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CIA

SIMPLES
DE TEATRO apresenta

CRIAÇÃO INSPIRADA NA OBRA


UMA APRENDIZAGEM OU
O LIVRO DOS PRAZERES
DE CLARICE LISPECTOR
Se
eu
fosse
eu:
Escolhemos a mestra
Clarice Lispector por seu fluxo livre,
uma pergunta sobre si mesmo
pela palavra-corpo, pela fronteira entre o real imediato
I » conceito Centrada no desenvolvimento de uma pesquisa II » objetivo O objetivo do projeto consiste na III » justificativa Em se tratando de uma
e uma profundidade íntima, por seus mistérios, e acima
que se construiu ao longo de três anos, a peça Se eu Fosse Eu é continuidade do espetáculo “Se eu fosse eu....”, livremente baseado investigação do “processo colaborativo” a partir do que
de tudo, porque sabíamos que falar em Clarice sem falar
fruto de um projeto que se predispôs à uma investigação do trabalho na obra Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, de Clarice chamamos de “dramaturgia do ator”, colocou-se o
de nós mesmos seria uma traição. Esse trabalho expõe
do ator, aliado a uma construção dramatúrgica que investigasse as Lispector. Por meio de uma construção cênica centrada nos quatro processo como objeto de pesquisa com interesse público
nossos fragmentos de aprendizagem sobre o universo
raízes do que hoje em dia se convém chamar de “processo atores, com recursos materiais mínimos, e de extrema funcionalidade, - dado tratar-se de uma investigação de um processo que
clariciano, sobre as práticas do ator, sobre nós. Não há
colaborativo”. Neste projeto o ator assume o centro dessa construção, realiza-se uma das mais “inovadoras e impetuosas montagens sobre vem se consolidando na última década como alternativa
história, não há fábula. Apenas uma mulher. Duas. Mil.
com livre inspiração na obra “Uma Aprendizagem ou o Livro dos a obra clariceana”, nas palavras da mestra Maria Alice Vergueiro, para um teatro, segundo o qual, nas palavras de Anatol
Há um homem. Dois. Vários. E há o encontro. E os
Prazeres”, de Clarice Lispector. que vislumbrou na referida peça elementos destoantes do que se Rosenfeld: “O ator não é garçon, ele participa do preparo
desencontros. Veias, rios, corredores, mais corredores,
convencionou no âmbito das “adaptações” constantes projetadas do prato.”
encontros, desencontros, rios. Visando escapar às leituras costumeiras às quais a obra da autora
sobre a obra de Clarice.
se submete (adaptações dramatúrgicas ou transposições cênicas de A relevância do projeto dá-se, antes de mais nada, pela
Cia simples.
contos ou mesmo romances), o processo contou com a orientação grande receptividade da crítica, e especialmente do público,
geral de Antônio Januzelli, por meio da investigação estabelecida composto por uma mescla de jovens e adultos, dispostos
Clarice Lispector... nos moldes dos “Laboratórios livres” – que têm como plataforma numa ambiência criativa compartilhada, sedimentada não

Quem se atreve a definir esta mulher? Enigmática, para as improvisações dos atores. A pesquisa chegou a um ponto de uma pela “interação”, já desgastada em experimentos

Antônio Callado. Um mistério, para Carlos Drummond elaboração cênica cujo o único desenvolvimento se fará no encontro anteriores, mas por uma espécie de cumplicidade

de Andrade. Insolúvel, para o jornalista Paulo Francis. com o público, relação em que se experimenta os anos de exercícios brechtiana, no qual a identificação se dá pela diluição de

Ela não fazia literatura, mas bruxaria, disse Otto Lara compartilhados somente com os próprios “fazedores de teatro”. uma “quarta parede” – remontando ao teatro épico – e

Resende. Portanto, um dos principais focos deste projeto concentra-se na ao mesmo tempo sua reconstrução imediata, num
relação de uma cena feita não para o público, mas sim, pelo público. equilíbrio entre confluência e distanciamento em relação
Em maio de 1976, o jornalista José Castello, colaborador
ao público, este subitamente norteado pela identificação
de O Globo, recebe a missão de entrevistar Clarice Para tanto é no corpo – como único instrumento possível – que se
direta e afetiva com o labor teatral exercido pelo grupo.
Lispector. Corre boato de que ela não quer mais saber inicia a prática dos laboratórios. O trabalho sobre o corpo encontra

de entrevistas, mas Castello consegue o encontro. suas múltiplas variantes na busca de uma proposta que vê no ator o O que se tem a dizer, nestes “tempos sombrios” aos quais
alicerce máximo da construção cênica. São variações de técnicas, Brecht, já nos perscrutava na década de trinta, encontra
Dialogam:
resumíveis no auto-conhecimento e auto-controle do corpo, em que seu ponto de partida e desdobramento num trabalho em
J.C. – Por que você escreve?
os atores afinam seu único instrumento para torná-lo sensível ao mais que a transformação e a identificação se consolidam
C.L. – Vou lhe responder com outra pergunta: – Por que
fino toque do jogo teatral. A trajetória desta aprendizagem amorosa organicamente, sem excessos de textos ou verborragias
você bebe água?
forma a consoante verbal à trajetória de busca de cada um dos atores literárias, tendo-se como fulcro a essência de uma obra
J.C. – Por que bebo água? Porque tenho sede.
do grupo. É a partir das representações simbólicas e alegóricas, clariceana pouco conhecida, e rica em reflexões e
C.L. – Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois
centrada nas personagens de Lóri (ela), Ulisses (ele) e o Mar, que se questionamentos ainda em vigor em nossos tempos atuais,
eu também: escrevo para me manter viva.
enreda a dramaturgia de “Se eu fosse eu...”, peça que obteve êxito sejam eles “sombrios”, ou iluminados por uma anti-tragédia,
Investigada por pesquisadores apaixonados no mundo em suas duas temporadas no primeiro semestre de 2006, na EAD e em que todas as saídas são possíveis na trajetória de uma
todo, Clarice é uma das mais cultuadas escritoras do TUSP, consideráveis redutos de experimentos dramatúrgicos de aprendizagem não apenas amorosa, mas também humana.
brasileiras. Para muitos, das mais importantes do século São Paulo.
20, no mundo.
Se a Cia
eu Simples
fosse de Teatro:
eu:
a trajetória
Antônio Januzelli

Diretor, ator, professor e pesquisador das práticas do ator. Bacharel


em direito pela PUCAMP e formado em artes cênicas pela ECA-USP
e pela EAD. Tem mestrado e doutorado pela ECA-USP. Professor da
Luciana Barros
EAD, no departamento de arte cênicas da ECA e na Universidade
» histórico do projeto A Cia Simples de » espaço cênico A busca de uma relação de encontro São Judas Tadeu. É vice-chefe do departamento de artes cênicas da Formada pela Escola de Arte Dramática (EAD – ECA –
Teatro iniciou efetivamente a pesquisa com os textos de verdadeiro com a platéia trouxe para a peça uma reflexão sobre a USP, coordenador do LINCE (Laboratório do ator), coordenador do USP) e graduada em comunicação pela ESPM (Escola
Clarice Lispector em setembro de 2004. Em maio de disposição do público e da relação entre ator e espectador. curso de pós graduação em teatro na Universidade São Judas Tadeu, Superior de Propaganda e Marketing). Trabalhou com:
2005, o grupo apresentou um ensaio aberto para um membro do conselho editorial da Revista da Eca, membro do conselho Heron Coelho (Gota D‘Água – Breviário), Mario Piacentini
Um projeto cenográfico para a peça “Se eu fosse eu...” foi
público de aproximadamente oitenta pessoas no teatro editorial da revista do LUME – Unicamp, representante do (O assassinato do Marquês de Sade), Georgette Fadel
desenvolvido pela designer Fernanda Resende, como tema de sua
do SESC Pompéia. A encenação “Porque o ar em departamento de artes cênicas na AIEST (Associación Ibero Americana (Preqária), Cristiane Paoli Quito (Comédia dos Erros,
pós-graduação em design gráfico pelo SENAC-SP.
movimento é brisa”, embrião do que se tornaria a peça de Escuelas Superiores de Teatro). É o autor do livro A Aprendizagem Clown), Iacov Hillel (Hair), Bete Dorgam (À margem da
consolidada, apontou caminhos interessantes para o O objetivo do projeto foi desenvolver um trabalho colocando o vida), Luis Damasceno (O Último Folhetim), Radio
do Ator pela editora Ática, 1986-1992, e autor do Ofício do Ator
desenvolvimento do trabalho do grupo, que iniciou um design a serviço da linguagem teatral, interferindo no espaço cênico, Itinerante 202,6 mhz. Trabalha com locuções, ministra
e os Estágios das Transparências e de metodologias da prática do
novo processo em junho de 2005, apontando para a interagindo com os elementos do espetáculo (palco, luz, corpo dos aulas de voz. Venceu o prêmio de melhor atriz com o
ator no Brasil, a serem publicados. Dirigiu e atuou em mais de 50
encenação de “Se eu fosse eu...” atores, cenário, figurinos, objetos de cena etc.), no sentido de espetáculo Sobreviventes de Caio Fernando Abreu.
produções no Brasil.
enriquecer a rede de signos verbais e não-verbais que compõem a Vencedora do Festival de Monólogos de Vitória.
» sinopse A peça expõe a iniciação de uma mulher tessitura da peça. Ganhadora do prêmio literatura áudio ficções do Itaú
Daniela Duarte
(Lóri), na busca de si mesma. Enfrentando-se e
A definição de alguns parâmetros para a concepção cenográfica Cultural de 2005 com o texto Lurdes e as Estrelas.
questionando a sua própria natureza, ela descobre que Formada pela Escola de Arte Dramática (EAD – ECA – USP) e graduada
foram fundamentais, como a proximidade entre platéia e atores e Preparadora vocal do espetáculo Orlando (Paula Picarelli),
a experiência maior de sua vida será o encontro com o em História, Bacharelado pela FURG (Fundação Universidade do Rio
a adaptabilidade aos espaços de apresentação. Explorou-se formas Cartas para o Futuro (Helder Mariani).
outro (Ulisses), descobrindo o amor. Seguindo o mapa Grande RS). Trabalhou com: Heron Coelho (Gota D‘Água – Breviário),
diferenciadas de ocupação espacial a fim de se atingir uma
da aprendizagem sugerida por Clarice, a companhia Mario Piacentini (O assassinato do Marquês de Sade), Georgette
proximidade e intimidade que a pesquisa suscita no instante cênico. Otávio Dantas
mergulhou em sua própria trajetória desaguando assim, Fadel (Preqária), Cristiane Paoli Quito (Comédia dos Erros, Clown),
Assim, a platéia foi incorporada ao projeto como parte integrante
num espetáculo que contém, como a vida, um fluxo não- Iacov Hillel (Hair), Bete Dorgam (À margem da vida), Luis Damasceno Formado pela Escola de Arte Dramática (EAD – ECA –
da visualidade do espetáculo teatral. Torna-se, deste modo, essencial
linear. São narrativas fragmentadas. Ora os “atores / (O Último Folhetim) e outros, em diversas pesquisas desde 1994. USP) e graduado em comunicação pela ESPM (Escola
a relação entre atores e platéia, num jogo de alteridade e
personagens” são inconscientes, ora despertam para a Trabalha com dublagens e locuções, ministra aulas de voz. Venceu Superior de Propaganda e Marketing). É coordenador,
espelhamento, incabíveis ao palco italiano, fator que viabiliza a
consciência de sua própria existência. “Se eu fosse eu...” o prêmio de melhor atriz com o espetáculo Sobreviventes de Caio diretor e professor do grupo de teatro da ESPM. Foi
ocupação de espaços não convencionais: galpões, salas, porões etc.,
é estruturada por cenas previamente ensaiadas e células Fernando Abreu. Ganhadora do prêmio literatura áudio ficções do dirigido por Cristiane Paoli Quito (Hamlet, Inspetor Geral,
locações alternativas e de possível adaptação.
improvisacionais. Assim, um novo espetáculo é formado Itaú Cultural de 2005 com o texto Muribeca. Clown), Beth Lopes (Merlin), Bete Dorgam (A Gaivota),
a cada apresentação. A peça não se fecha em uma única O projeto cenográfico aguarda patrocínio para se concretizar em André Garolli (Pedreira das Almas), Luis Damasceno (Nosso
linha narrativa pois entendemos que o espectador apresentações futuras da peça. Aniversário), Dan Stubalch e Fábio Herford (O Inspetor
Flavia Melman
completa a trama com sua própria história. Parafraseando Geral, Aurora da Minha Vida, Arsênico e Alfazema, Capitão
Clarice, “nosso porto de chegada são os outros”. Formada pela escola de Arte Dramática (EAD ECA USP) e em formação Fracassa, dentre outras). Ganhador dos prêmios de melhor
na Faculdade de Psicologia da USP. Trabalhou com: Antunes Filho ator (Festival Paulista de Teatro Amador – FEPAMA, 1999),
(CPT- Medéia), Gerald Thomaz (Esperando Beckett), Cristiane Paoli melhor ator coadjuvante (FEPAMA 1997), melhor ator
Quito (Romeu e Julieta, Hamlet, Inspetor Geral, Clown), Antonio coadjuvante (Festival de Cinema de Recife 2001 pelo curta
Araújo (pesquisas de novas dramaturgias, monólogo A Mulher metragem Sintonia Fina). Em 2002, cursou pós graduação
Sozinha), Beth Lopes (Merlin), Bete Dorgam (Despertar da Primavera), sobre o Laboratório Dramático do Ator, ministrado pelo
Tich Vianna (Commedia dell’ arte), André Garolli (Pedreira das Almas), Prof. Dr. Antonio Januzelli.
Luis Damasceno (Bodas de Papel), Heron Coelho (Gota D‘Água –
Breviário) dentre outros espetáculos desde 1996. É coordenadora
do projeto Corpo Existente em escolas, ONGs e empresas.
imprensa
a Cia Daniela Duarte

Simples
de Teatro:
direção
Cia Simples de Teatro

orientação
Antônio Januzelli
Flavia Melman
preparação corporal
Clarissa Leme Rezende

design gráfico
Fernanda Resende

iluminação
Cristiane Paoli Quito

fotos
Melina Borba e
Fabriketta Filmes

produção Luciana Paes de Barros


Cia Simples de Teatro

contatos
Flávia Melman
55 (11) 9272 1931
fmelman@gmail.com

Otávio Dantas
Otávio Dantas
55 (11) 8346 4620
otaviodantas@terra.com.br

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