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,.CARVALHO, José Murilo de.

A formação das almas: o imaginário da


República do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, In: As Proclamações.

 José Murilo de Carvalho (1990::36) aponta as diferentes visões referente


a proclamação da República na forma de questionamentos ao longo da
obra.
Deodoro: A República Militar
 Autor aborda uma definição de quem seriam os deodoristas, ou seja,
oficiais da alta patente no exército. Estes oficiais desejavam derrubar o
regime anterior (Império) porque era dominado por uma elite
bacharelesca que havia conseguido poder e prestígio na política. (p38-
39)
Benjamin: a República sociocrática
 Benjamin é apontado como idealizador da República. Havia uma divisão
entre as correntes democrática e sociocrática. Democrática:
representativa americana e Sociocrática: (positivistas) contra a
democracia representativa adeptos á implementação da ditadura
republicana. (p40-41)
Teixeira Mendes
 Atuação de Benjamin no dia 15 de novembro deveria ser mostrado que
ele era sustentado moralmente pela família e impulsionado pela pátria
ao serviço da humanidade. (p45)
Quintino Bocaiúva: A República Liberal
 Bocaiúva na qualidade de representante de todos os civis em 1889:

-divergência dentro do PRR quanto a metade na mudança de regime.


-Bocaiúva representando os civis como líder do PRR
-Presença militar foi fundamental para legitimar o golpe de 15 de novembro.
(p49-50)
CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas
da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. In: Negócios
da escravidão- Inquérito sobre uma sublevação de escravos.,

 À espera de compradores, Bonifácio lidera escravos na propriedade de


Veludo (p29)
 Motivo da insurreição escrava na loja: escravos não queria ser vendido
para Atitude comum de escravos pressionar senhores para não serem
vendidos pata o interior onde seria muito mais difícil a vida. (p30)
 Fazendas no interior. Na urbe tinham possibilidades de se manter como
escravos de ganho. (p31)
 Lei 10/6/1835: Escravo enquadrado por espancamento. Proprietário da
loja de escravos contratava advogado na defesa do escravo agressor
com o objetivo de salvar o dinheiro investido na compra do escravo.
(p33)
Visões da liberdade

 Crônica “bons dias” simultaneamente uma piada e um ato solene

1.Piada: Período escravista vigente acontecendo surge personagem da elite


alforriando escravo fiel com discurso abolicionista.

2.Ato solene: retórica da elite passando uma visão de um indivíduo


revo9lucionário(p96)

Abolição ocorre em maio de 1888, no caso de Pancrácio (escravo fiel) adquire


status de livre continuando na posição de escravizado.

-Considerações de Chalhoub: Transição de um sistema injusto e opressor para


outro exploratório e competitivo, ou seja, não houve mudança significativa na
vida do homem negro que deixou de ser escravo até os dias atuais.

Cenas da cidade negra

-Os populares do RJ delegaram esta cidade como a que lhes fornecem


alternativas, racionalidades e movimentos que lhe são próprios. Independente
das ações dos sujeitos históricos, a empresa escravista encontrava-se fadada
à ruína quando as primeiras administrações republicanas passaram a coibir
capoeiras, colocando cortiços abaixo em nome d saúde pública e da
modernidade vindas da Europa. Transformações estas feitas na gestão do
prefeito Barata Ribeiro direcionada ao cortiço carioca Cabeça de Porco, visto
pelas autoridades como um antro de depravação. . Neste contexto Chalhoub
com base em outras fontes primárias constata que o início do processo da
favelização ocorreu no período republicano, onde o então prefeito Pereira
Passos colocava em vigor a política de modernização e higienização com a
expulsão dos pobres para a periferia da cidade.

CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados. São Paulo: Companhia das


letras, 1998. Capítulo 1.

-RJ: Capital econômica, política e cultural ocorre mudanças que ocasionou o


final do Império passando pela abolição +a proclamação da República.

1. Alteração na demografia;
 População dobra de 1872 a 1890
2. Desequilíbrio entre os sexos.
 1890:
 Homens estrangeiros eram o dobro das mulheres;
 Sexo masculino 56%;
 Índice de nupcialidade: 26% homens brancos, 2,5 % negros e 3%
consequência do aumento populacional.
 Aumento de pessoas exercendo atividades mal remuneradas.
 1890: 100.000 pessoas em atividades mal remuneradas.
 1906: 200 mil pessoas em situação no limite tênue entre legalidade e
ilegalidade.
 Populares apareciam em laudos policiais da época.
 Em termos de quantidade/qualidade o período aborda problemas de
moradia para os pobres (18)
 1892: Sociedade União dos Proprietários e Arrendatários dos prédios
destacava a falta de moradia aos pobres do RJ. (p18)
 Com o início da República setores mais baixos da população passam
a ter problemas com abastecimento de água e saneamento
resultando na higiene e proliferação de epidemias no RJ.
 No plano econômico/ financeiro teria vindo com a aolição da
escravatura devido aos investimentos na cidade por cafeicultores,
bancos e empresas. Como consequência desse surto, acontecia em
1892 uma inflação geral seguida de preços altos, impostos por conta
da carestia de vida. (p20)
 O custo de vida deve-se a causa pela preferência na implantação do
trabalhador estrangeiro em vez do nacional que ocupavam postos de
trabalho em quase todas as atividades disponíveis. Essa situação
teve início no governo Floriano estendendo-se na gestão de
Prudente de Morais.
 Por volta da metade da década o café até então negociado em
arroba começava a dar sinais de uma crise financeira no país. Crise
esta da qual o Brasil saía no final do governo Campos Salles no
início do novo século (p21).
 A política foi outro aspecto que configurou transformações no RJ:
-perseguição aos capoeiras pela polícia e deportados para Fernando
de Noronha;
-perseguição aos anarquistas estrangeiros (23)
-Movimentação de ideias e mentalidades surgindo então uma
intelectualidade que se apropriavam das vertentes europeias. O
liberalismo e o positivismo já existiam no Império, o socialismo por
um impulso e o anarquismo foi importado. Os positivistas
pressupunham que deveriam exercer certo domínio sobre a nação.
(24)
 No aspecto social os intelectuais que pertenciam a classe média e
artesãos posicionaram-se na política. Para ter êxito, muitos jornais
foram lançados por este setor da população. Eram jornais e
organizações que mostravam ao público e simpatizantes suas
propostas.
 Outro setor do qual iria dar muito que falar mais tarde seriam as
propostas dos anarquistas. (p25)

GUTIERREZ, Ester. Barro e sangue: mão-de-obra, arquitetura e urbanismo


em pelotas 1777-1888. (1993)- Dissertação Negros, Charqueadas & Olarias:
um estudo sobre o espaço pelotense.
Antecedentes

-Século XVIII: Produção charqueadora escravista portuguesa em Pelotas.

-Final do século XVIII: uso corrente de tijolos e telhas de barros nos


estabelecimentos charqueadores no lugar de taipas devido a higienização do
local.

-Século XIX: Parede de tijolos cozidos nas construções derivou emprego da


mão-de-obra escrava, materiais, técnicas e formas utilizadas. Existência de
lacuna na historiografia: não há referência de trabalhadores escravizados
nestas construções qu aumentaram o patrimônio dos senhores na região.

Ponto de vista

-Fronteira meridional, objeto de estudo (Pelotas e seus construtores) “dupla


periferia”.

Problema

-Visibilidade aos construtores urbanos e uma definição das soluções adotadas


pela elite dominante.

Hipótese

Em Pelotas descendentes de europeus ocuparam construções urbana que


tiveram mão-de-obra africana e seus descendentes.

Recorte

-Início dos quatrocentos

-Marco final:1888 (Lei Aurea). Começa com a imaginação, modelo e regras do


europeu para as futuras cidades. O texto segue a cronologia da ocupação
territorial lusa e o ponto final da pesquisa alcançou a escala dos obreiros nos
anos 40 da escravidão. Autora começa falando dos novos projetos e termina
mencionando a morte dos construtores libertos em 1888.

-Assunto da pesquisa: Redescoberta da Antiguidade e do Novo Mundo

Foco

-Explanação do primeiro loteamento que deu origem a cidade de Pelotas:

 Norte Passeio Público ((atual Avenida Bento Gonçalves;

 Sul: Canal São Gonçalo;

 Oeste: Antigo leito do Arroio Santa Bárbara;

 Leste: Rua Fontes (Atual Almirante barroso).


AZEVEDO, Célia Maria. Onda negra, Medo Branco: o negro no imaginário
das elites. Século XIX São Paulo: Paz e Terra, 1987. Jornal Universitário Porto
Alegre, Rio grande do Sul. Agosto de 1988. P6.

Tese da autora: Paradoxo. Revolta escrava em S. Domingue (Haiti) provoca


temor na camada senhorial brasileira nos anos iniciais do século XIX. Como
consequência, preocupam-se com as condições escravistas no sentido de
superar produção escravista, bem como, questões relativas ao trabalho livre.

Medo e repressão

-Medo dos populares gerou retração conservadora.

-1807- a 1835: revoltas escravas urbanas na BA ocasionou mobilização da elite


conservadora à aplicar nos cativos rebelados a lei de 1835. Esta lei punia todo
cativo que ferisse senhores e seus familiares e feitores.

PARTE 1

-Crítica dirigida à literatura do século XIX sobre a questão servil.

-Contingente negro +preconceitos racistas= contratação de trabalhadores


estrangeiros (italianos) nos postos de trabalho da cidade e campo. População
negra descendente de escravos disputava trabalho com imigrantes
estrangeiros.

-Imigrantes + abolicionistas: projeto “branqueamento populacional” colocado


em prática por este grupo sob pretexto de “modernizar o país” varrendo para
debaixo do tapete a mácula do passado escravista.

-Imigrantista substituição do trabalhador negro pelo branco nas cidades e


fazendas, sendo este último, mão-de-obra livre.

-Abolicionista: retórica considerada moderna para os padrões do período que


contribuíram (com ressalvas) para a libertação da escravaria.

Faltam negros

Até 1830 a preocupação da elite nacional concentrava-se na falta de


braços por conta da pressão inglesa anti- tráfico.. Para Célia maria de Azevedo,
a transição do trabalho escravo para o livre derivou de um conluio branco para
que o trabalhador africano ficasse à margem da produção.. O entendimento de
Azevedo (1987) pressupõe do fato de que o problema seria facilmente
resolvido se a massa de livres pobres e es cativos tivessem sidos introduzidos
nos postos de trabalho, tanto que o engenheiro André Rebouças chegou a
mencionar a existência de três milhões de pessoas sewm ofício ou em falta
deste último.
Entre este contingente populacional encontravam-se cativos, mestiços
livres e índios. Mais adiante no texto de Azevedo há comumente duas
situações diferentes são colocadas as quais torna-se pertinente empreender
uma análise: Mercado de trabalho livre + produção rural = adequação do
trabalho conforme o mercado. A segunda situação fica por conta do limiar da
abolição (1888) quando um grnde contingente descendentes de africanos é
considerado trabalhadores livres, porém na prática continuam a receber o
mesmo tratamento que seus antepassados receberam no período escravista..
A partir da década de 1950 estendendo-se até os anos 1970 as concepções
emancipacionistas ligam-se às idéias modernizadoras dos imigrantistas. Estes
grupos sociais encontravam-se no exterior num primeiro momento, chegando
ao Brasil fazem carreira na política e no funcionalismo público mais tarde essa
camada da elite dominante formaria então o início da nacionalidade brasileira,
tendo como único objetivo a total emancipação escrava de modo a colocar o
indivíduo negro como um sub cidadão.

Assim sendo, Azevedo (1987:37) converge com o que acabamos de


expor acima. Assim:

“(...)a partir dos anos 50, ganhando força nos anos 70, os emancipacionistas
aderem às soluções imigrantistas e começam a buscar no exterior o povo
ideal para formar a futura nacionalidade brasileira.” (AZEVEDO,1987).

CHARTIER, Roger. A beira da falésia: a história entre incertezas e inquietudes.


Porto Alegre. Editora Universidade UFRGS, 2002.

Chartier fala sobre as dificuldades enfrentadas pelas ciências sociais no


início da década de 60. A revista Annales afirmava que essa crise ocorria no
campo das ciências sociais enquanto que na história dava mais vida a essa
disciplina. Essas ciências se desenvolvem tendo como objeto e modo de
interpretação a concepção marxista e estruturalista. A sociologia se baseava no
conceito de classe e determinações estruturais para formular hipóteses ao
passo que a história já existia, porém abordava fatos de um ponto de vista
militar. Quando surgem as idéias de Marx a história toma outro rumo
analisando a evolução na perspectiva da luta de classes, fazendo com que a
história ganhasse um papel de destaque nas ciências sociais.

O argumento dos historiadores era que existiam trabalhos que


enveredavam de forma diferente da tradicional, e a história vivia um momento
de renovação porque o campo de trabalho para o historiador havia sido
expandido. Esses novos métodos foram tomados emprestados das “ciências
irmãs” (técnica de análise linguística, semiótica, ferramenta estatística da
sociologia e modelos da antropologia). Também surgiram novos objetos (como
atitude diante da vida e da morte, rituais, crenças, estrutura de parentesco,
forma de sociabilidade, funcionamentos escolares, entre outros. Esse método
de estudar história já existia, contudo, era relegada a segundo plano pela
história da sociedade.

Chartier propõe que a mutação nas ciências sociais não se deu devido à
crise das ciências sociais, mas porque os historiadores e outros cientistas
literários já se distanciavam do modelo estruturalista devido as lacunas que o
método deixava no campo da história. Esse modelo se fundamenta em três
preceitos: um projeto de história global aplicado a qualquer sociedade, objeto
de pesquisa delimitado por um espaço e a primazia dada ao recorte. O debate
em torno da micro história obriga-nos a repensar os cânones de uma
interpretação cartesiana da racionalidade e dos procedimentos decorrentes
desta forma particular de racionalidade.

REVEL, Jacques. Jogos de escalas: a experiência da microanálise. Rio de


janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1998.

-Jacques Revel procura destacar o protagonismo francês no que diz respeito


ao esforço de rever, discutir e avaliar os parâmetros da pesquisa histórica.
(p217)

-Afirma que pensar sua própria história é importante porque pode responder às
exigências contínuas se uma reflexão sistemática sobre os métodos e o lugar
da teoria na produção do conhecimento histórico em sentido restrito, quando
das demandas sociais postas pela contemporaneidade das sociedades
altamente industrializadas. Levi também destaca a importância do trabalho de
Jacques revl além de sua atuação na escola de Estudos Avançados em
Ciências Sociais. (p218)

-A obra de Revel esboça um painel dos problemas envolvendo a micro história,


permitindo ao leitor um primeiro contato com questões subjacentes a esta
modalidade da pesquisa histórica, situando seu desenvolvimento num quadro
historiográfico, assim como sublinhando tradições filosóficas a que este tipo de
procedimento implícito na micro história se reporta. Dentro do contexto exposto
anteriormente pode-se observar à reedição do debate entre Antropolo9gia e
História protagonizada por Levi Strauss e Braudel, com a vitória do olhar
antropológico. (p218)

-A escolha de uma escala engendra objetos que não existem como


entes substantivados no mundo. Lepetit formula uma das críticas mais
contundentes a um realismo simplista do trabalho do historiador assegurado
pelo registro deste real em fontes consultáveis. Conforme Marc Abelês, o
racionalismo posto a prova daanálise como particularmente interessante e
estimulante, partindo de rápidas considerações a respeito do lugar das análises
microscópicas entre os antropólogos que chegam mesmo a fetichizar o micro
como sendo o lugar do desvendamento dos fenômenos sociais. O debate em
torno da micro história obriga-nos a repensar os cânones de uma interpretação
cartesiana da racionalidade e dos procedimentos decorrentes desta forma
particular de racionalidade. (p221)

Escala pertinência, configuração.

Conforme Maurizio Gribaudi, “(... )constrói a partir de uma crítica à perspectiva


de história social apontando para os riscos de se tornar os documentos com o
sentido de uma evidência imediata, vendo neles a inscrição de um real dado à
observação e análise dos historiadores, ficando assim, prisioneiro das formas
passadas de inscrição dos fenômenos que estuda. Não sendo capaz de
repensar estas inscrições historicamente a partir de uma multiplicidade e da
não linearidade dos fenômenos que estuda”. (p221)

Etnicidade e liberdade: as nações africanas e suas práticas de alforrias.2004

Paulo Roberto Staudt Moreira

-Paulo Moreira (2004) analisando cartas de liberdade na localidade de Porto


Alegre no período 1748-1888 busca entender como escravos adquiriram suas
alforrias. Ao analisar as cartas de liberdade Moreira fornece elementos
concretos para que o leitor compreenda a forma como os africanos de nação
Mina adquiriram status de liberto.

-Para tanto este autor procura reconstruir a trajetória do africano Mina


Benedito, então capturado ainda criança em África transportado para o Novo
Mundo. Em seu novo destino exerceu diversas atividades tais como, carneador
e campeiro na charqueada de S. Jerônimo, à época, província do Rio grande
de S. Pedro. (p167)

-Benedito, natural de Rio Pardo, batizado em 7 de julho de 1806. É


desconhecido, entretanto o período pelo qual teria se mudado para S.
Jerônimo. Todavia, sabe, que nesta província contrai matrimônio com Laurinda
Cambraia de Menezes, natural de Triunfo. Falecimento d benedito data do dia
26 de junho de 1870 na capital gaúcha.A fortuna de Menezes foi explicada em
bens de raíz. Curso de água item importante para o funcionamento das
charqueadas produzirem. (p168)

-1870: ocorre o africano Menezes em S Jerônimo que à época a região era


uma Vila independente, cujo segundo distrito era a Costa da Charqueada.
(p169)

-Gabriel berute (2006): Proprietários rio-grandenses compravam crianças


escravas para inseri-las cedo na labuta. Moreira infere que talvez Benedito
tivesse vindo à província sulina ainda criança, onde teria encontrado a
companhia entre os seus companheiros de cativeiro. Havia o risco de um
levante escravo caso Benedito não fosse transferido para ser executado na
forca. (p170)
-Cenário onde ocorreu o assassinato do capataz por Benedito foi a charqueada
de Manoel dos Santos Cardoso de Menezes (p168)

-Moreira estabelece uma relação envolvendo o homicídio do capataz praticado


por Benedito com o trqabalho desumano realizado nas charqueadas em
período de matança, ou seja, início de novembro com o término em maio.
Existência de casos em que o trabalho extenuante realizado pelo plantel
escravo nestes espaços entrava inverno adentro. (p172)

-1849: Benedito é sentenciado em Triunfo onde foi enforcado pelo assassinato


do “ofendido” capataz na capital da província. Para Loner (1999:p682)a elite
senhorial dominante e as autoridades ds época conheciam bem a composição
étnica da escravaria. Portanto, para se evitar uma sublevação escrava era
fundamental que o réu fosse transferido.

RS Negro: cartografia sobre a produção do conhecimento. Organizadores Gilberto


Ferreira da Silva, José Antônio dos Santos, Luíz carlos da Cunha carneiro. Porto Alegre:
EDIPUCRS, 2008.

A luta abolicionista e o início da organização negra

-Império: início da organização negra pelotense (irmandades católicas):

Nossa Senhora do Rosário;

Irmandade de São Benedito fundada em 1901 e mantida por uma elite emergente
para abrigar crianças negras pobres.

Primeira entidade S. B. Feliz Esperança (1878-1917)

Fraternidade Artística: (entidade mutualista, abolicionista fundada em


28/10/1880 por artesãos negros).

1884: Centro Ethiópico (viés político) com objetivo de lutar em prol da abolição
através de comissões de etnias africanas e demais entidades locais.

Fazem parte “da luta pela emancipação os clubes negros” Netos d´África e o
Carnavalesco. O clube riograndino Nago foi fundado em 1882, origem
maçônica. Há comumente indícios que este clube tenha pertendido por brancos e
trabalhadores no comércio, os quais, lutavam a favor da abolição. (pp248-249)

A organização negra na República

-Até 1888:sociedade colaborava com o término do sistema escravista. Objetivo:


resgatar o trabalho manual e recuperar a dignidade do trabalhador.
Posteriormente, deixados à própria sorte tiveram de se organizar surgindo uma
rede associativa negra para vencer o preconceito que imperava na sociedade. Na
luta pela sobrevivência foram pensadas diversas atividades culturais tais como,
bibliotecas aulas noturnas, palestras, quermesses entre outras para unir a
comunidade negra. )p250)

-A Liga Operária (entidade republicana) ocupava-se com atividades que


visassem a quebrar a discriminação reinante em pelotas. Por conta da ideologia
de alguns líderes é provável que tenha sido a tônica deflagração das dissidentes
União Operária Internacional (1897) e a União Operária (1905) (p251)

-Existência de dois periódicos negros em Pelotas: A Alvorada (1907); A


Vanguarda (1908) dissidente do Alvorada portanto.

Linha editorial do Alvorada:

Destaque às especifidades da negritude, elevando dessa forma

A cultura integrando- o socialmente no interior da classe operária.

Proprietário do A Vanguarda foi o primeiro redator do Alvorada.

Outros jornais: Ethiópico (1886) e A Cruzada (1905).

Entidades recreativas, bailantes e carnavalescas tiveram participação constante


da organização negra.

Década de 1920 foi a vez dos clubes sociais negros reinarem: Depois da Chuva
19/2/1917, Chove Não Molha26/2/1919, Fica Ahí Pra Ir Dizendo (1931).
Diferenciação entre os clubes para garantir a posse de enrada..

Fica Ahí Pra Ir Dizendo( elitizado) seus sócios eram perteniam a camada do
estrato do funcionalismo público de baixo escalão,Depois da Chuva e Chove
Não Molha seus sócios figuravam no escalão popular, em sua maioria eram
constituídos por empregada doméstica e trabalhadores do comércio. (pp254-255)

Discriminaação no futebol, pois os times existentes eram compostos por


jogadores brancos. Para subverter a esta ordem a Federação de Futebol havia
criado por negros a Liga da Canela Fina. Estes times eram patrocinados por
clubes carnavalescos.

Entidades politicas (República efêmera: Eram mobilizações para que deputados


negros tivessem chance de assumir cadeira na Câmara dos deputados).

1909: Associação Ethiópico Monteiro Lopes se engaja na luta pelo deputado


negro impedido de assumir por causa de sua cor de pele em Pelotas.

1933:Associação política fascista FNP lutava contra a discriminação social


através da educação a luta por uma posição melhor para a juventude negra na
sociedade e operariado pelotense.
Diferente da sua congênere FNB (SP) tinha posição de esquerda enquanto sua
co-irmã advogava política varguista no sentido de limitar o campo se ação das
massas.

FNP: sem apoio por parte da comunidade negra manteve-se até 1933-36 apoiado
por clubes negros ligados ao jornal A Alvorada, cujos redatores de influência
socialista, mais tarde migram para o Partido Socialista Proletários do Brasil.
(p256)

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