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Superior Tribunal de Justiça

AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.600.031 - SC (2016/0113757-5)

RELATORA :
MINISTRA REGINA HELENA COSTA
AGRAVANTE :
FAZENDA NACIONAL
AGRAVADO :
SKY TRADE IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA
ADVOGADOS :
MAIKO ROBERTO MAIER E OUTRO(S) - SC031939
KIM AUGUSTO ZANONI - SC036370
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO
ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE.
CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E DA
CSLL. NÃO INCLUSÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 83/STJ.
ARGUMENTOS INSUFICIENTES PARA DESCONSTITUIR A DECISÃO
ATACADA.
I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em
09.03.2016, o regime recursal será determinado pela data da publicação do
provimento jurisdicional impugnado. Assim sendo, in casu, aplica-se o
Código de Processo Civil de 2015.
II – É pacífico o entendimento no Superior Tribunal de Justiça segundo o qual
o crédito presumido de ICMS não inclui-se na base de cálculo do IRPJ e da
CSLL.
III – O recurso especial, interposto pelas alíneas a e/ou c do inciso III do art.
105 da Constituição da República, não merece prosperar quando o acórdão
recorrido encontra-se em sintonia com a jurisprudência desta Corte, a teor
da Súmula n. 83/STJ.
IV – A Agravante não apresenta, no agravo, argumentos suficientes para
desconstituir a decisão recorrida.
V – Agravo Interno improvido.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros da


Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça acordam, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar
provimento ao agravo interno, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora.
Os Srs. Ministros Gurgel de Faria, Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito
Gonçalves e Sérgio Kukina (Presidente) votaram com a Sra. Ministra
Relatora.

Brasília (DF), 21 de março de 2017(Data do Julgamento)

MINISTRA REGINA HELENA COSTA

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29/03/2017
Superior Tribunal de Justiça
Relatora

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29/03/2017
Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.600.031 - SC (2016/0113757-5)

RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA


AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL
AGRAVADO : SKY TRADE IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA
ADVOGADOS : MAIKO ROBERTO MAIER E OUTRO(S) - SC031939
KIM AUGUSTO ZANONI - SC036370

RELATÓRIO

A EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA REGINA


HELENA COSTA (Relatora):
Trata-se de Agravo Interno interposto contra a decisão que,
nos termos do art. 557, caput, do Código de Processo Civil de 1973, negou
seguimento ao Recurso Especial, fundamentada na: i) ausência de violação
ao art. 535 do Código de Processo Civil de 1973; ii) incidência da Súmula n.
83 do Superior Tribunal de Justiça.
Sustenta a Agravante, em síntese, a existência de
precedentes recentes desta Corte adotando orientação contrária à decisão
monocrática. Nesse sentido, menciona os acórdão prolatados no AgRg no
REsp n. 1.464.062/RS e AgRg no REsp n. 1.505.788/PR.
Aduz também a possibilidade de o crédito presumido de ICMS
compor a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
Informa ainda que deixou de impugnar os demais fundamentos
adotados na decisão agravada, porquanto optou pela apresentação de
recurso parcial.
Por fim, requer o provimento do recurso, a fim de que seja
reformada a decisão impugnada ou, alternativamente, sua submissão ao
pronunciamento do colegiado.
Impugnação às fls. 301/303e.
É o relatório.

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29/03/2017
Superior Tribunal de Justiça
AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.600.031 - SC (2016/0113757-5)

RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA


AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL
AGRAVADO : SKY TRADE IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA
ADVOGADOS : MAIKO ROBERTO MAIER E OUTRO(S) - SC031939
KIM AUGUSTO ZANONI - SC036370

VOTO

A EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA REGINA


HELENA COSTA (Relatora):
Por primeiro, consoante o decidido pelo Plenário desta Corte
na sessão realizada em 09.03.2016, o regime recursal será determinado
pela data da publicação do provimento jurisdicional impugnado. Assim
sendo, in casu, aplica-se o Código de Processo Civil de 2015.
Em relação aos fundamentos adotados pela decisão
monocrática no tocante à ausência de violação ao art. 535 do Código de
Processo Civil de 1973, a Agravante informa sua concordância com a
solução alcançada pela julgadora, procedimento que encontra amparo na
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, desde que o capítulo no qual a
desistência foi requerida seja independente e não interfira na análise do
mérito da irresignação. Nesse sentido: EDcl no AgRg no Ag 1.314.528/RS,
1ªT., Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 08.04.2014 e EDcl no AgRg
no REsp 1.366.716/PE, 2ªT., Rel. Ministra Diva Malerbi - Desembargadora
Convocada do TRF 3ª Região -, DJe 16.05.2016.
Sustenta a Agravante, em síntese, a existência de
precedentes recentes desta Corte adotando orientação contrária à decisão
monocrática. Nesse sentido, menciona os acórdão prolatados no AgRg no
REsp n. 1.464.062/RS e AgRg no REsp n. 1.505.788/PR.
Aduz também a possibilidade de o crédito presumido de ICMS
compor a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
Entretanto, quanto às questões de fundo, firmou-se nesta
Corte o entendimento segundo o qual o recurso especial, interposto com

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fundamento na alínea a e/ou alínea c, do inciso III, do art. 105, da Constituição
da República, não merece prosperar quando o acórdão recorrido
encontrar-se em sintonia com a jurisprudência dessa Corte, a teor da
Súmula 83/STJ, verbis: Não se conhece do recurso especial pela
divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da
decisão recorrida.
Cumpre sublinhar que o alcance de tal entendimento aos
recursos interpostos com fundamento na alínea a, do permissivo
constitucional, decorre do fato de que a aludida divergência diz respeito à
interpretação da própria lei federal (v.g.: AgRg no AREsp 322.523/RJ, 1ª T.,
Rel. Min. Sérgio Kukina, DJe de 11.10.2013; e AgRg no REsp 1.452.950/PE,
2ª T., Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 26.08.2014).
Anote-se que, para a aplicação do entendimento previsto na
Súmula 83/STJ, basta que o acórdão recorrido esteja de acordo com a
orientação jurisprudencial firmada por esta Corte, sendo prescindível a
consolidação do entendimento em enunciado sumular ou a sujeição da
matéria à sistemática dos recursos repetitivos, nos termos do art. 543-C, do
Código de Processo Civil, com trânsito em julgado (AgRg no REsp
1.318.139/SC, 2ª T., Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 03.09.2012).
No caso, verificou-se que o acórdão recorrido adotou
entendimento consolidado nesta Corte.
Com efeito, a Primeira Turma deste Tribunal firmou
posicionamento segundo o qual o crédito presumido de ICMS não inclui-se
na base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO


NO RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE. RECURSO ESPECIAL
PROVIDO. ARGUMENTOS INSUFICIENTES PARA
DESCONSTITUIR A DECISÃO ATACADA. IMPOSTO DE
RENDA DA PESSOA JURÍDICA E CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO. BASE DE
CÁLCULO. INCLUSÃO DO CRÉDITO PRESUMIDO DE
ICMS. IMPOSSIBILIDADE.
I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na
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Superior Tribunal de Justiça
sessão realizada em 09.03.2016, o regime recursal será
determinado pela data da publicação do provimento
jurisdicional impugnado. Assim sendo, in casu, aplica-se o
Código de Processo Civil de 2015.
II - Esta Corte tem entendimento consolidado segundo o
qual os créditos presumidos de ICMS não integram a base de
cálculo da CSLL ou do IRPJ.
III - A Agravante não apresenta, no agravo, argumentos
suficientes para desconstituir a decisão recorrida.
IV - Agravo Interno improvido.
(AgInt no REsp 1562354/CE, de minha relatoria, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 27/09/2016, DJe 04/10/2016);

RECURSO FUNDADO NO NOVO CPC/15. TRIBUTÁRIO.


AGRAVO INTERNO. CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS.
INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E CSLL.
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES DA 1ª TURMA.
1. A Primeira Turma desta Corte, firmou entendimento no
sentido da não inclusão do crédito presumido de ICMS na
base de cálculo do IRPJ e da CSLL, porquanto referidos
créditos foram renunciados pelo Estado em favor do
contribuinte como instrumento de política de desenvolvimento
econômico daquela Unidade da Federação, devendo sobre
eles ser reconhecida a imunidade do art. 150, VI, a, da CF.
Precedentes: AgRg no REsp 1227519/RS, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em
24/03/2015, DJe 07/04/2015 e AgRg no REsp 1461415/SC,
Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 13/10/2015, DJe 26/10/2015.
2. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no REsp 1517492/PR, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/10/2016, DJe 20/10/2016)

In casu, tendo o acórdão recorrido adotado entendimento


pacificado nesta Corte, o Recurso Especial não merece prosperar pela
incidência da Súmula 83/STJ.
Assim, em que pesem as alegações trazidas, os argumentos
apresentados são insuficientes para desconstituir a decisão impugnada.
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao recurso.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA

AgInt no
Número Registro: 2016/0113757-5 REsp 1.600.031 / SC

Números Origem: 50068278120154047205 SC-50068278120154047205

PAUTA: 21/03/2017 JULGADO: 21/03/2017

Relatora
Exma. Sra. Ministra REGINA HELENA COSTA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro SÉRGIO KUKINA
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. DARCY SANTANA VITOBELLO
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA

AUTUAÇÃO
RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL
RECORRIDO : SKY TRADE IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA
ADVOGADOS : MAIKO ROBERTO MAIER E OUTRO(S) - SC031939
KIM AUGUSTO ZANONI - SC036370

ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Impostos - IRPJ - Imposto de Renda de Pessoa Jurídica

AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : FAZENDA NACIONAL
AGRAVADO : SKY TRADE IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA
ADVOGADOS : MAIKO ROBERTO MAIER E OUTRO(S) - SC031939
KIM AUGUSTO ZANONI - SC036370

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto da
Sra. Ministra Relatora.
Os Srs. Ministros Gurgel de Faria, Napoleão Nunes Maia Filho, Benedito Gonçalves e
Sérgio Kukina (Presidente) votaram com a Sra. Ministra Relatora.

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