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de Menezes
Edna Costa
Aracaju - Sergipe
2016
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Índice
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Capítulo 1
Introdução ao Estudo do Passe
O estudo do passe se faz necessário, pois como qualquer trabalho, este também
requer conhecimentos, ainda que básicos, das suas técnicas e das suas aplicações.
“Nos ensina a lógica que quando um assunto afeta a tantos e comporta exames,
análises, comprovações e experiências, imediatamente surgem os pesquisadores e
divulgadores sérios (...) (Jacob Melo)
2 – Acomodação:
“já faz tanto tempo que aplico o Passe assim e dá bons resultados...”
“Na execução da tarefa que lhes está subordinada, não basta a boa vontade, como
acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam de certos conhecimentos
especializados”. (Alexandre – Missionários da Luz).
A grande tarefa dos médiuns aplicadores de passe é auxiliar os Espíritos nesta tarefa
sagrada de modo eficiente e sem comodismos.
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"Herculano Pires diz que o passe nasceu nas civilizações
antigas, como um ritual das crenças primitivas. A agilidade
das mãos sugeria a existência de poderes misteriosos,
praticamente comprovados pelas ações cotidianas da fricção
que acalmava a dor. As bênçãos foram as primeiras
manifestações típicas dos passes. O selvagem não teorizava,
mas experimentava, instintivamente, e aprendia a fazer e a
desfazer as ações, com o poder das mãos".
"Com o passar dos tempos, curandeiros, bruxas, mágicos, faquires e, até mesmo, reis
(Eduardo, O Confessor; Olavo, Santo Rei da Noruega e vários outros) utilizavam os toques
reais".
Todos esses fatos longínquos pertencem ao período anterior a Franz Anton Mesmer,
nascido a 23.05.1733 em Weil, Áustria. Educado em colégio religioso, estudou Filosofia,
Teologia, Direito e Medicina, dedicando-se também à Astrologia.
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Mesmer admitia a existência de uma força magnética que se manifestava através da
atuação de um "fluido universalmente distribuído, que se insinuava na substância dos
nervos e dava, ao corpo humano, propriedades análogas ao do imã. Esse fluido, sob
controle, poderia ser usado como finalidade terapêutica".
"Em breve, formaram-se dois campos: os que negavam obstinadamente todos os fatos, e os
que, pelo contrário, admitiam-nos com fé cega, levada, algumas vezes até à exageração".
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Charles Lafontaine, nasceu em Vendôme em 1803 e morreu em Genebra em 1892.
Após haver estudado as obras que haviam aparecido sobre o magnetismo, particularmente
as de Deleuze e as do Marquês Du Potet, ele se fez magnetizar para conhecer a ação que o
magnetismo exerce sobre o organismo, depois dedicou-se seriamente à sua prática.
Percorreu a França, fazendo experiências públicas e tratando doentes. Se distingue de Du
Potet, de Deleuze, do marquês de Puységur e de todos os práticos da escola mesmeriana
por sua maneira de explicar a ação da vontade. Para ele, a vontade desempenha um papel
importante na magnetização; mas servindo somente ao magnetizador para dispô-lo a agir,
ela não age sobre o magnetizado. Produziu pouca teoria; suas obras, e particularmente A
Arte de Magnetizar, que é a mais importante sob o ponto de vista prático, são antes
resumos de observações que obras didáticas.
Magnetismo e Espiritismo
Mais tarde, ao escrever a edição de março de 1858 da Revista Espírita, quase um ano
após o lançamento de O Livro dos Espíritos em 18.04.1857, Kardec destacaria: " O
Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo (...). Dos fenômenos magnéticos, do
sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas (...) sua conexão é tal que, por assim
dizer, é impossível falar de um sem falar de outro". E conclui, no seu artigo: "Devíamos aos
nossos leitores esta profissão de fé, que terminamos com uma justa homenagem aos
homens de convicção que, enfrentando o ridículo, o sarcasmo e os dissabores, dedicaram-
se corajosamente à defesa de uma causa tão humanitária”.
Tem sido exitosa, em muitos casos, a sua aplicação no tratamento das perturbações
mentais e de origem patológica. Praticado, estudado, observado sob variáveis
nomenclaturas, a exemplo de magnoterapia, fluidoterapia, bioenergia, imposição das mãos,
tratamento magnético, transfusão de energia-psi, o passe vem notabilizando a sua
qualidade terapêutica, destacando-se seus desdobramentos em Passe Espiritual (energias
dos Espíritos), Passe Magnético (energias do médium) e Passe Misto ou Mediúnico
(energias dos Espíritos e do médium), constituindo-se, na atualidade, em excelente terapia
praticada largamente nas Instituições Espíritas.
Exercícios
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Capítulo 2
Conceito, Objetivos, Tipos de Passe e de Pacientes
Passe
“(...) O magnetismo vem a ser a medicina dos humildes e dos crentes (...) de quantos
sabem verdadeiramente amar” (DENNIS, Léon. A força psíquica. Os fluidos. O
magnetismo. In “No Invisível” 2ª parte cap. XV p.182)
“Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o
passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos
orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do
reservatório ilimitado das forças espirituais.” (Emmanuel: O Consolador, questão 98)
Objetivos do Passe
Em primeiro lugar o Passe é direcionado para a pessoa ou para o espírito que carece e
procura por esse notável "agente de cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio
orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.
Em segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase sempre, o alívio dos
males orgânicos e o reequilíbrio psíquico, com notáveis conquistas no campo físico e
perispiritual, a cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal não forem
sanadas. Assim sendo, o assistido necessita de "evangelhoterapia", submetendo-se aos
tratamentos espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do estudo. Nesse
sentido, a Fluidoterapia objetiva auxiliá-lo nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o
reequilíbrio transitório, com base no tratamento das causas, até que ele, por si, tenha meios
de combater os efeitos. Através do reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue
ter modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de maneira diversa. Dessa
forma ela consegue modificar a sua vida, não com uma mudança das situações que o
cercam mas com a mudança de sua ótica em relação a elas.
a) Em Relação ao paciente
O passe espírita objetiva o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e
espiritual do paciente.
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b) Em Relação ao médium
Além de proporcionar a cura ou a melhora do paciente, deve o médium se esforçar
por melhorar-se moralmente, no intuito de cumprir sua tarefa dignamente e de
melhor favorecer aos objetivos do Passe.
Cabe ao Centro Espírita não apenas utilizar-se de seus médiuns para os serviços
do passe, mas igualmente renovar os conhecimentos dos mesmos através de estudos,
simpósios e treinamentos, buscando formar equipes conscientes e responsáveis, se
eximindo da limitação.
“O Centro Espírita, para bem atender às suas finalidades, deve ser núcleo de
estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à
luz da Doutrina Espírita". Desviá-lo dessa diretriz é comprometer a causa a que se
pretende servir”. (Reformador de 1992, editorial)
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B) – Quanto ao Alcance do Fluido
3 - Passe Misto – É aquele onde o tratamento visa não uma mas todas as partes do
ser, ou seja: Corpo, Perispírito e Espírito. Os fluidos aqui “manipulados” atuarão não
apenas a nível perispiritual, mas atingirão as próprias células do corpo e alcançarão
igualmente a intimidade do espírito, ainda que por via perispiritual.
C) Quanto à técnica
3 – Passe Misto – É aquele que faz a utilização conjugada da prece com imposição
de mãos seguido do uso de outras técnicas, ou então a aplicação de um passe com
técnicas variadas após uma radiação (que é um passe espiritual). Para reforço do
entendimento, diríamos que tal passe é aquele onde se utiliza a dispersão fluídica
antes e/ou após a imposição de mãos, intercalada por técnicas outras.
Primeiro, nos conscientizemos de que devemos dar ao paciente, além do passe, tudo
o mais que é da maior importância: evangelho, orientação, desmistificação do tratamento e
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desmistificação dos ídolos, conclamando-os à reforma interior e à compreensão dos fatos
para, pelo conhecimento, não ser levado a vícios e equívocos que, embora costumeiros, são
injustificáveis.
Também devemos informar aos pacientes que estiverem em tratamento médico que
deverão continuar indo às consultas médicas normalmente. Da mesma forma, se estiverem
fazendo uso de qualquer medicamento, prescrito pelo seu médico, este deverá ser mantido,
pois jamais devemos sugerir, sob nenhuma hipótese, a suspensão de substâncias
medicamentosas.
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“Se o doente estiver fazendo uso de medicação receitada por médico da Terra, esta não
deverá ser suspensa, nem sob o pretexto de atrapalhar o tratamento espiritual. Uma atitude
dessas traz graves implicações (...) poderá comprometer quem a recomendou.”
1 - Origem perispirítica - pela natureza pretérita da doença, fácil concluir que nem
sempre serão possíveis grandes conquistas, inclusive com a fluidoterapia.
2 - Origem obsessiva – a cura das obsessões , é de difícil curso e nem sempre rápida,
estando a depender de múltiplos fatores especialmente da renovação, para melhor, do
paciente, deve envidar esforços máximos para granjear a simpatia daquele que o persegue.
3 - Desvios morais – como a ação fluídica tem na vontade seu motor e no pensamento
seu veículo, fica evidente eu pacientes com tais problemas tornam-se, via de regra,
extremamente refratários à fluidoterapia, porquanto tal decorrência tem matriz nas
desarmonias que são geradas na instabilidade moral do paciente, o que por sua vez não lhe
favorece uma mentalização equilibrada e constante no bem.
Mais uma vez nos deparamos com a prudência em analisar e principalmente nunca,
descartar o tratamento da medicina convencional para alguns casos.
A paciência também será grandioso instrumento para este tratamento, paciência esta,
por parte do paciente e do passista.
EXERCÍCIOS
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Capítulo 3
Condições para doar e receber fluidos
É importante considerar que todos podem aplicar passes e todos podem recebê-lo.
No entanto, vale entender que nem sempre os resultados serão os mesmos em todos os
pacientes e nem em relação ao mesmo médium.
Verificamos três importantes assuntos no campo do passe, que são também deveras
preponderantes para que a ação fluídica transmitida ao enfermo possa gerar profundo
restabelecimento.
Daí decorre que, aquele que, a um grande poder fluídico normal, junta a FÉ,
pode só pela força de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares
fenômenos de cura e outros mais, tidos antigamente por prodígios, milagres, mas
que não passam de efeitos de uma lei natural, tal o motivo que levou a Jesus dizer a
seus apóstolos: "Se não curastes, foi porque não tendes fé". (Allan Kardec, em O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 7).
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" Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do
magnetismo. Porém, como há de explicar a ação material de tão sutil agente? - A
vontade é atributo essencial do espírito. Com o auxílio desse alavanca, ele atua
sobre a matéria elementar e, por ação consecutiva, reage sobre seus compostos,
cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas. Tanto quanto do
espírito errante, a vontade é igualmente atributo do espírito encarnado; daí o poder
do magnetizador, poder que se sabe esta na razão direta da força de vontade.
Podendo o espírito encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo
modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites.
(Livro dos Médiuns, cap. 8, item 131).
No entanto, outros pontos que dizem respeito aos médiuns devem ser observados;
1) Condições Físicas – é óbvio que para doar fluidos é necessário estar em boas
condições de saúde. Não deverão aplicar passes as pessoas com estejam se sentindo
doentes, cansadas, estressadas, que sejam portadoras de doenças graves ou que
tomem medicamentos de ação no Sistema Nervoso Central (SNC).
Vejamos como pensa Michaelus em seu Livro Magnetismo Espiritual: "Um
corpo sem saúde não pode transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria
fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o doente".
"Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa incessantemente doente da
que é apenas atingida de uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc.,
embora de caráter crônico." (Michaelus, no mesmo livro, cap. 7).
“Dependendo da doença, é conveniente o passista evitar a sua prática.
Especialmente em se tratando de doenças infectocontagiosas, daquelas que deixam
o passista extremamente combalido ou fragilizado, e das doenças ou desvios da
psique. Quem esteja acometido de alguma doença que o impossibilite de realizar
tarefas que exijam esforço, também deve estar muito atento. Insuficiências
cardíacas, pulmonares e degenerativas do sistema nervoso, bem como estados
depressivos, usualmente são desabonadores da aplicação. (...) Também fica
seguramente desaconselhável para criaturas sob violentos envolvimentos espirituais
(as obsidiadas), pessoas viciosas (quem fuma e bebe regularmente deve procurar
superar os vícios ou abster-se de aplicá-los), indivíduos fazendo uso de
medicamentos controlados (especial mente os de tarja preta e/ou que atuem no
sistema nervoso central). Estas pessoas vibram negativamente.” (Jacob Melo).
Dra. Marlene Nobre informa ainda que não pode haver doação com o sistema
nervoso esgotado e que quando estão em curso moléstias do sangue ou
degenerativas, como a anemia e o câncer, não é recomendável a doação fluídica,
porque o próprio médium está necessitado de repor suas energias desgastadas. É
preciso lembrar que o fluido vital circula no sangue e que o fluido magnético está
diretamente implicado no sistema de defesa do corpo físico.
No tocante ao uso de medicamentos controlados com ação no SNC, pode
impedir a emissão ou causar uma contaminação dos fluidos, caso sejam emitidos.
Esta situação é a mesma para outras drogas.
“O fumo, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros
nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na
transmissão de elementos regeneradores e salutares”. (André Luiz - Missionários da
Luz, cap. 19)
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dos pulmões e do estômago prejudicando as faculdades radiantes devido às desarmonias
que geram no aparelho gastrointestinal.
A saúde, como podemos verificar, é uma das condições primordiais para o trabalho
do passe. Se o médium não tem uma saúde, ao menos, harmônica, como poderá transmiti-
la? Os fluidos que saem através do passista é lógico que vão impregnados de saúde ou de
mazelas segundo a situação de que o médium se encontre.
Verificamos que o fluido emanado por nós será sempre mais depurado à medida que
formos mais puros e desprendidos da matéria, à medida que darmos mais valor aos bens
espirituais em detrimento das coisas materiais.
Reflitamos no que nos diz o espírito Alexandre no Livro Missionários da Luz, cap 19:
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"O missionário do auxílio magnético, na Crosta terrestre ou aqui em nossa esfera,
necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos,
acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda
confiança no Poder Divino".
Não pensemos, todavia, que isso só se aplica aos espíritas. A moral é chave
fundamental para todos os povos. "Os curandeiros, mesmo aqueles que não são vistos com
os bons olhos da humanidade, inclusive uma grande parte espírita, são portadores de
virtudes enobrecedoras e, sem dúvida, isso é fundamental para seus sucessos". (George W.
Meek, em As Curas Paranormais ).
R.: Sim. Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam
os tecidos, o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe
corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da
criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que
a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as
emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado
de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem
maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos
desastres orgânicos, o que se dá mormente quando os interessados não têm vida de
oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males. Toda perturbação mental
é, pois, ascendente de graves processos patológicos. (Espírito Alexandre, Missionários
da Luz, cap. 19, pp. 325 a 333.).
Potencial Fluídico
“Como quem doa tem, tem que ter o que doar ou saber o que, e onde conseguir para
doá-lo”.
1 - Afinidade Fluídica
3 – Moral
“Tanto maior será a força do magnetizador quanto mais puro for o seu
coração. Quanto mais o homem se elevar espiritualmente, tanto maior será o poder de
sua irradiação”. (Michaelus – Magnetismo Espiritual)
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EXERCÍCIOS
Certo ou Errado?
Responda as perguntas;
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Capítulo 4
Quando e Onde Doar?
(Espírito Anacleto)
Em Relação ao Paciente
4 – O paciente se nega a seguir as orientações que lhe são dadas (assistir doutrinárias,
evitar bebidas antes e depois do passe ou não ficar faltando sistematicamente ao
tratamento, etc.)
Em Relação ao Médium
3 – Tiver vícios como o uso regular de álcool, fumo, tóxicos, alimentar-se desregradamente
ou usar de práticas que promovam desgastes físicos exaustivos e desnecessários.
4 – Estiver com o estômago muito cheio ou após ter se alimentado de maneira pesada.
1 – Nos encarnados:
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2 – Nos desencarnados:
O Passe cura dores que julgam totalmente “físicas”, pois localizam-se muito
realisticamente em pontos específicos de seus períspiritos.
3 – No lar.
- Podem ocorrer quando o Centro Espírita não dispõe de um espaço reservado para o
passe.
- Quando se aplica o passe nas crianças sentadas no colo da mãe, ou ainda em mães
gestantes.
- Quando o Centro Espírita não dispõe de médiuns suficientes para o passe individual.
Observação: Possui o inconveniente das técnicas não poderem variar para atender as
diferentes necessidades dos pacientes.
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EXERCÍCIOS
3 – Em relação ao paciente cite algumas condições nas quais podemos aplicar o passe
e quando não podemos.
* O médium quando termina de aplicar passes precisa tomar passe com outro médium?
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Capítulo 5
Conhecendo os Fluidos
Considerações
Acredita-se que o Universo, em seu lado material, tenha uma idade calculada
aproximadamente entre 9 e 16 bilhões de anos. Estudos modernos afirmam que no
princípio todos os elementos materiais estavam reunidos num só "ponto'', sob uma
pressão incalculável. Num dado momento, esse ponto teria explodido, dispersando
matéria pelo espaço, dando origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas
e aos astros.
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(André Luiz – Evolução em Dois Mundos)
“A matéria, tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais
sutis, que denominamos “FLUIDOS”. À medida que se rarefaz, adquire novas
propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; torna-se uma das
formas de energia.” (Léon Denis – No Invisível)
“No plano espiritual o homem desencarnado vai lidar, mais diretamente, com um
fluido vivo e multiforme, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante
à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanente do Criador, esparsa em todo
o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria responsabilidade, para influenciar na
Criação, a partir de si mesma. Esse fluido é seu próprio pensamento contínuo, gerando
potenciais energéticos.” (Espírito André Luiz – Evolução em dois mundos)
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Princípio Material ou Fluido Universal (Primitivo, Elementar) - “Matéria
elementar primitiva, cujas modificações e transformações constituem a inumerável
variedade dos corpos da Natureza”.
“Há um fluido etéreo que preenche o espaço e que penetra os corpos; esse fluido é
o éter ou matéria primitiva, geradora do mundo e dos seres.” (GE VI – 10)
A ação do Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos
sistemas estelares, aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o Criador
executa o plano existencial. O fluido universal preenche todo o espaço existente entre os
mundos. Por meio dele viajam as ondas do pensamento, do mesmo modo que as ondas
sonoras se projetam na camada atmosférica. Em torno dos planetas, o fluido universal
apresenta-se modificado.
Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar tem dois
estados distintos: o da imponderabilidade ou de eterização ,estado normal primitivo ( Fig
2), e o de ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro estado pertencem os
fenômenos do mundo invisível e ao segundo os do mundo visível. Logicamente entre os
dois pontos existem inúmeras formas intermediárias de transformação do fluido em
matéria tangível.
"No estado de eterização, o fluido universal não é uniforme; sem cessar de ser
etéreo, passa por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez,
do que no estado de matéria tangível. Tais modificações constituem fluidos distintos que,
se bem sejam procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais,
e dão lugar aos fenômenos particulares do mundo invisível. Uma vez que tudo é relativo,
esses fluidos têm para os Espíritos, que em si mesmo são fluídicos, uma aparência
material tanto quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são para eles o que
para nós são as substâncias do mundo terrestre; eles as elaboram, as combinam para
produzir efeitos determinados como o fazem os homens com seus materiais, embora
usando processos diferentes" - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 3).
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Fig. 2 Origem e Diferenciação dos Fluidos
Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a
matéria é inerte. Podemos dizer que ele é responsável pela animalização da matéria,
pois, segundo os Espíritos, a vida é resultado da ação de um agente sobre a matéria.
Esse agente é o fluido vital. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e
assimilam. A matéria sem ele não tem vida assim como ele sem a matéria não é vida.
Quando os seres orgânicos perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria se
decompõe formando novos corpos e o fluido vital volta à massa, ao todo universal, para
novas combinações e utilizações no Universo. Cada ser tem uma quantidade de fluido
vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de uma série de
fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos Espíritos, pergunta 70:
"A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia
segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos
de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital,
enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são
mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante.
A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não
for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm. O fluido vital se
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transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao
que tem menos e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se".
Princípio Vital – “É o “toque mágico” propiciador da vida, o “interruptor” vital que faz a
interligação de um “campo” específico chamado “fluido vital” com elemento(s)
proveniente(s) de outro “campo” (Princípio Espiritual).”
(Jacob Melo)
“Quando o organismo vive, o Fluido Vital está ativado pelo Princípio Vital que dá
àquele e a todas as suas partes “uma atividade” que as põe em comunicação entre si,
nos casos de certas lesões, e normaliza as funções momentaneamente perturbadas.
Mas, quando os elementos essenciais ao funcionamento dos órgãos estão destruídos,
ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o
movimento da vida, e o ser morre”.
R: De forma mais superficial, nenhuma. De forma mais específica, podemos dizer que o
principio vital é o agente do fluido vital. Numa analogia, podemos dizer que o principio
vital está para a carga elétrica de um elétron assim como o fluido vital está para a
eletricidade. Ou seja, no principio vital existe a energia em potencial e no fluido vital esta
energia está em ação (movimento).
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Propriedades Físicas dos Fluidos
Atmosfera Fluídica
Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais,
modificando suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade
e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua
influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas
acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.
Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade,
de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia
vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos. À atmosfera fluídica
associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por
esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a
vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos
maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual
aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem,
formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação
dos ensinos morais de Jesus.
"A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem consequências de importância
direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do
pensamento, que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles
devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam
em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos" - (Allan Kardec - A
Gênese, cap. XIV, item 16).
À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas,
tanto físicas quanto espirituais, são diretamente proporcionais ao seu grau evolutivo e que
ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas
companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor
atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive.
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Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais em que vive o
planeta atualmente.
EXERCÍCIOS
1- Defina fluidos.
2- Qual a origem dos fluidos?
3- Como você explica a existência de diversos fluidos?
4- O que é Trindade Universal?
5- Diferencie o princípio espiritual do princípio material. O que cada um deles origina?
6- Explique o que é fluido cósmico e fluido vital.
7- Qual a importância do princípio vital?
8- Cite as propriedades dos fluidos.
Certo ou Errado?
A vitalidade se acha em estado latente, quando o agente vital não está unido ao corpo.
( )
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Capítulo 6
Noções de Anatomia Humana
O corpo humano é uma das mais belas criações de Deus, sem o qual não
poderíamos habitar neste plano. Conhecer um pouco do seu funcionamento, observando
o modo como todos os sistemas trabalham de forma harmônica, é com certeza uma
tarefa interessante e necessária para todos aqueles que desejem trabalhar com o
passe.
Com o estudo do passe não poderia ser diferente. Obviamente, iremos abordar
dentro desse assunto apenas o necessário para o bom desenvolvimento do nosso
trabalho.
Fig. 4
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A cabeça compreende o crâneo e a face. No crânio está localizado o encéfalo
(cérebro, cerebelo e bulbo), sendo a face a sede de alguns órgãos dos sentidos como os
olhos, nariz, língua, e ouvido.
Níveis de Organização
6 - Organismo - A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma
pessoa, uma planta, um peixe, um cachorro, um pássaro, um verme, etc.
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Sistemas do Corpo Humano
10 - Sistema esquelético: suporte estrutural e proteção através dos ossos. Junto com
músculos e articulações proporciona mobilidade ao corpo
Artéria
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Principais componentes:
1.2 - Vasos Sanguíneos: são as veias, artérias e capilares. Sendo que as artérias
são mais largas e flexíveis, as veias mais finas, mas igualmente resistentes. Os capilares
são os menores vasos sanguíneos e servem de canal de transição das artérias para as
veias. (Fig.9)
Fig. 9
O Sistema Digestório nos seres humanos é constituído de: Boca, Faringe, Esôfago,
Estômago, Intestino delgado, Intestino grosso, Ânus. (Fig.10)
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Fig. 11 – Fígado, Pâncreas e Vesícula Biliar
As últimas partes do intestino delgado, jejuno e íleo, são formados por um canal
longo onde são absorvidos os nutrientes. Apresentam em sua superfície interna,
vilosidades que são vários dobramentos.
2.8 - Intestino Grosso - O intestino grosso é um órgão divido em três partes: ceco,
cólon e reto, onde ocorre a reabsorção de água, absorção de eletrólitos (sódio e
potássio), decomposição e fermentação dos restos alimentares, e formação e acúmulo
das fezes.
2.9 - Ânus - A última e menor parte do intestino grosso é o reto, responsável por
acumular as fezes, até que o ânus as libere, finalizando o processo da digestão. Durante
todo esse processo, o muco é secretado pela mucosa do intestino para facilitar o
percurso das fezes até sua eliminação.
3 - Sistema Endócrino
Glândulas
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Fig. 12 - Glândulas Endócrinas
3.2 - Tireóide - Localiza-se no pescoço (fig. 13), estando apoiada sobre as cartilagens
da laringe e da traquéia. Seus dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam
a velocidade dos processos de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo,
elevando a taxa metabólica e a geração de calor. Estimulam ainda a produção de RNA e a
síntese de proteínas, estando relacionados ao crescimento, maturação e desenvolvimento.
A calcitonina, outro hormônio secretado pela tireóide, participa do
controle da concentração sanguínea de cálcio, inibindo a remoção do cálcio dos ossos e a
saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua incorporação pelos ossos.
Fig. 13 - Tireóide
39
3.3 - Paratireóides - São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro,
localizadas na região posterior da tireóide. Elas produzem o paratormônio, hormônio que
regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue (Fig. 14).
3.4 - Adrenais ou supra-renais - São duas glândulas que se situam acima dos rins,
produzem adrenalina, também conhecida como hormônio das “situações de
emergência”. A adrenalina prepara o corpo para a ação, ou seja, em termos biológicos,
para atacar ou fugir (Fig. 15).
Fig.15 – Supra-renais
Fig. 16 – Pâncreas
41
4 -Sistema Imunológico
É uma rede de células, tecidos e órgãos que atuam na defesa do organismo contra
o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser microrganismos (bactérias,
fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias tóxicas (ex. veneno
de animais peçonhentos).
Os gânglios linfáticos também contêm linfa, o líquido claro que leva essas células
para as diferentes partes do corpo. Quando o corpo está a lutar contra a infecção, os
gânglios linfáticos podem alargar e sentir dor. O baço (Fig. 18), que também faz parte
dos sistema imunitário, sendo o maior órgão linfático do corpo, contém células brancas
do sangue que combatem a infecção ou doença. O baço também ajuda a controlar a
quantidade de sangue no corpo e dispõe de células sanguíneas velhas ou danificadas.
42
5 -Sistema Tegumentar
É formado por três camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme, a
derme e a hipoderme ou tecido subcutâneo.
5.2 - Derme - é a camada média da pele. Formada por duas camadas que fornecem
elasticidade, permitindo o alongamento enquanto também combatem as rugas e a
flacidez. A camada dérmica fornece um local para as terminações de vasos sanguíneos
e nervos. As estruturas de cabelo em seres humanos estão nesta camada.
6 - Sistema Muscular
Formado por 650 músculos (Fig. 20), este sistema não só apoia o movimento -
controla o andar, falar, sentar, levantar, comer e outras funções diárias que realizamos
43
conscientemente -, mas também ajuda a manter a postura e a circular o sangue e outras
substâncias por todo o corpo, entre outras funções.
O sistema muscular pode ser dividido em três tipos de músculos: esquelético, liso e
cardíaco. (Fig. 21)
44
Fig. 21 – Tipos de Músculos
7 - Sistema Nervoso
45
Fig.23 – Sitema Nervoso Central
46
Pode ser divido em voluntário e autônomo
47
rompe quando ocorrem intervenções diretas do Espírito, que age por meio dos plexos,
principalmente o plexo solar.
São controlados pelo SNC, principalmente pelo hipotálamo e atuam por meio da
adrenalina e da acetilcolina.
8 - Sistema Reprodutor
48
8.2 - Sistema Reprodutor Masculino - Os órgãos do sistema reprodutor masculino
produzem os gametas por meio da gametogênese e são anatomicamente moldados
para inserir estes gametas no sistema reprodutor feminino para que haja fecundação e
continuidade da espécie. (Fig. 27).
8.2.f – Pênis - É através do pênis (uretra) que o sêmen é expelido. Além de servir
de canal para ejaculação, é através deste órgão que a urina também é expelida.
49
9 - Sistema Respiratório
9.1 - Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e
terminam na faringe.
50
10 - Sistema Urinário
O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das
extremidades, uma expansão em forma de taça.
51
10.2 - Ureter - os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para
formar canais cada vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único,
denominado ureter, que deixa o rim em direção à bexiga urinária.
52
Exercícios
4 – Cite quais são os sistemas do corpo humano e quais as suas respectivas funções?
- Boca
- Glãndulas salivares
- Esôfago
- Estômago
- Fígado
- Pâncreas
- Intestino Grosso
- Intestino delgado
53
Continuação dos exercícios
8 – Qual a função do sistema imunológico e quais os órgãos que fazem parte dele?
54
Capítulo 7
Anatomia Energética
1 . Perispírito
Definição: É o envoltório sutil do espírito que lhe serve de intermediário para atuar na
matéria física ou no plano em que se encontre.
Quanto a sua natureza, na lição de André Luiz, transmitida por Francisco Cândido
Xavier, o períspirito apresenta-se como uma “formação sutil, urdida em recursos
dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa
vibratória, diante do sistema de permuta visceralmente renovado, distribuem-se mais ou
menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se
55
no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos
conforme o campo mental a que se ajusta”. (Evolução em dois Mundos, cap II).
Kardec ainda diz mais: “... corpo fluídico dos espíritos, é um dos mais importantes
produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de
inteligência ou alma”. ( A Gênese, cap. XIV , item 2)
Possui estrutura eletromagnética, formada de elétrons e fótons, iguais aos que integram
o corpo físico, porém, “em outras características vibratórias”.
56
5- Submetido às leis de gravidade no plano em que está.
“O Espírito produz aí, o efeito reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza
pode assimilar.” ( GE – cap. 14)
“Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos
os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a
circunda.”
Pela sua união íntima com o corpo, o períspirito desempenha preponderante papel no
organismo, pela sua expansão, põe o encarnado em relação mais direta com os Espíritos
livres e também com os Espíritos encarnados.
Sendo o períspirito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os
assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos
exercem sobre o períspirito uma reação mais direta, quanto, por sua expansão e sua
irradiação, o períspirito com eles se confunde.
Atuando esses fluidos sobre o períspirito, este, a seu turno, reage sobre o organismo
material com que se acha em contato molecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o
corpo ressente a sua impressão salutar, se são maus, a impressão é penosa. (Kardec, A
Gênese, 19ª ed. p. 285-286)
58
A ser verdade tudo isso – e de fato o é – torna-se final e decisivo que o períspirito
tem participação ímpar nos fenômenos e nas manifestações mediúnicas e anímicas, sendo
ele, portanto, o intermediário vital e indispensável da transmissão fluídica por ocasião do
passe, da prece em favor dos outros e de nós mesmos, do próprio magnetismo pessoal e do
intercâmbio com o chamado “reino dos mortos”.” (Jacob Melo, O Passe: Seu estudo, suas
técnicas, sua prática, 4ª ed. p.89)
Pela sua expansão põe-nos em relação mais direta com os Espíritos. (Fig. 32)
“Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço
fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o
atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. À medida que o gérmen se
desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, o
perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao
corpo em formação, donde poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispirito,
se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen
chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união, nasce o ser para a vida exterior,”
(Kardec, A Gênese, 19ª ed., p 214)
Resumindo:
59
1.5 - Funções do Perispírito na Desencarnação
“Por um efeito contrário, a união do períspirito e da matéria carnal, que se efetuara sob a
influência do princípio vital do gérmen, cessa, desde que esse princípio deixa de atuar, em
consequência da desorganização do corpo. Mantida que era por uma força atuante, tal
união se desfaz, logo que essa força deixa de atuar. Então, o períspirito se desprende,
molécula a molécula, conforme se unira, e ao Espírito é restituída a liberdade. Assim, não é
a partida do Espírito que causa a morte do corpo, esta é que determina a partida do
Espírito.” (Kardec, A Gênese, 19ª ed. p 214 e 215).
“Clara está, portanto, que ele é santuário vivo em que a consciência imortal prossegue
em manifestação incessante, além do sepulcro.” (André Luiz, Evolução em dois mundos, 13ª
ed., p 25-26)
Elementos do Perispírito
60
2.1 – Corpo Vital ou Duplo Etéreo
Funções:
1- Veículo e reserva de nossa energia vital (absorve o fluido vital e o distribui para o
corpo)
2- Elaborar energias sutis e transferir para o períspirito.
3- Produção de ectoplasma.
4- Exteriorização de energia nos processos de irradiação, passes e similares.
5- Programação do tempo de vida
6- Fixação do corpo astral ao físico.
7- Vitalização das formas-pensamento (emanações mentais nossas ou de
desencarnados) possui vida vegetativa temporária.
No livro Nosso Lar (cap 12) aprendemos que o corpo causal é um dos constituintes
do períspirito, comparado por Lísias, a uma roupa imunda, tecida pelas nossas mãos
nas vidas anteriores. A esse respeito Elzio F. Souza comenta no livro Saúde e
Espiritismo, em seu artigo Perispírito e Chacras: “verificamos que o corpo causal é o
ponto de registro, o banco divino, onde se encontram os nossos débitos e os nossos
créditos” e que se presentemente, é ainda uma roupa imunda, isso ocorre por desídia
nossa, pois a tarefa reencarnatória se destina a “nos purificarmos pelo esforço da
lavagem”, tarefa que, na maior parte das vezes, não empreendemos.
“Imagine, que cada um de nós renascendo no planeta, é portador de um fato sujo, para
lavar no tanque da vida humana. Essa roupa é o corpo causal, tecido por nossas mãos
nas experiências anteriores.”
61
Os desequilíbrios circulam nesse envoltório e são responsáveis pelo aparecimento
de doenças, segundo a lei de causa e efeito
2.3 – Aura
André Luiz também tem importantes lições sobre o tema; “Assim é que o halo vital ou
aura de cada criatura permanece tecido de correntes atômicas sutis dos pensamentos
que lhe são próprios ou habituais, dentro de normas que correspondem à lei dos quanta
de energia e aos princípios da mecânica ondulatória, que lhe imprimem frequência e cor
peculiares”. (Mecanismos da Mediunidade - Matéria Mental cap. 4)
62
3 – Os Centros de Força
A Visão Espírita
O Espírito Clarêncio nos diz que “... o nosso corpo de matéria rarefeita está
intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos
plexos que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da
mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos
definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito
fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório
espiritual e, consequentemente, o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão
vibratório... Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força,
que reage em nosso corpo a essa ou aquela classe de influxos mentais”.
Ratificando as palavras de André Luiz, Clarêncio afirma que “... nossos deslizes de
ordem moral estabelecem a condensação de fluidos inferiores de natureza gravitante no
campo eletromagnético de nossa organização, compelindo-nos a natural cativeiro em
derredor das vidas iniciantes às quais nos imantamos”.
63
Localização
64
Estudo dos Centros de Força
1. Coronário
É o de mais alta frequência, vibra no sentido das energias espirituais.
Segundo o Espírito Clarêncio, “(...) Nele assenta a ligação com a mente, fulgurante
sede da consciência. Esse Centro recebe em primeiro lugar os estímulos do Espírito,
comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de
interdependência. (...)”.
Localiza-se no alto da cabeça. É o centro da sabedoria. É o responsável pelas
funções psicológicas, cerebrais e espirituais. Gerencia o processo de interação e
intercâmbio entre os outros centros.
2. Frontal (cerebral)
65
Ainda segundo Clarêncio, “.o Centro Cerebral, contíguo ao Centro Coronário, ordena
as percepções de variada espécie, percepções essas que, na vestimenta carnal,
constituem a visão, a audição, o tato, e a vasta rede de processos da inteligência
que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É no Centro
Cerebral que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes
psíquicos”.
São benéficos: ver sempre positivamente, falar bem de coisas e pessoas, abolir
preconceitos, equilibrar atividades físicas, acreditar-se bem e bom sem se envaidecer ou
orgulhar-se, boas leituras e divertimentos sadios sem excessos.
3. Laríngeo
“Em seguida, temos o Centro Laríngeo, que preside aos fenômenos vocais, inclusive às
atividades do tino, da tireóide e das paratireóides, (...), controlando notadamente a
respiração e a fonação” . (Clarêncio – Entre o Céu e a Terra )
São negativos: falar mal, dar maus conselhos, alimentar mono-idéias, fechar-se sobre
os próprios sentimentos, desdenhar, ridicularizar o próximo, vícios em geral.
São positivos: falar bem, dar bons conselhos, alimentar-se de bons estudos e boas
conversas, ter diálogos construtivos, ver sempre o lado positivo das pessoas, ausência
de vícios.
66
4. Cardíaco
São perniciosos: emoções fortes, vícios que mexam com sentimentos, preguiça,
comodismo, rancor, mágoa, ódio, vingança, violência, impaciência, irritabilidade.
5. Gástrico
De frequência baixa. É a mais ativa usina de fluidos vitais para exteriorização. É o centro
vital por excelência. É também conhecido como plexo solar ou centro de cura.
67
6. Esplênico
Clarêncio e André Luiz ainda nos afirma: “(...) Assinalamos o Centro Esplênico que, no
corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada
dos recursos vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos", “(...)
determinando todas as atividades em que se exprime o sistema hemático, dentro das
variações de meio e volume sanguíneo”.
7. Genésico
68
São recomendados: controle e educação sexual, suas funções e usos adequados,
idéias criativas, ausência de vícios.
“André Luiz, em sua obra Entre a Terra e o Cnão se refere ao centro de força
básico, porém julgamos acertado conservá-lo nesta relação, pela sua importância no
metabolismo energético.” (Edgard Armond, Passes e Radiações, 5ª ed, p 45).
Nadis (Meridianos)
São vasos energéticos que conduzem os fluidos, semelhante aos vasos sanguíneos
que conduzem o sangue por todo o corpo físico.
Estes vasos são muito estudados pela medicina tradicional chinesa, principalmente pela
acupuntura, que considera as alterações na condução da energia como a causa das várias
doenças.
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Exercícios
1) Quais os principais elementos da anatomia energética?
2) O que é períspirito?
3) Como está constituído o perispírtio?
4) Cite algumas propriedades do períspirito
5) Quais as funções do períspirito?
6) O que é cordão de prata e qual a sua função?
7) Defina aura.
8) Liste os centros de força e com quais glândulas cada um deles está relacionado?
9) Um paciente procurou a casa espírita. Durante o atendimento fraterno relatou que
anda muito estressado, preocupado com trabalho. Tem dificuldade na digestão e
insônia, anda fumando e bebendo mais que de costume. Quais os centros de força
podem estar envolvidos? Justifique
10) Que são nadis?.
11) Descreva o percurso dos fluidos após a captação pelo centro de força.
12) Escreva o nome dos centros de força, mostrados na figura abaixo.
13) Cite com quais órgãos ou glândulas cada um dos centros de força, mostrados na
figura acima, está relacionado.
14) Especifique quais as emoções ou atitudes são boas para cada um dos centros de
força. E quais as que são ruins para cada um deles?
71
Capítulo 8
Desarmonias dos centros de Força
Tipos de Desarmonias
72
respectivamente a hipoatividade pelo, bloqueio e inibição das energias, e a hiperatividade,
pelo excesso de energia. (Fig 39)
Desde que podemos assimilar a ação dos centros de força até mesmo por força das
ações orgânicas do corpo humano, de igual sorte podemos entender que sua desarmonia,
sua disfunção, repercutirá diretamente nos veículos somático e perispiritual, pelo que
importa tenhamo-los harmonizados, equilibrados, em perfeito funcionamento. Ou seja,
nosso agir e nosso pensar desequilibrados fazem surgir desarmonias nos centos de força
que, para se restabelecerem, carecem do restabelecimento de seu portador. E para isso, um
simples passe não resolverá; ou mesmo uma oração balbuciada pelo reflexo condicionado
de juntar palavras. O passe e a prece são veículos intercessórios poderosos e
indispensáveis, mas não são a base do reequilíbrio e da rearmonização, às quais se
estribam na reforma moral, pelo “carregar a própria cruz” sem blasfêmias, sem alvoroços e
sem temeridade.
Exercícios
1) O que é desarmonia?
2) Cite os tipos básicos de desarmonias que podemos encontrar nos centros de força e
explique cada um deles.
3) Quais os distúrbios que cada desarmonia pode causar no corpo físico?
4) De que forma podemos rearmonizar os centros de força?
73
Capítulo 9
Técnicas de Passe
As Técnicas
“O Passe poderá obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança, não
só a quem o dá, como a quem o recebe”- Emmanuel.
Desde o inicio da civilização até os dias atuais criamos mitos para nos
sustentarmos e atender o comodismo arraigado que trazemos em nossa imperfeição.
Quem não pensou um dia que remédio para ser bom é aquele que é amargo? E quem
não ouviu dizer que passe bom é aquele cujo passista sua, chia, estala e faz ahhh no
final? São verdadeiros mitos e equívocos.
Para Divaldo Pereira Franco algumas técnicas são válidas, mas não podem ser
condições ultra necessárias onde se troca os valores do Espírito pelas preocupações
das fórmulas; criamos rituais em que o sentimento cede lugar a aparência. A
preocupação maior deve ser com nossa saúde moral para transmitirmos o que temos de
melhor.
Daí inferirmos que, para o socorro imediato, de urgência, nada é tão superior quanto
o atendimento emergencial, sem maiores ligações com as técnicas da especialização;
todavia, os passos seguintes requerem-nas para tornar o atendimento completo. Por
isso, revistamo-nos da humildade e analisemos o valor das técnicas com isenção de
ânimos a fim de assumirmos, neste terreno, a parte que nos cabe : “Espíritas, instruí-
vos.
A Imposição de Mãos
Como, via de regra, o paciente está com seu campo fluídico desequilibrado ou
desarmonizado, quase sempre é conveniente fazer-se, antes, uma dispersão fluídica.
Mesmo na imposição de mãos este recurso é muito válido, pois com a dispersão
extraímos ou reordenamos os fluidos desequilibrantes ou desarmonizadores.
75
Fig. 40 – Imposição de mãos
Passes Longitudinais
Apesar dos longitudinais serem feitos, geralmente, da cabeça aos pés, também
podem ser executados apenas em certas partes do corpo. Podemos, assim, usar os
longitudinais só para as pernas, só para os braços ou tronco.
76
Passes Transversais
Indicação:
Posição inicial
Como a maioria das Casas Espíritas são pequenas e suas salas de passes
apertadas, já aí temos um grande inconveniente; além do que, seria um risco ter-se
outro passista por perto, pelo risco de impacto entre eles ou mesmo entre o passista e o
paciente.
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Fig. 43a – Transversal cruzado – posição inicial Fig. 43b – Movimento das mãos
Posição inicial
Fig. 43d – Transversal cruzado – posição inicial Fig. 43e – Movimento das mãos
78
Passes Circulares
Estes passes são executados com a palma das mãos ou com os dedos, com
movimentos rotatórios palmares e digitais lentamente, operando-se movimentos
circulares no sentido horário, de maneira localizada e a uma altura (distância) de
aproximadamente 10 a 15 cm (Fig. 44a). Quando aplicados com os dedos, estes
deverão estar voltados ao ponto que se deseja magnetizar, sem rigidez ou contração
muscular. Faz-se o giro completo em torno do ponto em magnetização. Querendo fazer
uma parada após cada giro (isso é totalmente opcional) retorne a(s) mão(s) fazendo-a
(s) girar, afastada(s) do ponto de aplicação e com ela(s) fechada(s).
Indicação Geral
São muito ativantes e, por isso, muito utilizados quando se pretende tratar
ingurgitamentos, abcessos, obstruções, irritações intestinais, cólicas, supressões e
males em geral do baixo ventre.
Tipos de circulares
Indicação Específica
Indicação Específica
Essas duas técnicas levam uma vantagem sobre certas imposições, como
concentradoras: a prática tem demonstrado que quando realizamos concentrações
fluídicas através de circulares, a incidência de "retorno fluídico", que seria absorvido
pelos polos emissores (as mãos) do passista, é muito reduzida, o que resulta e maior
conforto na sua realização e melhor absorção fluídica pelo paciente.
80
somente com as pontas dos dedos, como nas fricções digitais, ao longo dos membros
do corpo, muito lenta e suavemente (cerca de um minuto da cabeça aos pés), e no
sentido das correntes, isto é, do alto para baixo, seguindo o trajeto dos nervos e dos
músculos. As rotatórias são feitas igualmente com as palmas das mãos ou com a ponta
dos dedos, descrevendo círculos concêntricos no sentido dos ponteiros do relógio. Não
devemos esquecer que, ao retornar as mãos ao ponto de partida, o operador a
conservará fechada e afastada do corpo do paciente.
Por serem muito excitantes e na maioria das vezes atuarem em regiões físicas
muito restritas, normalmente, após a aplicação de quaisquer das variedades dos
circulares, se verifica uma concentração fluídica localizada muito forte, requerendo, por
isso mesmo, uma dispersão também localizada e muito ativa. Para tanto, uma dispersão
muito própria existe: põe-se a mão sobre o ponto que se quer dispersar, à mesma
distância que se usou para o passe ou até mais próximo, com a palma voltada ao ponto
que quer dispersar, arcando-se os dedos para cima, inteiramente abertos, firmes e
imóveis, como se se quisesse dobrá-los para trás. Nessa hora perceberá nitidamente os
fluidos vindos do ponto observado como que penetrando no meio da palma da mão e a
esvaírem-se por seus dedos, em direção ao espaço.
Indicação
Além de dispersiva, esta técnica é excelente para fazer cessar dores localizadas,
resolver tumores e inflamações.
Atentemos, porém, para a nossa posição mental, pois não é o simples arcar de
dedos que fará fluir fluidos dispersáveis; nossa disposição e comando mentais nesse
sentido são indispensáveis.
Passes Perpendiculares
81
Indicação:
O Sopro ( insuflações )
Essa técnica não é muito difundida nem estimulada pelas mesmas razões que nos
levam a evitar que o passista toque no paciente e também pelo perigo de contágio com
alguma doença, que por acaso o passista possua e que pode ser transmitida pelo sopro.
a) Sopro quente:
b) Sopro Frio:
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fluidos nocivos nos campos fluídicos do paciente, tal como, apesar do asseio, aquele,
antes de ser atendido no consultório, muitas vezes ainda precisa ser assepsiado.
Conforme Jacob Melo, os dispersivos “fazem ir” para diferentes centros vitais os
concentrados fluídicos, eles igualmente “espalham” esses mesmos concentrados;
também “dissipam” e “desfazem” congestões fluídicas; promovem a “saída” de
agregados fluídicos perniciosos e “desviam, para diversos pontos” e centros vitais, os
fluidos, concentrados ou não (Fig. 46). Mas não limitam a isso. Os dispersivos, entre
outras coisas:
- “compactam” os fluidos para processos que, por falta de melhor nomenclatura, são
denominados, por Jacob Melo, de “ruminação fluídica”, onde os fluidos ficam
“armazenados” nas periferias ou em recantos especiais dos centros vitais, para posterior
e gradual “consumo” pelo paciente sem, contudo, criar congestões fluídicas;
- redireciona cargas fluídicas entre os centros vitais e podemos ter certeza, ainda
executa uma enormidade de tarefas outras, muitas das quais sequer percebemos.
Por fim, é certo que os dispersivos ”extraem” excessos fluídicos, mas não
extraem ou arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem alguns, nem
muito menos os joga fora. Quando doamos fluidos através do passe, o organismo vital
do paciente os absorve e retém, por um processo de afinidade, não permitindo que
fluidos “combinados”, “casados”, “arquivados”, a partir de então, sejam “retomados” por
um simples dispersivo. Os excessos são extraídos exatamente quando ou porque
não estão combinados, casados ou assimilados pelo paciente, daí a maleabilidade
em seus “manuseios”. E nesses casos, tenhamos em mente a assertiva de Kardec e
dos Espíritos de que os fluidos retirados retornam para o meio de onde vieram, ou seja,
eles são reelaborados e reassimilados seja pelo próprio paciente, pelo passista ou pelo
fluido cósmico, de onde proveio. Logo, não há perdas, não há “sujeiras fluídicas”, não
há um desperdício de excessos quando se usa bem a boa técnica. Dispersar é preciso.
Distância e Velocidade
Frisando que aqui estamos considerando a questão dentro dos estreitos limites da
técnica, desconsiderando, portanto, os fatores psíquicos e mentais, os quais tem valor
preponderante observa-se que a escola magnética há concluído um padrão bem
universal:
a) Quanto mais perto (dos limites da aura) passamos as mãos, mais energizantes, mais
ativantes serão os passes;
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b) Quanto mais distantes, mais calmantes serão os efeitos;
c) Quanto mais lentos, mais concentradores de fluidos;
d) Quanto mais rápidos, mais dispersivos.
Para escolher a técnica mais apropriada a cada caso, portanto, é importante saber
estabelecer a distância e a velocidade ideal do passe (principalmente quando magnético
quanto à origem do fluido).
Quanto à velocidade:
1 – Dispersivos
2 – Concentradores
Exercícios
Relação Fluídica
É uma das fases mais importantes do passe, seja ele espiritual, misto ou magnético, é a
do estabelecimento de uma relação fluídica entre o passista e o paciente.
As causas dessas sensações têm várias explicações, mas uma delas é exatamente o
choque fluídico que se dá entre campos com afinidades variáveis. Quando o passista insiste
em aplicar o passe sem antes tentar superar essas situações – que variam de paciente para
paciente – normalmente não se sente bem ao final do passe nem o paciente se restabelece,
convenientemente, daquilo que o fez buscar o benefício – se é que não o leva a sentir-se
mais desarmonizado ainda.
Quanto ao paciente, se ele estiver fortalecido pela fé, sintonizado com boas ideias e em
oração sincera, muito contribuirá para uma troca fluídica mais efetiva, diminuindo
consideravelmente as dificuldades de relacionamento fluídico.
Técnica
Vá impondo as mãos sobre algum centro vital superior (de preferência o coronário ou o
frontal), baixando-as ou levantando-as lentamente, a partir de uma distância aproximada de
um metro do centro vital escolhido. Você perceberá que à medida em que as mãos se
aproximam do centro vital, algo de muito sutil vai sendo percebido, até que a partir de
determinado ponto você registrará mais nitidamente uma espécie de “barreira fluídica” muito
tênue, como a definir uma diferenciada e mais determinante zona fluídica (sobre esse local,
a sensação de falta de simpatia ou desarmonia será mais fortemente sentida).
Repita a operação, para ter certeza de que o ponto localizado é sempre o mesmo.
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Tato Magnético (diagnose)
É uma capacidade natural que a grande maioria dos seres humanos possui, podendo
ser desenvolvida, ampliada e apurada pelo exercício. Com ele e por ele podemos precisar
locais em desarmonias (Fig.47) facilitando a aplicação de uma fluidificação mais objetiva,
além de permitir ao passista condições de verificação do estado do paciente após o passe,
evitando que ele saia da sala de passes ou do atendimento com deficiências, acúmulos,
desarmonias ou descompensações que depois lhe provocarão mal-estares. Por fim, o tato
magnético não descarta a intuição nem elimina a ação ou a presença espiritual.
Técnica
- Quando realizando o tato magnético, qualquer impulso de doação fluídica deve ser
dominado.
- Aumentemos nossa atenção, percepção e acuidade para registrar os locais onde sejam
percebidas mudanças na camada fluídica sob nossas mãos.
- Havendo uma desarmonia generalizada (Fig. 48), ou de difícil percepção, é bom fazer uma
série de dispersivos e, logo após, repetir o tato magnético. Normalmente, após essa
dispersão, os pontos ou focos se sobressaem, pois momentaneamente, os dispersivos
“apagam” as desarmonias induzidas em consequência dos focos. Pode acontecer também
que, depois dos dispersivos, não seja percebida mais qualquer desarmonia. Isso é indicativo
87
de que o paciente, provavelmente, estava apenas com seu campo vital desarmonizado, sem
causas mais consistentes, pelo que os dispersivos já trataram. Mas, veja-se bem, quando
isso ocorre, nunca é demais fazer mais alguns dispersivos gerais – da cabeça aos pés – e
repetir-se o tato magnético mais uma vez. Assim evita-se o “mascaramento” dos focos além
de proceder à alocação da psi-sensibilidade.
88
referência para a busca da transformação das sensações desagradáveis em sensações
harmoniosas (Fig. 49).
Usinagem fluídica
São várias as sensações que o médium pode sentir durante a usinagem e depende
do centro vital que esteja usinando.
Psi –sensibilidade
Na grande maioria das vezes, isso pode ser evitado com passes dispersivos gerais
ao final do tratamento.
Ocorre que o reequilíbrio obtido com poucos dispersivos, embora constatado pelo
tato magnético, nem sempre é suficiente. É que ele guarda uma “lembrança psíquica” –
(psi-sensibilidade) – das anteriores sensações de desequilíbrio dos centros vitais, as
quais, a depender do tempo em que estes se demoraram desalinhados, favorecem a
que haja uma aclimação àquela situação.
“Cola psíquica”
O que se verifica é que os passistas, por sua disposição de doador e pela ação da
doação e transferência magnética, esgarçam seus campos de “imantação” donde o poder
de impregnância; o paciente, por sua posição passiva de recebedor, normalmente está
carente desse poder, pelo que o trânsito das energias espirituais pelo passista dá ao fluido
espiritual um incremento no seu campo de afinidade fluídica, favorecendo a estabilidade e a
manutenção dos fluidos espirituais que lhe são doados.
90
Sentido da aplicação
No caso dos passes circulares, devemos lembrar que o sentido natural do giro dos
centros vitais é o horário. Dessa forma, esse é o sentido que fará o centro acionar sua
componente centrípeta (para dentro). Portanto, quando aplicados localizadamente de forma
circular, o sentido da doação do passe é o horário.
O passe aplicado no sentido contrário aos indicados acima acarreta uma séria de mal-
estares no paciente. Se o paciente for muito sensível à fluidificação, ele acusará o mal-estar
tão logo o passe seja concluído, ou até antes, Sendo pouco sensível registrará os
desconfortos horas depois, quando já não teremos como avaliar os resultados da “caridade”
feita. Importante saber que os efeitos do passe podem ser sentidos até 48 horas após a sua
aplicação.
Fadiga Fluídica
Há passistas que dizem não se fatigarem nunca, por maior que seja o número de
passes que apliquem, já outros passistas, em número consideravelmente alto, são mais do
que explícitos quanto às suas limitações nesse mister. Para efeito de raciocínio e levando
em conta apenas as origens dos fluidos espirituais e humanos, se considerarmos dois
passistas em condições físicas semelhantes, mas que na veiculação do passe reajam cada
um como numa das colocações acima propostas, restarão poucas hipóteses para explicar o
fenômeno, são elas;
1- O que não se cansa está funcionando como “canal” de energias espirituais enquanto
o segundo estará doando primordialmente o seu magnetismo.
2- O primeiro, mesmo quando doando energias próprias, o faz em pequenas dosagens
enquanto o outro em larga escala.
3- Aquele que não se fatiga tem a capacidade de se recompor rapidamente, o outro não
tem essa facilidade natural – diga-se de passagem, é muito raro esse poder de
pronta recuperação fluídica organo-magnética.
4- Mesmo os dois doando em igualdade de condições, o primeiro deve ter um potencial
fluídico muito maior que o segundo.
91
Ratifica-se o que os Espíritos vêm ensinando: a doação ou a transmissão dos fluidos
espirituais não cansam nem geram fadiga, em oposição ao que ocorre com a doação
das energias anímicas, além disso, o ato de transmissão dos fluidos espirituais
geralmente reconfortam fluidicamente os passistas.
Confirma-se que o desgaste é proporcional à quantidade de energia gasta, o que,
inclusive é uma das leis da própria física – e que a doação de energias fluídicas
anímicas é, literalmente falando, um efeito físico, não há como negar.
Nos deparamos com uma situação pouco comum: como o organismo físico é o
grande responsável pela recuperação das energias anímicas consumidas, através de
uma “usinagem” própria – e essa “usinagem” normalmente depende de condições
temporais, alimentares e de respiração – torna-se pouco provável o reabastecimento
energético em regime de imediatismo.
Voltamos a uma consideração semelhante a de número 2, mesmo doando muito, se
se tem muita reserva fluídica, pouco se cansa, caso contrário, vem a fadiga.
Pode ocorrer de diversas maneiras, sendo que em casos mais graves há de se conjugar
esforços. Todos os casos têm na prece e na confiança no auxílio espiritual um pronto
primordial para uma recuperação mais rápida.
Casos moderados – devem contar, além dos elementos citados, com a ajuda de água
fluidificada – especialmente ao levantar-se em jejum e ao deitar-se, sempre em “estado de
oração”.
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Casos mais graves – dosagens complementares de soro, sendo aí soba a orientação
médica devida.
Recomenda-se que quando o passista se sentir muito “sugado” pelo paciente, usar
técnicas dispersivas em bastante profusão, pois isso tanto defende o paciente de eventuais
mal-estares após o passe como literalmente protege o passista por predispô-lo a auto
rearmonização à medida em que assim age.
Uma outra observação é de que passes para recuperar passista em fadiga fluídica
devem ser apenas dispersivos porque, devido à fadiga, os centros vitais não conseguem
absorver e introjetar os fluidos, os quais só vedariam ou “sufocariam” mais ainda os centros
em deficiência. Quando já recuperados os centros de força, os passes concentradores
serão aplicados em pequenas dosagens, sempre intercalados com dispersivos. O tato-
magnético deve ser bem usado nesses casos para que se analise com segurança as
reações ás doações fluídicas.
A reflexão mais acurada permite perceber que três explicações sensatas existem:
3 – Pelo semi transe, facultado na hora do passe, o passista assimilou partes do campo
fluídico de alguma(s) Entidade(s) Espiritual(is) que acompanhava(m) o paciente. Pelo
impacto fluídico percebido houve uma desarmonia em seu campo vital, ocasionando
sensações desagradáveis que, por vezes, chegam a ser intensas e demoradas. Neste
caso, a educação mediúnica deverá falar mais alto. Apesar de o fenômeno ter origem no
fator mediúnico, o uso de dispersivos pelo passista no paciente que está trazendo aquela
companhia minimiza e até elimina os efeitos desse “risco”.
Nas crianças devem ser evitados os concentrados fluídicos demorados para não
congestioná-las. Isso porque as crianças tem campos vitais proporcionalmente reduzidos
(Fig.49) os quais, por esse fato, se “encharcam” com facilidade, entrando em congestão
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fluídica rapidamente ou chegando num verdadeiro colapso por falta de “respiração fluídica”.
Não é outra a causa dos chamados “maus-olhados”, “quebrantos”, “olho gordo”, “espinhela
caída”: congestões fluídicas advindas de concentrados fluídicos densos (não
necessariamente maus).
Fica, portanto uma recomendação de alto valor a fim de se evitar transtornos para as
crianças, qualquer que tenha sido a quantidade e/ou quantidade de fluidos que lhe foi
depositada, terminar os passes com vários dispersivos.
Também solicitam atenção especial porque, via de regra, eles precisam de passes
concentradores. Apesar disso, esses devem ser seguidos ou intercalados por
repetidos dispersivos, para que lhes sejam facultados os processos de introjeção e
consequentes congestões.
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As incorporações durante o passe
Devem ser evitadas. Os passistas, para fazerem transitar por seus organismos os
fluidos do Mundo espiritual, não necessitam da incorporação, posto que a captação dos
fluidos espirituais pelos passistas se dá por seus centros vitais principais superiores,
notadamente o coronário e frontal. Além disso, há sempre o risco de manifestar-se, pelo
passista, eventuais desafetos espirituais do paciente. E quando isso ocorre, quase sempre
são lamentáveis as consequências. Se a incorporação começar a se dar no paciente, o
passista deve usar das melhores técnicas dispersivas, ao tempo em que tentará demover o
paciente da manifestação, chamando-o à consciência desperta, recomendando-lhe abrir os
olhos, respirar naturalmente, evitar concentrar-se no que lhe ocorre e não contrair nem
retesar os músculos. Se, apesar dos esforços, a manifestação acontecer, tratar
evangelicamente o visitante, sempre fazendo dispersivos, pois essa técnica irá arrefecendo
o campo de atração magnética e, dessa forma, mais rapidamente o Espírito comunicante se
afastará. Finda a manifestação, faz-se uma série de dispersivos gerais no paciente a fim de
que ele não guarde resquícios fluídicos do envolvimento espiritual. Isso porque esses
resquícios podem ser “movimentados” posteriormente pela própria Entidade comunicante,
favorecendo a que nova imantação se estabeleça e o fenômeno se repita.
Passes à Distância
Mais conhecidos como irradiações, são emissões fluídicas feitas à distância, sem a
presença física do paciente. Muita gente usa fazer relação de nomes de pessoas a serem
atendidas e entrega, coloca ou a envia para que “os outros” façam as irradiações, assim
desvencilhando-se de uma responsabilidade mais direta no processo de ajuda e permuta
fluídica. A eficiência das irradiações nesse método é deveras questionável. O ideal é que o
paciente saiba do atendimento à distância e que na hora marcada também esteja em
sintonia, sobretudo, “queira receber” os fluidos, o atendimento, o passe à distância.
O auto-passe
É uma prática muito conhecida, mas que merece reflexões. Enquanto técnica geral de
magnetismo, sua justificativa é questionável. Para ser magnetizador é necessário estar
harmonizado, porém se necessita receber passes é porque está desarmonizado. Logo, um
caso exclui o outro. Mais importante o uso de técnicas de auto-passe é a postura mental e
até psico-fisiológica da pessoa, voltada ao equilíbrio e à harmonização de si mesmo.
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Exercícios
96
Capítulo 11
Recomendações Gerais
Nunca se esgotarão as dúvidas dos que realmente pesquisam, assim como nunca
deixarão de aprender os que se empenham na busca da verdade. Aqui colocaremos
algumas recomendações:
Para os pacientes
Aos passistas
Recomendações Gerais
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fraternidade, humildade, compreensão, carinho e perdão, de auto-doação, de servir
e, sobretudo, de amar, é que é o mais importante de tudo.
Exercícios
1) Comente algumas recomendações que você acha importantes para os pacientes.
2) Algumas recomendações devem ser consideradas pelos passistas. Comente
algumas delas.
3) Quanto às recomendações gerais, cite e comente algumas delas
99
Capítulo 12
A Água Fluidificada
A água fluidificada, também chamada água magnetizada, de forma alguma pode ser
considerada como uma variante da água benta dos católicos e muito menos uma panaceia
que a tudo se aplica. Tomá-la pelo simples fato de “adquirir bênçãos” ou porque “ingerir
fluidos” faz bem, é não perceber a gravidade que o processo envolve nem como atuam as
trocas, renovações e estabilizações fluídicas por ele patrocinadas.
Via de regra, a água fluidificada tem sido empregada como complemento de terapias
fluídicas, psíquicas e/ou mediúnicas.
Como coadjuvante das terapias fluídicas, sua ação é de fundamental importância. Seja
pelo processo de assimilação pelos órgãos, de uma forma mais direta de suas cargas
fluídicas, seja pela manutenção ou complementação de cargas fluídicas entre os períodos
que intermedeiam os retornos aos passes, a ingestão da água fluidificada corrobora para
uma elevação bastante significativa nos níveis de melhora dos tratamentos em relação
àqueles outros que não a empregam.
Diante da facilidade que a água apresenta para assimilar projeções fluídicas, nada
mais conveniente do que utilizá-la como auxiliar nos processos de cura.
100
de todas as magnetizações intermediárias é a que produz efeitos mais surpreendentes e
mais úteis à saúde.
Tipos de Fluidificação
- “A água pode ser fluidificada, de modo geral em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em
caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja
pessoal e exclusivo.”
101
104. Existem condições especiais para que os Espíritos amigos possam fluidificar
a água pura, como sejam as presenças de médiuns curadores, reuniões de vários
elementos, etc.?
Emmanuel coloca muito claro que para fluidificar a água não há necessidade de
médiuns curadores, pois os Benfeitores espirituais irão colocar os fluidos salutares na água
para que ela sirva de medicamento para as pessoas.
Basta que se coloque o(s) recipiente(s) com a água para fluidificar, em lugar
determinado para tal tarefa, e se solicite aos Espíritos, por prece sincera, que providenciem
a fluidificação da água ali depositada.
102
“O Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele
opera uma transmutação por meio do fluido magnético que (...) é a substância que mais se
aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal. Ora desde que ele pode operar uma
modificação nas propriedades da água, pode também produzir um fenômeno análogo com
os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente
dirigida”. (Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, cap 8, item 131).
1) Geral – é aquele que não tem uma particularidade a ser tendida que não seja a de
renovar ou fortalecer o campo fluídico do paciente. A água fluidificada, segundo
essa adjetivação, usualmente, pode ser sorvida, por qualquer pessoa fazendo
melhor efeito naquela que absorver os fluidos ali contidos com mais fé e confiança
no tratamento. (Fig. 52)
Fig. 51 – Água magnetizada para ser distribuída aos pacientes após a reunião
doutrinária
Recomendações
2) Específico – é aquele que tem destino e objetivos bem específicos, tanto em termos
de paciente como para atendimento de determinados problemas. Na maioria das
vezes, essa fluidificação é magnética, mas o Mundo Espiritual está sempre presente.
A água fluidificada específica, salvo as exceções, não dever ser sorvida por quem
não esteja diretamente indicado para tal (Fig. 52). Esse cuidado é recomendado por
103
não sabermos exatamente que substâncias ou psi-sensibilidades ali estão
depositadas e, portanto, desconhecemos até que ponto o concentrado fluídico
poderá ou não desaguar em desarranjos ou desarmonias de variada performance a
quem, inadvertidamente, bebê-la.
Recomendações
Mecanismo de Ação
- Além de ingerir, vários casos de feridas de difícil cicatrização são melhor tratadas
usando a água magnetizada para lavá-las. Há ainda quem faça gargarejo (para problemas
de garganta), aplicação, fricção nas pernas (para alívio de edemas) e outros.
- Quem não gosta de beber água natural, pode aquecer a magnetizada e toma-la
com chá, com adoçante ou açúcar, conforme o caso, ou deixar gelar para fazer suco, de
forma que seja sempre seguida a orientação (posologia) que os magnetizadores indicarem.
- Para os casos em que o paciente necessita de fluidos novos, mas encontra-se com
os seus centros de força sem boas condições de assimilação, a água energizada, será de
grande ajuda.
A água magnetizada não é uma panaceia, mas ajuda em muitas coisas, inclusive em
estados emocionais e espirituais, muito mais do que se costuma imaginar
Considerações importantes
Segundo Deleuze, a água magnetizada a ser ingerida pelo paciente deve estar
magnetizada sempre pelo mesmo magnetizador que tenha realizado o tratamento. Isto é
uma consequência do princípio estabelecido, de que um enfermo não deve ser magnetizado
por pessoas que não estejam em relação com o primeiro magnetizador, e de que não
possuindo os fluidos dos diversos indivíduos a mesma qualidade, e não trabalhando da
mesma forma, não se deve misturar sua ação.
Parece que a água magnetizada não exerce nenhuma influência sobre as pessoas que
não tenham estado na presença do magnetizador, em geral, somente produz efeitos bem
105
marcados depois de duas ou três sessões de magnetismo. Para que o fluido do
magnetizador atue sobre o enfermo, é preciso que se estabeleça a relação fluídica, e esta
somente se estabelece pela manipulação direta e imediata.
Ainda não se sabe quanto tempo a água magnetizada conserva suas propriedades;
mas sabe-se que as conserva por vários dias, depreendendo-se de numerosas observações
que duram algumas semanas.
Importante advertir que há pacientes sobre os quais a água magnetizada parece não
ter ação alguma, mas são muito poucos.
Magnetização da Água
Importante abordarmos esta questão. É muito comum ouvirmos dizer que não é
necessário que alguém imponha as mãos sobre a água pois são os Espíritos que fluidificam
a mesma. Jacob Melo diz: “Supondo que isso seja real, fica a crucial dúvida: então será que
os Espíritos não sabem magnetizar águas? A dúvida é pertinente em face do pouco alcance
de líquido por eles magnetizado – chamado de fluidificação por essa mesma maioria. Nessa
mesma avaliação encontramos um conjunto de resultados muito mais favorável quando as
águas são magnetizadas por magnetizadores. Por que será?”
Allan Kardec nos oferece no capítulo 8 de O Livro dos Médiuns, item 131:
“Esta teoria nos fornece a solução de um fato bem conhecido em magnetismo, mas
inexplicado até hoje; o da mudança das propriedades da água, por obra da vontade. O
Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele
opera uma transmutação por meio do fluido magnético, que como atrás dissemos, é a
substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal. Ora, desde
que ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um
fenômeno análogo com os fluidos do organismo donde o efeito curativo da ação magnética,
convenientemente dirigida”.
Em A Gênese, no item “Curas”, item 31, Kardec anotou: “A cura se opera mediante a
substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois
na razão direta da pureza da substancia inoculada; mas, depende também da energia da
vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto
maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje
realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são
quais sustâncias medicamentosas alteradas”.
Não basta, portanto, estender as mãos para que as “coisas”, magneticamente falando
aconteçam. É preciso direcionamento e finalidade.
Técnica de Magnetização
106
Como técnica requerida, o magnetizador pode estender sua mão, em direção ao
recipiente com a água, concentrar seus esforços e emitir os seus fluidos, contando com um
Espírito que o assista, desde que saiba atraí-lo pelas suas intenções e sentimentos.
Deleuze orienta da seguinte forma: “Para magnetizar a água, se torna a vasilha que a
contém, passando as duas mãos ao longo do recipiente e cima para baixo. Introduzimos o
fluido pela boca do recipiente colocando várias vezes na mesma os dedos em ponta.”
Magnetiza-se um copo com água pegando-o com uma das mãos, enquanto com a
outra projetamos o fluido sobre ele.
Além disso, os cuidados com a conservação da água devem ser tomados, não só no
que se refere à higiene material, preservando-a quanto à presença de poeira ou de insetos,
como também no que se refere ao ambiente mental onde o recipiente será guardado,
resguardando-o de lugares onde as emanações fluídicas negativas existam, provenientes
das nossas palavras, pensamentos e sentimentos negativos.
Posologia
A água magnetizada deve ser empregada como acessório de todo tratamento para
auxiliar a ação magnética direta.
A água deverá ser tomada em estado de prece, porque a oração fará com que o
padrão vibracional do paciente se eleve além do padrão convencional em que ele tem
respirado durante suas crises, melhorando os contatos com os níveis mais elevados da
alma, do eu profundo, e dos companheiros espirituais mais nobres. Estes, certamente,
dispondo de um melhor acesso ao seu tutelado, poderão leva-lo a perceber melhor as
inspirações e intuições mais nobres da vida.
Observações complementares
1. Nas suas experiências com sementes de cevada, Grad fez o seguinte: substituiu
humanos por plantas e animais, para evitar o efeito placebo. Colocou sementes de
108
cevada de molho em água salgada (retarda o crescimento), com objetivo de criar plantas
doentes. Pediu a um curador psíquico (um passista) que fizesse imposição das mãos
sobre a água salgada (água tratada), num recipiente, que seria usada para a germinação
das sementes. As sementes foram colocadas em água salgada (tratada pelo passista e
não tratada). Foram colocadas de seguida numa estufa, onde o processo de germinação
e crescimento foi acompanhado. Bernard Grad verificou que as sementes submetidas à
água tratada pelo passista germinavam com maior frequência do que as outras. Depois
de germinadas, as sementes foram colocadas em potes e mantidas em condições
semelhantes de crescimento. Após várias semanas, e de acordo com uma análise
estatística, as plantas regadas com a água tratada eram mais altas e tinham um maior
conteúdo de clorofila. (Medicina Vibracional, Ed. Cultrix, Richard Gerber, 1997).
Ainda numa outra experiência: Grad analisou a água quimicamente para verificar se
a energização (através do passe pela imposição das mãos) havia provocado alguma
alteração física mensurável. Análises por espectroscopia de infravermelho revelaram a
ocorrência de significativas alterações na água tratada pelo passista... o ângulo de
ligação atómica da água havia sido ligeiramente alterado... bem como diminuição na
intensidade das ligações por pontes de hidrogénio entre as moléculas de água... e
significativa diminuição na tensão superficial.» (Gerber, 1997).
A água é uma substância muito maleável. Sua forma física se adapta facilmente a
qualquer ambiente. Mas sua aparência física não é a única coisa que muda: sua forma
molecular também se altera. A energia ou as vibrações do meio ambiente mudarão a
forma molecular da água. Neste sentido, não somente a água tem a capacidade de
refletir visualmente o meio ambiente, mas ela reflete este meio ambiente também a nível
molecular.
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Exercícios
1) O que é água fluidificada?
2) O que torna a água tão importante na fluidoterapia espírita?
3) Quais os tipos de fluidificação? Defina cada um deles
4) Quanto aos objetivos da água, como podemos classifica-los?
5) Qual o mecanismo de ação da água magnetizada?
6) Cite algumas indicações da água magnetizada
7) Quais os efeitos da água magnetizada em uma pessoa que não está sendo
acompanhada pelo magnetizador? Explique
8) De acordo com o que você entendeu neste capítulo, como se faz a magnetização
da água?
9) Quantas vezes podemos tomar água magnetizada e como é definida essa
frequência?
10) Quais os cuidados que devemos ter ao escolher os vasilhames que irão conter a
água magnetizada?
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Referências Bibliográficas:
- KARDEC Allan. O Livro dos Espíritos, 1ª ed. São Paulo, PETIT, 1999
- _________, O Livro dos Médiuns, 22ª ed. São Paulo, LAKE, 2002
- MELO Jacob, O Passe Seu Estudo Suas Técnicas Suas Práticas, 11ª ed. Rio de
Janeiro, FEB, 2000
- _________, Manual do Passista Curando pelo Amor e pelo Magnetismo, 4ª ed. Natal,
VIDA E SABER, 2004
- GENTILE Salvado. O Passe Magnético, 6ª ed. São Paulo, MUNDO MAIOR, 2002
- ARMOND Edgar. Passes e Radiações Métodos Espíritas de Cura, 5ª ed. São Paulo,
ALIANÇA 2013
- GERBER Richard. Medicina Vibracional uma medicina para o Futuro, 1ª ed. São Paulo,
CULTRIX 1992
Sites:
www.camilleflammarion.org.br
www.espirito.org.br
111
www.cvdee.org.br
www.infoescola.com
www.tdmmagnetismobatuira.blogspot.com.br
Artigos:
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