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SALARIAL
FIQUE ATENTO! NENHUM AUXILIAR DA ADMINISTRAÇÃO
ESCOLAR PODE GANHAR MENOS DE R$ 679,00. Páginas 6 e 7
LEÃO 2010
Veja, nas páginas 10
e 11, quem é
obrigado e quem
está dispensado de
declarar o Imposto
neste ano.
entrevista
10 mil vagas em vestibular
de curso a distância são
vetadas pelo MEC
Página 11
Páginas 8 e 9
2 CORREIO SINDICAL MARÇO 2010
Editorial Florianópolis
sedia encontro
N da Língua
a Edição do CORREIO SINDICAL que você está
lendo agora, informamos sobre o mercado de tra
balho feminino. Publicamos, para marcar o Dia Internacional Portuguesa
da Mulher, uma entrevista com a Companheira Sônia Maria Carnevalli,
Presidenta do SAAERS . Há, ainda, uma matéria sobre a integração dos De 5 a 9 de abril próximos, a Capital Ca-
estudantes portadores de necessidades especiais nas escolas por força
tarinense vai sediar o 5º Encontro Açoriano
de lei e outras matérias que consideramos importantes para o trabalha-
da Lusofonia, que tem como título, AÇORI-
dor da Educação Catarinense. Porém, a tônica é mesmo a Campanha
Salarial e os avanços na Convenção Coletiva de Trabalho, CCT. A Con- Prof. Antonio Bittencourt Filho ANÓPOLIS. O evento, que acontece no Te-
venção é o marco regulatório do Trabalho na educação privada de San- atro Pedro Ivo, no Centro Administrativo do
ta Catarina. Durante vários meses os Sindicatos SINPABRE, SAAE-GFPOLIS, SINPROESC, Governo do Estado, no bairro Saco Grande,
SAAERS, ESTEERSESC, SINTEB E SINPRO-FPOLIS, buscam informações sobre as condi- reunirá especialistas do Brasil e de Portugal
ções de trabalho com a base e constantemente discutem com a FETEESC, objetivando construir para discutir aspectos da nossa língua, como
a melhor maneira de privilegiar o trabalhador dentro de seus direitos. A preparação é intensa, exógenos e endógenos que permeiam essa
com assessoramento jurídico, técnico e trabalhista, inclusive com a realização, todos os anos em açorianidade lusófona, além de criativamente
julho do QUALIEDUC, Seminário organizado junto com os Sindicatos para promover o debate questionar a influência que os fatores da in-
com toda a classe Trabalhadora da educação e interessados, visando aprofundar os temas traba-
sularidade e do isolamento tiveram na pre-
lhistas e que são fruto das informações colhidas pelos Sindicatos nas suas bases de atuação, além
servação do caráter açoriano. Outro debate
de questões ligadas a educação em geral. Sendo assim, esta edição traz informações principais e
acessórias sobre a Campanha Salarial e os interesses dos Trabalhadores, tal como a regulamen- importante versa sobre a problemática da lín-
tação do acesso de professores estrangeiros à Educação a Distância. Nossa luta é pela melhoria gua portuguesa no mundo, em articulação
nos salários dos Professores e Auxiliares Administrativos, estes, inclusive, já contemplados pelo com outras comunidades como agentes fun-
Piso Estadual de Salários, recentemente aprovado em Santa Catarina com o esforço também da damentais de mudança. Além disso, haverá
FETEESC e dos Sindicatos Filiados. Tudo isso visando a busca da qualidade na educação e na uma sessão dedicada à tradução que é tam-
vida dos profissionais. Portanto, a participação dos Trabalhadores é fundamental neste momen- bém uma forma de divulgação cultural. O
to. Discuta, escreva-nos e procure seu Sindicato para acompanhar as negociações. Vamos lá, evento, que tem o apoio do SINPRO-Fpolis,
ajude-nos a construir uma sociedade mais justa e não se esqueça de desfrutar o Correio Sindical vai reunir, como patronos, pelo Brasil, o
deste mês. Boa leitura.
Prof. Dr. Evanildo Cavalcanti Bechara, gra-
mático da Academia Brasileira de Letras, e
por Portugal, o Prof. Dr. Malaca Casteleiro,
da Academia de Ciências de Lisboa, além de
outros palestrantes. Maiores informações po-
dem ser obtidas no site do evento:
www.lusofonias.net, ou com Cristina Vian-
na: clownvianna@hotmail.com; Rosa Bea-
triz Pinheiro: rosabeatrizmp@gmail.com e
Milena Fernades: milena@sai.sc.gov.br.
EXPEDIENTE
CORREIO SINDICAL - publicação do Movimento Sindical dos Trabalhadores da Educação de Santa Catarina - Rua Vereador Batista Pereira, 574, Balneário - Estreito, CEP 88075-600,
Florianópolis/SC - CP 12117 - Fones (48) 3244-5911 e 3248-1268.
Conselho Editorial: Antônio Bittencourt Filho (FETEESC), Carlos M. da Silva Bernardo (SINPROESC), José Argente Filho (STEERSESC), Antônio B. Neto (SINPRO-Fpolis), Élvio J. Kretzer (SAAE-
GFpolis), Sônia M. G. Carnevalli (SAAERS), Ademir Maçaneiro (SINPABRE). Secretário de Divulgação: José Luiz Soares; Textos: Tabira Estevão; Jornalista responsável: Rogério Junkes (DRT-
SC 775); Tiragem: 10 mil exemplares. Obs.: Os artigos assinados, publicados neste jornal, são de inteira responsabilidade de seus autores.
MARÇO 2010 CORREIO SINDICAL 3
JURÍDICAS
TRT acata DISSÍDIO COLETIVO –
dissídio CONCORDÂNCIA PATRONAL
coletivo dos Conceito que já vem sendo alterado pelos Tribunais
trabalhadores Emenda Constitucional nº. 45, de 08 de dezembro Meca da reforma do Poder Judiciário. Quanto ao art. 114,
mesmo sem de 2004, que alterou os artigos da Constituição Fede- parágrafo 2, fala em “comum acordo” para ajuizamento
ral, entre eles o parágrafo 2º do artigo 114, criou séri- do dissídio coletivo, quis significar aquela situação em
concordância os obstáculos, por interpretação confusa da expressão que ambas as partes enxergam a interferência judicial
“de comum acordo”. como a única forma restante de resolver o conflito.”
patronal Fato, inclusive, que mereceu várias declarações de
inconstitucionalidade sobre a alteração provocada por “Passou a ser exigido, portanto, que se configure aque-
Em audiência realizada na tar- essa EC, inclusive da própria Advocacia Geral da le momento de efetivo exaurimento das negociações ami-
de de segunda-feira (22) em Flo- União, através da ADIN n.º 3423, que assim se expres- gáveis, e ausência de outras alternativas senão a busca ao
rianópolis o Tribunal Regional do sou em parte de sua fundamentação: Estado-Juiz.”
Trabalho julgou a ação preliminar
em relação aos dissídios coletivos “Parece-nos que todo o imbróglio jurídico sobre o “Em momento algum, acreditamos, estaria a se exigir
ajuizados pelo Sindicato dos Tra- novo art. 114, parágrafo 2º, da Constituição – que até um “de acordo” do Réu para o ajuizamento do dissídio
balhadores no Comércio de Cano-
agora já gerou 04 (quatro) ações diretas de inconstituci- coletivo. Isso seria até incongruente, porque obviamente
inhas para o ramo atacadista e pelo
onalidade – deriva, data vênia, de um equívoco na inter- ninguém “concordaria” em ser demandado.”
Sindicato dos Comerciários de
pretação que vem sendo conferida pelas entidades obrei-
Araranguá para os trabalhadores
em concessionárias, além de três ras ao texto impugnado.” “Ninguém aceita de bom grado ver sua vontade for-
ações da Federação dos Trabalha- çosamente substituída pela dicção do Estado-Juiz, o qual
dores no Comércio: sindicato dos “Ora, não seria plausível e nem razoável ao legisla- se aterá à lei, que pode diferir dos interesses do deman-
despachantes, dos trabalhadores dor constitucional simplesmente desconstituir o acesso dado.”
em supermercados do planalto ser- à jurisdição ou minar a chance de os sindicatos, à vista
rano e dos administradores de con- de controvérsia com os empregadores, obterem a ema- “Enfim, essa expressão “comum acordo”, ao que nos
sórcio. A decisão foi comemorada nação de sentenças normativas da Justiça do Trabalho. parece, quer dizer um “comum acordo na inevitabilidade
pela classe trabalhadora já que, até Por isso não se crê que tenha sido essa a intenção da da busca judicial”, e não um “consentimento para que a
então, os Tribunais vinham arqui- reforma.” outra parte busque a via judicial””.
vando os dissídios impetrados sem
a concordância patronal. Isto por-
“A solução adviria da compreensão do que significa Este entendimento, corroborado com outros tantos, tem
que segundo o parágrafo 2º do ar-
a expressão “comum acordo” – constante da norma - , levado os Tribunais Regionais do Trabalho e até o pró-
tigo 114 da Emenda Constitucio-
nal 45, recusando-se qualquer das em contraponto com a expressão “consentimento”, pro- prio Colendo Tribunal Superior do Trabalho, a rever seus
partes à negociação coletiva, é per- pugnada pelas requerentes.” conceitos e deferir o julgamento de Dissídios Coletivos,
mitido ajuizar dissídio coletivo de mesmo sem a concordância patronal.
natureza econômica, desde que de “Entendemos que a inserção dessa necessidade de
comum acordo. Segundo o presi- “comum acordo” no art. 114, parágrafo 2º, da Constitui- E entendimentos dessa natureza, podem ser com-
dente da Fecesc Francisco Alano ção, objetivou meramente impedir a propositura preci- provados nos processos DC 00323-2008-000-12-3, do
esta é uma mudança de atitude de pitada de dissídios coletivos e reforçar o estímulo à ne- TRT/SC, DC 20272-2008-000-02-00-0, do TRT/SP, DC
nosso Tribunal muito positiva. “Os gociação no âmbito das relações de trabalho. A redução 309-2007-000-03-00-8, do TRT/RJ e acórdão
trabalhadores precisam ter a liber- numérica de lides judiciais, vale lembrar, foi a principal 2009001530, de 19/08/2009, do c. TST.
dade de defesa de seus direitos e
os dissídios coletivos são ferra-
mentas muito importantes nessa
luta”, afirmou. Segundo Alano,
este posicionamento abre um im-
Colegio Barddal recebe multa por praticar ato
portante precedente para que os atentatório à dignidade da justiça
trabalhadores possam entrar nos
Tribunais com ações que façam (defesas protelatoriais).
valer as suas reivindicações em
A parte que, longe de buscar a proteção jurisdicional de um direito, utiliza do meio processual com o objetivo
detrimento às propostas indecen-
tes que os patrões apresentam nas de desvirtuar o feito e induzir o Juízo a erro, em face de deduzir pretensão contra fato incontroverso e trazer
mesas de negociações. “Esta deci- novamente à discussão matéria já decidida, assume uma postura atentatória à dignidade da Justiça, impondo-se a
são tem um significado importan- aplicação da penalidade prevista no art. 601 do CPC.
tíssimo na relação capital-traba- Acórdão-3ª T AP 00157-2009-031-12-01- 7
lho”, destacou.
4 CORREIO SINDICAL MARÇO 2010
CAMPANHA SAL
Representantes dos trabalhadores e patrões discu
Campanha Salarial de 2010 e Convenção Coletiva
As primeiras reuniões entre Trabalhadores e Empregadores do SINPABRE, SINTEB , SAAE/GFPOLIS, SAAE/RS, além de as-
Setor privado da Educação em Santa Catarina para discutir a CCT, sessores e diretores das entidades. Ao expor as considerações do
Convenção Coletiva de Trabalho para 2010, aconteceram nos últi- grupo patronal, Marcelo Batista afirmou que seria impossível avan-
mos dias 19 e 26 de fevereiro e 09 de março, na sede do Sinepe, çar nas discussões se os Sindicatos continuassem pleiteando 100
Sindicato das Escolas Particulares, no centro de Florianópolis. O por cento do INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que
As discussões Conselho de Representantes dos Sindicatos de Professores e Auxi- referenda as perdas da inflação sobre os salários dos Trabalhado-
liares Administrativos associados à FETEESC, Federação de Tra- res. Num aparte, o Presidente da FETEESC, Professor Bitencourt,
envolveram balhadores em Estabelecimentos de Ensino de Santa Catarina, que salientou “que é heresia e atitude equivocada dos patrões não con-
debates teve como representante dos trabalhadores o Presidente da Entida- ceder reposição salarial, uma vez que isso apenas recompõe as per-
de, Professor Antonio Bitencourt Filho, deliberou sobre questões das, e que não se trata de aumento de salário, citando como exem-
entre os
pontuais, referentes a Campanha Salarial. As discussões envolve- plo, que, se assim não fosse, os trabalhadores, ao longo de 10 anos,
Sindicalistas e ram debates entre os Sindicalistas e Representantes das Institui- estariam ganhando cada vez menos do que quando começaram suas
ções, estas, coordenadas pelo Presidente do Sinepe, Marcelo Batis- carreiras”. Bitencourt deixou claro ainda que sem discutir perdas
Representantes
ta. salariais sobre INPC pleno, será impossível avançar nas negocia-
das Instituições Presentes a reunião estavam também os Presidentes dos Sindi- ções de forma a não envolver a justiça trabalhista, culminando com
catos filiados: SINPROESC, SINPRO-FPOLIS, STEERSESC, o dissídio coletivo.
Entre as cláusulas debatidas, estão as que fazem parte da luta
histórica do Movimento dos Trabalhadores, como hora-atividade;
as relacionadas a saúde e auxílio doença dos profissionais; plano
de saúde, acidente de trabalho, entre outras, além das do ensino
superior, como a regulamentação do regime de trabalho no ensino
à distância. Quanto a esta última, os Professores Antônio B. Neto,
Presidente do Sinpro Fpolis, e Carlos Magno da Silva Bernardo,
Presidente do Sinproesc, observaram que, da forma como está, o
ensino a distância poderá trazer grandes prejuízos não só aos Tra-
balhadores, mas também as instituições se não se estabelecer defi-
nitivamente uma legislação adequada para o pagamento dos pro-
fissionais que militam nesta área. Para Marcelo Batista, será im-
possível se estabelecer uma legislação própria para se aplicar aqui
no Estado, uma vez que as Instituições não poderiam compartilhá-
O presidente da FETEESC,
Prof. Bittencourt, na mesa
de negociação com o
secretário do Sinepe, Dr.
Osmar e o presidente do
Sinepe, Marcelo Batista
MARÇO 2010 CORREIO SINDICAL 7
ARIAL
utem
de Trabalho
la em todo o Brasil, mas que, em conjunto com os Sindicatos, po-
deriam melhorar a condição dos profissionais deste setor.
Outra defesa intransigente dos Trabalhadores é a questão que
trata das cláusulas do assédio moral, pois existem muitas denúnci- Presidentes e membros dos Sindicatos
as de professores e profissionais administrativos que sofrem este
tipo de perseguição. O Presidente da FETEESC, Prof, Bitencourt os a partir de um ganho real e que a proposta estava fora de cogi-
Filho ressaltou ainda que, dentre todos os temas discutidos pelos tação. Ele lembrou ainda a luta histórica das conquistas dos Tra-
representantes dos trabalhadores e empregadores, entre os mais im- Outra defesa balhadores com a Fundação dos Sindicatos, da qual participou
portantes está o que recompõe o salário dos Auxiliares da Admi- intransigente dos ativamente, e que os mesmos tem perdido estas garantias ao lon-
nistração Escolar pelo Piso Estadual, recentemente aprovado em go dos anos, como a diminuição dos percentuais do triênio, por
Trabalhadores é a
Santa Catarina, cuja luta pela implantação teve o empenho da FE- exemplo, que no principio fora concedido com 5 por cento e hoje
TEESC e dos Sindicatos Filiados, e que alcança a categoria. Ele questão que trata está em 3 por cento. Para a concessão plena do INPC, o SINEPE,
afirmou que esta não é somente uma prerrogativa dos Trabalhado- das Cláusulas do através de sua assembléia, crer ser possível sua aceitação, mas a
res administrativos, mas, sobretudo, uma regra geral dos órgãos do partir de modificações na concessão das bolsas de estudo, cujo
assédio moral,
Poder Judiciário e Governo. Na reunião do dia 09, Marcelo afir- problema é a base de calculo. A proposta do SINEPE, é de conce-
mou que, em princípio, a aceitação das reivindicações dos Traba- pois existem der a Bolsa a partir de uma carga horária mínima do Trabalhador
lhadores pelo grupo Patronal é possível e vai ao encontro do que muitas denúncias em cada Instituição, com a qual os Trabalhadores não concor-
eles mesmos querem em certos itens. dam. Outra reivindicação dos Trabalhadores é quanto ao dia do
de professores e
Bitencourt, a partir destas considerações, identificou a boa von- Auxiliar Administrativo. Além de comemorá-lo os Profissionais
tade do Sinepe em aceitar um acordo. Porém, em todas as reuni- profissionais também querem que seja feriado, a exemplo do que acontece hoje
ões, Marcelo deixou claro que os empregadores não tem fôlego administrativos com o Dia do Professor, proposta que poderá ser concedida pelos
para conceder reajuste e ganho real, mas que a comissão poderia que sofrem este donos de escolas. No item referente ao Piso Estadual de Salários
discutir um arredondamento do INPC, que em março somou para os Auxiliares, os empregadores também poderão concedê-
4,77%, para 4,8%, possibilitando, como ganho real aos trabalha-
tipo de lo, não como uma obrigação legal, pois o SINEPE diverge do
dores e trabalhadoras, 0,03 centésimos de real. Mais uma vez, perseguição. Ministério Público do Trabalho, quanto a obrigatoriedade, mas
Bitencourt lembrou que os Trabalhadores não vem a cada ano por meio de negociação com os Trabalhadores. Uma nova rodada
negociar a reposição da inflação e sim a recomposição dos salári- de discussões está prevista para breve.
O QUE QUEREM OS
Mesmo firmado em convenção
TRABALHADORES:
coletiva, salário não pode ser
1. Ganho real
menor que piso estadual
A Seção Especializada 1 (SE1), do TRT/SC, que julga ações de Dissídio Coletivo, 2. Reposição de perdas da inflação de 2009 pelo INPC;
decidiu pela aplicação do piso estadual a todos os trabalhadores, mesmo aqueles com 3. Avanços nas Clausulas Sociais
convenção da categoria. A decisão aconteceu na segunda-feira (22), durante o julgamento
de ação entre os sindicatos de trabalhadores de Araranguá e dos Concessionários e Distri- 4. Aumento do Piso salarial para Professores e
buidores de Veículos no estado de Santa Catarina. Administrativos
De acordo com o juiz Gerson Taboada Conrado, presidente da Seção Especializada 1,
“deve ser observado sempre o valor que seja mais benéfico ao trabalhador, ou seja, entre 5. Informações patronais sobre o número de professores,
a lei estadual e a convenção, o que for maior”. suas respectivas cargas horárias e listas de
Este foi o primeiro dissídio julgado depois da vigência do piso estadual de salários e pretendentes a bolsas de estudos;
deve servir como orientação para os próximos. Por ampla maioria, os magistrados enten-
deram que a aplicação do piso é obrigatória e imediata. A lei estadual deve ser respeitada 6. Carga horária mínima de 12 horas para contratação de
e toda e qualquer negociação deve partir deste valor. professores no ensino superior;
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TRT/SC
ascom@trt12.jus.br - (48) 3216.4320 7. Diminuição de carga horária de agentes
http://www.trt12.jus.br/portal/areas/ascom/extranet/noticias/2010/fevereiro.jsp#n8
administrativos das atuais 44 para 40 horas semanais.
8 CORREIO SINDICAL MARÇO 2010
AS LEIS SOBRE
DIVERSIDADE Por Tabira Estevão
tabiraestevao@gmail.com
Você sabia que o aluno que tem deficiência tem o direito de estar matriculado em
escola regular? Só que isso nem sempre acontece por desconhecimento. Para
reverter esse quadro, é fundamental que pais e educadores conheçam a legislação.
Não são poucas as escolas que alegam não estarem preparadas para
receberem alunos portadores de necessidades especiais . Só que nao há PRÁTICA ATUAL
respaldo jurídico nesse argumento e , tanto pais, quanto responsáveis por “Não aceitar
crianças com deficiência, podem exigir do estabelecimento essa determi- alunos com RESTRINGE ACESSO
nação legal, impedindo-os de deixarem de estudar. A legislação garantindo deficiência é
a inclusão desses alunos existe há tempo suficiente para as escolas fazerem crime, pois a DOS DEFICIENTES
as adequações necessárias, como capacitação de professores e adaptações
nas áreas físicas e pedagógicas. Para a Drª Eugênia Augusta Gonzaga Fá-
legislação
brasileira
AO ENSINO BÁSICO.
vero, procuradora da República , “não aceitar alunos com deficiência é garante
crime, pois a legislação brasileira garante indistintamente a todos o direito Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6651/09, do deputado Márcio França
indistintamente (PSB-SP), que dá ao aluno, ou ao seu responsável, o direito de decidir quando
à escola, em qualquer nível de ensino, e prevê, além disso, o atendimento
especializado a crianças com necessidades educacionais especiais”. A “Edu-
a todos o solicitar a “terminalidade específica”. Esse termo designa o certificado concedi-
do aos estudantes que não alcançam o nível de conhecimento exigido para a
cação “Especial, conforme é designada oficialmente, deve ser ministrada direito à conclusão do ensino fundamental. O deputado explica que o certificado foi cri-
no ensino regular e não deve ser confundida com escolarização especial, escola, em ado para atender aos estudantes com algum tipo de deficiência que têm dificul-
qualquer nível dades para terminar o nível fundamental. A certificação possibilitaria novas al-
que ocorre quando a criança freqüenta apenas classe ou escola que recebe
ternativas educacionais, como o ingresso em cursos profissionalizantes.
só quem tem deficiência e lá aprende os conteúdos escolares, sendo, por- de ensino...”
tanto, ilegal. A lei prevê que a matricula seja feita em escola comum, com Drª Eugênia Augusta Gonzaga Fávero Critérios atuais
os alunos especias convivendo com quem não tem deficiência e, caso Atualmente, os estados adotam a prática de conceder a terminalidade espe-
seja necessário,o atendimento deverá ocorrer em um outro turno em uma cífica quando o estudante completa 18 anos, independentemente de ele ou o seu
responsável pedir. Para Márcio França, contudo, essa prática é questionável e
dessas classes ou instituições, cujo papel é buscar recursos, terapias e ma- parte do pressuposto de que os alunos não possuem mais condição de aprender
teriais para ajudar o estudante a ir bem na escola comum. Em alguns Esta- conteúdos. “Tudo ocorre como se o governo não tivesse mais obrigação de dar
dos essas escolas tem caraáter de Ensino Fundamental Especial, justamen- assistência especial aos alunos com deficiência grave quando completam a mai-
te para facilitar o repasse de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvol- oridade”, disse França. Segundo ele, ao refletir apenas o critério etário a meto-
dologia escolar impõe restrições ao pleno acesso dos deficientes à educação
vimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), básica. “Eles não devem ter um horizonte definido de tempo ou de competên-
contrariando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A cia”, acrescenta.
situação pode mudar com a regulamentação do Fundo de Manutenção e A proposta altera a Lei de Diretrizes Bases da Educação.
Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo o que declara a
secretária de Educação Especial do Ministério da Educação, Cláudia Du-
tra, “ há negociações para aumentar o percentual diferenciado para o aluno
com necessidades educacionais especiais”. Estes recursos são destinados
ao financiamento da escolarização da criança no ensino regular e o atendi-
mento especializado em turno distinto. “Se a rede não oferecer esse servi-
ço, o repasse poderá ser feito para instituições sem fins lucrativos, desde
que elas estabeleçam convênios com as Secretarias de Educação e cum-
pram exclusivamente o papel de apoiar a escolarização, e não de substituí-
la”, segundo Cláudia.
MARÇO 2010 CORREIO SINDICAL 9
Professora de escola é
agredida a socos por mãe
de aluna em são josé
Uma professora da Escola Estadual Cristo Rei, do bairro Real Park, em São José, na
Grande Florianópolis, quebrou o pé depois que uma mãe se descontrolou e a agrediu ao não
encontrar a filha - a criança havia sido liberada e aguardava a mãe na parte da frente da
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo, rito de tramitação pelo qual o escola.
projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas A professora, que há 18 anos dá aula e nunca teve problemas com os alunos e familia-
para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver res, não pensa em voltar a trabalhar. A mãe afirmou que está sendo perseguida e que a
parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); -
professora escondeu a criança.
se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado
por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado A delegada da 2ª Delegacia de São José, Sandra Mara Pereira, abriu inquérito para
pelo Plenário, pelas comissões de Seguridade Social e Família, de Educação e apurar o fato. Ela conta que a mãe já foi denunciada em outras situações. A delegada infor-
Cultura, e de Constituição e Justiça e de Cidadania. mou que ela deve responder por agressão grave, pois a educadora teve fraturas. De acordo
Confira algumas das Leis e documentos internacionais que garantem direitos
com o gerente regional de Educação, Ari César da Silva, a escola vai continuar atendendo
para pessoas com deficiência no Brasil:
as filhas da agressora e o caso será investigado pela polícia.
Constituição de 1988 Fonte: clickrbs
Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direi-
to à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o “acesso aos
níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capa-
cidade de cada um”.
OPINIÃO
Não faz muito tempo que professor era autori-
1989 - LEI Nº 7.853/89 dade máxima em sala de aula e mesmo fora do
Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícu- ambiente escolar, esses profissionais sempre im-
la de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de punham um tom de respeitabilidade pelo que re-
ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a presentam de orientação e exemplo aos alunos.
quatro anos de prisão, mais multa.
Hoje, essa assertiva parece distanciar-se cada vez
1990 - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) mais da realidade. O Professor, que deveria ser para
Garante o direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na pais e alunos, o apanágio para os grandes valores,
escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito (também aos que não sobretudo da ética de convivência, se perde em
tiveram acesso na idade própria); o respeito dos educadores; e atendimento edu- meio à arrogância de um sistema falido que o su-
cacional especializado, preferencialmente na rede regular. bestima cada vez mais. Não fosse só por salários
de penúria, tema tão recorrente sempre que se fala
1994 - DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
da valorização do profissional, a situação de vexame a que se submete pela pressão
O texto, que não tem efeito de lei, diz que também devem receber atendimen-
to especializado crianças excluídas da escola por motivos como trabalho infantil e de múltiplas horas em várias escolas pela qual é obrigado para sobreviver, há ainda o
abuso sexual. As que têm deficiências graves devem ser atendidas no mesmo assédio moral, imposto por diretores e, agora, vejam só, por alguns pais. Não é a
ambiente de ensino que todas as demais. primeira vez que ouvimos falar destes casos escabrosos de pais agredindo professo-
res. Se antes eram só os alunos que por indisciplina arrojam-se a pura ingratidão ao
1996 - LEI E DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO que representa um professor em suas vidas, subvertidos por um péssimo caráter,
NACIONAL (LBD) agora são pais que descontam suas frustrações nos mestres. Recentemente, em 2009,
A redação do parágrafo 2o do artigo 59 provocou confusão, dando a entender
no Instituto Estadual de Educação, o maior colégio público do Estado, uma mãe
que, dependendo da deficiência, a criança só podia ser atendida em escola especi-
al. Na verdade, o texto diz que o atendimento especializado pode ocorrer em clas- agrediu a professora gravemente, assomada por uma ira incontinente que nem Freud
ses ou em escolas especiais, quando não for possível oferecê-lo na escola comum. explica. Bem verdade que não são todos, mas, novamente, perplexos, assistimos
mais um caso de absoluta estupidez humana, quando uma professora da Escola
2000 - LEIS Nº10.048 E Nº. 10.098 Estadual Cristo Rei, do bairro Real Park, em São José, na Grande Florianópolis,
A primeira garante atendimento prioritário de pessoas com deficiência nos teve o pé quebrado depois que uma mãe, ao não encontrar a filha, a agrediu. A
locais públicos. A segunda estabelece normas sobre acessibilidade física e define
criança, após ser liberada da sala de aula, aguardava a mãe na parte da frente da
como barreira obstáculos nas vias e no interior dos edifícios, nos meios de trans-
porte e tudo o que dificulte a expressão ou o recebimento de mensagens por inter- escola. Há 18 anos dando aulas, a Professora, escorjarda, chocou-se tanto com o
médio dos meios de comunicação, sejam ou não de massa. fato que vai desistir de dar aulas. Estamos diante da mais absoluta inversão de
valores. Perdemos nosso senso de critérios sobre o que devemos valorizar. Os as-
2001 - DECRETO Nº3.956 (CONVENÇÃO DA sassinos da menina Isabela: os próprios pais; um dos assassinos do garoto João
GUATEMALA) Hélio, arrastado pelas ruas do Rio de Janeiro em 2007, só não recebeu um ótimo
Põe fim às interpretações confusas da LDB, deixando clara a impossibilida- premio a valorização da impunidade no Brasil devido a pressão popular,pois, con-
de de tratamento desigual com base na deficiência. O acesso ao Ensino Funda-
tando com a ajuda de uma ONG internacional, poderia ir para a Suíça. Se não há
mental é, portanto, um direito humano e privar pessoas em idade escolar dele,
mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais, fere a convenção e a confiança a quem entregamos para educar nossos filhos, agredindo o professor,
Constituição. seja de forma verbal ou física, o que há de se imprimir nas novas gerações? Não
Fontes: faltam explicações jurídicas e psicológicas das mais esdrúxulas para justificar os
Constituição Brasileira
atos de vandalismo e insensatez humanos. Temos a impressão que deveremos
Lei e Diretrizes e Bases da educação nacional
http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=109 começar a matricular não só as crianças, mas alguns pais para poderem medir as
Revista Nova Escola Edição Especial de Agosto 2007 agruras dos professores diante de situações tão adversas quanto a indisciplina,
http://portal.mec.gov.br/ agressões e até a indiferença pelo aprendizado dos conteúdos. É vergonhoso que,
index.php?option=com_content&view=article&id=12407&Itemid=726
http://dislexicosaibaseusdireitos.blogspot.com ao “mestre”, o único “carinho” que lhe cabe é servir de escopo para as inequívo-
cas frustrações da estupidez humana.
10 CORREIO SINDICAL MARÇO 2010
LEÃO 2010
Neste mês começa o período de declaração do Imposto de Renda para
pessoa física.
No ano de 2010, a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física
aparece com algumas novidades, especialmente em relação aos parâmetros
que definem a obrigatoriedade da apresentação, o que deverá fazer com que
diminuam o total de declarações prestadas.
A expectativa da Receita Federal é que 24 milhões de pessoas entreguem
a declaração (sem as mudanças o número chegaria a 27 milhões).
OBRIGATORIEDADE NA DECLARAÇÃO
Fica obrigado a apresentar a declaração quem tem bens com valor acima
de R$ 300.000,00 (até o ano passado, a entrega era obrigatória para contribu-
inte que tivesse bens em valores acima de R$ 80.000,00). O limite de isenção
é R$ 17.215,08. A pessoa física, residente no Brasil, que recebeu rendimen-
tos tributáveis na declaração, cuja soma foi superior tal limite, se
encontra obrigada à apresentação. Não será mais obrigatório ao con-
tribuinte sócio de empresa apresentar declaração de Imposto de Ren-
da, desde que não se enquadre em outro parâmetro de obrigatorieda-
de.
PAGAMENTOS
O programa exigirá, antes da informação dos dados do paga-
mento, que se informe o destinatário da despesa. Ou seja, o decla-
rante deverá informar se a despesa foi realizada com ele ou com seu
dependente ou alimentando, antes de informar o pagamento.
DEDUÇÕES
O limite de dedução por dependente será de R$ 1.730,40. O limite de
dedução de despesas com educação passa para R$ 2.708,94.
Na forma de tributação utilizando o desconto de 20% do valor dos rendi-
mentos tributáveis na declaração (desconto simplificado), a dedução está li-
PESSOAS DISPENSADAS DA
mitada a R$ 12.743,63.
Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual do Imposto so-
APRESENTAÇÃO DA
bre a Renda referente ao exercício de 2010, a pessoa física residente no Brasil
que no ano-calendário de 2009:
DECLARAÇÃO DO IRPF 2010
Renda - recebeu rendimentos tributáveis na declaração, cuja soma foi
superior a R$ 17.215,08; recebeu rendimentos isentos, não-tributáveis ou tri- A pessoa física está dispensada da en- ou cônjuge;
butados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (qua- trega da declaração desde que: • filho ou enteado, até 21 anos de idade,
renta mil reais). a) não se enquadre em nenhuma das hi- ou, em qualquer idade, quando incapa-
Ganho de capital e operações em bolsa de valores - obteve, em qual- póteses de obrigatoriedade da tabela ante- citado física ou mentalmente para o tra-
quer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidên- rior, ou balho;
cia do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, b) conste como dependente em decla- • filho ou enteado universitário ou cur-
de futuros e assemelhadas; optou pela isenção do imposto sobre a renda inci- ração apresentada por outra pessoa física, sando escola técnica de segundo grau,
dente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, na qual tenham sido informados seus ren- até 24 anos.
cujo produto da venda seja destinado à aplicação na aquisição de imóveis dimentos, bens e direitos que possuir. • irmão, neto ou bisneto, sem arrimo dos
residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias conta- c) teve a posse ou a propriedade de bens pais, de quem o contribuinte detenha a
dos da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, e direitos, inclusive terra nua, cujos bens guarda judicial, até 21 anos, ou em qual-
de 21 de novembro de 2005. comuns sejam declarados pelo outro côn- quer idade, quando incapacitado física
Atividade rural - relativamente à atividade rural: juge, desde que o valor total dos seus bens ou mentalmente para o trabalho;
a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 86.075,40 (oitenta e seis privativos não exceda R$ 300.000,00 (tre- • irmão, neto ou bisneto, sem arrimo dos
mil, setenta e cinco reais e quarenta centavos); zentos mil reais), em 31 de dezembro de pais, com idade de 21 anos até 24 anos,
b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2009 ou posteriores, preju- 2009. se ainda estiver cursando estabeleci-
ízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2009. AVISO mento de ensino superior ou escola téc-
Bens e direitos - teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de Mesmo que não esteja obrigada, qual- nica de segundo grau, desde que o con-
2009, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ quer pessoa pode apresentar a declaração. tribuinte tenha detido sua guarda judi-
300.000,00 (trezentos mil reais). Exemplo: uma pessoa que não é obrigada, cial até os 21 anos.
Condição de residente no Brasil - passou à condição de residente no mas teve imposto de renda retido em 2009 • pais, avós e bisavós que, em 2009, te-
Brasil em qualquer mês e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro e tem direito à restituição, precisa entregar nham recebido rendimentos, tributáveis
de 2009. a declaração para recebê-la. ou não, até R$ 17.215,08.
Pessoas que podem ser declaradas • menor pobre até 21 anos que o contri-
Para saber se você está obrigado a apresentar a declaração, responda o como dependentes na Declaração do buinte crie e eduque e desde que dete-
questionário no endereço: IRPF 2010: nha sua guarda judicial.
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaFisica/IRPF/2010/declaracao/ • companheiro com quem o contribuinte • pessoa absolutamente incapaz, da qual
obrigatoriedade-questionario.htm tenha filho ou viva há mais de 5 anos, o contribuinte seja tutor ou curador.
MARÇO 2010 CORREIO SINDICAL 11
Declaração em conjunto
AVISOS as pes-
d e ra d a s d ependentes É considerado declarante em conjunto o cônju- • que ingresse no Brasil com visto temporário:
consi a, manti-
Podem ser a tabela acim ge, companheiro ou dependente cujos rendimentos a) para trabalhar com vínculo empregatício, na
o c o m
e acord rante,
soas que, d e n d ê n c ia com o decla sujeitos ao ajuste anual estejam sendo oferecidos à data da chegada;
ão de d e p
veram relaç s no ano-
e n o s d e doze mese tributação na declaração apresentada pelo contri- b) na data em que complete 184 dias, consecu-
e por m ascimen-
mesmo qu o m o n o s casos de n buinte titular. A informação do número de inscri- tivos ou não, de permanência no Brasil, dentro de
de 2009 , c
calendário anual é de
O v a lo r d a dedução ção do CPF do cônjuge, companheiro ou dependente um período de até doze meses;
ento.
to e falecim ente. sem que seus rendimentos sujeitos ao ajuste anual c) na data da obtenção de visto permanente ou
0 ,4 0 por depend clarações
R$ 1 .7 3
e n d e n te s c omuns e de tenham sido oferecidos à tributação na declaração de vínculo empregatício, se ocorrida antes de com-
No caso de
dep os valo-
a ti tu la r p ode deduzir não configura declaração em conjunto. pletar 184 dias, consecutivos ou não, de permanên-
o, cad s comuns,
em separad e r d o s dependente
A declaração em conjunto supre a obrigatorie- cia no Brasil, dentro de um período de até doze me-
s a qu a lq u ma
res relativo te co nst e e m apenas u dade da apresentação da declaração a que porven- ses;
en
ada depend
desde que c
tura estiver sujeito o cônjuge, companheiro ou de- • brasileira que adquiriu a condição de não-re-
PF
declaração
.
g a tó ri o in formar o C pendente. sidente no Brasil e retorne ao País com ânimo defi-
ção, é obri m-
ou mais, co
Pessoas consideradas residentes no Brasil para nitivo, na data da chegada;
Na declara o it o a n o s
ez
ntes com d fins tributários • que se ausente do Brasil em caráter temporá-
de depende .
31/12/2009 ntes devem
ser Considera-se residente no Brasil para fins tri- rio, ou se retire em caráter permanente do território
pletados até s d e p e n d e
entos do sua butários a pessoa física: nacional sem apresentar a Comunicação de Saída
Os rendim n te d e a c ordo com a
pelo declara lacionados
, de • que resida no Brasil em caráter permanente; Definitiva do País, durante os primeiros doze me-
informados v e m s e r re • que se ausente para prestar serviços como as- ses consecutivos de ausência
ambém de ireitos do d
ecla-
natureza. T s b e n s e d salariada a autarquias ou repartições do Governo A declaração de contribuinte residente no Bra-
riminada, o
forma disc ndentes. Brasileiro situadas no exterior; sil, que esteja no exterior, pode ser enviada pela
e seus depe
rante e os d • que ingresse no Brasil com visto permanente, Internet, até as 24 horas (horário de Brasília) do dia
na data da chegada; 30 de abril de 2010.
Medida vale para 5 universidades privadas, en- ser preservada. Muitos abriram polos sem estrutura.” Pesquisadora da FGV-
Carlos
tre elas Unip e Estácio de Sá, as maiores do país. Bielschowsky, SP e do Insper, Marta Maia também elogiou a decisão. “Cabe ao MEC dizer
Segundo ministério, escolas mantinham sem per- secretário de ao aluno se aquele curso tem qualidade.” A lógica tem sido criticada pela
missão 108 polos de apoio, onde os alunos devem Educação a Abed (associação brasileira de educação a distância), que avalia que o setor
cumprir carga presencial obrigatória Distância deve ter liberdade para crescer -mercado e alunos definem quem tem qualida-
O Ministério da Educação anunciou ontem a de. A fiscalização, que já fechou 5.613 polos, ocorre num momento de cresci-
proibição da entrada de alunos em cursos a distân- mento do setor: desde 2004, as matrículas aumentaram 12 vezes.
cia de cinco universidades privadas, incluindo Unip
e Estácio de Sá, as duas maiores particulares do país.
Segundo o governo, 108 polos (pontos de apoio pre- ESCOLAS AFIRMAM QUE IRÃO
senciais obrigatórios) dessas instituições não estão
credenciados e, por isso, não podem oferecer vagas no vestibular deste ano.
Elas têm outros polos regulares, liberados para oferecer vagas. Polos são locais
ESCLARECER SITUAÇÃO AO MEC
em que o alunos devem cumprir a carga presencial obrigatória nos cursos a
distância. Devem ainda oferecer bibliotecas, laboratórios e computadores para BRASÍLIA
consulta. A estimativa do MEC é que, ao todo, os 108 polos irregulares recebe- As universidades citadas pelo Ministério da Educação afirmam que irão
riam 10 mil alunos. Além de Unip e Estácio, estão na relação a Cesumar (PR), esclarecer a situação de seus polos. A Unip disse que os seus 76 polos apon-
a Finom (MG) e a Unisa (SP). A maioria dos locais não autorizados, de acordo O veto ao tados como irregulares estão de acordo com a lei: 33 foram autorizados pelo
com o ministério, estava na Unip: 76. Em Santa Catarina 2 pólos, ambos da MEC há dois anos; nove estão em campi de cursos presenciais; e 34 estavam
vestibular
Unip, foram fechados, um em Concórdia e outro em Joinville. Para o secretário inativos na primeira vistoria por não terem alunos, mas a pasta permitiu que
já está
de Educação a Distância do governo Lula, Carlos Bielschowsky, a escola “dei- fossem abertos quando houvesse estudante. A Estácio de Sá afirmou que “se
valendo – quem, pronunciará ao órgão regulador no prazo estipulado” sobre os polos conside-
xa a desejar”. “A Unip vai melhorar, mas precisa de mais docentes e melhorar
eventualmente, rados irregulares e que possui autorização para funcionar em 54 locais -que
o atendimento e o material didático.” Na Estácio, foram sete polos irregulares,
já tiver realizado estão com vestibular em andamento. A Unisa também disse que “prestará
mas o MEC ainda investiga a existência de outros. Fiscalização - O veto ao
vestibular já está valendo - quem, eventualmente, já tiver realizado seleção nos seleção nos 108 esclarecimentos aos órgãos competentes dentro dos prazos estabelecidos”. A
108 polos deve suspendê-la. As escolas, porém, têm dez dias para se explicar. polos deve Cesumar afirmou que não tem todas informações sobre a decisão e, por isso,
O MEC pode até descredenciá-las. Os procedimentos de fiscalização do MEC suspendê-la. não poderia se pronunciar. Afirmou, porém, que mantém o vestibular para os
foram elogiados por Oscar Hipólito, ex-diretor do Instituto de Física da USP- 58 polos já autorizados. Nenhum representante da Finom foi encontrado. Veja
São Carlos e pesquisador do Instituto Lobo. “Não sei a situação desses polos, a relação de polos não credenciados.
Fonte: Folha de São Paulo
mas o ministério tem sido rígido. O que é correto, porque a qualidade tem de
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