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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo a abordagem da natureza jurídica dos Conselhos
Profissionais, entre eles a OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, bem como da competência
para a instituição e majoração das contribuições cobradas de seus associados com o fim de
fiscalizar e regular suas respectivas profissões.
DESENVOLVIMENTO
Segundo a Constituição Federal de 88, no seu art. 5°, XIII: "é livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão", assim, foram criados os Conselhos Profissionais, dentre eles a
OAB, que são instituições com o fim de regulamentar e fiscalizar o exercício de determinadas
profissões e atividades, sejam elas de interesse profissional coletivo ou individual, no Brasil.
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Nota-se a exceção da OAB pois o STF entende que a mesma, conforme art. 44, I, da Lei
8.906/1996, além de interesses corporativos atua também na defesa da Constituição, da
ordem jurídica do Estado democráticos de direito, dos direitos humanos, da justiça social,
pugna pela aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da
cultura e das instituições jurídica.
As anuidades cobradas por essas autarquias são essenciais pois cobrem os seus custos que
são suportados pelos profissionais que as compõem, sendo classificadas como "tributos da
espécie contribuições corporativas".
3. Como as Repercussões Gerais nº. 540 e 829 se harmonizam e como elas esclarecem
a situação dos conselhos profissionais:
O art. 150, I, da CF já explicita que é vedado aos entes da Federação, dentre eles União,
exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Assim, a princípio tal prática seria uma
violão ao princípio da legalidade.
Fora decidido que, apesar de haver lei que autorizasse a majoração das anuidades, a mesma
não fixava os limites máximos a serem respeitados, o que viola o princípio da legalidade,
sendo, portanto, inconstitucional.
Assim, o Tribunal, por unanimidade, após análise desta Repercussão negou provimento ao
RE e declarou a inconstitucionalidade material sem redução de texto, do art. 2°, da Lei n°
11.000/04, por ofensa ao princípio da legalidade constante do art. 150, I, da CF. O STF se
posicionou no sentido de que não haveria violação ao Princípio da Legalidade na medida em
que a Lei estabelece um limite máximo à contribuição.
Alguns critérios foram seguidos para se chegar à decisão acima: a) A delegação poderia ser
levantada, a qualquer hora, daquele que a recebeu, através de alguma decisão do Congresso
Nacional; b) O Congresso já tem fixado padrões que limitam a ação do delegado; c) Foi usado
como parâmetro a ideia de razoabilidade da delegação. Acrescentou-se a isso o
entendimento de que o art. 2°, parágrafo único, da Lei n° 6.994/82 estabelece um diálogo com
o regulamento em se tratando de complementariedade, subordinação e desenvolvimento.
Considerou-se ainda o registro de que não houve abdicação do Poder Legislativo de sua
competência para legislar sobre matéria tributária, porque, a qualquer momento, pode haver
deliberação contrária por parte do Congresso.
CONCLUSÃO
Por fim, têm os Conselhos Profissionais finalidade de fiscalizar suas atividades profissionais,
segundo a Constituição Federal, agregando função parafiscal, porém com a competência de
tributação conferida à União.
REFERËNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
________ BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil De 1988, disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm, acesso em
23.11.2019.
ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário. 11. ed. ver., atual. e ampl. Salvador: JusPodivm,
2017.
SABBAG, Eduardo. Direito tributário essencial. 6. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.