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Sistemas de Informação
Geológica
Amândio Cordeiro
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Desde o alvôr das primeiras civilizações, a exploração da terra e mais tarde a gestão
planeada dos recursos naturais, assim coma as necessidades político-económicas dos
estados , conduziu a um cada vez maior ordenamento da informação, para um melhor
conhecimento dos condicionalismos a que aquela exploração sempre se encontrou
sujeita.
Nesse sentido, as cartas geográficas e topográficas têm sido utilizadas, desde a sua
concepção, para visualizar informação sobre a superfície terrestre. Navegadores,
agrimensores e militares têm utilizado cartas e mapas representando a distribuição
espacial de elementos geográficos importantes. A topografia e a cartografia
constituiam uma parte integrante da governação romana. Com o declínio do império
romano a topografia e a realização de cartas declinaram igualmente, durante aulgumas
centenas de anos, durante a longa “noite medieval”.
Foi só a partir do século XVIII que a cartografia foi retomada a mais alto nível na
Europa à medida que os governos constatavam a sua importância como um meio de
registo e de planeamento da utilização dos seus territórios. Instituições nacionais foram
encarregadas de produzirem coberturas inteiras desses territórios. Deste modo foram
elaborados mapas e cartas de carácter geral, mostrando o relevo e os limites nacionais
e das unidades administrativas. Com o desenvolvimento do estudo dos recursos
naturais também cresceu a utilização de cartas temáticas representando a distribuição
espacial de ocorrências de carácter geológico, morfológico, de tipos de solos,
vegetação, etc.
de formatos sem escala, a fim de que as mesmas possam ser facilmente lidas. Áreas
cuja extensão excedam à escala o âmbito de uma carta maneável devem ser
apresentadas em várias partes (divisão em folhas). Os problemas surgem quando as
ligações entre as cartas não se conjugam nas suas margens e quando áreas de interesse
se dividem por mais de uma carta. Frequentemente estes problemas resolvem-se
deslocando a área das cartas de modo a obter um melhor ajuste. Para aplicações mais
críticas pode ser necessário uma nova divisão cartográfica.
Ainda no início dos anos 60, o Laboratório Gráfico de Harvard foi um dos grupos de
pesquiza mais activos no desenvolvimento de programas de análise cartográfica. Os
primeiros programas (SYMAP, GRID e IMGRID) foram elaborados de forma a
fornecer os mesmos procedimentos dos métodos manuais, mas com maior rapidez e
flexibilidade. O acelerado desenvolvimento da informática nas últimas duas décadas
permitiu aos sistemas de informação geográfica libertarem-se mais rapidamente dos
antigos sistemas, criando-se os SIG actuais com capacidade de tratamento cada vez
mais complexo.
Com efeito, o mesmo não se passa com os dados rasterizados, fornecidos pelos
sensores da área da Teledetecção, onde uma enorme massa da dados captados pelos
Satélites de Observação da Terra (Landsat, Spot, etc) conserva-se adormecida em
milhares de bandas magnéticas e mesmo suportes fotográficos, digitalizáveis. Daí a
necessidade de desenvolvimento de novos SIG onde seja cada vez mais fluido o
intercâmbio entre o domínio vectorial e raster, de par com o tratamento da informação
dentro do domínio raster.
2. O QUE É UM SIG ?
O termo SIG (SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA), na sua moderna vertente
computacional, é compreendido, à partida, como um produto informático (software) à
venda no mercado e que proporciona aos utilizadores a exploração de dados
multisectoriais, de múltiplas origens e de diversa natureza.
O campo dos SIG é caracterizado por uma grande diversidade de aplicações e consiste
em juntar ideias desenvolvidas em muitas áreas, incluindo áreas de agricultura,
botânica, computadores, economia, matemática, fotogrametria, estatística, zoologia,
geologia e claro, geografia, só para enumerar alguns. Inevitavelmente é difícil de
distinguir entre reinvidicações de várias organizações e indivíduos, uma vez que todos
querem estar representados num campo tão vibrante e lucrativo.
Todos juntos, estes factores têm conspirado para ofuscar um assunto que raramente
tem sido discutido satisfatoriamente ou analisado com detalhe. No entanto, os
indivíduos e organizações que trabalham com os SIG têm-se dedicado a desenvolver
novos métodos a aplicar o sistema a problemas concretos.
Embora correcta, a definição atrás referida, ela não permite distinguir os modernos e
potentes SIG, funcionando em plataformas computacionais de grande capacidade e
velocidade operacional, dos antigos métodos baseados no desenho temático e
estaremos sem dúvida mais próximos do que pretendemos abordar, deixando contudo
de definir a sua principal razão de ser. Assim, propomo-nos acrescentar o seguinte:
Em conclusão, não seria demasiado vaticinar uma cada vez menor utilização da
cartografia clássica como base de tratamento da informação geográfica, dada o seu
carácter demasiado geral, limitado e estático , imposto pela facilidade de utilização e
leitura por uma grande generalidade de potenciais utilizadores, em favor dos modernos
e cada vez mais sofisticados Sistemas de Informação Geográfica.
INICIATIVA SIG
OBJECTIVOS INFORMAÇÃO
DECISÃO
QUADRO INSTITUCIONAL
NÚCLEO COMPUTACIONAL
Re-alimentação
4. COMPONENTES DE UM SIG
Esta fase inicial do processo tem como objectivo essencial o carregamento do sistema,
convertendo todo o tipo de dados no seu formato original para um formato utilizável
pelo SIG que se pretende implementar.
O lado positivo destes atributos possui obviamente um preço. É também evidente que
o objectivo a atingir, em qualquer circunstância e do lado do investidor, é a melhor
relação utilidade/preço, integrando aqui o termo utilidade a qualidade, a fiabilidade e
a inteligibilidade.
SUPORTES
⇒ Estações individuais.
⇒ Operadores
⇒ Gestores de Sistemas.
1
Sistema formado por uma plataforma informática (Servidor) com capacidade de “coordenar” vários
terminais (Monitor+Teclado) designados por “clientes”, utilizando em comum os mesmos programas.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
⇒ Informática
⇒ Cartografia
⇒ Implementação do SIG
⇒ Análise Espacial
SISTEMA
MÓDULOS
SISTEMA
OPERATIVO
BIOS
São cada vez mais frequentes os sistemas que combinam sobretudo as duas últimas
opções, se bem que as linhas de comando continuem a ser utilizadas para activar
funções menos correntes.
5. SIG e CAD
É frequente tomarem-se os correntes Sistemas CAD(1), utilizados no apoio ao desenho
de projectos e à cartografia digitalizada, por Sistemas de Informação Geográfica. Um
CAD, tal como um SIG, é também um sistema que trabalha com dados
georreferenciados. Pode executar muitas das operações de um SIG. Mas o que
distingue um SIG dos outros sistemas é a possibilidade de integrar dados
1
CAD - Computer-Aided Design
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
Outro aspecto que distingue um SIG de outros sistemas é gerar relações entre as
diferentes entidades espaciais possibilitando uma melhor análise espacial, assim como
fornecer a capacidade de modelar diversos tipos de operações.
Constata-se portanto no Quadro 6.1 que nenhuma das actividades indicadas se encontra
directamente relacionada ou é da responsabilidade do Engenheiro Geógrafo. A grande
responsabilidade deste técnico é basicamente a alimentação e manutenção da Base de
INFORMAÇÃO
ESPECÍFICA
GESTÃO
URBANIZAÇÃO
AMBIENTAL
USO
E OCUPAÇÃO
SIG APROVEITAMENTO
ENERGÉTICO
DO SOLO
BASE DE DADOS
GEOGRÁFICOS
VIAS DISTRIBUIÇÃO
DE DE
COMUNICAÇÃO PRODUTOS
INFRASTRUTURAS
DIVERSAS
CARTOGRAFIA
TELEDETECÇÃO
DIGITAL
CAPÍTULO II
AQUISIÇÃO DE DADOS
7. FONTES DE INFORMAÇÃO
Esta última caracterização dos dados, ao nível da aquisição, é a que possui uma
influência determinante da qualidade/fiabilidade dos dados de saída. Passamos a
abordar as duas primeira caracterizações, dado que os atributos já foram referidos na
introdução.
A aquisição de dados pelo modo indirecto incide sobre informação existente. Ex.:
mapas, cartas, tabelas, relatórios de amostragens eventualmente realizadas para outros
fins.
Neste caso é necessário saber mais alguma coisa sobre as fontes de dados, por
exemplo, entre outros:
• o processo de aquisição
• a precisão dos dados
8.2. FORMATO
Considerando que os dados que se pretende adquirir se apresentam num dado suporte
material, esses dados podem apresentar-se sob três formas: em modo linear (vectorial),
em modo matricial (raster) ou ainda sob a forma de tabelas (informação alfanumérica).
A fotografia aérea tem sido o método mais comum e convencional; porém, desde 1972,
com o lançamento do primeiro Satélite de Observação da Terra, o LANDSAT, que as
Imagens Via Satélite (IVS) se tornaram largamente disponíveis com o aumento
progressivo da sua resolução espacial. Esta evoluiu desde os 79 m iniciais (MSS-
Landsat) ao recente 1 metro do Satélite IKONOS, passando pelo sistema SPOT (10 m
em Pancromático), pelos 5.8 m nominais das imagens no espectro visível
(pancromático) do Satélite IRS-1, da União Indiana, e, mais recentemente (1998) as do
1
Pixel: Abreviatura anglo-saxónica de “Picture Element”.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
As imagens em formato matricial podem ser utilizadas num SIG, sem que estas
necessitem de ser previamente tratadas, levando quando muito em consideração o
sistema de projecção a que foram referidas.
Porém, neste caso uma dificuldade aparece: torna-se impossível utilizá-las com o
objectivo de fazer uma referenciação espacial dos objectos, uma vez que numa imagem
deste tipo não existem elementos espaciais como pontos, linhas e polígonos, de um
modo explícito.
Outro factor desfavorável nas imagens digitais relaciona-se com o seu armazenamento:
podem frequentemente ocupar dezenas e mesmo centenas de megabytes, pelo que
requerem uma grande capacidade de armazenamento apesar do aumento cada vez
maior desta capacidade em todo o tipo de plataformas computacionais existentes no
mercado.
Com efeito, tal como para o uso crescente do varrimento digital, o problema tem vindo
a ser atenuado pela cada vez melhor qualidade e menor preço das plataformas e dos
sistemas, em que o aumento da capacidade de armazenagem, em disco, também tem
acompanhado a crescente resolução das imagens de satélite. De qualquer modo é uma
realidade o uso cada vez mais frequente de imagens digitalizadas (matriciais) em
Sistemas de Informação Geográfica.
9. CARREGAMENTO DA INFORMAÇÃO
9.1. PROCEDIMENTOS
9.2. TECLADO
É um método que tem tido uma utilização cada vez menor no carregamento de
informação de carácter espacial, em particular, de cartas. Para tal é fixada a carta sobre
uma mesa (digitalizadora) onde um operador move manualmente um sistema
integrador, o rato informático, com um cursor que percorre os traços e os pontos da
carta a digitalizar.
Fig. 9.1 - Rato Fig. 9.2 - Scanner Fig. 9.3 - Mesa digitalizadora
A que se verifica hoje em dia é a tendência cada vez maior para a utilização das
técnicas de varrimento digital, uma vez que, sendo automático, ele é muito mais rápido
e requer muito menos meios humanos especializados de produção, contrariamente ao
que acontece na digitalização manual.
CAPÍTULO III
10. INTRODUÇÃO
Sempre que a resolução de um problema ou a informação sobre um determinado
domínio do conhecimento exija o manuseamento de um grande volume de dados,
impõe-se um certo grau de organização de toda a informação envolvida. Ao conjunto
assim minimamente organizado dá-se a designação de Base de Dados ou seja: um
sistema de armazenamento de dados, organizados segundo critérios bem
definidos, e com o objectivo de descrever o mundo real. A uma Base de Dados
corresponde assim um modelo do mundo real, parcial e virtualmente descrito, ou seja:
a uma descrição lógica dos objectos e das relações entre esses objectos. A
representação a ser obtida dependerá necessáriamente de instrumentos, eventualmente
plataformas computacionais, e da concepção do sistema.
Como foi referido anteriormente (Sec. 4.1.2), o Sistema de Base de Dados engloba:
Na realidade esta divisão é, em muitos casos, teórica, dado que a Base e o sistema de
Gestão são praticamente indissociáveis: a organização da Base de Dados é garantida
pelo Sistema de Gestão.
SISTEMAS DE
SISTEMAS BASES DE DADOS
DE FICHEIROS
FICHEIROS
MANUAIS
AGENDA
1
Impropriamente designado tambem por Acesso Aleatório
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
FICHEIRO RELAÇÃO
REGISTO OBJECTO
CAMPO CARACTERÍSTICA
Os dois primeiros atributos tem mais a ver com factores externos ao Sistema, enquanto
que os últimos três se encontram mais relacionados com factores internos, em geral
dependentes dos meios utilizados.
14.1. EVOLUÇÃO
Segundo PEREIRA (96)1 a recente evolução das Base de Dados pode ser concebida
por ter passado por 3 gerações; a saber:
1
PEREIRA, J.L., 1996, Tecnologia de Base de Dados, FCA Ed.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
Após o lançamento dos princípios que regiam as Base de Dados Relacionais, assistiu-
se ao surgimento de sistemas de base de dados com algumas alterações relativamente
às anteriores concepções, mas reclamando-se desse estatuto. Este facto levou ao
estabelecimento das chamadas Doze Regras de Codd, o seu autor.
1
CNIG - Manual para a Exploração de Sistemas de Informação Geográfica - Vol.V.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
ATRIBUTOS
Grau da relação
d) Os tuplos devem ser todos distintos entre si, ou seja, não podem existir, na
mesma relação, dois tuplos com as mesmas ocorrências de atributos.
Em contrapartida não é imposta a uma relação qualquer ordem na sequência dos seus
tuplos.
Pelo exposto podemos referir as vantagens dos modelos relacionais relativas aos
modelos da fase pré-relacional:
1
PEREIRA, J.L., (96), obra citada.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
CAPÍTULO IV
Comercialmente, existem dois exemplos que mais representam essas duas orientações
de linguagens que dialogam com as bases da dados relacionais, a saber:
Originalmente desenvolvida pela IBM Corp.,. aplicando mais tarde o resultado das
pesquisas no DB2, esta linguagem foi rapidamente adoptada por outros construtores
que desenvolveram as suas próprias versões e extensões. À partida, o facto de a IBM
ter sido a percursora, propondo-a como referência estandardizada, foi a principal razão
do seu sucesso, tendo o primeiro produto relacional a utilizar o SQL sido avançado
pela SGDB Oracle, e não pela IBM. Recentemente, sujeita a revisão como referência,
as novas especificações foram designadas por SQL92, preparando-se já uma nova
versão com funcionalidades características das linguagens Orientadas para Objectos
(OO)1.
1
Excertos de J.L.Pereira, 1996, Tecnologia de Base de Dados, FCA Ed., Lisboa.
1
Melton,J., and Simon, A.R., Understanding the new SQL: A complete guide, Morgan Kaufmann, 1993.
2
Segundo Korth, H.F., and Silberschatz,A., 1991, Database System Concepts, McGraw-Hill Book Co.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
4. Quais os clientes que residem na mesma localidade das agências onde possuem
contas?
SELECT Clientes.*
FROM Clientes, Agencias
WHERE Clientes.localidade = Agencias.localidade
Trata-se de uma questão que envolve a junção de tabelas Clientes e Agencias
sobre um atributo localidade.
Nota: Eventuais ambiguidades são evitadas, quando colunas de diferentes
tabelas possuem identificadores iguais, associando a esses atributos a
identificação da respectiva tabela.
Exemplo 1:
UPDATE Contas
SET saldo = saldo + 1000
FROM Contas
WHERE cod_cliente = ´1234´)
WHERE num_conta = ´12345678´
Operação que introduz uma simples actualização do valor de uma coluna numa
linha da tabela Contas.
Exemplo 2:
SET saldo = ( SELECT MAX (saldo)
FROM Contas
WHERE cod_cliente = ´1234´)
WHERE cod_cliente = ´1234´
Nesta operação o cliente nº 1234 foi “premiado” com a elevação do saldo de
todas as suas contas ao valor do seu maior saldo.
Neste exemplo várias linhas são removidas da tabela Clientes, os clientes que
possuiriam contas na agência nº123.
Nos sistemas relacionais o dicionário encontra-se organizado por tabelas, podendo ser
consultado da mesma forma que os dados. Do mesmo modo que a manipulação de
dados é feita com instruções específicas designadas por LMD, assim a definição de
dados é efectuada pela respectiva linguagem, a LDD.
Uma das principais funções da LDD é criação de tabelas com os seus atributos e
domínios respectivos assim como a especificação das restrições de integridade que
condicionam a manipulação. A especificação de domínio de cada atributo consiste
em definir o tipo de dados que irá caracterizar as suas ocorrências. As especificações
admitidas pela SQL92 são, principalmente: INTEGER, DECIMAL, DOUBLE
PRECISION, FLOAT, CHAR, VARCHAR, BIT, DATE, TIME, TIMESTAMP,
SMALLINT, etc.
cod_aluno CHAR(5)
nome_aluno CHAR(40)
PRIMARY KEY (cod_aluno, nome_aluno)
Uma terceira declaração importante é a restrição UNIQUE que também determina a
não repetição de ocorrências. Por este motivo as colunas sujeitas a esta restrição
constituem chaves candidatas:
peso INTEGER,
classificação SMALLINT,
sexo CHAR(1),
CHECK (peso > 50),
CHECK (classificação BETWEEN 0 AND 20),
CHECK (sexo IN (´F´, ´M´))
ON UPDATE CASCADE
ON DELETE SET NULL )
Onde “< especificação >” pode ser do tipo: (SELECT * FROM Docentes WHERE
cod_dep = dmat). Enquanto estiver activa, uma view é tomada como um tabela real e,
portanto, passível de ser requestionada como tal. A instrução DROP aplica-se
igualmente à eliminação de uma view existente. Finalmente, sob certas condições
expressas, a modificação de uma view pode ser repercutida sobre as tabelas afectadas,
podendo assim ser utilizada para actualização das tabelas.
Dado não existir um padrão para as QBE, os interface adoptados variam bastante de
sistema para sistema. Em todo o caso, na base de qualquer interface QBE estão as
grelhas correspondentes a esquemas de relações, sendo a interacção com o sistema
feita através do preenchimento dessas grelhas com valores, variáveis, expressões e
marcas especiais. No exemplo apresentado mais adiante utiliza-se a notação QBE do
sistema DB2 da IBM Corp.
1
idem.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
figurar no resultado final faz-se colocando marcas “P.” nos espaços da grelha,
correspondentes a esses atributos. Assim, consideramos a seguinte relação:
A questão “quais os alunos (número e nome) com média final igual a 14?” seria
colocada em QBE (em DB2) da seguinte forma:
Alunos a b c d e
numero nome curso média ano_finalização
P. P. > 14
Este interface é muito fácil de utilizar, contudo as questões terão que ser relativamente
simples. Existem no entanto questões, como por exemplo as que em álgebra relacional
implicam a utilização da operação divisão, que não podem ser colocadas utilizando
este interface.
USE alunos
DISPLAY ALL FIELDS numero, nome FOR media > 14.
Dado o sucesso obtido com os dBase, têm surgido no mercado outros produtos como o
Clipper, que concebeu o primeiro compilador para o dBase, ou o FoxPro da Fox
Software. Estes produtos têm em geral de comum o mesmo tipo de formato de
ficheiros (“ *.DBF ”).
18.1. CONTEXTO
É neste contexto que surge o conceito e arquitectura de Data Warehouse, proposto por
W.H.Inmon3 e que tomamos a liberdade de traduzir como Entreposto de Dados, que
pode ser definido como uma base de dados para apoio à decisão, lógica e fisicamente
1
J.L.Pereira, 1996, Tecnologia de Base de Dados, FCA Ed., Lisboa.
2
Segundo Ana Lucas (FCUL), 1996, in Prólogo, Tecnologia de Base de Dados, FCA Ed., Lisboa.
3
Idem.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
⇒ Dados complexos.
⇒ Dados semanticamente ricos.
⇒ Representações de formas elaboradas de conhecimento.
⇒ Transacções com duração relativamente grande.
⇒ Registo da evolução dos “objectos” modelados.
1
Se bem que, progressivamente, tenha sido compensado pela integração, nos sistemas, de módulos de
leitura e reformatação de dados oriundos de sistemas concorrentes.
2
J.L.Pereira, 1996, idem.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOLÓGICA
Apesar de, na prática, se confundir uma Base de Dados e o seu Sistema de Gestão,
suportado por uma Linguagem com regras bem definidas, existe, no modelo orientado
para objectos uma diferença bem marcada entre Linguagens de Programação e Bases
de Dados, apesar destas terem sido determinadas pelas primeiras. Não havendo
diferença fundamental entre os objectos lidados por umas e outras, o que destaca as
Bases de Dados é o facto desses mesmos objectos poderem persistir após a sua criação,
levada a cabo pelas linguagens e “existentes” apenas durante a execução do programa,
para alem das suas características correntes, como Base de Dados, ou seja: integridade,
controlo da concorrência, segurança de acessos, recuperação e tolerância a falhas.
Por último, um outro conceito leva à caracterização inequívoca de cada objecto, com a
definição de um identificador único, inalterável e não reutilizável, independentemente
do momento em que foi criado (sem data), o OID (Object IDentifier). Dois objectos
em tudo iguais (mesmo estado) podem (e devem) ter identificadores diferentes,
correspondendo cada um a objextos distintos da realidade. O identificador único não
impede que um objecto possa ser modificado, mesmo nos seus atributos chave.
Todas estas propriedades das Bases de Dados Orientadas para Objectos não impede
que se possa sempre aceder a um objecto que corresponda a uma dada condição, assim
como a todo um conjunto de outros objectos referenciados pelo primeiro. Este é o
princípio fundamental que permite todo e qualquer tipo de Inquirição.