume constante 𝑞4,1
Trabalho de ciclo:
𝑊𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 𝑊1,2 + 𝑊3,4

Rendimento do ciclo:
𝑊𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜
η=
𝑞1,2

Existem três tipos de rendimento que envolvem o motor a diesel estes são:
a. Rendimento Mecânico
É a relação entre a potência produzida no eixo e a potência produzida no interior do
cilindro, provocada pela combustão. Este rendimento é função da força de atrito que ocorre
entre os seus diversos órgãos e das forças necessárias para acionar os órgãos auxiliares. A perda
de potência devido ao atrito, torna-se cada vez maior, a medida que a rotação fica mais elevada.
b. Rendimento Térmico
É a relação entre o calor que efetivamente se transforma em trabalho útil e o calor
equivalente ao trabalho que poderia ser obtido pela queima do combustível. O aumento do
rendimento térmico do motor, pode ser conseguido das seguintes maneiras: aumentando a taxa
34
de compressão, otimizando a combustão e diminuindo a diferença de temperatura entre a saída
e entrada d’água de refrigeração do motor.
c. Rendimento Volumétrico
É a relação entre o peso de ar efetivamente introduzido no cilindro e o peso teórico
máximo, nas condições atmosféricas (150ºC e 760 atm). A grande maioria das modificações
para aumentar a performance está centrada no aumento de ar e combustível para dentro do
motor. O rendimento volumétrico em relação aos outros rendimentos é o que oferece um maior
campo de atuação.
O funcionamento mecânico do motor é dado da seguinte forma:
Os motores de ciclo diesel aspiram o ar, este ar é comprimido no interior dos cilindros,
que sob pressão alta recebem o combustível que entra em combustão por auto-ignição em
contato com a temperatura elevada devido à alta pressão. O combustível é injetado no final da
compressão do ar e na maioria dos motores de ciclo diesel é o óleo diesel comercial, mas
também podem ser usados outros combustíveis como, óleos minerais mais pesados, nafta e
óleos vegetais que podem ser utilizados em motores construídos para funcionar especificamente
com este tipo de combustível.
Os motores são divididos em motores de quatro tempos e de dois tempos, vamos
verificar como se dá o funcionamento de ambos respectivamente:
1. Motor de quatro tempos
Estes têm combustão nos intervalos dos giros, promovendo com isso um ganho
significativo de potência. Como o próprio nome sugere, este tipo de motor é constituído por 4
etapas de funcionamento, e estas são:
i. Admissão
Nessa etapa, com a válvula de admissão aberta e o êmbolo na parte superior inicia seu
movimento para baixo, isso provoca uma depressão que auxilia a entrada do ar dentro do
cilindro até enchê-lo. Assim que o êmbolo alcança a parte inferior a válvula de admissão se
fecha. Isso faz com que a manivela dê meia volta (180º) com um curso do êmbolo.
ii. Compressão
Com a válvula de admissão fechada, o êmbolo volta a se movimentar em direção a parte
superior, neste momento o ar é comprimido no interior do cilindro, aumentando a pressão e a
temperatura até o ar ser comprimido por completo na câmara de combustão. Momentos antes
do pistão completar o curso, ocorre a auto-ignição e com isso a manivela completa uma volta
(360º).
35
iii. Combustão
Durante o percurso de compressão o ar ficou comprimido na câmara de combustão,
alcançou a temperatura e pressão ideais por cauda da compressão, com o êmbolo próximo a
parte superior é injetado combustível através do bico injetor. Neste momento ocorre uma
combustão que libera gases que em sua expansão, irão atuar sobre o êmbolo empurrando-o para
baixo novamente, fazendo com que a manivela atinja uma volta e meia (540º) em três cursos
do êmbolo.
iv. Escape
Nessa etapa o embolo faz o percurso para atingir a parte superior e a válvula de escape
abre, fazendo com que os gases empurrados pelo êmbolo saiam. Atingindo a parte superior a
válvula de escape é fechada. A manivela atinge duas voltas (720º) com quatro cursos do êmbolo,
completando um ciclo de trabalho.

Figura 25- Etapas de funcionamento de um motor de quatro tempos. [16]

A vantagem do motor de quatro tempos em relação ao de dois tempos, são as bombas


especiais de exaustão e de carga, pois estas possuem maior poder calorífero e um consumo
menor de combustível. E também possuem cargas caloríferas menores que num motor de dois
tempos com o mesmo dimensionamento.
Motores de quatro tempos são bastante utilizados em veículos para transporte terrestre,
embarcações de médio e pequeno porte e instalações industriais.

2. Motores de dois tempos


Os motores de dois tempos têm uma explosão a cada giro do virabrequim, funcionam
em qualquer posição, são leves e muito úteis, mas eficientes em determinadas condições e
também são mais baratos. O primeiro tempo consiste na Expansão/Admissão e o segundo tempo
em Escape/Compressão.

36
No início do processo o êmbolo encontra-se na parte inferior e os orifícios de admissão
encontram-se descobertos e a válvula de escape aberta. Através do sobrealimentador, o ar é
introduzido através dos orifícios de admissão, deslocando por meio da válvula de escape os
gases queimados dentro do cilindro. O êmbolo começa a se locomover em direção a parte
superior, a mais ou menos um quarto do curso os orifícios de admissão são obstruídos pelo
êmbolo.
Neste momento o cilindro está cheio de ar fresco e o êmbolo continua seu movimento
em direção a parte superior comprimindo cada vez mais o ar. Com isso, foi realizado meia volta
da manivela em um curso do êmbolo.
Com o ar comprimido e com pressão e temperatura ideais, o combustível é injetado,
produzindo a combustão e com isso os gases se expandem empurrando o êmbolo para a parte
inferior, chegando em três quartos do movimento, a válvula de escape é aberta e os gases
queimados começam a sair.
Continuando o curso, o êmbolo desobstrui os orifícios de admissão fazendo com que o
ar entre e expulse o restante dos gases queimados. Neste momento o êmbolo realizou duas
voltas em sua arvore de manivelas e encontra-se na posição para repetir o ciclo.

Figura 26- Fases do motor de dois tempos Expansão/Admissão e Compressão/Escape. [16]

O motor de dois tempos possui como vantagem em relação ao motor de quatro tempos,
uma maior potência e um torque mais uniforme com o mesmo dimensionamento e rpm.
Este tipo de motor é bastante utilizado em Navios de grande porte e instalações
estacionárias de grande porte.

1.4 GERADOR ELÉTRICO

1.4.1 Definição

37
Gerador é um mecanismo que transforma energia mecânica ou outras formas de energia
em energia elétrica. A transformação de energia nos geradores tem seu fundamento no princípio
físico da Lei de Lenz. Esta lei diz que “quando existe indução magnética, a direção da força
eletromotriz induzida é tal, que o campo magnético dela resultante tende a parar o movimento
que produz a força eletromotriz”. De forma mais abrangente, gerador é um motor e alternador
montados em uma base comum juntamente com baterias, tanque de combustível e painel de
controle.
Os geradores ou também conhecidos como alternadores (gerador de corrente alternada)
ou dínamo (geradores de corrente contínua), dependendo da forma de energia gerada se
encaixam na categoria de maquinas síncronas, que são máquinas em que a rotação é diretamente
relacionada ao número de pólos magnéticos e a frequência da tensão elétrica. Os pólos do
gerador, nada mais são que imãs artificiais formados por bobinas, eles recebem corrente
contínua de uma fonte externa e controlada por um regulador de tensão. Esta corrente contínua
é denominada corrente de excitação ou excitatriz, ela flui através do rotor, criando um campo
magnético que induz a movimentação nas bobinas do estator resultando em uma corrente
alternada.
O primeiro gerador elementar foi construído por Michael Faraday em 1831, consistia
basicamente de uma expira que girava entre os polos de um imã. O campo magnético deste
gerador era dado por imãs naturais, logo, não poderiam controlar a tensão e a corrente o que
não ocorreria no caso dos imãs artificiais.

Figura 27- Exemplo de um gerador elementar, que é ligado ao circuito externo por meio dos anéis coletores. [15]

Os geradores são constituídos por quatro partes principais, sendo duas partes
mecânicas e duas elétricas, estas são:

38
a. Mecânicas
i. Estator
O estator é a parte do gerador que fica rigidamente fixa à carcaça e tem por função
conduzir o fluxo magnético para transformar a energia cinética do induzido.
ii. Rotor
Como o próprio nome sugere, rotor é a parte girante do gerador. Ele gira em torno de
um eixo apoiado sobre mancais fixos na carcaça. É montado com uma armadura sólida para
evitar problemas de onda magnética localizada, as barras de alumínio, ferro, ou cobre no
formato de anéis em série, permite uma resistência elevada evitando perdas de energia em forma
de calor.
b. Elétricas
i. Indutor
É responsável pela produção do campo magnético onde estão localizados os pólos do
alternador.
ii. Induzido
É a parte onde aparece a tensão ou corrente induzida.
A configuração do indutor e do induzido originam dois tipos diferentes de máquinas.
Quando o indutor está localizado no estator, temos as máquinas chamadas de pólos fixos. Já
quando o indutor se encontra no rotor temos as máquinas de pólos girantes.
Os alternadores podem ser distinguidos pelo número de fases e são do tipo monofásicos
ou trifásicos. Nos alternadores monofásicos a tensão de saída é obtida em dois pontos em seus
terminais devido a bobina de enrolamento induzido. Já nos trifásicos existem bobinas
independentes montadas e defasadas de 120º entre si, suas ligações são feitas de tal maneira
que podemos ter de três a quatro pontos de ligação para os consumidores.
Existem diversos tipos de aplicação para os alternadores, dentre as quais pode-se
destacar:
 Alternadores industriais – Também conhecidos como máquinas de linha, tem por finalidade
atender a maioria dos consumidores normais.
 Alternadores navais – Construídos para o uso naval, são máquinas que possuem todos os
componentes projetados para resistir a corrosão marinha.
 Alternadores Marinizados – Destinados a serviços em áreas agressivas, recebendo
tratamento especial em alguns componentes.

39
 Alternadores para Telecomunicações – São máquinas com características para não causar
interferência nas telecomunicações. Estes tipos de alternadores alimentam retificadores de
alta capacidade que produzem deformações na forma de onda de tensão gerada.
 Alternadores a prova de explosão – São destinados a serviços em áreas onde existe risco
de materiais inflamáveis, é totalmente blindado para impedir que qualquer centelhamento
entre em contato com a atmosfera ambiente, por este motivo possui um sistema de
refrigeração especial através do qual o ar existente no interior da máquina não entra em
contato com o exterior.

1.5 CONTROLADORES PARA GERADOR A DIESEL

1.5.1 Descrição

Os controladores são equipamentos inteligentes responsáveis por monitorar e executar


as tarefas necessárias para proteger o gerador. Reduz significativamente os custos com a
operação e configuração dos geradores, protege contra interferências climáticas e informa ao
usuário em tempo real sobre os problemas e fornecem valores precisos sobre as fortes variações
de carga.
Inicialmente os controles para geradores tinham de ser simples de operar e oferecer a
maior facilidade em sua manutenção. As maiores parcelas de vendas de controladores eram
feitas sob encomendas e tinham especificações, por este motivo existiam poucas inovações
tecnológicas por parte dos fabricantes já que tais especificações não permitiam o uso de
componentes desconhecidos. Na década de 70, começaram a surgir os primeiros controles
eletrônicos montados no Brasil e com a proteção as indústrias nacionais nenhum componente
importado era acrescentado aos produtos da época. As primeiras unidades lançadas
apresentavam péssimo desempenho e falhas constantes, caindo no descrédito do consumidor.
As empresas de telecomunicações que detinham o maior uso de grupo de geradores, rejeitavam
os controladores e estes passaram a ser aceitos por outros consumidores por serem mais barato.
Com a diversidade de produtos eletrônicos existentes no mercado, as empresas de
telecomunicações sentiram a necessidade de padronizar os grupos de geradores utilizados e
passaram a elaborar normas técnicas para seus fornecedores, com isso, surgiram as seguintes
nomenclaturas bastante difundidas:
USCA – Unidade de Supervisão de Corrente Alternada
40
QTM – Quadro de Transferência Manual
QTA – Quadro de Transferência Automática
QGD – Quadro Geral de Distribuição
QDCA – Quadro de Distribuição de Corrente Alternada
A atuação dos controladores se dá através de um sistema de monitoramento denominado
AMF (Automatic Mains Feilure). Este sistema é responsável pelo acionamento automático do
gerador em condição de emergência pela falta de energia e realiza a transferência de carga por
comandos da chave de comutação. Caso exista alguma situação de falha, o AMF é responsável
pelo desligamento automático do gerador e aciona o alarme que correspondente ao tipo de falha
que ocorreu no equipamento.
Além da aplicação do sistema tipo AMF proporcionada pelos controladores, eles
também promovem o paralelismo e sincronismo entre geradores em modo ilha ou com
paralelismo junto a rede concessionária de energia. O paralelismo entre gerados é feito para
atender a uma demanda de energia na qual apenas um único gerador não é capaz de suprir.

Figura 28- Exemplo de ligação com geradores em paralelo. [17]

1.5.2 Tipos existentes

Junto com a evolução dos geradores, os controladores também acompanharam tal


evolução, atualmente existem diversos tipos de controladores. Dentre os quais foram destacados
os seguintes fabricantes com alguns dos controladores mais modernos comercializados
atualmente:
 K30 da KVA- Controlador automático para grupo de gerador

41
Figura 29- Controlador K30. [18]

Este controlador foi desenvolvido para controle e proteção de um gerador em operação


simples, atendendo a todos os requisitos das indústrias. Em modo automático, o K30 monitora
continuamente a tensão da rede elétrica, estando pronto para partir o grupo gerador e alimentar
a carga sempre que houver alguma falha na rede.
Se eventualmente ocorrer alguma falha com o motor ou gerador durante o
funcionamento, um eficiente sistema de proteção entra em ação e para o motor, memoriza a
falha e aciona um alarme sonoro para alertar o operador.
Características:
- Alimentação: 08 a 32 Vcc;
- Opera em 220V, 380V ou 440V (supervisão trifásica), sem necessidade de TP;
- Funcionamento em modo automático, manual e com inibição programada opcional;
- Partida periódica programada sem alimentar carga;
- Partida programada em horário de ponta;
- Bloqueio programável para evitar o funcionamento em dias e horários não desejados;
- Histórico de falhas - Registro com as 30 últimas falhas que provocaram a parada do grupo
gerador;
- Histórico de eventos - Registro com os 99 últimos eventos ocorridos;
- Três níveis de acesso definidos pelo usuário e protegidos por senha (Opcional);
- Exibição das tensões entre fase e neutro, e entre fase-fase da rede e do gerador;
- Atualização do software em campo;
- Medição digital de temperatura;
- Saída RS-232 e RS-485 para telecomando remoto;
- Controle do sistema de pré-aquecimento. [18]
42
 Sistema de controle DATAKOM do fabricante MTY Company

Figura 30- Sistema de controle DATACOM. [19]

Este controlador recebe de fábrica configurações cuidadosamente selecionadas para


atender a maioria das aplicações. Como resultado, não há necessidade de programação. Isso
proporciona comodidade aos usuários. Parâmetros programáveis permite um controle completo
sobre conjuntos de geradores diesel. Armazenadas em uma memória não volátil, parâmetros
programáveis, são mantidas, mesmo em caso de perda total da energia.
Recursos oferecidos:
- Serviço alarmante e dispositivos de alerta são equipados;
- 3 fase de entradas de tensão da corrente; 3 fases de entradas de tensão do grupo gerador; 3
fases de insumos do conjunto do gerador CT;
- Sistema de controle do conjunto de gerador diesel DATAKOM é capaz de medir a pressão
de óleo do motor, temperatura do líquido de arrefecimento do motor, potência ativa do conjunto
do gerador, nível de combustível e fator de potência do conjunto de gerador, e muito mais;
- O sistema de controle do conjunto de gerador é projetado com um indicador de manutenção
periódica a pedido;
- Operação de comissionamento diário / semanal / mensal;
- Contadores de Estatística, bateria apoiada relógio em tempo real são ambos equipados;
- O sistema de controle do conjunto de gerador diesel DATAKOM permite planejar programas
de operação semanal e ajustar alguns dos parâmetros operacionais;
- Porta paralela RS-232;
- Interruptor livre MS Windows de controlo remoto está disponível:
Local, LAN, IP e ligação moderna

43
Acompanhamento, download de parâmetros
- Displays LED;
- Entrada analógicas configuráveis 2;
- Entradas digitais configuráveis: 7;
- Saídas a relé configuráveis: 2;
- Saídas de relé total: 6;
- Capacidade de expansão I/O;
- Função de operação de início remota está disponível em nosso sistema de controle do
conjunto de gerador;
- Painel frontal selado;
- Ligue o sistema de conexão para fácil substituição;
- Estrutura compacta: 180x125x48mm;
- Baixo custo; [19]

 Controlador AGC 100 da DEIF

Figura 31- Controlador AGC 100. [20]

A série AGC 100 - econômica e inteligente - oferece recursos e funcionalidades para o


gerenciamento de potência via rede de comunicação CANbus para lidar com a rede elétrica
não sincronizada e aplicações em Sistema de Gerenciamento de Potência nas quais vários
gensets (grupos geradores) fornecem carga.
Recursos oferecidos:
- Aplicações com inicialização automática ou com Módulo de Controle tipo AMF [Automatic
Mains Failure];
- Monitoramento de motores eletrônicos ou não eletrônicos (J1939);

44
- Controle e proteção de Genset/barramento 6 entradas digitais, 3 multientradas (lógicas) e 8
Saídas de relé;
- Comunicação via protocolo Modbus RS485;
- Configurável com o Software utilitário DEIF;
- Display gráfico (vários idiomas);
- Lógica programável (M-Logic);
- Painel adicional do operador AOP-2;
- E/S externa (opcional);
- Configuração dos parâmetros de exibição (vários idiomas);
- Gerenciamento de potência não sincronizada;
- Emulação para treinamento rápido e teste de E/S. [20]

45
2 PROJETO PROPOSTO

Este capítulo apresenta a proposta de projeto, bem como as características dos principais
componentes introduzidos para o acionamento e controle do motor gerador diesel de
emergência em questão. Esta proposta leva em consideração o princípio de operação atualmente
utilizado e melhorias adicionais que foram consideradas necessárias para o perfeito
funcionamento do conjunto.
A proposta está fundamentada na substituição dos componentes do circuito de
acionamento onde há grande número de ocorrência de falhas/defeitos, como é o caso do
carregador de baterias e relés do circuito de acionamento. A instrumentação do painel elétrico
(amperímetro, voltímetro, frequencímetro) também será substituída por não funcionar
satisfatoriamente, apresentando imprecisões na leitura.
Os componentes do circuito de acionamento serão substituídos por um controlador
lógico programável (CLP), a instrumentação elétrica será substituída por um único instrumento
de medida de grandezas elétricas (MGE) e o carregador de baterias será modernizado.

2.1 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS EQUIPAMENTOS

Apresentamos a seguir, as principais características dos equipamentos que constituem o


grupo gerador diesel de emergência.

2.1.1 Motor diesel

 Fabricante: Cummins;
 Modelo: NT-855-G1;
 Número de tempos: 4;
 Número de cilindros: 6;
 Rotação nominal: 1800 rpm;
 Potência nominal contínua na rotação nominal: 210 KW (a 40ºC, 729 mmHg, UR 85%);
 Potência máxima na rotação nominal: 234 KW (a 40ºC, 729 mmHg, UR 85%)
 Consumo de combustível na rotação nominal: 169,7 g/h (potência 100%), 180,8 g/h
(potência 75%);
 Volume de óleo lubrificante: 26 l;
46
 Consumo de óleo lubrificante na rotação nominal: 0,08 g/h;
 Tempo para desenvolver potência plena: 15 s.

2.1.2 Gerador elétrico:

 Fabricante: WEG;
 Tipo: DKBH 4285/2;
 Potência nominal: 250 KVA;
 Número de fases: 3
 Tensão nominal: 480 VCA;
 Fator de potência: 0,8
 Frequência nominal: 60 Hz;
 Rotação: 1800 rpm;
 Rendimento: 0,91 (250 KVA, FP 0,8 indutivo)
 Classe de isolação do rotor e estator: F (155ºC);
 Grau de proteção: IP21S
 Número de polos: 4;
 Número de ranhuras: 48;
 Enrolamento: concêntrico paralelo;
 Passo: 1:10:12.

2.1.3 Disjuntor de interligação à rede:

 Fabricante: Soprano;
 Modelo: JL-350;
 Capacidade: 350 A;
 Capacidade de ruptura: 30 KA;
 Bobina de mínima tensão: 120 VCA;
 Contatos auxiliares: 1 NA + 1 NF.

2.1.4 Regulador de tensão:

47
 Fabricante: WEG;
 Modelo: TR5-W;
 Tipo: estático;
 Corrente de saída em carga máxima: 3,5 A;
 Corrente de saída em curto-circuito máxima: 10,0 A;
 Tensão fornecida pela excitatriz piloto em curto-circuito ou sobrecarga: 100 V;
 Precisão da tensão gerada: ±0,5%;
 Variação da tensão entre 20 e 60ºC: ±1%;
 Possibilidade de ajuste de tensão: ±15% e ±5%;

2.1.5 Relé de sobre velocidade:

 Modelo: CAB II;


 Tensão de entrada: 220 V - 60 Hz;
 Tensão de saída: 24 VCC
 Tensão de flutuação: 26 VCC;
 Tensão de carga profunda: 28 VCC;
 Corrente de saída flutuação: 2 - 10 A;
 Corrente de saída carga profunda: 0 até o valor nominal do carregado.

2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS COMPONENTES A SEREM


UTILIZADOS

Apresentamos a seguir, as principais características dos componentes introduzidos no


projeto de acionamento do grupo gerador diesel de emergência.

2.2.1 Controlador lógico programável (CLP)

A Figura 32 ilustra o módulo básico do CLP utilizado, com as seguintes


características:
 Fabricante: DELTA AUTOMATION;
 Tipo: compacto;
 Modelo: DVP28SV11R;
48
 Nº de entradas digitais: 16;
 Nº de saídas digitais: 12;
 Linguagem de programação: ladder;
 Tensão de alimentação: 24 Vcc;
Outras características estão relacionadas nas tabelas 3,4 e 5, no capítulo 3 deste
trabalho.

2.2.2 Interface homem máquina (IHM)

A Figura 33 do item 3.2, ilustra a IHM utilizado, com as seguintes características:


 Fabricante: DELTA AUTOMATION;
 Modelo: DOP-B10S615;
 Resolução do display: 320x240 pixels;
 Tamanho da tela: 117,2 x 88,4 mm (5,7");
 Memória de aplicação: 4 MB;
 Memória RAM: 512 KB;
 Memória para receitas: 512 MB;
 Número de cores do display: 64.000;
 CPU: 32 bits Risc;
 Software editor: ADP 6.0;
 Alimentação: 24 VCC, ±15%, <20W;
 Comunicação: COM1 9 pinos fêmeas (RS232/RS485); COM2 25 pinos fêmea
(RS232/RS422/RS485).
Outras características estão relacionadas na tabela 8, no capítulo 3 deste trabalho.

2.2.3 Medidor de grandezas elétricas

O medidor de grandezas elétrica [21] é um indicador microprocessado que permite a


leitura de grandezas elétricas, substituindo os mostradores analógicos e digitais individuais de
tensão, corrente, potência entre outros. Monitora e disponibiliza em rede de comunicação os
valores medidos e calculados. Permite gravação de eventos e grandezas elétricas medidas e
calculadas mediante programação das mesmas. Algumas das características dos medidores
atuais estão listadas abaixo:
49
 Medição nos quatro quadrantes (permite medição de energia direta e reversa);
 Relógio interno com data e hora para registro de eventos;
 Leitura de sequência de fases e identificação de polaridade dos TC's no display do
multimedidor;
 Disponibilidade para ligação em rede Modbus - RTU, RS485;
 Senha para bloqueio de programação;
 Alarmes configuráveis - acionam a saída a relé ou podem ser identificados individualmente
via software de comunicação;
 Ligações a sistemas monofásicos, bifásicos e trifásicos;

50
3 ELABORAÇÃO DO PROJETO

Neste capítulo, serão mostrados todos os passos para a elaboração do projeto proposto,
desde o levantamento das necessidades de pontos de I/O do CLP até a criação dos programas
do usuário, tanto no CLP quanto na IHM.
Antes do levantamento das necessidades dos pontos de entradas e saídas, foi necessário
fazer um levantamento dos requisitos do projeto, ou seja, uma especificação de como será a
operação do conjunto motor gerador, as proteções elétricas e mecânicas.

3.1 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

3.1.1 Especificação técnica para a operação do conjunto motor - gerador diesel

a) O motor terá partida manual através do painel de comando e da IHM;


b) A conexão do gerador à rede será de forma manual através do acionamento do disjuntor
principal (DJ) existente;
c) Um controlador lógico programável será utilizado para o comando e controle do grupo
motor – gerador e no desligamento automático do disjuntor;
d) Uma interface homem máquina será utilizada para visualização de um sinótico do grupo
motor - gerador, alarmes, eventos, histórico de eventos, supervisão dos circuitos de
aquecimento do motor e do gerador, tela de supervisão do controle de troca de
componentes, etc.;
e) O comando elétrico do motor fará tentativas de partidas. Ao término da última tentativa,
será bloqueado o comando com sinalização de “Número de partidas excedidas”;
f) Haverá um bloqueio da partida do motor, caso o disjuntor principal (DJ) esteja na
posição fechada;
g) O controlador supervisionará o tempo de operação do motor para controle da troca de
peças, tais como: óleo lubrificante, filtros, etc.;
h) O motor será provido de proteção contra sobre velocidade do motor, ajustada em 2000
rpm;
i) O motor será provido de proteção contra sub velocidade do motor, ajustada em 750 rpm;
j) O motor será provido de proteção de baixa pressão de óleo lubrificante do motor;
k) O motor será provido de proteção de alta temperatura da água de resfriamento do motor;

51
l) O motor será provido de uma proteção de nível baixo de óleo combustível no tanque
diário;
m) O controlador deverá ser alimentado por uma fonte segura para que permaneça em
operação no caso de falta de tensão alternada;
n) O controlador supervisionará a operação do circuito de aquecimento do motor;
o) O controlador irá supervisionar a operação do circuito de aquecimento do gerador;
p) Um medidor de grandezas elétricas, MGE, será instalado em substituição aos
instrumentos analógicos atualmente utilizados: voltímetro, amperímetro,
freqüencímetro;
q) Será montado um carregador de baterias com bloqueio de operação no momento da
partida do motor;
r) Os fusíveis F1 à F14 serão substituídos por disjuntores termomagnéticos com
amperagens correspondentes;
s) Os sinalizadores LP-1 a LP-6, LP-E e LP-F serão substituídos por sinalizadores a LED;
t) O controlador deverá dispor de saídas digitais com resumo de alarmes para envio ao
centro de operação.
Outras especificações técnicas:
a) A iluminação interna do painel elétrico será alimentada por uma fonte segura para que
permaneça em funcionamento em caso de falta de tensão alternada;
b) Uma iluminação adicional da sala de operação do diesel será alimentada por uma fonte
segura para que entre em funcionamento em caso de falta de tensão alternada;
c) O controlador supervisionará o funcionamento do circuito de aquecimento do painel
elétrico;

3.1.2 Proteções mecânicas e elétricas

Proteções do motor diesel: as proteções existentes no motor diesel são:


a) Pressão baixa de óleo de lubrificação: a pressão é supervisionada pelo pressostato PTO-
1, cuja faixa de operação está compreendida entre 0,8 e 1,2 Kg/cm2. A pressão baixa do
óleo de lubrificação causa o desligamento do motor diesel. Durante a partida, esta
proteção é inibida, pois neste momento a pressão do óleo é baixa porque o motor está
parado.

52
b) Temperatura alta da água de resfriamento: A temperatura da água é supervisionada pelo
termostato TTO-1, ajustado entre 93ºC e 95ºC. O alcance desta temperatura causa o
desligamento do motor.
c) Sobre velocidade do motor: esta proteção é realizada pelo módulo eletrônico de proteção
e rotação CEPR. Está ajustado para operar em sobre velocidade a 2000 rpm (rotação por
minuto) e em baixa velocidade a 750 rpm. O seu sensor é o pick-up magnético designado
no diagrama funcional como ES.
Proteções do gerador elétrico:
a) Sobrecarga e curto-circuito: o gerador está protegido contra sobrecarga e curto-
circuito através do disjuntor de ligação à rede (DJ).

3.2 LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE PONTOS DE I/O – CLP

Nas tabelas a seguir, estão relacionadas as entradas e saídas necessárias para a execução
da lógica de acionamento do motor gerador diesel. A tabela 2 contém a lista de entradas, o
equipamento correspondente que a aciona e sua função. O número da entrada representa a
identificação no CLP.
Tabela 2- Lista de entradas digitais. [O autor]

Item Número da Equipamento Função


entrada
1 X0 K100 Pressão baixa de óleo de lubrificação
2 X1 K101 Temperatura alta da água de resfriamento
3 X2 K102 Posição do disjuntor principal - fechado
4 X3 K103 Sobrevelocidade do motor (acima de 2000 rpm)
5 X4 K104 Subvelocidade do motor (abaixo de 750 rpm)
6 X5 K6 Retificador fora de operação
7 X6 BTPP Botão de partida do motor
8 X7 BTPA Botão de parada do motor
9 X10 BTEM Botão de parada de emergência
10 X11 K105 Tensão presente
11 X12 BTRE Botão de rearme da proteção
12 X13 K1 Motor acionado

53
13 X14 K106 Nível de combustível
14 X15 K107 Temperatura alta do gerador
15 X16 Reserva
16 X17 Reserva

A tabela 3 contém a lista de saídas, o equipamento correspondente a ser acionado e sua


função. O número da saída representa a identificação no CLP.

Tabela 3 - Lista de saídas digitais. [O autor]

Item Número da saída Equipamento Função


1 Y0 K200 Liga motor de partida
2 Y1 K201 Controle da válvula de combustível
3 Y2 K202 Controle do aquecimento do motor e gerador
4 Y3 K204 Bloqueio do carregador de baterias
5 Y4 K205 Comando de desligamento do disjuntor
6 Y5 K206 Resumo de alarmes
7 Y6 Reserva
8 Y7 Reserva
9 Y10 Reserva
10 Y11 Reserva
11 Y12 Reserva
12 Y13 Reserva

De acordo com o levantamento do número de entradas e saídas, levando em


consideração uma quantidade de entradas e saídas reservas, um controlador com capacidade de
28 I/O é suficiente para esta aplicação.
Vários controladores, de fabricantes e modelos diferentes, podem ser utilizados neste
projeto. O controlador escolhido foi o modelo DVP28SV11R da DELTA AUTOMATION,
cujas características são apresentadas nas tabelas 4,5 e 6 a seguir [22]:

54
Tabela 4 - características gerais do CLP DVP28SV11R.

Tabela 5 - características das entradas do CLP DVP28SV11R.

55
Tabela 6 - características das saídas do CLP DVP28SV11R.

Este Controlador possui como característica ideal para o projeto o fato de ser alimentado
em 24 VDC que será a alimentação base do circuito de acionamento, vindo das baterias e do
carregador, e possuir saída a relé. A tabela 7 abaixo mostra a configuração das entradas e saídas
para os controladores da série DVP28SV, com destaque para o Controlador a ser utilizado.

Tabela 7 - configuração das entradas e saídas do CLP DVP28SV11R. [22]

O aspecto físico do controlador lógico programável escolhido é aquele mostrado na


figura 32.

56
Figura 32- CLP DVP28SV11R - aspecto físico. [23]

Quanto à programação, este CLP é programado através do software WPLSoft, da


DELTA Automation, cuja versão utilizada neste projeto é 2.20.

3.3 INTERFACE HOMEM MÁQUINA

Para a escolha da interface homem máquina, IHM, optou-se pelo modelo DOP-B10S615
do mesmo fabricante do controlador. Com isto, se estabelece uma arquitetura com componentes
de mesmo fabricante. A tabela 8 apresenta as principais características desta IHM e a figura 33
o seu aspecto físico.

57
Tabela 8 - Características técnicas da IHM DOP-B10s615. [24]

Figura 33- IHM DOP-B10S615 - aspecto físico. [25]

58
3.4 DIAGRAMAS ELÉTRICOS

3.4.1 Diagrama elétrico unifilar

Na figura 34, apresentada abaixo é mostrado o diagrama unifilar do conjunto motor


gerador diesel, na condição atual.

Figura 34- Diagrama unifilar.

A figura 35 mostra o diagrama unifilar proposto para o conjunto. Nesta figura, Vê-se a
subsituição dos instrumentos de medidas elétricas (amperímertro, voltímetro e frequêncímetro)
por um único medidor de grandezas elétricas (MGE).

59
Figura 35- Diagrama unifilar proposto. [O autor]

3.4.2 Diagrama elétrico trifilar

Na figura 36, apresentada abaixo é mostrado o diagrama trifilar do conjunto motor


gerador diesel, na condição atual.

60
Figura 36- Diagrama trifilar proposto.

3.4.3 Diagrama elétrico funcional

Nas figuras seguintes, são mostrados os diagramas funcionais de acionamento do grupo


motor gerador diesel:
Figura 37: relés auxiliares para entradas digitais do CLP. Estes relés fazem a interface
dos dispositivos de campo com as entradas digitais do CLP;

61
Figura 37- Diagrama funcional, relés de interface.

Figura 38: entradas digitais do CLP. Estas entradas recebem um sinal vindo dos relés de
interface correspondentes;

Figura 38- Diagrama funcional, entradas digitais.

Figura 39: saídas digitais do CLP. As saídas digitais atuam sobre relés de interface e
estes sobre as cargas correspondentes. Isto evita danos à saída digital do CLP;

62
Figura 39- Diagrama funcional, saídas digitais.

3.5 PROGRAMAÇÃO DO CLP

A programação do CLP seguiu as diretrizes estabelecidas na especificação técnica para


a operação do conjunto motor gerador, item 3.1.1. Para efeito de ordenação da programação, a
lógica programada foi dividida em blocos, a saber:
 Proteções: neste bloco estão as proteções elétricas e mecânicas do conjunto motor gerador
(figura 40);
 Comando de partida: estão as pré-condições para a partida do conjunto, assim como o
acionamento manual de partida (figura 41);
 Controle da válvula de combustível e comando de parada: neste bloco está o comando de
acionamento da eletroválvula de combustível (figura 42);
 Comando de abertura do disjuntor: o disjuntor principal possui uma bobina de mínima
tensão que, quando desenergizada, promove o desligamento do disjuntor. No circuito de
alimentação desta bobina estão as proteções, o comando de parada normal e o comando de
parada de emergência (figura 43);
 Envio de dados para a IHM: neste bloco de programação estão os dados que serão enviados
para a IHM que fornecerão informações a serem consultadas na tela programada nesta
(figura 44).

63
 Controle dos aquecedores e carregador de baterias: nestes blocos estão programados o
desligamento dos circuitos de aquecimento do motor e do gerador após a partida do grupo
e o carregador de baterias para a proteção do mesmo (figura 45).

Figura 40- Proteções - programa parcial do CLP. [O autor]

64
Figura 41- Comando de partida - programa parcial do CLP. [O autor]

Figura 42- Comando de parada - programa parcial do CLP. [O autor]

65
Figura 43- Abertura do disjuntor - programa parcial do CLP. [O autor]

Figura 44 - Envio de dados para a IHM – programa. [O autor]

66
Figura 45- Controle dos aquecedores e carregador de baterias - programa parcial do CLP. [O autor]

3.6 PROGRAMAÇÃO DA IHM

A Interface Homem Máquina, IHM, foi programada através do seu software específico,
o DOPSoft, versão 1.01.10. As telas planejadas para apresentarem os comandos e as
informações do processo durante a operação do gerador diesel são as seguintes:
 Tela Inicial - apresenta um sinótico do grupo motor-gerador, o disjuntor principal, a
conexão da bateria ao seu carregador, botões de partida e parada do grupo, botão de rearme
das proteções, botões de navegação com outras telas, sinalizações de defeitos no sistema.
Esta tela é mostrada na figura 46;
 Tela Eventos - apresenta todos os eventos relacionados com a operação do grupo e eventos
relativos a atuação das proteções elétricas e mecânicas que estiverem ativos no momento
da sua visualização. Depois que o evento é desativado ele desaparece desta tela. Esta tela
é mostrada na figura 47;
 Telas Histórico - apresenta todos os eventos relacionados com a operação do grupo e
eventos relativos a atuação das proteções elétricas e mecânicas que ocorreram e foram
desativados da tela Eventos. Esta tela é mostrada na figura 48;
 Tela Manutenção - aparesenta as horas de operação do grupo motor-gerador para
possibilitar a execução da manutenção, conforme previsto no manual de manutenção. Esta
tela é mostrada na figura 49.

67
Figura 46- Tela principal da IHM. [O autor]

Figura 47- Telas de eventos do IHM. [O autor]

68
Figura 48- Tela histórico de eventos da IHM. [O autor]

Figura 49- Tela manutenção da IHM. [O autor]

3.7 TESTES FUNCIONAIS

Após a elaboração do programa de comando no CLP, o mesmo foi testado através do


simulador do próprio software de programação. O objetivo desta simulação é verificar a
funcionalidade do comando e detectar, assim, alguma inconsistência e corrigi-lo antes de
transferir para o CLP. Esta simulação foi verificada por diversas vezes para constatar a
69
existência de erros. O software de programação possui, também, um copilador e este verifica a
existência de erros na sintaxe. As figuras 50, 51 e 52 mostram as telas do software de
programação do CLP no modo de simulação.

Figura 50- Tela de simulação do software do CLP. [O autor]

Figura 51- Tela de simulação do software do CLP. [O autor]

70
Figura 52- Tela de simulação do software do CLP. [O autor]

Semelhantemente, o programa da IHM foi testado no simulador do software com o


propósito de verificar a sua funcionalidade. A figura 53 apresenta a tela principal da IHM no
módulo de simulação.

Figura 53- Tela de simulação do software da IHM. [O autor]

71
CONSIDERAÇÕES FINAIS E PROPOSTA PARA TRABALHOS
FUTUROS

Neste trabalho foi desenvolvido um projeto para modernização do comando de um


grupo motor gerador diesel de emergência composto por CLP e IHM, como uma alternativa à
utilização de controladores de mercado.
Para elaboração do trabalho inicialmente foi abordado os conceitos dos principais
componentes do projeto que são o CLP e a IHM, descrevendo suas características, programação
e aplicação geral. Como resultado desse estudo pode-se ressaltar a importância da aplicação das
técnicas de automação por meio de CLPs, da lógica de programação destes e a aplicação de
supervisórios por meio de interfaces homem máquina. Isto resulta na melhoria e na segurança
das operações, na confiabilidade, na disponibilidade dos equipamentos envolvidos.
Como proposta de trabalho futuro caberia implementar este controlador com um nível
de dificuldade pouco mais elevado utilizando um arduíno ao invés de um CLP, o que seria uma
alternativa mais barata.

72
Referências

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[2] Embarcados, Controlador Lógico Programável - CLP - Parte 2. Disponível em:
<http://www.embarcados.com.br/controlador-logico-programavel-clp-parte-2/>. Acesso em: 4
de Outubro de 2015.
[3] Embarcados, Controlador Lógico Programável - CLP - Parte 3. Disponível em: <
http://www.embarcados.com.br/clp-parte-3/>. Acesso em: 10 de Outubro de 2015.
[4] WEG indústrias LTDA centro de treinamento de clientes; Automação de processos industriai
– Módulo 3; Código: tr_CTC-240_P1WEG. Data 10/2015.
[5] CLP compacto. Foto extraída da internet, acesso em 12/2015.
[6] CLP modular. Foto extraída da internet, acesso em 12/2015.
[7] Decomposição do problema de controle de cima para baixo e decomposição de baixo para cima.
Foto extraída da internet, acesso em 12/2015.
[8] Professor Colassante, Linguagens de Programação para CLPs e a Norma IEC 1131-3.
Disponível em: < http://profcolassante.blogspot.com.br/2015/05/linguagens-de-programacao-
para-clps-e.html>. Acesso em: 27 de Novembro de 2015.
[9] CLP Apostila Controladores Ladder; Código: CP2301; e-book; data 11/2015.
[10] Mecatrônica atual, Programação em linguagem Ladder para Basic Step M8 e M16 - Parte
1. Disponível em: < http://www.mecatronicaatual.com.br/educacao/824-programao-em-
linguagem-ladder-para-basic-step-m8-e-m16-parte-1>. Acesso em: 27 de Outubro de 2015.
[11] BECKHOOF, The PLC standard IEC 61131-3. Disponível em <
http://infosys.beckhoff.com/espanol.php?content=../content/1034/tcquickstart/html/tcquicksta
rt_iec.htm&id=>. Acesso em: 17 de Dezembro de 2015.
[12] Revista Controle & Instrumentação – Edição nº 76 – Dezembro de 2002. Disponível em:
<http://www.controleinstrumentacao.com.br/arquivo/ed_76/ed_76a.html>. Acesso em 20 de
Janeiro de 2016.
[13] EECO, Thumbwheel Switches. Disponível em:
<http://www.eecoswitch.com/products/thumbwheel-switches/>. Acesso em: 23 de Março de
2016.
[14] CLP CENTER, IHM´s Siemens. Disponível em:
<http://www.clpcenter.com.br/index.php?pg=produto&id=23>. Acesso em: 20 de Março de
2016.
[15] Cauê Melgarejo Mendonça e Edir Bueno da Silva, Universidade Federal do Pampa –
UNIPAMPA, Grupos Geradores a Diesel, data 11/2015.
[16] José Claudio, PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO, INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO DE GRUPOS GERADORES PARTE I - MOTORES DIESEL.
Disponivel em: <http://www.joseclaudio.eng.br/grupos_geradores_1.html>. Acesso em: 20 de
Dezembro de 2015.
[17] BloGR, O cérebro dos geradores: conheça os controladores inteligentes. Disponível
em:<http://www.bloger.ind.br/post/54/o_cerebro_dos_geradores_conheca_os_controladores_i
nteligentes.php#.Vtjv8ZwrLIV>. Acesso em: 23 de Dezembro de 2015.

73
[18] Kva energia sob controle, K30 - CONTROLE AUTOMÁTICO PARA GRUPO GERADOR
(AMF). Disponível em: <http://kva.com.br/kva2.0/index.php/produtos/controladores-para
geradores/item/controlador-automatico-para-grupo-gerador-k30?category_id=15>. Acesso em
26 de Dezembro de 2015.
[19] Mingpowers, Sistema de controle DATACOM. Disponível em:
<http://mingpowers.com.pt/6a-datakom-control.html>. Acesso em: 3 de Janeiro de 2016.
[20] DEIF, Controlador Automático de Grupos Geradores – AGC 100. Dispoível em:
<http://www.deif.com.br/produtos-documentacao/produtos/diesel/agc100>. Acesso em: 5 de
Janeiro de 2016.
[21] Medidor de grandezas elétricas e Controlador automático de fator de potência. Catálogo WEG.
cod. 50025399, consultado em 26/02/2016;
[22] Folha de instruções do Controlador Lógico Programável DVP-28SV, Delta Automation.
[23] Controlador Lógico Programável, CLP, Delta Automation, modelo DVP28SV. Foto extraída
da internet, acesso em: 26 de Fevereiro de 2016.
[24] Folha de instruções da Interface Homem Máquina DOP-B, Delta Automation.
[25] Interface Homem Máquina, IHM, Delta Automation, modelo DOP-B. Foto extraída da internet,
acesso em: 27 de Fevereiro de 2016.
[26] Manual de operação, manutenção e peças - Sistema de geração de energia COMINDUS.
[27] Apostila MRN – Mineração Rio do Norte, TM 101 –Tecnologia do Motor Diesel I. Acesso
em 21 de Março de 2016.

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