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SIMPLES
DE TEATRO apresenta
Quem se atreve a definir esta mulher? Enigmática, para as improvisações dos atores. A pesquisa chegou a um ponto de uma pela “interação”, já desgastada em experimentos
Antônio Callado. Um mistério, para Carlos Drummond elaboração cênica cujo o único desenvolvimento se fará no encontro anteriores, mas por uma espécie de cumplicidade
de Andrade. Insolúvel, para o jornalista Paulo Francis. com o público, relação em que se experimenta os anos de exercícios brechtiana, no qual a identificação se dá pela diluição de
Ela não fazia literatura, mas bruxaria, disse Otto Lara compartilhados somente com os próprios “fazedores de teatro”. uma “quarta parede” – remontando ao teatro épico – e
Resende. Portanto, um dos principais focos deste projeto concentra-se na ao mesmo tempo sua reconstrução imediata, num
relação de uma cena feita não para o público, mas sim, pelo público. equilíbrio entre confluência e distanciamento em relação
Em maio de 1976, o jornalista José Castello, colaborador
ao público, este subitamente norteado pela identificação
de O Globo, recebe a missão de entrevistar Clarice Para tanto é no corpo – como único instrumento possível – que se
direta e afetiva com o labor teatral exercido pelo grupo.
Lispector. Corre boato de que ela não quer mais saber inicia a prática dos laboratórios. O trabalho sobre o corpo encontra
de entrevistas, mas Castello consegue o encontro. suas múltiplas variantes na busca de uma proposta que vê no ator o O que se tem a dizer, nestes “tempos sombrios” aos quais
alicerce máximo da construção cênica. São variações de técnicas, Brecht, já nos perscrutava na década de trinta, encontra
Dialogam:
resumíveis no auto-conhecimento e auto-controle do corpo, em que seu ponto de partida e desdobramento num trabalho em
J.C. – Por que você escreve?
os atores afinam seu único instrumento para torná-lo sensível ao mais que a transformação e a identificação se consolidam
C.L. – Vou lhe responder com outra pergunta: – Por que
fino toque do jogo teatral. A trajetória desta aprendizagem amorosa organicamente, sem excessos de textos ou verborragias
você bebe água?
forma a consoante verbal à trajetória de busca de cada um dos atores literárias, tendo-se como fulcro a essência de uma obra
J.C. – Por que bebo água? Porque tenho sede.
do grupo. É a partir das representações simbólicas e alegóricas, clariceana pouco conhecida, e rica em reflexões e
C.L. – Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois
centrada nas personagens de Lóri (ela), Ulisses (ele) e o Mar, que se questionamentos ainda em vigor em nossos tempos atuais,
eu também: escrevo para me manter viva.
enreda a dramaturgia de “Se eu fosse eu...”, peça que obteve êxito sejam eles “sombrios”, ou iluminados por uma anti-tragédia,
Investigada por pesquisadores apaixonados no mundo em suas duas temporadas no primeiro semestre de 2006, na EAD e em que todas as saídas são possíveis na trajetória de uma
todo, Clarice é uma das mais cultuadas escritoras do TUSP, consideráveis redutos de experimentos dramatúrgicos de aprendizagem não apenas amorosa, mas também humana.
brasileiras. Para muitos, das mais importantes do século São Paulo.
20, no mundo.
Se a Cia
eu Simples
fosse de Teatro:
eu:
a trajetória
Antônio Januzelli
Simples
de Teatro:
direção
Cia Simples de Teatro
orientação
Antônio Januzelli
Flavia Melman
preparação corporal
Clarissa Leme Rezende
design gráfico
Fernanda Resende
iluminação
Cristiane Paoli Quito
fotos
Melina Borba e
Fabriketta Filmes
contatos
Flávia Melman
55 (11) 9272 1931
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Otávio Dantas
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