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É uma pessoa que irradia otimismo e alegria, que está atenta normalmente à
preciosidade de cada momento, admira-se como criança e sente a vida como um
presente. Com sua espontaneidade, dá a impressão de que em tudo há suficiente
beleza e bondade, e de que não há superfulo. Está cheia de idealismo, de planos para o
futuro e consegue entusiasmar os outros para isso. Ajuda os outros a ver e usufruir o
lado belo da vida. Aparência jovial, bem humorado, sabendo rir de si mesma.
Em função de ser alegre, parece não ser “bem da cabeça” à primeira vista. Relaxado,
brincalhão, fantasioso, radiante, brincalhão e de charme desarmado.
Mas na verdade, tudo isto vem muito em defesa de seu próprio interior, seus
sentimentos de medo e sofrimento.
É provável que tenha tido, no decorrer de sua infância, situações traumáticas para as
quais não estava preparado. Para não repetir estas experiências dolorosas no futuro,
desenvolveu uma estratégia dúplice:
Normalmente está ávido por novidades. É como se aquilo se sabe ou tem nunca fosse o
suficiente. Precisa de variedade, estímulo e novas vivências, precisa explorar sempre
novas possibilidades para maximizar alegria de viver. As tarefas desagradáveis,
enfadonhas tendem a ser deslocadas, adiadas ou transferidas. Se não for possível evitar,
serão embrulhadas em laços dourados.
O risco existe quando não percebe que muita coisa do que faz pode ser fuga.
Uma das conseqüências deste padrão, pode ser a dificuldade em escolher uma carreira,
um caminho a seguir.
Sente-se motivado quando se percebe útil, quando está empenhado numa boa causa
que traga alegria a ele mesmo e aos demais. Gostaria que todos fossem felizes. O
sofrimento dos outros o remete ao seu próprio.
Todos sofrem, isto não é novidade. A diferença é a forma como se lida com isso.
Em seu caso, a defesa passa pela racionalização. Sua felicidade e sua alegria são
produzidas no nível mental. No sentimental, há sofrimento.