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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa..................................................................... 5
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
Conceitos introdutórios de concreto armado.......................................................................... 9
Capítulo 1
Breve histórico das construções..................................................................................... 9
Capítulo 2
Elementos de composição do concreto...................................................................... 14
Capítulo 3
Introdução ao cálculo de estruturas........................................................................... 21
Unidade iI
Detalhamento de vigas.................................................................................................................... 37
Capítulo 1
Aderência, ancoragem e emendas.................................................................................. 37
Capítulo 2
Dimensionamento da armadura....................................................................................... 52
Unidade iII
Detalhamento de lajes..................................................................................................................... 56
Capítulo 1
Lajes maciças de concreto armado.............................................................................. 56
Capítulo 2
Lajes nervuradas................................................................................................................ 67
Capítulo 3
Dimensionamento da armadura....................................................................................... 78
Unidade iV
Detalhamento de pilares.................................................................................................................. 82
Capítulo 1
Detalhamento de pilares.................................................................................................... 82
Capítulo 2
Dimensionamento da armadura..................................................................................... 102
Referências................................................................................................................................. 117
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
O concreto é um material de construção considerado como aglomerado artificial e obtido
por meio do endurecimento de uma pasta de cimento e água acrescida de agregado
graúdo (brita) e agregado miúdo (areia).
Ele tem baixa resistência a tração e, por isso, foi necessário o acréscimo de outros
materiais para suprir essa deficiência inicial. Dentre eles, o mais comumente usado e
aceito é o aço. Portanto, a junção do concreto com o aço é responsável pela composição
do concreto armado.
Este caderno de estudo foi baseado na NBR 6118/2014 e outros materiais de apoio de
diversos autores.
Objetivos
»» Conhecer conceitos básicos sobre a composição do concreto armado.
7
8
Conceitos
introdutórios de Unidade I
concreto armado
Esta unidade foi escrita com base na NBR 6.118/2014 e em diversas publicações sobre
o tema, inclusive as notas de aula de Fernandes (2006) e Camacho (2005).
Capítulo 1
Breve histórico das construções
A pré-história traz as primeiras construções, ainda que rudimentares, do homem. Os
homens paleolíticos já sentiam as variações climáticas mais que os animais, necessitando
de abrigo da chuva e do frio.
Eles viviam em cavernas e grutas (reentrâncias rochosas, como na figura 1), quando as
encontravam, mas também aprenderam a cavar abrigos debaixo da terra quando não
encontravam as grutas.
9
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
Alguns desses abrigos eram escavados quase verticalmente e alguns registros indicam
que chegavam aos dois metros de profundidade.
10
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
Ele previa penas de morte para o arquiteto e sua descendência, em caso de a construção
entrar em colapso.
Os gregos foram responsáveis por grande avanço na cultura e nas ciências, refinando as
teorias científicas, a alimentação, a música e, entre outros, a construção civil.
Conforme figura 5, a arquitetura grega primava pela quantidade de detalhes nas peças
e pela quantidade de peças propriamente ditas.
Portanto, a carga para as fundações de construções como o Parthenon era muito grande.
As fundações eram feitas a partir da sobreposição de blocos de pedra.
11
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
A Idade Média avançou pouco em relação aos processos construtivos, mas introduziu
a utilização de fundações subaquáticas e o uso do bate-estaca, similar aos bate-estacas
manuais atuais.
A Idade Moderna, por sua vez, trouxe muitas contribuições para a construção civil,
tanto quanto para as demais áreas da cultura, das ciências e das tecnologias.
12
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
Em 1561, foi escrito, por Philibert l’Orme, o livro mais popular da época sobre fundações,
contemplando as fundações superficiais, profundas, fluviais e marítimas.
O cientista e engenheiro francês Charles Augustin Coulomb deu início aos estudos de
Mecânica dos Solos em 1776.
Ele foi secundado por Rankine, Collin e Darcy, difundindo e acrescentando experimentos
e teorias sobre a Geotecnia.
No século XX, a Mecânica dos Solos se consolida como ciência a partir dos estudos
e esforços de Atterberg e, principalmente, Karl Terzaghi, conhecido como o pai da
Mecânica dos Solos.
Hoje, as construções estão tocando nas nuvens. O prédio mais alto do mundo na
atualidade está em fase final de construção e terá 1008m de altura, mais de 60 metros
de profundidade das fundações e mais de 80.000 toneladas de aço em sua constituição.
13
Capítulo 2
Elementos de composição do concreto
Definição e histórico
A pedra possui alta resistência à compressão e longa durabilidade, mas baixa resistência
a tração.
A madeira possui boa resistência a compressão, mas sua durabilidade é depende das
condições do meio.
O ferro possui alta resistência a tração mas pode sofrer com interferências do meio
como a corrosão devido a ferrugem.
O concreto é composto por cimento, água, ar, agregado miúdo (areia) e agregado graúdo
(brita).
14
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
A NBR 6118/14 define como sendo concreto simples qualquer elemento estrutural que
não possui armadura ou possui muito pouco para ser considerado como sendo feito de
concreto-armado.
Cimento
O começo do século XIX trouxe à Inglaterra o início do hábito de se utilizar um material
de construção que é conhecido hoje em dia como “cimento Portland”.
A popularização do uso deste tipo de cimento se deu apenas após a metade daquele
século, quando este material passou a ter produção em massa, para alcançar a demanda.
Este material se caracteriza como sendo um pó bem fino e possui a propriedade de ser
um aglomerante hidráulico que atinge rigidez (endurecimento) em contato com a água.
Dentre os elementos que compõem o concreto simples, o cimento tem a função maior,
pois é responsável pela transformação da mistura em produtos finais.
Figura 8. Cimento.
Para a obtenção do clínquer, uma rocha de calcário passa por uma britadeira e depois
é moída.
Após ser misturado com argila, o material é submetido a um forno com temperaturas
que chegam até 1500°C e após é resfriada e forma clínqueres que são moídos e
transformados em pó.
15
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
No Brasil existem diferentes tipos de cimento que se diferenciam em função dos seus
componentes.
Em quantidade baixa, a reação química ocorre de forma incompleta e se for alta demais
a resistência do concreto irá diminuir devido a quantidade de vazios no concreto que a
água vai deixar ao evaporar.
Para preencher os vazios do concreto, ele deve ter uma distribuição granulométrica feita
de forma homogenia, para evitar a porosidade que causa a diminuição da resistência
da estrutura.
16
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
Por meio da variação dessa dosagem e o acréscimo de aditivos é que se chega a concretos
com diferentes características e resistências.
Quanto menor o valor do fator água/cimento, maior a resistência, pois quanto menos
permeável maior é a durabilidade do concreto.
O que se chama de cura é a manutenção feita no pórtico durante as primeiras horas logo
depois da concretagem.
Para fazer a cura, é necessário molhar o concreto de tempos em tempos para que esse
não perca água de forma muito rápida por causa da evaporação, o que causa fissuras e
pontos fracos na estrutura.
Tipos de agregados
Os agregados podem ser classificados, segundo a origem, entre naturais e artificiais.
Agregados de origem natural são aqueles providos pela natureza, a exemplo de areias,
pedregulhos, cascalhos, seixos-rolados.
Os artificiais são os que passam por processos industriais com a finalidade de mudar
suas características originais em tamanho ou composição química.
17
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
Como exemplo, são miúdos areias e graúdos pedregulhos, sendo que miúdos tem que
ter dimensão máxima ou inferior a 4,8mm e graúdos devem ter dimensões maiores do
que 4,8mm.
Os agregados também são classificados quanto a sua massa específica aparente em que
são divididos como leves, normais ou pesados, que sejam:
18
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
Concreto armado
O concreto possui altas resistências a compressão, mas resiste pouco às solicitações de
tração, que é de 10% da resistência a compressão.
Com a adição de uma armadura de aço, o concreto simples passa a ser concreto armado.
A NBR 6118 (ABNT, 2014) define concreto armado como um elemento estrutural que
funciona a partir da aderência entre o concreto e a armadura de aço.
19
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
Embora outros materiais possam ser utilizados, eles também precisam ter altas
resistências mecânicas, sendo sua necessidade principal a alta taxa de resistência à
tração.
Existe aderência entre o aço e o concreto. Isso se dá por causa dos coeficientes de
dilatação térmica dos dois elementos, que são praticamente iguais, além da proteção
a corrosão promovida pelo concreto é garantida pelo “cobrimento”, que é uma
determinada espessura entre a face externa do concreto e o aço.
20
Capítulo 3
Introdução ao cálculo de estruturas
Existem muitos fatores referentes a como as cargas no são distribuídas nas áreas
expostas a flexão e A compressão, próximo a ruptura, a exemplo:
»» tempo da carga;
»» feixes de armadura;
»» geometria da seção;
»» resistência da peça;
»» idade do concreto;
»» mistura do concreto;
»» condições climáticas.
Devido aos diversos fatores, é muito difícil, quase impossível, construir modelo de
distribuição de tensões que atinja todas as possibilidades de situação.
Segundo Fernandes (2006), considere-se que no período dos anos iniciais da vida do
concreto, ele envelhece e ocorre o amadurecimento junto com quantidade de água no
cimento.
21
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
Por isso, as tensões distribuídas na área sujeita a compressão que oscila de um triângulo
arredondado e uma parábola, em que os valores máximos não se situam na borda da
seção.
Uma borda submetida a carga de compressão pode estar comprometida de 0,2% a 1%.
e
Fonte: Fernandes (2006).
22
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
Hipótese de cálculo
Por causa do concreto ter baixa resistência a cargas de tração, considera-se a existência
de fissuras no concreto.
Dessa maneira, todas as solicitações de tração devem ser resistidas pela armadura,
admitindo que exista perfeita aderência entre as barras de aço e o concreto não fissurado.
Adota-se esse limite de forma convencional, porque se considera que esse valor
corresponde a fissuração excessiva do concreto e deformação excessiva da peça, levando
ao esgotamento da capacidade de resistência.
23
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
Esse diagrama pode ser substituído por um retângulo de altura y = 0,80x, com a tensão
de valor 0,85 fcd no caso em que a largura da seção paralela à linha neutra não diminui
até a borda comprimida e 0,80 fcd no caso contrário.
Para se calcular, dimensionar e verificar é preciso admitir uma maneira em que a curva
de tensões seja distribuída nas áreas e seções da peça.
Diversos estudos que comparam os métodos para distribuição de cargas mostram que
se for feita calculando uma parábola do 2° grau, partindo da linha neutra até a fibra com
deformação de 0,20%, com uma reta até a borda com maior carga de compressão, em
que a tensão é de 0,85fcd, apresentam resultados coerentes com os obtidos de forma
experimental.
24
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
Figura 16.
25
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
Domínios de deformação
Para se encontrar o diagrama de deformação, para uma solicitação normal que tenha
atingido o estado limite último, em uma determinada seção que recebe a cargas normais,
é necessária a demarcação de regiões chamadas de domínios de deformações.
Estados limites
A NBR-6118 diz que o estado limite de uma estrutura é atingido quando a mesma não
possui mais as características, resistência e condição inicialmente prevista em projeto
e se torna inutilizável.
Qualquer construção pode chegar ao estado limite, seja por estrutura ou por
funcionalidade. Dessa maneira, estuda-se duas classes de estados limites: Estados
Limites Últimos (ruina) e estados Limites de utilização (funcionalidade).
a. Último:
26
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
›› Casos especiais.
b. De utilização:
Formação de fissuras
a. Abertura de fissuras:
27
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
b. Deformação excessiva:
Onde:
d. Considerações da NBR-8681:
e. Considerações da NB1-99:
γf = (1 . γf2),
28
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
A utilização de ações de forma combinada se faz preciso para que a estrutura seja
analisada em diferentes estados e limite-se em diferentes condições. As combinações
de serviço são:
a. Quase permanente:
29
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
»» Aqui a variável Fq1 é considerada é considerada para cálculo com seu valor
ψ1.Fqk,1 e as outras variáveis são consideradas quase-permanentes ψ2.Fqk:
m n
Fd = ∑Fgk,i + ϕ1Fqk,1 + ∑ϕ2 j Fqk,1 Eq. 1.3.7
1 2
Aqui a variável Fq1 é considerada para cálculo com seu valor Fqk,1 e as outras
variáveis são consideras para cálculo como valores frequentes ψ1.Fqk:
m n
Fd= ∑Fgk,i + Fqk,1 + ∑ϕ1j Fqk,1 Eq. 1.3.8
1 2
30
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
Essa contração ocorre porque nas regiões da peça em que existe armadura,
a contração é parcialmente interrompida o que provoca abaulamento da
peça.
Ações de curta duração: ações que surgem por cargas variadas que não
fazem parte das solicitações permanentes da peça.
1 ε c + ε s Eq.1.3.9
=
r d
Verificando a equação, considera-se £c igual a 3 vezes o valor de εc inicial,
com εs igual o valor inicial.
31
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
d. Flechas em vigas:
α: coeficiente
l:vão teórico
I: inércia da seção
Flecha total para ações de longa duração: para encontrar o valor da flecha
total para ações de longa duração, é necessária a soma da flecha imediata
com uma parcela da fluência.
32
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
Pelo fato do produto do valor da flecha imediata pela relação das curvaturas
final (1/r)f e inicial (1/r)i da seção de maior momento em valor absoluto.
Logo, o coeficiente β:
1
r f
β= Eq. 1.3.13
1
r i
Figura 18.
dx ε c dx + ε s dx ( εc + ε s ) dx 1 ( εc + ε s ) Eq. 1.3.14
= = = ;
r d d r d
O primeiro desses casos é o mais frequente e considerando-se a
deformação no aço constante, tem-se:
33
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
1 (=
ε c ) f + 3. ( ε s ) f 3ε c + ε s 1
= e i
(=
εc ) i + 3. ( ε s ) i εc + ε s
Eq. 1.3.16
= f
r d d r d d
1 3ε c + ε s
r f d 3εc + ε s Eq. 1.3.17
=β = =
→β
1 εc + ε s εc + ε s
d
r i
e. Critérios de aceitação:
34
Conceitos introdutórios de concreto armado │ UNIDADE I
α il +
α cl
=α il +
(β − 1) αil =α 1 + β Eq. 1.3.26
il
2 2 2
Logo:
1+ β
α il ≤ α 0 ≤ αil Eq. 1.3.27
2
então:
1
500 → Geral
αt − α 0 = αtl + αis − α 0 ≤ Eq. 1.3.28
1150 → Balanças
35
UNIDADE I │ Conceitos introdutórios de concreto armado
E o terceiro é que se faz necessário considerar o efeito da fluência no cálculo das flechas.
Critérios de aceitação
Os deslocamentos limites são valores práticos usados para se verificar o estado limite
das deformações excessivas da construção, sendo que deslocamentos excessivos dos
elementos estruturais não podem ser desejados por inúmeros motivos.
São eles:
36
Detalhamento de Unidade iI
vigas
Capítulo 1
Aderência, ancoragem e emendas
Esta unidade foi escrita com base na NBR 6118/2014, apresentando diversos tópicos
dela. Os itens são relativos às vigas contínuas de edificações.
Definição
Segundo a norma, uma viga é definida como, “elementos lineares em que a flexão é
preponderante”. Sabe-se que um elemento linear é o que apresenta o comprimento
longitudinal no mínimo três vezes superior a maior dimensão da seção transversal.
Análise estrutural
Deve-se realizar a análise utilizando um modelo estrutural que combine com a peça a
ser estudada.
Existe a possibilidade de que seja necessário analisar o objeto utilizando vários modelos
para que todo tipo de verificação seja atendido.
37
UNIDADE II │ Detalhamento de vigas
Introdução
Observe as barras de aço no bloco de concreto (figura 19).
Se o comprimento lb da barra for curto, ela pode ser arrancada caso uma carga de
tração seja aplicada.
∅ f yd Eq. 2.2.2
lbl =
4 τbu
Figura 20.
38
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
A consideração das duas primeiras variáveis é feita por meio do conceito de zonas de
aderência: zona de boa aderência (zona I) e zona de aderência prejudicada (zona II).
Zonas de aderência
Figura 21.
Quando o concreto é vibrado, faz com que o excesso de água presente na mistura suba
para a superfície do concreto.
Quando essa água evapora, ela deixa vazios que enfraquecem a área de contato da
armadura do concreto e isso geralmente causa perda de aderência das barras de aço na
parte superior do pórtico (zona II, ou de aderência prejudicada).
39
UNIDADE II │ Detalhamento de vigas
Figura 22.
Valores de τ bu
barras lisas:
Quadro 2.
40
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
lb1
3
As ,calc
lb lb1
= ≥ 10∅ Eq. 2.2.5
As ,ef 10 cm
»» barras lisas: 15 φ
Figura 23.
Para barras lisas tracionadas de diâmetro φ > 6,3 mm, utiliza-se sempre com ganchos
de extremidade.
O valor obtido deve ser elevado cerca de 20% no caso de feixe de duas barras e de 33%
para mais de duas barras.
∅ e =∅ n Eq. 2.2.9
Figura 24.
Nas ancoragens de barras comprimidas, deve existir, logo após sua extremidade,
armadura transversal capaz de resistir a 1/5 da carga ancorada, com o intuito de
proteger o concreto dos efeitos de cargas concentradas na ponta.
42
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
Dessa maneira, a tensão a partir de 0 cresce na extremidade da barra Fyd distante lb1
da extremidade.
Figura 25.
As emendas podem ser de solda, luva prensada ou trespasse, que é comumente utilizada
por ser de fácil aplicação.
Figura 26.
43
UNIDADE II │ Detalhamento de vigas
Figura 27.
Os ramos horizontais dos estribos podem ser usados como armaduras de costura ao
longo das emendas.
Figura 28.
Quadro 3.
Distância transversal Ψ5
entre emendas (a) Proporção de barras emendadas na mesma seção
transversal
≤1/5 >1/5 >1/4 >1/3 >1/2
≤1/4 ≤1/3 ≤1/2
a≤10∅ 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
a>10∅ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4
Figura 29.
44
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
Figura 30.
φ: diâmetro da barra
45
UNIDADE II │ Detalhamento de vigas
A figura 31 mostra a disposição usual com armaduras isoladas entre si. Às vezes,
pode-se adotar armadura formada por feixes de 2 ou 3 barras.
Figura 31.
Quando, por qualquer motivo, c > 6 cm, é recomendado se utilizar uma rede
complementar dentro dos limites anteriormente indicados.
46
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
∅ ∅
eh ≥ 2 cm ; ev ≥ 2 cm Eq. 2.2.11
1, 2∅ 0,5∅
agr agr
φ: diâmetro da barra.
Figura 32.
Figura 33.
Caso ocorra uma distribuição em mais de três camadas, é necessário se prever a partir
da quarta camada, espaço correto para a passagem do vibrador (figura 34).
Figura 34.
47
UNIDADE II │ Detalhamento de vigas
Figura 35.
Detalhes complementares:
Figura 36.
48
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
Figura 37.
Figura 38.
Decalagem
A decalagem é uma translação para o lado desfavorável, que ocorre devido à fissuração
diagonal.
49
UNIDADE II │ Detalhamento de vigas
Figura 39.
η: a taxa de cobertura:
τc τc
η = 1− = 1− Eq. 2.2.14
τ0 d 1,15τwd
Na prática, para vigas pode-se adotar:
Diagrama de momentos
É prolongada pelo menos 10φ além do ponto σs0 e não pode ter comprimento inferior
ao necessário.
Se a barra não for dobrada, deve prolongar-se além de B no mínimo 10φ. Se a barra for
dobrada, o início do dobramento pode coincidir com B.
50
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
Figura 40.
51
Capítulo 2
Dimensionamento da armadura
Figura 41.
a. Equações de equilíbrio:
0 = RC + R'S − RS
Eq. 2.3.1
M u =RC zC + R'S ( d − d' )
b. Equações de Compatibilidade:
ε c ,u ε's εs
= = Eq. 2.3.2
x x − d' d − x
Da equação de compatibilidade:
ε c ,u ε s Eq. 2.3.3
=
x d−x
52
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
ε c ,u
x= d
εc ,u + ε s Eq. 2.3.4
x
β x = Eq. 2.3.5
d
βx: coeficiente adimensional que fornece a posição relativa da LN na seção.
Sendo:
ε c ,u
x= d Eq. 2.3.6
ε c ,u + ε s
Logo,
ε
β x = c ,u Eq. 2.3.7
ε c ,u + ε s
Sendo:
53
UNIDADE II │ Detalhamento de vigas
Logo:
2. As vantagens são:
Menos gastos.
Definição:
d'
n= Eq. 2.3.14
d
ε's ε
= s Eq. 2.3.15
x − d' d − x
54
Detalhamento de vigas │ UNIDADE II
x − d'
ε's =ε s Eq. 2.3.16
d−x
x − d' Eq. 2.3.17
ε's =0, 010
d−x
β x − n Eq. 2.3.18
ε's =0, 010
1 − βx
Domínio 3 e 4: 0,259d < X < D ∴ 0,259 < Βx < 1
εc =εc ,u =0,35% Eq. 2.3.19
0 ≤ ε s ≤ 1%,
Figura 42.
ε's ε
= c ,u Eq. 2.3.20
x − d' x
x − d' Eq. 2.3.21
ε's =εc ,u
x
x − d' Eq. 2.3.22
ε's = 0, 0035
x
β x − n Eq. 2.3.23
ε's = 0, 0035
βx
β’xy valor de βx quando ε’s = ε’yd (nos domínios 2, 3 ou 4).
β’xy é obtido, para cada aço, por uma das duas expressões de ε’s acima,
sendo admitindo-se ε’s = ε’yd.
Para βx < β’xy tem-se ε’s < ε’yd, logo σ’s = Es.ε’s.
55
Detalhamento de Unidade iII
lajes
Capítulo 1
Lajes maciças de concreto armado
Introdução
Lajes são estruturas bidimensionais planas com cargas, principalmente, normais ao
seu plano médio.
As lajes transmitem as cargas do piso para as vigas, que transportam essas solicitações
para aos pilares, que transmitem as cargas para as fundações, que propagam para o
solo.
As lajes são representadas pelo seu plano médio e se diferenciam na sua geometria com
relação a largura, altura e comprimento e em geral são retangulares.
56
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
As lajes podem se comportar como uma placa. As lajes têm uma superfície média (S) e
espessura (h), com cargas que se aplicam de maneira perpendicular a S.
Normalmente, as vigas servem de apoio para as lajes e, nesses casos, a laje pode
ser calculada como uma peça isolada das vigas, em que seus apoios são livres para
rotacionar, mas rígidos com relação a translação.
As vigas não são consideradas para cálculo porque suas flechas são muito menores que
as da laje, além de sua rigidez, a flexão pode ser desprezível em comparação com a
rigidez a flexão da laje.
Os esforços das lajes são a soma do seu peso, as solicitações das alvenarias e por cargas
acidentais.
Na figura 57, há o exemplo de cada uma delas, em que a é o vão menor e b é o vão maior.
57
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
Figura 45.
As lajes armadas em uma única direção são aquelas em que a relação entre o maior e o
menor vão é > 2 e podem ser calculadas como vigas de largura unitária.
As que são armadas em duas direções são o contrário e podem ser analisadas fazendo
uso do modelo elástico-linear, com elementos de placa, e o coeficiente de Poisson ν =
0,2 para o material elástico linear.
58
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
Nas lajes armadas em uma direção, geralmente existe uma armadura de distribuição
que é perpendicular à principal.
Existem exceções para a classificação das lajes, no que diz respeito à vinculação de suas
bordas.
Caso a laje seja suportada, continuamente somente ao longo de duas bordas paralelas
ou quando tiver três bordas livres (figura 48).
Figura 48.
É aceito, em geral, que as cargas verticais que atuam sobre as lajes são uniformes, o que
de fato funciona com algumas lajes, mas outras se tornam cargas uniformes. Para lajes
de edifícios residenciais ou comerciais o cálculo deve ser mais preciso.
59
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
ef = 0 + a1 + a2 Eq.3.1.1.
Sendo,
Para lajes em balanço, o vão efetivo é o comprimento da borda até o centro do apoio,
não é necessário se considerar valores maiores ao comprimento livre somado 30% da
espessura da laje junto ao apoio.
60
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
Figura 50. Corte de uma laje apoiada em duas vigas (bordos apoiados).
Figura 51. Corte de uma laje apoiada em duas vigas de grande rigidez (bordos engastados).
Lajes isoladas
É admitido para a utilização em lajes isoladas, os seguintes bordos:
Apoiado
Livre
61
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
Painéis de lajes
Com relação a painéis de lajes de edifícios, se existirem lajes contíguas em igual nível,
o bordo pode ser apontado como perfeitamente engastado para o cálculo da laje
(figura 52).
Casos particulares
62
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
b. Lajes contínuas.
63
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
A constituição comum da laje é feita pela de armadura paralela ao lado lx, para resistir
a mx, e armadura paralela a ly, para resistir a my.
Os ensaios mostram que a resistência segundo o corte pode ser expresso por:
Geralmente, estas armaduras (projetadas para resistir aos momentos máximos paralelos
aos lados lx e ly) garantem a segurança da laje.
Porém, existem tabelas em que o cálculo se faz eficiente. Dentre elas, a de Czerny, com
coeficiente de Poisson ν = 0,20.
64
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
a. Lajes Isoladas:
65
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
b. Lajes contíguas
mb12≥
mb 2 + mb 2
2
0,8.mb1
0,8.m
b2 Eq.3.1.7
O compatibilizar dos momentos negativos sobre os apoios deve ser feita a correção do
momento positivo da laje que o momento fletor de bordo foi reduzido:
mbi<mb12→mi,final=mi+0,5(mbi-mb12) Se Eq.3.1.8
O momento aplicado no bordo de uma laje em balanço não deve ser diminuído.
66
Capítulo 2
Lajes nervuradas
Introdução
Uma laje nervurada é formada por um conjunto de vigas que se transpassam, apoiadas
pela mesa.
Hoje, as estruturas estão evoluindo muito e, com isso, o que ocasiona a necessidade
de se aumentar os vãos, para esse tipo de construção a utilização de lajes maciças, em
geral, não é muito favorável, devido ao alto custo das formas.
Por esse motivo, as lajes nervuradas aparecem como alternativa (figura 61).
Esse tipo de laje resulta da eliminação do concreto abaixo da linha neutra, o que ocasiona
a redução no peso da estrutura e um melhor aproveitamento do aço e do concreto.
As reduções permitem que haja tanto economia de materiais quanto na mão de obra e
de formas, o que eleva a possibilidade de se realizar o sistema construtivo.
67
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
As nervuras podem ser moldadas no local ou terem parte das vigas pré-moldadas, com
moldagem no local da parte faltante da nervura e da mesa.
São aquelas lajes que são construídas “in loco”, ou seja, todas as etapas de execução são
realizadas na obra e na posição definitiva.
Neste caso, são necessárias formas, posicionadas sobre tablado de madeira, apoiado
em cimbramento. Essas formas podem ser em madeira, metálica ou fibras de vidro ou
plásticos reutilizáveis.
68
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
Figura 63. Laje moldada no local com inclinação para facilitar a retirada da forma.
Nesse tipo de laje, geralmente se evita a utilização de formas entres as nervuras e a face
inferior da mesa.
Utiliza materiais inertes, sem finalidade estrutural, formados por blocos de cerâmica,
concreto celular, isopor e outros materiais.
Para esse tipo de laje, o projeto arquitetônico indica um forro em concreto aparente.
69
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
Figura 66.
Figura 67.
Somada as vigotas, esses tipos de lajes apresentam elementos de enchimento, que são
postos em cima dos elementos pré-moldados, além de concreto misturado in loco.
Existem três tipos de vigotas, conforme figura 68.
70
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
Figura 68.
Figura 69.
»» vigas-faixa.
Materiais de enchimento
As lajes nervuradas foram criadas para serem econômicas diminuindo a quantidade de
concreto na região de carga de tração.
71
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
Diversos tipos de enchimentos são utilizados na laje, como bloco de concreto, bloco
cerâmico e EPS (isopor).
Os blocos cerâmicos de concreto são mais usados em peças pré-moldadas por ser de
fácil manuseio, além de serem excelentes isolantes térmicos.
Os blocos EPS são leves, podem ser utilizados no teto, em vazios de vigotas, são de
fácil manuseio e também servem como isolantes térmicos e acústicos e resistem as
solicitações e deformações da estrutura.
Dimensões limite
Geralmente se utilizam painéis em que os vãos sejam maiores que em laje convencionais.
Dimensões mínimas
As indicações com relação as dimensões dos painéis e das nervuras.
»» Espessura da mesa:
Critérios de projeto
Os critérios são totalmente dependentes do comprimento entre os eixos das nervuras.
No caso de & maior que 65cm, são desprezados os valores de flexão na mesa, mas para
se verificar o cisalhamento das vigotas, pode-se considerar os critérios para laje.
72
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
Se o alargamento entre os eixos da vigota for de até 90cm e o comprimento médio das
nervuras for maior que 12cm, é permitida a verificação como se fosse laje.
No caso da laje nervurada ter o alargamento entre os eixos maior do que110cm, a mesa
deve ser projetada como sendo maciça.
Regida pela NBR 6120-1980 – cargas para cálculo de estruturas de edificações, a laje
nervurada deve ser calculada como sendo uma placa em regime elástico.
As tabelas de Pinheiro (1993) podem ser usadas para dimensionamento dos momentos
fletores e as solicitações de apoios.
Verificações
Sabendo-se os valores dos momentos fletores por nervura, deve-se calcular a armadura
com relação ao escoamento mínimo do tipo de aço previsto em projeto.
Normalmente, a linha neutra está contida na mesa, e a peça se comporta como retangular
com a seção resistente b.f.h.
73
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
Se a mesa for submetida a cargas de tração, no caso de não existir laje dupla, a área
resistente é retangular b.w.h.
Em lajes, cujo comprimento entre eixos menor ou igual 65cm, para a verificação do
cisalhamento da seção das nervuras, é considerado os critérios de laje.
As lajes podem dispensar a armadura transversal para que resista aos esforços de tração
que surgem da força cortante, quando a força cortante de cálculo está de acordo com a
Eq.3.2.1:
A
ρ1 = s1 , não maior que Eq.3.2.5
bw d
bw: largura mínima da seção ao longo da altura útil d.
f ck ,inf 0,=
= 7 f ct ,m 0, 7.0,3
= f ck2/3 0, 21 f ck2/3 (em MPa ) Eq.3.2.6
74
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
Para lajes em que o comprimento entre os eixos das nervuras está entre
65cm e 110cm, são verificadas as nervuras ao cisalhamento como vigas.
A armadura é posta na posição perpendicular à nervura, na mesa, por toda a sua largura
útil, com área mínima de 1,5cm2/m.
Flexão na mesa
Se as lajes possuem a distância entre os eixos de nervura contidos entre 65cm e 110cm
e/ou no espaço entre as nervuras existirem cargas concentradas, é necessário que se
verifique a flexão na mesa.
A mesa é entendida como sendo um painel de lajes maciças contínuas e que se apoiam
nas nervuras.
Dessa maneira, surgem momentos negativos nos apoios por causa da continuidade e
deve-se projetar uma armadura que suporte essas cargas, juntamente com armadura
positiva.
Cisalhamento na mesa
O cisalhamento nos painéis é verificado com os mesmos critérios de uma laje maciça.
É recomendado que cargas concentradas atuem diretamente nas nervuras, dessa forma,
não é necessário o uso de armadura de cisalhamento na mesa.
Flecha
Fd=
, ser ∑F
gi , k + ∑ψ 2 j Fqj ,k Eq.3.2.8
a. Flecha imediata:
75
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
M 3 M 3
( EI )eq Ecs .I c + 1 − r .I II ≤ Ecs I c Eq.3.2.9
= r
M M a
a
b. Flecha diferida:
c. Flecha limite:
d. Contraflecha:
76
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
a
ao ≅ ai + f Eq.3.2.14
2
77
Capítulo 3
Dimensionamento da armadura
Dimensionamento da armadura
m d =γ f m k , γ f =1, 4
as d
ks =
md
ks md
as =
d
As armaduras devem ser construídas levando em conta os valores mínimos
recomendados pela NBR 6118 (2001), quadros 5 e 6, em que ρ = as (bw . d).
78
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
Armadura Armaduras Armaduras negativas Armaduras positivas Armadura positiva Armadura de distribuição nas lajes
negativas de bordas sem de lajes armadas nas (principal) de lajes armadas em uma direção
continuidade duas direções armadas em uma
direção
ρs ≥ 0,5ρmin
As / s ≥ 0,9cm 2 / m
f
ck
20 25 30 35 40 45 50
Se for necessário calcular ρmin para fatores diferentes, pode-se usar a equação:
f cd
ρmin =
ωmin
f yd
ωmin: taxa mecânica mínima de armadura longitudinal.
E αc :
79
UNIDADE III │ Detalhamento de lajes
Quadro 9.
Classe do concreto αc
C50 0,85
W0: módulo de resistência da seção transversal bruta de concreto, relativo à fibra mais
tracionada;
ρmin 1 ( As ,min / Ac )
Forma de
seção Valores de
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90
Retangular 0,150 0,150 0,150 0,164 0,179 0,194 0,208 0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256
NAtalOs valores de ρmin estabelecidos nesta tabela pressupõem o uso de aço CA-50,d/h=0,8, γc = 1,4 eγs=1,15. Caso esses fatores sejam
diferentes, ρmin deve ser recalculado.
Fonte: Filho (2014).
80
Detalhamento de lajes │ UNIDADE III
81
Detalhamento de Unidade iV
pilares
Esta unidade foi escrita com base na NBR 6118/2014, apresentando diversos tópicos
dela, e na apostila sobre pilares Estruturas de Concreto, de Murilo A. Scadelai, Libânio
M. Pinheiro da faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Estadual de Campinas-UNICAMP.
Capítulo 1
Detalhamento de pilares
Pilares
Pilares são elementos estruturais lineares de eixo reto que, em geral, são construídos
na vertical, em que há a predominância de forças normais de compressão e sua função
primordial é suportar as ações atuantes nos diferentes níveis e transporta-las até as
fundações.
Em conjunto com as vigas, os pilares formam os pórticos, que na maioria dos edifícios
são os responsáveis por suportar às ações verticais e horizontais e proporcionar a
estabilidade global da estrutura.
As ações verticais são transferidas aos pórticos pelas estruturas dos andares, e as ações
horizontais devido ao vento são levadas aos pórticos pelas paredes externas.
82
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
Essas últimas suportam o peso próprio e das cargas das lajes, somados a cargas de
paredes e as cargas concentradas que vem das outras vigas. O pilar suporta todas essas
cargas.
Os pilares são aqueles que recebem as cargas dos andares superiores, acumulam as
reações das vigas em cada andar e levam esses esforços até as fundações.
Edifícios que possuem muitos andares, para cada pilar e no nível de cada andar, é
somado o subtotal de carga atuante, a partir da cobertura até os andares inferiores.
As cargas no nível de cada andar são aquelas que se utiliza para o dimensionamento dos
tramos do pilar. A carga total é usada no projeto da fundação.
Nas estruturas formadas por lajes sem vigas, as solicitações se propagam de forma direta
das lajes para os pilares. Nas lajes, é necessário se dedicar maior atenção à verificação
de punção.
Características geométricas
Para o dimensionamento de pilares, a primeira etapa é determinar características
geométricas.
A NBR 6118 (ABNT, 2014) indica que a seção transversal dos pilares, qualquer que seja
a sua geometria, deve possuir dimensão mínima de 19 cm.
γ=
n 1,95 − 0, 05b Eq. 4.1.1
b (cm) ≥ 19 18 17 16 15 14 13 12
γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35
Fonte: (SCADELAI; PINHEIRO, 2005).
83
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
As recomendações descritas para os pilares são válidas para casos em que a maior
dimensão da seção transversal não ultrapassem cinco vezes a menor dimensão (h ≤ 5b).
Caso a condição não for satisfeita, este pilar deve ser considerado como um pilar parede.
Em todos os casos, não é permitido que um pilar tenha seção transversal de área menos
que 360 cm².
Comprimento equivalente
O comprimento equivalente le do pilar, suposto vinculado as duas extremidades, é o
menor dos valores:
l + n
le ≤ 0 Eq. 4.1.2
l
»» lo: distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos
horizontais, que vinculam o pilar.
84
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
Raio de giração
O raio de giração i:
I
i= Eq. 4.1.3
A
I: momento de inércia da seção transversal;
Índice de esbeltez
O índice de esbeltez é definido pela relação:
le
λ= Eq. 4.1.5
i
85
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
λ ≤ λ1
λ1 < λ ≤ 90
86
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
90 < λ ≤ 140
Não é admitido, em nenhum caso, para a NBR 6118:2003, pilares com índice de esbeltez
λ superior a 200.
Excentricidade inicial
Para estruturas de edifícios com muitos andares acontece um monolitismo nas conexões
entre vigas e pilares que compõem os pórticos de concreto armado.
A excentricidade inicial, que surge da ligação dos pilares e das vigas, ocorre em pilares
de borda e de canto.
A partir das cargas que atuam em cada tramo do pilar, as excentricidades iniciais no
topo e na base são encontradas nas equações:
M topo
ei ,topo = Eq. 4.1.5
N
M
ei , base = base Eq. 4.1.6
N
87
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
Quando cálculo mais rigoroso da influência da solidariedade dos pilares com a viga
não é realizado, é possível considerar, nos apoios extremos, momento fletor igual ao
momento de engastamento multiplicando por coeficientes, como:
»» na viga:
3rinf + 3rsup
Eq. 4.1.7
4rvig + 3rinf + 3rsup
»» no tramo superior do pilar:
3rsup
Eq. 4.1.8
4rvig + 3rinf + 3rsup
»» no tramo inferior do pilar:
3rinf
Eq. 4.1.9
4rvig + 3rinf + 3rsup
Sendo:
Ii
ri = Eq. 4.1.10
li
Excentricidade acidental
a. Imperfeições globais:
1
θ1 =
100 l Eq. 4.1.11
1 + 1/ n Eq. 4.1.12
θa =θ1
2
88
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
b. Imperfeições locais:
89
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
Aceita-se que nos casos mais comuns, a peça não retilineaseja suficiente.
Dessa maneira, a excentricidade acidental ea é encontrada pela expressão:
Momento mínimo
O efeito de imperfeição local em pilares pode ser trocado nas estruturas reticuladas
pela consideração do momento mínimo de 1a ordem:
Em pilares sob flexão oblíqua composta, o valor mínimo deve ser respeitado em cada
uma das direções principais, de forma separada.
Ou seja, o pilar deve ser verificado sempre à flexão oblíqua composta em que, em cada
verificação, pelo menos um dos momentos respeita o valor mínimo indicado.
Excentricidade de forma
Nos prédios, as posições das vigas e dos pilares são definidas pelo projeto arquitetônico.
Dessa maneira, é normal em projetos que as faces (internas ou externas) das vigas
coincidam com as faces dos pilares de apoio.
Se os eixos baricentros das vigas não passarem através do centro de gravidade da seção
transversal do pilar, as reações das vigas demonstram excentricidades de forma.
A figura 79 mostra as vigas VT1 e VT4, que se apoiam no pilar P1, com excentricidades
de forma efy e efx.
90
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
As tensões causadas pela reação da viga VT1 propagam-se com um ângulo de 45° e se
torna uniforme, sendo distribuída por toda a seção transversal do pilar em um plano P.
91
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
Percebe-se que, em cada piso, existem forças em sentidos contrários e com o mesmo
valor que se anulam.
92
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
O valor dessa excentricidade ec, em que o índice c diz respeito a “creep” (fluência, em
inglês) é calculada pela expressão:
M Sg ωN Sg
ec =
+ ea 2, 718 − 1
Eq. 4.1.15
N Sg
10.Eci . I c
Ne = ( força de flambagem de Euler ) Eq. 4.1.16
le2
Esbeltez limite
O conceito de esbeltez limite aparece a partir de estudos teóricas dos pilares. O valor da
esbeltez começa a ser considerado quando os valores de 2a ordem provocam redução da
resistência do pilar.
Estruturas com nós fixos geralmente não terão problemas de dimensionamento por
causa de efeitos de 2a ordem porque o momento fletor total será de 1a ordem.
93
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
(25 + 12,5.e1 / h) 35
=λ1 ≤ λ1 ≤ 90 Eq. 4.1.17
αb αb
Sendo e1 a excentricidade de 1a ordem, geralmente admite-se, no cálculo de λ1, e1 igual
ao menor valor da excentricidade de 1a ordem, no trecho considerado.
»» Pilares em balanço
MC
α b 0,80 + 0, 20
= ≥ 0,85 1, 0 ≤ αb ≤ 0,85 Eq. 4.1.19
MA
MA é o momento fletor de 1a ordem no engaste.
94
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
Se torna obrigatório considerar a fluência para índice de esbeltez λ > 90, somando ao
momento de 1a ordem M1d valor relativo à excentricidade suplementar ec.
Métodos de cálculo
O método geral pode ser aplicado em qualquer tipo de pilar independente da sua
geometria ou distribuição da armadura.
Esse método fornece com maior precisão o comportamento real da peça. Figura 83
engastado na base e livre no topo, sujeito à força excêntrica de compressão Nd.
Quando carregado, o pilar apresenta uma deformação que gera nas seções um momento
incremental Nd.y, o que provoca outras deformações e outros momentos.
Se as ações externas (Nd e Md) forem menores que a capacidade resistente da barra,
essa interação continua até que se atinja equilíbrio em todas as seções da barra.
95
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
Consegue-se enfim uma forma fletida estável (Figura 84). Em contrapartida, se as ações
externas forem maiores que a capacidade resistente da barra, o pilar se torna instável
(figura 84.b). A verificação que se deve fazer é quanto à existência da forma fletida
estável.
96
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
Pilar padrão
Tendo em vista que o método geral se torna muito complexo por causa da grande
quantidade de cálculos necessários, torna-se dispendioso o seu uso sem a ajuda de um
programa de cálculo adequado.
É indicado nesse caso a utilização do método do pilar padrão e do pilar padrão melhorado.
Pilar padrão é um pilar em balanço em que a geometria da sua forma force uma flecha
dada por:
l2 le2 1
= a 0,=4 Eq. 4.1.20
r base 10 r base
Observando a figura 86 e adotando para a elástica a equação (Eq. 4.1.20).
π
γ = −a.sin x Eq. 4.1.21
l
Tem-se:
π π
γ' =−a. cos x Eq. 4.1.22
l l
97
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
2
π π
γ " =a. .sin x Eq. 4.1.23
l l
Como
1 d2y
≅ Eq. 4.1.24
r dx 2
Para a seção média, tem-se:
1 π
= y=
"x =l /2 a. Eq. 4.1.25
r x =l /2 l
A flecha máxima é dada por:
l2 1
a= Eq. 4.1.26
π2 r x =l /2
Para pilar em balanço:
le2 1
=a em que π2 ≅ 10. Eq. 4.1.27
10 r base
A partir da flecha máxima, pode-se obter também o momento total:
A não linearidade física é levada em conta por meio de uma expressão aproximada da
curvatura na seção crítica. A excentricidade de 2ª ordem e2 dada por:
le2 1
e2 = Eq. 4.1.30
10 r
1/r é a curvatura na seção crítica:
1 0, 005 0, 005
= ≤ Eq. 4.1.31
r h ( v + 0,5 ) h
h: altura da seção na direção considerada;
98
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
A não linearidade física é levada em conta por meio de uma expressão aproximada da
rigidez.
Cálculo simplificado
Flexão composta normal
e
N=
Sd , eq N Sd 1 + β e M= Sd , eq 0 Eq. 4.1.35
h
N
v = Sd
Ad f cd Eq. 4.1.36
e M Sd
=
h N Sd h Eq. 4.1.37
1
β=
d' Eq. 4.1.38
( 0,39 + 0, 01α ) − 0,8
h
99
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
αs =
( nh − 1)
Eq. 4.1.39
( nv − 1)
O arranjo de armadura considerado para detalhamento (figura 87) deve ser confiável
aos valores de αS e d’/h pressupostos.
100
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
Para momentos que ocorrem a flexão simples ou composta oblíqua, são adotadas
aproximação da equação abaixo:
α α
M Rd , x M Rd , y
+ 1 Eq. 4.1.40
=
M Rd , xx M Rd , yy
Geralmente, se adotado α = 1, a fator da segurança. Para seções retangulares, é permitido
adotar α = 1,2.
101
Capítulo 2
Dimensionamento da armadura
Introdução
Este capítulo é baseado na NBR6118:2014 e diz respeito a pilares em que a maior
dimensão da seção transversal não é maior que cinco vezes a dimensão menor, mas
para regiões especiais não tem validade.
Veremos aqui, o cobrimento das armaduras dos pilares e um pouco sobre armaduras
longitudinais e às transversais.
Para que o cobrimento mínimo (cmin) seja encontrado, é necessário que no projeto e na
execução sejam considerados o cobrimento nominal (cnom), que é a soma do cobrimento
mínimo e a tolerância de execução (∆c).
cnom
= cmin + ∆c Eq. 4.2.1
Quadro 12. Valores de cnom em pilares de concreto armado para ∆c = 10 mm (NBR 6118:2003).
102
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
A dimensão máxima característica do agregado graúdo usado não deve ser maior que
20% o cobrimento nominal:
Armaduras longitudinais
O diâmetro das barras longitudinais nuca pode ser menor que 10 mm e nem maior que
1/8 da menor dimensão da seção transversal:
103
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
As ,min f
ρmin
= = 0,15 cd v ≥ 0, 40% Eq. 4.2.4
Ac f yd
Ou
Nd
As ,min 0,15
= ≥ 0, 004 Ac Eq. 4.2.5
f yd
sendo:
v = N d / ( Ac f cd ) Eq. 4.2.6
Distribuição transversal
Faz-se obrigatório o posicionamento de pelo menos uma barra em cada vértice, para
peças poligonais e pelo menos seis barras para peças circulares e dessa forma garantindo
a resistência da estrutura.
O espaçamento livre entre as faces das barras longitudinais, que é medido no plano da
seção transversal, fora da região de emendas, deve ser:
20 mm
α≥ ∅l Eq. 4.2.8
1, 2.d ( diâmetro máximo do agregado)
max
104
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
Os valores podem ser considerados também para às regiões de emendas por traspasse
das barras.
O maior espaçamento entre eixos/centros de feixes das barras, deve ser inferior ou
igual a duas vezes a menor dimensão no trecho considerado, sem ultrapassar 400 mm.
2b
sl ≤
40cm
O máximo espaçamento não pode ser maior do que 30 cm. Embora, no caso de pilares
com dimensões até 40 cm, é preciso que haja barras longitudinais nos cantos.
Comprimento de espera
O comprimento de espera das barras da armadura longitudinal dos pilares é calculado
segundo a equação abaixo:
A
= l0 c lb s ,calc ≥ l0 c ,min Eq. 4.2.9
As ,ef
l0c, min: o maior valor entre 0,6 λb , 15 f e 200mm.
105
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
Dado por:
∅ f yd
lb
= ≥ 25∅ Eq. 4.2.9
4 fbd
No caso do aço CA-50, o comprimento de ancoragem básico também pode ser descrito
de acordo com o valor característico da resistência à compressão do concreto.
Quadro 13.
ℓb 53∅ 44∅ 38∅ 34∅ 30∅ 28∅ 26∅ 26∅ 26∅ 25∅
Armaduras transversais
A armadura transversal de pilares é formada por estribos e, algumas vezes, por grampos
suplementares.
Coloca-se em toda a altura do pilar, a norma impõe que sua colocação na região de
cruzamento com vigas e lajes.
90GPa ∅t2
smáx = Eq. 4.2.13
f yk ∅
106
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
107
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
Nos pontos de dobra, o esforço resultante pela mudança de direção das barras, será
absorvido por estribos.
108
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
A primeira devido à presença da água que atua como eletrólito durante o processo
eletroquímico e a segunda promovendo o estímulo e aceleração da velocidade da reação
de oxirredução, favorecendo o transporte de íons (RIBEIRO et al., 2014).
O concreto possui uma alta alcalinidade oriunda das reações de hidratação dos silicatos
de cálcio (C3S e C2S), que liberam certa porcentagem de Ca(OH)2 promovendo a
passivação da armadura (HELENE, 1999 apud RIBEIRO, 2010).
109
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
2Fe → 2Fe 2+ + 4e –
2H2O + O2 + 4e - → 4OH –
110
Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
Aderência entre o aço e o concreto: uma vez iniciada a corrosão, a aderência entre
o aço e o concreto é prejudicada pelo acúmulo de produtos de corrosão ao longo da
barra de armadura.
Figura 94. Esforços produzidos pelos produtos de corrosão, levando à ruptura do concreto.
Andrade (2001) apud Santos (2015) expõe que a corrosão eletroquímica está baseada
na ocorrência um desequilíbrio elétrico entre metais diferentes ou entre distintas partes
do mesmo metal.
111
UNIDADE IV │ Detalhamento de pilares
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Detalhamento de pilares │ UNIDADE IV
Leia os textos abaixo, do autor Guy Keulemans, do site The Convesation, sobre o
problema com o concreto armado e os custos ambientais da reconstrução.
Reforço do aço foi uma inovação dramática do século XIX. As barras de aço
adicionam força, permitindo a criação de estruturas longas e de placas mais
finas e menos suportadas. Ele acelera os tempos de construção, porque menos
concreto é necessário para derramar tais placas.
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O aço é muitas vezes percebido como sendo inerte e resistente também. Termos
como “Idade do Ferro” sugerem uma durabilidade antiga, embora os artefatos da
Idade do Ferro sejam comparativamente raros precisamente porque corroem.
Se o aço da construção é visível, pode ser mantido – por exemplo, quando a
ponte do porto de Sydney é repetidamente pintada e repintada.
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Referências
SCADELAI, Murilo A.; PINHEIRO, Libânio M. Pilares. 2005. Disponível em: <http://
www.fec.unicamp.br/~almeida/ec802/Pilares/16 Pilares.pdf>. Acesso em: 10 jan.
2017.
BASTOS, Paulo SÉrgio dos Santos. Vigas de concreto armado. Disponível em:
<http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto2/Vigas.pdf>. Acesso em:<2015> 8 jan.
2017.
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