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Grupo Espí rita e Filantropico Adolfo Bezerra

de Menezes

Apostila do Curso de Passe

Edna Costa
Aracaju - Sergipe

2016

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Índice

Capítulo 1 - Introdução ao Estudo do Passe ................................................................................. 04

Capítulo 2 - Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes ................................................... 09

Capítulo 3 – Condições para Doar e Receber Fluidos .................................................................... 14

Capítulo 4 – Quando e Onde Doar ................................................................................................ 21

Capítulo 5 – Conhecendo os Fluidos ............................................................................................. 25

Capítulo 6 – Noções de Anatomia Humana .................................................................................. 32

Capítulo 7 – Anatomia Energética ................................................................................................ 55

Capítulo 8 - Desarmonias dos Centros de Força ........................................................................... 72

Capítulo 9 – Técnicas de Passe ..................................................................................................... 74

Capítulo 10 – Aplicando o Passe .................................................................................................... 86

Capítulo 11 – Recomendações Gerais ........................................................................................... 97

Capítulo 12 – Água Fluidificada ..................................................................................................... 100

Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 111

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Capítulo 1
Introdução ao Estudo do Passe

Por que estudar?

O estudo do passe se faz necessário, pois como qualquer trabalho, este também
requer conhecimentos, ainda que básicos, das suas técnicas e das suas aplicações.

“Nos ensina a lógica que quando um assunto afeta a tantos e comporta exames,
análises, comprovações e experiências, imediatamente surgem os pesquisadores e
divulgadores sérios (...) (Jacob Melo)

No entanto, existem dificuldades que necessitam ser eliminadas.

Listaremos algumas delas:

1 – Pouca literatura sobre o assunto ou de qualidade duvidosa.

2 – Acomodação:

“Foi fulano que me ensinou assim”

“Jesus só impunha as mãos e curava...”

“já faz tanto tempo que aplico o Passe assim e dá bons resultados...”

“Como a técnica é dos Espíritos, deixo que me utilizem e não atrapalho.”

“Na execução da tarefa que lhes está subordinada, não basta a boa vontade, como
acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam de certos conhecimentos
especializados”. (Alexandre – Missionários da Luz).

A grande tarefa dos médiuns aplicadores de passe é auxiliar os Espíritos nesta tarefa
sagrada de modo eficiente e sem comodismos.

“Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado


trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos
responsáveis” (Emmanuel – Livro Seara de Médiuns)

Breve Histórico sobre Magnetismo

Identificar as origens da terapia espírita conhecida como passes é realizar longa


viagem aos tempos imemoriais, aos horizontes primitivos da pré-história, porquanto essa
técnica de cura está presente em toda a história do homem. "Desde essa época remota, o
homem e os animais já conviviam com o acidente e com a doença. Pesquisas destacam que
os dinossauros eram afetados' por tumores na sua estrutura óssea; no homem do período
paleolítico e da era neolítica há evidência de tuberculose da espinha e de crises epilépticas".

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"Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações
antigas, como um ritual das crenças primitivas. A agilidade
das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos,
praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção
que acalmava a dor. As bênçãos foram as primeiras
manifestações típicas dos passes. O selvagem não teorizava,
mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a
desfazer as ações, com o poder das mãos".

No Antigo Testamento, em II Reis, encontramos a


expectativa de Naamã: "pensava eu que ele sairia a ter
comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor seu
Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra, e restauraria o
leproso".

Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação


do olhar, estimulando a letargia e o sono. No Egito, no templo da deusa Isis, as multidões aí
acorriam, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos sacerdotes, que lhes aplicavam a
imposição das mãos.

Dos egípcios, os gregos aprenderam a arte de curar. O historiador Heródoto destaca,


em suas obras, os santuários que existiam nessa época para a realização das fricções
magnéticas. Os papiros nos falam das avançadas ciências da civilização egípcia, e, através
deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do
corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus
conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram
muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processos de
mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos
outros povos.

Em Roma, a saúde era recuperada através de operações magnéticas. Galeno, um dos


pais da medicina moderna, devia sua experiência na supressão de certas doenças de seus
pacientes à inspiração que recebia durante o sono. Hipócrates também vivenciou esses
momentos transcendentais, bem como outros nomes famosos, como Avicena, Paracelso...

Baixos relevos descobertos na Caldéia e no Egito, apresentam sacerdotes e crentes em


atitudes que sugerem a prática da hipnose nos templos antigos, com finalidades certamente
terapêuticas.

"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis
(Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques
reais".

Depreendemos, a partir desses breves registros, que a arte de curar através da


influência magnética era prática normal desde os tempos antigos, sobretudo no tempo de
Jesus, quando os seus seguidores exercitavam a técnica da cura fluídica através das mãos.
Em o Novo Testamento vamos encontrar o momento histórico do próprio Mestre em ação:
“E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele
ficou limpo da lepra". Os processos energéticos utilizados pelo Grande Mestre da Galiléia
são ainda uma incógnita. O talita kume! (“menina levanta!”, em aramaico) ecoando através
dos séculos, causa espanto e admiração. A uma ordem do Mestre, levanta-se a menina
dada como morta, pranteada por parentes e amigos".

Todos esses fatos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer,
nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria. Educado em colégio religioso, estudou Filosofia,
Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.

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Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da
atuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos
nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã. Esse fluido, sob
controle, poderia ser usado como finalidade terapêutica".

Grande foi a repercussão da Doutrina de Mesmer, desde a publicação, em 1779, das


suas proposições: A memória sobre a descoberta do Magnetismo Animal, passando, em
seguida, a ser alvo de hostilidades e, em face das surpreendentes experiências práticas de
terapia, conseguindo curas consideráveis, na época vistas como maravilhosas, transformar-
se em tema de discussões e estudos.

"Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os
que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".

O Magnetismo era tema principal de observação e estudos, sendo designadas


Comissões para estudar a realidade das técnicas mesmerianas, atraindo a atenção de
leigos e sábios. Em 1831, a Academia de Ciências de Paris, reestudando os fenômenos,
reconhece os fluidos magnéticos como realidade científica. Em 1837, porém, retrata-se da
decisão anterior, e nega a existência dos fluidos.

Os seguidores de Mesmer, entretanto, continuaram a pesquisar e a experimentar.

O Magnetismo também atrairá a atenção do pedagogo, homem de ciências, Professor


Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Alguns Seguidores de Mesmer

Armand Marc Jacques Chastenet, o Marques de Puységur, nasceu em Paris, em


1751, numa antiga família de Armagnac que deu à armada vários marechais ilustres, e
morreu em Busancy, perto de Soissons, em 1825. Foi um dos mais fervorosos alunos de
Mesmer. Magnetizou diretamente os doentes, empregando toques que tem analogia com
os passes, as aplicações e as fricções que empregadas atualmente. Atribuía à vontade um
papel considerável. Em 1784, descobriu o sonambulismo magnético, magnetizando o
camponês Victor Race, que fora atingido por uma pneumonia. Seguem os seus passos Du
Potet e Charles Lafontaine.

Joseph Phillipe Francois Deleuze, era bibliotecário no Museu de História Natural e


colaborador dos professores desse estabelecimento, era um sábio. Nasceu em Siasteron,
em 1753, e morreu em Paris, em 1835. Escreveu muito; suas duas obras que mais
interessam são a História Crítica do Magnetismo e principalmente a Instrução Prática sobre
o Magnetismo. Foi certamente, o mais prudente dos magnetizadores. Em suas obras ele cita
os fatos e expõe um grande número de observações, com o objetivo de fornecer àqueles
que praticam o magnetismo os exemplos e os pontos de comparação. Nelas, nada de
hipóteses arriscadas. Mostra a concordância que se encontra entre as experiências feitas
em diversas épocas, em diversos países, e por homens de opiniões diferentes, e supõe a
ilusão em todos os casos onde ela é possível.

Jules Denis, o Barão Du Potet de Sennevoy, nasceu em La Chapelle, perto de


Sennevoy, Yonne, em 1796, e morreu em Paris, em 1881. Ligou-se aos magnetizadores da
época, entregou-se ao exercício, e os resultados que obteve logo o classificaram entre os
melhores práticos. Escreveu muito, exclusivamente sobre o magnetismo, e suas obras, que
foram muito lidas, ainda serão durante muito tempo.

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Charles Lafontaine, nasceu em Vendôme em 1803 e morreu em Genebra em 1892.
Após haver estudado as obras que haviam aparecido sobre o magnetismo, particularmente
as de Deleuze e as do Marquês Du Potet, ele se fez magnetizar para conhecer a ação que o
magnetismo exerce sobre o organismo, depois dedicou-se seriamente à sua prática.
Percorreu a França, fazendo experiências públicas e tratando doentes. Se distingue de Du
Potet, de Deleuze, do marquês de Puységur e de todos os práticos da escola mesmeriana
por sua maneira de explicar a ação da vontade. Para ele, a vontade desempenha um papel
importante na magnetização; mas servindo somente ao magnetizador para dispô-lo a agir,
ela não age sobre o magnetizado. Produziu pouca teoria; suas obras, e particularmente A
Arte de Magnetizar, que é a mais importante sob o ponto de vista prático, são antes
resumos de observações que obras didáticas.

Hippolyte Léon Denizard Rivail, Allan Kardec, nasceu em Lyon, França, em 3 de


outubro de 1804 e morreu em 31 de março de 1869. Foi magnetizador por 35 anos.
Rivail integrava o grupo de pesquisadores formado pelo Barão Du Potet até 1850,
frequentando as sessões sonambúlicas, onde buscava solução para os casos de
enfermidades a ele confiados, embora se considerasse modesto magnetizador. Os vínculos,
do futuro Codificador da Doutrina Espírita, com o Magnetismo, ficam evidenciados nas suas
anotações íntimas, constantes de Obras Póstumas.

Hector Durville nasceu em 8 de abril de 1848, em Mousseau, França e morreu em


1923. Era médico psiquiatra. Descobriu o mesmerismo no outono de 1861, quando um de
seus irmãos tornou-se vítima epidêmica de disenteria. Com seus filhos Gaston, Henri e
André Durville ele desempenhou um papel significativo na popularização de estudos sobre
temas considerados ocultos (Espiritualismo e Magnetismo) na França.

Alphonse Bué, nasceu em 22 de dezembro de 1851, Yonnee morreu em Lyon no dia


16 de novembro de 1931. Foi um influente estudioso e autor francês de obras sobre o
magnetismo animal e sobre o hipnotismo. Assim que se desvencilhou do Exército desloca-
se para Paris e Lyon, se compromete com o Hospital da Salpêtrière como assistente de
laboratório.Foi no Salpetriere que ele pode assistir às experiências hipnóticas do Dr. Charcot
e tornou-se ciente de seu magnetismo. Magnetismo este aplicado em pacientes onde
encontrou o que seria para ele o meio de tratamento mais benéfico. Foi neste período que
ele conheceu o tenente-coronel Albert de Rochas, então diretor da Escola Politécnica de
Palaiseau, com quem ele vai praticar experiências importantes em Lyon e Grenoble. Além
do Coronel de Rochas, ele conheceu outros pioneiros do Espiritismo de seu tempo, como
Léon Denis, Gabriel Delanne, professor Charles Richet e também Maître Philippe. No
Congresso Espírita de 1900, ele apresentou provas bem documentadas referentes "a
questão e polaridade", as "considerações e diferenças entre o hipnotismo e magnetismo" e
"o papel dos espíritos na economia humana". Sua obra Magnetismo Curador é fundamental
para quem deseja conhecer e praticar o magnetismo.

Magnetismo e Espiritismo

Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano
após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: " O
Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo (...). Dos fenômenos magnéticos, do
sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas (...) sua conexão é tal que, por assim
dizer, é impossível falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: "Devíamos aos
nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos
homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-
se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária”.

É o depoimento inconteste do valor e da profunda importância da terapia através dos


passes, e, mais tarde, em 1868, ao escrever a quinta e última obra da Codificação, A
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Gênese, abordaria ele a "momentosa questão das curas através da ação fluídica",
destacando que todas as curas desse gênero são variedades do Magnetismo, diferindo
apenas pela potência e rapidez da ação. O princípio é sempre o mesmo: é o fluido que
desempenha o papel de agente terapêutico, e o efeito está subordinado à sua qualidade e
circunstâncias especiais.

Os passes têm percorrido um longo caminho desde as origens da humanidade, como


prática terapêutica eficiente, e, modernamente, estão inseridos no universo das chamadas
Terapêuticas Espiritualistas.

Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações
mentais e de origem patológica. Praticado, estudado, observado sob variáveis
nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos,
tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua
qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias
dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Misto ou Mediúnico
(energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia
praticada largamente nas Instituições Espíritas.

Amparado por um suporte científico, graças, sobretudo, às experiências da Kirliangrafia


ou efeito Kirlian, de que se têm ocupado investigadores da área da Parapsicologia, e às
novas descobertas da Física no campo da energia, vem obtendo a aceitação e a prescrição
de profissionais dos quadros da Medicina, sobretudo da psiquiátrica, confirmando a
excelência do Espiritismo, que explica a etiologia das enfermidades mentais e oferece
amplas possibilidades de cura desses distúrbios psíquicos, ampliando a ação terapêutica da
Psicoterapia moderna.

Exercícios

1) Como você justifica a necessidade de estudar o Passe?


2) Cite algumas dificuldade ou oposições ao estudo do Passe.
3) Podemos considerar o magnetismo ou passe como procedimento novo? Justifique
4) Faça um resumo do desenvolvimento do Magnetismo, como Ciência.
5) Como podemos considerar o Magnetismo nos dias atuais? Comente

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Capítulo 2
Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes

Passe

Definição: O Magnetismo, Passe ou Fluidoterapia, possui várias definições.

”É a faculdade de curar pela influência fluídica e pode desenvolver-se por meio do


exercício” (KARDEC, Allan. Curas. In “A Gênese”)

“(...) O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes (...) de quantos
sabem verdadeiramente amar” (DENNIS, Léon. A força psíquica. Os fluidos. O
magnetismo. In “No Invisível” 2ª parte cap. XV p.182)

“Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o
passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos
orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do
reservatório ilimitado das forças espirituais.” (Emmanuel: O Consolador, questão 98)

“O passe é a transmissão de energias fisio-psíquicas, operação de boa vontade.”


(Emmanuel: Segue-me, p. 99.)

“O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da


mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.” (André Luiz: Opinião Espírita)

Objetivos do Passe
Em primeiro lugar o Passe é direcionado para a pessoa ou para o espírito que carece e
procura por esse notável "agente de cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio
orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.

Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos
males orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e
perispiritual, a cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem
sanadas. Assim sendo, o assistido necessita de "evangelhoterapia", submetendo-se aos
tratamentos espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo. Nesse
sentido, a Fluidoterapia objetiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o
reequilíbrio transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios
de combater os efeitos. Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue
ter modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa. Dessa
forma ela consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o
cercam mas com a mudança de sua ótica em relação a elas.

Jacob Melo, relaciona os objetivos do Passe, segundo:

a) Em Relação ao paciente
O passe espírita objetiva o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e
espiritual do paciente.
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b) Em Relação ao médium
Além de proporcionar a cura ou a melhora do paciente, deve o médium se esforçar
por melhorar-se moralmente, no intuito de cumprir sua tarefa dignamente e de
melhor favorecer aos objetivos do Passe.

c) Em relação ao Centro Espírita

Cabe ao Centro Espírita não apenas utilizar-se de seus médiuns para os serviços
do passe, mas igualmente renovar os conhecimentos dos mesmos através de estudos,
simpósios e treinamentos, buscando formar equipes conscientes e responsáveis, se
eximindo da limitação.

“O Centro Espírita, para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de
estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à
luz da Doutrina Espírita". Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se
pretende servir”. (Reformador de 1992, editorial)

A aplicação do passe deve, portanto, guardar coerência com as orientações


doutrinárias, fundamentadas na Codificação Kardequiana.

Classificação dos Passes

Podemos classificar o Passe:

A) Quanto à fonte do fluido

1 – Magnético - É o passe transmitido pelo médium, fornecendo somente os


seus próprios fluidos, a sua própria força irradiante, porque é feito do corpo do
médium diretamente para o corpo do enfermo, sem que os fluídos sofram
interferência ou modificação. Nesse tipo de passe normalmente se recebe
assistência espiritual. Isso acontece porque os espíritos superiores sempre
ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem os mais necessitados.

2 – Espiritual - É o passe transmitido pelos espíritos, o que está fora do alcance


de nossa vista material, a uma só pessoa ou a muitas ao mesmo tempo. No
passe espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos do médium, mas
outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores, pelo espírito que veio
assisti-lo. Pelo fato de não estar misturado ao fluído animalizado, o passe
espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passe. Com isso,
pode-se compreender que os resultados conseguidos nas reuniões públicas de
Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e desencarnados,
são bem maiores do que aqueles conseguidos em nossas residências, contando
somente com a ajuda do nosso anjo guardião.

3 - Misto - É o passe onde se misturam os fluídos do passista com os da


espiritualidade. A combinação é muito maior do que no passe puramente
magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o tipo de passe que é
aplicado nos centros espíritas, contando com a ajuda de equipes espirituais que
trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados.
Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo aos
encarnados e também ministrando eficiente socorro às entidades do plano
espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e qualificando nossos fluídos.

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B) – Quanto ao Alcance do Fluido

1 – Magnético - Objetiva o atendimento de problemas orgânicos, físicos e/ou


perispirituais, aí se incluindo os passe espirituais praticados pelos espíritos
diretamente em desencarnados com o fim de recuperar deficiências ou limitações
“físicas” naqueles.

2 - Passe Espiritual - Destinado ao atendimento de problemas de ordem espiritual,


principalmente daqueles cujas matrizes são os processos obsessivos ou decorrentes
de desvios morais. Para exemplificar, este passe é aplicado pelos médiuns nas
reuniões de desobsessão.

3 - Passe Misto – É aquele onde o tratamento visa não uma mas todas as partes do
ser, ou seja: Corpo, Perispírito e Espírito. Os fluidos aqui “manipulados” atuarão não
apenas a nível perispiritual, mas atingirão as próprias células do corpo e alcançarão
igualmente a intimidade do espírito, ainda que por via perispiritual.

C) Quanto à técnica

1 – Passe Magnético – Entendido como o que é aplicado segundo as técnicas do


magnetismo, não importando nem de onde venham os fluidos nem para que fins se
destinam, nem quem o aplique.

2 – Passe Espiritual – É aquele onde o médium utiliza, como técnica, apenas a


prece, a irradiação (a distância) ou, no máximo, a imposição de mãos sem
movimentos e sobre a cabeça ou fronte do paciente. Este seria aquele em que o
médium não necessitaria ter tantos conhecimentos de técnicas pois sua ação seria
essencialmente mental.

3 – Passe Misto – É aquele que faz a utilização conjugada da prece com imposição
de mãos seguido do uso de outras técnicas, ou então a aplicação de um passe com
técnicas variadas após uma radiação (que é um passe espiritual). Para reforço do
entendimento, diríamos que tal passe é aquele onde se utiliza a dispersão fluídica
antes e/ou após a imposição de mãos, intercalada por técnicas outras.

D) Quanto ao modo de Aplicação

1 – Passe Individual – É aquele em que o paciente recebe o passe individualmente.


Nesta modalidade, o médium pode utilizar as técnicas específicas de acordo com as
necessidades de cada paciente, enquanto os Espíritos manipulam os fluidos com o mesmo
objetivo.

2 - Passe Coletivo - Quando a equipe do passe magnético é de pequeno número


face à multidão que o procura, sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados,
recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o principal neste processo de ajuda espiritual é a
sintonia do candidato a receber o passe, os próprios espíritos passistas durante a palestra
ministram bênçãos fluídicas a quem estiver nas condições necessárias para participar na
ocorrência deste fenômeno enquanto beneficiado.

Classificação dos Pacientes

Primeiro, nos conscientizemos de que devemos dar ao paciente, além do passe, tudo
o mais que é da maior importância: evangelho, orientação, desmistificação do tratamento e
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desmistificação dos ídolos, conclamando-os à reforma interior e à compreensão dos fatos
para, pelo conhecimento, não ser levado a vícios e equívocos que, embora costumeiros, são
injustificáveis.

Como homens, sabemos que a administração do patrimônio orgânico é tarefa pessoal


e intransferível, estando não apenas sua manutenção sobre nossa responsabilidade, mas,
igualmente sua conservação dentro dos padrões de equilíbrio que a própria natureza nos
indica. Emmanuel em o Consolador salienta que: “Quando, porém, o homem espiritual
dominar o homem físico, os elementos medicamentosos da Terra estarão transformados na
excelência dos recursos psíquicos e essa grande oficina achar-se-á elevada a santuário de
forças e possibilidades espirituais juntos das almas”.

As Casas Espíritas que possuem o trabalho de passe ou de tratamento pelo


magnetismo, costumam ser muito procuradas por vários tipos de pacientes com os mais
variados tipos de problemas, de modo que se torna necessário procurar entender a origem
da problemática de cada um deles. É por este motivo que podemos classificar os pacientes
que procuram este serviço. Jacob Melo classifica da seguinte maneira.

A) Pacientes com doenças físicas - Incluem os pacientes que apresentam problemas


orgânicos, desprezando qualquer fator que não seja puramente físico. Subdividiremos
este grupo de pacientes em três:

1 – Doenças contagiosas - O passista não deve negar atendimento a essa


categoria por medo de contágio, todavia devemos ter o bom senso de não expor
alguém que venha em busca de auxílio ao contágio de outro mal. Tal como não será
cristão dispor o contagiante que igualmente busca ajuda, ao ridículo da execração de
outrem. A prudência nos sugere discernimento e tato.

Certos cuidados devem ser observados no tocante aos pacientes portadores de


doenças contagiosas. O atendimento deverá realizado em um ambiente separado dos
demais pacientes, principalmente se houver no recinto crianças, gestantes ou idosos ou
ainda pessoas com baixa imunidade.

“Interditar, sempre que necessário, a presença de enfermos portadores de moléstias


contagiosas nas sessões de assistência em grupo, situando-os em regime de separação
para o socorro prévio, pois a fé não exclui a previdência” (André Luiz)

2 – Doenças não contagiosas - O paciente aqui enquadrado não expõe outros a


riscos de contágio, seu atendimento poderá ser feito tanto de forma individualizada
quanto em grupo, dependendo do tratamento e das técnicas a serem usadas.

3 – Doenças desconhecidas – Buscar informações via receituário da Casa Espírita


bem como junto ao próprio paciente ou acompanhantes, ou ainda através da intuição
espiritual e do tato magnético. Nessa situação, é muito importante orientar o
paciente a buscar o tratamento médico, caso ainda não esteja sendo acompanhado
por um profissional.

Também devemos informar aos pacientes que estiverem em tratamento médico que
deverão continuar indo às consultas médicas normalmente. Da mesma forma, se estiverem
fazendo uso de qualquer medicamento, prescrito pelo seu médico, este deverá ser mantido,
pois jamais devemos sugerir, sob nenhuma hipótese, a suspensão de substâncias
medicamentosas.

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“Se o doente estiver fazendo uso de medicação receitada por médico da Terra, esta não
deverá ser suspensa, nem sob o pretexto de atrapalhar o tratamento espiritual. Uma atitude
dessas traz graves implicações (...) poderá comprometer quem a recomendou.”

(Suely Caldas Schubert)

B) Pacientes com problemas espirituais

1 - Origem perispirítica - pela natureza pretérita da doença, fácil concluir que nem
sempre serão possíveis grandes conquistas, inclusive com a fluidoterapia.

2 - Origem obsessiva – a cura das obsessões , é de difícil curso e nem sempre rápida,
estando a depender de múltiplos fatores especialmente da renovação, para melhor, do
paciente, deve envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue.

3 - Desvios morais – como a ação fluídica tem na vontade seu motor e no pensamento
seu veículo, fica evidente eu pacientes com tais problemas tornam-se, via de regra,
extremamente refratários à fluidoterapia, porquanto tal decorrência tem matriz nas
desarmonias que são geradas na instabilidade moral do paciente, o que por sua vez não lhe
favorece uma mentalização equilibrada e constante no bem.

C) Pacientes com ambos problemas - Verificamos aqui, os pacientes com problemas


físicos (orgânicos) e psíquicos (espirituais)

Mais uma vez nos deparamos com a prudência em analisar e principalmente nunca,
descartar o tratamento da medicina convencional para alguns casos.

Através do estudo, sempre conjugado à intuição espiritual, podemos avaliar a maior


valência do problema do paciente para bem direcionar o tratamento.

A paciência também será grandioso instrumento para este tratamento, paciência esta,
por parte do paciente e do passista.

EXERCÍCIOS

1) Qual a definição de Passe?


2) Cite os objetivos do passe.
3) O que é passe magnético?
4) Como podemos diferenciar o passe magnético do passe espiritual?
5) De onde vêm os fluidos transmitidos durante o passe misto?
6) É possível a aplicação de passe sem a presença de Espíritos? Justifique
7) Qual o passe mais eficiente? Explique
8) Qual a principal indicação do passe magnético, do espiritual e do misto.
9) Geralmente o passe coletivo é utilizado em quais circunstâncias?
10) Podemos considerar o passe coletivo como magnético ou espiritual? Justifique
11) Quais os tipos de pacientes que procuram o atendimento espiritual?
12) Quais os cuidados que devemos ter em relação às doenças contagiosas?
13) Que orientações devemos dar aos pacientes que estão em tratamento médico?

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Capítulo 3
Condições para doar e receber fluidos

Para os médiuns e pacientes

É importante considerar que todos podem aplicar passes e todos podem recebê-lo.
No entanto, vale entender que nem sempre os resultados serão os mesmos em todos os
pacientes e nem em relação ao mesmo médium.

Esta diversidade de resultados se deve a influencia de vários fatores que estão


relacionados tanto ao médium quanto ao próprio paciente que procura a assistência
espiritual.

Verificamos três importantes assuntos no campo do passe, que são também deveras
preponderantes para que a ação fluídica transmitida ao enfermo possa gerar profundo
restabelecimento.

1- Fé: Através dela é possível agir sobre os fluidos, modificar e direcioná-los.

O poder da fé demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por


seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as
qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível.

Daí decorre que, aquele que, a um grande poder fluídico normal, junta a FÉ,
pode só pela força de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares
fenômenos de cura e outros mais, tidos antigamente por prodígios, milagres, mas
que não passam de efeitos de uma lei natural, tal o motivo que levou a Jesus dizer a
seus apóstolos: "Se não curastes, foi porque não tendes fé". (Allan Kardec, em O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 7).

Na verdade não há muito o que interpretar destas palavras de Kardec; apenas


queremos aqui ressaltar a ponte existente entre a fé e a ação fluídica por obra da
força de vontade. Torna-se desnecessário dizer, que na ausência da fé, por parte do
passista, é a anulação prática de seu poder fluídico e, no paciente é a falta do
catalisador fundamental do restabelecimento. Conforme Kardec nos assevera :
"Entende-se por fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de
atingir determinado fim."
Tanto quem doa como também quem recebe esta fé deverá ser uma diretriz
muito importante no resultado das atividades fluidoterápicas.

2- Merecimento: neste caso devemos considerar os aspectos cármicos e os atuais dos


pacientes assistidos.
Para podermos em profundidade entender o merecimento faz-se necessário
recorrer à teoria da reencarnação. Como esse tema, por si só, comporta muitos
volumes e não é o nosso objetivo nesse estudo, nos limitaremos a um raciocínio de
Kardec, simples e por demais objetivo, o qual se não leva os descrentes a aceitar a
reencarnação, pelo menos os induz a pensar e reconhecer, logicamente que sua
possibilidade é mais racional e justa que sua negação pura e simples. "Por virtude do
axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias (doenças incuráveis
14
ou de nascença, mortes prematuras, reveses da fortuna, pobreza extrema, etc.) são
efeitos que hão de ter uma causa e, desde que admita um Deus justo, essa causa
também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se
encontra na visa atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa
existência precedente a esta." (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap. 5).
Isto posto, afiançamos que a questão do merecimento está diretamente ligada
aos débitos do passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforços que
vimos empreendendo para nos melhorarmos física, psíquica, moral e
espiritualmente.
Porventura, se na vida anterior envolvemos a nós mesmos em pesados
delitos, tendo comprometido igualmente nosso perispírito, teremos que assumir
também as consequências de tais mazelas. Sendo o nosso órgão espiritual
comparado a uma esponja que a tudo absorve, seguramente transferirá ao novo
corpo as deficiências localizadas, as quais, dependendo da extensão e gravidade
das faltas, demorarão para se harmonizar, envolvendo-nos no aprendizado de
valorização das reais finalidades orgânicas.
Por outro lado, se temos qualquer problema, que tomamos aqui, o fumo, e
devido a esse fumo temos problemas pulmonares e queremos nos tratar, mas não
largamos o cigarro, por mais ingentes sejam os esforços fluídicos empregados para
o restabelecimento, tudo redundará em falhas ou ineficiência, no mesmo caso
acontece, com os problemas psíquicos (cármicos), se não nos esforçamos por
melhorar nosso mundo mental, nosso padrão vibratório, nosso campo psíquico,
dificilmente conseguiremos atingir nosso desiderato. Situações tais, vulgarmente
chamadas de "ausência de merecimento", são fatores a serem considerados nos
tratamentos fluidoterápicos.
Como a situação da falta de merecimento está vinculada diretamente com
nossa inferioridade, poucos são os que aceitam tal explicação com tranquilidade,
pois, mesmo sendo quem somos, nos acreditamos melhores do que na realidade o
somos e, por isso mesmo queremos "driblar" a espiritualidade fazendo rápidas e
curtas e diria também sem sentimentos boas ações, com isso imaginando adquirir a
"senha" do merecimento. E aí, verificamos algumas opiniões sobre os passistas, no
sentido de que eles não são "bons", não estão "amparados pelos espíritos", que não
"servem para tal", e outras mais, todavia costumeiramente nos esquecemos que às
vezes existe maior merecimento em continuar enfermo do que saudável.
Finalizando, diremos que não existe tratamento impossível, pitadas de altivez,
animo, força de vontade, crescimento moral, fé são também disposições que
permitimos a nós mesmo para uma futura melhoria física ou espiritual. E lembrando
a máxima de Jesus que "a fé transporta montanhas".

3- Pensamento e vontade: a vontade sincera de ajudar, aliviar, de curar é capaz de


agir sobre os fluidos, dando-lhes características específicas e direcionamento.

“O Pensamento é criador. Não atua somente ao redor de nós, influenciando nossos


semelhantes para o bem ou pra o mal.(...) (Léon Denis)

“O Pensamento é o gerador dos Infra corpúsculos ou das linhas de força do mundo


subatômico, criador de correntes de bem ou mal (...), segundo a vontade que o
exterioriza e dirige.” (Emmanuel - Roteiro)

“Por seu acúmulo, pode converter-se em fluido gravitante ou libertador, ácido ou


balsâmico, doce ou amargo, alimentício ou esgotante, vivificante ou mortífero,
segundo a força do sentimento que o tipifica e configura, nomeável à falta de
terminologia equivalente, por “raio de emoção”.
(André Luiz – Evolução em dois Mundos)

15
" Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do
magnetismo. Porém, como há de explicar a ação material de tão sutil agente? - A
vontade é atributo essencial do espírito. Com o auxílio desse alavanca, ele atua
sobre a matéria elementar e, por ação consecutiva, reage sobre seus compostos,
cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas. Tanto quanto do
espírito errante, a vontade é igualmente atributo do espírito encarnado; daí o poder
do magnetizador, poder que se sabe esta na razão direta da força de vontade.
Podendo o espírito encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo
modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites.
(Livro dos Médiuns, cap. 8, item 131).

No entanto, outros pontos que dizem respeito aos médiuns devem ser observados;

1) Condições Físicas – é óbvio que para doar fluidos é necessário estar em boas
condições de saúde. Não deverão aplicar passes as pessoas com estejam se sentindo
doentes, cansadas, estressadas, que sejam portadoras de doenças graves ou que
tomem medicamentos de ação no Sistema Nervoso Central (SNC).
Vejamos como pensa Michaelus em seu Livro Magnetismo Espiritual: "Um
corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria
fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o doente".
"Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente da
que é apenas atingida de uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc.,
embora de caráter crônico." (Michaelus, no mesmo livro, cap. 7).
“Dependendo da doença, é conveniente o passista evitar a sua prática.
Especialmente em se tratando de doenças infectocontagiosas, daquelas que deixam
o passista extremamente combalido ou fragilizado, e das doenças ou desvios da
psique. Quem esteja acometido de alguma doença que o impossibilite de realizar
tarefas que exijam esforço, também deve estar muito atento. Insuficiências
cardíacas, pulmonares e degenerativas do sistema nervoso, bem como estados
depressivos, usualmente são desabonadores da aplicação. (...) Também fica
seguramente desaconselhável para criaturas sob violentos envolvimentos espirituais
(as obsidiadas), pessoas viciosas (quem fuma e bebe regularmente deve procurar
superar os vícios ou abster-se de aplicá-los), indivíduos fazendo uso de
medicamentos controlados (especial mente os de tarja preta e/ou que atuem no
sistema nervoso central). Estas pessoas vibram negativamente.” (Jacob Melo).
Dra. Marlene Nobre informa ainda que não pode haver doação com o sistema
nervoso esgotado e que quando estão em curso moléstias do sangue ou
degenerativas, como a anemia e o câncer, não é recomendável a doação fluídica,
porque o próprio médium está necessitado de repor suas energias desgastadas. É
preciso lembrar que o fluido vital circula no sangue e que o fluido magnético está
diretamente implicado no sistema de defesa do corpo físico.
No tocante ao uso de medicamentos controlados com ação no SNC, pode
impedir a emissão ou causar uma contaminação dos fluidos, caso sejam emitidos.
Esta situação é a mesma para outras drogas.
“O fumo, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros
nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na
transmissão de elementos regeneradores e salutares”. (André Luiz - Missionários da
Luz, cap. 19)

1. a - Cuidados com a alimentação - Preocupamo-nos aqui, também com a


alimentação, pois conforme André Luiz nos diz em seu Livro Missionários da Luz, cap. 19:
"O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas

16
dos pulmões e do estômago prejudicando as faculdades radiantes devido às desarmonias
que geram no aparelho gastrointestinal.

1. b - Cuidado com os excessos - “O Espiritismo (...) aconselha que preservemos o


nosso corpo dos elementos ou fatores que lhe diminuam a capacidade de resistência, e
assim teremos que nos alimentar, sóbria, mas suficientemente; não podemos perder a noite
em prazeres inúteis ou os dias em maus contubérnios e em vícios; não devemos entregar-
nos à ociosidade; não usaremos vestes impróprias ao clima; não procuraremos exagerar o
recato até o ridículo.(...)” (Carlos Imbassahy)

A saúde, como podemos verificar, é uma das condições primordiais para o trabalho
do passe. Se o médium não tem uma saúde, ao menos, harmônica, como poderá transmiti-
la? Os fluidos que saem através do passista é lógico que vão impregnados de saúde ou de
mazelas segundo a situação de que o médium se encontre.

2) Condições Morais - Fazendo uso das palavras do Codificador em o Livro dos


Médiuns, cap 20, compreenderemos de uma maneira mais alargada a função da moral
em torno do passe:

"Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce,


todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. A alma exerce sobre o espírito livre
uma espécie de atração, ou repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles.
As qualidades, que de preferência, atraem os bons espíritos são: a bondade, a
benevolência, a simplicidade de coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas
materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a
cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria. Além
disso, a porta que os espíritos imperfeitos exploram com mais habilidade é o orgulho,
porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos
médiuns dotados das mais belas faculdades".

Na Revista Espírita de Outubro de 1867, Kardec publicou uma mensagem do Abade


Príncipe de Hohenlohe muito interessante:

"Conforme o estado de vossa alma e as aptidões do vosso organismo, podeis, se Deus


vo-lo permitir, tanto curar as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou ambos. Duvidais
de ser capaz de fazer uma ou outra coisa, porque conheceis as vossas imperfeições . Mas
Deus não pede a perfeição, a pureza absoluta dos homens da terra. A esse título, ninguém
entre vós seria digno de ser médium curador. Deus pede que vos melhoreis, que façais
esforços constantes para vos purificar e vos leva em conta a vossa boa vontade. Melhorai-
vos pela prece, pelo amor ao Senhor, de vossos irmãos e não duvideis que o Todo-
Poderoso não vos dê as ocasiões frequentes de exercer vossa faculdade mediúnica. Até lá
orai, progredi pela caridade moral, pela influência do exemplo".

Verificamos que o fluido emanado por nós será sempre mais depurado à medida que
formos mais puros e desprendidos da matéria, à medida que darmos mais valor aos bens
espirituais em detrimento das coisas materiais.

"As qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as


qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de um
corpo malsão pode inocular princípios mórbidos ao magnetizado. As qualidades
morais do magnetizador, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo
ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliado à saúde do corpo, dão ao
fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das
qualidades do fluido espiritual". (Revista Espírita, Setembro de 1865).

Reflitamos no que nos diz o espírito Alexandre no Livro Missionários da Luz, cap 19:
17
"O missionário do auxílio magnético, na Crosta terrestre ou aqui em nossa esfera,
necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos,
acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda
confiança no Poder Divino".

Não pensemos, todavia, que isso só se aplica aos espíritas. A moral é chave
fundamental para todos os povos. "Os curandeiros, mesmo aqueles que não são vistos com
os bons olhos da humanidade, inclusive uma grande parte espírita, são portadores de
virtudes enobrecedoras e, sem dúvida, isso é fundamental para seus sucessos". (George W.
Meek, em As Curas Paranormais ).

Através de todas estas análises, sentimos como o posicionamento moral do médium é


muito importante para o sucesso de sua tarefa. Não esperemos, pois, que os pacientes
sejam sempre "bonzinhos" e que os espíritos estejam sempre "na agulha" para agirem ao
nosso "estalar de dedos", sem que sejamos nós os primeiros a estarmos prontos, física e
sobretudo, moralmente para o trabalho. Não seria de se pensar diferente. A moral há de ter
importância preponderante nos trabalhos fluídicos, já que o meio onde os fluidos são
processados é basicamente mental (para não dizer espiritual). A mente determina a
vibração fluídica a partir da vontade e esta libera os fluidos, tonificando-os pelo padrões
psíquicos dos emissores; estes fluidos serão mais consistentes e harmonizados quanto mais
equilíbrio tiver a moral dos doadores. Assim, deixando de lado as condições do receptor final
(paciente), a emissão fluídica assume o cunho de pureza determinada pela moral em que
vibram os emissores (médiuns e magnetizadores).

3) Condições Mentais (Psíquicas) – “Cumpre afastar, por todos os meios possíveis, as


que apresentem sintomas, ainda, que mínimos, de excentricidade nas idéias, ou de
enfraquecimento das faculdades mentais, porquanto, nessas pessoas, há
predisposição, evidente para a loucura.” (Allan kardec – LM cap 18, item 222)

“Antes de tudo, é necessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível


fornecer forças construtivas a alguém, se fazemos sistemático desperdício das
irradiações vitais. Um sistema nervoso, esgotado, oprimido, é um canal que não
responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a
inquietude obsidente constituem barreiras que impedem a passagem das energias
auxiliadoras. (Espírito Alexandre, Missionários da Luz , cap. 19, pp. 322 a 324.)

A perturbação da mente pode produzir efeitos no corpo físico?

R.: Sim. Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam
os tecidos, o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe
corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da
criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que
a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as
emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado
de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem
maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos
desastres orgânicos, o que se dá mormente quando os interessados não têm vida de
oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males. Toda perturbação mental
é, pois, ascendente de graves processos patológicos. (Espírito Alexandre, Missionários
da Luz, cap. 19, pp. 325 a 333.).

Os médiuns hão de desenvolver condições íntimas de fé e confiança, que se


adquirem com muito labor. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração
ou repulsão, conforme o grau de atitudes cultivadas existentes entre eles. A mente esta
presente como ponto de muita relevância nas manifestações mediúnicas, pois o cérebro
é um aparelho emissor e receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo
energético do campo espiritual, ou seja, se não tentarmos manter-nos em um estado
18
constante de reforma mental, na construção de pensamentos melhores, seguramente
estaremos também prejudicando esta manifestação de amor através do passe. Pois
atraímos a sintonia que cultivamos. O Cultivo da mente pura é nosso dever, ela é o filtro
por onde passam as benesses que favorecerão nosso próximo e, por conseguinte, a nós
mesmos.

As diferenças de efeitos fluídicos nos doentes se devem ao chamado

Potencial Fluídico

Allan Kardec nos informa:

“São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo


com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como
no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica”.

(A Gênese, Os fluidos, cap 14 item 32)

“Como quem doa tem, tem que ter o que doar ou saber o que, e onde conseguir para
doá-lo”.

(Jacob Melo, O Passe- pag. 137)

Podemos considerar o potencial fluídico como sendo a capacidade que um fluido


tem de agir de forma mais ou menos intensa e/ou rápida sobre um corpo. Alguns fatores
influenciam no potencial fluídico, são eles:

1 - Afinidade Fluídica

“A cura é devida às afinidades fluídicas, que se manifestam


instantaneamente, como um choque elétrico, e que não podem ser pré-julgadas” (Jacob
Zuavo – RE 1867)

2 - Receptividade do Paciente – Paciente deve sentir confiança no tratamento se


colocando na condição de receptor dos fluidos.

3 – Moral

“Tanto maior será a força do magnetizador quanto mais puro for o seu
coração. Quanto mais o homem se elevar espiritualmente, tanto maior será o poder de
sua irradiação”. (Michaelus – Magnetismo Espiritual)

“O que difere, em cada pessoa, é o problema de rumo.”

(Emmanuel – Seara de Médiuns)

19
EXERCÍCIOS

Certo ou Errado?

1- Para ser magnetizado e sentir os efeitos do magnetismo, não é necessário nada


além de comparecer ao centro nos dias do tratamento espiritual. ( )
2- A Fé é condição importante, mas apenas para o paciente. ( )
3- Entre vários fatores para ser magnetizado, o merecimento deve ser considerado,
pois ele pode determinar o sucesso do tratamento. ( )
4- O pensamento e a vontade são condições importantes para o médium, pois são
esses elementos que vão impulsionar e direcionar os fluidos. ( )
5- A alimentação exagerada é prejudicial ao trabalho do magnetismo. Deve os médiuns
e pacientes se alimentar de maneira adequada e suficiente. ( )

Responda as perguntas;

6- Por que as condições morais influenciam no passe?


7- Por que as condições mentais também podem interferir no tratamento?
8- Em quais condições de saúde, o médium deve se abster de aplicar passe?
9- Faça um resumo das condições gerais que um médium magnetizador deve possuir
para realizar um bom trabalho de passe.
10- O que é potencial fluídico?
11- Explique quais os elementos que podem influenciar no potencial fluídico.

20
Capítulo 4
Quando e Onde Doar?

“Nossa missão é de amparar os que erram e não fortalecer os erros.”

(Espírito Anacleto)

“Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluidos deletérios


em que se encontram por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a título de
benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os
interessados, temos instruções superiores para entregá-los à própria obra a fim de que
aprendam consigo mesmos. Podemos aliviá-los, mas nunca libertá-los.”

(André Luiz – Missionários da Luz)

Em Relação ao Paciente

Podemos Aplicar o Passe Quando

1 - O paciente procura ou solicita tal serviço, se esforçando por consegui-lo.

2 - O paciente se encontra hipnotizado ou em estado sonambúlico, quer por força


material, anímica, quer por força espiritual, quer de forma natural ou provocada e é
necessário tirá-lo desse estado.

3 – Como recurso terapêutico total, complementar, reparatório ou preparatório.

4 – Quando indicado por receituário espiritual ou pela casa espírita.

Não é Conveniente Aplicar o Passe Quando

1 – O paciente é refratário por decisão própria, provocando desgaste fluídico para os


médiuns. Nesse caso, apenas indicar: Evangelho, estudo, diálogo fraterno, nome para
as irradiações.

2 – O paciente não quer tomar o passe

3 – A procura do passe é simples curiosidade, comodidade ou teste.

4 – O paciente se nega a seguir as orientações que lhe são dadas (assistir doutrinárias,
evitar bebidas antes e depois do passe ou não ficar faltando sistematicamente ao
tratamento, etc.)

Em Relação ao Médium

O Médium Pode Aplicar

1 – Quando estiver moral e emocionalmente equilibrado e se sentir em condições físicas.


21
2 – Quando for solicitado, em casos sérios ou urgentes

3 – Quando estiver ou for indicado para tal tarefa.

4 – Quando em condições ambientais e fluídicas propícias

5 – Quando dispuser de fluidos magnéticos próprios e suficientes para o trabalho

6 – Quando conhecer, ao menos, a dispersão fluídica, a concentração de fluidos e a


imposição de mãos; tiver vontade firme e desinteressada e boa intuição e/ou tato magnético.

7 - Não portar doenças infecto-contagiosas.

O Médium Não Deve Aplicar Quando

1 – Não se sentir confiante.

2 – Estiver nutrindo sentimentos negativos e não conseguir superá-los.

3 – Tiver vícios como o uso regular de álcool, fumo, tóxicos, alimentar-se desregradamente
ou usar de práticas que promovam desgastes físicos exaustivos e desnecessários.

4 – Estiver com o estômago muito cheio ou após ter se alimentado de maneira pesada.

5 – Estiver usando medicamentos controlados.

6 – Em idade avançada e com visível esgotamento fluídico e deficiências físicas.

7 – Quando se é criança ou adolescente.

8 – Estive estafado física e/ou mentalmente.

“Todo trabalho para expressar-se em eficiência e segurança reclama disciplina. A ordem


preside o progresso e, por isto mesmo, não podemos perder a ordem de vista, sob pena de
desequilibrar, embora sem querer, o nosso próprio trabalho.” (Jacob Melo).

Em Relação à Casa Espírita

O Passe deve ser aplicado

1 – Nos encarnados:

O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de enfermidades físicas e espirituais junto


aos necessitados que procuram o centro espírita. A equipe de passistas deve estar alinhada
no mesmo pensamento de ajudar essas pessoas carentes de amparo.

O serviço de aplicação do passe requer critério, discernimento, responsabilidade e


conhecimento doutrinário. É um complemento aos recursos de auto melhoramento e de
reeducação espiritual, utilizados normalmente.

1.1 – No atendimento aos necessitados nas reuniões de assistência social e espiritual da


casa espírita.

1. 2 – Após as reuniões doutrinárias.

1. 3 – Em horários previamente estabelecidos para tal serviço.

22
2 – Nos desencarnados:

- Nas reuniões mediúnicas.

Com o Passe podemos mais facilmente alcançar-lhes o centro da emoção,


transmitindo-lhes diretamente ao coração as vibrações do nosso afeto.

O Passe ajuda a dispersar/desintegrar os acessórios que costumam trazer, como


armas, símbolos, vestimentas especiais, objetos, couraças, etc...

O Passe cura dores que julgam totalmente “físicas”, pois localizam-se muito
realisticamente em pontos específicos de seus períspiritos.

Com o passe os adormecemos, para provocar fenômenos de regressão de memória ou


projeções mentais, com as quais os mentores do grupo compõem os “quadros fluídicos”, tão
necessários, às vezes, ao despertamento de Espíritos em estado de alienação. A
moderação é necessária, para que, ao tentarmos acalmar um Espírito agitado, não o
levemos a um estado de sonolência que dificulte a comunicação com ele, justamente o que
mais se necessita para o diálogo, para ajudá-lo, é não entorpecê-lo ao ponto de levá-lo ao
sono magnético. Sendo que às vezes é justamente necessário a utilização deste
expediente, ou seja, é necessário adormecê-lo, a fim de que possa ser retirado pelos
mentores, seja recolhido a instituições de repouso para tratamento mais adequado, ou
trazido na sessão seguinte, em melhores condições de acesso.

Não Convém Aplicar

1 – Quando não houver médiuns preparados.

2 – Em casos de obsessões violentas e subjugações, principalmente fora do centro. Só


aplicar contando com o apoio espiritual e material indispensável.

3 – No lar.

4 – Em lugares públicos. Só aplicar quando necessário, com a autorização da casa espírita


e nunca ir sozinho, sempre em equipe.

5 – Quando o bom senso não recomendar e a prudência não o determinar.

Onde Aplicar o Passe na casa espírita

1- Cabine de Passes (Passes Individuais)

“Nesta sala se reúnem sublimadas emanações mentais da maioria de quantos se valem do


socorro magnético, tomados de amor e confiança. Aqui possuímos uma espécie de altar
interior formado pelos pensamentos, preces e aspirações de quantos nos procuram
trazendo o melhor de si mesmos.” (Espíritp Áulus – Nos Domínios da Mediunidade)

2- No salão das reuniões doutrinárias (Passe Coletivo)

- Podem ocorrer quando o Centro Espírita não dispõe de um espaço reservado para o
passe.

- Quando se aplica o passe nas crianças sentadas no colo da mãe, ou ainda em mães
gestantes.

- Quando o Centro Espírita não dispõe de médiuns suficientes para o passe individual.

Observação: Possui o inconveniente das técnicas não poderem variar para atender as
diferentes necessidades dos pacientes.

23
EXERCÍCIOS

1 – Em quais condições o médium pode aplicar o passe?

2 – Quando não é conveniente o médium aplicar o passe?

3 – Em relação ao paciente cite algumas condições nas quais podemos aplicar o passe
e quando não podemos.

4 – Qual a importância do passe nos encarnados?

5 – Qual a utilidade do passe nos desencarnados?

6 – De que modo o passe costuma ser aplicado nas casas espíritas?

7 – Qual a diferença entre passe individual e coletivo?

8 – Em que situações podemos aplicar o passe coletivo?

PARA REFLETIR E RESPONDER


* É necessário tomar passe todas às vezes em que assistimos as reuniões doutrinárias?

* O médium quando termina de aplicar passes precisa tomar passe com outro médium?

* Após uma comunicação mediúnica, o médium sempre precisa tomar passe?

24
Capítulo 5
Conhecendo os Fluidos

Os Fluidos e suas Diferenciações

Considerações

Um dos grandes mistérios que a Ciência humana procura esclarecer é o da


existência de uma matéria básica universal, capaz de servir como ponto de partida para
a origem dos elementos físicos conhecidos. Embora pesquisadores em todo o mundo
tenham se empenhado no estudo da estrutura íntima dos átomos, ainda não se
conseguiu encontrar esse elemento básico primitivo.

Acredita-se que o Universo, em seu lado material, tenha uma idade calculada
aproximadamente entre 9 e 16 bilhões de anos. Estudos modernos afirmam que no
princípio todos os elementos materiais estavam reunidos num só "ponto'', sob uma
pressão incalculável. Num dado momento, esse ponto teria explodido, dispersando
matéria pelo espaço, dando origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas
e aos astros.

O Universo, de acordo com a física moderna, continua a se expandir e não se sabe


até quando continuará neste processo. A Ciência entende que, encontrando o elemento
material primitivo, estaria frente à solução de muitos mistérios sobre a origem das
coisas.

No século XIX, quando começaram as manifestações dos Espíritos, eles revelaram


uma teoria onde explicavam de forma racional a origem das coisas materiais e
espirituais. Diziam que havia por toda a Criação um elemento primitivo etéreo,
denominado "fluido universal", e que todos os elementos materiais conhecidos seriam
formas modificadas deste fluido.

Alguns cientistas no passado pesquisaram a matéria básica, também denominada


"éter", mas não conseguiram convencer os meios científicos de sua existência. A Ciência
não podia compreender a presença, no espaço, de uma matéria tão sutil que não fosse
detectada pelos instrumentos existentes.

O Espiritismo, através dos fenômenos de efeitos físicos, demonstrou a existência do


fluido universal, base de todos os elementos materiais.

O que são fluidos?

Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto


desencarnados. Todos estamos mergulhados no Fluido Cósmico Universal, substância
básica da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade. Os fluidos
espirituais estão impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de
qualidade ao infinito. A atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos
nela predominantes.

“Definimos o fluido, dessa ou daquela procedência, como sendo um corpo cujas


moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando
retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas.”

25
(André Luiz – Evolução em Dois Mundos)

“A matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais
sutis, que denominamos “FLUIDOS”. À medida que se rarefaz, adquire novas
propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das
formas de energia.” (Léon Denis – No Invisível)

“No plano espiritual o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um
fluido vivo e multiforme, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante
à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanente do Criador, esparsa em todo
o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na
Criação, a partir de si mesma. Esse fluido é seu próprio pensamento contínuo, gerando
potenciais energéticos.” (Espírito André Luiz – Evolução em dois mundos)

Origem dos Fluidos

“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.”

(LE – 1ª Parte, Cap.1 Q1)

Fig. 1 Trindade Universal

Princípio Espiritual (Princípio Inteligente Universal) - “O Princípio Inteligente


Universal é o elemento primitivo espiritual, cuja a natureza desconhecemos. É suscetível
de elaboração e desenvolvimento evolutivo, para a formação de individualidades
inteligentes, em união com a matéria”.

Princípio Inteligente - O Princípio Inteligente provém do Princípio Espiritual e


sua individualização resulta na formação do espírito, que em contínuo processo
evolutivo, virá a ser o Espírito Imortal.

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Princípio Material ou Fluido Universal (Primitivo, Elementar) - “Matéria
elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável
variedade dos corpos da Natureza”.

Fluido Cósmico - O Fluido Cósmico é a primeira e maior decorrência do Fluido


Universal, o qual, além de gerar todos os universos, macros e micros contém os demais
campos que dão origem às matérias mais densas (Jacob Melo).

“O Fluido Cósmico Universal é a substância primitiva (matéria elementar) onde


residem todas as forças e a partir do qual são feitas todas as coisas, pois é suscetível de
inúmeras combinações.” (GE, VI- 7, 10 e 17).

“Há um fluido etéreo que preenche o espaço e que penetra os corpos; esse fluido é
o éter ou matéria primitiva, geradora do mundo e dos seres.” (GE VI – 10)

O fluido cósmico universal é a matéria básica fundamental de todo o Universo


material e espiritual, a matéria elementar primitiva. É altamente influenciável pelo
pensamento (que é uma forma de energia), podendo se modificar, assumir formas e
propriedades particulares.

A ação do Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos
sistemas estelares, aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o Criador
executa o plano existencial. O fluido universal preenche todo o espaço existente entre os
mundos. Por meio dele viajam as ondas do pensamento, do mesmo modo que as ondas
sonoras se projetam na camada atmosférica. Em torno dos planetas, o fluido universal
apresenta-se modificado.

A presença da vida no orbe impõe-lhe características especiais, pois que é alterado


pela atividade mental dos habitantes. Assim, nos mundos mais primitivos, o fluido
universal que os circunda apresenta-se escuro e pesado. Nos mundos mais civilizados,
a atmosfera espiritual é mais leve e luminosa.

Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar tem dois
estados distintos: o da imponderabilidade ou de eterização ,estado normal primitivo ( Fig
2), e o de ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro estado pertencem os
fenômenos do mundo invisível e ao segundo os do mundo visível. Logicamente entre os
dois pontos existem inúmeras formas intermediárias de transformação do fluido em
matéria tangível.

No estudo deste importante assunto poderemos entender a origem de muitas


afecções do ser humano e os fundamentos da fluidoterapia, largamente empregada nos
centros espíritas, na profilaxia e tratamento das enfermidades físicas e espirituais.

"No estado de eterização, o fluido universal não é uniforme; sem cessar de ser
etéreo, passa por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez,
do que no estado de matéria tangível. Tais modificações constituem fluidos distintos que,
se bem sejam procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais,
e dão lugar aos fenômenos particulares do mundo invisível. Uma vez que tudo é relativo,
esses fluidos têm para os Espíritos, que em si mesmo são fluídicos, uma aparência
material tanto quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são para eles o que
para nós são as substâncias do mundo terrestre; eles as elaboram, as combinam para
produzir efeitos determinados como o fazem os homens com seus materiais, embora
usando processos diferentes" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 3).

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Fig. 2 Origem e Diferenciação dos Fluidos

Fluido Vital (Magnético, Ectoplasma, Animal)

“É uma das diferenciações do Fluido Cósmico Universal. É responsável, quando


combinado com o Fluido Cósmico ou com outras de suas derivações, através do agente
chamado PRINCÍPIO VITAL segundo padrões muito especiais, pela vida.” (Fig. 3)

Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a
matéria é inerte. Podemos dizer que ele é responsável pela animalização da matéria,
pois, segundo os Espíritos, a vida é resultado da ação de um agente sobre a matéria.
Esse agente é o fluido vital. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e
assimilam. A matéria sem ele não tem vida assim como ele sem a matéria não é vida.
Quando os seres orgânicos perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria se
decompõe formando novos corpos e o fluido vital volta à massa, ao todo universal, para
novas combinações e utilizações no Universo. Cada ser tem uma quantidade de fluido
vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de uma série de
fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos Espíritos, pergunta 70:

"A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia
segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos
de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital,
enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são
mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante.

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não
for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm. O fluido vital se
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transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao
que tem menos e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se".

Fig. 3 Ativação dos Princípios Vitais e o Fluido vital

Princípio Vital – “É o “toque mágico” propiciador da vida, o “interruptor” vital que faz a
interligação de um “campo” específico chamado “fluido vital” com elemento(s)
proveniente(s) de outro “campo” (Princípio Espiritual).”

(Jacob Melo)

“Quando o organismo vive, o Fluido Vital está ativado pelo Princípio Vital que dá
àquele e a todas as suas partes “uma atividade” que as põe em comunicação entre si,
nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente perturbadas.
Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos,
ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o
movimento da vida, e o ser morre”.

Qual a diferença entre princípio vital e fluido vital?

R: De forma mais superficial, nenhuma. De forma mais específica, podemos dizer que o
principio vital é o agente do fluido vital. Numa analogia, podemos dizer que o principio
vital está para a carga elétrica de um elétron assim como o fluido vital está para a
eletricidade. Ou seja, no principio vital existe a energia em potencial e no fluido vital esta
energia está em ação (movimento).

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Propriedades Físicas dos Fluidos

1- Os fluidos possuem qualidade nula.


2- O fluido magnético, que se nos escapa continuamente, forma em torno do
nosso corpo uma atmosfera.
3- A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos.
4- A quantidade de fluido vital se esgota.
5- O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro.
6- O fluido penetra todos os corpos animados e inanimados.
7- Possui um odor e coloração, que varia segundo o estado de saúde física do
indivíduo, dos seus dotes morais e espirituais, e do seu grau de evolução e
pureza.
8- É visto pelos sonâmbulos como um vapor luminoso, mais ou menos brilhante.
9- Se propagam a grandes distâncias, o que depende, entretanto, da qualidade
e da força do magnetizador, e igualmente da maior ou menor sensibilidade
magnética do paciente.
10- O fluido está também sujeito às leis de atração, repulsão e afinidade.
11- Varia de indivíduo para indivíduo.
12- Os efeitos da ação fluídica variam sobre os doentes.

Atmosfera Fluídica

"Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios


corrompem o ar respirável" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais,
modificando suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade
e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua
influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas
acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.

Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade,
de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia
vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos. À atmosfera fluídica
associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por
esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a
vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos
maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual
aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem,
formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação
dos ensinos morais de Jesus.

"A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências de importância
direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do
pensamento, que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles
devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam
em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos" - (Allan Kardec - A
Gênese, cap. XIV, item 16).

À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas,
tanto físicas quanto espirituais, são diretamente proporcionais ao seu grau evolutivo e que
ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas
companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor
atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive.

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Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais em que vive o
planeta atualmente.

"Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive,


porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos
maus. Se um dia a Terra chegar a ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as
leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que se encontrem condições de higiene
física e moral completamente outras que as hoje existentes" - (Allan Kardec - Revista
Espírita, Maio, 1867).

EXERCÍCIOS

1- Defina fluidos.
2- Qual a origem dos fluidos?
3- Como você explica a existência de diversos fluidos?
4- O que é Trindade Universal?
5- Diferencie o princípio espiritual do princípio material. O que cada um deles origina?
6- Explique o que é fluido cósmico e fluido vital.
7- Qual a importância do princípio vital?
8- Cite as propriedades dos fluidos.

Certo ou Errado?

A quantidade de fluido vital não é absoluta, não é a mesma em todos os seres


orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo, quer nos
indivíduos de uma espécie. ( )

A vitalidade se acha em estado latente, quando o agente vital não está unido ao corpo.
( )

Em determinadas situações a vida pode existir mesmo sem a presença do princípio


vital, desde que o fluido vital exista em abundância. ( )

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Capítulo 6
Noções de Anatomia Humana

Conhecimentos Básicos aplicados ao estudo do Passe

O corpo humano é uma das mais belas criações de Deus, sem o qual não
poderíamos habitar neste plano. Conhecer um pouco do seu funcionamento, observando
o modo como todos os sistemas trabalham de forma harmônica, é com certeza uma
tarefa interessante e necessária para todos aqueles que desejem trabalhar com o
passe.

O corpo físico sendo o reflexo do períspirito, irá manifestar todas as alterações


existentes, oriundas do campo emocional ou mental. Por isso, ao lidar com pacientes
que relatam problemas físicos como dores, doenças ou enfermidades é necessário
entender como essas alterações ocorrem para que possam ser tratadas por qualquer
terapia. Este entendimento sempre começa pelos aspectos anatômicos e fisiológicos do
corpo humano.

Com o estudo do passe não poderia ser diferente. Obviamente, iremos abordar
dentro desse assunto apenas o necessário para o bom desenvolvimento do nosso
trabalho.

Fig. 4

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A cabeça compreende o crâneo e a face. No crânio está localizado o encéfalo
(cérebro, cerebelo e bulbo), sendo a face a sede de alguns órgãos dos sentidos como os
olhos, nariz, língua, e ouvido.

O tronco compreende o tórax e abdome. O diafragma, que é um músculo, é o


responsável pela divisão interna entre o tórax e o abdome. No tórax, estão os pulmões
que recebem o ar através da traquéia, o coração com seus vasos sanguíneos
importantes e o esôfago que leva os alimentos ao estômago. No abdome estão o
estômago, o fígado, o baço, o pâncreas, os intestinos, os rins e a bexiga. Na mulher
encontramos ainda ovários, útero e trompas e no homem encontramos a próstata,
localizados na porção inferior do abdome que é chamada de pelve.

Os membros são em número de quatro: dois superiores e dois inferiores. Fazem


parte do membro superior ombro, braço, antebraço e mão. O quadril, a coxa, perna e pé
compões o membro inferior.

Fig. 5 Quadrantes e Regiões Abdominais

Níveis de Organização

Existem vários níveis hierárquicos de organização entre os seres vivos, começando


pelos átomos e terminando na biosfera. Cada um desses níveis é motivo de estudo para
os biólogos. (Fig. 6)

1 - Átomos e moléculas - Os átomos formam toda a matéria existente. Eles se unem


por meio de ligações químicas para formar as moléculas, desde as mais simples como a
água (H2O), até moléculas complexas, como proteínas, que possuem de centenas a
milhares de átomos. A matéria viva é formada principalmente pela união dos átomos (C)
Carbono, (H) Hidrogênio, (O) Oxigênio e (N) Nitrogênio.
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2 - Organelas e Células - As organelas são estruturas presentes no interior das
células, que desempenham funções específicas. São formadas a partir da união de
várias moléculas. A célula é a unidade básica da vida, sendo imprescindível para a
existência dela. Existem vários tipos de células, cada uma com sua função específica.

3 - Tecidos - Os tecidos são formados pela união de células especializadas. Os


tecidos estão presentes apenas em alguns organismos multicelulares como as plantas e
animais. Um exemplo de tecido é o muscular, que tem a função de produzir os
movimentos de um organismo; o tecido ósseo, formado pelas células ósseas, tem a
função de sustentar o organismo.

4 - Órgãos - Os tecidos se organizam e se unem, formando os órgãos. Eles são


formados de vários tipos de tecidos. Por exemplo, o coração é formado por tecido
muscular, sanguíneo e tecido nervoso. Os ossos são formados por tecido ósseo,
sanguíneo e nervoso.

5 - Sistemas - Os sistemas são formados pela união de vários órgãos, que


trabalham em conjunto para exercer uma determinada função corporal; por exemplo, o
sistema digestório, que é formado por vários órgãos, como boca, estômago, intestinos,
glândulas, etc.

6 - Organismo - A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma
pessoa, uma planta, um peixe, um cachorro, um pássaro, um verme, etc.

Fig. 6 Níveis de organização

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Sistemas do Corpo Humano

O corpo humano pode ser subdividido em:

1 - Sistema circulatório: circulação do sangue como coração e vasos sanguíneos.

2 - Sistema digestório: processamento do alimento com a boca, estômago e intestinos.

3 - Sistema endócrino: comunicação interna do corpo através de hormônios.

4 - Sistema imunológico: defesa do corpo contra os agentes patogênicos.

5 - Sistema tegumentar: pele, cabelo e unhas.

6 - Sistema muscular: proporciona a força necessária ao movimento do corpo.

7 - Sistema nervoso: coleta, transfere e processa informação com o cérebro e nervos.

8 - Sistema reprodutor: os órgãos sexuais.

9 - Sistema respiratório: os órgãos usados para inspiração e o pulmão.

10 - Sistema esquelético: suporte estrutural e proteção através dos ossos. Junto com
músculos e articulações proporciona mobilidade ao corpo

11 - Sistema urinário: os rins e estruturas envolvidas na produção e excreção da urina.

1 - Sistema Circulatório (cardiovascular)

É um conjunto de órgãos responsáveis por levar oxigênio e nutrientes para o corpo.


O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou
circulatório (fig. 7). A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de
nutrientes, oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também
transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.

Fig. 7 - Sistema circulatório ou cardiovascular


Veia

Artéria

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Principais componentes:

1.1 - Coração: é o “motor” do sistema circulatório. Sua função é bombear o sangue,


de forma que chegue a todo o corpo. Com isso, o sangue que contém oxigênio pode
alimentar a células do corpo. Uma circulação completa inclui duas passagens pelo
coração: uma em direção ao corpo e a outra em direção ao pulmão (Fig. 8).
Fig. 8 - Pequena e Grande Circulação

1.2 - Vasos Sanguíneos: são as veias, artérias e capilares. Sendo que as artérias
são mais largas e flexíveis, as veias mais finas, mas igualmente resistentes. Os capilares
são os menores vasos sanguíneos e servem de canal de transição das artérias para as
veias. (Fig.9)

Fig. 9

1.3 - Sangue: material líquido que transporta os nutrientes e oxigenação para as


células e tecidos do corpo. É bombeado pelo coração e é amplamente rico em
nutrientes.
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2 - Sistema Digestório

Os seres humanos, para manterem as atividades do organismo em bom


funcionamento, precisam captar os nutrientes necessários para construir novos tecidos e
fazer manutenção dos tecidos danificados, necessitam de extrair energias vindas da
ingestão de alimentos. A transformação dos alimentos em compostos mais simples,
utilizáveis e absorvíveis pelo organismo é denominado Digestão.

O Sistema Digestório nos seres humanos é constituído de: Boca, Faringe, Esôfago,
Estômago, Intestino delgado, Intestino grosso, Ânus. (Fig.10)

Anexos ao sistema existem os órgãos: glândulas salivares, pâncreas, fígado,


vesícula biliar, dentes e língua.

Fig. 10 - Sistema digestório

2.1 - Boca - É a porta de entrada dos


alimentos e a primeira parte do processo
digestivo. Ao ingerir alimentos, estes chegam
à boca, onde serão mastigados pelos dentes
e movimentados pela língua. Acontece a
digestão química dos carboidratos, onde o
amido é decomposto em moléculas de
glicose e maltose.

2.2 - Glândulas Salivares - A saliva é


composta por um líquido viscoso contendo
99% de água e mucina, que dá a saliva sua
viscosidade. É constituída também pela
ptialina ou amilase, que é uma enzima que
inicia o processo da digestão do glicogênio.

2.3 - Faringe - É um tubo que conduz os


alimentos até o esôfago.

2.4 - Esôfago - Continua o trabalho da


Faringe, transportando os alimentos até o
estômago, devido aos seus movimentos
peristálticos (contrações involuntárias).

2.5 - Estômago - No estômago, órgão mais musculoso do canal alimentar,


continuam as contrações, misturando aos alimentos uma solução denominada suco
gástrico e realizando a digestão dos alimentos protéicos. O suco gástrico é um líquido
claro, transparente e bastante ácido produzido pelo estômago.

2.6 - Intestino Delgado – O intestino delgado é um órgão dividido em três partes:


duodeno, jejuno e íleo. A primeira parte do intestino delgado é formada pelo duodeno
que é a seção responsável por receber o bolo alimentar altamente ácido vindo do
estômago, denominado quimo. Para auxiliar o duodeno no processo digestivo, o
pâncreas e o fígado fornecem secreções antiácidas.

2.7 - O pâncreas produz e fornece ao intestino delgado, suco pancreático,


constituído de íons bicarbonato, neutralizando assim, a acidez do quimo. O Fígado
fornece a bile, que é secretada continuamente e armazenada em vesícula biliar (Fig.11)

37
Fig. 11 – Fígado, Pâncreas e Vesícula Biliar

Ao final deste processo no intestino, o bolo alimentar se transforma em um material


escuro e pastoso denominado quilo, contendo os produtos finais da digestão de
proteínas, carboidratos e lipídios.

As últimas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são formados por um canal
longo onde são absorvidos os nutrientes. Apresentam em sua superfície interna,
vilosidades que são vários dobramentos.

2.8 - Intestino Grosso - O intestino grosso é um órgão divido em três partes: ceco,
cólon e reto, onde ocorre a reabsorção de água, absorção de eletrólitos (sódio e
potássio), decomposição e fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo
das fezes.

2.9 - Ânus - A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por
acumular as fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo da digestão. Durante
todo esse processo, o muco é secretado pela mucosa do intestino para facilitar o
percurso das fezes até sua eliminação.

3 - Sistema Endócrino

É conjunto de órgãos (glândulas) que apresentam como atividade característica a


produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente
sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando no
controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos
hormônios são denominados órgãos-alvo.

Glândulas

Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise, o


hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas e as gônadas
(Fig.12)

38
Fig. 12 - Glândulas Endócrinas

3.1 -- Hipófise ou pituitária - A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do


nosso corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de
outras glândulas, como a tireóide, as supra-renais e as glândulas-sexuais (ovários e
testículos).

3.2 - Tireóide - Localiza-se no pescoço (fig. 13), estando apoiada sobre as cartilagens
da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam
a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo,
elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a
síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento.
A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do
controle da concentração sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a
saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.

Fig. 13 - Tireóide

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3.3 - Paratireóides - São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro,
localizadas na região posterior da tireóide. Elas produzem o paratormônio, hormônio que
regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue (Fig. 14).

Fig. 14 – Paratireóides – (visão posterior da tireóide)

3.4 - Adrenais ou supra-renais - São duas glândulas que se situam acima dos rins,
produzem adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações de
emergência”. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos,
para atacar ou fugir (Fig. 15).

Fig.15 – Supra-renais

Os principais efeitos da adrenalina no organismo são:

a - Taquicardia (o coração dispara e impulsiona mais sangue para os braços e


pernas, dando-nos capacidade de correr mais ou de nos exaltar mais em uma situação
tensa, como uma briga);
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b - Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue (isso
permite que as células produzam mais energia);

c - Contração dos vasos sanguíneos da pele (o organismo envia mais sangue


para os músculos esqueléticos) – por essa razão, ficamos pálidos de susto e também
“gelados de medo”!

3.5 - Pâncreas - O pâncreas produz dois hormônios importantes na regulação da


taxa de glicose (açúcar) no sangue: a insulina e o glucagon. A insulina facilita a entrada
da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o
armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do
sangue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as
refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue. A falta ou a baixa produção de
insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue
(hiperglicemia) (Fig. 16).

Fig. 16 – Pâncreas

Já o glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica


muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode
ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar.
Quando ocorre a hipoglicemia o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado,
estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. A glicose é, então
enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar. Além de hormônios, o pâncreas
produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha
um papel muito importante no processo digestivo.

3.6 - Glândulas sexuais - As glândulas sexuais são os ovários (femininos) e os


testículos (masculinos). Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios
produzidos pela hipófise. Enquanto os ovários produzem estrogênio e progesterona, os
testículos produzem testosterona (ver a fig. 12 na pág. 38 ou as figuras dos aparelhos
reprodutor masculino e feminino).

41
4 -Sistema Imunológico

É uma rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra
o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias,
fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno
de animais peçonhentos).

Os principais componentes do sistema imunitário são a medula óssea, baço, timo, e


nódulos linfáticos. (Fig.17)

Os gânglios linfáticos também contêm linfa, o líquido claro que leva essas células
para as diferentes partes do corpo. Quando o corpo está a lutar contra a infecção, os
gânglios linfáticos podem alargar e sentir dor. O baço (Fig. 18), que também faz parte
dos sistema imunitário, sendo o maior órgão linfático do corpo, contém células brancas
do sangue que combatem a infecção ou doença. O baço também ajuda a controlar a
quantidade de sangue no corpo e dispõe de células sanguíneas velhas ou danificadas.

Outro componente do sistema imunitário é a medula, o tecido amarelo no centro dos


ossos que produz células brancas do sangue, incluindo linfócitos. Estes pequenos
glóbulos brancos desempenham um grande papel na defesa do organismo contra a
doença. Os dois tipos de linfócitos são as células B, que produzem anticorpos que
atacam as bactérias e toxinas, e as células-T, que ajudam a destruir as células
infectadas ou cancerosas.

Fig. 17 - componentes do sistema imunitário

As células T assassinas são um subgrupo


das células T, que matam as células que
estão infectadas com vírus e outros
patógenos, ou danificadas. As células T
auxiliares ajudam a determinar quais as
respostas imunológicas do corpo para um
determinado patógeno. Outro órgão
envolvido no sistema imunitário é o Timo,
onde as células T amadurecem. Distúrbios
no sistema imunitário podem resultar em
doenças auto-imunes, ou doenças
inflamatórias.
Fig.18 – Baço

42
5 -Sistema Tegumentar

O tegumento humano, mais conhecido como pele, é o maior órgão do corpo


humano. A pele faz parte do sistema tegumentário, que compreende a pele, o cabelo e
as unhas, que são apêndices da pele.

O sistema tegumentar é à prova de água e protege o corpo de infecções sendo


também a defesa inicial do organismo contra bactérias, vírus e outros micróbios.
Também excreta resíduos, regula a temperatura e evita a desidratação ao controlar o
nível de transpiração. Ele também possui receptores sensoriais que detectam a
sensação de dor e pressão.

Fig. 19 – Representação de um corte de pele

É formado por três camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme, a
derme e a hipoderme ou tecido subcutâneo.

5. 1 - Epiderme - é a camada superior da pele e não contém vasos sanguíneos.

5.2 - Derme - é a camada média da pele. Formada por duas camadas que fornecem
elasticidade, permitindo o alongamento enquanto também combatem as rugas e a
flacidez. A camada dérmica fornece um local para as terminações de vasos sanguíneos
e nervos. As estruturas de cabelo em seres humanos estão nesta camada.

5.3 - Hipoderme - também chamada de tecido subcutâneo - é a camada mais


profunda da pele. Isso ajuda a isolar o corpo e amortecer os órgãos internos. A
hipoderme é composta por um tecido conjuntivo chamado tecido adiposo que armazena
o excesso de energia na forma de gordura. Vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos e
folículos pilosos também correm nesta camada da pele.

6 - Sistema Muscular

Formado por 650 músculos (Fig. 20), este sistema não só apoia o movimento -
controla o andar, falar, sentar, levantar, comer e outras funções diárias que realizamos
43
conscientemente -, mas também ajuda a manter a postura e a circular o sangue e outras
substâncias por todo o corpo, entre outras funções.

Fig. 20 – Sistema Muscular

O sistema nervoso controla as ações dos músculos, embora alguns músculos,


incluindo o músculo cardíaco, podem funcionar de forma autónoma. Os músculos são
mais da metade do peso do corpo humano, e as pessoas que fazem musculação
pesada, muitas vezes ganham peso porque o músculo é cerca de três vezes mais denso
que a gordura.

O sistema muscular pode ser dividido em três tipos de músculos: esquelético, liso e
cardíaco. (Fig. 21)

6.1 - Músculos esqueléticos – único tecido muscular voluntário no corpo humano


que controla cada ação que uma pessoa conscientemente executa.

6.2 - Músculo visceral ou liso - é encontrado dentro de órgãos como o estômago,


intestinos e vasos sanguíneos. Ele é chamado de músculo liso, porque ao contrário do
músculo esquelético, não tem a aparência unida. Sendo os mais fracos de todos os
tecidos musculares. Os músculos viscerais enviam sinais para contrair de forma a mover
substâncias através do órgão. É conhecido como músculo involuntário, uma vez que não
pode ser controlado de forma consciente.

6.3 - Músculo cardíaco - Encontrado apenas no coração, é responsável pelo


bombeamento de sangue para todo o corpo. Assim como os músculos viscerais, o tecido
muscular cardíaco é controlado involuntariamente

44
Fig. 21 – Tipos de Músculos

7 - Sistema Nervoso

O sistema nervoso é responsável pela maioria das funções de controle em um


organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. O neurônio é a unidade
funcional deste sistema. Os neurônios comunicam-se através de sinapses; por eles
propagam-se os impulsos nervosos (Fig. 22).

Fig. 2 – Neurônio e as sinapses

O sistema nervoso é divido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso


Periférico.

7. 1 -Sistema Nervoso Central (SNC)

Principais componentes do Sistema Nervoso Central: Medula espinhal, e, Encéfalo,

O cérebro está relacionado com a maioria das funções do organismo como a


recepção de informações visuais nos vertebrados, movimentos do corpo que requerem
coordenação de grande número de partes do corpo (Fig.23)

45
Fig.23 – Sitema Nervoso Central

O encéfalo, contido dentro da caixa craniana, pode ser dividido em medula


oblonga, ponte, mesencéfalo, cerebelo, diencéfalo e telencéfalo.

“O lobos frontais do cérebro contém os núcleos da vida intelectual do espírito, e o


cerebelo é a sede dos centros do equilíbrio orgânico da vida anímica, do sentimento,
parte esta que na humanidade atual está sendo sobrepujada pelo cérebro anterior com
hipertrofia da inteligência e atrofia da vida moral”. (Edgard Armond – Passes e
Radiações).

7.2 -Sistema Nervoso Periférico (SNP)

Formado por nervos Cranianos e Raquidianos, conduz estímulos do meio ambiente


para o espírito e vice-versa. Esses estímulos podem ser voluntários ou involuntários,
conscientes ou inconscientes, motores ou sensitivos, somático ou viscerais (Fig. 24)
Fig. 24 –Sistema Nervoso Periférico

46
Pode ser divido em voluntário e autônomo

7.2. a - Sistema Nervoso Voluntário

Está relacionado com os movimentos voluntários. Os neurônios levam a informação


do SNC aos músculos esqueléticos, inervando-os diretamente. Pode haver movimentos
involuntários.

7.2. b - Sistema Nervoso Autônomo

O Sistema Nervoso Autônomo é o que mais nos interessa. É o responsável pela


inervação das vísceras e pode ser dividido, por sua vez, em Sistema Nervoso
Autônomo Simpático e Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático (Fig. 25).
Fig. 25 – Sistema Nervoso Autõnomo

O Parassimpático, na sua quase totalidade, é representado pelo Nervo Vago, que


inerva todas as vísceras até o intestino grosso na sua parte mais alta, mais ou menos.
Tem uma ação moderadora.

O Simpático é constituído por uma cadeia de gânglios e nervos próximos à coluna


vertebral, denominada Tronco Simpático. Sua ação é excitadora.

O Simpático e o Parasimpático funcionam com um antagonismo que mantém o


equilíbrio interno, automaticamente, equilíbrio esse que é a saúde e que somente se

47
rompe quando ocorrem intervenções diretas do Espírito, que age por meio dos plexos,
principalmente o plexo solar.

A ação do Espírito sobre o Sistema Nervoso Central é toda intelectual, direta e


individual, isto é, para cada situação que surja há uma solução própria, uma reação, uma
resposta especial, que vem do cérebro para o ponto do organismo em que o caso
ocorreu.

Sobre o sistema vegetativo, a ação, como já dissemos, é indireta e permanente: os


órgãos funcionam automaticamente por impulsos vindo do períspirito e enquanto o
Espírito estiver ligado ao corpo pelo cordão umbilical fluídico que, como se sabe,
somente se rompe com a morte física.

São controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da
adrenalina e da acetilcolina.

8 - Sistema Reprodutor

8.1 - Sistema Reprodutor Feminino - O sistema reprodutor feminino é formado


pelas gônadas (ovários) que produzem os óvulos, as tubas uterinas, que transportam os
óvulos do ovário até o útero e os protege, o útero, onde o embrião irá se desenvolver
caso haja fecundação, a vagina e a vulva. (Fig. 26)

8.1.a – Ovários - Nos ovários ocorre a produção de hormônios, como, por


exemplo, os hormônios sexuais femininos (estrógenos e progesterona) e ovócitos
secundários (células que se tornam óvulos, ou ovos, caso haja fertilização).

8.1.b - Trompas de Falópio - Através da trompas de falópio, também


conhecidas como tubas uterinas, o óvulo é coletado da cavidade abdominal, após ser
expelido do ovário (ovulação), e, uma vez coletado, é conduzido em direção ao útero.
Normalmente a fertilização ocorre ainda em seu interior.

8.1.c – Útero - É no útero que se fixará o óvulo fertilizado, ocorrendo, então, o


desenvolvimento da gestação até seu final, quando ocorre o trabalho de parto.

8.1.d – Vagina - É através da vagina que os espermatozóides são introduzidos no


sistema reprodutor feminino, além disso, é neste órgão que se localiza o canal de
nascimento.
Fig. 26 – ap. reprodutor feminino

48
8.2 - Sistema Reprodutor Masculino - Os órgãos do sistema reprodutor masculino
produzem os gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente moldados
para inserir estes gametas no sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e
continuidade da espécie. (Fig. 27).

Fig. 27 – Aparelho Reprodutor Masculino

8.2.a – Testículos - Nos testículos ocorre a produção de espermatozóides e


também a produção de testosterona (hormônio sexual masculino).

8.2.b – Epidídimo - É no ducto epidídimo que ocorre a maturação dos


espermatozóides, além disso, este ducto também armazena os espermatozóides e os
conduzem ao ducto deferente através de movimentos peristálticos (contração muscular).

8.2.c - Ductos deferentes - Os ductos deferentes têm a função armazenar os


espermatozóides e de transporta-los em direção à uretra, além disso, ainda são
responsáveis por reabsorver os espermatozóides que não foram expelidos.

8.2.d - Vesícula Seminal - As vesículas seminais são glândulas responsáveis


por secretar um fluído que tem a função de neutralizar a acidez da uretra masculina e da
vagina, para que, desta forma, os espermatozóides não sejam neutralizados.

8.2.e – Próstata - A próstata é uma glândula masculina de tamanho similar a uma


bola de golfe. É através da próstata que é secretado um líquido leitoso que possui
aproximadamente 25% de sêmen.

8.2.f – Pênis - É através do pênis (uretra) que o sêmen é expelido. Além de servir
de canal para ejaculação, é através deste órgão que a urina também é expelida.

2.8.g – Uretra - Canal condutor que, no aspecto da reprodução, possui a função


de conduzir e expelir o esperma durante o processo de ejaculação.

49
9 - Sistema Respiratório

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários


órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses
órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os
bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. (Fig. 28).

Fig. 28 - Sistema Respiratório

9.1 - Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e
terminam na faringe.

9.2 - Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e que


comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela
boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

9.3 - Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na


parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que
aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.

9.4 - Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12


centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos.
Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões.

9.5 - Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com


aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa
denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando
origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.

9.6 - Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, um fino músculo


que separa o tórax do abdômen (presente apenas em mamíferos) promovendo,
juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.

50
10 - Sistema Urinário

O sistema urinário é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue,


produzem e excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É
constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.
(Fig.29)

Fig. 29 - Sistema Urinário Masculino e Feminino

10.1 - Rins - situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de


cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e
também por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e
possuem uma cápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula - mais
interna.

O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das
extremidades, uma expansão em forma de taça.

51
10.2 - Ureter - os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para
formar canais cada vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único,
denominado ureter, que deixa o rim em direção à bexiga urinária.

10.3 - Bexiga - A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de


musculatura lisa, cuja função é acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a
bexiga pode conter mais de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente
através da uretra.

10.4 - Uretra - A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na


região vulvar e, no homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga
mantém-se fechada por anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a
musculatura desses anéis relaxa-se e a musculatura da parede da bexiga contrai-se,
urinamos.

11 - Sistema Esquelético (de sustentação)

Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece


pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo
208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de
alavancas movimentadas pelos músculos. (Fig.30)

Fig. 30 –Sistema Esquelético Humano

52
Exercícios

1 – Qual a importância de estudar a anatomia humana durante o curso de passe?

2 – Como está dividido o corpo humano?

3 – Sobre os níveis de organização, assinale a sequência correta:

a) Átomos, tecidos, moléculas, órgãos, sistema, organismo

b) Átomos, moléculas, órgãos, sistema, organismo

c) Moléculas, células, tecidos, órgãos, sistema, organismo

d) Moléculas, tecidos, órgãos, sistema, organismo, espírito

e) Átomos, moléculas, sistema, órgãos, organismo, espírito

4 – Cite quais são os sistemas do corpo humano e quais as suas respectivas funções?

5 – São órgãos do sistema cardiovascular:

a) Coração, sangue e pâncreas


b) Coração, sangue e pulmões
c) Coração, sangue e vasos sanguíneos
d) Coração, sangue, vasos sanguíneos e pulmões
e) NDA

6 – Ligue os órgãos aos seus respectivos nomes

- Boca

- Glãndulas salivares

- Esôfago

- Estômago

- Fígado

- Pâncreas

- Intestino Grosso

- Intestino delgado

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Continuação dos exercícios

7 – Quais as glândulas compõem o sistema endócrino?

8 – Qual a função do sistema imunológico e quais os órgãos que fazem parte dele?

9 – Cite as funções dos sistemas tegumentar, muscular e esquelético.

10 – Marque Certo ou Errado nas afirmativas abaixo


a) O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central e sistema nervoso
autônomo ( )
b) O sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático, tem ação
antagônica que proporciona a saúde. ( )
c) Fazem parte do sistema reprodutor feminino: Ovários, Trompas de Falópio,
Útero, Vagina. ( )
d) Fazem parte do sistema reprodutor masculino: Testículos, Ductos Deferentes,
Próstata, Diafragma, Epidídimo, Vesícula Seminal, Pênis e Uretra. ( )

11 – Cada afirmativa abaixo, se refere a um órgão específico do sistema respiratório.


Cite o nome de cada um deles.
a) É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte
superior do pescoço, em continuação à faringe. _________________________
b) São órgãos esponjosos, envolvidos por membrana serosa denominada pleura.
.______________________________________________
c) É um canal comum aos sistemas digestório e respiratório ___________________
d) Músculo que separa o tórax do abdômen. ________________________
e) Cavidades paralelas que começam nas narinas. ___________________
f) Tubo com paredes reforçadas por anéis cartilaginosos, que bifurca-se originando
os brônquios.

54
Capítulo 7
Anatomia Energética

Seus elementos e suas funções

O ser humano é composto de um corpo físico e um corpo energético,espiritual.


(Fig. 31). De forma semelhante ao soma (corpo físico), o corpo espiritual é formado por
estruturas e camadas que possuem funções específicas. O correto funcionamento
destas estruturas, resultado da harmonia mental e emocional do espírito, determinará as
condições da saúde orgânica.

Fig. 31 – Composição do ser humano

1 . Perispírito

Definição: É o envoltório sutil do espírito que lhe serve de intermediário para atuar na
matéria física ou no plano em que se encontre.

Quanto a sua natureza, na lição de André Luiz, transmitida por Francisco Cândido
Xavier, o períspirito apresenta-se como uma “formação sutil, urdida em recursos
dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa
vibratória, diante do sistema de permuta visceralmente renovado, distribuem-se mais ou
menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se

55
no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos
conforme o campo mental a que se ajusta”. (Evolução em dois Mundos, cap II).

Tem-se, então, que o períspirito, designado pelos Espíritos como constituído de


matéria sutil (semi matéria), assim se apresenta porque, necessariamente, vibra numa
frequência mais elevada que a do corpo denso, apresentando, não obstante, células,
tecidos e órgãos (a servirem, no processo de reencarnação, como matrizes dos
correspondentes biológicos), em outra dimensão vibratória. Na verdade, cada tipo de
célula do corpo físico é a imagem da respectiva célula do corpo espiritual.

LE 135 – Há no homem alguma coisa além da alma e do corpo?

R: Há o laço que liga a alma ao corpo.

De que natureza é esse laço?

R: Semi-material, isto é, de natureza intermédia entre o Espírito e o corpo. É preciso


que seja assim para que os dois se possam comunicar um com o outro. Por meio desse
laço é que o Espírito atua sobre a matéria e reciprocamente.

Kardec ainda diz mais: “... corpo fluídico dos espíritos, é um dos mais importantes
produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de
inteligência ou alma”. ( A Gênese, cap. XIV , item 2)

“ “Não é imutável, depura-se e enobrece-se com a alma, segue-a através de suas


inúmeras encarnações (...)”

(Léon Denis – Depois da Morte)

“Retém todos os estados de consciência, de sensibilidade ou de vontade, reservatório de


todos os conhecimentos. A alma tem memória integral quando se encontra no espaço.”

(Gabriel Delanne – Evolução Anímica)

Possui estrutura eletromagnética, formada de elétrons e fótons, iguais aos que integram
o corpo físico, porém, “em outras características vibratórias”.

(André Luiz – Missionários da Luz)

“Esse organismo, constituído, embora, de elementos mais plásticos e sutis, ainda é


edifício material de retenção a consciência.”

(Assistente Calderaro – No Mundo Maior)

Segundo Emmanuel no livro Roteiro, cap 6:

1- É ainda um corpo organizado, molde fundamental da existência para o homem.

2- Subsiste após a morte.

3- Formado por substâncias químicas, mas em outra faixa vibratória.

4- Modifica-se sob o comando do pensamento.

56
5- Submetido às leis de gravidade no plano em que está.

Origem do períspirito - “OS Espíritos retiram do meio os seus próprios períspiritos”.

“O Espírito produz aí, o efeito reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza
pode assimilar.” ( GE – cap. 14)

“Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos
os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a
circunda.”

(Allan Kardec – GE)

1.1 - Propriedades do Perispírito

1) Plasticidade – É o espelho da alma, moldando-se de acordo com seu comando


plasticizante, graças à porosidade que o caracteriza.
2) Densidade – Agente da alma, não deixa de ser matéria, ainda que de natureza
quintessenciada. Como tal, apresenta uma certa densidade, que se relaciona
com o grau e evolução da alma.
3) Ponderabilidade – Na dimensão espiritual, cada organização perispirítica tem o
seu peso específico, que varia de acordo com a sua densidade.
4) Luminosidade – Como a densidade, desponta como uma característica muito
pessoal do Espírito. Em mensagens coletadas por Kardec, lê-se;
“Por sua natureza, possui o Espírito uma propriedade luminosa que se
desenvolve sob o influxo da atividade e das qualidades da alma (...) A luz
irradiada por um Espírito será tanto mais viva, quanto maior o seu
adiantamento.” (O Céu e o Inferno, 2ª parte, cap IV)
5) Penetrabilidade – “Matéria nenhuma lhe opõe obstáculo” (Allan Kardec)
6) Visibilidade – O períspirito é invisível aos olhos físicos. Não o é para os
Espíritos. Pode ser percebido pelos médiuns videntes, no entanto torna-se
necessário saber distingui-lo entre as projeções que formam a aura.
7) Corporeidade – É aglutinador de recursos da natureza terrestre, é o corpo sutil
da alma, matriz que, de sua vez, molda o corpo físico. Assim, quando
encarnado, o Espírito tem seu corpo físico e finalmente, quando desencarnado,
o períspirito mostra um corpo de natureza quintessenciada, semimaterial que é
o seu períspirito.
8) Tangibilidade – Com o suporte ectoplasmático que lhe dê expressão física,
pode tornar-se materialmente tangível.
9) Sensibilidade Global – Quando encarnado, o Espírito recolhe impressões por
meio de vias especializadas que compõem os órgãos dos sentidos.
Desencarnado, o Espírito vê, ouve, sente com o seu corpo espiritual inteiro.
10) Sensibilidade Magnética – Apresenta-se, particularmente sensível á ação
magnética. Graças a isso, o espírito torna-se suscetível às influências da
energia ambiental que o envolve (psicosfera) e é essa propriedade que lhe
permite absorver, assimilar e também transmitir a energia espiritual que capta
ou recebe.
11) Expansibilidade – Pode conforme suas condições, ampliando o seu campo de
sensibilidade e, pois, de percepção, viver, eventual e temporariamente, a
realidade do mundo espiritual. Esta propriedade está na base de todos os
processos mediúnicos.
12) Bicorporeidade – Termo criado por Kardec, se relaciona com o fenômeno de
desdobramento, define-se particularmente, como notável faculdade do
períspirito, que possibilita, em condições especiais, o seu desdobramento
(fazer-se em dois).
57
13) Unicidade – A estrutura perispirítica, como reflexo da alma, é única como esta.
Não há períspiritos iguais, como, a rigor, inexistem almas idênticas.
14) Perenidade – o corpo espiritual é indestrutível como a própria alma. (Gabriel
Delanne).
15) Mutabilidade – O períspirito, no decorrer do processo evolutivo, se não é
suscetível de modificar-se no que se refere á sua substância, o é com relação à
sua estrutura e forma.
16) Capacidade Refletora – Reflete contínua e instantaneamente os estados
mentais. O períspirito, nas palavras de André Luiz, é suscetível de refletir, “em
virtude dos tecidos rarefeitos de que se constitui”, a “glória ou a viciação” da
mente. Por isso, a atividade mental “nos marca o períspirito, identificando a
nossa real posição evolutiva”. ( Libertação, cap IV)
17) Odor – Caracteriza-se também por odor particular, facilmente perceptível pelos
espíritos.
18) Temperatura – No desenvolvimento mediúnico, há registros de percepções
térmicas.

1.2 - Funções Básicas do Perispírito

1.2.a – Instrumental - A função primordial do perispírito é servir de instrumento à alma,


em sua interação com os mundos espiritual e físico.

1.2.b – Individualizadora - Identificação e individualização da alma, assegurando-lhe a


identidade exclusiva. Não se trata de uma identidade de características periféricas, refere-se
à sua própria história, às suas particulares características evolutivas.

1.2.c – Organizadora - Aparece especialmente notável no processo de reencarnação,


em que o ritmo morfogenético, obedecendo aos impulsos psicossômicos de crescimento,
leva à formação de um novo corpo físico, que se estrutura rigorosamente de acordo com as
características que marcam o corpo espiritual.

1.2.d – Sustentadora - Impregnando-se de energia vital (“neuropsíquica”) e


transferindo-a paulatinamente, ao impulso da alma, para o veículo físico, sustenta-o desde a
formação até o completo crescimento, conservando-o, depois, na vida adulta, durante o
tempo necessário. A ação sustentadora (conservadora) surge bem patente no delicado e
complexo processo da renovação celular. Todas as células físicas são substituídas a cada
ciclo de 7 a 8 anos, sem que, entretanto, seja alterada qualquer parte do corpo,
conservando a pessoa.

1.3 - Funções Específicas do Perispírito no Passe e na Mediunidade

Pela sua união íntima com o corpo, o períspirito desempenha preponderante papel no
organismo, pela sua expansão, põe o encarnado em relação mais direta com os Espíritos
livres e também com os Espíritos encarnados.

Sendo o períspirito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os
assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos
exercem sobre o períspirito uma reação mais direta, quanto, por sua expansão e sua
irradiação, o períspirito com eles se confunde.

Atuando esses fluidos sobre o períspirito, este, a seu turno, reage sobre o organismo
material com que se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o
corpo ressente a sua impressão salutar, se são maus, a impressão é penosa. (Kardec, A
Gênese, 19ª ed. p. 285-286)

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A ser verdade tudo isso – e de fato o é – torna-se final e decisivo que o períspirito
tem participação ímpar nos fenômenos e nas manifestações mediúnicas e anímicas, sendo
ele, portanto, o intermediário vital e indispensável da transmissão fluídica por ocasião do
passe, da prece em favor dos outros e de nós mesmos, do próprio magnetismo pessoal e do
intercâmbio com o chamado “reino dos mortos”.” (Jacob Melo, O Passe: Seu estudo, suas
técnicas, sua prática, 4ª ed. p.89)

Podemos, então, assim resumir as funções do períspirito no passe e na mediunidade:

 Pela sua expansão põe-nos em relação mais direta com os Espíritos. (Fig. 32)

 O períspirito assimila com facilidade os fluidos espirituais.

 É o intermediário da ação e da transmissão fluídica do passe. (Jacob Melo)

Fig. 32 – Expansão do períspirito na mediunidade

1.4 - Funções do Perispírito na Reencarnação

“Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço
fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o
atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o gérmen se
desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, o
perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao
corpo em formação, donde poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispirito,
se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen
chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união, nasce o ser para a vida exterior,”
(Kardec, A Gênese, 19ª ed., p 214)

Resumindo:

 No momento da concepção, ocorre a ligação do laço fluídico com o gérmen.


 O perispírito se liga molécula a molécula ao corpo físico. (Allan Kardec – A
Gênese).
 Atua como matriz biológica, influenciando no código genético e presidindo a
formação do novo corpo físico.

59
1.5 - Funções do Perispírito na Desencarnação

“Por um efeito contrário, a união do períspirito e da matéria carnal, que se efetuara sob a
influência do princípio vital do gérmen, cessa, desde que esse princípio deixa de atuar, em
consequência da desorganização do corpo. Mantida que era por uma força atuante, tal
união se desfaz, logo que essa força deixa de atuar. Então, o períspirito se desprende,
molécula a molécula, conforme se unira, e ao Espírito é restituída a liberdade. Assim, não é
a partida do Espírito que causa a morte do corpo, esta é que determina a partida do
Espírito.” (Kardec, A Gênese, 19ª ed. p 214 e 215).

Do ponto de vista da constituição e função em que se caracteriza na esfera imediata ao


trabalho do homem, após a morte, é o corpo espiritual o veículo físico por excelência, com
sua estrutura eletromagnética, algo modificado no que tange aos fenômenos genésicos e
nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições a mente que o maneja.

“Clara está, portanto, que ele é santuário vivo em que a consciência imortal prossegue
em manifestação incessante, além do sepulcro.” (André Luiz, Evolução em dois mundos, 13ª
ed., p 25-26)

Podemos resumir, assim:

 O períspirito se desprende molécula a molécula do corpo.


 Mantém a individualidade do espírito após a morte.

1.6 - Funções do Perispírito na Memória

 Retém todos os estados de consciência.


 É o reservatório de todos os conhecimentos e idéias da alma. Nada se perde.
 É o acervo imperecível do nosso passado, pois nele reside a memória. (Gabriel
Dellane – Evolução Anímica).

Elementos do Perispírito

1) Cordão de Prata - Substância semi-material que liga e mantém o psicossoma ou


perispírito ligado ao corpo físico ou soma.
2) Corpos Sutis (camadas) – Segundo Marlene Nobre, as informações confluem para
o modelo composto de camadas, tipo “cebola” (Fig. 33). Neste seu modelo de
cebola, ele engloba vários corpos, como o vital (também conhecido como duplo
etérico), o astral e o causal. (O Passe como cura Magnética, cap.7 pag. 41).)

Fig. 33 - Camadas do períspirito

60
2.1 – Corpo Vital ou Duplo Etéreo

Também denominado duplo etérico, constitui a parte mais periférica do perispírito ou


corpo espiritual. Neste corpo é que circulam as forças radiantes também conhecidas
como ectoplasma ou fluido magnético. (Marlene Nobre – O Passe como cura Magnética)

Campo energético entre o períspirito e o corpo físico. Seu campo energético se


entrelaça nas irradiações do corpo físico. Isto explica as curas pelo passe magnético
(Jorge Andréa – Forças Sexuais da Alma).

É a ponte, a plataforma que dá passagem às intercomunicações dos dois mundos.


(Antônio Freira - da Alma Humana)

É formado por emanações neuropsíquicas. (...) “Não consegue um grande


afastamento do corpo”. (André Luiz – Nos Domínios da Mediunidade)

Funções:

1- Veículo e reserva de nossa energia vital (absorve o fluido vital e o distribui para o
corpo)
2- Elaborar energias sutis e transferir para o períspirito.
3- Produção de ectoplasma.
4- Exteriorização de energia nos processos de irradiação, passes e similares.
5- Programação do tempo de vida
6- Fixação do corpo astral ao físico.
7- Vitalização das formas-pensamento (emanações mentais nossas ou de
desencarnados) possui vida vegetativa temporária.

“De feito, segundo se compreende, é através do duplo etérico, com seus


recursos vitais disponíveis, “emanações neuropsíquicas”, que os centros de força
do perispírito, compondo um complexo sistema de redes de intercomunicação e
interação energética, sustentam a organização somática, possibilitando que cada
célula física receba da respectiva célula psicossômica, sua matriz anatômica e
fisiológica, a energia necessária à sua sustentação.”

(André Luiz – Nos Domínios da Mediunidade)

2.2 – Corpo Causal

No livro Nosso Lar (cap 12) aprendemos que o corpo causal é um dos constituintes
do períspirito, comparado por Lísias, a uma roupa imunda, tecida pelas nossas mãos
nas vidas anteriores. A esse respeito Elzio F. Souza comenta no livro Saúde e
Espiritismo, em seu artigo Perispírito e Chacras: “verificamos que o corpo causal é o
ponto de registro, o banco divino, onde se encontram os nossos débitos e os nossos
créditos” e que se presentemente, é ainda uma roupa imunda, isso ocorre por desídia
nossa, pois a tarefa reencarnatória se destina a “nos purificarmos pelo esforço da
lavagem”, tarefa que, na maior parte das vezes, não empreendemos.

“Imagine, que cada um de nós renascendo no planeta, é portador de um fato sujo, para
lavar no tanque da vida humana. Essa roupa é o corpo causal, tecido por nossas mãos
nas experiências anteriores.”

(Lísias – Nosso Lar)

61
Os desequilíbrios circulam nesse envoltório e são responsáveis pelo aparecimento
de doenças, segundo a lei de causa e efeito

2.3 – Aura

A alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de


forças eletromagnéticas em cuja tecitura circulam as irradiações que lhe são peculiares.
A aura é o nosso cartão de visitas. Por ela somos visitados, conhecidos e examinados
pelas inteligências superiores, do mesmo modo que somos sentidos e reconhecidos por
nossos afins e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados por irmãos que caminham
em posição inferior ou superior à nossa.

“A aura é uma espécie de chapa fotográfica sensível em que todos os estados de


espírito se fixam com suas mínimas características. Ela é a nossa “fotosfera psíquica”,
que, apresentando coloração variável, de conformidade com o teor da onda mental que
emitimos, retrata, através de cores e imagens, todos os nossos sentimentos e
pensamentos, mesmo os mais secretos.” (Gurgel, O Passe espírita, p. 86,88) - Fig. 34

Fig. – 34 – Ilustração esquemática da aura

André Luiz também tem importantes lições sobre o tema; “Assim é que o halo vital ou
aura de cada criatura permanece tecido de correntes atômicas sutis dos pensamentos
que lhe são próprios ou habituais, dentro de normas que correspondem à lei dos quanta
de energia e aos princípios da mecânica ondulatória, que lhe imprimem frequência e cor
peculiares”. (Mecanismos da Mediunidade - Matéria Mental cap. 4)
62
3 – Os Centros de Força

Definição - Praticamente em toda a literatura que trata do assunto, nos


depararemos com a ligação entre as terminologias: Centros de Força (também
chamados de Centros Vitais por André Luiz) e chacras, sendo frisado que a palavra
Chakra significa roda, em sânscrito.

Vejamos que apesar de haverem formas distintas de se definir os Centros de Força,


há uma concordância quanto a sua condição energética. Segundo Leadbeater, os
chacras ou centros de força, “são pontos de conexão ou enlace pelos quais flui a energia
de um a outro veículo ou corpo do homem”; para Keith Sherwood, “funcionam como
terminais, através dos quais a energia é transferida de planos superiores para o corpo
físico”; Edgar Armond define os Centros de Força como “acumuladores e distribuidores
de força espiritual, situados no corpo etérico, pelos quais transitam os fluidos
energéticos”; para Harish Johari, “são centros psíquicos que estão sempre ativos no
corpo, não importa se temos ou não consciência deles. A energia se move através dos
chacras para produzir diferentes estados psíquicos”.

A Visão Espírita

Os Centros de Força não constituem parte intrínseca da estrutura do Espírito, pois,


são instrumentos desenvolvidos no corpo espiritual com o fim de realizar as adequações
devidas entre os aspectos exteriores e interiores da realidade espiritual do ser imortal.

Segundo Jorge Andréa, “Vários estudos têm demonstrado a existência, no


perispírito, de discos energéticos (chacras), como verdadeiros controladores das
correntes de energias, centrífugas (do Espírito para a matéria) ou centrípetas (da matéria
para o Espírito), que aí se instalam como manifestações da própria vida. Esses discos
energéticos comandariam, com as suas “super funções”, as diversas zonas nervosas e
de modo particular o sistema neurovegetativo, convidando, através dos genes e código
genético, ao trabalho ajustado e bem ordenado da arquitetura neuroendócrina”.

O Espírito Clarêncio nos diz que “... o nosso corpo de matéria rarefeita está
intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos
plexos que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da
mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos
definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito
fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório
espiritual e, consequentemente, o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão
vibratório... Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força,
que reage em nosso corpo a essa ou aquela classe de influxos mentais”.

Estabelecendo, em definitivo, o assunto, segundo a visão espírita, André Luiz nos


diz que “Cada centro de força exigirá absoluta harmonia perante as Leis Divinas que nos
regem, a fim de que possamos ascender no rumo do perfeito equilíbrio...”

Ratificando as palavras de André Luiz, Clarêncio afirma que “... nossos deslizes de
ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores de natureza gravitante no
campo eletromagnético de nossa organização, compelindo-nos a natural cativeiro em
derredor das vidas iniciantes às quais nos imantamos”.

(Entre a Terra e o Céu)

63
Localização

Os Centros de Força têm seus correspondentes no corpo orgânico. Partindo daí,


podemos fazer uma localização geográfica, correspondendo-os aos plexos (que estão
situados no corpo físico, são conjuntos e aglomerados de nervos e gânglios do sistema
vago-simpático que regula a vida vegetativa do corpo humano) com que se relacionam
(Fig. 35), desde que, atentemos para o fato de que os centros de força em si não se
acham encerrados no corpo físico, mas no perispírito, pelo que eles podem se encontrar,
como são registrados pelos estudos da aura, externos ao corpo orgânico, ainda que se
afunilem, literalmente, pois, as informações existentes, sobre as formas de centros de
força, são concordes em todas as Escolas, ou seja, como funis que giram num
determinado sentido, formando, mini redemoinhos, com a boca desses funis direcionada
ao espaço etéreo.

Estão situados à sua superfície, distando de 5 a 6 milímetros da periferia do corpo


físico e se apresentam como espécie de vórtices, turbilhões ou redemoinhos,
verdadeiros discos giratórios etéricos em alta velocidade, com movimento contínuo e
acelerado. (Fig.35a)
Fig. 35 – Localização dos Chacras

Fig. 35a – visão do centro de força

64
Estudo dos Centros de Força

Fig. 36 – Ilustração esquemática dos centros de força (chacras)

1. Coronário
É o de mais alta frequência, vibra no sentido das energias espirituais.
Segundo o Espírito Clarêncio, “(...) Nele assenta a ligação com a mente, fulgurante
sede da consciência. Esse Centro recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito,
comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de
interdependência. (...)”.
Localiza-se no alto da cabeça. É o centro da sabedoria. É o responsável pelas
funções psicológicas, cerebrais e espirituais. Gerencia o processo de interação e
intercâmbio entre os outros centros.

Relaciona-se: com a glândula pineal.

No campo mediúnico: propicia a sintonia, a aproximação e o contato com os Espíritos.


No magnetismo: percebe e capta os fluidos espirituais e sutiliza os fluidos mais densos
emitidos para o mundo espiritual.

Prejudicam-lhe a harmonia: os excessos de preocupação, a estafa mental, sono


insuficiente ou em excesso, guardar ódios, mágoas e rancores, auto-compaixão, desejo
e vibração do mal, egoísmo, idéias de vingança, negativismo.

Favorecem-lhe a harmonia: o equilíbrio das emoções, o repouso e refazimento


naturais, praticar e desejar o bem, a compaixão, o altruísmo, piedade, oração frequente
e o otimismo.

2. Frontal (cerebral)

Também de alta frequência, embora muito abaixo da frequência do coronário.

65
Ainda segundo Clarêncio, “.o Centro Cerebral, contíguo ao Centro Coronário, ordena
as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal,
constituem a visão, a audição, o tato, e a vasta rede de processos da inteligência
que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É no Centro
Cerebral que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes
psíquicos”.

Localiza-se entre os olhos. É conhecido como “terceiro olho”. É o centro da intuição.


Responde sobre as funções da visão, audição, olfato e ainda administra e coordena o
sistema nervoso central e atua sobre as glândulas.

Relaciona-se: com a glândula pituitária (hipófise)

No campo mediúnico: é o centro ativado nos fenômenos da vidência, audiência e


intuição, além de ter a função de exteriorizar os fluidos ectoplásmicos para as
materializações e efeitos físicos. Responde pelo controle e descontrole das
gesticulações na incorporação.

No magnetismo: tem forte presença nos processos hipnóticos e, de regressão de


memória. Por ele se estabelece a relação de domínio e a quebra de vínculo exercida por
outrem.

São prejudicias: Ter olhos maus, importar-se e disseminar fofocas e mexericos,


alimentar inveja e orgulho, descontroles físicos e emocionais, pessimismo, hipocondria,
leituras nocivas.

São benéficos: ver sempre positivamente, falar bem de coisas e pessoas, abolir
preconceitos, equilibrar atividades físicas, acreditar-se bem e bom sem se envaidecer ou
orgulhar-se, boas leituras e divertimentos sadios sem excessos.

3. Laríngeo

Também considerado de grande frequência. Tem papel relevante na filtragem de fluidos


anímicos em direção aos fluidos e campos espirituais. É o centro da criatividade.

“Em seguida, temos o Centro Laríngeo, que preside aos fenômenos vocais, inclusive às
atividades do tino, da tireóide e das paratireóides, (...), controlando notadamente a
respiração e a fonação” . (Clarêncio – Entre o Céu e a Terra )

Localiza-se sobre a laringe (garganta). Regula a fonia, o sistema respiratório, o processo


digestivo inicial, e também influencia a pressão arterial.

Corresponde-se: com as glândulas tireóide e paratiróide.

No campo mediúnico: tem presença marcante nos fenômenos de psicofonia e de indução


e exteriorização de ectoplasma.

No magnetismo: responde pelas insuflações.

São negativos: falar mal, dar maus conselhos, alimentar mono-idéias, fechar-se sobre
os próprios sentimentos, desdenhar, ridicularizar o próximo, vícios em geral.

São positivos: falar bem, dar bons conselhos, alimentar-se de bons estudos e boas
conversas, ter diálogos construtivos, ver sempre o lado positivo das pessoas, ausência
de vícios.

66
4. Cardíaco

De frequência mediana. É de fundamental importância na administração dos campos


emocionais.

“Logo após, identificamos o Centro Cardíaco, que sustenta os serviços da emoção e do


equilíbrio geral (...)”, “(...) dirigindo a emotividade e a circulação das forças de base”.
(Clarêncio)

Localiza-se sobre o músculo cardíaco. É o centro do sentimento. Relaciona-se com o


sistema circulatório e o sistema nervoso parassimpático.

Corresponde-se: com a glândula timo.

No campo mediúnico: atua na assimilação dos campos emocionais dos comunicantes.


No magnetismo: usina fluidos sutis e dota os fluidos espirituais de “cola psíquica”. Nos
processos de cura, atua como atenuador das vibrações dos fluidos mais densos
(materiais) e como condensador em relação aos fluidos espirituais.

São perniciosos: emoções fortes, vícios que mexam com sentimentos, preguiça,
comodismo, rancor, mágoa, ódio, vingança, violência, impaciência, irritabilidade.

São saudáveis: A busca pelo auto-conhecimento, domínio de si mesmo, ausência de


vícios, atividades físicas e intelectuais compatíveis, amizade, compreensão, humildade,
perdão, esquecimento do mal, tranquilidade, vibração de amor pelas criaturas, altruísmo.

5. Gástrico

De frequência baixa. É a mais ativa usina de fluidos vitais para exteriorização. É o centro
vital por excelência. É também conhecido como plexo solar ou centro de cura.

“(...) Identificamos o Centro Gástrico, que se responsabiliza pela penetração de


alimentos e fluidos em nossa organização”, e “pela digestão e absorção dos alimentos
densos ou menos densos que, de qualquer modo, representam concentrados fluídicos
penetrando-nos a organização”. (Clarêncio / André Luiz).

Localiza-se no alto do estômago:. É responsável pelos processos digestivos e grande


parte do metabolismo, atuando vigorosamente sobre o estômago e regula o sistema
nervoso simpático.

Corresponde-se: com o pâncreas.

No mediúnico: fornece campo de atração a Espíritos sofredores e de densa vibração.


No magnético: usina a maior quantidade de fluido vital que o organismo normalmente
produz para a auto-manutenção, doação e exteriorização.

São ruins: a gula, o aguçamento do apetite, alimentos de difícil digestão, jejum


continuado, vícios, disfunções digestivas, descontroles emocionais; hipocondria, elevado
índice de açucares.

São bons: educação alimentar, alimentação regular, natural e equilibrada, digestão


normal, ausência de vícios.

67
6. Esplênico

Ao contrário dos demais chacras, o esplênico é um centro secundário. Também de


baixa frequência e grande usinador de fluidos vitais. É o centro do equilíbrio.

Clarêncio e André Luiz ainda nos afirma: “(...) Assinalamos o Centro Esplênico que, no
corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada
dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos", “(...)
determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das
variações de meio e volume sanguíneo”.

É também o mencionado centro “que se responsabiliza pelo labor da aparelhagem


hemática, controlando o surgimento e morte das hemácias, volume e atividade, na
manutenção da vida.” (Estudos espíritas – Joana de Ângelis pág. 43)

Localiza-se sobre o baço.

Interfere diretamente sobre as funções biliares, renais e de excreção... Atua diretamente


no baço.

No campo mediúnico: responde pelas atividades de doação fluídica a Espíritos muito


fragilizados ou com graves afecções perispirituais.

No magnético: usina muitos fluidos vitais para a recomposição orgânica,


principalmente na reconstituição de órgãos e ossos.

São negativos: pouca ingestão de líquidos, alimentação muito condimentada,


exercícios físicos excessivos, mágoas não resolvidas, irritabilidade.

São positivos: ingestão de muita água, alimentação natural com mínimo de


condimentos, exercícios físicos regulares e dentro dos limites individuais, superação de
mágoas, paciência e bondade.

7. Genésico

De baixíssima frequência, elabora densos campos fluídicos que quando bem


canalizados podem propiciar vigorosos potenciais energéticos no campo do amor e da
criatividade. É o centro procriador.

Concluindo com os mesmos Espíritos – e na mesma sequência – que nos orientaram


nos Centros anteriores:“ (...) Por fim , temos o Centro Genésico, em que se localiza o
santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos” por isso mesmo “(...)
guiando a modelagem de novas formas entre os homens ou o estabelecimento de
estímulos criadores, com vistas ao trabalho, à associação e à realização entre as almas”.

Situa-se sobre a região genésica administrando os processos genéticos e de vida


animal.

Corresponde-se: com as gônadas.

No campo mediúnico: libera fluidos de grande atração magnética.

No magnetismo: é grande usinador de fluidos densos.

São lamentáveis: abusos sexuais, uso de afrodisíacos, excitantes e estimuladores


sexuais de qualquer ordem, fixação sexual, idéias criminosas, fumo, álcool, tóxicos.

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São recomendados: controle e educação sexual, suas funções e usos adequados,
idéias criativas, ausência de vícios.

8. Básico: Este centro de força é o mais primitivo de todos em sua manifestação, um


dos principais modeladores das formas e dos estímulos da vida orgânica. - Possui
força vitalizadora conhecida como kundaline; essa força revigora o sexo e também
pode ser transformada em vigor mental, alimentando outros centros.

Quando sua energia é controlada e desviada de sua ação agressiva e ativadora da


sexualidade inferior pelo homem que tem discernimento espiritual, o fluxo vitalizante
sobe, em proporção benfeitora, pela coluna vertebral até o cérebro, irrigando-o
energeticamente acelerando o desenvolvimento do intelecto e até faz redobrar as
atividades mentais do mundo superior. Torna o homem lúcido e dinâmico. A energia
vitalizante que não for utilizada nas emoções sexuais superiores e no desenvolvimento
do intelecto, para não causar distúrbios sexuais inferiores e não ativar maus sentimentos
deve ser aproveitada na pratica de esportes.

“André Luiz, em sua obra Entre a Terra e o Cnão se refere ao centro de força
básico, porém julgamos acertado conservá-lo nesta relação, pela sua importância no
metabolismo energético.” (Edgard Armond, Passes e Radiações, 5ª ed, p 45).

Localiza-se na base na espinha dorsal, sobre a região sacral e também está


relacionado com as energias sexuais.

Relaciona-se com as glândulas supra – renais.

9. Umeral: Embora pouco conhecido é um campo fluídico classificado de centro vital


secundário. Tem sido usado frequentemente em reuniões de desobsessão.

Localiza-se às costas, entre a nuca e as escápulas. Tem influência acentuada nos


fenômenos de psicografia mecânica.

Relaciona-se: com a medula espinhal e exerce influência sobre as tensões musculares e na


estrutura óssea dos membros superiores.

No campo mediúnico: Comanda os movimentos dos braços, antebraços, mãos e dedos


durante a psicografia mecânica e semi-mecânica.

Quadro 1 - Resumo dos centros de força, plexos, glândulas e referência

Centros Plexos Glândulas / órgãos Referência


Coronário Coronário Pineal Sobre a cabeça
Frontal Frontal Hipófise Glabela/Lobo frontal
Laringeo Gutural Tireóide / Paratireóides Garganta
Cardíaco Toráxico Timo / coração Coração
Esplênico Mesentérico Baço 10ª costela/sobre o baço
Gástrico Solar Pâncreas Acima do umbigo
Genésico Hipogástrico Gônadas (ovários e testículos) Baixo ventre
Básico Sacral Supra-renais Base da coluna
Umeral Braquial Medula espinhal Entre as escápulas
69
Fig. 36 – Visão frontal e lateral da localização dos centros de força

Nadis (Meridianos)

São vasos energéticos que conduzem os fluidos, semelhante aos vasos sanguíneos
que conduzem o sangue por todo o corpo físico.

Estes vasos são muito estudados pela medicina tradicional chinesa, principalmente pela
acupuntura, que considera as alterações na condução da energia como a causa das várias
doenças.

Os nadis fazem também a comunicação entre os centros de força, entre os centros e o


sistema nervoso e entre este e as glândulas (Fig 37).

Fig. 37 – Condução dos fluidos pelos nadis

Fig. 38 - Classificação dos Centros de Força

70
Exercícios
1) Quais os principais elementos da anatomia energética?
2) O que é períspirito?
3) Como está constituído o perispírtio?
4) Cite algumas propriedades do períspirito
5) Quais as funções do períspirito?
6) O que é cordão de prata e qual a sua função?
7) Defina aura.
8) Liste os centros de força e com quais glândulas cada um deles está relacionado?
9) Um paciente procurou a casa espírita. Durante o atendimento fraterno relatou que
anda muito estressado, preocupado com trabalho. Tem dificuldade na digestão e
insônia, anda fumando e bebendo mais que de costume. Quais os centros de força
podem estar envolvidos? Justifique
10) Que são nadis?.
11) Descreva o percurso dos fluidos após a captação pelo centro de força.
12) Escreva o nome dos centros de força, mostrados na figura abaixo.

13) Cite com quais órgãos ou glândulas cada um dos centros de força, mostrados na
figura acima, está relacionado.
14) Especifique quais as emoções ou atitudes são boas para cada um dos centros de
força. E quais as que são ruins para cada um deles?

71
Capítulo 8
Desarmonias dos centros de Força

Desequilíbrio ou Desarmonias dos Centros de Força

Chamamos de desarmonia o estado de desequilíbrio funcional em que se encontra um


ou mais centros de força. Este estado é causado por excessos ou abusos de toda sorte que
praticamos no nosso cotidiano. Estes excessos, sejam físicos ou psíquicos causam um mal
funcionamento dos chacras que acabam por não assimilar ou absorver corretamente a
energia circundante. Esta situação ocasionará uma alteração no equilíbrio natural do centro
de força, o qual denominamos de desarmonia.

Para compreender como os centros de força estão envolvidos no processo


saúde/doença é preciso entender que eles são passíveis de serem desequilibrados
dependendo do teor de nossos pensamentos e sentimentos. Quando vivemos de forma
hedonista, apenas para obter prazer, hiperestimulando os centros de força fisiológicos em
detrimento dos espirituais, os tornamos[ congestionados. Da mesma forma quando
reprimimos os centros de força fisiológicos, devido ao puritanismo, preconceito ou medo,
criamos desequilíbrios nos quais hipoestimulamos os centros de força, de modo que a
energia se torne inibida.

Tipos de Desarmonias

1. Inibição – é o resultado de um processo de bloqueio das energias do corpo fluídico


que não são absorvidas corretamente. Leva a uma hipoatividade dos chacras, que repercute
nos órgãos e glândulas, gerando um estado de inércia, hipotonia, astenia e redução
energética que vão produzir no organismo físico hipoglicemia, hipotensão, hipotireoidismo,
cansaço, sonolência, desânimo, depressão, etc.

2. Congestão – ocorre quando há um acúmulo de energias nos centros de força,


fazendo com que elas não sejam utilizadas de forma adequada. Haverá uma hiperatividade
dos chacras, que irá produzir um congestionamento do corpo fluídico, em um processo
semelhante às inflamações que ocorrem no corpo físico. Vão produzir hiperatividade dos
órgãos ou glândulas do corpo físico, resultando em doenças como a hipertensão arterial,
hipersecreção de ácidos no sistema digestivo que, por sua vez, gera gastrites e úlceras
pépticas, hipertireoidismo, hiperglicemia, artrites, cefaleias, enfim, doenças geradas pela
excessiva estimulação dos órgãos.

Com relação ao funcionamento psíquico e emocional dos centros de força podem


acontecer a inibição e a congestão quando há um desequilíbrio das energias, gerando,

72
respectivamente a hipoatividade pelo, bloqueio e inibição das energias, e a hiperatividade,
pelo excesso de energia. (Fig 39)

Fig 39 – Tipos de Desarmonias nos centros de força

Reequilíbrio ou Rearmonia dos Centros de Força

Desde que podemos assimilar a ação dos centros de força até mesmo por força das
ações orgânicas do corpo humano, de igual sorte podemos entender que sua desarmonia,
sua disfunção, repercutirá diretamente nos veículos somático e perispiritual, pelo que
importa tenhamo-los harmonizados, equilibrados, em perfeito funcionamento. Ou seja,
nosso agir e nosso pensar desequilibrados fazem surgir desarmonias nos centos de força
que, para se restabelecerem, carecem do restabelecimento de seu portador. E para isso, um
simples passe não resolverá; ou mesmo uma oração balbuciada pelo reflexo condicionado
de juntar palavras. O passe e a prece são veículos intercessórios poderosos e
indispensáveis, mas não são a base do reequilíbrio e da rearmonização, às quais se
estribam na reforma moral, pelo “carregar a própria cruz” sem blasfêmias, sem alvoroços e
sem temeridade.

Rearmonizar os centros de força, portanto, é reformar-se moralmente, agindo de


maneira cristã em todos os momentos da vida. Mas como isso não é comum às nossas
ampliadas comodidades, a nós, espíritos devedores e falíveis, nos cabe exercitar por
possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e,
sobretudo, orando por nosso próximo. Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado
teor moral, fazendo valer nosso centro coronário como captador das boas energias
espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando
nossa matéria.

Exercícios
1) O que é desarmonia?
2) Cite os tipos básicos de desarmonias que podemos encontrar nos centros de força e
explique cada um deles.
3) Quais os distúrbios que cada desarmonia pode causar no corpo físico?
4) De que forma podemos rearmonizar os centros de força?

73
Capítulo 9
Técnicas de Passe

As Técnicas

“O Passe poderá obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança, não
só a quem o dá, como a quem o recebe”- Emmanuel.

Desde o inicio da civilização até os dias atuais criamos mitos para nos
sustentarmos e atender o comodismo arraigado que trazemos em nossa imperfeição.
Quem não pensou um dia que remédio para ser bom é aquele que é amargo? E quem
não ouviu dizer que passe bom é aquele cujo passista sua, chia, estala e faz ahhh no
final? São verdadeiros mitos e equívocos.

O passe tem sim, algumas técnicas, não gesticulações exageradas e encenações


que visam impressionar o paciente ou encobrir um falso saber.

Para Divaldo Pereira Franco algumas técnicas são válidas, mas não podem ser
condições ultra necessárias onde se troca os valores do Espírito pelas preocupações
das fórmulas; criamos rituais em que o sentimento cede lugar a aparência. A
preocupação maior deve ser com nossa saúde moral para transmitirmos o que temos de
melhor.

O Espírito Manoel Philomeno de Miranda nos brinda com seu raciocínio e


conhecimento, dizendo-nos que “Conhecendo (...) o látego demorado da aflição, saiba
que a primeira providência ante o desespero é a do socorro que restaura o equilíbrio,
para depois auxiliar na técnica de remover-lhe a causa danosa ou, pelo menos, enfrentá-
la”.

Daí inferirmos que, para o socorro imediato, de urgência, nada é tão superior quanto
o atendimento emergencial, sem maiores ligações com as técnicas da especialização;
todavia, os passos seguintes requerem-nas para tornar o atendimento completo. Por
isso, revistamo-nos da humildade e analisemos o valor das técnicas com isenção de
ânimos a fim de assumirmos, neste terreno, a parte que nos cabe : “Espíritas, instruí-
vos.

1. Duas regras importantes:

a) 1ª regra : Os passes magnéticos que pela origem do fluido ou da técnica


empregada, pedem seja observado o sentido das passagens das mãos sobre o corpo do
paciente. Devem ser executados sempre de cima para baixo, da cabeça aos pés, dos
órgãos que estiverem mais acima aos que estão mais abaixo. A ação contrária em vez
de provocar uma desmagnetização, provoca uma congestão fluídica generalizada com
graves consequências, inoportunas e prejudiciais. Sempre que houver movimentações
74
de mãos sobre o corpo do paciente, no final de cada percurso devemos afastá-las do
mesmo, fechá-las sem fazer força (sem necessidade de contração muscular, nem ficar
a sacudi-las) e voltar ao ponto onde vai ser reiniciado o percurso e só então, reabri-las
para seguir novo caminho ou mudar de técnica.

Mesmo sabendo que é a mente, o pensamento que organiza, libera e orienta os


fluidos, é pelas mãos que fluem sem parar, durante o trabalho do passe, os fluidos que
estão sendo manipulados. O fechar a mão por reflexo fisiológico, interrompe a perda ou
fuga fluídica. O retorno das mãos abertas, emitindo fluidos no sentido contrário ao fluxo
natural cria bloqueios e/ou concentrações congestivas em vários setores dos centros de
força que transmitidos ao corpo causam vários tipos de mal-estares e outras
consequências.

Quanto à “congestão fluídica”, lembremos que os Centros de Força são estruturas


do perispírito com a função de receberem e liberarem energia. Como os fluidos
magnéticos (animais ou espirituais) são de origem externa ao paciente e seu ingresso se
dá no sentido dos campos magnéticos criados pelos centros de força, isso nos faz
concluir que a corrente magnética percorre o corpo de cima para baixo. Como as
captações fluídicas por ocasião do passe se verifica no sentido cabeça/pés, o retorno
das mãos abertas, emitindo fluidos no sentido contrário ao fluxo natural, congestiona os
vários setores dos centros de força, transmitindo ao corpo desconforto e sensação
incômodo ou mal estar. Para solução de problemas de congestão fluídica, temos os
passes dispersivos que, na maioria das vezes, são suficientes para restabelecerem o
fluxo natural dos fluidos e o campo energético dos pacientes.

b) 2ª regra: O Passista deve entrar em sintonia com o paciente (relação fluídica)


pela oração e por uma imposição de mãos procura combinar suas vibrações fluídica,
psíquica e mental com o mundo espiritual que o assiste para melhor absorver as
energias daquele plano, ao mesmo tempo em que deve nutrir o desejo sincero e a
vontade firme de ajudar o seu paciente. A empatia é muito importante neste
relacionamento e muitas vezes, a grande responsável pela melhora do assistido.

A Imposição de Mãos

Esta é a técnica mais comum e universal de se aplicar um passe. É igualmente tão


simples que não há muito o que se aprender: basta estender os braços para a frente do
corpo, pondo as mãos sobre a cabeça do paciente, ou sobre outra parte que se deseja
magnetizar, ficando as mãos espalmadas para baixo, sem contração ou enrijecimento
muscular, sem se fazer força ou se posicionar tipo estátua. A partir daí, manter-se
firmemente em oração, pedindo ao Senhor bênçãos para o paciente, acionando a
vontade de ajudar, de transmitir bons fluidos, de favorecer à fluidificação espiritual e
esquecer qualquer vaidade, orgulho, rancor ou problemas materiais. Existe também a
imposição de mãos localizada, que é uma derivação das técnicas do magnetismo, é
usada sobre órgãos afetados ou sobre os centros de força. (Fig. 40)

Como, via de regra, o paciente está com seu campo fluídico desequilibrado ou
desarmonizado, quase sempre é conveniente fazer-se, antes, uma dispersão fluídica.
Mesmo na imposição de mãos este recurso é muito válido, pois com a dispersão
extraímos ou reordenamos os fluidos desequilibrantes ou desarmonizadores.

75
Fig. 40 – Imposição de mãos

Passes Longitudinais

Como técnica, os passes longitudinais são aqueles feitos ao longo do corpo do


paciente, da cabeça aos pés e de cima para baixo, com as mãos abertas e os braços
estendidos normalmente, sem nenhuma contração, e com a necessária flexibilidade para
executar os movimentos, de um mesmo lado do paciente (frente, costas ou lado). Pode
ser feito com uma ou duas mãos. (Figs.41a e 41b)
Fig. 41 a – Passes longitudinais Fig. 41 b – Passes longitudinais

Quando aplicados lentamente (média de 30 segundos da cabeça aos pés) e a uma


distância média de 5 a 15 cm, saturam o paciente de fluidos e, por isso mesmo, são
muito ativos e excitantes; quando aplicados lentamente a uma distância de 15 cm até
mais de 1 metro, se tornam calmantes.

Os passes longitudinais, também conhecidos como de grandes correntes, quando


feitos rapidamente (cerca de 5 segundos para o percurso cabeça/pés) e a uma distância
de 15 cm a mais, tem notável poder dispersivo e sua ação também é calmante além de
regularizar a circulação sanguínea.

Apesar dos longitudinais serem feitos, geralmente, da cabeça aos pés, também
podem ser executados apenas em certas partes do corpo. Podemos, assim, usar os
longitudinais só para as pernas, só para os braços ou tronco.

76
Passes Transversais

Técnica essencialmente dispersiva. Requer um jogo de mãos e braços mais


rápidos e pede bastante espaço lateral para sua execução. Funciona com os braços
estendidos paralelamente e as mãos voltados para o ponto que se deseja dispersar,
abrindo-os em, seguida com rapidez e vigor. Depois dos braços abertos recomenda-se
fechar as mãos voltando ao ponto onde se deseja fazer nova dispersão. (Figs. 42a,
42b,42c)

Indicação:

- Ação efetiva para dispersão de fluidos acumulados

- Interromper transes do paciente.

Figs. 42 a – Passe transversal simples 42 b – Movimento das mãos

Posição inicial

Fig. 42 C – Retorno à posição inicial

O transversal cruzado tem o mesmo procedimento; em vez dos braços ficarem


estendidos paralelamente eles são cruzados à frente do paciente em forma de “X”, em
direção ao ponto que se deseja dispersar.(Figs. 43a, 43b,43c, 43d, 43e,43f)

Como a maioria das Casas Espíritas são pequenas e suas salas de passes
apertadas, já aí temos um grande inconveniente; além do que, seria um risco ter-se
outro passista por perto, pelo risco de impacto entre eles ou mesmo entre o passista e o
paciente.

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Fig. 43a – Transversal cruzado – posição inicial Fig. 43b – Movimento das mãos

Posição inicial

Fig. 43c – Retorno à posição inicial

Fig. 43d – Transversal cruzado – posição inicial Fig. 43e – Movimento das mãos

Fig. 43f – Retorno à posição inicial

78
Passes Circulares

Estes passes são executados com a palma das mãos ou com os dedos, com
movimentos rotatórios palmares e digitais lentamente, operando-se movimentos
circulares no sentido horário, de maneira localizada e a uma altura (distância) de
aproximadamente 10 a 15 cm (Fig. 44a). Quando aplicados com os dedos, estes
deverão estar voltados ao ponto que se deseja magnetizar, sem rigidez ou contração
muscular. Faz-se o giro completo em torno do ponto em magnetização. Querendo fazer
uma parada após cada giro (isso é totalmente opcional) retorne a(s) mão(s) fazendo-a
(s) girar, afastada(s) do ponto de aplicação e com ela(s) fechada(s).

Indicação Geral

São muito ativantes e, por isso, muito utilizados quando se pretende tratar
ingurgitamentos, abcessos, obstruções, irritações intestinais, cólicas, supressões e
males em geral do baixo ventre.

Fig. 44a – Sentido de aplicação dos passes circulares

Tipos de circulares

- Pequenos circulares ou Rotatórios

- Grandes circulares ou Aflorações psíquicas

Pequenos circulares - Os pequenos circulares são realizados com movimentos


das mãos sobre um determinado local, região ou centro vital. Imagine que o ponto a ser
magnetizado seja uma espécie de parafuso que será apertado (no sentido horário). Gira-
se a(s) mão(s) num giro de pelo menos 180º, findo o qual fecha-se a(s) mão(s),
retornando ao ponto inicial, repetindo essa ação tantas vezes quantas necessárias. O
braço não se move. (Fig. 44b)

Os "pequenos circulares", por serem mais apropriados para atendimento magnético


em regiões menores, normalmente são aplicados muito próximos do local, adquirindo,
por isso mesmo, a característica de concentrador ativante.

Indicação Específica

Os "pequenos circulares" são muito eficazes em pequenas feridas ou pequenas


infecções
79
Fig. 44b – Pequeno circular – posição da mão e sentido de aplicação

Apenas a mão faz o movimento. O braço permanece parado. Retorna à


posição inicial com a mão fechada.

Grandes circulares - Os circulares propriamente ditos (grandes circulares ou


aflorações psíquicas) são realizados com as mãos paradas, mas os braços girando em
torno do ponto que se deseja magnetizar. Imagine que irá alisar ou massagear a região
que vai ser tratada, sempre no sentido horário.

As "aflorações psíquicas", abrangendo regiões maiores (mas na medida do


possível, atendendo e relacionando-se a um único centro vital por vez), também
funcionam como concentradoras de fluidos, só que tanto podem ser aplicadas na
estrutura dos ativantes como dos calmantes; todavia os resultados ativantes são
sempre melhor pronunciados.

Indicação Específica

As "aflorações" são muito eficientes em questões gástricas de uma forma geral ou


em regiões maiores inflamadas e/ou infeccionadas.

Essas duas técnicas levam uma vantagem sobre certas imposições, como
concentradoras: a prática tem demonstrado que quando realizamos concentrações
fluídicas através de circulares, a incidência de "retorno fluídico", que seria absorvido
pelos polos emissores (as mãos) do passista, é muito reduzida, o que resulta e maior
conforto na sua realização e melhor absorção fluídica pelo paciente.

Michaelus se refere a esta técnica denominando-a de “fricções sem contato” ou


“afloração”. Segundo ele, a diferença entre esta e os pequenos circulares é que aqui
fazemos uma espécie de massagem psíquica e não apenas rotações. Por isso estas
podem ser palmares, digitais, longitudinais e rotatórios, e têm finalidades idênticas aos
circulares propriamente. Para Michaelus, no caso dessas fricções, as palmares são
feitas com as palmas das mãos, em cheio, os dedos ligeiramente afastados, sem
crispações e sem rigidez. As digitais, com a mão aberta, ficando os dedos ligeiramente
afastados e um pouco curvados, evitando-se contração e rigidez, com o punho erguido.
As longitudinais são executadas com a mão aberta, como nas fricções palmares, ou

80
somente com as pontas dos dedos, como nas fricções digitais, ao longo dos membros
do corpo, muito lenta e suavemente (cerca de um minuto da cabeça aos pés), e no
sentido das correntes, isto é, do alto para baixo, seguindo o trajeto dos nervos e dos
músculos. As rotatórias são feitas igualmente com as palmas das mãos ou com a ponta
dos dedos, descrevendo círculos concêntricos no sentido dos ponteiros do relógio. Não
devemos esquecer que, ao retornar as mãos ao ponto de partida, o operador a
conservará fechada e afastada do corpo do paciente.

Passes de Dispersão Circular

Por serem muito excitantes e na maioria das vezes atuarem em regiões físicas
muito restritas, normalmente, após a aplicação de quaisquer das variedades dos
circulares, se verifica uma concentração fluídica localizada muito forte, requerendo, por
isso mesmo, uma dispersão também localizada e muito ativa. Para tanto, uma dispersão
muito própria existe: põe-se a mão sobre o ponto que se quer dispersar, à mesma
distância que se usou para o passe ou até mais próximo, com a palma voltada ao ponto
que quer dispersar, arcando-se os dedos para cima, inteiramente abertos, firmes e
imóveis, como se se quisesse dobrá-los para trás. Nessa hora perceberá nitidamente os
fluidos vindos do ponto observado como que penetrando no meio da palma da mão e a
esvaírem-se por seus dedos, em direção ao espaço.

Indicação

Além de dispersiva, esta técnica é excelente para fazer cessar dores localizadas,
resolver tumores e inflamações.

Atentemos, porém, para a nossa posição mental, pois não é o simples arcar de
dedos que fará fluir fluidos dispersáveis; nossa disposição e comando mentais nesse
sentido são indispensáveis.

Passes Perpendiculares

Como os transversais, estes também são extremamente dispersivos, podendo ser


também concentrador. Devem ser aplicados a uma pequena distância do corpo do
paciente – aproximadamente 5 centímetros -,com as palmas estendidas sobre a cabeça
e descendo-as rapidamente sendo uma pela frente e a outra por trás do corpo do
paciente, o que indica que o paciente deve ficar de lado para o passista.
Lamentavelmente, como bem se percebe, oferece inconvenientes quando incorporados
à prática do passe espírita, principalmente pelo fato de ficar mudando, o passista, de
posição, e da conveniência de essa técnica requerer estejam, preferencialmente, os
dois, passista e paciente, em pé (Fig 45a, 45b,45c.)

Fig. 45a- Passes


perpendiculares

81
Indicação:

- como dispersivos em muitos casos

Fig. 45b – passe perpendicular Fig. 45c – passe perpendicular

O Sopro ( insuflações )

Essa técnica não é muito difundida nem estimulada pelas mesmas razões que nos
levam a evitar que o passista toque no paciente e também pelo perigo de contágio com
alguma doença, que por acaso o passista possua e que pode ser transmitida pelo sopro.

a) Sopro quente:

Assopra-se de perto, com ar aquecido do estômago, como quem deseja aquecer a


mão no inverso. Aproxima-se a boca da parte enferma, a regular distancia impróprio
para certas localizações). Em caso de doença contagiosa, cobrir o local com flanela fina,
branca. O ar soprado saturado de fluidos curadores. Descansar de seis em seis vezes.

b) Sopro Frio:

É feito com o ar dos pulmões. O passista se coloca na posição mais conveniente


para o trabalho e depois de profunda inspiração, assopra sobre o doente, com força,
como se fosse apagar uma vela à distância. Repetir a operação cinco ou seis vezes. O
passista deve estar com boa saúde especialmente pulmão e coração.

A Importância dos Dispersivos

Quando um paciente vai ser atendido por um médico em seu consultório,


normalmente ele se prepara, se higieniza, seria o termo. Se o atendimento é de
urgência, antes de qualquer outro cuidado, é providenciada a assepsia do enfermo para
só depois iniciar o atendimento propriamente dito. Trazendo a imagem para o passe,
sabemos que quando o paciente vai à Casa Espírita para receber tal recurso, se
assemelha àquele que vai ao consultório, e que, por extensão, deve se preparar
devidamente, ou seja: cuidar do seu comportamento moral, orgânico, e psíquico.
Entretanto, mesmo que essas providências sejam tomadas, é comum restarem alguns

82
fluidos nocivos nos campos fluídicos do paciente, tal como, apesar do asseio, aquele,
antes de ser atendido no consultório, muitas vezes ainda precisa ser assepsiado.

No passe espírita, isso equivaleria à primeira necessidade de dispersão,


notadamente quando se vai fazer a diagnose. Seguindo com o exemplo, os casos de
emergência seriam similares no passe. Nesses casos, é indispensável que seja feita
uma dispersão, à qual corresponderia à antissepsia hospitalar. Disso tudo ressalta-se
que, quase sempre, antes da aplicação efetiva do passe, é necessário um dispersivo
pois dessa forma se eliminará (ou se ordenará), no paciente, uma camada fluídica
nociva que lhe está agregada, facilitando, assim, o acesso das energias renovadas do
agente doador.

Entendido isto, o leitor deverá estar se perguntando sobre a recomendação de se


aplicar dispersivo também ao final dos passes. Quando aplicamos passes em alguém,
quase sempre fazemos transfusões de fluidos em grande quantidade e, como
consequência, é comum haver sobras de fluidos no paciente, daí advindo certos mal-
estares. Aplicando-se um dispersivo, esses excessos são eliminados, reestabilizados ou
melhor distribuídos, pois, associado à vontade do paciente de se curar, propiciará para
que ele retenha apenas o suficiente ou da maneira correta. O dispersivo propiciará o
equilíbrio fluídico. Tão maior seja a prática do passista, maior domínio ele terá na
distribuição dos fluidos, o que fará com que o dispersivo final seja mais restrito, mas
nunca indispensável.

Segundo Michaelus, “Invariavelmente no fim de cada magnetização, há


necessidade de dispersar os fluidos (...) acumulados”.

Os fluidos dispersados são desintegrados, redirecionados ou reestabilizados e não


provocam prejuízos quando assim orientados.

Isto tudo é apenas um retrato da primeira imagem do dispersivo, ou seja: retirar,


suprimir, espargir fluidos. Mas o dispersivo não se limita a apenas isto. Ao contrário,
suas objetividades e funcionalidades excedem em muito tal atributo; exerce ele o papel
de reordenador das camadas fluídicas do paciente, dando a elas a estabilidade devida;
comportando-se como um eliminador de fluidos que, mesmo sem serem maus ou
impuros, podem ser inconvenientes ao estado fluídico do paciente.

As Funcões dos Dispersivos

Conforme Jacob Melo, os dispersivos “fazem ir” para diferentes centros vitais os
concentrados fluídicos, eles igualmente “espalham” esses mesmos concentrados;
também “dissipam” e “desfazem” congestões fluídicas; promovem a “saída” de
agregados fluídicos perniciosos e “desviam, para diversos pontos” e centros vitais, os
fluidos, concentrados ou não (Fig. 46). Mas não limitam a isso. Os dispersivos, entre
outras coisas:

- “filtram” os fluidos, refinando-os para atendimentos e alcances diversos;

- “compactam” os fluidos para processos que, por falta de melhor nomenclatura, são
denominados, por Jacob Melo, de “ruminação fluídica”, onde os fluidos ficam
“armazenados” nas periferias ou em recantos especiais dos centros vitais, para posterior
e gradual “consumo” pelo paciente sem, contudo, criar congestões fluídicas;

- “catalisam” fluidos, aumentando seu poder e velocidade de penetração, alcance e


transferência entre centros vitais;

- “decantam” os fluidos, retirando impurezas e refinando a textura dos mesmos;


83
- atraem ao passista, notadamente às extremidades de exteriorização, as cargas
fluídicas que promovem desarmonias, reequilibrando-as – no próprio paciente ou pelo
trânsito via passista;

- quando em grande circuito, faculta a harmonia e o


equilíbrio entre os centros vitais, inclusive operando a psi- Fig. 46 – Passes Dispersivos
sensibilidade do paciente em benefício deste e do próprio
passista;

- esparge as camadas fluídicas superficiais, deixando mais


“visíveis” e “sensíveis” os “focos” de desarmonias do
paciente;

- elimina os excessos de concentrados fluídicos por ocasião


do passe, doando ao paciente uma sensação de equilíbrio e
ao passista uma boa recompensação fluídico-magnética,
inibindo a possibilidade de uma fadiga fluídica;

- resolve desarmonias provocadas por fadigas fluídicas –


embora nesses casos, quase sempre, seja requerida a
ingestão simultânea de água fluidificada;

- corrige eventuais equívocos no uso de técnicas;

- redireciona cargas fluídicas entre os centros vitais e podemos ter certeza, ainda
executa uma enormidade de tarefas outras, muitas das quais sequer percebemos.

Por fim, é certo que os dispersivos ”extraem” excessos fluídicos, mas não
extraem ou arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem alguns, nem
muito menos os joga fora. Quando doamos fluidos através do passe, o organismo vital
do paciente os absorve e retém, por um processo de afinidade, não permitindo que
fluidos “combinados”, “casados”, “arquivados”, a partir de então, sejam “retomados” por
um simples dispersivo. Os excessos são extraídos exatamente quando ou porque
não estão combinados, casados ou assimilados pelo paciente, daí a maleabilidade
em seus “manuseios”. E nesses casos, tenhamos em mente a assertiva de Kardec e
dos Espíritos de que os fluidos retirados retornam para o meio de onde vieram, ou seja,
eles são reelaborados e reassimilados seja pelo próprio paciente, pelo passista ou pelo
fluido cósmico, de onde proveio. Logo, não há perdas, não há “sujeiras fluídicas”, não
há um desperdício de excessos quando se usa bem a boa técnica. Dispersar é preciso.

Distância e Velocidade

Em termos de prática e de técnicas, as condições de distâncias e velocidade com


que são aplicados os passes repercutem, sensivelmente para os efeitos do alcance dos
fluidos. Por isso mesmo, normalmente uma dificuldade se impõe: como determinar
essas coordenadas para o bom proceder (técnico) dos passes?

Frisando que aqui estamos considerando a questão dentro dos estreitos limites da
técnica, desconsiderando, portanto, os fatores psíquicos e mentais, os quais tem valor
preponderante observa-se que a escola magnética há concluído um padrão bem
universal:

a) Quanto mais perto (dos limites da aura) passamos as mãos, mais energizantes, mais
ativantes serão os passes;

84
b) Quanto mais distantes, mais calmantes serão os efeitos;
c) Quanto mais lentos, mais concentradores de fluidos;
d) Quanto mais rápidos, mais dispersivos.

Apesar dessa verificação, quando conjugamos esses vetores, um prevalece sobre o


outro. Por exemplo: o passe aplicado ”muito perto e muito rápido”, perde bastante de sua
capacidade ativante (fica-o bem menos) enquanto sua peculiaridade dispersiva pouco se
altera, deixando mostras de que o fator velocidade (rapidez) supera o efeito da distância (no
caso, proximidade).

Para escolher a técnica mais apropriada a cada caso, portanto, é importante saber
estabelecer a distância e a velocidade ideal do passe (principalmente quando magnético
quanto à origem do fluido).

Em termos práticos, tanto a distância quanto a velocidade só funcionam com o


prosseguimento das aplicações. Isto quer dizer que, se pretendemos “ativar” o campo
fluídico de um paciente, iremos fazer passes bem lentos e próximos, de maneira repetida,
tantas vezes quantas sejam necessárias (um dos melhores meios de verificação é o tato-
magnético). Com isso, estaremos induzindo ao campo fluídico do paciente uma carga
fluídica ativante, a qual promoverá a ativação, de maneira progressiva, em todo o paciente.
Idêntico raciocínio se aplica para os casos de dispersão, calmante ou outros que se queira.

No que diz respeito à característica da velocidade, é preciso um pouco mais de apuro


“psicotátil” da parte do passista. Isso porque além da distância e da “rugosidade” da aura,
precisamos assimilar a vibração das camadas fluídicas do paciente para, por meio delas,
definirmos nossa velocidade de ação. O reconhecido magnetizador Hector Durville nos fala
a respeito: “O magnetizador deve procurar equilibrar a atividade do movimento do doente
com o seu, diminuindo-a ou aumentando-a, de acordo com os casos, de maneira a dar-lhe
uma sincronização conveniente”. Nisso reside o segredo dos bons magnetizadores.

Desse modo teremos:

Quanto à distância os passes podem ser:


1 – Ativantes
2 – Calmantes

Quanto à velocidade:
1 – Dispersivos
2 – Concentradores

Combinação entre eles


1- Dispersivos ativantes
2- Dispersivos calmantes
3- Concentrador ativante
4- Concentrador calmante

Exercícios

1) Quais são as técnicas mais usadas na aplicação do passe?


2) Segundo a velocidade, como podem ser os passes?
3) Segundo a distância, quais os tipos de passes?
4) O que são passes dispersivos e por que são importantes
85
Capítulo 10
Aplicando o Passe

Relação Fluídica

É uma das fases mais importantes do passe, seja ele espiritual, misto ou magnético, é a
do estabelecimento de uma relação fluídica entre o passista e o paciente.

O princípio em que se baseia essa necessidade é para que trocas fluídicas


harmoniosas e sem embaraços ocorram entre os campos fluídicos do médium e do paciente
é necessário que esses tenham, no mínimo, zonas comuns de bom contato, de boa relação.

O passista, ao se aproximar do paciente, pode sentir forte repulsão, forte atração,


indiferença, distância, ausência, inapetência de aplicar o passe, um bem-querer súbito, uma
piedade filial, vontade de acariciar, além de reações estranhas como tremores, calafrios,
arrepios generalizados, sudorese instantânea, ânsia de vômito, peso na cabeça, braços
leves ou pesados, etc.

As causas dessas sensações têm várias explicações, mas uma delas é exatamente o
choque fluídico que se dá entre campos com afinidades variáveis. Quando o passista insiste
em aplicar o passe sem antes tentar superar essas situações – que variam de paciente para
paciente – normalmente não se sente bem ao final do passe nem o paciente se restabelece,
convenientemente, daquilo que o fez buscar o benefício – se é que não o leva a sentir-se
mais desarmonizado ainda.

Para a superação dessas sensações desagradáveis é a criação de um bom estado


psicológico e moral do passista, obtido principalmente por meio do exercício da boa
vontade, da vibração positiva, do envolvimento fraterno e da pureza de sentimentos.

Quanto ao paciente, se ele estiver fortalecido pela fé, sintonizado com boas ideias e em
oração sincera, muito contribuirá para uma troca fluídica mais efetiva, diminuindo
consideravelmente as dificuldades de relacionamento fluídico.

Técnica

Vá impondo as mãos sobre algum centro vital superior (de preferência o coronário ou o
frontal), baixando-as ou levantando-as lentamente, a partir de uma distância aproximada de
um metro do centro vital escolhido. Você perceberá que à medida em que as mãos se
aproximam do centro vital, algo de muito sutil vai sendo percebido, até que a partir de
determinado ponto você registrará mais nitidamente uma espécie de “barreira fluídica” muito
tênue, como a definir uma diferenciada e mais determinante zona fluídica (sobre esse local,
a sensação de falta de simpatia ou desarmonia será mais fortemente sentida).

Repita a operação, para ter certeza de que o ponto localizado é sempre o mesmo.

86
Tato Magnético (diagnose)

É uma capacidade natural que a grande maioria dos seres humanos possui, podendo
ser desenvolvida, ampliada e apurada pelo exercício. Com ele e por ele podemos precisar
locais em desarmonias (Fig.47) facilitando a aplicação de uma fluidificação mais objetiva,
além de permitir ao passista condições de verificação do estado do paciente após o passe,
evitando que ele saia da sala de passes ou do atendimento com deficiências, acúmulos,
desarmonias ou descompensações que depois lhe provocarão mal-estares. Por fim, o tato
magnético não descarta a intuição nem elimina a ação ou a presença espiritual.

Técnica

- Passemos as mãos lentamente sobre todo o corpo do paciente, conservando sempre a


mesma distância e seguindo até o final do circuito vital (cabeça aos pés).

Fig. 47 – Realizando o tato magnético

- Quando realizando o tato magnético, qualquer impulso de doação fluídica deve ser
dominado.

- Aumentemos nossa atenção, percepção e acuidade para registrar os locais onde sejam
percebidas mudanças na camada fluídica sob nossas mãos.

- São várias as mudanças fluídicas sentidas pelos passistas. Em virtude da característica


individual de cada passista, não se pode definir o que cada mudança ou sensação fluídica
significa. Portanto, o tato magnético guarda muito da experiência e da percepção pessoal e
individual, pelo que o estudo, a atenção e a prática é a chave mestra para a segurança da
diagnose.

- Localizado(s) o(s) ponto(s) que esteja(m) em desarmonia com o todo, inicia-se o


tratamento, sempre repetindo o tato magnético para perceber como está(ão) reagindo ao
tratamento.

- Havendo uma desarmonia generalizada (Fig. 48), ou de difícil percepção, é bom fazer uma
série de dispersivos e, logo após, repetir o tato magnético. Normalmente, após essa
dispersão, os pontos ou focos se sobressaem, pois momentaneamente, os dispersivos
“apagam” as desarmonias induzidas em consequência dos focos. Pode acontecer também
que, depois dos dispersivos, não seja percebida mais qualquer desarmonia. Isso é indicativo
87
de que o paciente, provavelmente, estava apenas com seu campo vital desarmonizado, sem
causas mais consistentes, pelo que os dispersivos já trataram. Mas, veja-se bem, quando
isso ocorre, nunca é demais fazer mais alguns dispersivos gerais – da cabeça aos pés – e
repetir-se o tato magnético mais uma vez. Assim evita-se o “mascaramento” dos focos além
de proceder à alocação da psi-sensibilidade.

Fig. 48 – Desarmonias dos campos fluídicos

Antipatia, Simpatia e Empatia Fluídica

Antipatia Fluídica – Ocorre quando os campos fluídicos de duas pessoas vibram


em frequências diferentes e discrepantes entre si. Essa antipatia não guarda relação
com sentimentos de bem ou malquerer que se tenha em relação à pessoa com a qual a
registramos.

No passe, é comum nos depararmos com os pacientes com os quais, ao


buscarmos entrar em relação ou estabelecer a sintonia magnética, nos sentimos muito
mal, percebendo uma sensação de desconforto muito grande. Essa mesma sensação
de desconforto também é frequentemente registrada pelo paciente, especialmente se ele
tiver uma boa sensibilidade magnética. Muitos desses casos se devem exatamente à
antipatia fluídica entre ambos, a qual pode ser resolvida, dentre outros meios, por
técnicas de magnetismo. Por elas conseguimos superar ou atenuar a antipatia fluídica;
contudo, para gerar condições favoráveis no sentido de se superar essa antipatia, a
oração e o espírito de devoção do passista, aliados à fé e a oração do paciente, são de
muita felicidade.

Simpatia Fluídica – Ocorre, quando estamos vibrando - passista e paciente – em


frequências iguais ou dentro de padrões que se consorciam. Também independe do
grau de relacionamento e afinidade entre ambos. Por sinal, é comum observarmos, no
cotidiano, pessoas que se amam, se respeitam e se querem muito bem, mas que trazem
em seus campos fluídicos fortes desencontros frequenciais (discrepâncias fluídicas).

Empatia Fluídica – Em termos magnéticos, corresponde à transmissão das


sensações entre os parceiros (passista e paciente), que tanto pode ser usada como

88
referência para a busca da transformação das sensações desagradáveis em sensações
harmoniosas (Fig. 49).

Fig. 49 – Empatia Fluídica

Tratar o paciente empaticamente significa cultivar e manter um padrão interior de


muito equilíbrio e harmonia, impregnando o paciente com esse padrão. A chave para tal
sucesso é o amor doação, a oração sincera e o envolvimento pacificador entre ambos.

Para o passista que tenha diante de si um paciente simpático fluidicamente, aí está


uma oportunidade das mais agradáveis de realizar, com grande proveito, os benefícios
da fluidoterapia.

Usinagem fluídica

Chamamos de usinagem fluídica a transformação de elementos e fluidos orgânicos


em fluidos sutis, predispondo-os à exteriorização.

Na grande maioria dos casos esse processo é sensível, porém é depende da


sensibilidade do “usinador”, pode ser que aconteça a usinagem e, mesmo assim, o
usinador não a sinta; seja por ela acontecer de forma branda, seja por ele não lhe dar a
devida atenção.

São várias as sensações que o médium pode sentir durante a usinagem e depende
do centro vital que esteja usinando.

Uma das maneiras de se testar para saber se a sensação corresponde a uma


usinagem fluídica, ou não, é entrar em relação magnética com o paciente se,
estabelecida a relação, acontece a sensação e, ao suspender a relação, a sensação
para de imediato, fica caracterizado que se trata de usinagem fluídica.

Pode acontecer também do paciente usinar fluidos na hora de receber o passe.


Muitos pacientes se sentem mal exatamente porque usinam fluidos e não os
exteriorizam, assim contraindo o que seria catalogado como autocongestionamento
89
fluídico. É comum esse tipo de paciente funcionar como uma espécie de gerador
externo a fortalecer o tônus fluídico do passista. Esses pacientes, atentos aos seus
potenciais fluídicos e estudando e se dedicando ao mister, poderiam vir a ser excelentes
magnetizadores.

Psi –sensibilidade

Geralmente, mesmo fazendo todo o procedimento fluídico da melhor maneira


possível, tanto em termos de técnicas como de vibrações harmoniosas, ainda assim,
algum paciente da sala de passe sentindo-se mal.

Quando um foco de desarmonia, localizado pelo tato magnético, é tratado via


magnetismo, não significa dizer que os demais centros vitais estejam, automaticamente,
reequilibrados. Se o tratamento não levar em consideração a necessidade de reequilíbrio
dos demais centros, estes se demorarão a retornar aos seus pontos de equilíbrio,
podendo, inclusive, por força disso, diminuir a eficiência do tratamento fluídico
localizado.

Na grande maioria das vezes, isso pode ser evitado com passes dispersivos gerais
ao final do tratamento.

Ocorre que o reequilíbrio obtido com poucos dispersivos, embora constatado pelo
tato magnético, nem sempre é suficiente. É que ele guarda uma “lembrança psíquica” –
(psi-sensibilidade) – das anteriores sensações de desequilíbrio dos centros vitais, as
quais, a depender do tempo em que estes se demoraram desalinhados, favorecem a
que haja uma aclimação àquela situação.

“Cola psíquica”

É um incremento fluídico, doado pelos passistas durante o passe espiritual.

Isto ocorre porque alguns elementos fluídicos desempenham o papel de catalisadores


dos fluidos como um todo, aprimorando e fazendo aprimorar seus ‘circuitos de vitalidade e
também alguns componentes se apresentam como campos de “imantação”, os quais se
responsabilizam pelo “aprisionamento” de determinadas cargas fluídicas que, sem esses
campos, facilmente se desestabilizariam e se disseminariam aleatoriamente no cosmo
orgânico-perispiritual, onde por não encontrar campos próprios e equivalentes para atender
às leis das afinidades fluídicas, se perderiam.

O que se verifica é que os passistas, por sua disposição de doador e pela ação da
doação e transferência magnética, esgarçam seus campos de “imantação” donde o poder
de impregnância; o paciente, por sua posição passiva de recebedor, normalmente está
carente desse poder, pelo que o trânsito das energias espirituais pelo passista dá ao fluido
espiritual um incremento no seu campo de afinidade fluídica, favorecendo a estabilidade e a
manutenção dos fluidos espirituais que lhe são doados.

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Sentido da aplicação

A aplicação de passes necessita a observância correta do sentido de aplicação.

Como os fluidos que o paciente recebe são assimilados, transferidos e somatizados


segundo o sentido dos centros vitais de maior frequência para os de menor, os passes, por
isso mesmo, quando aplicados ao longo de uma determinada região, devem ser feitos no
sentido da cabeça para os pés.

No caso dos passes circulares, devemos lembrar que o sentido natural do giro dos
centros vitais é o horário. Dessa forma, esse é o sentido que fará o centro acionar sua
componente centrípeta (para dentro). Portanto, quando aplicados localizadamente de forma
circular, o sentido da doação do passe é o horário.

O passe aplicado no sentido contrário aos indicados acima acarreta uma séria de mal-
estares no paciente. Se o paciente for muito sensível à fluidificação, ele acusará o mal-estar
tão logo o passe seja concluído, ou até antes, Sendo pouco sensível registrará os
desconfortos horas depois, quando já não teremos como avaliar os resultados da “caridade”
feita. Importante saber que os efeitos do passe podem ser sentidos até 48 horas após a sua
aplicação.

Por força da aplicação no sentido contrário ao correto, muitos pacientes “ganham”


insônia, dores de cabeça, enjoos, sérios problemas digestivos, azia, cefaleia, ardor nos
olhos, cansaço e moleza generalizada, dentre outros.

Todavia, tendo ocorrido inadvertidamente a aplicação no sentido contrário, a maneira


correta de corrigir os malefícios é fazer bastante dispersivos (localizados) sobre a(s) região
(ões) onde houve a aplicação e, depois, dispersivos gerais, ou seja, ao longo de todo o
corpo do paciente. Isto elimina quase que totalmente os efeitos das desarmonias
decorrentes do equívoco, já que tal ação repõe os centros vitais na inter-relação natural.

Fadiga Fluídica

Há passistas que dizem não se fatigarem nunca, por maior que seja o número de
passes que apliquem, já outros passistas, em número consideravelmente alto, são mais do
que explícitos quanto às suas limitações nesse mister. Para efeito de raciocínio e levando
em conta apenas as origens dos fluidos espirituais e humanos, se considerarmos dois
passistas em condições físicas semelhantes, mas que na veiculação do passe reajam cada
um como numa das colocações acima propostas, restarão poucas hipóteses para explicar o
fenômeno, são elas;

1- O que não se cansa está funcionando como “canal” de energias espirituais enquanto
o segundo estará doando primordialmente o seu magnetismo.
2- O primeiro, mesmo quando doando energias próprias, o faz em pequenas dosagens
enquanto o outro em larga escala.
3- Aquele que não se fatiga tem a capacidade de se recompor rapidamente, o outro não
tem essa facilidade natural – diga-se de passagem, é muito raro esse poder de
pronta recuperação fluídica organo-magnética.
4- Mesmo os dois doando em igualdade de condições, o primeiro deve ter um potencial
fluídico muito maior que o segundo.

Analisando essas situações, podemos concluir:

91
 Ratifica-se o que os Espíritos vêm ensinando: a doação ou a transmissão dos fluidos
espirituais não cansam nem geram fadiga, em oposição ao que ocorre com a doação
das energias anímicas, além disso, o ato de transmissão dos fluidos espirituais
geralmente reconfortam fluidicamente os passistas.
 Confirma-se que o desgaste é proporcional à quantidade de energia gasta, o que,
inclusive é uma das leis da própria física – e que a doação de energias fluídicas
anímicas é, literalmente falando, um efeito físico, não há como negar.
 Nos deparamos com uma situação pouco comum: como o organismo físico é o
grande responsável pela recuperação das energias anímicas consumidas, através de
uma “usinagem” própria – e essa “usinagem” normalmente depende de condições
temporais, alimentares e de respiração – torna-se pouco provável o reabastecimento
energético em regime de imediatismo.
 Voltamos a uma consideração semelhante a de número 2, mesmo doando muito, se
se tem muita reserva fluídica, pouco se cansa, caso contrário, vem a fadiga.

Sintomas prováveis da fadiga

Para sabermos o quanto estamos doando de energias magnéticas (anímicas), como de


ordinário, em tudo o que envolve a fluidoterapia, a observação é imprescindível. Mas, além
do fator atenção acurada, dois bons sinalizadores, de ordem prática, se interpõem:

1- Se, após uma sessão de aplicação de passes e um comportamento alimentar e de


repouso normal, no dia seguinte amanhecermos com uma sensação de “ressaca”,
com ânsias, desgastes musculares, dores nas articulações, enxaquecas, câimbras,
sonolência excessiva, falta de apetite e / ou outros sintomas correlatos, é provável
que tenha havido um dispêndio de fluidos além do recomendado, tanto que o
organismo não conseguiu se recompor (lembrar também que essas sensações
também podem ser devidas a doações bastante concentradas sem os dispersivos
correspondentes).
2- Mesmo não tendo esse registro mais imediato, se após algum período – semanas ou
meses – de prática de passes, começar a sentir dores nas articulações e plexos,
como se fossem dores reumáticas, ou cãibras e dores musculares que vão
aumentando e aparecendo com uma frequência acima do normal, é forte indicativo
de que está havendo um acúmulo de perdas fluídicas indevido, carecendo o
passista, portanto, de um imediato refazimento.

O controle da emissão fluídica se adquire com a prática. Para o neófito, entretanto,


recomendo nunca se aventurar a aplicar mais que cinco passes por sessão durante um
determinado período.

Recuperação Energética de passistas com fadiga fluídica

Pode ocorrer de diversas maneiras, sendo que em casos mais graves há de se conjugar
esforços. Todos os casos têm na prece e na confiança no auxílio espiritual um pronto
primordial para uma recuperação mais rápida.

Casos simples – são controlados por caminhadas ao ar livre, exercícios respiratórios,


alimentação natural, repouso e meditação.

Casos moderados – devem contar, além dos elementos citados, com a ajuda de água
fluidificada – especialmente ao levantar-se em jejum e ao deitar-se, sempre em “estado de
oração”.

92
Casos mais graves – dosagens complementares de soro, sendo aí soba a orientação
médica devida.

Para os não diabéticos, água de coco é um bom auxiliar na recuperação de fadigas


fluídicas e para os pouco sensíveis à cafeína, o café também pode servir como tonificante
fluídico.

Recomenda-se que quando o passista se sentir muito “sugado” pelo paciente, usar
técnicas dispersivas em bastante profusão, pois isso tanto defende o paciente de eventuais
mal-estares após o passe como literalmente protege o passista por predispô-lo a auto
rearmonização à medida em que assim age.

Uma outra observação é de que passes para recuperar passista em fadiga fluídica
devem ser apenas dispersivos porque, devido à fadiga, os centros vitais não conseguem
absorver e introjetar os fluidos, os quais só vedariam ou “sufocariam” mais ainda os centros
em deficiência. Quando já recuperados os centros de força, os passes concentradores
serão aplicados em pequenas dosagens, sempre intercalados com dispersivos. O tato-
magnético deve ser bem usado nesses casos para que se analise com segurança as
reações ás doações fluídicas.

Os passistas e as dores do paciente

Sabemos, pela experiência e como fruto da observação, que um bom número de


passistas, após o serviço dos passes, fica descompensado e, muitas vezes, sentindo as
dores, os problemas e/ou as perturbações do paciente. A maioria das explicações dadas ao
fato é ingênua: “é por causa de sua invigilância”, “é para testar sua perseverança no bem”,,
“é porque o paciente estava muito carregado”, é porque você precisa” trabalhar mais”, etc.

A reflexão mais acurada permite perceber que três explicações sensatas existem:

1 – O passista “absorveu” e/ou serve reteve certa quantidade de emanações fluídicas


advindas do paciente quando o correto seria tê-las dispersado por ocasião do passe.

2 - O passista doou fluidos em excesso

3 – Pelo semi transe, facultado na hora do passe, o passista assimilou partes do campo
fluídico de alguma(s) Entidade(s) Espiritual(is) que acompanhava(m) o paciente. Pelo
impacto fluídico percebido houve uma desarmonia em seu campo vital, ocasionando
sensações desagradáveis que, por vezes, chegam a ser intensas e demoradas. Neste
caso, a educação mediúnica deverá falar mais alto. Apesar de o fenômeno ter origem no
fator mediúnico, o uso de dispersivos pelo passista no paciente que está trazendo aquela
companhia minimiza e até elimina os efeitos desse “risco”.

A solução desse problema se encontra, em termos de técnicas, no uso que se faça


dos dispersivos. No caso de grandes doações fluídicas a um mesmo paciente, o uso
intercalado das técnicas – após pequenas concentrações, usar os dispersivos – é
fundamental.

Aplicando Passes em Crianças

Nas crianças devem ser evitados os concentrados fluídicos demorados para não
congestioná-las. Isso porque as crianças tem campos vitais proporcionalmente reduzidos
(Fig.49) os quais, por esse fato, se “encharcam” com facilidade, entrando em congestão
93
fluídica rapidamente ou chegando num verdadeiro colapso por falta de “respiração fluídica”.
Não é outra a causa dos chamados “maus-olhados”, “quebrantos”, “olho gordo”, “espinhela
caída”: congestões fluídicas advindas de concentrados fluídicos densos (não
necessariamente maus).

Fica, portanto uma recomendação de alto valor a fim de se evitar transtornos para as
crianças, qualquer que tenha sido a quantidade e/ou quantidade de fluidos que lhe foi
depositada, terminar os passes com vários dispersivos.

Fig. 49– centro de força infantil ainda em desenvolvimento

O centro vital da criança em formação ou amadurecimento. O campo da criança,


inteiramente aberto, é vulnerável á atmosfera em que vive.

Aplicando Passe em idosos

Também solicitam atenção especial porque, via de regra, eles precisam de passes
concentradores. Apesar disso, esses devem ser seguidos ou intercalados por
repetidos dispersivos, para que lhes sejam facultados os processos de introjeção e
consequentes congestões.

Aplicando Passe em Gestantes

Igualmente requisitam um cuidado todo especial. Além delas estarem precisando


receber concentrados fluídicos para reforço da própria manutenção vital e do ciclo de
alimentação fluídica ao filho em gestação, também precisam se desvencilhar de eventuais
“desaguamentos fluídicos” (que provém de descargas perispirituais do reencarnante)
oriundos do processo reencarnatório em desenvolvimento em seu ventre, desaguamentos
esses que, geralmente, transmitem ao ambiente uterino e gástrico da mamãe, cargas
fluídicas desarmonizantes e, por vezes, incompatíveis com o clima fluídico desta – essa,
inclusive, é uma das principais causas dos enjôos durante a gravidez. Assim ao aplicar
passes em gestantes é de bom alvitre iniciar fazendo dispersivos sobre a região uterina,
envolvendo o feto em suas vibrações de muita harmonia e carinho. Depois, envolve-se a
mãe em longos dispersivos gerais para, só então, percebendo-se pelo tato-magnético as
necessidades especificas, fazer os concentrados devidos.

94
As incorporações durante o passe

Devem ser evitadas. Os passistas, para fazerem transitar por seus organismos os
fluidos do Mundo espiritual, não necessitam da incorporação, posto que a captação dos
fluidos espirituais pelos passistas se dá por seus centros vitais principais superiores,
notadamente o coronário e frontal. Além disso, há sempre o risco de manifestar-se, pelo
passista, eventuais desafetos espirituais do paciente. E quando isso ocorre, quase sempre
são lamentáveis as consequências. Se a incorporação começar a se dar no paciente, o
passista deve usar das melhores técnicas dispersivas, ao tempo em que tentará demover o
paciente da manifestação, chamando-o à consciência desperta, recomendando-lhe abrir os
olhos, respirar naturalmente, evitar concentrar-se no que lhe ocorre e não contrair nem
retesar os músculos. Se, apesar dos esforços, a manifestação acontecer, tratar
evangelicamente o visitante, sempre fazendo dispersivos, pois essa técnica irá arrefecendo
o campo de atração magnética e, dessa forma, mais rapidamente o Espírito comunicante se
afastará. Finda a manifestação, faz-se uma série de dispersivos gerais no paciente a fim de
que ele não guarde resquícios fluídicos do envolvimento espiritual. Isso porque esses
resquícios podem ser “movimentados” posteriormente pela própria Entidade comunicante,
favorecendo a que nova imantação se estabeleça e o fenômeno se repita.

Passes à Distância

Mais conhecidos como irradiações, são emissões fluídicas feitas à distância, sem a
presença física do paciente. Muita gente usa fazer relação de nomes de pessoas a serem
atendidas e entrega, coloca ou a envia para que “os outros” façam as irradiações, assim
desvencilhando-se de uma responsabilidade mais direta no processo de ajuda e permuta
fluídica. A eficiência das irradiações nesse método é deveras questionável. O ideal é que o
paciente saiba do atendimento à distância e que na hora marcada também esteja em
sintonia, sobretudo, “queira receber” os fluidos, o atendimento, o passe à distância.

O auto-passe

É uma prática muito conhecida, mas que merece reflexões. Enquanto técnica geral de
magnetismo, sua justificativa é questionável. Para ser magnetizador é necessário estar
harmonizado, porém se necessita receber passes é porque está desarmonizado. Logo, um
caso exclui o outro. Mais importante o uso de técnicas de auto-passe é a postura mental e
até psico-fisiológica da pessoa, voltada ao equilíbrio e à harmonização de si mesmo.

95
Exercícios

1) O que é relação fluídica e qual a finalidade?


2) Como entrar em relação fluídica?
3) Defina tato-magnético e sua finalidade.
4) O que é antipatia fluídica?
5) O que é simpatia e empatia fluídica?
6) Explique o que é usinagem fluídica e em que condições ela ocorre
7) O que é auto congestionamento fluídico?
8) Explique a psi-sensibilidade e como ela se manifesta no paciente.
9) O que é cola psíquica? Qual a sua importância?
10) Em relação ao sentido da aplicação, como deve ser o passe? Explique
11) O que fadiga fluídica? Qual a causa, seus sintomas e como tratá-la?
12) Às vezes o passista ao fim da aplicação do passe, fica com as dores do paciente. Por que isto
acontece? Como evitar e o que fazer para resolver tal situação?
13) Posso aplicar o passe em crianças, idosos e gestantes de forma igual aos demais pacientes?
Justifique sua resposta.
14) Caso aconteça a incorporação durante o passe, como devemos proceder?
15) Qual a importância do auto-passe?
16) O que são passes à distância? Em que condições são úteis?

96
Capítulo 11
Recomendações Gerais

Algumas Recomendações Gerais

Nunca se esgotarão as dúvidas dos que realmente pesquisam, assim como nunca
deixarão de aprender os que se empenham na busca da verdade. Aqui colocaremos
algumas recomendações:

Para os pacientes

 Explicar, de forma pública, sistemática e claramente, os benefícios do passe e os


tipos aplicados pela casa. Não temer recomendações que direcionem pacientes a
tratamentos em outras casas espíritas ou mesmo pela Medicina, pois em nada
desmerece o fato de uma casa não dispor de determinado tipo de atendimento, bem
como, o reconhecimento da necessidade da interferência da Medicina.
 Sugerir boas leituras, reflexões morais e frequência a boas evangelizações,
esclarecendo que a preparação prévia não se limita à oração mental na sala de
passes, mas a uma postura mental equilibrada e fé interior constantes.
 Não se deve estipular prazo para cura nem definir número absoluto de passes.
 Por medida de cortesia, também pode-se facultar a idosos, portadores de
deficiências e dificuldades de locomoção, gestantes ou algum outro caso
excepcional, a oportunidade de serem atendidos em caráter de preferência.
 Vontade de rir, chorar, correr, respirar ofegante, debater-se ou apavorar-se são
indícios de envolvimento espiritual. Orientar os pacientes portadores dessas
sensações sobre como proceder para evita-las na hora do passe.
 Após o passe, sensação de tontura e/ou mal-estar deve ser informada ao setor
responsável, a fim de sejam tomadas as providências cabíveis. Normalmente, esses
mal-estares são resolvidos com aplicação de passes dispersivos, de preferência pelo
mesmo passista que aplicou o passe.
 Mudanças muito bruscas como curas instantâneas ou agravamento repentino –
merecem acompanhamento e análise mais detida, Não convém interromper
tratamentos fluídicos só por motivo dessas evidências – As curas instantâneas por
vezes são traiçoeiras, já que é comum debelar-se sensações desagradáveis sem
que o foco tenha sido, de fato, resolvido.
 A postura das mãos sobre as pernas (quando sentado) não é relevante.

Aos passistas

 A alimentação deve ser leve, especialmente nos dias de atividades.


 Vícios não combinam com passistas, mesmo aqueles chamados sociais.
 Sexo antes do passe não é proibido, embora não seja recomendável. Quando há
uma excitação sexual, verifica-se uma ativação do centro vital genésico. Este centro
97
usina fluidos muito densos. Pela interdependência entre os centros vitais, a
exacerbação desse centro vital fará com que os demais busquem harmonizar-se
com ele, provocando uma densificação no tônus fluídico da pessoa. Por isso, a
aplicação de passes após relações sexuais tendem a diminuir a qualidade radiante
dos fluidos e a dificultar a usinagem dos elementos mais sutis dos mesmos.
 Uso de medicamentos precisa se observado com atenção. Principalmente, para
quem faz doação de magnetismo humano, remédios controlados, notadamente os
que se destinam ao sistema nervoso, são inibidores de usinagens produtivas além
de, conforme comprova a experiência, ser comum a transferência de substâncias
dos medicamentes pelos fluidos exteriorizados no passe.
 Pensamento do passista deve estar sempre voltado às boas idéias e grandes e
nobres ideais. Pensar bem e pensar no bem é dever constante do passista. Boas
leituras são excelentes coadjuvantes nesse preparo.
 Exercícios de respiração são recomendados aos passistas, principalmente aos que
usinam seus próprios fluidos para exteriorização.
 Pés descalços e gestos exóticos, sem fundamentação teórica ou racional, devem sr
evitados a fim de não desnaturar os passes.

Recomendações Gerais

 Gravidez – Recomenda-se à grávidas que evitem aplicar passes magnéticos, já que,


por seus estados, são elas doadoras magnéticas 24 horas ao dia, durante todo o
período gestacional.
 Menstruação – Em condições normais, a mulher menstruada não sofre restrições na
aplicação ou na recepção do passe. O que pode impedir a mulher de aplicar o passe
são os desconfortos que muitas sentem nesses períodos.
 Idosos – Se o idoso já aplica passes há certo tempo, não será a idade que o
impedirá de continuar na prática e sim uma eventual perda de tônus vital. Essa
perda é verificada pela tendência a entrar em fadiga fluídica e pela necessidade de
largos períodos para recuperação após participação numa atividade de aplicação de
passes. Pra aqueles que até a terceira idade nunca fizeram doação de fluidos
magnéticos, convém não se iniciar na prática, até porque, nessa idade, o mais óbvio
é que a pessoa esteja carecendo de complementos fluídicos.
 Crianças e adolescentes – Não é recomendável às crianças e aos adolescentes a
prática da doação fluídica regular, já que eles ainda estão assomando cargas
fluídicas perispirituais para sua própria estruturação fisio-psiquico-fluídica.
 Impedimentos diversos – Além dos já considerados, problemas nas faculdades
mentais, severas, desarmonias psicológicas, doenças infecto-contagiosas,
insuficiências vitais, estados obsessivos, depressão e fadiga fluídica são causas
impeditivas. Pessoas em violentos estados de tensão ou sob o impacto de fortes
emoções, precisam antes entrar em harmonia para poderem exercer a contento as
funções de passista,
 Comportamento – Tudo se pode estudar, tudo se pode aprender, tudo se pode
ouvir, tudo se pode debater. Sem dúvida, comportamento pesquisador, de análise e
de aprofundamento em questões são atitudes extremamente positivas para o
engrandecimento intelectual da criatura. A postura de vivência cristã, de

98
fraternidade, humildade, compreensão, carinho e perdão, de auto-doação, de servir
e, sobretudo, de amar, é que é o mais importante de tudo.

Exercícios
1) Comente algumas recomendações que você acha importantes para os pacientes.
2) Algumas recomendações devem ser consideradas pelos passistas. Comente
algumas delas.
3) Quanto às recomendações gerais, cite e comente algumas delas

99
Capítulo 12
A Água Fluidificada

“A água é o melhor e o mais poderoso condutor de fluidos de qualquer natureza”

(Espírito Lísias – Nosso Lar)

A água fluidificada, também chamada água magnetizada, de forma alguma pode ser
considerada como uma variante da água benta dos católicos e muito menos uma panaceia
que a tudo se aplica. Tomá-la pelo simples fato de “adquirir bênçãos” ou porque “ingerir
fluidos” faz bem, é não perceber a gravidade que o processo envolve nem como atuam as
trocas, renovações e estabilizações fluídicas por ele patrocinadas.

Via de regra, a água fluidificada tem sido empregada como complemento de terapias
fluídicas, psíquicas e/ou mediúnicas.

Como coadjuvante das terapias fluídicas, sua ação é de fundamental importância. Seja
pelo processo de assimilação pelos órgãos, de uma forma mais direta de suas cargas
fluídicas, seja pela manutenção ou complementação de cargas fluídicas entre os períodos
que intermedeiam os retornos aos passes, a ingestão da água fluidificada corrobora para
uma elevação bastante significativa nos níveis de melhora dos tratamentos em relação
àqueles outros que não a empregam.

No livro Nos Domínios da Mediunidade capítulo 12 que aborda o processo de


fluidificação da água, vemos a informação do Benfeitor espiritual Áulus; “O líquido simples
receberá recursos magnéticos de alto valor para o equilíbrio psicofísico dos circunstantes”.
(...) “por intermédio da água fluidificada – continuou Áulus -, precioso esforço de medicação
pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no
corpo físico, que somente a intervenção magnética consegue aliviar, até que os
interessados se disponham à própria cura”.

A água absorverá toda a energia, conforme André Luiz descreve, tornando-se um


medicamento de alto potencial curativo, cujo objetivo é aliviar as lesões que produzimos em
nosso períspirito.

Os magnetizadores sempre foram unânimes em afirmar os benefícios proporcionados


pela água magnetizada para a saúde dos pacientes. Afirma Alphonse Bué: “A água é, de
todos os corpos inertes, o que mais facilmente se magnetiza e que também comunica
melhor a energia de que é portadora”.

Diante da facilidade que a água apresenta para assimilar projeções fluídicas, nada
mais conveniente do que utilizá-la como auxiliar nos processos de cura.

Na opinião de todos aqueles que se ocupam de magnetismo sob o ponto de vista


curador, a água magnetizada representa um papel muito importante na medicina magnética;

100
de todas as magnetizações intermediárias é a que produz efeitos mais surpreendentes e
mais úteis à saúde.

“A proposta da água magnetizada é de servir como veículo intermediário e/ou


complementar da cura, não devendo, por isso mesmo, ser simplesmente consumida, porém
bebida com a consciência de seus efeitos e benefícios, pois que essa água sofre alterações
ricas e profundas em sua estrutura dotando-a de poderes que a observação continuada não
se cansa de apresentar” (Jacob melo).

Tipos de Fluidificação

Temos duas grandes fontes de fluidificação de água (Fig.50);

Fig. 50 – Tipos de fluidificação da água

1 - Espiritual – os fluidos aí considerados são os que, predominantemente, vem ou provém


do Mundo Espiritual, com ou sem a intermediação de médium, magnetizador ou passista.
Neste caso, o passista pouco tem a ofertar de si mesmo, a não ser as vibrações de paz,
amor e harmonia, todo um processo de oração favorável a uma boa fluidificação e da cola-
psíquica.

No livro O Consolador, de Emmanuel, questões 103 e 104, que abordam


especificamente sobre a água fluidificada:

103. No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um


doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo?

- “A água pode ser fluidificada, de modo geral em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em
caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja
pessoal e exclusivo.”

101
104. Existem condições especiais para que os Espíritos amigos possam fluidificar
a água pura, como sejam as presenças de médiuns curadores, reuniões de vários
elementos, etc.?

- “A caridade não pode atender a situações especializadas. A presença de médiuns


curadores , bem como as reuniões especiais, de modo algum podem constituir o preço do
benefício aos doentes, porquanto os recursos dos guias espirituais, nessa esfera de ação,
podem independer do concurso medianímico, considerando o problema dos méritos
individuais.”

Emmanuel coloca muito claro que para fluidificar a água não há necessidade de
médiuns curadores, pois os Benfeitores espirituais irão colocar os fluidos salutares na água
para que ela sirva de medicamento para as pessoas.

Basta que se coloque o(s) recipiente(s) com a água para fluidificar, em lugar
determinado para tal tarefa, e se solicite aos Espíritos, por prece sincera, que providenciem
a fluidificação da água ali depositada.

“Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas


necessidades físico-psíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros,
coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O
orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido, com raios de amor em forma de bênçãos e
estará, então, consagrando o sublime ensinamento de água pura, abençoado nos Céus.”
(Emmanuel – Segue-me, cap intitulado A Água Fluida)

3- Magnética (humana) – Aqui os fluidos são oriundos basicamente do(s)


magnetizador(es) ou passista(s) (Fig. 51ª, 51b). Também se incluem aqui o caso das
fluidificações mistas, até porque, por tudo que aprendemos no estudo atento à
Codificação, “quando operamos no sentido do bem, bons Espíritos nos secundam os
esforços.”

Fig. 51a – Magnetização dos Fig. 51b – Magnetização das


copinhos com água garrafas om água

Na fluidificação magnética, a participação do passista é bem mais efetiva que no caso


anterior. Ele usinará fluidos para exteriorização e perceberá, com muito maior nitidez, o fluir
desses fluidos por seus pólos de exteriorização, geralmente as mãos.

102
“O Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele
opera uma transmutação por meio do fluido magnético que (...) é a substância que mais se
aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal. Ora desde que ele pode operar uma
modificação nas propriedades da água, pode também produzir um fenômeno análogo com
os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente
dirigida”. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, cap 8, item 131).

Quanto aos Objetivos da Água

1) Geral – é aquele que não tem uma particularidade a ser tendida que não seja a de
renovar ou fortalecer o campo fluídico do paciente. A água fluidificada, segundo
essa adjetivação, usualmente, pode ser sorvida, por qualquer pessoa fazendo
melhor efeito naquela que absorver os fluidos ali contidos com mais fé e confiança
no tratamento. (Fig. 52)

Fig. 51 – Água magnetizada para ser distribuída aos pacientes após a reunião
doutrinária

Recomendações

 Tome-a com fé e em estado de oração.


 Não abuse para que, de futuro, o descaso ou desrespeito ao benefício não o torne
inócuo.
 Havendo recomendação (posologia) de uso, siga-a corretamente, em não havendo,
dê preferência a bebê-la pela manhã, ao despertar e à noite, ao deitar, sempre em
oração.
 Se a água faz parte de um tratamento, não convém desperdiça-la com quem não
precisa desse importante elemento de terapia fluídica.

2) Específico – é aquele que tem destino e objetivos bem específicos, tanto em termos
de paciente como para atendimento de determinados problemas. Na maioria das
vezes, essa fluidificação é magnética, mas o Mundo Espiritual está sempre presente.
A água fluidificada específica, salvo as exceções, não dever ser sorvida por quem
não esteja diretamente indicado para tal (Fig. 52). Esse cuidado é recomendado por

103
não sabermos exatamente que substâncias ou psi-sensibilidades ali estão
depositadas e, portanto, desconhecemos até que ponto o concentrado fluídico
poderá ou não desaguar em desarranjos ou desarmonias de variada performance a
quem, inadvertidamente, bebê-la.

Fig. 52 - Água magnetizada, especificamente para cada paciente e com vasilhames


identificados

Recomendações

 Guardá-la de forma a não confundi-la com a contida em outros vasilhames.


 Segui, o mais rigorosamente possível, a posologia indicada.
 Evitar que a água esteja ou venha a estar contaminada com impurezas.

Mecanismo de Ação

A água magnetizada tem a capacidade de carrear potências, de forma direta, para a


absorção, pelos pacientes, num processo de atração “molécula a molécula”. Com isso
significando que não há qualquer necessidade dessa energia (fluidos) passar pelos
“circuitos” dos centros vitais, o que, em muitos casos, potencializa sobremaneira a terapia
como um todo. Por isso é a água magnetizada que complementa fisiológica e
energeticamente, a ação do magnetismo, inclusive de certa forma preenchendo os
intervalos entre as sessões a que está sendo submetido o paciente.

A água magnetizada faz o caminho inverso ao do passe, ou seja, sendo captada


primeiro pelo corpo físico, suprirá as suas necessidades energéticas através dos processos
naturais de digestão e assimilação, sem risco de acúmulos indevidos nos centros de força,
além de prolongar os efeitos dos passes devido à complementação fluídica que ela oferece.

A água magnetizada não e um medicamento, pois as alterações energéticas


promovidas nessa água não encontraram, ainda, métodos de aferimento precisos e nem são
uniformes as concentrações ou diluições desses fatores energéticos; e os medicamentos
precisam trazer isso bem claramente definido. No entanto, a água magnetizada pode ser
remédio em muitos casos.
104
Sabe-se, a partir da observação prática que a água magnetizada com maior
concentração de fluidos ou energia pode produzir efeitos negativos em quem,
inadvertidamente, a ingerir, todavia, quando a energização é menos concentrada, essa
ocorrência deixa de ser percebida, o que pode nos levar à dedução de que se torna inócua.
Mas o que não dá para se dizer, de forma absoluta, é que sendo um medicamento, ela
nunca poderá ser ingerida por outra pessoa ou, o contrário que jamais fará mal a qualquer
pessoa. Afinal, também não existe, ainda uma relação bem estabelecida de efeitos ou
possíveis efeitos colaterais.

Indicações da Água Fluidificada

- Podemos beber água magnetizada, quando estivermos desenergizados, fatigados,


esgotados fluidicamente. Pessoas em fadiga fluídica e/ou depressão, pânico, bipolaridade e
hiperatividade devem fazer seu uso de forma mais regular possível, sem interrupções.
Normalmente o magnetizador ou a equipe de trabalho indica a “posologia” adequada para
cada caso.

- Quando em tratamento magnético, a ingestão da água magnetizada é


complemento primordial em uma grande maioria de casos, especialmente naqueles em que
a carência de fluidos vitais seja determinante.

- Portadores de cânceres, tumores, grandes inflamações e/ou infecções, bem como


idosos em estado de debilidade.

- Além de ingerir, vários casos de feridas de difícil cicatrização são melhor tratadas
usando a água magnetizada para lavá-las. Há ainda quem faça gargarejo (para problemas
de garganta), aplicação, fricção nas pernas (para alívio de edemas) e outros.

- Quem não gosta de beber água natural, pode aquecer a magnetizada e toma-la
com chá, com adoçante ou açúcar, conforme o caso, ou deixar gelar para fazer suco, de
forma que seja sempre seguida a orientação (posologia) que os magnetizadores indicarem.

- Para os casos em que o paciente necessita de fluidos novos, mas encontra-se com
os seus centros de força sem boas condições de assimilação, a água energizada, será de
grande ajuda.

. - Reposição da energia espiritual, renovando a estrutura perispiritual

- Como terapia auxiliar e/ou complementar nas convalescenças

A água magnetizada não é uma panaceia, mas ajuda em muitas coisas, inclusive em
estados emocionais e espirituais, muito mais do que se costuma imaginar

Considerações importantes

Segundo Deleuze, a água magnetizada a ser ingerida pelo paciente deve estar
magnetizada sempre pelo mesmo magnetizador que tenha realizado o tratamento. Isto é
uma consequência do princípio estabelecido, de que um enfermo não deve ser magnetizado
por pessoas que não estejam em relação com o primeiro magnetizador, e de que não
possuindo os fluidos dos diversos indivíduos a mesma qualidade, e não trabalhando da
mesma forma, não se deve misturar sua ação.

Parece que a água magnetizada não exerce nenhuma influência sobre as pessoas que
não tenham estado na presença do magnetizador, em geral, somente produz efeitos bem

105
marcados depois de duas ou três sessões de magnetismo. Para que o fluido do
magnetizador atue sobre o enfermo, é preciso que se estabeleça a relação fluídica, e esta
somente se estabelece pela manipulação direta e imediata.

Ainda não se sabe quanto tempo a água magnetizada conserva suas propriedades;
mas sabe-se que as conserva por vários dias, depreendendo-se de numerosas observações
que duram algumas semanas.

Importante advertir que há pacientes sobre os quais a água magnetizada parece não
ter ação alguma, mas são muito poucos.

Magnetização da Água

Inicialmente devemos considerar a seguinte pergunta: Quem magnetiza a água?

Importante abordarmos esta questão. É muito comum ouvirmos dizer que não é
necessário que alguém imponha as mãos sobre a água pois são os Espíritos que fluidificam
a mesma. Jacob Melo diz: “Supondo que isso seja real, fica a crucial dúvida: então será que
os Espíritos não sabem magnetizar águas? A dúvida é pertinente em face do pouco alcance
de líquido por eles magnetizado – chamado de fluidificação por essa mesma maioria. Nessa
mesma avaliação encontramos um conjunto de resultados muito mais favorável quando as
águas são magnetizadas por magnetizadores. Por que será?”

Allan Kardec nos oferece no capítulo 8 de O Livro dos Médiuns, item 131:

“Esta teoria nos fornece a solução de um fato bem conhecido em magnetismo, mas
inexplicado até hoje; o da mudança das propriedades da água, por obra da vontade. O
Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele
opera uma transmutação por meio do fluido magnético, que como atrás dissemos, é a
substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal. Ora, desde
que ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um
fenômeno análogo com os fluidos do organismo donde o efeito curativo da ação magnética,
convenientemente dirigida”.

Em A Gênese, no item “Curas”, item 31, Kardec anotou: “A cura se opera mediante a
substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois
na razão direta da pureza da substancia inoculada; mas, depende também da energia da
vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto
maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje
realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são
quais sustâncias medicamentosas alteradas”.

Compreende-se que, devendo fazer uso da vontade, ou seja, querer, é preciso,


também, definir o que se quer e deter o pensamento neste objetivo. A vontade impulsionará
os fluidos que, assimilados pelas moléculas do líquido, elaborarão a metamorfose
objetivada.

Não basta, portanto, estender as mãos para que as “coisas”, magneticamente falando
aconteçam. É preciso direcionamento e finalidade.

Técnica de Magnetização

106
Como técnica requerida, o magnetizador pode estender sua mão, em direção ao
recipiente com a água, concentrar seus esforços e emitir os seus fluidos, contando com um
Espírito que o assista, desde que saiba atraí-lo pelas suas intenções e sentimentos.

Deleuze orienta da seguinte forma: “Para magnetizar a água, se torna a vasilha que a
contém, passando as duas mãos ao longo do recipiente e cima para baixo. Introduzimos o
fluido pela boca do recipiente colocando várias vezes na mesma os dedos em ponta.”

Magnetiza-se um copo com água pegando-o com uma das mãos, enquanto com a
outra projetamos o fluido sobre ele.

Quanto ao vasilhame contendo a água, não importa se este encontra-se fechado ou


aberto, qual a sua cor, se é opaco, nem de qual material é feito. Importa sim, a qualidade
dos fluidos projetados e o seu poder de interferência nas moléculas da água. Também não
faz diferença a temperatura em que a água se encontra.

Além disso, os cuidados com a conservação da água devem ser tomados, não só no
que se refere à higiene material, preservando-a quanto à presença de poeira ou de insetos,
como também no que se refere ao ambiente mental onde o recipiente será guardado,
resguardando-o de lugares onde as emanações fluídicas negativas existam, provenientes
das nossas palavras, pensamentos e sentimentos negativos.

Posologia

A água magnetizada deve ser empregada como acessório de todo tratamento para
auxiliar a ação magnética direta.

Receita-se como bebida nas refeições ou nos intervalos. A frequência diária de


ingestão deve ser definida pelo magnetizador de acordo com a gravidade do caso. Desse
modo, podemos orientar que se tome água magnetizada duas, três, quatro ou até cinco
vezes ao dia.

A primeira ingestão deverá ser feita, referencialmente, em jejum, pois o organismo


estará literalmente sequioso e isso faz com que a absorção dos fluidos seja mais intensa e
melhor distribuída.

Também poderemos orientar a sua ingestão durante as refeições. Nessa ocasião, a


natureza orgânica, durante as refeições, está num de seus ápices no que tange ao extrair a
vitalidade das coisas ingeridas.

Na hora de dormir, a água facultará ao organismo uma estabilidade fluídica durante o


sono, sabemos que, nesse estado de desprendimento, o ser disporá com mais energia a
equilibrá-lo.

A água deverá ser tomada em estado de prece, porque a oração fará com que o
padrão vibracional do paciente se eleve além do padrão convencional em que ele tem
respirado durante suas crises, melhorando os contatos com os níveis mais elevados da
alma, do eu profundo, e dos companheiros espirituais mais nobres. Estes, certamente,
dispondo de um melhor acesso ao seu tutelado, poderão leva-lo a perceber melhor as
inspirações e intuições mais nobres da vida.

Observações complementares

 As imposições sobre os vasilhames com água também atendem aos princípios da


naturalidade de exteriorização fluídica do passista.
107
 Não há necessidade de se fazer técnicas dispersivas em vasilhames com água
fluidificadas.
 Lembrar sempre de agradecer a Deus por todas as bênçãos recebidas, inclusive,
pelos benefícios que serão auferidos pela ingestão daquela água.
 No caso da fluidificação nos lares, por ocasião do culto do Evangelho no Lar,
reconhecer que aos Espíritos não cabe a obrigação da fluidificação, por isso mesmo,
devemos ter sempre a humildade de solicitar-lhes a interferência fluídica a nosso
favor.
 Não estranhar eventuais rações como enjôos ou tonturas, pois sendo consequência
da água, rapidamente o organismo se adaptará ao novo estado fluídico. Caso
permaneça, ir diminuindo as quantidades ingeridas. Persistindo os mal-estares,
retornar ao Centro Espírita, onde deverá receber passes dispersivos e outro
vasilhame deverá ser fluidificado.
 É importantíssimo que o paciente tenha consciência dos efeitos da água fluidificada,
até mesmo para que ele valorize mais seriamente o tratamento a que está
submetido.
 A água tanto será fluidificada em vasilhames de plástico como de vidro ou qualquer
outro material; em recipientes claros ou escuros; com eles tampados ou abertos;
com água fria, morna ou natural; pela manhã, tarde ou noite. O mais importante é
que o vasilhame esteja livre de elementos de contaminação e que a água seja
potável.

Pesquisas que comprovam as transformações da água

A prática do Espiritismo tem uma componente científica. Agora, são os cientistas


não espíritas que o vêm comprovar. Vamos estudar algumas experiências científicas que
provam a eficácia da fluidoterapia, prática comum nas associações espíritas, que
engloba o passe espírita (transmissão do magnetismo humano mais energias espirituais
para a pessoa necessitada) e a água magnetizada por essas mesmas energias.

A água é extremamente sensível a muitos tipos de radiações. O cientista


americano de pesquisas industriais Robert N. Miller e o físico Prof. Philip B. Reinhart
inventaram quatro instrumentos independentes, para demonstrar que um pouco de
energia emanada das mãos de um curador pode dar início a uma alteração da ligação
molecular entre o hidrogênio e o oxigênio das moléculas de água. Considerando que o
corpo é composto de água na sua maior parte, e desde que descobrimos que a água é
extraordinariamente sensível às irradiações de um amplo espectro de energias;
considerando, ainda, que estamos a aumentar a nossa possibilidade para detectar e
medir instrumentalmente o fluxo de várias energias que emanam do corpo do curador,
podemos enxergar as inferências disso como sendo de grande projeção.

("As curas Paranormais", George Meek, Ed. Pensamento, 1995).

O Dr. Bernard Grad, bioquímico e pesquisador de geriatria no «McGill University's


Allen Memorial Institute», no Canadá, fez experiências muito interessantes na
Universidade de McGill, Montreal, Canadá na década de 1960. O trabalho do Dr. Grad a
respeito da cura pelo toque das mãos foi reconhecido e Grad recebeu um prémio da
Fundação CIBA, uma fundação científica fundada por um grande laboratório
farmacêutico. Ele efectuou experiências com sementes de cevada, com ratos e análise
da estrutura molecular da água.

1. Nas suas experiências com sementes de cevada, Grad fez o seguinte: substituiu
humanos por plantas e animais, para evitar o efeito placebo. Colocou sementes de
108
cevada de molho em água salgada (retarda o crescimento), com objetivo de criar plantas
doentes. Pediu a um curador psíquico (um passista) que fizesse imposição das mãos
sobre a água salgada (água tratada), num recipiente, que seria usada para a germinação
das sementes. As sementes foram colocadas em água salgada (tratada pelo passista e
não tratada). Foram colocadas de seguida numa estufa, onde o processo de germinação
e crescimento foi acompanhado. Bernard Grad verificou que as sementes submetidas à
água tratada pelo passista germinavam com maior frequência do que as outras. Depois
de germinadas, as sementes foram colocadas em potes e mantidas em condições
semelhantes de crescimento. Após várias semanas, e de acordo com uma análise
estatística, as plantas regadas com a água tratada eram mais altas e tinham um maior
conteúdo de clorofila. (Medicina Vibracional, Ed. Cultrix, Richard Gerber, 1997).

Bernard Grad efetuou outra experiência muito interessante:

Grad lembrou-se de dar a água para pacientes psiquiátricos segurarem. Essa


mesma água foi depois usada para tratar as sementes de cevada. A água energizada
pelos pacientes, que estavam seriamente deprimidos, produziu um efeito inverso ao da
água tratada pelo passista: ela diminuiu a taxa de crescimento das plantinhas novas
(Jeanne P. Rindge in As Curas Paranormais, George W. Meek, Ed. Pensamento, 10ª
edição, 1995, Cap. 13, pp. 158-159).

O passe espírita é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais que alteram o


campo celular, contribuindo assim para a saúde física e psíquica da pessoa necessitada.

Ainda numa outra experiência: Grad analisou a água quimicamente para verificar se
a energização (através do passe pela imposição das mãos) havia provocado alguma
alteração física mensurável. Análises por espectroscopia de infravermelho revelaram a
ocorrência de significativas alterações na água tratada pelo passista... o ângulo de
ligação atómica da água havia sido ligeiramente alterado... bem como diminuição na
intensidade das ligações por pontes de hidrogénio entre as moléculas de água... e
significativa diminuição na tensão superficial.» (Gerber, 1997).

Masaru Emoto, um pesquisador japonês publicou um livro importante, “A mensagem


da água”, baseado em seus achados nas pesquisas que fez em todo o mundo.

Com o trabalho de Emoto, temos evidências factuais de que a energia humana


vibracional, os pensamentos, as palavras, as idéias e a música afetam a estrutura
molecular da água, a mesma água que compõe 70% do corpo humano maturo e cobre a
mesma porcentagem do nosso planeta. A água é a fonte de toda a vida neste planeta e
sua qualidade e integridade são vitalmente importantes para todas as formas de vida. O
corpo é semelhante a uma esponja e é composto de trilhões de células que contém
líquidos. A qualidade de nossa vida está diretamente ligada à qualidade da nossa água.

A água é uma substância muito maleável. Sua forma física se adapta facilmente a
qualquer ambiente. Mas sua aparência física não é a única coisa que muda: sua forma
molecular também se altera. A energia ou as vibrações do meio ambiente mudarão a
forma molecular da água. Neste sentido, não somente a água tem a capacidade de
refletir visualmente o meio ambiente, mas ela reflete este meio ambiente também a nível
molecular.

Emoto tem documentado visualmente estas modificações moleculares através de


suas técnicas fotográficas. Ele congela gotículas de água e as examina em foto
microscópio de campo escuro. Seu trabalho demonstra claramente a diversidade da
estrutura molecular da água e o efeito do ambiente nessa estrutura.

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Exercícios
1) O que é água fluidificada?
2) O que torna a água tão importante na fluidoterapia espírita?
3) Quais os tipos de fluidificação? Defina cada um deles
4) Quanto aos objetivos da água, como podemos classifica-los?
5) Qual o mecanismo de ação da água magnetizada?
6) Cite algumas indicações da água magnetizada
7) Quais os efeitos da água magnetizada em uma pessoa que não está sendo
acompanhada pelo magnetizador? Explique
8) De acordo com o que você entendeu neste capítulo, como se faz a magnetização
da água?
9) Quantas vezes podemos tomar água magnetizada e como é definida essa
frequência?
10) Quais os cuidados que devemos ter ao escolher os vasilhames que irão conter a
água magnetizada?

110
Referências Bibliográficas:

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- _________, Cure-se e Cure Pelos Passes, VIDA E SABER, Natal, 2001

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www.espirito.org.br
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www.cvdee.org.br

www.infoescola.com

www.tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br

Artigos:

Magnetização da Água segundo J. P. F. Deleuze, por Ana Vargas

Qual o Mecanismo de Atuação da água magnetizada como coadjuvante no tratamento


magnético, Jacob Melo, Revista Vórtice

112

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