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Índice

Listas de abreviaturas ................................................................................................................................... 2


Resumo ......................................................................................................................................................... 3
Introdução..................................................................................................................................................... 4
1.Historia da Administração Publica em Moçambique................................................................................. 5
1.1. Pré-fase ............................................................................................................................................. 5
1.2. Primeira fase .......................................................................................................................................... 7
1.3. Segunda fase .......................................................................................................................................... 8
1.4. Terceira Fase .......................................................................................................................................... 9
2. Problemas e desafios na Administração Pública Moçambicana............................................................... 9
2.1. Problemas: ........................................................................................................................................... 10
2.2.Desafios:................................................................................................................................................ 13
Conclusão .................................................................................................................................................... 15
Referencias Bibliográficas ........................................................................................................................... 16

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Listas de abreviaturas
CIRESP – Comissão Internacional da Reforma do sector público

FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique

MARP – Mecanismo de Revisão de Pares

FMI – Fundo de Monetário Internacional

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Resumo
A historia da administração publica Moçambicana, em primeiro revela se, interessante mais
também complexa. Esta complexidade insere se no facto de, administração publica moçambicana
estiver ligada ao colonialismo português, na pré-fase. Não obstante, a influencia que esta exerceu
sobre a FRELIMO e, mais tarde a concepção socialista do estado. A história da administração
pública permite a percepção da evolução temporal e jurídico prático dos serviços públicos.
Outrossim, a história permite a elucidação dos problemas enfrentados, durante longos períodos e,
que portanto, alguns destes, ainda são enfrentados. Como por exemplo: Distinção entre o
governo de estado e o partido no poder, centralismo do poder, politica de desenvolvimento de
recursos humanos, politica de gestão financeira, e estes levantam alguns problemas dentro da
administração pública: Despartidarizacao do estado e Descentralização do poder, vontade de
trabalhar, formação profissional continua.

3
Introdução
Administração pública em Moçambique: Problemas e desafios são temas que propõem debater
neste trabalho pesquisa científica. O interesse pela pesquisa sustenta se pelo facto de construir
uma reflexão em prol dos aspectos intrínsecos na vida de qualquer moçambicano, no que
concerne, a sua relação com o próprio Estado. Não obstante, a pertinência dos aspectos ligados
aos moçambicanos como cidadão utentes dos serviços públicos, portanto, como estudantes é
importante, que reflictamos sobre os problemas que assolam o pais, com vista a perspectivar o
futuro, procurando desta maneira, erigir projectos que sirvam como ponte superação e
consequentemente o desenvolvimento.

Após 44 anos que se construiu o estado moçambicano, dentro de um contexto que atravessou
muitas transformações designadamente: politicas, económicas, sociais e institucionais, actividade
administrativa, parece que ainda se encontra munida de lacunas para o alcance do bem comum
das sociedades moçambicana. Sendo esta, a razão pela qual existe actividades administrativas
num determinado estado, a inquietação suscitada, dirigiu a presente pesquisa, sob as seguintes
questões: o que obstaculiza a regularidade e a eficiência da actividade administrativa em
Moçambique? E em que condições ela deveria ordenar-se para o seu o fim? Na pretensão
responder as inquietações levantadas, a pesquisa visa de um modo geral reflectir em torno da
administração publica em Moçambique, e especificamente, a partir de um olhar na historia
pretende se: i) apresentar as características do estado e da respectiva administração pública de
cada período; ii) analisar os problemas e desafios que a administração pública moçambicana
ainda enfrenta.

A pesquisa segue o método dedutivo, onde duma maneira geral, descreve-se a história da
administração pública, procurando encontrar os aspectos característicos que, particularmente
guiaram na identificação dos problemas e desafios. A pesquisa serviu-se, também, das técnicas
comparação, onde procurou-se confrontar e fazer dialogar vários pensadores, com auxílios da
técnica hermenêutica, concretamente na análise e interpretação dos textos usados para a leitura.
Estruturalmente, o trabalho inicia com abordagem histórica, seguindo-se a apresentação dos
problemas e dos desafios da administração pública moçambicana. Finalmente, apresenta-se os
aspectos conclusivos.

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1.Historia da Administração Publica em Moçambique
A historia da administração publica, para se analisar e consequentemente sabida, pressupões à
definição dos conceitos, administrar a prior e, administração publica posteriormente. Na
perspectivas de Clezio (apud Andifoi, 2014:10) administrar o seu sentido lato, significa gerir
interesses segundo as leis, a moral e a finalidades dos bens entregues à guarda e a conservação
alheia. Portanto, tomando da definição, poder-se-á dizer que, se os interesses geridos são
individuais, tratar-se-á de administração particular e, se entanto, se são colectivos, tratar-se-á, de
administração publica.

Administração pública pode ser concebida, segundo CIRESP (apud Andifoi, 2014:10-14), como
sinonimo do sector público, que usualmente é concebido nas organizações moçambicanas, como
conjunto de intuições e agencias, que sendo directa ou indirectamente financiadas pelo Estado,
tem o objectivo final a provisão de bens e serviços públicos.

A análise sobre os problemas e os desafios da administração pública em Moçambique remete-


nos antes de mais, a um olhar sobre os sistemas administrativos de cada período histórico,
portanto, procura-se perceber quais foram os seus percursos e, sobre tudo as influencias que estes
exerceram para o surgimento da administração pública actual.

“A administração pública moçambicana sofreu grandes influências sistema português…”


(MACIE, 2012:127). Com a história da administração pública pretende-se, portanto, verificar
como é que o sistema público administrativo português influencia a administração moçambicana
e, como é que esta foi lidando ao longo da história. Para tal, divide-se história da administração
pública em Moçambique em três fases, respectivas:

1.1. Pré-fase
A administração pública nesta fase insere-se no contexto da dominação colonial português
em Moçambique, entre 1930-19741. Na perspectivas de pinto (apud fuel, 2015:56) no
decorrer do golpe militar de 28 de Maio de 1926 que permitiu a subida de António de
Oliveira Salazar ao poder, foi implementado em Portugal, internamente no Estado Novo
(facista) e, exactamente a mudança da relação com as colónias. Não obstante o Estado Novo

1
Fuel, 2015;56

5
procurar reorganizar o espaço colonial português, com vista ao comprimento do projecto de
tornar Portugal uma grande burguesia, entretanto, todas colónias subordinavam-se aos
imperativos de industrialização da metrópole.
A ascensão de António de Salazar ao poder constituiu a forma de mais expressiva do
processo de colonializacao de Moçambique. Desta forma o Estado, a organização e a
administração pública, erguiam-se como forma responder ao plano português, cujo pano de
fundo,”era servir os diversos interesses do capital internacional…” (ibidem). Sem quaisquer
interesses públicos decorrentes das necessidades da maioria da população moçambicana.

Fuel (op.cit.,p.580) anuncia que em 1951, Moçambique deixa de ser considerada uma colónia
e passa a designar-se província ultramarina de Portugal. Sendo uma província ultramarina,
por sua vez, seus órgãos administrativos subordinam-se aos órgãos centrais sediados em
Portugal verificado, portanto, uma centralização administrativa. De referir que, sendo
Portugal neste contexto, um Estado totalitário, a administração publica coincidia com
actividade do Estado.
Este sistema, pelo facto de, estar virado aos interesses português e não velar pelo bem dos
moçambicanos, fez com que estes travassem uma batalha de resistência, onde com a
fundação da FRELIMO, implementou-se projectos libertários (partindo das zonas libertadas)
“que levou ao derrube do sistema colonial e a consequente necessidade de reorganização
dos aparelhos administrativos dos novos estados” (Fuel, op.cit., p.16).
Com a libertação do regime colonial, a FRELIMO passa de um simples movimento de luta
de libertação a um governo constitucional do estado moçambicano. E, nesta transição a
FRELIMO encarou diversas negociações com o estado português, que teve que aprovar
“medidas estabeleciam e reconheciam o direito de autodeterminação povos oprimidos”
(MACIAE, op.cit., p.128).

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1.2. Primeira fase
A administração pública, neste período inicia com a proclamação da independência, onde
entra em vigor a constituição da Republica popular de Moçambique. De acordo com Fuel
(op.cit.,p.64) a declaração da independência em 1975 foi acompanhada por uma passagem de
um quadro de funcionário públicos mais qualificados, que na sua maioria eram de origem
portuguesa. Por conseguinte, o estado moçambicano confrontou-se com o desafio de manter
o seu posicionamento normal, sendo que a maioria da população era analfabeta.

Andifoi (2014:28) constata que a constituição do novo Estado optou por um modelo de
administração socialista, baseado nos princípios de centralização e concentração de poderes
apoiados num único partido. A administração pública na época do socialismo tem seu inicio
entre aos 1975- 1983.
Para Cistac (apud Macie, op.cit., 133), o sistema político instalado no sistema nos pais era
marxista – leninista e caracterizava-se por tês aspectos fundamentais: a recusa da separação
de poder; a concentração progressiva da totalidade de poder e a total subordinação do poder
administrativo ao poder político.
Na perspectiva de Gournay (apaud Fuel, op.cit., p.73), na visão marxista da sociedade e
aparelho de Estado e, por conseguinte, a administração é o produto das contradições que
dilaceram a sociedade: ele tem como objectivo conter as forcas antagónicas que tendem a
faze-la explodir. A máquina administrativa é, antes de mais um instrumento destinado a
eternizar o domínio de uma classe sobre a outra. A implementação do regime socialista por
via de uma revolução leva o proletário a assumir o poder que opta por conservar com
essencial do aparelho administrativo instaurado em proveito da classe burguesa durante a era
capitalista e fez dele o instrumento de sua ditadura.

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1.3. Segunda fase
Este período decorre entre 1983-1990,segundo Macie (op.cit., p.135) é o mercado pelo IV
congresso da FRELIMO, ano que se reconheceu que o poder esta exclusivamente
centralizado, tendo-se tornado sobredimensionado nível central e muito fracas nível, das
províncias, distritos e cidades. Empreendeu-se um conjunto de reformas aos níveis políticos,
económico e social:
Uma reforma constitucional tendente a desacumular os poderes excessivos do presidente da
Republica, com a criação do cargo do presidente da assembleia popular e do primeiro-
ministro; a introdução do programa de reabilitação económica (1987), com o objectivo de
liberalizar a economia e deixa-la orientar-se para o mercado; introdução do processo da
privatização da actividade administrativa com aprovação do regulamento de alienação de
empresas, estabelecimentos, instalações e participações.

…o novo Governo da FRELIMO,


inspirado por uma linha de acção revolucionária, decretou a necessidade de
escangalhar o aparelho de Estado colonial e a criação de instituições
características e revolucionarias visando uma intervenção administrativa directa e
dominante do Estado sobre a sociedade, através do método de planeamento
centralizado (COUTO apud FUEL, 2015:16)

Ribeiro (apud, 2015:16) na mesma linhagem de Couto, alega que a transição para
independência, o modelo de actuação autoritário e centralizador se manteve, havendo apenas
diferenças de enfoque ideológico. A centralização do aparelho do estado estava ligada a forte
influência de princípios partidários no seu funcionamento, onde a gestão estabelecia-se,
apenas onde o partido FRELIMO detinha poder, o mandato e a direcção e da sociedade, o
que criou uma situação de partido-Estado, um regime do tipo socialista.

Nesta fase, importa sublinhar que o pais, como na primeira fase, continua a enfrentar
situações de guerra civil, (como por exemplo, o problema da fome, que surgem na crise
económica), com graves efeitos na organização e funcionamento da administração publica.

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1.4. Terceira Fase
Fuel (2015:90) advoga que foi aprovada, a partir de 1990, pela então assembleia monopartidária
uma nova constituição da Republica que introduziu o multipartidarismo e uma economia de
mercado, com vista, a defesa de princípios de um Estado liberal, que estabelecia em termos
teóricos uma ruptura com o Estado socialista. Não obstante à perspectiva de Andifoi (op.cit,
p.28) que este período constitui um marco essencial no processo de desenvolvimento da
administração pública moçambicana, influenciada pela nova constituição em vigor, que, vai
fundamentalmente, operar reformas na administração e gestão pública.

Para este pensador, esta fase prolonga-se até hoje e contém, como principal característica, o
ajustamento do sector público m alguns sectores, designadamente: a profissionalização dos
recursos humanos; elevação do nível de prestação de serviços ao cidadão; modernização e
racionalização administrativa.

Macie (2012:137) aponta que, ainda no mesmo ano, o Estado e o partido são tidos como
entidades diferentes; os direitos e liberdades fundamentais são ampliados; há clareza no regime
político e no sistema de governo; a administração pública passa a ser, claramente objecto de
controlo externo por um tribunal especializado, o tribunal administrativo; a administração
pública assiste ao processo de privatização cujo cume foi aprovação da lei nº15/19, relativa a
reestruturação, transformação e redimensionamento do sector empresarial do estado.

2. Problemas e desafios na Administração Pública Moçambicana


A análise sobre a administração pública, neste trabalho, que parte, da discrição da história da
administração pública em Moçambique, tem como fim último, ou seja, o seu escopo, a sua
teologia, à reflexão sobre os problemas e desafios da própria administração pública
moçambicana. Que pensa-se que é possível através da compreensão pública moçambicana. Que
pensa-se que é possível através da compreensão histórica, desde a época colonial até à
actualidade

Na introdução do seu livro, Fuel (2015:12) aponta que existem trabalhos feitos por muitos
estudiosos, cujo teor é a defesa de que, para se analisar a problemática do desenvolvimento dum

9
país, concretamente, os do terceiro mundo deve-se partir da avaliação do papel que as
instituições públicas desempenham, tanto que, esta abordagem vem romper com a ideia de que a
propriedade das nações depende, apenas, da quantidade dos recursos naturais que estas têm.

Portanto, percebe-se que a possibilidade dos recursos naturais gerarem processos de


desenvolvimento dependera da forma como as instituições públicas funcionam. Alias, uma das
intuições mais importantes, em África no geral e em Moçambique em particular o estado e o seu
aparelho, a Administração publicam.

Andifoi (2014:58) na sua obra, como forma de conclusão, diria que o olhar a administração
pública em Moçambique, que ele faz, poderia abrir uma janela para a reflexão dos conceitos
teoria e temática relacionada com administração pública, visto que se assiste, no mercado da
administração pública, novas exigências, desafios, concorrência, globalização, mudanças
comportamentais dos cidadãos. Alias, Fuel (ibidem) advoga que em Moçambique, o estado e o
seu aparelho ainda são objectos em construção que a despeito de resgistragem crescimento em
termo de número de órgão que se criam ou de funções que se passam a desempenhar, crescem
em sentido inverso a satisfação das necessidades dos cidadãos.

2.1. Problemas:
Distinção entre o governo de Estado e o Partido no Poder - na administração pública
moçambicana, vigora ainda um problema clássico que, Fuel (2015:14) aponta-o, a partir, do
artigo de Wilson publicado em1887, no que tange à política a administração pública, mesmo que
em termos teóricos diga-se ao contrário.

Fuel (idem, p.17) aponta que a administração pública moçambicana expõe, ainda uma espécie de
confusão entre a gestão do Estado e do partido, aliás, segundo o autor neste aspecto recebe
muitas criticas. O pensador revela que o relatório do Mecanismo de Revisão de Pares (MARP)
afirma que o serviço público em Moçambique tem uma reputação deplorável, por incompetência
e ineficácia, corrupção burocracia e fraca prestação de serviços. Portanto, no que até aos
funcionários do sector público, para Andifoi (ibidem) há um défice dos recursos humanos
qualificados, capazes de responder as exigências dos cidadãos atempadamente. Embora, nos
últimos anos haja uma tendência de formação de quadros, com vista a responder a demanda…

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Centralismo Democrático - de acordo com Zavele (2011:113), o sistema das democracias
multipartidárias adoptado na nova constituição foi aceite, apenas por imposição da conjuntura
ocidental, embora os dirigentes nacionais fingissem ter aceitado as normas universalmente
aceitas, continua o modelo do centralismo democrático a acantonar os seus adversários políticos
ao deter algum protagonismo na construção da sociedade, todavia, este problema da democracia
democrática não só assola o Estado moçambicano, mas também, muitos outros “dirigentes
ocidentais e africanos vivem numa relação de fingimento assente numa lógica de satisfação dos
seus interesses” (ibidem)

Ainda no contexto de 1990 até meados de 2002, Andifoi (idem, p.29) diz que a administração
pública moçambicana é marcada por um modelo centralizado, e, segundo CIRESP persistem
ainda em inúmeras disfunções, tanto a nível institucional e organizacional como a nível dos
procedimentos e das relações do Estado com a sociedade, que inviabilizaram qualquer esforço no
sentido de melhorar a qualidade dos serviços prestados ao cidadão.

Politica de Desenvolvimento de Recursos Humanos2- Andifoi (idem, p.30) sustenta que a


formação de quadros contribui para o desenvolvimento de capacidades de inovação e
criatividade e para o desenvolvimento de uma aprendizagem continua. Todavia, mesmo com
essas iniciativas, para Andifoi (ibidem) as instruções públicas apresentam algumas
inconsistências no âmbito do seu processo de formação interno de gestão de formação dos seus
quadros. Este problema deve-se, pelo facto de, muitas instituições não possuírem um plano de
formação regular para os funcionários. Entretanto, observa-se em muitas instituições do sector
público há predominância de estruturas informais de formação contínua, que acarretam consigo
consequências por vezes não desejadas.

CIRESP (2000:50-51) relativamente à política do desenvolvimento dos recursos humanos


apontam, especificamente, como problemas identificados, a limitação dos recursos orçamentais d
Estado disponibilizados para a remuneração dos funcionários públicos; a escassez da oferta de
mão-de-obra qualificada no conjunto do país para fazer face à procura resultante das
necessidades do crescimento económico, que reflecte na insuficiência de pessoal qualificado no
sector público. Por exemplo, mais de 80% dos funcionários de Estado tem nível de formação

2
CIRESP, criada pelo Decreto Presidencial nº. 5/2000, de 28 de Marco.

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básica ou inferior, e menos de 4% dos funcionários do estado possuem. Onde 85% destes em
Maputo e cerca de 52% dos chefes aos vários níveis não possuem o grau de formação exigido
para a função.

De retorno ao relatório do MARP, é necessário referir que, este anota que o recrutamento para os
serviços públicos não se baseia no mérito e competência, mas sim, nas afinidades partidárias. A
filiação partidária, o nepotismo e a amizade são os critérios dominantes na administração de
pessoal na função pública, destacando-se uma larga proporção de funcionários públicos
recrutados com base nas afinidades partidárias do partido no poder.

No entanto, ao analisar-se a administração pública em Moçambique, percebe-se que os


problemas dos serviços públicos, tomando em consideração aos serviços prestados, existem o
factor “qualidade”, por ainda se melhorar. “Isto devido a diversas variantes, não só do pessoal
qualificado, da organização, mas também dos métodos, das práticas, dos valores, dos
resultados, etc.” (ANDIFOI, idem, p.31)

Politica de Gestão financeira - situação económica do país, o principal problema que se enfrenta
no modelo de crescimento económico adoptado causa uma desestabilidade social, o que para
Ngoenha (2017:15), resulta do modelo adoptado o capitalista que se baseia em princípios
competitivos, onde os recurso do Estado moçambicano são menos competitivos e a
administração, por sua vez, não pode se aplicar aos problemas aos quais foi eleita, por
imposições economicistas e antidemocráticas do FMI e da Comunidade Europeia (Grécia,
Espanha, Portugal.

Hanlon (apud Zavale, op.cit., p.112) diz que o Programa de Reabilitação Económica veio
cimentar em larga escala a deterioração social do país, para além da diferenciação das classes
sociais, pois só um pequeno grupo de indivíduos é que conseguiu beneficiar da situação que o
país atravessou passando à categoria de abastados enquanto os mais pobres se multiplicaram por
milhares de prejudicados, que se podem observarem em cada território nacional. Desta forma,
esta situação tem, hoje, proporcionado a corrupção no país, principalmente na actividade
administrativa pública, expressões do tipo “fala como homem”, entre outras estratégias sociais
utilizadas na luta pela sobrevivência, devido ao uso e abuso de poder por parte de algumas elites
pertencentes ao poder político.

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2.2.Desafios:
Despartidarizacao do estado a descentralização do Poder

… a sua ascensão à liderança da Frelimo inscreve-se numa lógica de poder


unificado num poder de Partido – estado, que corresponde ao
desenvolvimento da Frelimo desde a independência. Ora, a lógica do
partido- estado é um obstáculo à reclamada despartidarizacao do estado e
a qualquer processo de descentralizado que tenha como consequências
uma partilha de poder com outras forcas políticas, ainda que a nível local
(AA.Vv., 2015:29).
Como visto, a constituição aprovada que optou pelo modelo do Estado de direito democrático,
consagrado o multipartidarismo implica uma reforma, não só do Estado, mas principalmente do
partido no poder, forcado a abandonar sua herança e tradição de partido único no poder e a
concentração de todo poder administrativo. O que significa, o reconhecimento da
representatividade dos partidos de oposição no exercício de poder.

Descentralização significa, segundo Cistac e Chiziane (2008:140), quando os órgãos das


autarquias locais são livremente eleitos pelas respectivas populações, quando a lei os considera
independentes na órbita das suas atribuições e competências, e quando estiverem sujeitos a
formas atenuadas de tutela administrativa, apenas o controle de legalidade. Não obstante, Clezio
apud Andifoi, 2014:44) defende que a descentralização administrativa no sector público tem
como fundamento o poder de atribuir a outrem poderes de administração mo entanto, este
fundamento pressupõe a existência de uma pessoa, distinta do Estado, que concedido poderes
administrativos, exerce actividade pública q, pode ser: concessão, permissão e autorização.

Vontade de trabalhar – Para Andifoi (idem, p.45), a vontade de trabalhar deve ser vista como os
motores de bem servir ao cidadão. A vontade significa, capacidade através do qual se toma
posição frente ao que aparece. O funcionário e agente da administração pública devem ter a
vontade de trabalhar. Esta vontade é intrínseca à vida moral.

Não obstante à compreensão Agostiniana e Cartesiana da vontade e liberdade, onde, estes dois
conceitos têm o memo significa. Portanto, quando o funcionário e agente sentem-se a vontade,
torna-se mais responsável pelas suas decisões e acções. Necessário é referir que a vontade de

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trabalhar é acompanhada pela motivação, emoção, ideias a desenvolver, bom ambiente de
trabalho, remuneração condigna, reconhecimento, prestigio, métodos de trabalho

Formação Profissional contínua – para o filósofo Ngoenha (2013:101) a riqueza dum país deve
se basear no desenvolvimento dos seus recursos humanos, por isso, o filósofo defende que se
deve repensar o sistema escolar forte, que se baseia no saber fazer mais próximo do mundo
produtivo em termos de qualidade. Aliás, andifoi (idem, p.49) preocupa-se com esta questão,
referindo que o desafio central de qualquer organização prende-se com a forma de como os
funcionários e agentes são capazes de desenvolver, utilizar, avaliar, manter e reter uma forca de
trabalho efectivo.

Para Cruz Jorge (apud Andifoi, op.cit, p. 53) a importância relativa à finalidade da formação
profissional para a função pública moçambicana permitirá que esta, desempenhe um papel
central na gestão dos recursos humanos, sendo parte integrante dos programas de acolhimento de
recém-contratados, contribuindo para reciclagem e aperfeiçoamento dos trabalhadores, sendo
utilizada como peca fundamental na gestão de carreiras e assegurando e reconversão
profissional.

Doutro lado, Andifoi vê que estes actos contribuem para desenvolver capacidades de inovação e
criatividade, com a integração de contributos que lhe advém na área sociotécnica mais
competitiva, com apoio nas abordagens socioeconómicas, mais educativas e formativas e no
desenvolvimento de uma aprendizagem contínua. Andifoi encerra sua reflexão acerca da
necessidade da formação profissional enfatizando a sua importância, citando um provérbio
chinês: “se vires um homem com fome não, lhe dês um peixe, ensine-o a pescar”.

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Conclusão
Tendo percorrido a história da administração pública em busca dos seus traços característicos
desde o seu fundamento à actualidade, numa perspectiva analítica da sua forma organizacional e
do seu funcionamento, chegou-se a conclusão de que, esta encere muitos problemas, resultantes
da sua fundação originária. Pois, baseada no modelo socialista, deixou herança aos quadros da
função pública, que tomaram poder totalizador, centralizador, concentralizador, etc., de
responder às necessidades colectivas dos moçambicanos. Entretanto, condicionados pela situação
actual mundial são obrigados a introduzirem-se num modelo mundial que mais domina, o
capitalismo. Desta forma, encara-se o desafio de não conciliação dos utentes do poder com as
exigências do actual modelo, que são: liberalizar a economia, partilhar o poder, descentralizar-se,
desconcentrar-se, despartidarizar o Estado do partido.

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Referencias Bibliográficas
AA.VV. (2015), Desafios para Moçambique 2015. Maputo, IESE.

ANDIFOI, Isaac (2014). Um olhar sobre a administração pública em Moçambique. Maputo,


Alcance.

CIRESP (2000). Estratégia global da reforma do sector público 2001-2011. República de


Moçambique. Criada pelo decreto presidencial nº.5/2000, de 28 de Marco.

CISTAC, G. & CHIZIANE,E. (2008).10 anos de descentralização em Moçambique: os


caminhos sinuosos de um processo emergente. Maputo, NEAD.

FUEL, Tomás H. (2015). Metamorfoses ideológicas na administração pública moçambicana


1930-2004. Maputo, CIEDIMA.

MACIE, Albano (2012). Nações de Direito administrativo. Maputo, Editora,v.1.

NGOENHA, Elias S. (2013). Intercultura, alternativa à governação biopolítica? Maputo,


Publix.

ˍˍˍˍˍˍˍˍˍˍˍˍˍˍ.(2017). Resistir a Abadon. Maputo, Paulinas.

ZAVEALE, G.J.B. (2011) Municipalismo e poder local em Moçambique. Maputo, editora.

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