Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Belo Horizonte
2017
Rafael Henrique Santiago Souto
Belo Horizonte
2017
Rafael Henrique Santigo Souto
______________________________________________________________________
Prof.
______________________________________________________________________
Prof.
______________________________________________________________________
Prof.
Agradeço à Deus por ter me provido força nos momentos difíceis e entendimento
para superar as dificuldades.
À Josiane toda a minha gratidão pelo apoio e compreensão durante todo esse
percurso.
The level of carbon dioxide in the beer is one of the parameters of extreme importance in
the final product, it is therefore crucial this process work automatic mode. This
monograph will be develop on industrial carbonation plant in which today represents a
control non-compliance in closed loop which in relation the transducer used to measure
the dissolution of carbon dioxide in direct mode beer. It has features accurate readings
from 15 seconds cycles in what has been rendering feedback loop this process plant. The
goal is change measurement method and control this process plant in order to guarantee
a smooth running in control loop allowing able to meet the quality requirements even any
disturbances that might occur. The new methodology is change measurement method will
be based on the Henry’s law about dissolution a gas in the liquid medium which the
measurement of the dissolved carbon dioxide will be estimated through pressure and
temperature measurements on this control system. At the end of the work of researches
we might get this carbonation process fully controlled in closed loop and robust the
variations that might occur at process.
CC Corrente Contínua
KG kieselguhr
PVPP polivinilpolipirrolidona
𝐾𝐵 Constante de Henry
𝐴 Área sobre a qual é aplicada uma força F, dada em metro quadrado (m2).
𝐾 Ganho proporcional;
𝑇𝑖 Tempo de integração;
𝑇𝑑 Tempo de derivação.
O2 Gás oxigênio
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 21
1.1 Objetivo geral .......................................................................................................... 22
1.2 Objetivos específicos ............................................................................................... 22
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 25
2.1 Lei de Raoult ........................................................................................................... 25
2.2 Lei de Henry ............................................................................................................ 26
2.3 Sistemas de controle ............................................................................................... 27
2.3.1 Medição ................................................................................................................. 28
2.3.1.1 Termômetros metálicos ...................................................................................... 29
2.3.1.2 Medidor de pressão por princípio capacitivo .................................................... 31
2.3.1.3 Condicionador de sinais e transmissor .............................................................. 33
2.3.1.4 Transdutor para medição de CO2 ...................................................................... 34
2.3.1.4.1 Funcionamento do CARBO Inline ............................................................... 36
2.3.2 Controladores ........................................................................................................ 40
2.3.2.1 Controlador PID ................................................................................................ 40
2.3.2.1.1 Ação proporcional ......................................................................................... 41
2.3.2.1.2 Ação integral .................................................................................................. 42
2.3.2.1.3 Ação derivativa .............................................................................................. 44
2.3.3 Sintonia controlador PID ...................................................................................... 47
2.3.3.1 Método da resposta ao degrau ........................................................................... 47
2.3.3.2 Método de sintonia pelo erro mínimo integral ................................................... 51
2.4 Processo cervejeiro ................................................................................................. 53
2.4.1 Filtração da cerveja .............................................................................................. 56
2.4.1.1 Resfriamento de cerveja ..................................................................................... 56
2.4.1.2 Filtro KG ............................................................................................................ 56
2.4.1.3 Filtro Trap .......................................................................................................... 57
2.4.1.4 Filtro PVPP ........................................................................................................ 57
2.4.1.5 Blendagem .......................................................................................................... 58
3. METODOLOGIA..................................................................................................... 59
3.1 Instalação dos transdutores de pressão e temperatura ....................................... 60
3.2 Função de transferência do processo .................................................................... 61
3.2.1 Modificação do arranjo do controlador da moto-bomba MB423275................... 61
3.2.2 Estímulo com sinais padrões na entrada da válvula de CO2 e coleta de dados ... 63
3.2.3. Variação da temperatura de cerveja e coleta de dados ....................................... 64
3.2.4. Identificação da função de transferência do processo ......................................... 64
3.2.5 Função de transferência da tabela padrão de dissolução de CO2 x Temperatura
da cerveja ....................................................................................................................... 65
3.2.6 Simulações e sintonia em software da resposta em malha fechada ...................... 66
3.2.7 Implementação da lógica do controlador com seus respectivos ganhos .............. 66
3.2.8 Verificação da resposta em malha fechada a variações na vazão e na temperatura
da cerveja ....................................................................................................................... 67
4. DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 69
4.1 Instrumentação instalada....................................................................................... 69
4.2 Estímulos ao processo e coleta de dados ............................................................... 71
4.3 Análise e estratificação dos dados ......................................................................... 72
4.4 Contrapressão na saída da filtração, uma forma de estabilização da dissolução
de CO2 ........................................................................................................................... 73
4.4.1 Levantamento e identificação da função de transferência da válvula em função da
pressão ............................................................................................................................ 76
4.4.2 Dimensionamento e ajuste do controlador PID .................................................... 78
4.4.2.1 Comportamento da malha de contrapressão com métodos de ajuste ................ 79
4.5 Atenuação na malha de vazão de água dosada na partida e parada de processo
........................................................................................................................................ 81
4.5.1 Automatização da comutação entre modo Proporcional e Analisador ................ 82
5. RESULTADO DO CONTROLE DE CO2 DISSOVIDO ...................................... 85
CONCLUSÃO............................................................................................................... 87
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 89
APÊNDICE A – COMPORTAMENTO CO2 DISSOLVIDO VERSUS VAZÃO
........................................................................ ..ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
ANEXO A – TABELA DE CARBONATAÇÃO ....................................................... 92
21
1 INTRODUÇÃO
CO2 e também ensaios com variações no set point de vazão de cerveja para assim com
essas leituras poder levantar a função de transferência que descreve o processo, fazendo
uso da ferramenta identificação de sistemas do software MatLab. O passo seguinte será
realizar os mesmos ensaios, porém, coletando os dados de pressão e temperatura da linha
de cerveja e pressão na tubulação de CO2, e levantar com essas leituras a função de
transferência baseada nessas duas variáveis. Em sequência teremos a etapa de simulações
e dos modelos com tipos variados de controladores, finalizando então com a
implementação do algoritmo de controle no Controlador Lógico Programável (CLP)
existente.
24
25
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capitulo será abordado todos os assuntos que serão importantes para servir
de subsidio ao desenvolvimento deste trabalho, descreveremos processo produtivo
cervejeiro de sua fase inicial até o processo de envase de forma rápida e objetiva, mas
obviamente focando no processo denominado Filtração, que é onde ocorre o sub processo
de carbonatação da cerveja. Será descrito o sistema já instalado e em funcionamento,
apresentando o fluxograma do processo e instrumentação local existente. Ainda dentro
desta instrumentação será abordado as características e método de análise e
funcionamento do transdutor existente utilizado para medição do CO2 dissolvido e
também da instrumentação proposta para o novo método de leitura. Será visto o pilar
fundamental da proposta deste trabalho que é a Lei de Henry, que discorre sobre o
comportamento da dissolução de um gás em meio líquido.
Esta lei que foi elaborada pelo químico francês François Raoult (1830 – 1901),
descreve a proporcionalidade da pressão parcial de uma substância em uma solução, “[...]
A pressão parcial de vapor de uma substância em uma mistura é proporcional à sua fração
molar na mistura e à sua pressão de vapor quando pura [...]” (ATKINS; DE PAULA,
2012, p. 109). Enunciado conforme equação (1).
𝑝𝑗 = 𝑥𝑗 × 𝑝𝑗∗ (1)
Onde:
26
Como na grande maioria das misturas comumente realizadas, acaba que esses
componentes se distanciam de situações de pureza e com isso a lei de Raoult perde a sua
validade, ainda mais em misturas do tipo líquido/gás (BALL, 2013).
𝑝𝐵 = 𝑥𝐵 × 𝐾𝐻 (2)
Onde:
c) 𝐾𝐻 é a constante de Henry
processos que baseado em uma entrada devem produzir uma saída que atenda um
desempenho desejado (NISE, 2014).
Em geral um sistema de controle realiza três ações, que são a medição, a decisão
e a ação, que de forma concreta são realizadas respectivamente por um
transmissor/sensor, um controlador e um elemento final de controle (SMITH;
CORRIPIO, 2012).
Sensor
2.3.1 Medição
𝑅 = 𝑅0 (1 + 𝐴𝑇 + 𝐵𝑇 2 ) (3)
𝑅 = 𝑅0 [1 + 𝐴𝑇 + 𝐵𝑇 2 + 𝐶𝑇 3 (𝑇 − 100)] (4)
Onde:
b) 𝑅0 é a resistência a 0 °C;
▪ 𝐴 = 3,90802 . 10−3 °𝐶 −1 ;
▪ 𝐵 = 0,580195 . 10−6 °𝐶 −2 ;
Fonte: SENSORES...(2016).
𝐹
𝑃= 𝐴
(5)
32
Onde:
a) Amplificação;
b) Atenuação;
c) Isolação;
d) Multiplexagem;
e) Filtragem;
f) Excitação;
g) Linearização.
E após algumas dessas etapas, deve fornecer em sua saída um sinal elétrico
padronizado de forma a facilitar a interface com o sistema que está requisitando a medição
deste sensor. (CASSIOLATO, 2016).
b) Isolação: método que visa isolar fisicamente o sinal do sensor com o receptor do
mesmo, com intuito de evitar imprecisão de leitura ou surtos de tensão que possam
ocorrer em função de diferença de potencial de terra e tensão em modo comum
(CASSIOLATO, 2016).
d) Linearização: muitos sensores não possuem uma relação de sinal de saída linear
com a variação da medição física, um exemplo é o termopar, um termômetro que
produz um nível de tensão em seus terminais, e a equação que rege o seu
comportamento é um polinômio de 5° a 9° ordem, dependendo do tipo de
termopar (BALBINOT; BRUSAMARELLO, 2013).
Além da leitura de CO2, ainda é realizada a leitura de densidade especifica sobre a unidade
de graus Plato (°P), que é um outro parâmetro de considerável importância para qualidade
da cerveja.
Para tanto o transdutor realiza algumas etapas sequenciais e cíclicas para realizar
as leituras básicas de pressão de saturação e temperatura.
1 The measuring chambre is opened, closed and expanded pneumatically by a robust piston
cylinder unit. [...]. The evaluation unit calculates the CO2 concetration from the saturation
pressure and temperature determined by the CARBO Inline transducer.
37
2 The measuring chamber volume is increased by approximate 13%; a gas phase forms. the
oscillator achieves pressure equalization within a few seconds. The equilibrium pressure and
the temperature are then measured and the CO2 content calculated.
39
2.3.2 Controladores
Como visto na seção 2.3, os sistemas de controle podem ser divididos em sistema
em malha aberta e sistema em malha fechada, na figura 3, foi ilustrado um sistema em
malha fechada, também denominado de sistema realimentado, com a indústria cada vez
mais visando otimizar seus processos, reduzir custos, diminuir tempo e prazos de entrega,
fez-se necessário que os sistemas de controle se tornassem menos dependentes da ação
humano para correções e adequações dos processos dentro dos parâmetros requisitados
para cada processo. Com isso, sistemas realimentados são a maioria absoluta na indústria.
1 𝑡 𝑑
𝑢(𝑡) = 𝐾. [𝑒(𝑡) + . ∫0 𝑒(𝑡). 𝑑𝑡 + 𝑇𝑑 . 𝑑 . 𝑒(𝑡)] (6)
𝑇𝑖 𝑡
Onde:
41
c) 𝐾 é o ganho proporcional;
d) 𝑇𝑖 é o tempo de integração;
e) 𝑇𝑑 é o tempo de derivação.
1
𝑃𝐼𝐷(𝑠) = 𝐾. (1 + + 𝑠. 𝑇𝑑 ) (7)
𝑠.𝑇𝑖
Esta ação de forma pura, tem que o sinal de saída do controlador será proporcional
ao erro do sistema. De forma geral teórica a equação (8) demonstra esta ação pura, porém
em termos práticos temos uma modificação da mesma, conforme equação (9).
Este tipo de ação na maior parte dos processos sempre apresenta um erro
estacionário e mesmo que se aumente o valor do ganho proporcional ainda haverá um
erro residual, além do que quanto maior o valor de K, tende o processo o processo a ficar
com um regime dinâmico longo e podendo levar a instabilidade, conforme figura 15.
Onde:
c) 𝐾 é o ganho proporcional;
d) 𝑢𝑏 é o valor de bias.
Este valor de bias (𝑢𝑏 ), pode ser entendido como um valor pré-fixado de partida
para saída do controlador em casos em que por exemplo o mesmo retorne a automático
quando estava em manual. Este valor pode ser ajustado como o valor médio entre os
limites máximo e mínimo de saída do sinal de controle, ou então é fixado em um valor
que garanta erro estacionário nulo, em um valor de referência específico (ÅSTRÖM;
HÄGGLUND, 1988).
na maioria dos casos ela é acompanhada da ação proporcional como na equação (11), esta
diferença de resposta é mostrada na figura 16 (FRANCHI, 2011).
1 𝑡
𝑢(𝑡) = . ∫0 𝑒(𝑡). 𝑑𝑡 (10)
𝑇𝑖
1 𝑡
𝑢(𝑡) = 𝐾. [𝑒(𝑡) + . ∫0 𝑒(𝑡). 𝑑𝑡] + 𝑢𝑏 (11)
𝑇𝑖
𝑑
𝑢(𝑡) = 𝑇𝑑 . 𝑒(𝑡) (12)
𝑑𝑡
𝑑
𝑢(𝑡) = 𝐾. [𝑒(𝑡) + 𝑇𝑑 . 𝑑𝑡 𝑒(𝑡)] + 𝑢𝑏 (13)
45
𝑑
𝑢(𝑡) = 𝑇𝑑 . 𝑑𝑡 𝑉𝑃(𝑡) (14)
Valor de
referência
I Processo
Valor de
referência
I Processo
Uma das tarefas mais dificeis para um Engenheiro de Controle é realizar sintonia
de controladores de processo, sempre é um processo dispendioso e em alguns infelizes
casos frustantes por não alcançar os objetivos de desempenho desejados para o processo.
No caso do controlador PID, ainda se faz muito uso do metódo de tentativa e erro, em que
o Engenheiro vai varrendo uma infinidade de valores das constantes do controlador para
chegar próximo de valores de respostas satisfatórios. Em outras situações quando possível
e com chance de sucesso elevada é quando o modelo do processo pela sua função de
transferência é conhecida ou então possível de se levantar, mas entretanto normalmente
isso só acontece em processos de complexidade baixa à mediana.
Porém existem técnicas que auxiliam muito esse processo custoso de sintonia de
controladores PID, entre eles temos a reposta ao degrau e ganho crítico desenvolvidas por
John G. Ziegler e Nathaniel B. Nichols em 1942. E outros que se assimilam ao método
de Ziegler-Nichols, mas que têm alguns objetivos especificos como o de Chien, Hrone e
Reswick de 1952 e Cohen-Coon de 1953.
a) 𝑡0 tempo de atraso, tempo decorrido desde aplicação do degrau até uma mudança
perceptível na variável do processo;
𝐾
𝐺(𝑠) = 𝑒 −𝑡0 .𝑠 . (15)
𝜏.𝑠+1
∆𝐶𝑠
𝐾= (16)
∆𝑚
49
3
𝜏= (𝑡2 − 𝑡1 ) (17)
2
𝑡0 = 𝑡2 − 𝜏 (18)
Tipo de Ganho
Tempo Integral Tempo Derivativo
controlador Proporcional
𝛕
P - -
𝐊 . 𝐭𝟎
𝛕
PI 𝟎, 𝟗 . 3,33 . 𝐭 𝟎 -
𝐊 . 𝐭𝟎
𝛕 𝐭𝟎
PID 𝟏, 𝟐 . 2,0 . 𝐭 𝟎
𝐊 . 𝐭𝟎 𝟐
Fonte: Elaborado pelo autor com dados extraídos de SMITH, CORRIPIO (2012, p. 219).
Tipo de Tempo
Ganho Proporcional Tempo Integral
controlador Derivativo
𝛕 𝒕𝟎
P . (𝟏 + ) - -
𝐊 . 𝐭𝟎 𝟑 .𝝉
𝒕
𝛕 𝒕𝟎 𝟑𝟎 + 𝟑 . 𝝉𝟎
PI . (𝟎, 𝟗 + ) 𝒕𝟎 . -
𝐊 . 𝐭𝟎 𝟏𝟐 . 𝝉 𝒕
𝟗 + 𝟐𝟎 . 𝝉𝟎
𝒕
𝛕 𝒕𝟎 𝟑𝟐 + 𝟔 . 𝝉𝟎 𝟒
PID . (𝟏, 𝟑𝟑 + ) 𝒕𝟎 . 𝒕𝟎 . 𝒕
𝐊 . 𝐭𝟎 𝟒 .𝝉 𝒕 𝟏𝟏 + 𝟐 . 𝝉𝟎
𝟏𝟑 + 𝟖 . 𝝉𝟎
Fonte: Elaborado e adaptado pelo autor com dados extraídos de Franchi (2011, p. 151).
51
∞
𝐼𝐴𝐸 = ∫0 |𝑒(𝑡)| 𝑑𝑡 (19)
Tipo de
Ganho Proporcional Tempo Integral Tempo Derivativo
controlador
𝟎, 𝟗𝟎𝟐 𝝉 𝟎,𝟗𝟖𝟓
P .( ) - -
𝐊 𝒕𝟎
Tipo de Ganho
Tempo Integral Tempo Derivativo
controlador Proporcional
𝝉
𝟎, 𝟕𝟓𝟖 𝝉 𝟎,𝟖𝟔𝟏
PI .( ) 𝒕 -
𝐊 𝒕𝟎 𝟏, 𝟎𝟐 − 𝟎, 𝟑𝟐𝟑 . ( 𝝉𝟎 )
𝝉
𝟏, 𝟎𝟖𝟔 𝝉 𝟎,𝟖𝟔𝟗 𝒕 𝟎,𝟗𝟏𝟒
PID .( ) 𝒕𝟎 𝟎, 𝟑𝟒𝟖 . 𝝉 ( 𝟎 )
𝐊 𝒕𝟎 𝟎, 𝟕𝟒𝟎 − 𝟎, 𝟏𝟑𝟎 . ( 𝝉 ) 𝝉
Fonte: Elaborado pelo autor com dados extraídos de SMITH, CORRIPIO (2012, p. 223).
∞
𝐼𝑇𝐴𝐸 = ∫0 𝑒(𝑡). 𝑡 𝑑𝑡 (20)
Tipo de Ganho
Tempo Integral Tempo Derivativo
controlador Proporcional
𝟎, 𝟒𝟗𝟎 𝝉 𝟏,𝟎𝟖𝟒
P .( ) - -
𝐊 𝒕𝟎
𝝉
𝟎, 𝟓𝟖𝟔 𝝉 𝟎,𝟗𝟏𝟔
PI .( ) 𝒕 -
𝐊 𝒕𝟎 𝟏, 𝟎𝟑 − 𝟎, 𝟏𝟔𝟓 . ( 𝝉𝟎 )
𝝉
𝟎, 𝟗𝟔𝟓 𝝉 𝟎,𝟖𝟓𝟓 𝒕 𝟎,𝟗𝟐𝟗
PID .( ) 𝒕𝟎 𝟎, 𝟑𝟎𝟖 . 𝝉 ( 𝟎 )
𝐊 𝒕𝟎 𝟎, 𝟕𝟗𝟔 − 𝟎, 𝟏𝟒𝟕 . ( 𝝉 ) 𝝉
Fonte: Elaborado e adaptado pelo autor com dados extraídos de Franchi (2011, p. 153).
do já citado esta etapa é muito importante para esterilização, visando eliminar qualquer
contaminante (SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CERVEJA, [201-?]),
garantido pelo cozimento em temperatura próxima a 100 °C.
Ainda na sala de fabricação o mosto após passar pela tina de fervura vai para um
local de decantação, separação e retirada do trub (resíduos de proteínas aglutinados). O
mosto livre de trub é enviado a um trocador de calor para ser resfriado em temperaturas
na faixa de 14 a 16 °C, e o mesmo é aerado por ar estéril para auxiliar a atividade de
crescimento da levedura e em seguida enviado aos tanques de fermentação (AQUARONE
et al. 2001).
E por fim, o processo de acabamento consiste em filtrar a cerveja, esta etapa será
mais discutida na seção 3.1, em cerveja final é enviada aos tanques de pressão que servem
somente para armazenar e manter estável a cerveja até o seu envase nas embalagens
comerciais. O último processo aplicado a cerveja, que ocorre após o seu envase é a
pasteurização, ele objetiva prolongar a data de validade da cerveja, através da estabilidade
biológica. Isso quer dizer que a cerveja sofre um aquecimento por um método de aspersão
de água sobre a embalagem, passando a temperatura interior a embalagem de 60 °C, e
depois resfriada gradativamente. Essa transição da pasteurização acontece na passagem
em um túnel que asperge água durante a sua passagem.
56
2.4.1.2 Filtro KG
2.4.1.5 Blendagem
3. METODOLOGIA
para controle de vazão de forma que a vazão é monitorada pelo medidor FIT423221 e a
variável manipulada ficou sendo o conjunto motor-bomba MB423275.
Para a realização disto foi modificado o bloco PID do CLP que controla o
processo, este CLP é do fabricante Allen Bradley, da família Control Logix, modelo
1756–L72, para acesso ao mesmo utiliza-se o software Studio Designer v.24.00. No bloco
PID foi substituído o tag LT423275 por FIT423321 conforme figura 30, e realizado ajuste
de sintonia no método tentativa e erro, uma vez que está malha não é o foco do trabalho
e essa alteração ficará vigente somente enquanto estava realizando coleta de dados, ao
término foi retornada ao modo anterior.
63
3.2.2 Estímulo com sinais padrões na entrada da válvula de CO2 e coleta de dados
Esta etapa foi realizada com o uso do software MatLab, utilizando a ferramenta
Ident que o mesmo possui. Com esta ferramenta foi possível estimar a função de
transferência do processo de carbonatação, tanto para uma temperatura constante e
variando a válvula de CO2, assim como também estimar a função de transferência da
dissolução de CO2 em função da variação da temperatura da cerveja.
Foi inserido como Input o vetor de dados coletados via histórico do supervisório
das variações de pressão da linha de CO2, a partir das variações de abertura da válvula de
CO2, e como vetor de Output, o valor lido pelo transdutor de leitura do CO2 dissolvido na
cerveja a uma temperatura praticamente constante. Esta função estimada servirá para
validação e/ou aproximação a curva praticada de CO2 x Temperatura do anexo A, com a
ressalva que no anexo A, a unidade do valor de CO2 está em volume(vol), a sua correlação
em g/l é determinada pelo dobro do valor dado em volume.
De forma semelhante foi realizado o mesmo passo anterior, porém agora para uma
determinada pressão de CO2 fixa, o vetor de Input sendo o de valores variados de
65
Está tabela foi normalizada pela American Society of Brewing Chemists, ver no
anexo 3. E assim também a mesma foi estimada usando a ferramenta Ident.
Nesta fase o objetivo foi aplicar e criar a lógica de controle parametrizada pelo
melhor comportamento verificado na seção 3.2.6 de forma a fechar a malha de controle
em que o controle de saída da pressão do CO2 esteja em função da temperatura e pressão
na linha de cerveja. E com isso ainda haver uma correção de controle baseando-se também
no valor de leitura referência do transdutor de CO2, uma vez sabido que apesar de sua
característica de leitura em atraso, é o que consegue proporcionar a leitura mais precisa
de CO2 dissolvido na cerveja.
4. DESENVOLVIMENTO
Nesta seção será relatado todos os passos seguidos para a construção prática do
trabalho, assim como também as modificações que se fizeram necessárias no seu
desenvolver em função de resultados não esperados e situações particulares versus o que
foi planejado na seção 3.
Por fim viu-se que não se fez necessário a instalação de um sensor de temperatura
para o sistema, o qual foi citado no item 3.1, pois o próprio sensor de densidade que
trabalha para a leitura do valor de cerveja blendada, possui um sensor de temperatura o
qual o mesmo fornece a leitura da temperatura de cerveja, disponibilizando o sinal em
uma saída de corrente de 4 a 20 mA que foi enviada ao CLP.
𝐷
(𝐶+ )
𝐶𝑂2 [𝑔⁄𝑙 ] = 𝐴 × ( 𝑝[𝑏𝑎𝑟] + 𝑝𝑎𝑡𝑚 [𝑏𝑎𝑟]) × 𝑒 𝑇[°𝐶]+273,15 (21)
Onde:
A = fator de conversão/compensação
Com isso foi elaborado a tabela 6 para verificar a validade da equação (21) e visto
que o erro entre o valor lido pelo instrumento e o valor estimado não é constante, ou seja,
73
os parâmetros C e D provavelmente são diferentes uma vez que ficam na parcela não
linear da equação.
Conforme pode ser visto na figura 26, após o processo de filtração, a cerveja vai
para a Adega de Pressão onde é armazenada até o seu envase. A Adega de pressão nada
mais é que um conjunto de tanques em formato cilíndrico em sua maior parte, tendo
capacidade para 1800 hl, quando enviado para esses tanques pode ocorrer uma dispersão
de CO2 em função da baixa carga que os mesmos oferecem ao fluxo de cerveja. Para tanto
existia previamente no processo uma válvula auto operada mecanicamente para controle
desta contrapressão, conforme foto 3, porém a mesma sempre se demonstrou ineficaz
para tal finalidade pois acabava com o tempo perdendo ajuste e desgaste mecânico
comprometia o seu controle.
Após estas etapas foi inserido esses elementos na tela do supervisório de forma a
fornecer a possibilidade de controle e operação das variáveis tanto de contrapressão
quanto de abertura da válvula em modo manual, conforme figura 33.
Como a válvula não podia ficar totalmente fechada, foi realizado passos de degrau
entre os valores de 20 a 100% de abertura, pois do contrário poderia causar sobre pressão
na tubulação e provocar abertura das válvulas de segurança. Outro fator foi que necessário
realizar passos de degrau maiores como de variação em 40 ou 50% de abertura, pois
valores menores provocavam pouca variação na contrapressão, o que já indicava um
baixo ganho da função de transferência da válvula.
Em média geral a resposta mais típica aos estímulos foi a que está demonstrada
no gráfico 1, para este caso foi realizado um degrau de 100 para 50% de abertura na
válvula.
77
0.000212
𝐺(𝑠) = (22)
𝑠3 + 0,3861 𝑠2 + 0,1476 𝑠 + 0.006651
Com base nas interseções das retas com o gráfico dos dados coletados temos que
𝒕𝟏 = 𝟎, 𝟗 𝒔 e 𝒕𝟐 = 𝟏, 𝟖 𝒔. Com a variação do processo sendo ∆𝑪𝒑 = 𝟎, 𝟒𝟒 𝒃𝒂𝒓, temos
𝟎,𝟒𝟒
que o ganho será 𝒌 = = 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟖. A partir disto podemos determinar as constantes
𝟓𝟎
𝟑
𝝉= (𝟏, 𝟖 − 𝟎, 𝟗) = 𝟏, 𝟑𝟓 (23)
𝟐
𝒕𝟎 = 𝟏, 𝟖 − 𝟏, 𝟑𝟓 = 𝟎, 𝟒𝟓 (24)
79
Método de Ganho
Tempo Integral Tempo Derivativo
sintonia Proporcional
Fonte: Criado e adaptado pelo autor a partir da Cervejaria Minas Gerais (2017).
Pode ser visto que apesar de valores próximos dos parâmetros dos ganhos do PID
para cada método de cálculo, as respostas foram bastante diferentes entre si. Vemos que
a curva em azul que é a resposta para o método ITAE, foi a que ofereceu melhor tempo
81
de resposta, porém causava muita oscilação assim como as demais curvas, com exceção
da curva em roxo que representa o método IAE para distúrbio, nesta teve-se um tempo
de acomodação em torno de 50 segundos, que para uma variável de pressão realmente é
alto, porém é importante ressaltar que neste circuito variações bruscas de contrapressão
podem acarreta problema nas demais malhas de vazão e nível que antecedem este
controle, além de que overshoot também é uma situação não desejável para o sistema em
função de que alguns tanques como o filtro trap mostrado na figura 26 tem pressão
máxima de trabalho em 5 bar, o que é um fator crítico para o controle de contrapressão,
por isso se optou permanecer com a resposta em tempo de acomodação maior, mas sem
overshoot.
Como sendo esta tarefa uma questão de cuidado operacional, ocorria as vezes de
o processo partir em modo analisador e isto causar uma instabilidade por determinado
tempo no processo. Ou então como o princípio de leitura do extrato da cerveja é a partir
da sua densidade, o mesmo poderia parar de realizar uma leitura adequada quando era
necessário injetar uma maior quantidade de CO2 na tubulação, pois as bolhas
influenciavam no densímetro do MEX423221.
Para tanto foi criado uma lógica de comutação automática entre o modo
Proporcional e modo Analisador, de forma que em toda partida o modo adotado seja o
Proporcional e após três minutos em que o nível medido pelo sensor LT423275 no tanque
pulmão de cerveja filtrada esteja dentro os limites de 95% a 105% do set-point solicitado
para o mesmo, então o sistema comutado para o controlador para modo Analisador. A
partir de então caso o valor de extrato lido pelo sensor MEX423221 passe dos limites de
90% a 110% em relação ao set-point da receita da cerveja sendo filtrada em questão, então
automaticamente é retornado para o modo Proporcional e fica no mesmo até que se
estabilize a leitura para então retornar novamente ao modo Analisador. A figura 33 mostra
essa parte da lógica implementada no CLP em linguagem Ladder.
83
Fonte: Criado e adaptado pelo autor a partir da Cervejaria Minas Gerais (2017).
84
85
CONCLUSÃO
Com isso fez-se necessário procurar meios de ao menos reter o CO2 dosado sem
que houvesse grandes dispersões do mesmo, uma forma encontrada foi a de melhorar o
controle de contrapressão na saída da filtração, controle esse que era realizado por uma
válvula auto pilotada, onde não havia linearidade e compensação dos desgastes sofridos
na mesma com o passar do tempo. A etapa de identificação função de transferência da
nova válvula em função da contra pressão foi um tanto quanto demorada, pois ao realizar
a identificação do sistema com a ferramenta do MatLab para os vários cenários de
estímulos de abertura da válvula, viu-se ocorrer uma não conformidade de semelhança
entre as funções encontradas para cada caso, além do que por exemplo, quando aplicado
dados de uma coleta A função identificada com coleta B, a taxa de aproximação era muito
baixa, o que tornava a validação daquele modelo inviável. A partir de então para adequar
o processo em um tempo hábil em que atendesse a cervejaria, foi passado para o
levantamento de parâmetros de forma simplificada para servir de ponto de partida para
os valores das constantes de PID a serem testadas.
Por fim e até de forma curiosa uma grande contribuição para o controle do
CO2 durante estados transitórios da filtração como partida e parada e pequenos distúrbios
na vazão, foi a adoção da comutação automática entre os dois modos de controle da vazão
de água blendada. Fazendo com que em situações críticas se mantivesse uma
88
REFERÊNCIAS
ANTON PAAR GMBH. Instruction Manual CARBO Inline. Graz: [s.n.], 2004.
AQUARONE, E.; (COORD). Biotecnologia indutrial. São Paulo: Blucher, v. IV, 2001.
ÅSTRÖM, K. J.; HÄGGLUND, T. PID Controllers: Theory, Design and Tuning. 2°.
ed. [Research Triangle Park]: International Society of Automation, 1988.
ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico - Química Fundamentos. 5°. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2012.
BALBINOT, A.; BRUSAMARELLO, V. J. Instrumentação e Fundamentos de
Medidas. 2°. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. I, 2013.
BALL, D. W. Físico-Química. São Paulo: Cengange Learning, v. I, 2013.
BAZANELLA, A. S.; GOMES DA SILVA JR., J. M. Sistemas de controle: princípios
e métodos de projeto. 1°. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005.
BOAVENTURA, J. Optimização do Processo de Filtração de Cerveja. Porto:
Universidade do Porto, 2009.
CASSIOLATO, C. Medição de pressão: tudo o quê você precisa conhecer. Profibus,
2010. Disponivel em: <http://www.profibus.org.br/images/arquivo/pdf-1-
543ebf8b1e0a2.pdf>. Acesso em: 9 out. 2016.
CASSIOLATO, C. Condicionamento de sinais analógicos & sensores. Smar, 2016.
Disponivel em: <http://www.smar.com/brasil/artigo-tecnico/condicionamento-de-sinais-
analogicos-sensores>. Acesso em: 9 out. 2016.
DORF, R. C.; BISHOP, R. H. Sistemas de controle moderno. 12°. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2013.
FRANCHI, C. M. Controle de processos industriais: princípios e aplicações. 1°. ed.
São Paulo: Érica, 2011.
IFM. PG2794. IFM, 2016. Disponivel em:
<https://www.ifm.com/products/br/ds/PG2794.htm>. Acesso em: 31 out. 2016.
KHS. Innopas PI/IISC tunnel pasteurizer. KHS, [201-?]. Disponivel em:
<http://www.khs.com/fileadmin/Produkte/Innopas/PSC/PSC%20EN/Spritzung%20PSC
_1.jpg>. Acesso em: 23 out. 2016.
MEHEEN, D.; VELAS, M.; TOMCZYK, J. Volunteer Welding, 2016. Disponivel em:
<http://www.volunteerwelding.com/bev-carb/pdfs/Carbonation%20Demystified.pdf>.
Acesso em: 15 Setembro 2016.
NATIONAL INSTRUMENTS. O que é condicionamento de sinal? National
Insturments, 2012. Disponivel em: <http://www.ni.com/white-paper/10630/pt/>. Acesso
em: 9 out. 2016.
90