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Manaua – AM
2016
A Gerência de Apoio à Produção de Animais Silvestres (GEAS) no seu papel de incentivar, orientar e coordenar
as ações de ATER voltadas ao manejo e uso da fauna silvestre, junto aos beneficiários da Assistência Técnica e Extensão
Florestal promovida pelo IDAM, por meio da atuação das Unidades Locais, tem como objetivo o desenvolvimento de
produtos e subprodutos oriundos dos recursos da fauna silvestres nativa, passiveis de serem manejados para a
promoção de geração de emprego e renda no Estado do Amazonas e conservação das espécies da fauna silvestre local.
Para o alcance de seu objetivo a GEAS promove a capacitação de técnicos e Agricultores Familiares,
assessorando as UnLocs para um melhor desempenho das atividades relacionadas a fauna silvestre nativa.
Atualmente a gerência vem desenvolvendo atividades de manejo de abelhas nativas – Meliponicultura, tendo
como base a Resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) no 346 de 16 de agosto de 2004, que
disciplina a utilização das abelhas silvestres nativas bem como a implantação de meliponários, Instrução Normativa
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no169 de 20 de fevereiro de 2008,
que institui e normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro em território brasileiro e oficio
do IBAMA no 057/09-COEFA de 30 de junho e 2009.
O manejo das abelhas nativas sem ferrão procura conciliar as necessidades dos Agricultores Familiares, as
capacidades técnicas e financeiras do IDAM com as orientações de pesquisadores das abelhas silvestres sem ferrão.
Para o manejo das abelhas silvestres nativas para a produção de mel a GEAS desenvolve metodologia de
trabalho composta de algumas etapas:
1. Reunião de Orientação para implantação da Meliponicultura na Comunidade.
2. Diagnostico Rápido Participativo (DRP) para visualizarmos o verdadeiro estado dos recursos naturais, a
situação econômica e social das comunidades;
3. Palestras:
3.1. Legislação;
3.2. Cadastro Técnico Federal (CTF): importância e regularização;
3.3. Crédito Rural.
4. Curso de Manejo de Abelhas Sem Ferrão.
5. Demonstração de Métodos:
5.1. Montagem de Colmeias;
5.2. Avaliação de Colônias;
5.3. Divisão de Colônias;
5.4. Inserção de Melgueiras;
5.5. Extração do Mel.
Outras atividades também são desenvolvidas pela GEAS para a Meliponicultura:
Implantação de Unidade Demonstrativa que serve como marco para as demonstrações de métodos das
Unidades Locais, ou seja, ter um local onde possam executar atividades de manejo servindo de modelo para os
produtores.
Cadastro Técnico Federal/IBAMA (CTF) : “O Cadastro Técnico Federal é obrigatório para pessoas físicas e
jurídicas que exercem Atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais (CTF/APP) e/ou
Atividades e instrumentos de defesa ambiental (CTF/AIDA).” – IBAMA. Apesar de poucos considerarem as abelhas sem
ferrão como animal silvestre, temos a obrigação de considera-la como tal. Para isso, contamos com o CTF para
mantermos o produtor legalmente passível de controle ambiental sem prejuízos na atividade.
Mapas de Meliponários por município para visualizarmos a distribuição de meliponários e escoamento de
produção, portanto serve de instrumento para planejamento de atividades nas comunidades e direcionamento de
como serão assistidos quanto produtores comerciais e artesanais.
Considerando que o projeto é um processo contínuo e bem planejado para cada comunidade do Estado do
Amazonas e que o IDAM visa o melhor resultado de renda e qualidade de vida de seus beneficiários, devemos ter o
cuidado em seguir alguns parâmetros para que os resultados sejam satisfatórios ao iniciarmos as atividades de
meliponicultura, ou seja, “nadar e morrer na praia” não deve ser uma prática.
Atividade JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Reunião X X X X
DRP X X X X
Palestra Legislação/CTF/Crédito X X X X
Curso MS de Abelha Nativa X X
DM Montagem de Colmeias X
DM Avaliação de Colmeias X X
DM Inserção de Melgueiras X X
DM Extração de Mel X X
DM Divisão de Colônias X X
Implantação de UD X X X X
Visita técnica X X X X X X X
Cadastro Técnico Federal X X X X X X X X X X X X
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Calendário: sistema oficial de medida que opera uma divisão do tempo, dividindo-o em anos, meses e dias respeitando fenômenos astronômicos
e convenções climáticas.
Cronograma: é uma ferramenta de gestão de atividades que contempla o tempo em que as atividades vão se realizar sem determinar
especificamente meses ou anos.
Considerando que o grupo deseja realmente iniciar a atividade em Meliponicultura pode-se realizar a DRP
nesse momento de reunião, visto que estarão todos dispostos e esclarecidos sobre o projeto.
Para um melhor desenvolvimento da reunião, devemos utilizar a cartilha de Metodologia Participativa de
Extensão Rural como instrumento no planejamento e realização da reunião, lembrando-se de sempre terminar com a
confecção e divulgação de Ata de Reunião com assinaturas de participantes (servirá de base para as decisões tomadas
e as cobranças que devem ser feitas no acompanhamento das atividades).
Se for preciso informar mais dados, podem criar um documento que contemplem as particularidades de cada
região e assim obtemos as reais potencialidades e limitações das comunidades nas atividades de meliponicultura e
seus benefícios para o comprometimento na continuidade da cadeia produtiva.
Medida externa:
Altura: 27,5 cm
Frente: 25 cm
Lateral: 25 cm
Medida interna:
Altura: 22,5 cm
Frente: 20 cm
Lateral: 20 cm
Capacidade de
produção:
3 litros
Essas medidas são encontradas em ripões, tabuas de assoalho e tabuas de parede. Isso facilita com que as
pessoas possam conseguir em serrarias comuns a madeira para construção de suas colmeias. Apenas as tábuas de 25
centímetros de largura precisarão ser encomendadas.
DM - Divisão de Colônias
A divisão da colônia consiste em separar a gaveta de divisão ou sobreninho da gaveta base (ou ninho) e juntar
a estas partes as gavetas que faltam de uma colmeia nova.
Quando o objetivo do meliponicultor é aumentar o número de colônias, a divisão pode ser realizada assim que
a colônia ocupar cerca de 70% da colmeia, aproximadamente 5 meses de bom manejo. Quando o objetivo for à
produção de mel, podemos dividir as colônias uma vez ao ano, logo após a extração do mel.
DM - Extração do Mel
Sempre será o processo mais cuidadoso do manejo, pois é o resultado de todo o trabalho que se teve com
cada colônia do meliponário. Deverá ser o mais higiênico e eficaz demonstração, O mel colhido deverá ficar em
descanso para posteriormente ser embalado.
De acordo com a cartilha de Metodologia participativa de Extensão Rural consideramos UD um espaço que
sirva para “Apresentar um exemplo mediante a demonstração de técnicas e/ou práticas de comprovada eficiência e
eficácia na geração de resultados positivos em gestão de produção” e com isso o local passa a ser caracterizado como
unidade de referência para o sistema produtivo.
Na Meliponicultura encontramos várias literaturas que indicam como devem ser implantadas e quantas
colônias, como o autor Kerr (1996) que estabelece o número mínimo necessário para a instalação de meliponário
sendo de 44 (quarenta e quatro) colônias matrizes, enquanto que seguimos as orientações de iniciar com cerca de 10
colônias.
Esta diferença numérica está baseada em que nos locais onde serão instaladas as UD’s existem colônias de
abelhas da mesma espécie livres na natureza ou em meliponários próximos. Sendo necessário, portanto, ao longo do
tempo a introdução de colônias não aparentadas (de locais com distância superior a dois quilômetros) para se manter
uma população geneticamente saudável.
Um ponto importante no planejamento de uma UD deve ser sua caracterização como meliponário produtor,
sendo avaliado, manejado adequadamente e produzir resultados positivos, pois servirá de instrumento de
comprovação de um sistema de produção rentável. Com isso, deve-se pensar na sua ampliação ou até mesmo geração
de matrizes para novos produtores que desejam iniciar a atividade.
Observações importantes:
- Guarde bem a senha, pois precisará dela sempre que for utilizar o sistema do IBAMA para atualização de cadastro;
- Imprimir e entregar ao meliponicultor a cópia do cadastro, pois precisará ter a posse do seu número de registro;
- A CADA 3 MESES é necessário acessar o sistema e fazer o recadastramento, para se manter em dia (se possível!);
- TODO ANO, do dia 1º de Fevereiro até dia 31 de Março é obrigatório o preenchimento do Relatório Anual de
Atividade.
Considerando o serviço de internet nas UnLocs estar insuficiente para fazer a atualização de dados, a GEAS
estará apoiando a atualização do recadastro de CTF, no entanto a UnLoc ainda continuará a regularizar o relatório
anual no site do IBAMA.
Já em relação aos cadastros das organizações junto ao IPAAM (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas)
a GEAS prestará assessoria às associações e cooperativas para a renovação das licenças e/ou obtenção de seus
registros.
A exploração de abelhas é uma atividade sustentada pelo tripé econômico, social e ambiental porque gera
renda, reduz o êxodo rural, produz alimentos e ainda promove a sustentabilidade do ambiente. Com papel
fundamental, os meliponicultores são atores que possibilitam a recuperação das áreas desmatadas com cultivos de
plantas que geram frutos e alimentos às abelhas, e ao mesmo tempo realizam suas atividades agropecuárias
economicamente viáveis proporcionada pela polinização.
Considerando a importância dessa atividade, tanto para a produção quanto para a qualidade de vida do
agricultor familiar, devemos estar cientes de nosso papel como extensionistas rurais e promover a melhoria do que já
ofertamos: uma assistência técnica planejada e compromissada com os resultados estabelecidos.