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Circuitos de proteção

Curso profissional Técnico de Instalações Elétricas

Tecnologias Aplicadas

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Circuitos de proteção

Aparelhos de protecção

Os aparelhos de protecção têm como função proteger todos os elementos que


constituem uma instalação eléctrica contra os diferentes tipos de defeitos que podem
ocorrer.

Os principais tipos de defeitos que podem ocorrer num circuito são:

Sobreintensidades
Sobretensões
Subtensões

Sobreintensidade

Se a corrente eléctrica de serviço (IB) ultrapassar o valor máximo (Iz) permitido nos
condutores diz-se que há uma sobreintensidade.

Por exemplo, demasiados aparelhos ligados simultaneamente num mesmo


circuito podem originar uma sobrecarga que é uma sobreintensidade em que a
corrente de serviço no circuito é superior ou ligeiramente superior à intensidade
máxima permitida nos condutores (IB>Iz).

Se, por exemplo, dois pontos do circuito com potenciais eléctricos diferentes
entram em contacto directo entre si estamos na presença de um curto – circuito
que é uma sobreintensidade em que a corrente de serviço no circuito é muito
superior à intensidade máxima permitida nos condutores (IB>>Iz).

Aparelhos de protecção contra sobreintensidades

Para proteger os circuitos contra sobreintensidades (sobrecargas ou curto –


circuitos) são usados disjuntores magnetotérmicos ou corta circuitos fusíveis
que interrompem automaticamente a passagem da corrente no circuito, evitando um
sobreaquecimento dos condutores que pode originar um incêndio.

Disjuntores de baixa tensão

Um disjuntor é constituído pelo relé, com um órgão de


disparo (disparador) e um órgão de corte ( o interruptor)
e dotado também de convenientes meios de extinção do
arco eléctrico (câmaras de extinção do arco eléctrico).

Como disjuntor mais vulgar fabrica-se o disjuntor


magnetotérmico que possui um relé electromagnético
que protege contra curto – circuitos e um relé térmico,
constituído por uma lâmina bimetálica, que protege
contra sobrecargas.

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Características dos disjuntores

• Corrente estipulada (vulgarmente designada por calibre): valor para o qual o


disjuntor não actua.
Correntes estipuladas: 10 – 16 – 20 – 25 – 32 – 40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125 A.
• Corrente convencional de não funcionamento: valor para o qual o disjuntor
não deve funcionar durante o tempo convencional.
• Corrente convencional de funcionamento: valor para o qual o disjuntor
deve funcionar antes de terminar o tempo convencional.
• Poder de corte: corrente máxima de curto-circuito que o disjuntor é capaz de
interromper sem se danificar.
Os poderes de corte estipulados normalizados são: 1,5 – 3 – 4,5 – 6 – 10 KA

EXEMPLO:

Para uma corrente estipulada do disjuntor ≤ 63A o tempo convencional é de 1 hora, para uma
corrente estipulada > 63 A o tempo convencional é de 2 horas.

Curva característica do disjuntor

Consoante os fabricantes, tendo em conta as zonas características de


funcionamento, podem definir-se vários tipos de disjuntores:

Tipo B (equivalente ao tipo L na


norma francesa e alemã): o seu
limiar de disparo magnético é
baixo (3 a 5 In), ideal para curto –
circuitos de valor reduzido.
Utilizados principalmente na
proteção de cargas resistivas.

Tipo C (equivalente ao tipo U e


tipo G na norma francesa e alemã
respectivamente): o seu limiar de
disparo magnético (5 a 10 In)
permite-lhe cobrir a maioria das
necessidades.

Tipo D (equivalente ao tipo D e


tipo K na norma francesa e alemã
respectivamente): o seu limiar de
disparo magnético alto (10 a 20
In) permite utilizá-lo na protecção
de circuitos com elevadas pontas de corrente de arranque. Utilizados principalmente
na proteção de fortes cargas indutivas.

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Fusíveis
Um corta – circuito fusível é constituído por um fio ou lâmina
condutora, dentro de um invólucro.
O fio ou lâmina condutora (prata, cobre, chumbo…) é
calibrado de forma a poder suportar sem fundir, a intensidade
para a qual está calibrado.
Se a intensidade ultrapassar razoavelmente esse valor, ele
deve fundir (interrompendo o circuito) tanto mais depressa
quanto maior for o valor da intensidade da corrente.
Tipos de fusíveis

Fusível Gardy Fusível de rolo Fusível de facas Fusível cilíndrico

Tamanho Calibre Tamanhos mais usuais:

00 160A 5 x 20 mm
0 200A 8,5 x 31,5 mm
1 250A 10,3 x 38 mm
2 400A 14 x 51 mm
3 630A 22 x 58 mm
4 1250A

Características dos fusíveis

• Corrente estipulada (In) é a intensidade de corrente que o fusível pode


suportar permanentemente sem fundir.
Correntes estipuladas: 2 – 4 – 6 – 8 – 10 – 12 – 16 – 20 – 25 – 32 – 40 – 50 – 63 – 80 – 100 –
125 – 160 – 200 – 250 – 315 – 400 – 500 – 630 – 800 – 1000A
• Corrente convencional de não funcionamento (Inf) valor da corrente para o
qual o fusível não deve funcionar durante o tempo convencional.
• Corrente convencional de funcionamento (I2) valor da corrente para o qual
o fusível deve funcionar antes de terminar o tempo convencional
• Poder de corte (Pdc) é a máxima intensidade de corrente que o fusível é
capaz de interromper, sem destruição do invólucro do elemento fusível.
• Tensão nominal (Un) é a tensão que serve de base ao dimensionamento do
fusível, do ponto de vista do isolamento eléctrico.

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Curva característica do fusível

Curva intensidade - tempo de fusão –


é a curva que relaciona os valores da
intensidade à qual o fusível funde com o
respectivo tempo que o fusível demora a
fundir.
O fusível não funde para a sua
intensidade nominal (IN) ou calibre.
O fusível funde em B mais depressa do
que em A, visto que I é mais elevado em
B.

Tipos de fusíveis
Fusíveis de acção lenta – tipo gG
Fusíveis que protegem contra sobrecargas e contra curto-circuitos os circuitos com
pontas de corrente não elevadas. Por exemplo, cargas resistivas (ação lenta).
Fusíveis de acção rápida – tipo aM
Fusíveis que protegem exclusivamente contra curto-circuitos. Destinam-se à
proteção de circuitos com fortes cargas indutivas. Por exemplo, motores.
Têm ação rápida e se o circuito a proteger necessitar de proteção contra
sobrecargas, terá de ser feita por outro dispositivo (por exemplo, relé térmico).
Protecção contra sobrecargas
A protecção contra sobrecargas das canalizações eléctricas é assegurada se as
características dos aparelhos de protecção respeitarem simultaneamente as
seguintes condições:
A corrente estipulada do dispositivo de protecção (In) seja maior ou igual à corrente
de serviço da canalização respectiva (IB) e menor ou igual que a corrente máxima
admissível na canalização (IZ).
IB ≤ In ≤ IZ
A corrente convencional de funcionamento do dispositivo de protecção (I2) seja
menor ou igual que 1,45 a corrente máxima admissível na canalização (IZ).
I2 ≤ 1,45 IZ

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Exercício de aplicação
Seleccione o calibre (In) do disjuntor de protecção contra sobrecargas de uma
canalização constituída por condutores H07V-U com secção de 2,5 mm 2, em tubo,
que vai alimentar uma máquina de lavar roupa cuja intensidade de serviço (IB) é de
14,6 A.
IB = 14,6 A
s = 2,5 mm2 → IZ = 19,5 A (Quadro 52-C1 - Parte 5 / Anexos das RTIEBT)
1ª condição:

IB ≤ In ≤ IZ
A intensidade nominal do disjuntor (In) terá que ser maior ou igual a 14,6 A (IB).
Sabendo que as correntes estipuladas dos disjuntores são de 10 – 16 – 20 – 25 – 32 –
40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125 A, encontramos nessa situação o disjuntor com uma
intensidade nominal de 16 A. Assim, a 1ª condição está verificada:
14,6 < 16 < 19,5
2ª condição:

I2 ≤ 1,45 x Iz
A corrente convencional de funcionamento (I2) do disjuntor de 16 A é de 23 A (1,45 x
In). A 2ª condição está verificada já que:
23 ≤ 1,45 x 19,5
23 < 28,3
O calibre ou a intensidade nominal do disjuntor a utilizar seria de 16A.

Protecção contra curto-circuitos

A protecção contra curto-circuitos das canalizações eléctricas é assegurada se as


características dos aparelhos de protecção respeitarem simultaneamente as
seguintes condições:

Regra do poder de corte: o poder de corte não deve ser inferior à corrente de
curto-circuito presumida no ponto de localização.

Icc ≤ Pdc

Regra do tempo de corte: o tempo de corte resultante de um curto-circuito em


qualquer ponto do circuito não deverá ser superior ao tempo correspondente à
elevação da temperatura do condutor ao seu máximo admissível.
Para curto-circuitos de duração até 5s, o tempo aproximado correspondente à
elevação da temperatura do condutor ao seu máximo admissível é dado pela
expressão:
√t = K x (S / Icc)
t - tempo expresso em segundos
S – secção dos condutores em mm2
Icc – corrente de curto-circuito em A, para um defeito franco no ponto mais afastado do circuito.
K – constante, variável com o tipo de isolamento e da alma condutora, igual a 115 para condutores de
cobre e isolamento em PVC.

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Exercício de aplicação

Verificar se o disjuntor de 16A anteriormente seleccionado para protecção contra


sobrecargas pode ser utilizado na protecção conta curto – circuitos sabendo que:

Considere a resistividade do cobre (ρ) igual a 0,017 Ω.mm2 / m

Regra do poder de corte

• Cálculo da resistência do conduto a jusante do quadro eléctrico (QE):


R = (ρ x l) / s → R = (0.017 x 10) / 2,5 → R = 0,068 Ω
• Cálculo da resistência do conduto a montante do quadro eléctrico (QE):
R = (ρ x l) / s → R = (0.017 x 5) / 4 → R ≈ 0,021 Ω
• Resistência total do condutor: 0,068 + 0,021 = 0,089 Ω
• Cálculo da corrente de curto – circuito:
Icc = U / R → Icc = 230 / 0,089 → Icc ≈ 2584 A
Se esse disjuntor tiver um poder de corte (Pdc) de 3KA pode ser utilizado, já
que cumpre a condição: Icc ≤ Pdc
NOTA: Os poderes de corte estipulados normalizados são: 1,5 – 3 – 4,5 – 6 – 10 KA

Regra do tempo de corte

O aparelho de proteção terá de cortar a corrente de curto-circuito num tempo inferior


ao calculado pela expressão:

√t = K x (S / Icc)

t - tempo de corte de um curto – circuito expresso em segundos


S – secção dos condutores em mm2
Icc – corrente de curto-circuito em A, para um defeito franco no ponto mais afastado do circuito.
K – constante, variável com o tipo de isolamento e da alma condutora, igual a 115 para condutores de
cobre e isolamento em PVC.

√t = K x (S / Icc)
√t = 115 x (2,5 / 2584)
√t = 0,11
(√t)2 = (0,11)2
t = 0,0121 s
t = 12,1 ms

O disjuntor magnetotérmico corta a corrente de curto-circuito de 2584 A num tempo


inferior a 12,1 ms, como se pode observar nas curvas características a seguir
representadas, o tempo de corte seria de 6 ms.

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Selectividade dos aparelhos de protecção

Diz-se que há selectividade dos aparelhos de protecção quando em caso de defeito


apenas actua o aparelho de protecção imediatamente a montante do defeito.
Na prática a selectividade é garantida se:

• A intensidade nominal do corta circuito fusível colocado a montante for igual


ou maior a três vezes a intensidade nominal do corta-circuitos fusível
colocado a jusante (selectividade entre corta-circuitos fusível).
• A intensidade nominal do disjuntor colocado a montante for igual ou maior a
duas vezes a intensidade nominal do disjuntor colocado a jusante
(selectividade entre disjuntores).
• As curvas características do aparelho de protecção contra sobrecargas e do
aparelho de protecção contra curto-circuitos forem tais que actue o primeiro
aparelho situado a montante (selectividade entre disjuntores e corta –
circuitos fusível).

Selectividade entre corta-circuitos fusível:

INF1 ≥ 3 x INF2

Selectividade entre disjuntores:

IND1 ≥ 2 x IND2

Selectividade entre disjuntores e corta – circuitos fusível

Seletividade entre diferenciais

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* * Diferencial geral do tipo S –


Protecção selectiva

Tipo G – Usos gerais – Característica de funcionamento instantânea.

Tipo S – Utilização com selectividade – Características de funcionamento selectiva em relação ao


aparelho do tipo G, obtida a partir de uma temporização fixa de disparo de 40 ms.

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Sobretensão
As sobretensões (aumento da tensão) podem ser de origem externa (descarga
atmosférica) ou de origem interna (falsas manobras, deficiências de isolamento com
linhas de tensão mais elevada).
Descarregador de Sobretensão
Para a protecção contra sobretensões usa-se
um descarregador de sobretensões (DST) a
instalar à entrada da instalação (a montante ou
a jusante do dispositivo diferencial). Quando o
DST for estabelecido a montante do dispositivo
diferencial o maior inconveniente é resultante do
facto desse dispositivo não proteger as
instalações associadas ao DST e, por isso, há
perigo de choque elétrico para as pessoas.
De salientar que os DST não protegem as
instalações contra as descargas atmosféricas
directas seja sobre as redes de distribuição, seja
sobre os edifícios.
Relativamente aos efeitos indirectos nas
instalações eléctricas, os níveis das
sobretensões dependem do tipo de rede e
alimentação (aérea, subterrânea) e das características da alimentação.

Este tipo de protecção para a


segurança justifica-se porque
é comum nos dias de hoje, a
existência nas instalações de
equipamentos electrónicos
sensíveis, nomeadamente no
domínio da informática e telecomunicações que poderiam sofrer avarias.
Montagem de descarregadores de sobretensões
Por razões de eficácia da protecção, os descarregadores de sobretensões devem
ser instalados, em regra, na origem da instalação ou sua proximidade (quadro de
entrada) e são ligados de forma adequada entre os condutores activos (fase +
neutro) e a terra.
Ligação de um DST na rede monofásica no regime de
neutro TT.

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Ligação de um DST na rede trifásica no regime de neutro TT.

As ligações dos DST ao terminal principal de terra devem ser feitas com condutores
de secção não inferior a 4 mm2, ou 10 mm2 no caso do edifício ser dotado de pára-
raios, devendo o seu comprimento ser o mais curto possível.

Os DST não podem ficar instalados em locais com risco de incêndio ou de explosão.

Para que seja criteriosa a seleção dos DST a instalar, apresentam-se no quadro
seguinte os valores de sobretensões presumidas nas várias zonas de cada
instalação, desde a origem até aos equipamentos especiais.

Principais Caraterísticas de um DST

Imax (corrente máxima de descarga) é o pico de corrente máximo de uma forma de


onda curta que o DST é capaz e desviar à terra sem se danificar.

Nível de protecção de tensão Up – Este é o parâmetro que define a acção do


descarregador de sobretensões, limitando a tensão aos seus terminais a este valor.
Esta tensão deve ser menor que a tensão de isolamento dos aparelhos a proteger.

Tensão máxima de trabalho Uc – Valor da tensão a que um dispositivo de protecção


contra sobretensões pode estar permanentemente ligado; deve-se ter em
consideração a tensão nominal da rede Un e as tolerâncias possíveis.

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Exigência legal de protecção

A obrigação de protecção depende do:


- Tipo de alimentação (aérea, subterrânea ou mista)
- Nível ceráunico (NC) do local ou região.

Modo de alimentação da Exigência de protecção


Nível ceráunico
instalação de BT contra sobretensões
Rede subterrânea. Qualquer Não obrigatório.

Alimentação mista (aérea – NC ≤ 25 dias por ano. Não obrigatório.


subterrânea). NC > 25 dias por ano Recomendado ou Obrigatório.
Qualquer tipo, em edifícios
Obrigatório.
equipados com pára-raios.

Níveis ceráunicos em Portugal

Nível ceráunico – Número de dias


por ano em que se ouvem trovoadas.
Esta variável traduz a probabilidade
de ocorrência de descargas
atmosféricas.


Obrigatório quando o nível das sobretensões transitórias seja superior ao nível de referência (4KV
para redes monofásicas e 6KV para as redes trifásicas).

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Subtensão

A proteção contra a falta ou abaixamento de tensão deve ser estabelecida quando


existam equipamentos que possam sofrer avarias ou serem perturbados no seu
normal funcionamento, como é o caso dos motores e equipamentos informáticos ou
outros baseados na eletrónica.

As subtensões podem ocorrer por:


 Excesso de carga ligada (originando quedas de tensão nas linhas e cabos)
 Desequilíbrio acentuado na rede trifásica
 Rotura de uma das fases
 Contactos à terra de uma fase

Dispositivos de proteção contra os abaixamentos de tensão:

 Relés sensíveis aos abaixamentos de tensão


 Contactores sem encravamento.

Não é obrigatório prever dispositivos de protecção contra os abaixamentos de


tensão se as avarias causadas na instalação ou nos equipamentos constituírem um
risco aceitável e não representarem perigo para as pessoas.

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