O livro que vos vou apresentar chama-se: “O Rapaz Do Pijama às
Riscas”. Este livro foi escrito por John Boyne. John Boyne nasceu a 30 de abril de 1971 em Dublin. É escritor e romancista e foi galardoado com o prémio Curtis Brown. A sua Magnum Opus é esta mesmo. Esta narrativa passa-se durante o Holocausto e tem como personagem principal Bruno, um menino alemão de 9 anos que morava em Berlim. Bruno gostava da sua vida na capital, tinha 3 amigos para a vida toda, uma irmã chata uma mãe preocupada e um pai que mesmo desconhecendo o que fazia, sabia que ele era importante para a nação. Certo dia, Bruno vê-se obrigado a sair do conforto e a muda-se para Acho- Vil. Bruno detestava a nova casa, só tinha 3 andares e como achava que a irmã era um caso perdido, não tinha ninguém com quem brincar. Isto, até olhar pela janela do seu quarto e observar um campo de concentração. Bruno não sabia o que aquilo era e muito menos o facto dos nazis detestarem os Judeus e por isso decidiu explorar a zona. Após muito percorrer, Bruno encontrou um rapaz da sua idade muito pequeno e magro chamado Shmuel. Todos os dias depois das suas aulas em casa Bruno ia conversar com Shmuel. Certo dia, o pai diz que a mãe, a Gretel e o Bruno iam voltar para Berlim porque aquele não era um ambiente adequado para crianças. Esta decisão significava mais uma reviravolta na vida de Bruno. Ao receber a notícia, Shmuel fica triste e para se despedirem convida-o a passar a vedação e a ajudá-lo procurar o pai, que inocentemente Shmuel acreditava que este se perdeu. Bruno aceita e no dia a seguir lá estão eles dentro do campo à procura de pai de Shmuel. Já desistindo da procura Bruno deseja ir para casa, no entanto, é surpreendido por guardas que os levam para uma câmara de gás. Inocentemente Bruno pensava que estava a ir para um abrigo da chuva e depois disto, nada mais se ouviu falar sobre Bruno. Este livro contém partes emocionalmente pesadas muitas protagonizadas pelo Tenente Kotler. (ler 123) Este livro não acaba bem, é um facto, mas chama-nos à realidade. Podemos, aqui, entender uma pequena parte do que se passava na época ao nível do Holocausto. O Holocausto consistiu num genocídio de Judeus durante a 2º Guerra, onde se estimam 6 milhões de mortos. Mas porquê? Porque é que Hitler queria fazer a raça perfeita? Porque é que Hitler se achava mais por ser alemão? Seria ele de facto melhor que nós? Não, não era de certeza. Ninguém é melhor que ninguém. Cada um tem as suas capacidades e dons para algo e não deve ser julgado nem gozado por isso. Para além disso, todos os cérebros são diferentes e isto leva-nos a ter diferentes maneiras de pensar e agir. Porque é que Hitler não gostava dos Judeus? Por pensarem de uma maneira diferente? Por acreditarem em algo que Hitler não acreditava? Estavam no seu direito. Todos temos o direito à liberdade e a nossa liberdade acaba quando começa a do outro. Infelizmente nessa altura não era bem assim. Por outro lado, este livro mostra-nos a inocência da infância. Bruno não sabia quem eram aqueles rapazes que se encontravam dentro da vedação que via do seu quarto, não sabia as atrocidades que se viviam lá, só queria apenas entrar e brincar. Bruno vivia num mundo floreado, queixando-se dos problemas a Shmuel. “A minha nova casa só tem 3 andares” repetia isto frequentemente, já Shmuel apenas disse uma vez “olha, vivíamos 11 no mesmo quarto e tinha lá um rapaz maior que eu que me batia e muito”. Na nossa idade, muitos problemas parecem o fim do mundo como o facto daquela pessoa não gostar de nós ou não termos o iPhone 11. Mas olhem é lidar! Lembrem-se que há sempre alguem que esteja com problemas maiores, com mais vontade de chorar, no entanto, aparentemente está tudo bem porque escondem tudo atrás de um sorriso amarelo e falso… até que um dia sabem da notícia que essa pessoa não vai estar mais lá e sabem porquê? Não aguentou mais. Por isso valorizem e agradeçam a vossa sorte porque qualquer dia ela pode mudar e o tempo é uma linha unidirecional e irreversível.