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Almeida Meque Gomundanhe1

Microbiologia

Lichinga

2015

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Mestrado em Educação/Ensino de Química. Docente no Departamento de Ciências Naturais e Matemática, no
curso de Química, na Universidade Pedagógica-Niassa. amequegomundanhe@yahoo.com.br
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ÍNDICE
Introdução ................................................................................................................................. 4

1. Objecto de estudo da Microbiologia ....................................................................................... 5

1.1. Áreas da Microbiologia ....................................................................................................... 5

1.2. Origem dos Microrganismos ............................................................................................... 5

2. Como caracterizar os microrganismos? .................................................................................. 6

2.1. Características morfológicas................................................................................................ 6

2.2. Características nutricionais e culturais dos microrganismos ............................................... 6

2.3. Características metabólicas.................................................................................................. 7

2.4. Características antigénicas ................................................................................................... 7

2.5. Características patogénicas .................................................................................................. 7

2.6. Características genéticas ...................................................................................................... 7

3. Actividade antimicrobiana. Factores .................................................................................. 7

3.1. Tamanho da população microbiana ..................................................................................... 8

3.2. Intensidade ou concentração do agente microbicida ........................................................... 8

3.3. Tempo de exposição ao agente microbicida ........................................................................ 8

3.4. Temperatura em que os microrganismos são expostos ....................................................... 8

3.5. Natureza do material que contêm os microrganismos ......................................................... 8

4. Microbiologia das águas naturais: potáveis e dos esgotos ................................................ 8

4.1. O papel dos microrganismos aquáticos ............................................................................... 8

4.2. Água potável e poluição ...................................................................................................... 9

4.3. Águas de esgotos ............................................................................................................... 10

5. Microbiologia do solo e do ar............................................................................................. 11

5.1. O ambiente do solo ............................................................................................................ 11

5.2. Microrganismos do solo .................................................................................................... 11

5.3. Microbiologia do ar ........................................................................................................... 12

6. Microbiologia de alimentos ................................................................................................ 12


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6.1 Processo de esterilização e desinfecção.............................................................................. 12

6.2. Agentes utilizados ............................................................................................................. 13

6.3. Biofilmes microbianos....................................................................................................... 13

7. Biotecnologia ....................................................................................................................... 14

7.1. Microrganismos e a recuperação de matéria-prima ........................................................... 14

8. Conclusão ............................................................................................................................ 16

Bibliografia .............................................................................................................................. 17
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Introdução
A Microbiologia é um ramo da Biologia que está virado ao estudo de organismos minúsculos.
Esses organismos causam várias doenças aos animais, plantas, ao homem. Mas os mesmos
desempenham um papel muito importante ao meio ambiente. Por exemplo, os
microrganismos participam no processo de decomposição e reciclagem dos resíduos
resultantes da actividade humana. Com a participação destes na decomposição e reciclagem
dos resíduos melhora a qualidade ambiental e consequentemente a saúde dos animais e dos
homens e garantindo-se deste modo, a manutenção da vida dos animais e do homem.

O presente ensaio traz uma abordagem geral da microbiologia, mas relacionando-a com o
meio ambiente. O mesmo encontra-se estruturado da seguinte maneira: 1. Objecto de estudo
de microbiologia, 2. Como caracterizar os microrganismos?, 3. Actividade antimicrobiana.
Factores, 4. Microbiologia das águas naturais: potáveis e dos esgotos, 5. Microbiologia do
solo e do ar, 6. Microbiologia de alimentos e 7. Biotecnologia

1. Objecto de estudo de microbiologia: trata de áreas da microbiologia e origem dos


microrganismos.
2. Como caracterizar os microrganismos? : trata de característica morfológicas,
nutricionais, metabólicas, antigénicas, patogénicas e genéticas.
3. Actividade antimicrobiana. Factores: trata dos factores que influem na sobrevivência
dos microrganismos.
4. Microbiologia das águas naturais: potáveis e dos esgotos: trata da água potável e
poluição, água de esgotos.
5. Microbiologia do solo e do ar: trata de factores que determinam a quantidade e tipos
de microrganismos no solo e no ar.
6. Microbiologia de alimentos: trata dos processos de esterilização e desinfecção dos
microrganismos, tipos de agentes e biofilme microbianos.
7. Biotecnologia: trata do papel dos microrganismos na reocupação da matéria-prima.
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1. Objecto de estudo da Microbiologia


A Microbiologia tem como o seu objecto de estudo os seres vivos de tamanho extremamente
reduzido e a relação destes com o ambiente. Esses seres são exclusivamente visíveis através
de microscópio. Ex.: Bactérias, vírus, fungos, etc.

Ela tem como objectivos, estudar:

 A composição, o processo de nutrição, reprodução, genética, reacções biológicas,


classificação e identificação dos microrganismos;
 O modo de propagação dos microrganismos no meio ambiente;
 A relação dos microrganismos com a meio ambiente;
 As formas de evitar e controlar os efeitos negativos dos microrganismos.

1.1. Áreas da Microbiologia


A Microbiologia subdivide-se em duas áreas, a saber: microbiologia básica e microbiologia
aplicada.

 A microbiologia básica dedica-se na construção de conhecimentos teóricos sobre


características, actividades bioquímicas, o potencial de causar doenças aos outros
organismo e a classificação dos microrganismos.
 A microbiologia aplicada usa os conhecimentos adquiridos na microbiologia básica
para a aplicação prática. Essa aplicação visa por exemplo, controlar os efeitos
negativos desses microrganismos e potenciar os seus efeitos positivos.

1.2. Origem dos Microrganismos


As discussões sobre a origem dos microrganismos, originou duas escolas ou correntes. Uma
que defendia que os microrganismos apareceram do nada, ou seja, sem vida e a outra que
defendia que os mesmos apareceram dos já existentes.

Portanto, a teoria que defendia que os microrganismos apareceram do nada (sem vida), dá-se
o nome da abiogénese ou geração espontânea. Já a que defendia que os mesmos apareceram
dos já existentes, dá-se o nome da biogénese.

A teoria geração espontânea foi derrubada graças a realização de muitas experiências.


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Em suma, duma forma prática, a teoria da geração espontânea não acreditava que um ser vivo
poderia gerar o outro ser. Entretanto, esta teoria atrasou bastante a evolução da microbiologia
como ciência.

2. Como caracterizar os microrganismos?


Um dos objectivos da microbiologia é estudar as características dos microrganismos. E para
se facilitar a caracterização dos mesmos, é necessário que se conheçam os aspectos
morfológicos, nutricionais e culturais, metabólicos, antigénicos, patogénicos e genéticos. A
seguir descrevemos cada característica (aspecto).

2.1. Características morfológicas


A microbiologia ao estudar esta característica pretende conhecer o tamanho, a forma e o
arranjo dos microrganismos. Essas questões só são respondidas a partir do uso vários tipos de
microscópios e com diferentes métodos de coloração.

2.2. Características nutricionais e culturais dos microrganismos

Pretende-se neste ponto se conhecer a exigência nutricional dos microrganismos para o seu
crescimento, pois existem microrganismos que se desenvolvem bem no sangue, algas, etc.

E quanto a fonte de carbono, os microrganismos classificam-se em:

 Quimioautotróficos: têm como fonte de energia, as substâncias inorgânicas e dióxido


de carbono como fonte de carbono. Ex.: bactérias nitrificantes, do ferro, hidrogénio e
enxofre.
 Quimioheterotróficos: têm como fonte de energia e do carbono as substâncias
orgânicas. Ex.: fungos, protozoários, animais e muitas bactérias.
 Fotoautotróficos: têm como fonte de energia a luz solar e dióxido de carbono como
fonte de carbono. Ex.: bactérias do enxofre verde e púrpura, algas, plantas e
cianofíceas.
 Fotoheterotróficos: têm como fonte de energia a luz solar e compostos orgânicos como
a fonte de carbono. Ex.: bactérias púrpura e verdes não-enxofrados.
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2.3. Características metabólicas


Com as características metabólicas, a microbiologia pretende saber como é que, as reacções
bioquímicas ocorrem nos microrganismos.

2.4. Características antigénicas


Com estas características, a microbiologia pretende saber como é que, os mesmos induzem a
produção de um antígeno capaz de produzir anticorpos nos organismos animais e humanos.

2.5. Características patogénicas


Com estas características, a microbiologia pretende saber a potencialidade que os
microrganismos têm de causar doenças ou não aos animais, humanos, plantas e aos outros
microrganismos.

2.6. Características genéticas


Com estas características, a microbiologia pretende saber a composição do material genético
dos microrganismos e possibilidade da sua combinação com o material genético duma espécie
desconhecida para se detectar o grau de parentesco das espécies. Ou seja, se se misturar os
materiais genéticos provenientes de duas espécies de organismos (uma conhecida e outra não)
e se se verificar a união ou ligação destes materiais, pode-se concluir que os microrganismos
são da mesma espécie. Caso contrário, conclui-se que não são.

3. Actividade antimicrobiana. Factores


A inactividade microbiana depende de vários tais como: tamanho da população microbiana,
intensidade ou concentração do agente microbicida, tempo de exposição ao agente
microbicida, temperatura em que os microrganismos são expostos, natureza do material que
contêm os microrganismos.
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3.1. Tamanho da população microbiana


O tempo de sobrevivência dos microrganismos depende do número das espécies que compõe
a população, isto é, quanto maior for o número das espécies que compõe uma determinada
população, maior é o tempo que esta população levará para morrer.

3.2. Intensidade ou concentração do agente microbicida


A morte dos microrganismos depende do grau de agressividade do agente que os mata. E esta
agressividade depende da intensidade ou concentração do princípio activo.

Portanto, quanto maior for a intensidade ou concentração do princípio activo do agente


antimicrobiano, menos tempo viverão os microrganismos.

3.3. Tempo de exposição ao agente microbicida


A morte dos microrganismos depende da duração da exposição destes ao agente microbicida.
Ou seja, a taxa de mortalidade destes microrganismos aumenta, quando estes são expostos ao
agente microbicida por muito tempo.

3.4. Temperatura em que os microrganismos são expostos


Geralmente, a taxa de mortalidade dos microrganismos aumenta com o aumento da
temperatura. Entretanto existem microrganismos que sobrevivem a temperaturas baixas,
moderadas ou altas.

Os microrganismos que sobrevivem a baixas temperaturas chamam-se psicrófilos (15 a 20º


C). Os que sobrevivem a temperaturas baixas chamam-se mesófilos (25 a 40º C). Já os
sobrevivem a altas temperaturas chamam-se termófilos (50 a 85º C).

3.5. Natureza do material que contêm os microrganismos


A eficácia dos microbicidas depende da natureza material dos microrganismos.

4. Microbiologia das águas naturais: potáveis e dos esgotos

4.1. O papel dos microrganismos aquáticos

Os microrganismos são um dos elementos que faz parte da cadeia alimentar, no ecossistema.
Eles desempenham um papel muito importante nos ecossistemas aquáticos. Este papel
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consiste no processo de reciclagem dos elementos e nutrientes nos ecossistemas aquáticos


garantido a manutenção das espécies aquáticas existentes nos rios, lagos, lagoas e mares. Os
microrganismos (bactérias) podem converter as substâncias elementares insolúveis em
compostos químicos solúveis.

4.2. Água potável e poluição

A água é o líquido precioso que a natureza nos oferece. Geralmente é usada para beber, tomar
banho, lavar loiça, regar plantas, etc. Mesma para ela seja segura para o consumo humano
deve ser potável. A água potável é aquela que não contem microrganismos que causam
doenças e substâncias químicas prejudiciais à saúde dos animais, plantas e homem.

Entretanto, o homem realiza actividades que produzem poluentes e contaminantes capazes de


alterar a qualidade da água e consequentemente colocando em risco a potabilidade da água.

Para fazermos face a este problema, podemos adoptar:

 métodos de purificação de água que fornecem água potável segura e


 tratamento de água de esgoto antes do descarte ou reutilização.

Os métodos de purificação de água dependem da fonte de água (abastecimento residencial


água e abastecimento municipal de água) e da qualidade de água necessária.

Abastecimento residencial de água (poços e fontes)

A fonte da água do poço é subterrânea. Um dos dados importantes que podemos reter da água
subterrânea é que ela não está contaminada porque quando a mesma passa pelo solo é filtrada
removendo as partículas suspensas, incluído os microrganismos. Mas isso não significa que
ela seja incontaminável.

Portanto, para que ela continue ainda isenta de microrganismo é importante que não cavemos
poços:

 perto de latrinas, canos de esgotos, lixeiras ou gado. A distância deve ser de pelo
menos 30 metros;
 poços perto de actividades industriais (ex.: exploração mineira ou de petróleo),
campos onde são usados pesticidas ou fertilizantes químicos, ou lixeiras;
 em locais onde as águas residuais ou superficiais passam escorrer para o poço.
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Abastecimento municipal de água

Para o tratamento de água, geralmente a estacão que se encontra no município emprega três
métodos que são: a sedimentação, a filtração e a cloração.

 Na sedimentação as grandes partículas vão para o fundo dos reservatórios. E formam-


se os flóculos através da introdução nesses reservatórios, uma substancia que se chama
alúmen.
 Na filtração são removidas as partículas que não foram removidas no processo de
sedimentação, através do filtro.
 Na cloração aplica-se o cloro para matar todos microrganismos que não foram mortos
através do processo de sedimentação e filtração.

Em suma, para a purificação efectiva da água é necessário a combinação de pelo menos três
métodos, nomeadamente: a sedimentação, a filtração e a cloração. Os dois primeiros métodos
são físicos e o último é químico.

4.3. Águas de esgotos


A água que nós usamos no nosso dia-a-dia transporta consigo vários poluentes e
contaminantes. Esta água chama-se água de esgoto. Ela consiste de:

 resto de comida;
 excrementos humano e de animais,
 resíduos e efluentes industriais;
 água proveniente do lençol freático, da superfície e da atmosfera.

Nesta ordem de ideias, podemos citar os seguintes tipos de esgotos:

 esgoto sanitários: são destinadas a eliminação dos resíduos domésticos e industriais.


 esgotos pluviais: são responsáveis pelo transporte das águas superficiais e das chuvas.
 esgotos combinados: elimina todo o tipo de resíduos.
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5. Microbiologia do solo e do ar

5.1. O ambiente do solo

O solo é a superfície onde habitam as plantas, os animais e os microrganismos. O solo é


caracterizado por seguintes propriedades: conteúdo orgânico e mineral, cor, textura, estrutura,
porosidade e pH. Estas propriedades sofrem influência de humidade, conteúdo de gases e
conteúdo biológico do horizon.

O solo apropria-se da matéria orgânica proveniente da celulose, lignina, animais mortos


(proteínas), a quitina (exosqueleto), pectina etc. A pectina é proveniente de plantas mortas.
Esta matéria orgânica pode ser classificada em insolúvel, solúvel e microbiano.

 A matéria orgânica insolúvel é aquela que não dissolve no solo. Ex.: Húmus.
O húmus resulta da decomposição dos resíduos das plantas e animais pelos
microrganismos.
 A matéria orgânica solúvel é aquela que é solúvel no solo. Ex.: produtos e degradação
de polímeros complexos dos tecidos de plantas (açúcar da celulose) e animais
(aminoácidos das proteínas) e células microbianas.
 A matéria orgânica microbiana é aquela constituída por microrganismos.

5.2. Microrganismos do solo


A sobrevivência dos microrganismos no solo depende de factores ambientais, tais como:
quantidade e tipo de nutrientes, humidade disponível, grau de aeração, temperatura, pH,
adubos orgânicos.

 Quantidade e tipo de nutrientes: poucos nutrientes levam a competição dos


microrganismos para a obtenção dos mesmos e obviamente que sobrevivem os mais
fortes. E também devem estar disponíveis nutrientes compatíveis com a exigência
nutricional dos microrganismos existentes naquele solo.
 Humidade disponível: no solo deve haver humidade capaz de garantir a
sobrevivência dos microrganismos.
 Grau de aeração: o ar é um factor muito importante para a sobrevivência dos
microrganismos, pois existem microrganismos que sobrevivem na presença do
oxigénio e outros não.
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 Temperatura: existem microrganismos que sobrevivem a baixas, moderadas e a altas


temperaturas.
 PH : existem microrganismos que sobrevivem em solo com ácido ou básico.
 Adubos orgânicos: o uso destes adubos pode causar o aumento de microrganismos no
solo.

Mas além dos factores já mencionados, existem adicionalmente outros factores que afectam a
quantidade e os tipos de microrganismos no solo, nomeadamente: a presença de raízes e a
extensão do sistema radicular e interacções de espécies microbianas.

5.3. Microbiologia do ar
Os microrganismos não crescem no meio aéreo. Mas o ar serve de veículo transportador dos
mesmos. Durante este transporte, uns conseguem sobreviver enquanto outros não.

Os microorganismos chegam ao destino transportados por essa viva dependendo da


humidade, temperatura, a quantidade de luz solar, o tamanho das partículas portadoras de
microrganismos e a natureza dos mesmos.

Os microrganismos que encontram no ar têm origem no solo, água, superfície dos rios, baías e
outras colecções naturais de água. Além disso, os microrganismos podem entrar na corrente
do ar através dos processos industriais, agrícolas e municipais. Esses processos produzem
aerossóis carregados de microrganismos. Ex.: irrigação de lavouras e de florestas com
efluentes de esgotos, mediante uso de borrifadores; grandes operações de debulhamento;
filtros gotejadores em instalações de despejo de esgotos; matadouros de animais.

6. Microbiologia de alimentos

6.1 Processo de esterilização e desinfecção

Para a eliminação dos microrganismos vivos usam-se os processos físicos (esterilização) ou


químicos (desinfecção).

O processo de esterilização consiste em eliminar os microrganismos submete-os a altas


temperaturas. Já a desinfecção consiste em eliminar os microrganismos usando agentes
químicos.
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Os microrganismos podem chegar até aos alimentos através do ar, água, dejectos dos animais e
humanos.

6.2. Agentes utilizados


Os agentes usando para eliminar os microrganismos são os agentes físicos e químicos.

Fazem parte dos agentes físicos o calor húmido, calor seco e radiação UV. Já nos químicos
fazem parte detergentes lipossolubilizantes e desnaturalizantes.

Agentes físicos

 Calor húmido: geralmente esterilizam-se os microrganismos numa autoclave, a uma


temperatura de 121º C durante 15 minutos.
 Calor seco: esterilizam-se os microrganismos durante 1 ou 2 horas, mas a uma
temperatura de 160º C .
 Radiação UV: faz-se incidir a radiação UV sobre os microrganismos. Essa radiação tem por
finalidade, desnaturar as proteínas.

Agentes químicos

 Detergentes lipossolubilizantes: dissolve os lípidos existentes na membrana celular dos


microrganismos.
 Desnaturalizantes, quelantes: causa uma desnaturação irreversível das proteínas dos
microrganismos.

6.3. Biofilmes microbianos


Geralmente, os microrganismos crescem “agarradas” numa superfície formando uma camada
fina chamada biofilme. Estes microrganismos que formam esta camada se encontram
impregnadas numa matriz polimérica.

A contaminação dos alimentos acontece quanto os mesmos entram em contacto com o


biofilme.

A formação do biofilme obedece três etapas:

 Adsorção dos nutrientes dos alimentos na superfície onde se encontram os


microrganismos;
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 Adesão dos microrganismos nesta superfície que se encontram os nutrientes dos


alimentos;
 Formação de microcolónia e a consequentemente formação camada de células.

7. Biotecnologia

7.1. Microrganismos e a recuperação de matéria-prima

Os microrganismos não podem ser vistos apenas como causadores de doenças. Eles
desempenham um papel importante na natureza, sobretudo na recuperação de matéria-prima.
Por exemplo, os microrganismos podem ser usados na área de mineração, petróleo.

Microbiologia e mineração

Por um lado Aumenta a preocupação das indústrias devido ao esgotamento de fontes dos
minérios e por outro lado, a cada dia que passa há mais casos de poluição e contaminação das
águas, solos, ar. Estas preocupações podem diminuir com o uso de microrganismo na
recuperação dos metais. Por exemplo, as bactérias autotróficas Thiobacillus thiooxidans e
T.ferrooxidans podem recuperar através do processo de lixiviação o metal que for a se
encontrar no determinado minério. Isso traz benefícios imensos tanto a indústria como ao
ambiente, pois a indústria consegue recuperar o metal em minérios de qualidade inferior e
consequentemente mitiga o problema de poluição por esses metais.

Microbiologia do petróleo

Os microrganismos participam na formação, recuperação os poços de perfuração,


decomposição e utilização. Mas para que tal aconteça é necessário que a microbiologia não
funcione duma forma isolada. Ou seja, a microbiologia deve funcionar com químicos, os
engenheiros, os físicos e os representantes doutras áreas.

 Formação de petróleo: os microrganismos transformam bioquimicamente os


depósitos sedimentares que se encontram no ambiente até a formação do petróleo.
 Exploração do petróleo: os hidrocarbonetos podem ser detectados por meio de
microrganismos quimioheterotróficos.
 Recuperação de petróleo: os microrganismos são usados na recuperação de petróleo
armazenado nas rochas. E os mesmos são usados pra melhorar o fluxo do petróleo
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para a superfície, pois os microrganismos diminuem a viscosidade do petróleo. Porém,


os microrganismos podem corroer os canos de ferro, causar contaminação de fluidos
da perfuração alterando as propriedades físicas do fluido.
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8. Conclusão
.Os microrganismos são organismos de tamanho muito reduzido. Estes desempenham um
papel muito importante ao ambiente, pois eles participam no processo de reciclagem e
recuperação dos resíduos. A reciclagem e recuperação dos resíduos diminui o nível de
poluição das águas dos rios, lagos, lagoas, mares.

O uso dos microrganismos nas indústrias mineiras na recuperação dos metais reduz a
quantidade de energia que é libertado ao ambiente porque com a escassez de fontes dos
minérios poderia se gastar muita energia para a sua extracção. Os microrganismos também
são actores activos no processo de tratamento de água.

Os microrganismos são principais causadores de doenças apesar de terem os benefícios que já


mencionamos. Mas o importante é potenciarmos esses benefícios.

Para obtermos informações sobre eles, é importante conhecermos as suas características


morfológicas, nutricionais e culturas, patogénicas, antigénicas e genéticas.
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Bibliografia
CARVALHO, Irineide Teixeira. (2010). Microbiologia Basica. Recife: EDUFRFE

CONANT, Jeff; FADEM, Pam.(2013). Guia Comunitária de Saúde Ambiental. Cape Town:
Teaching Aids at Low Cost.

PELCZAR, Michael J.; CHAN, E.C.S; KRIEG, Noel R. Microbiologia: conceitos e


aplicações. 2ª ed., v.1, São: Makron Books.

PELCZAR, Michael J.; CHAN, E.C.S; KRIEG, Noel R. Microbiologia: conceitos e


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TORTORA, Gerald; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. (2012). Microbiologia. 10ª ed.
São Paulo: Artmed Editora S.A.

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