1º fase 2014

Na Figura 2 encontram-se representadas as maiores ameaças aos anfíbios na Europa. A

introdução de espécies exóticas invasoras é uma destas ameaças. Nestas espécies
incluem-se predadores, como peixes salmonídeos, e fungos que atuam como agentes
patogénicos, que têm provocado a extinção de populações de anfíbios um pouco por
todo o mundo.

Figura 2: Maiores ameaças aos anfíbios na Europa.

Adaptado de: HELEN J. Temple and NEIL A. Cox;

European Red List of Amphibians, IUCN Species Programme (2009)

1. Identifique qual a maior ameaça aos anfíbios na Europa.

Na resposta a cada um dos itens de 2 a 5, selecione a única opção que permite obter
uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção
escolhida.
2. A introdução de espécies exóticas invasoras é uma ameaça…

(A) mais significativa que a poluição e as alterações climáticas afetando mais de vinte
espécies.
(B) mais significativa que a poluição e as alterações climáticas afetando menos de vinte
espécies.
(C) menos significativa que a poluição e as alterações climáticas afetando menos de
vinte espécies.
(D) menos significativa que a poluição e as alterações climáticas afetando mais de vinte
espécies.

3. Os peixes salmonídeos estabelecem com os anfíbios uma interação…

(A) interespecífica em que os primeiros saem beneficiados.

(B) intraespecífica em que os primeiros saem prejudicados.
(C) interespecífica em que os primeiros saem prejudicados.
(D) intraespecífica em que os primeiros saem beneficiados.

4. Os anfíbios são seres vivos…

(A) que ocupam o primeiro nível trófico de uma cadeia alimentar.

(B) que produzem a sua própria matéria orgânica.
(C) que transformam matéria inorgânica em matéria orgânica.
(D) consumidores que podem ocupar diferentes níveis tróficos.
5
5. A rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galgano), espécie que se encontra no
território nacional, quanto à sua dependência em relação à água pode ser classificada
como…

(A) higrófila, pois necessita de quantidades moderadas de água para sobreviver.

(B) higrófila, pois necessita de quantidades abundantes de água para sobreviver.
(C) xerófila, pois necessita de quantidades abundantes de água para sobreviver.
(D) xerófila, pois necessita de quantidades moderadas de água para sobreviver.
6. Explique de que forma a introdução de espécies invasoras constitui uma ameaça aos
anfíbios na Europa.

7. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir uma sequência crescente dos

níveis de organização biológica dos seres vivos de um ecossistema.
Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
A- Tecido.
B- Comunidade.
C- Célula.
D- População.
E- Organismo.

Areal 2014

Troncos de árvores atirados para o fundo do mar ganham vida a 3200 metros de
profundidade

A 3200 metros de profundidade, no fundo do oceano, a escuridão é total. Devido à

ausência de luz solar não se realiza a fotossíntese, por isso não há fitoplâncton ou algas, a
base das cadeias tróficas marinhas. No entanto, nestes ambientes inóspitos existem oásis
de vida. As fontes hidrotermais são um desses oásis, que lançam do interior da Terra uma
variedade de minerais que alimenta microrganismos e atraem crustáceos e moluscos.
Outro oásis são os peixes ou baleias que vão morrendo e se afundam, cuja carne e ossos
permitem o aparecimento de ecossistemas transitórios.

Anualmente, milhões de toneladas de madeira são arrastadas para o mar, que ao

encherem-se de água salgada se afundam. No sentido de compreender o que acontece a
esta matéria vegetal e que comunidade de animais alberga, em 2006, dois investigadores
norte-americanos atiraram 36 troncos de acácias para o oceano Pacífico, a 3200 metros
de profundidade. Cinco anos depois, recolheram metade dos troncos e analisaram os
animais que tinham colonizado a madeira. O que aconteceu aos troncos variou muito.
Alguns mantiveram-se intocados, mas os troncos maiores tinham, em média, comunidades
mais complexas de seres vivos.

No fundo do Pacífico, quem coloniza primeiro a madeira é o molusco bivalve

Xylophaga zierenbergi. Tem uma concha na zona da cabeça, o resto do corpo é tubular e
sem carapaça. Na região da concha, tem dentes serrilhados capazes de roer a madeira,
produzindo buracos onde depois se esconde. Tal como as térmitas, o Xylophaga
zierenbergi tem uma relação simbiótica com bactérias que o ajudam a digerir a celulose da
madeira.

Esta atividade, no fundo do mar, permite disponibilizar matéria orgânica a uma

comunidade de seres vivos. Ao roer a madeira e ao alimentar-se dela, o Xylophaga
zierenbergi lança lascas de madeira e dejetos, que são utilizados por bactérias que
degradam esta matéria e produzem enxofre. Em seguida, o enxofre é usado por
microrganismos que produzem energia e matéria orgânica, tal como fazem as plantas com
a energia luminosa. As bactérias servem ainda de alimento para os gastrópodes, que, por
sua vez, atraem predadores e necrófagos. Depois de morrer, os buracos que o Xylophaga
zierenbergi fez na madeira tornam-se um habitat protegido para outras espécies.

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., seleciona a única opção que permite obter
uma afirmação correta.
Transcreve, para a folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção
escolhida.

1. As algas e o fitoplâncton são exemplos de...

(A) produtores.
(B) consumidores primários.
(C) consumidores secundários.
(D) decompositores.

2. Durante o processo de fotossíntese, as algas transformam a matéria ___________

(__________ , __________ e __________), que retiram do meio, em matéria __________,
libertando para o meio __________.

(A) inorgânica (…) oxigénio (…) água (…) sais minerais (…) orgânica (…) dióxido de
carbono
(B) orgânica (…) dióxido de carbono (…) água (…) sais minerais (…) inorgânica (…)
oxigénio
(C) inorgânica (…) dióxido de carbono (…) água (…) sais minerais (…) orgânica (…)
oxigénio
(D) orgânica (…) oxigénio (…) água (…) sais minerais (…) orgânica (…) dióxido de
carbono

3. Com base na capacidade de produzirem ou não os compostos orgânicos a partir de

compostos inorgânicos, o molusco bivalve Xylophaga zierenbergi é um ser __________,
pois consome matéria __________ para obter energia e nutrientes.
(A) autotrófico (…) orgânica
(B) heterotrófico (…) orgânica
(C) autotrófico (…) inorgânica
(D) heterotrófico (…) inorgânica
4. A relação biótica que se estabelece entre o molusco bivalve Xylophaga zierenbergi e as
bactérias é…
(A) intraespecífica, obrigatória e indissociável.
(B) interespecífica, obrigatória e indissociável.
(C) intraespecífica e facultativa, em que ambos os seres vivos beneficiam.
(D) interespecífica e facultativa, em que ambos os seres vivos beneficiam.

5. Refere a importância das bactérias, que degradam as lascas de madeira e os dejetos,

para os ecossistemas que se constituem nos troncos das acácias, no fundo do mar.

6. Explica por que se pode considerar o molusco bivalve Xylophaga zierenbergi como um
“criador de ecossistemas”.

7. Faz corresponder cada uma das descrições expressas na coluna A, à respetiva

designação que consta da coluna B.
Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez. Transcreve para a folha de respostas a
letra e o respetivo número correspondente.

Coluna A Coluna B

(a) Conjunto formado pela comunidade, (1) Fatores abióticos

pelo biótopo e pelas inter-relações
que se estabelecem entre eles. (2) Cadeia trófica

(b) Todos os organismos vivos (3) Fatores bióticos

semelhantes que se cruzam entre si
e originam descendência fértil. (4) Ecossistema

(c) Conjunto de seres vivos da (5) Heterotróficos

comunidade de um ecossistema
que se alimentam e servem de (6) População
alimento uns aos outros.
(7) Espécie
(d) Seres vivos capazes de produzir a
matéria orgânica a partir de matéria (8) Autotróficos
inorgânica utilizando uma fonte de
energia externa.

(e) Interações que se estabelecem

entre os seres vivos de uma
comunidade.
Pasta confirmar EBSA e ainda na 2ª fse 2014

Florestas de mangal ou mangais

Os mangais são dominados por várias espécies de árvores e
arbustos, adaptados a viver em água salgada ou salobra. São
influenciados pelas marés e desempenham um importante papel
ecológico.
Muitos peixes tropicais, incluindo tubarões, passam os
primeiros meses/anos de vida protegidos entre as raízes dos
mangais. Em Queensland (Austrália), cerca de 80 por cento das
espécies de peixes e crustáceos comerciais passam parte das suas vidas em mangais. Por isso,
em vários países, são habitats protegidos por lei, de modo a que o seu equilíbrio, e de todas as
espécies que deles dependem, não seja perturbado.
As cerca de 60 espécies de plantas de mangal adaptaram-se a viver em condições agrestes,
em que outras plantas acabariam por morrer - águas quentes, pobres em oxigénio e salgadas.
Desenvolveram adaptações a este meio adverso: grandes prolongamentos das raízes, que se
estendem acima da água - os pneumatóforos, que captam oxigénio diretamente da atmosfera,
transportado depois até às raízes pouco profundas que se desenvolvem no lodo, praticamente
sem oxigénio. Os pneumatóforos também sustentam e equilibram a planta no substrato
lodoso e instável. Para resistirem à elevada salinidade do meio, possuem membranas especiais
nas raízes, que filtram até 80 por cento do sal presente na água.
Podem, também, acumular o sal em excesso nas folhas ou eliminá-lo através de glândulas
excretoras próprias, localizadas por exemplo, nas folhas. Durante as horas de calor intenso,
fecham os poros - estomas - à superfície das folhas, para reduzir a evapotranspiração.

1. Refere dois fatores abióticos e as respetivas adaptações das espécies vegetais dos
mangais, referidos no texto.

Na resposta aos itens 2 a 5, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta,
assinalando a letra que a identifica com um círculo.

2. As espécies vegetais presentes nos mangais constituem:

A. Comunidades, adaptadas a condições ambientais potencialmente adversas.

B. Populações, adaptadas a condições ambientais potencialmente favoráveis.
C. Comunidades, adaptadas a condições ambientais potencialmente favoráveis.
D. Populações, adaptadas a condições ambientais potencialmente adversas.

3. Entre as raízes dos mangais e os peixes/crustáceos juvenis estabelece-se uma relação

de:

A. Predação
B. Comensalismo
 C. Parasitismo
D. Cooperação

4. As plantas dos mangais ocupam, no seu ecossistema:

A. O primeiro nível trófico, heterotróficos herbívoros.

B. O último nível trófico, autotróficos.
C. O primeiro nível trófico, autotróficos.
D. O primeiro ou o último nível tróficos, decompositores.

5. Se considerarmos um fluxo de energia, podemos afirmar que:

A. A energia circula em todos os níveis tróficos e é reciclada na decomposição.

B. A energia flui unidireccionalmente do produtor ao consumidor.
C. A energia é máxima no predador de topo de cadeia.
D. A energia é máxima nos decompositores.

6. Ordena as letras de A a E, de forma a reconstituires o ciclo de matéria, num processo

de causa-efeito, começando pela letra A.

A- As folhas captam dióxido de carbono do ar e as raízes captam água do solo.

B- A matéria orgânica circula para os consumidores carnívoros.
C- Os decompositores reciclam a matéria orgânica dispersa no meio ambiente.
D- A matéria orgânica circula para os consumidores herbívoros.
E- Pela fotossíntese, a matéria inorgânica é transformada em matéria orgânica.

7. Explica de que modo a lei de proteção ambiental das zonas de mangal, proibindo a
exploração destes ecossistemas, pode ser benéfica para a atividade piscatória de
países onde há mangais, como a Austrália.