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O alef, a primeira letra do alfabeto hebraico, é formado por dois yuds (a décima letra do
alfabeto hebraico) — um no alto, à direita, e outro embaixo, à esquerda — unidos por um vav (a
sexta letra) em diagonal. Ele representa as águas superiores e inferiores e o firmamento entre
elas, conforme ensinado pelo Arizal (Rabi Itschac Luria, que recebeu e revelou novas
percepções dentro da milenar sabedoria da Cabalá).
A água é mencionada pela primeira vez na Torá no relato sobre o primeiro dia da Criação: “E o
espírito de D’us pairou sobre a superfície da água”. Naquele momento as águas superiores e
inferiores eram indistinguíveis. Seu estado é referido como “água dentro de água”. No segundo
dia da Criação, D’us separou as duas águas “estendendo” o firmamento entre elas.
No serviço da alma, conforme ensinado pela Chassidut, a água superior é a água do júbilo, da
experiência de estar próximo a D’us, enquanto a água inferior é a água da amargura, da
experiência de estar distante de D’us.
Na filosofia judaica, as duas propriedades intrínsecas da água são “molhada” e “fria”. A água
superior é “molhada” com o sentimento de unidade com a “exaltação de D’us”, enquanto a
água inferior é “fria” com o sentimento de separação, de frustração por vivenciar a inerente
“baixeza do homem”. O serviço Divino, conforme ensinado pela Chassidut, enfatiza que,
realmente, a consciência primordial de ambas as águas é o senso do Divino – cada uma a
partir de sua própria perspectiva: sob a perspectiva da água superior, quanto maior a
“exaltação de D’us”, maior a união de todos em Seu Ser Absoluto. Já sob a perspectiva da
água inferior, quanto maior a “exaltação de D’us”, maior o vácuo existencial entre a realidade
de D’us e a do homem, e daí a inerente “baixeza do homem”.
O Talmud relata sobre quatro sábios que entraram no Pardês, o pomar místico de elevação
espiritual que é alcançado somente por meio de intensa meditação e contemplações
cabalísticas. O mais notável dos quatro, Rabi Akiva, disse aos outros antes de entrar: “Quando
vocês chegarem ao local da rocha de puro mármore, não digam ‘água-água’, pois consta que
‘aquele que fala mentiras não ficará diante de meus olhos’”. O Arizal explica que o lugar da
“rocha de puro mármore” é onde a águas superiores e inferiores se unem. Aqui não se pode
evocar “água-água” como que estabelecendo uma divisão entre a água superior e a inferior. “O
local da rocha de puro mármore” é o local da verdade – o poder Divino de sustentar
simultaneamente dois opostos. Nas palavras de Rabi Shalom ben Adret: “o paradoxo dos
paradoxos”. Aqui a “exaltação de D’us” e Sua proximidade com o homem se unem com a
“baixeza do homem” e sua “distância” de D’us.
A Torá começa com a letra beit (a segunda letra do alfabeto hebraico): “Bereishit (No início)
D’us criou os céus e a terra”. Os Dez Mandamentos, a revelação Divina para o povo judeu no
Monte Sinai, começa com a letra alef: “Anochi [Eu] sou D’us, seu D’us, que tirou vocês da terra
do Egito, da casa da escravidão”. OMidrash afirma que a “realidade superior” foi separada da
“realidade inferior”, pois D’us decretou que a realidade superior não descende, nem tampouco
a realidade inferior ascende. Na entrega da Torá, D’us anulou Seu decreto, sendo Ele Próprio o
primeiro a descer, como está escrito: “E D’us desceu sobre o Monte Sinai”. A realidade inferior,
por sua vez, ascendeu: “E Moshe se aproximou da nuvem…”. A união da “realidade superior”,
o yud superior, com a “realidade inferior”, o yud inferior, através do vav conectivo da Torá, é o
segredo fundamental da letra alef.
FORMA
Um yud em cima e um yud embaixo com um vav separando-os e unindo-os simultaneamente.
O segredo da imagem na qual o homem foi criado.
Mundos
A água superior e a água inferior com o firmamento entre elas.
No mundo:
1. A atmosfera superior, a atmosfera inferior, o oceano e o lençol de água.
2. Ondas de energia, a atmosfera, o ciclo hidrológico.
No corpo humano:
Almas
Sentir-se próximo de D’us e distante d’Ele, com o comprometimento com Torá
e mitzvot equlibrando estas emoções.
“O choro está enraizado em um lado do meu coração, enquanto a alegria está enraizada no
outro lado do meu coração.”
Divindade
Luz Transcendente e Luz Imanente, com a contração (tzimtzum) e a impressão (reshimu) entre
elas.
O homem em perfeita união com a Vontade Infinita de D’us.
NOME
Bois, milhar, ensinamento, mestre.
Mundos
Bois – realidade física bruta, a alma animal inferior.
Divindade
“Mestre do universo”.
NÚMERO
Um
Mundos
O primeiro dos números contáveis.
Almas
“Uma nação na terra”.
Divindade
“D’us é Um”: a unidade absoluta de D’us.
Beit é numericamente igual à palavra “ta’avá”, que significa “desejo” ou “paixão” (412). De um
modo geral, “ta’avá” denota uma característica humana negativa. Entretanto, em diversos
lugares, “ta’avá” indica a paixão positiva do tzadik, o homem justo. Uma passagem
em Provérbios afirma: “Ele cumprirá a paixão dotzadik”, e uma segunda diz: “as paixões
dos tzadikim são somente boas.” A “ta’avá” de D’us, o “Tzadik do mundo” está totalmente
acima da razão e da lógica. Neste nível, não se pergunta “por que”. Como expressou Rabi
Shneur Zalman de Liadi: “Sobre a paixão, não pode haver pergunta.” Assim como D’us é a
essência do bem, também Sua paixão é “somente bem”.
“Com quem o Santo, Bendito seja, Se aconselhou sobre criar ou não o mundo? Com as almas
dostzadikim.” As “almas dos tzadikim referem-se a todas as almas judias, como é dito: “Todo
Seu povo é detzadikim.” A conotação de D’us como o “Tzadik do mundo” se refere à origem e
união absoluta da alma judia em Sua própria Essência. Quando a alma desce para se investir
na consciência finita e na vivência de um corpo aparentemente mundano, sua tarefa é tornar-se
o tzadik aqui embaixo, emulando verdadeiramente sua Fonte, o “Tzadik Acima”. Isto é
alcançado através do refinamento e purificação da paixão, ta’avá, para que ela se torne
“somente bem”.
O “Tzadik Acima” habita na Casa construída para Ele pelo tzadik aqui embaixo. Aqui, a paixão
mais profunda do Criador se concretiza. O beit grande, a primeira letra da Torá e o começo da
Criação, expressa este propósito fundamental, como é dito: “A última ação é a primeira a surgir
no pensamento.” Na primeira palavra da Torá, Bereishit, as três letras “serviçais” — o
prefixo beit e as duas letras sufixas,yud e tav — formam bayit, “casa” (equivalente à soletração
total da letra beit). A raiz de “bereishit”, rosh, significa “cabeça”. Assim, a permutação mais
“natural” de bereishit é lida como: rosh bayit, “a cabeça da casa”. Uma troca das letras
de rosh forma osher, “alegria”. Quando o tzadik atrai D’us, a “Cabeça”, para dentro de Sua
Casa, esta se torna uma casa de alegria verdadeira e eterna.
Trazer a “Cabeça” para habitar em Sua “Casa” aqui embaixo, em verdadeira alegria, é o
segredo de brachá, “bênção”, que começa com a letra beit. Nossos Sábios ensinam que o
“grande beit” inicia a Criação — e a Torá como um todo — com o poder da bênção. D’us
abençoa Sua criação, a qual Ele criou com o atributo da bondade, o atributo de Avraham
(Abraão), como será explicado na letra hei. Avraham, a primeira alma judia, recebe
subsequentemente o poder da bênção, o “grande beit” da Criação, como é dito: “E você será
[aquele que concede] bênção.” Posteriormente, no momento de sua circuncisão, lhe foi
concedido o “pequeno hei” da Criação, o poder de atrair para baixo e manifestar a bênção
Divina da alegria no mais ínfimo detalhe da realidade.
A Bênção Sacerdotal é composta de três versículos. O número de palavras aumenta na ordem
de 3, 5 e 7, sempre com a mesma diferença de dois, beit. O número de letras aumenta na
ordem de 15, 20 e 25, sempre com a mesma diferença de cinco, hei. As palavras representam
uma consciência total, ou ampla, enquanto as letras representam uma consciência particular,
ou pequena. O poder de abençoar “totalmente” é o poder da letra beit, como é dito: “E repleto
com a bênção de D’us.” O poder de atrair a bênção para o mais ínfimo detalhe da realidade
pertence ao hei.
Este serviço de Avraham, e de todos os judeus depois dele, leva à concretização da intenção
primordial da Criação, a compreensão do poder de bênção de Israel, de que o domínio do Rei
(a “Cabeça da Casa”) se expande para abranger toda a realidade, e, portanto, conceder
verdadeira alegria a todos.
FORMA
Três vavs conectados com uma abertura à esquerda, o “lado norte”.
Mundos
“O mal começa pelo norte.”
Os três traços de caráter positivos da alma animal e a má inclinação. A abertura do lado norte
simboliza o atributo da coragem.
Almas
A abertura do lado norte simboliza o “temor ao céu”.
Lado Aberto — ocultação Divina — “Ele” — no coração encoberto — a escuridão acima da luz.
NOME
Casa
Mundos
Uma casa física.
Almas
O aspecto feminino da alma representado pela casa.
O poder da gestação.
Divindade
O desejo de D’us de fazer uma morada para Si nos mundos inferiores.
NÚMERO
Dois
Mundos
O início da pluralidade revelada.
Complexidade hierárquica.
Almas
A alma descrita como a “subordinada do Rei”.
Divindade
O Próprio poder Divino de conter duas oposições.
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Nossos Sábios ensinam que guimel, a terceira letra do alfabeto hebraico, simboliza um
homem rico correndo atrás de um homem pobre, o dalet, para lhe dar caridade. A
palavra guimel deriva da palavraguemul, que em hebraico significa tanto dar uma
recompensa quanto dar um punição. Na Torá, tanto a recompensa quanto a punição
compartilham do mesmo objetivo primordial: a retificação da alma para que a luz de D’us
possa ser recebida em toda sua extensão.
Recompensa e punição indicam que o homem é livre para escolher entre o bem e o mal.
(O ensinamento do guimel, então, remete ao da abertura do lado esquerdo do beit, de
onde ele se origina, conforme explicado acima.) O Rambam (Maimônides) enfatiza, em
particular, o livre-arbítrio como algo fundamental à fé judaica. De acordo com o Rambam, o
Mundo Vindouro, a época da recompensa, é um mundo totalmente espiritual, de almas
sem corpos. Com relação a este ponto, Ramban (Nachmânides) discorda e argumenta que
como a completa liberdade de escolha existe somente em nosso mundo físico, a
retificação máxima da realidade — a recompensa do Mundo Vindouro — também ocorrerá
em um plano físico. A Cabalá e a Chassidut sustentam a opinião do Ramban.
Isto é indicado pela perna da letra guimel, que representa a corrida do homem rico para
fazer o bem ao homem pobre. Correr, mais do que qualquer outro ato físico, expressa o
poder da vontade e do livre-arbítrio (a palavra hebraica para “correr”, ratz, está relacionada
com a palavra “vontade”, ratzon). Ao correr, a perna fica em firme contato com a terra;
através de um ato de bondade, a alma afeta diretamente a realidade física. A recompensa
final, a revelação definitiva da luz Essencial de D’us, será, então, legitimamente concedida
à alma exatamente no mesmo contexto do empenho de sua vida — o mundo físico.
A Torá diz: “ Hoje [neste mundo] fazê-las”, de onde os Sábios concluem: “Amanhã [no
Mundo Vindouro] receberá sua recompensa.” Somente “hoje” nós temos a chance de
escolher entre o bem e o mal. E, assim, de acordo com a nossa escolha nós mesmos é
que definimos a recompensa e a punição de “amanhã”. Tal como o mal é um fenômeno
finito, assim também é a punição — diferente do bem e a da recompensa, que são
verdadeiramente infinitos. O guimel de “hoje” é o segredo de “melhor uma hora
deteshuvá e bons atos neste mundo do que uma vida toda do Mundo Vindouro”.
O guimel de “amanhã” é o segredo de “melhor uma hora de serenidade no Mundo
Vindouro do que toda uma vida neste mundo”.
FORMA
Um vav com um yud como um pé. Uma pessoa em movimento.
Mundos
A corrida do rico atrás do pobre, do cheio ao vazio, inerente à natureza.
Almas
A corrida e o retorno da alma entre sua fonte Divina e a morada física.
Divindade
A expansão e contração da Luz Infinita no processo da Criação.
NOME
Camelo; ponte; desmame; benevolência
Mundos
A jornada do camelo através do deserto deste mundo.
Almas
A alma se alimentando de sua Fonte.
NÚMERO
Três
Mundos
Símbolo numérico da estabilidade e do equilíbrio.
Almas
Os três Pais: Abraão, Isaac e Jacob.
As três divisões das almas judias: Cohanim (sacerdotes), Leviim (levitas) e Israelitas.
O segol e o segolta.
Divindade
As três partes da Torá: Os Cinco Livros de Moisés, os Profetas e As Escrituras.
O dalet, a quarta letra do alfabeto hebraico, o homem pobre, recebe caridade do homem
rico, o guimel. A palavra dalet significa “porta”. A porta fica na abertura da casa, o beit.
No Zohar, dalet é lido como “que não tem possui nada (d’leit)”. Isto expressa a
característica da mais inferior das Emanações Divinas, a sefirá de malchut, “reinado”, que
não possui nenhuma luz além daquela que recebe das sefirot mais elevadas. No serviço a
D’us realizado pelo homem, o dalet caracteriza “shiflut”, “humildade”, a percepção de que a
pessoa não possui nada. Juntamente com a consciência do seu poder de livre-arbítrio, a
pessoa deve saber que D’us lhe concede o poder de alcançar sucesso, e não pensar, D’us
não permita, que suas conquistas originam-se de “meu poder e da força de minha mão”.
Qualquer feito neste mundo — particularmente a realização de uma mitzvá, o cumprimento
da vontade de D’us — depende da ajuda Divina. Isto é especialmente verdadeiro na luta
da pessoa contra sua má inclinação, seja ela manifestada por meio de uma paixão física,
da resistência obstinada em aceitar o jugo dos Céus, ou por apatia, preguiça, etc. Como
ensinam nossos Sábios: “Não fosse pela ajuda de D’us [o homem] não conseguiria vencer
[sua má inclinação].”
O Talmud descreve a situação onde um homem carrega um objeto pesado e aparece outro
homem para ajudá-lo, colocando suas mãos sob o objeto, quando, na realidade, o primeiro
homem está carregando todo o peso sozinho. O segundo homem é mencionado como “um
ajudante simplesmente aparente”. Assim somos nós, explica o Baal Shem Tov, com
relação a D’us. Definitivamente, toda a força da pessoa vem de Cima. O livre-arbítrio não é
nada mais do que a expressão da vontade da pessoa de participar do ato Divino. Ela
simplesmente coloca sua mão sob o peso carregado exclusivamente por D’us.
“Para o Senhor, D’us, é bondade, pois o Senhor retribui ao homem de acordo com seu
ato.” O Baal Shem Tov observa: De fato o pagamento de acordo com o feito da pessoa
não é um ato de bondade (chessed), mas de julgamento (din)! Ele responde: “de acordo
com seu ato” pode ser lido “como se o ato fosse seu”. Assim, a bondade suprema de D’us
é revestir a recompensa “imerecida” com uma aparência de merecimento, a fim de não
envergonhar o receptor. O Nome de D’us neste versículo é Adnut, que também são as
letras da palavra hebraica diná, “julgamento”, indicando o aspecto Divino de julgamento
através do qual a benevolência de D’us (chessed) se expressa de forma mais ampla.
O Zohar lê chessed como chas d’leit, “tendo compaixão do dalet”, i.e., daquele que não
possui nada.
Com relação a uma pessoa arrogante, diz D’us: “Eu e ela não podemos habitar juntos.” A
porta para a casa de D’us permite entrar aquele que é humilde de espírito. A própria porta,
o dalet, é a qualidade da modéstia e da humildade, conforme explicado acima.
O dalet também é a letra inicial da palavra dirah, “morada”, como na frase, “a morada [de
D’us] aqui embaixo”. Assim, o significado completo de dalet é a porta pela qual o humilde
entra para construir a morada de D’us aqui embaixo.
FORMA
Duas linhas formando um ângulo reto, com uma quina. Um homem curvado. Três níveis
de bitul (anulação).
Mundos
A quina: Consciência do ego.
Bitul HaYeish.
O conhecimento inconsciente de toda criatura acerca de sua contínua recriação por D’us.
Almas
A linha vertical: abnegação.
Divindade
A linha horizontal: submersão da alma em sua Fonte Divina.
NOME
Porta; homem pobre; ascensão – elevação.
Mundos
Porta — bitul, o caminho de entrada para a verdade.
O servo que se recusa a passar pela porta da liberdade.
Almas
A verdadeira humildade da alma.
Divindade
A elevação da alma por D’us dentro d’Ele próprio.
NÚMERO
Quatro
Mundos
Quatro elementos do mundo físico: fogo, ar, água e terra.
Divindade
As quatro letras do Nome de D’us.
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Almas
As três vestimentas (“servos”) da alma:
NOME
Quebrar-se; pegar sementes; visão; revelação.
Mundos
A quebra dos receptáculos e a resultante pluralidade da Criação.
Almas
Impregnando realidade às almas de Israel.
Divindade
Revelação Divina – “Vendo” D’us.
NÚMERO
Cinco
Mundos
Símbolo de divisão.
Almas
Os cinco níveis da alma.
Cinco vezes “Abençoe, D’us, minha alma”, nos Salmos 103 e 104.
Divindade
Cinco livros de Moisés.
Cinco redenções.
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No início da Criação, quando a Luz Infinita preenchia toda a realidade, D’us contraiu Sua
Luz para criar um espaço vazio, que seria o “lugar” necessário para a existência dos
mundos finitos. Para dentro deste vácuo, D’us “puxou”, figurativamente falando, uma única
linha de luz proveniente da Fonte Infinita. Este raio de luz é o segredo da letra vav.
Embora a linha pareça ser uma só, ela, no entanto, possui duas dimensões — uma força
externa e uma interna —, e ambas fazem parte do processo de Criação e de interação
contínua entre a força criativa e a realidade criada.
A força externa da linha é o poder de diferenciar e separar os diversos aspectos da
realidade, estabelecendo, assim, uma ordem hierárquica — alto e baixo — dentro da
Criação. A força interna da linha é o poder de revelar a inclusão inerente aos diversos
aspectos da realidade, um dentro do outro, unindo-os, assim, como um todo vital. Esta
propriedade da letra vav, em seu uso no hebraico, é denominada vav hachibur, o “vav da
conexão” — “e”. O primeiro vav da Torá — “No começo D’us criou os céus e [vav] a terra”
— serve para unir espírito e matéria, céu e terra, por toda a Criação. Este vav, que
aparece no começo da sexta palavra da Torá, é a vigésima segunda palavra do versículo.
Ele alude ao poder de conectar e inter-relacionar todas as vinte e duas forças individuais
da Criação: as vinte e duas letras do alfabeto Hebraico, do alef até o tav. (A palavra et [que
aparece antes dos dois exemplos da palavra “os” neste versículo, e é escrita alef-tav] é
geralmente considerada como representante de todas as letras do alfabeto, de alef a tav.
Nossos Sábios interpretam a palavra neste versículo como uma inclusão de todos os
diversos objetos da Criação presentes no céu e na terra.).
No Hebraico bíblico, a letra vav também possui a função de inverter o tempo aparente de
um verbo para o seu oposto — do passado para o futuro e do futuro para o passado (vav
hahipuch). A primeira aparição deste tipo de vav na Torá é a letra vav que inicia a vigésima
segunda palavra do relato da Criação, “E D’us disse…”. Este é o primeiro pronunciamento
explícito dentre os dez pronunciamentos da Criação: “E D’us disse [o verbo “dizer” sendo
invertido do tempo passado para o tempo futuro pelo vav no começo da palavra — “E”]:
‘Haja luz’, e houve luz.” O fenômeno da luz abrindo caminho através da escuridão
do tzimtzum, a contração primordial, é, em si, o segredo do tempo (futuro tornando-se
passado) que permeia o espaço.
No serviço Divino de um judeu, o poder de trazer do futuro para o passado é o segredo
da teshuvá(“arrependimento” e “retorno a D’us”) proveniente do amor. Através
da teshuvá proveniente do temor, as transgressões deliberadas da pessoa transformam-se
em erros; a severidade de suas transgressões passadas é parcialmente abrandada, mas
não muda totalmente. Entretanto, quando um judeu retorna por amor, suas transgressões
deliberadas transformam-se realmente em méritos, pois a própria consciência acerca da
distância de D’us resultante das transgressões torna-se a força motivadora para que a
pessoa retorne a D’us com uma paixão ainda maior do que aquela de quem que nunca
pecou.
Todo judeu tem uma porção no Mundo Vindouro, como está escrito: “E toda a sua nação é
de ‘tzadikim’; para sempre eles herdarão a terra.” O poder da teshuvá de transformar
completamente em bem o passado da pessoa é o poder do vav em converter o passado
em futuro. Esta própria transformação requer, paradoxalmente, a atração da luz do futuro
para o passado.
Trazer o futuro para o passado no serviço Divino é o segredo do estudo dos ensinamentos
mais profundos da Torá, aquele aspecto da Torá que está relacionado com a revelação da
chegada de Mashiach. Rashiexplica o versículo no Cântico dos Cânticos: “Que ele me
beije com os beijos de sua boca, pois seu amor é melhor do que vinho” — uma alusão aos
doces ensinamentos que serão revelados por Mashiach. Quando uma pessoa se dedica
ao estudo dos segredos da Torá, ela atrai do futuro para o passado, a fim de se fortalecer
para retornar em completa teshuvá por amor, e, desta forma, converter seu passado em
futuro.
FORMA
Uma linha vertical.
Um pilar.
Um homem ereto.
Mundos
Os doze pilares da Criação — as doze linhas de um cubo. As doze tribos.
Almas
A estatura completa do homem — de pé sobre a terra com a cabeça em direção ao céu.
NOME
Um Gancho
Mundos
Os ganchos de ligação dos pilares no Tabernáculo — ocultação e revelação.
Almas
O poder que une as almas de Israel.
Divindade
O elo de ligação entre as diversas leis — letras entalhadas da essência Divina — da Torá.
NÚMERO
Seis
Mundos
Os Seis Dias da Criação, e suas seis forças Divinas correspondentes ativas na criação.
Almas
As seis asas (estados de amor e temor na alma) dos anjos de fogo.
Divindade
As seis ordens da Mishná.
As seis “pontas” do “Maguen David”.
Seis cúbitos — as dimensões da Tábuas recebidas por Moisés no Monte Sinai.
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Seleção “natural”.
Almas
“Uma mulher de valor é a coroa de seu marido”. Sarah: a experiência do Shabat e da
Cabalá vivenciada pela alma.
Divindade
Shabat, Cabalá.
Expansão da luz regressa, em seu auge, para a esquerda — temor — e para a direita —
amor.
NOME
Arma — espada; ornamento ou coroa; espécie — gênero; sustentar.
Mundos
Arma — uma espada.
Almas
Espécie ou gênero; a união entre marido e esposa.
As três coroas de D’us — duas das quais Ele deu aos Seus filhos.
Divindade
D’us sustentando o mundo.
NÚMERO
Sete — “Todo sétimo é querido”.
Mundos
Solidez máxima.
O sétimo milênio.
Almas
As sete lâmpadas da Menorá; as sete categorias das almas judaicas.
Os sete pastores de Israel: Abraão, Isaac, Jacob, Moisés, Aarão, José e David.
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No nível das Almas: o poder da pessoa de entrar nos mistérios de sua própria alma e
depois retornar à consciência mundana.
No nível da Divindade: o poder da pessoa de entrar nos mistérios da Torá e depois retornar
à consciência de sua missão na terra.
Almas
A união dos três parceiros no homem: pai (vav), mãe (zayin) e D’us (chatoteret, chupá).
A dança marital.
Divindade
“D’us vive no topo do mundo” — o chatoteret.
D’us “pairando” sobre a Criação.
NOME
Medo; Vida — cuja expressão completa é o amor.
Mundos
Amar a D’us com o corpo físico.
A força vital do corpo.
Almas
Amar a D’us com a alma.
A pulsação do tzadik.
Divindade
A união essencial com D’us.
NÚMERO
Oito
Mundos
Os oito vértices de um cubo.
A pluralidade tridimensional.
Almas
O oitavo dia — o dia da circuncisão.
A origem da alma judia e sua descida através dos sete céus até a terra.
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O tet é a letra inicial da palavra tov, “bom” (ou “bem”). A forma do tet é “invertida”,
simbolizando assim o bem oculto, invertido, conforme explicado no Zohar: “Seu bem está
oculto dentro de você.” A forma da letrachet simboliza a união do noivo e da noiva
consumida através da concepção. O segredo do tet(numericamente equivalente a nove —
os nove meses de gestação —) é o poder da mãe de carregar seu bem interior, oculto — o
feto — durante todo o período da gravidez.
A gravidez é o poder de transformar o potencial em realização. A revelação de uma
energia nova e efetiva, a revelação do nascimento, é o segredo da letra seguinte do alef-
beit, o yud. O yud revela o ponto principal da “Vida Essencial”, conforme compreendido no
segredo da concepção do chet e concretizado, impregnado, no tet.
Dentre os oito sinônimos para “beleza” em Hebraico, tov — “bom” — refere-se ao estado
mais interno, oculto e “modesto” de beleza. Este nível de beleza é personificado na Torá
por Rebeca e Batsheva, que são descritas como “muito bonitas [bondosas] em aparência.”
No começo da Criação, a aparência da luz é definida como “boa” aos olhos de D’us: “E
D’us viu que a luz era boa.” Nossos Sábios interpretam isto como significando “boa para
ser mantida oculta para os tzadikimna Época Vindoura.” “E onde Ele a escondeu? Na Torá,
pois ‘não há outro bem senão a Torá.’”
O Baal Shem Tov nos ensina que a “Época Vindoura” se refere também a cada geração.
Cada alma de Israel é um tzadik em potencial (como é dito, “e todo seu povo é
de tzadikim”), conectado à boa luz oculta na Torá. Quanto mais o indivíduo realiza seu
potencial para ser um tzadik, mais bondade ele revela de dentro do “ventre” da Torá.
No primeiro versículo da Torá — “No começo D’us criou os céus e a terra” —, as letras
iniciais de “os céus e a terra” representam o “Nome oculto” de D’us na Criação (alef-hei-
vav-hei), de acordo com a Cabalá. O valor numérico deste Nome é dezessete — o mesmo
da palavra tov, “bom”. A palavra tzadik equivale a 12 vezes 17 = 204 — o valor total das
doze permutações das quatro letras deste Nome oculto. Tzadikim, que são chamados de
“bons”, possuem o poder do Nome oculto (derivado de “os céus e a terra”), a bondade
oculta necessária para unir céu e terra e, portanto, revelar a luz interior e o propósito da
Criação. Assim como o alef possui o poder de sustentar opostos — o poder do firmamento
de juntar as águas superiores e inferiores —, assim também o tet possui a força de unir os
mundos superior e inferior, “céus e terra”. AChassidut nos ensina que no serviço da alma,
tal poder se manifesta no homem quando este assume o estado de “estar no mundo e fora
do mundo” simultaneamente. Estar “no mundo” significa estar totalmente consciente da
realidade mundana a fim de retificá-la. Estar “fora do mundo” quer dizer estar
completamente ciente de que, na verdade, “não existe ninguém além dEle.”
Outra ligação entre luz e bem encontra-se na história sobre o nascimento de Moisés: “E
ela [Yocheved, mãe de Moisés] viu que ele era bom.” Rashi cita o Midrash que explica que
no nascimento de Moisés uma intensa luz encheu o cômodo. De acordo com o
tradicional Messorá, o tet da palavra tov (“bom”) neste versículo é escrito em tamanho bem
grande. Isto alude ao Bem Divino Absoluto concedido à alma de Moisés, cuja missão de
vida era concretizar a promessa da redenção do Egito e a revelação da Torá no Sinai. O
exílio egípcio é comparado ao ventre onde Israel esteve fecundo, sob forma latente, por
duzentos e dez anos. No Sinai, céu e terra se uniram, conforme explicado na letra alef.
Assim, o ensinamento completo sobre o tet é que através do serviço da alma, toda a
realidade se torna “grávida” com a bondade e beleza Infinitas de D’us, trazendo assim
harmonia e paz para “céus e terra”.
FORMA
Um recipiente com uma borda invertida; a sefirá de yessod; paz.
Mundos
Forma oculta na matéria.
Paz entre água e fogo no céu: “Ele que faz a paz nas alturas.”
Almas
A alma oculta no corpo.
Divindade
D’us oculto dentro de Sua Criação.
NOME
Inclinação; bastão – cobra; abaixo; leito.
Mundos
A serpente no Jardim do Éden: o habitante; modelos inatos de comportamento.
A tendência a mentir.
Almas
O poder de julgar apropriadamente.
Os doze sentidos.
Divindade
O peitoral do Sumo-Sacerdote.
Entonação da Torá.
NÚMERO
Nove
Mundos
Nove materiais físicos que formam recipientes que absorvem impureza.
Divindade
O símbolo numérico da verdade e da eternidade.
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A letra yud, um pequeno ponto suspenso, revela a faísca do bem essencial oculto dentro
da letra tet. Após o tzimtzum, a contração da Luz Infinita de D’us para “fazer lugar” para a
Criação, ainda permaneceu dentro do espaço vazio um ponto único e potencial, ou
“impressão”.O segredo deste ponto é o poder do Infinito de conter fenômenos finitos
dentro dEle e expressá-los para a aparente realidade exterior. A manifestação finita
começa de um ponto dimensional zero, desenvolvendo-se, posteriormente, em uma linha
de dimensão única e em uma superfície bidimensional. Isto está aludido na soletração
completa da letra yud(yud-vav- dalet): “ponto” (yud), “linha” (vav) e “superfície” (dalet).
Estes três estágios correspondem na Cabalá a: “ponto” (nekudá), “espectro” (sefirá) e
“figura” (partzuf). O ponto inicial, o poder essencial do yud, é o “pouco que comporta
muito”. O “muito” se refere à Infinitude simples de D’us oculta dentro do ponto inicial de
revelação, que reflete o potencial Infinito do ponto de desenvolver e se expressar em todos
os múltiplos fenômenos finitos de tempo e espaço.
Antes do tzimtzum, o poder da limitação estava oculto, latente dentro da Essência Infinita
de D’us. Depois do tzimtzum, este poder de limitação foi revelado, e, paradoxalmente, a
própria Essência Infinita de D’us, que “escondia” o poder de limitação, tornou-se agora
oculta (não de verdade, mas apenas dentro da perspectiva humana limitada) dentro do
ponto de luz contraída.
De dentro deste ponto de limitação se revela o segredo das dez sefirot, os canais Divinos
de luz através dos quais D’us continua fazendo Seu mundo existir. Dez, o valor numérico
do yud, é também o número dos mandamentos (literalmente, “declarações”) revelados por
D’us ao Seu Povo, Israel, no Sinai. Todos os mandamentos e, de fato, cada letra da Torá,
possui o poder do “pouco que comporta muito”; cada um é um canal para a revelação da
Luz Infinita de D’us dentro da realidade finita.
FORMA
Um ponto “moldado”: um coroa em cima e um “caminho” embaixo.
Mundos
O “caminho” do yud; o ponto inicial do espaço e do tempo.
Sabedoria inata: “A sabedoria de Salomão”.
Almas
O “corpo” do yud; o ponto cuneiforme.
“A sabedoria de D’us” manifesta no julgamento de Salomão.
O poder da autoanulação.
Divindade
A coroa do yud acima; o ponto sem forma de cunha.
“A sabedoria de D’us” inspirando e dirigindo a genialidade de Salomão.
NOME
Mão; acreditar
Mundos
O segredo do espaço; acreditar — o princípio da ação e reação.
Almas
Inteligência; Amizade.
Divindade
A “mão” de D’us — a Vontade Infinita e a habilidade de sustentar a Criação.
NÚMERO
Dez; “O décimo será sagrado”; a natureza decimal da realidade.
Mundos
Dez asserções Divinas por meio das quais o mundo foi criado.
Dez reis que governaram o mundo todo; Dez nações dadas a Abraão.
Almas
As sefirot — Poderes Espirituais; Dez categorias das almas de Israel.
Dez testes de Abraão; O miniam de dez homens.
Dez sinônimos para oração; Dez sinônimos para canção.
Divindade
Dez Mandamentos; Dez pragas.
Yom Kipur — o décimo dia; O Nome Divino dez vezes em Yom Kipur.
Dez nomes de Ruach HaKodesh; Dez são chamados de “o homem de D’us.”
Dez versículos do Reinado, Recordação e toque do Shofar.
Dez sinônimos para teshuvá.
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As duas letras da pronúncia completa do kaf são as primeiras letras das palavras em
hebraico koach(“potencial”) e poel (“real”). Assim, o kaf alude ao poder latente dentro da
esfera espiritual de se manifestar totalmente na esfera física da realidade. D’us cria o
mundo continuamente; do contrário, a Criação imediatamente desapareceria. Seu
potencial é, portanto, concretizado a cada momento. Este conceito é mencionado como “o
poder de concretizar o potencial sempre presente dentro do concretizado”. De acordo com
a Chassidut nós aprendemos que esta deve ser a consciência inicial da pessoa ao
acordar. Como o significado literal da letra kaf é “palma” — o lugar do corpo onde o
potencial é concretizado — esta consciência se reflete no costume de juntar uma palma da
mão com a outra ao acordar, antes de recitar a prece de Mode Ani: “Eu agradeço a Ti, Rei
vivo e eterno, por ter restaurado minha alma dentro de mim com misericórdia; Tua
fidelidade é grande.”
Juntar as palmas da mão é um ato e sinal de subjugação similar ao ato de se curvar diante
de um rei. Enquanto ao se curvar a pessoa anula completamente sua consciência na
presença do Rei, ao juntar as palmas da mão ela entra em um estado de súplica e prece
ao Rei para que Ele revele nova vontade da (Vontade de) Sua coroa Divina ao Seus
súditos.
Kaf é também a raiz da palavra kipá (etimologicamente, a raiz da palavra cap, em inglês),
o yarmulke ou solidéu. Com relação à criação do homem está escrito: “O Senhor colocou
Sua Palma [kaf] sobre mim.” Nossos Sábios se referem a Adão como “a formação das
Palmas [kaf] do Santo, Bendito seja.” A consciência da presença das “Palmas” de D’us
sobre a cabeça do indivíduo, durante Sua criação contínua dele, torna-se o solidéu (kipá)
em sua cabeça. Ainda mais elevado, o próprio poder de concretizar o potencial manifesto
em Suas Palmas deriva fundamentalmente de Sua coroa (o poder da vontade) acima de
Sua cabeça (i.e., a Vontade “suprarracional”).
Como verbo, kaf significa “subjugar” ou “coagir”. O Talmude nos ensina que no momento
da entrega da Torá no Sinai, “Ele suspendeu a montanha acima deles como um barril”.
A Chassidut explica que a motivação Divina expressa neste ato foi, realmente, de grande
amor por Israel. Tanto amor foi demonstrado através de todas as extraordinárias
revelações no Sinai nas quais o povo foi “coagido”, por assim dizer, a responder em
aceitação, com amor, ao jugo dos Céus. A própria montanha parecia envolver
vigorosamente o povo. Aqui o segredo do kaf é do “muito” revelado a partir do “pequeno”
ponto do yud.
FORMA
Três linhas conectadas com pontas arredondadas; a coroa na cabeça de um rei prostrado.
Mundos
A totalidade do espaço circundando a terra.
Almas
Três propriedades conectadas da coroa: fé, prazer sublime e vontade.
NOME
Palma; nuvens; poder de subjugar.
Mundos
O poder de subjugar as forças da natureza.
O fatiga do trabalho.
O poder de governar.
Almas
O poder da pessoa de subjugar sua má inclinação.
Divindade
O recipiente para receber prazer Divino.
As Nuvens de Glória.
NÚMERO
Vinte
Mundos
Vinte peças de prata pelas quais os irmãos de José o venderam.
Divindade
As vinte sefirot das duas faces da coroa.
Mundos
Um foguete de três andares flutuando no espaço cósmico.
Almas
O coração de um homem sábio ascendendo para compreender a sabedoria de D’us.
Divindade
Inspiração Divina; a Shechiná mais elevada.
Imaginação profética rompendo as limitações do intelecto racional.
NOME
Aprender; ensinar
Mundos
O poder de direcionar e controlar o instinto animal.
Almas
O anseio da alma de estudar Torá.
Divindade
Aprendendo sobre a Essência de D’us.
Mundos
Trinta dias do mês.
Almas
Os trinta tzadikim por cujo mérito o mundo se mantém.
Trinta gerações de Abrahão até a destruição do Primeiro Templo.
Divindade
Trinta níveis de Realeza.
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O mem é a décima terceira letra do alef-beit. A Cabalá nos ensina que “treze mems”
aparecem no “ar primordial”, o “espaço” (cósmico) no qual a letra lamed flutua. Cada
atributo de misericórdia é, de fato, uma contração de sabedoria relativamente Infinita, no
nível do supraconsciente (“águas que não têm fim”), para canalizar e revelar um lampejo
de sabedoria no “anteparo” da consciência. A sabedoria consciente atrai seus pontos de
discernimento primordialmente do atributo de misericórdia mencionado na Torá como “Ele
preserva bondade por milhares de gerações”, cujas letras iniciais formam a palavra em
hebraico para “torrente”, “a primeira palavra da frase anteriormente citada”, “a torrente que
flui, a fonte da sabedoria.”
Em at’bash, o mem se transforma em yud, o ponto de sabedoria ou discernimento
revelado, a gota de água que emerge da fonte do mem.
As palavras “um” (echad) e “amor” (ahava) equivalem, ambas, a treze, o segredo da
letra mem. O memfinal, fechado, a origem da fonte de sabedoria conectada e envolvida
em sua origem subterrânea, supraconsciente, corresponde ao segredo de echad, “um”.
O mem aberto, de onde emerge o ponto (yud) do discernimento consciente, é a primeira
manifestação de amor (i.e., a vontade de se ligar ao outro) na alma. A conexão entre as
duas fontes do mem, a fonte “fechada” e a fonte “aberta”, ocorre pelo poder dos Treze
Atributos de Misericórdia Divina. Este é o segredo do Nome Essencial de
D’us, Havayah — o “Nome da Misericórdia”. O Nome Havayah equivale a 26 = duas vezes
13, a união de “um” e “amor”, o poder de atrair para a consciência a sabedoria da Torá.
FORMA
O mem aberto — um quadrado com uma pequena abertura no seu canto inferior esquerdo.
O mem final — quadrado completo.
Mundos
O mem aberto — uma torrente que flui.
O mem final, fechado — uma torrente subterrânea.
O útero.
Almas
A alma — a torrente que flui, a fonte da sabedoria.
NOME
Água; mácula
Mundos
A habilidade da água de colar substâncias.
Almas
A raiz da alma não tem máculas.
Divindade
Água — uma parábola para a Torá.
NÚMERO
Quarenta
Mundos
Quarenta dias do dilúvio.
Almas
Quarenta dias desde a concepção até a “formação” inicial do feto.
As semanas de gestação;
Os quarenta dias que Israel esperou para Moisés descer com a Torá.
Os (três) períodos de quarenta anos nas vidas de Moisés, Hillel, Rabban Yochanan ben
Zakai e Rabi Akiva.
Divindade
Quarenta dias de “teshuvá inferior” pelo pecado do bezerro de ouro.
Quarenta dias de “teshuvá superior”, quando Moisés recebeu as segundas Tábuas.
Quarenta cúbitos — a altura da entrada para o Santuário do Templo.
Em aramaico, nun quer dizer “peixe”. O mem, as águas do mar, é o ambiente natural
do nun, do peixe. Onun “nada” no mem, coberto pelas águas do “mundo oculto”. Criaturas
do “mundo oculto” não possuem autoconsciência. Ao contrário dos peixes, os animais
terrestres, revelados sobre a face da terra, possuem autoconsciência.
As almas de Israel se dividem em duas categorias gerais, simbolizadas pelos peixes e
pelos animais terrestres. Os dois protótipos destes grupos são o leviatã e as behemot. Nos
dias de hoje, estas duas categorias de alma correspondem às duas tendências e atrações
inatas da alma, tanto à dimensão oculta e secreta da Torá quanto ao seu aspecto revelado
e legal. No futuro, os dois protótipos — leviatã ebehemot — se unirão em batalha, cada um
“matando” o “ego” do outro, se juntando, assim, em verdadeira união. Sua “carne” será,
então, servida como o banquete dos tzadikim no Mundo Vindouro. As almas
dostzadikim consumirão, de fato, a própria raiz da consciência do nível atual da alma, a fim
de se integrar (“se condensar”) em um nível totalmente novo e mais elevado de
consciência.
“Leviatã” tem a mesma guematria de malchut (“reinado”, 496). De acordo com a
Cabalá, malchut, no mundo da Emanação Divina, é representado pelo mar, cujas marés
são controladas através da lua, o símbolo do Rei David (ao ver a lua nova, nós dizemos,
“David, o rei de Israel, vive para sempre”). Quandomalchut descende para vivificar os
mundos inferiores ele é simbolizado pela terra. Assim, o leviatã é o símbolo da Fonte
Divina do “reinado”. Em hebraico, nun significa “reinado”, e, em particular, o “herdeiro do
trono”.
O “nun” é a décima quarta letra do alef-beit, que equivale a “David”, o progenitor do eterno
Reinado de Israel. O herdeiro de David é Mashiach ben David, sobre quem é dito:
“Enquanto durar o sol, seu nome reinará.” Nossos Sábios nos ensinam que um dos nomes
de Mashiach é Yinon (“reinará”), que vem da mesma raiz de nun. Mashiach também é
mencionado como “o aborto”, ou, literalmente, “aquele que tombou”. Como aprenderemos
no segredo da letra samech, o nun não aparece no Salmo 145, mas é mantido pela
misericórdia transcendente de D’us, conforme expresso pela letra seguinte, samech. De
um modo geral, nun corresponde, na Torá, à imagem de queda. A alma de Mashiach vive
continuamente caindo e morrendo; não fosse pela presença constante da Mão de D’us
“pegando-o”, ela se despedaçaria no chão e morreria. A consciência da queda é o reflexo
do estado abnegado do peixe, em seu ambiente natural de água, quando forçado a se
revelar em terra seca. Isto é como a experiência de um tzadik oculto quando forçado pelo
Céu a se revelar pelo bem de Israel e do mundo. Nós vemos isto exemplificado na vida e
nos ensinamentos do Baal Shem Tov, que será, então, epitomado na vida de Mashiach.
Basicamente, o “destino” de Mashiach e sua geração é assumir a dimensão de mar sobre
a terra, para vivenciar, paradoxalmente, a autoconsciência abnegada, conforme dito no
versículo de Isaías com o qual Maimônides conclui seu Código de Lei Judaica (cuja seção
final, “As Leis dos Reis”, culmina com a descrição da vinda de Mashiach): “Pois a terra
estará repleta do conhecimento de D’us como as águas que cobrem o mar.”
FORMA
Um recipiente “curvado” — o “servo curvado”.
O crente.
Subserviência e fidelidade
Almas
Humildade — o recipiente do discernimento verdadeiro da halachá.
Divindade
O nun final — extensão do Infinito.
Luz Superior e inferior.
NOME
Peixe; reinado; herdeiro do trono
Mundos
Peixe do mar — símbolo da fecundidade.
Almas
As almas de Israel são reis e filhos de reis. Herdeiro do trono — Mashiach.
O domínio da alma.
Divindade
Shechiná — origem das almas de Israel.
O reinado de D’us sobre a terra.
NÚMERO
Cinquenta; os cinquenta portões do entendimento
Mundos
O ciclo de cinquenta anos culminando com o ano do Jubileu.
Almas
Cinquenta referências ao Êxodo na Torá.
Divindade
Cinquenta imagens na Torá “mantidas” pelo Nome de D’us.
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FORMA
Um círculo; uma aliança (anel de casamento)
Mundos
O vácuo criado pela contração inicial da Luz Infinita de D’us.
Almas
A impressão da luz Divina “deixada” no vácuo.
Divindade
“Seu fim está ligado ao seu começo e seu começo, ao seu fim.”
NOME
Amparar; confiar; ordenação; forma de construção (na gramática).
Mundos
Amparar o caído.
Almas
A pessoa que ampara seus alunos.
O segredo da ordenação.
Sinais e resumos.
Divindade
A pessoa se oferecer para D’us (semichá).
A experiência de ser amparado por D’us em todas as horas.
NÚMERO
Sessenta
Mundos
Símbolo numérico de um estado abrangente.
A lei da nulificação — 1:60.
Almas
Seiscentos mil — 600.000 almas que saíram do Egito.
Divindade
Sessenta letras da Bênção Sacerdotal.
“Ela [a terra de Israel] é a terra que D’us, nosso D’us, busca; os olhos de D’us, nosso D’us,
estão sempre [sobre] ela, desde o começo do ano até o fim do ano.”
O ciclo anual, desde o começo até o fim (“o fim conectado ao começo”), alude ao “ciclo
infinito”, o segredo da letra sameach, conforme explicado anteriormente. A Divina
Providência, os “olhos” de D’us que controlam o ciclo, é o segredo da letra seguinte, ayin,
que significa “olho”. Embora a revelação primordial da Providência sobrenatural se
encontre na Terra de Israel, é ordenado ao judeu-no-exílio criar algo desta santidade em
cada lugar da diáspora, reconhecendo a Divina Providência onde quer que esteja.
Ao entrar na Terra de Israel, a segunda cidade a ser conquistada por Yehoshua foi Ai, que
é soletrada ayin-yud, uma forma abreviada de ayin (ayin-yud-nun, o nun mudo) — “o
Olho”. Jericó, a primeira cidade a ser conquistada, vem da palavra hebraica reiach, o
sentido do olfato. A Chassidut nos ensina que a origem do sentido do olfato é keter, a
sensibilidade supraconsciente que direciona a motivação da Vontade. A palavra hebraica
para “a terra”, eretz, deriva da palavra ratzon, “vontade”, como ensinam nossos Sábios:
“Por que ela é chamada de eretz? Porque ela deseja fazer a Vontade de seu Criador.” A
visão é o primeiro sentido consciente, correspondendo à sefirá de chochmá, “sabedoria”.
Na conquista de Jericó, Achan — relacionado com a palavra ayin [o kaf de Achan possui
a guematriaequivalente à pronúncia completa do yud (yud-vav-dalet) de ayin, 20] —
cobiçou o espólio proibido. O resultado trágico foi a derrota inicial de Israel na batalha do
“Olho”. A cobiça é a mácula espiritual da visão do olho. Somente quando o pecado da
cobiça foi retificado é que “o Olho” foi dado ao Povo Judeu. Após a derrota inicial,
Yehoshua caiu sob sua face em desespero, mas foi ordenado por D’us: “Levante-se,
santifique o povo… Há uma coisa abominável em seu meio, Israel; vocês não conseguirão
se levantar diante de seus inimigos até que a removam de seu meio.” Foi dito a Yehoshua
que se “levantasse”, embora o povo estivesse incapaz de se “levantar”. Isto alude ao
segredo dos dois círculos concêntricos da letra samech: o círculo exterior, estático, que
sustenta a queda do nun, e o círculo interior, dinâmico, dirigido fundamentalmente pela
Providência Divina de ayin.
A pronúncia completa da letra ayin equivale a 130, ou 5 vezes 26, sendo 26 o valor do
Nome Havayah. Na Cabalá este fenômeno significa que o olho possui cinco poderes
Divinos. O olho direito possui cinco estados de bondade, enquanto o esquerdo tem cinco
poderes Divinos. Nós encontramos nos Salmos dois versículos relacionados com a
Providência Divina sobre o homem. Um versículo afirma: “O Olho de D’us está sobre
aqueles que O temem.” O outro diz: “Os Olhos de D’us estão sobre os tzadikim.” O atributo
do temor a D’us refere-se à consciência da sefirá de malchut, “reinado”, similar à mulher
de valor, “a mulher temente a D’us, esta deve ser louvada.” Malchut é construída e
direcionada pelas cinco “forças”, o segredo do olho esquerdo de D’us. Por esta razão, no
versículo, “O Olho de D’us está sobre aqueles que O temem”, “Olho” aparece no singular,
em referência ao olho esquerdo somente. Na “figura masculina”, correspondente aos seis
atributos emocionais do coração, a Providência reflete o equilíbrio das cinco bondades
juntamente com as cinco forças de D’us. Assim, no versículo, “Os Olhos de D’us estão
sobre ostzadikim”, aparece “Olhos”, no plural, em alusão tanto ao olho direito quanto ao
olho esquerdo de D’us.
A Chassidut também nos ensina que o olho no singular do primeiro versículo possui uma
referência oculta ao “olho sempre aberto” de keter, a supraconsciência. Aqui, o singular é o
segredo de “tudo é [do lado] direito”, visto que “não há [lado] esquerdo no Ser Primordial;
tudo é direita.” O temor a D’us, que é o recipiente na alma para conter e revelar este nível
mais oculto e supranatural de Providência, é o temor face à consciência da Luz
Transcendente de D’us, permeando cada aspecto da realidade, conforme ensinado no
segredo da letra samech.
No serviço Divino da alma estes três níveis de Providência correspondem aos três
estágios de serviço: submissão, separação e adoçamento, conforme ensinado pelo Baal
Shem Tov. Tudo está relacionado ao seu ensinamento mais fundamental e abrangente em
referência à “Providência Divina particular”. A experiência inicial de que até mesmo o
menor dos atos da pessoa é observado e registrado Acima leva-a a um estado de
submissão e temor ao Reino dos Céus, cuja Lei e Ordem controlam o universo. A pessoa,
então, sente os Olhos de D’us amavelmente olhando e cuidando de cada um dos filhos de
Israel. Isto faz com que ela perceba a separação que existe entre o sagrado e o profano, o
certo e o errado, fazendo com que ela se identifique com o bem. Finalmente, a pessoa
sente o Olho Infinito de D’us direcionando cada criatura no cumprimento de seu propósito
definitivo na Criação, fazendo com que toda a Criação entenda seu Propósito Divino. Aqui,
a conscientização de cada um se dá face à revelação do Amor Infinito de D’us por tudo
(“tudo é direita”). Este é o segredo do adoçamento.
FORMA
Um nun alongado ligado a um vav ou zayin.
O recipiente do nun recebe a bênção de D’us, o vav.
Os dois olhos e os nervos óticos que entram no cérebro.
O olho direito olha para cima, para o samech; o olho esquerdo olha para baixo, para o pei.
Mundos
Um homem pobre recebendo sustento físico.
O olho direito olhando para cima, para o céu; o olho esquerdo olhando para baixo, para a
terra.
Almas
O humilde nun atrai aqui para baixo alegria no serviço de D’us e se integra à Vontade de
D’us, halachá, conforme revelado nas seis ordens da Mishná.
O olho direito olha para cima em direção a D’us; o olho esquerdo olha para baixo, olha
favoravelmente para o judeu.
Divindade
Moisés, o nun humilde, atrai alegria para D’us, por assim dizer, e integra à consciência os
segredos mais ocultos da Torá.
O olho direito olha para cima, para a Luz Transcendente de D’us; o olho esquerdo olha para
baixo, para o Mundo de D’us.
NOME
Olho; cor; fonte. Em aramaico: ovelha.
Mundos
Visão física; espectro colorido; uma fonte
Almas
O “olho de Jacob” olhando somente para bênção, bondade e vida.
Divindade
“Olhando somente para o Rei e para mais ninguém.”
Divina Providência
NÚMERO
Setenta
Mundos
Setenta arquétipos de nações e linguagens; setenta bois sacrificados em Sukot.
Setenta anos de vida; setenta choros da corça durante o parto.
Almas
Setenta almas judias que desceram ao Egito.
Divindade
Setenta Nomes de D’us; setenta faces da Torá.
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A boca, a letra pei, vem depois do olho, a letra ayin. As cinco bondades e as cinco forças
dos olhos direito e esquerdo discutidos na letra ayin são, na realidade, manifestações
duplas da sefirá de daat, conhecimento, conforme ensinado na Cabalá. Daat é o poder de
união e comunicação. Providência é o poder de daat conforme revelado pelos olhos. O
poder de daat revelado pela boca — fala — é a forma mais explícita de contato e
comunicação entre os indivíduos. Assim como no versículo, “E Adão conheceu sua esposa
Eva”, “conheceu”, o poder de daat, se refere à união física entre homem e mulher, da
mesma forma a “fala” idiomaticamente usada pelos nossos Sábios remete a tal união.
Assim nos ensina o Zohar: “[o poder de] daat está oculto na boca.”
Daat, contato, no nível dos olhos, é o segredo da Torá escrita. Ao ler a Torá escrita no
serviço da sinagoga, o ledor deve ver cada letra do rolo da Torá. Às vezes, um “dedo de
prata” é usado para conduzir, direcionar a visão da pessoa, para cada palavra. Contato no
nível da boca é o segredo da Torá Oral.
“Não há outro bem se não a Torá”. O pei é a décima sétima letra do alef-beit, o valor
numérico da palavra hebraica tov, “bom”, conforme discutido extensamente na letra tet. As
primeiras palavras pronunciadas pela “Boca” de D’us, “Haja luz”, ao serem
espontaneamente compreendidas como a criação de fato da luz, foram subsequentemente
vistas, por Seus “Olhos”, como “sendo bom”. A palavra “bom”, que é a trigésima terceira
palavra da Torá, é a soma dos valores ordinais das duas letras ayin e pei (33 = 16 mais
17), aludindo, assim, à união dos dois níveis de daat, contato (dos olhos, a Torá escrita, e
da boca, a Torá Oral).
Sobre o povo de Israel é dito: “Vocês são minhas testemunhas, diz D’us” e “O testemunho
de D’us está entre vocês”. Com os olhos fechados nós testemunhamos duas vezes ao dia:
“Ouça, ó Israel, D’us é nosso D’us; D’us é Um”. O ayin da primeira palavra, Shemá, “ouça”,
e o dalet da última palavra, echad, “Um”, são escritos em tamanho maior. Juntos eles
formam a palavra eid, “testemunha”. A alma de cada judeu é um “olho” — testemunha da
unidade essencial de D’us. Neste mundo nós devemos fechar nossos olhos físicos a fim
de revelar o olho interior de Israel que observa a Unidade Divina. Ao proclamar nosso
testemunho verbalmente, nós unimos os dois níveis de contato — o do olho e o da boca.
A manifestação da sabedoria procede do olho interior do coração até a boca, como é dito:
“O coração do sábio informa sua boca”. Palavras de sabedoria, quando expressas com
sinceridade e humildade pela boca, encontram favor e graça aos olhos de D’us e do
homem, como é dito, “As palavras da boca do sábio são aceitas”. No Sefer Yetzirá nós
aprendemos que o “presente” para a boca sagrada é a mercê. No bem (“Não há nenhum
‘bem’ senão a Torá”) existem duas propriedades inerentes essenciais: verdade e graça.
Embora cada dimensão da Torá expresse a inclusão de ambas as propriedades, no
entanto, em particular, a verdade (a “figura masculina”, definida primordialmente
pelas sefirot de tiferet e yesod na Cabalá) é a consciência primária da Torá escrita,
enquanto mercê (a “figura feminina”, malchut) é a da Torá Oral. O poder do pei, a boca, é,
portanto, expressar a mercê da Torá Oral.
FORMA
Uma boca contendo um dente.
Almas
O poder da fala.
Divindade
A “boca” de D’us revela a Torá através da boca de Moisés.
A “morte do beijo”.
NOME
Boca; aqui (presente)
Mundos
Aqui — a consciência do tempo e do espaço físicos.
Almas
“O poder do judeu está em sua boca.”
Divindade
Imanência. Sentar na Sucá.
A Torá Oral.
O “Beijo” de D’us.
NÚMERO
Oitenta; yesod — a força do casamento
Mundos
“Aos oitenta anos, a força.”
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“O tzadik vive pela sua fé.” A forma da letra tzadik, ou tzadi, se assemelha a do alef mais
do que qualquer outra letra. As vinte e duas letras do alef-beit compõem onze “pares de
formas similares”, isto é, duas letras cujas formas mais se parecem uma com a outra,
conforme ensina a Cabalá. O “par” do alef, o Mestre do Universo, é o tzadik, “o justo”,
sobre quem o mundo se mantém, como é dito: “O tzadik é o alicerce do mundo.”
A letra tzadik inicia a palavra tzelem, a “imagem” Divina a partir da qual D’us criou o
homem. A Cabalá nos ensina que o tzadik de tzelem corresponde aos três níveis
conscientes da alma — mente, coração e ação —, enquanto as duas letras seguintes
(lamed e mem) de tzelem correspondem aos dois níveis transcendentes da alma, “o
vivente” (chayá) e o “isolado” (yechidá), respectivamente, conforme analisado na
letra hei (tzadik em at’bash). Estes dois níveis se tornam conscientes como dois estados
de fé na consciência íntima do tzadik: fé na Luz Transcendente de D’us, a fonte definitiva
da criação, e fé na própria Essência de D’us, a fonte de definitiva da revelação de Torá e
das mitzvot. Por esta razão, a palavra tzadik(204) tem a guematria equivalente a duas
vezes emuná, “fé” (102). Também no versículo, “o tzadik vive pela sua fé”, as letras da
palavra b’emunató, “pela sua fé”, podem ser lidas como “dois níveis de fé”. “Viver pela sua
fé” significa experimentar a maior alegria em seu serviço a D’us, conforme é explicado
no Tanya.
A palavra etz, “árvore”, criada no terceiro dia, tem a guematria equivalente a tzelem, 160, a
“imagem Divina” a partir da qual o homem foi criado no sexto dia. “O homem é a árvore do
campo”. Na Cabalá, o terceiro dia, tiferet (“beleza”), é a origem do sexto
dia, yessod (“alicerce”). Tiferet e yessod se integram totalmente no segredo da “linha do
meio” — “o corpo e o brit são considerados um”. No Sefer Yetzirá nós aprendemos que as
doze letras simples dentre as vinte duas letras do alef-beit correspondem aos doze meses
do ano. Também cada mês se relaciona particularmente com um “sentido” específico na
alma. A letra tzadik é a letra do mês de Shevat, cujo “sentido” é o de “comer”. O décimo
quinto dia de Shevat (o meio do mês), Tu b’Shevat, é o Ano Novo das Árvores. (A palavra
rabínica para árvore, “ilan”, equivale a 91 — a união das duas letras, alef e tzadik, que é
também a união dos dois valores 26 mais 65 [(2x 13) mais (5x13) = 7x13 = 1 mais 2 mais...
mais 13 = o “triângulo” de 13], o valor do Nome Havayah, conforme escrito (yud-hei-vav-
hei) e lido (alef-dalet-nun-yud).
O “rei das árvores” é a tamareira, sobre a qual é dito: “O tzadik, tal como uma tamareira,
florescerá.” A raiz de “florescer” (perach) equivale a 288 — o segredo das 288 faíscas
caídas, elevadas pelo serviço do tzadikem sua consciência Divina que envolve o ato de
comer. Em todas as atividades aparentemente mundanas do tzadik ele “conhece” (i.e.,
contata, conforme explicado anteriormente no segredo das duas letras anteriores do alef-
beit, o ayin e o pei) D’us, como está escrito, “Em todos seus caminhos [mundanos]
conheça-O.”
A pronúncia original da letra tzadik é tzadi, que quer dizer “buscar”. O sagrado “sentido de
comer”, o “sentido” da letra tzadik, é a habilidade de buscar, a fim de redimir e elevar, as
288 faíscas caídas da quebra dos receptáculos, como explicado acima. “O tzadik come
para satisfazer sua alma” é o versículo mais relevante ao segredo do serviço do mês
de Shevat. As faíscas redimidas servem para elevar a consciência da alma do tzadik a
níveis ainda mais elevados de percepção Divina.
FORMA
Um yud preso no lado superior direito de um nun curvado. O yud pode estar virado para
cima ou para baixo de acordo com duas tradições distintas.
Mundos
Poder consciente para concretizar o potencial.
Forma e matéria.
Alma
O nun representa a “Congregação de Israel”; o yud representa o tzadik da geração.
Todo seu povo é de tzadikim.
Divindade
Os trinta e dois caminhos da sabedoria, o yud, unidos com os cinquenta portões do
entendimento, onun.
A sabedoria superior (yud) e a sabedoria inferior (nun).
A consciência de Atzilut unindo-se à força da sabedoria e descendo para ensinar à Criação.
NOME
Um tzadik; buscar; lado; em aramaico: caos. Tzadi torna-se tzadik.
Mundos
Buscando os receptáculos quebrados que caíram do mundo do caos.
Almas
Buscando as faíscas perdidas da alma.
NÚMERO
Noventa; “consciência total”
Mundos
Total consciência dos mundos.
Estações.
Almas
Consciência total das almas.
Divindade
Total consciência da Divindade.
Duas letras — o reish e o zayin — se combinam para formar a letra kuf. O zayin, à
esquerda, desce abaixo da linha, enquanto o reish, à direita, paira acima dela. A união
paradoxal simbolizada pelos dois componentes do kuf é o segredo de “Não há ninguém
santo como D’us”. De um modo geral, kuf remete àkedushá, “santidade”. O nível único de
santidade inerente a D’us se expressa, nas palavras do Zohar, como: “Ele é alcançado
dentro de todos os mundos, mas ainda assim ninguém O alcança.” O zayindescendente
do kuf simboliza Ele sendo alcançado dentro de todos os mundos, permeando até esferas
de realidade “abaixo da linha”, i.e., mundos antitéticos àqueles nos quais a Presença de
D’us está revelada. Oreish, a transcendência onipresente de D’us, permanece “separada”
e sagrada (em hebraico, “sagrado” significa separado) em relação à Sua imanência
descendente.
No nome da letra tzadik, sua leitura original, tzadi, “busca” as faíscas caídas. A faísca
sagrada, capturada “abaixo da linha” na matéria física (“antimatéria”, relativo às esferas
espirituais) é o segredo da letra seguinte, o kuf, ao qual o tzadi se une para formar o nome
completo, retificado — tzadik.
O tzadik é a décima oitava letra do alef-beit, e possui a guematria de chai, “vida”,
simbolizando, assim, o poder de vivificar as faíscas caídas representadas pelo kuf. O kuf, a
décima nona letra, é o segredo de “Eva” (Chava = 19. Na numeração ordinal, Adam
equivale a 1 mais 4 mais 13 = 18 = chai), cujo nome também deriva da raiz que significa
“vida”, como é dito: “… e Adam chamou sua esposa com o nome de Eva (Chava), pois ela
era a mãe de toda vida.” No entanto, é dito sobre ela: “Seus pés desceram à morte”, pois
no pecado primordial de comer (o “sentido” da letra tzadik, como explicado acima) da
Árvore do Conhecimento, ela foi responsável por trazer a morte para o mundo. Mesmo
dentro do corpo “quebrado” (morto), uma faísca de vida permanece oculta, esperando pelo
poder do tzadik (chai, vida) para reviver seu potencial vital dormente e ressuscitar o corpo
ao qual ele pertence.
Tal como a faísca de vida oculta, uma “névoa” pairante, relativamente transcendente, se
encontra acima de cada corpo ou objeto físico caído, “ morto”. (A palavra “névoa”, hevel,
também é o nome de Abel, o segundo filho de Adam e Eva, que foi morto por seu irmão
mais velho, Caim. Hevel = 37 = 18 mais 19). Estes dois componentes da vida presentes
dentro do aparente estado de morte correspondem às duas letras, o reish(a névoa
pairante) e o zayin (a faísca oculta), que compõem a letra kuf. Por esta razão,
o kuf simboliza, em particular, a realidade das faíscas caídas, bem como o paradoxo da
onipresença simultânea da transcendência e da imanência de D’us. A santidade inata de
cada faísca assegura sua redenção e elevação definitivas pelo tzadik (i.e., almas de
Israel).
O significado mais profundo na Torá do número dezenove, o valor ordinal do kuf, é o ciclo
de dezenove anos da lua em relação ao sol, a base do nosso calendário judaico. A lua
representa a figura feminina, o segredo da sefirá de malchut (“reinado”), personificado por
Eva (Chava = 19, como explicado acima). O sol representa a figura masculina (o doador
da luz, enquanto a lua é o receptor da luz), e, particularmente,
asefirá de yessod (“alicerce”; yessod = 80 = 8×10, chet vezes yud = chai), conforme
personificado por Adam. Assim como explicado no segredo da forma da letra zayin —
“mulher de valor” que é “a coroa de seu marido”—, quando a letra kuf precede a
letra tzadik, a palavra keitz , o “fim” do tempo” é formada. Isto alude ao versículo: “…Ele
estabeleceu um fim [keitz] para a escuridão. O “fim”, a vinda de Mashiach e a subsequente
era da ressurreição, é a revelação definitiva da imensa luz e energia latentes presentes
dentro do segredo da letra kuf.
FORMA
Um reish acima com um zayin descendo abaixo da linha, à esquerda.
Mundos
“Cascas” de impureza “sugam” a força vital neste mundo.
Divindade
“Ele é alcançado dentro de todos os mundos [o zayin], mas ainda assim ninguém O alcança
[o reish].”
O reish e o zayin formando raz, “mistério”.
NOME
Macaco; cercar ou tocar; fortalecer; em aramaico: o buraco da agulha.
Mundos
Macaco — vaidade, as imitações falsas deste mundo.
Divindade
Grande força conforme revelada em milagres.
NÚMERO
Cem
Mundos
O tempo de vida de cem anos da águia.
Almas
A idade de Abraham no nascimento de Isaac.
“Vá para você”: para a fonte de sua alma ou para dentro de seu corpo.
Divindade
Beleza perfeita.
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Embora a letra reish esteja situada no final do alef-beit, seu significado primordial é
“cabeça” ou “começo”. Existem quatro “começos” no alef-beit (comparáveis aos quatro
Anos Novos enumerados no início do tratado Rosh Hashaná), referentes às quatro
diferentes categorias do fenômeno. O começo ordinal do alef-beit é a letra alef.
Foneticamente, o vapor, a “substância” amorfa com a qual é formada a pronúncia de cada
letra, é o segredo da letra hei. Na escrita, cada letra começa a partir de um ponto, o
segredo da letrayud. Com relação ao significado, inteligência consciente ou
sabedoria, reish significa “começo”. Estas quatro letras combinadas formam a
palavra aryeh, “leão”, o primeiro dos quatro “animais sagrados” da carruagem Divina de
Ezekiel. Elas também se combinam para formar yirah, “temor” ou “reverência.”
“O começo da sabedoria é o temor a D’us”. A Chassidut nos ensina que a experiência
interior da alma, que serve como o recipiente para despertar e reter todos os novos
lampejos de insights (sabedoria), é bitul, “abnegação”. Temor, o começo da sabedoria,
corresponde à origem deste estado na alma. O temor “paralisa” o ego, quebrando a rudeza
inata ao coração, aquela rudeza ou egocentricidade que impede a pessoa de ser
verdadeiramente receptiva e perceptiva à realidade que existe fora dela mesma, de um
modo geral, e à Essência Divina de toda a realidade, em particular.
As duas letras que preenchem a letra reish são o yud e o shin, que formam yeish, que
significa “algo”, em geral identificado na Chassidut com a consciência do ego, ou de ser
uma entidade separada, independente — um “algo”. Reish é a única letra “grávida” com
este “recheio”. A Chassidut nos ensina que embora o nível de “algo”, do “algo criado”,
pareça estar totalmente separado da consciência de seu Criador e da força criativa que
continuamente faz este “algo” existir, não obstante este aparente “algo” separado serve, na
verdade, para refletir o Absoluto e “Verdadeiro Algo”, que é realmente e exclusivamente
independente — a “Causa de todas as causas.”
O insight de sabedoria Divina é o “nada” entre os dois estados de “algo”, cujo propósito
definitivo é trazer a consciência do “Verdadeiro Algo” para dentro da experiência do “algo”
inferior. No poder do processo de retificação, o ego precisa primeiramente ser “sacudido”
pelo temor a D’us, o começo da sabedoria. Depois disso, a “substância” da pessoa pode
ser purificada e depurada a fim de se tornar um “espelho” apropriado para refletir o
Verdadeiro Algo. Este processo de depuração — que depende da sabedoria e de seu
começo, o temor —, se expressa no versículo: “O Senhor fez tudo em sabedoria.” “Fez” se
refere, ao longo de toda a Torá, ao processo de purificação e depuração.
O Zohar parafraseia este versículo: “O Senhor depurou todos eles com sabedoria.” A “arte
de depurar” é o “começo do fim”; as três letras finais do alef-beit são o começo, meio e fim
do final, respectivamente. Assim como o tzadik se liga ao kuf em sua pronúncia completa,
também o reish leva a todas as depurações de sabedoria que ascendem à sua Fonte
Divina na chama do amor de D’us e de Seu povo, Israel.
FORMA
O contorno de uma cabeça; uma cabeça curvada.
Mundos
Um homem curvado em pobreza e servidão.
Almas
A mente “se curvando” a fim de se expressar na fala.
Divindade
A revelação dos pensamentos de D’us através da fala.
Mundos
O estado de pobreza deste mundo.
Almas
O estado consciente da mente.
Divindade
O estado supraconsciente da mente.
NÚMERO
Duzentos
Mundos
O limite máximo da pobreza — duzentos zuz.
As duzentas luzes que brilham fora da pessoa.
“O sol é caridade.”
Almas
Duzentos líderes do Sanhedrin da tribo de Yissachar.
Tempo.
Divindade
O ponto numérico parcial do alef-beit.
A criação começa a partir do “ponto do meio” da Luz Infinita de D’us.
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A letra shin aparece gravada em ambos os lados da cabeça — no tefilin. No lado direito,
o shin possui três pontas, e no lado esquerdo possui quatro. A Cabalá nos ensina que
o shin de três pontas é o shin deste mundo, enquanto o de quatro pontas é o shin do
Mundo Vindouro.
O segredo do shin é “a chama [Revelação Divina] ligada ao carvão [Essência Divina].” Um
carvão quente possui, de fato, uma chama invisível dentro dele, que emerge e ascende da
superfície do carvão quando se faz vento sobre ele. Os três níveis — carvão, chama
interior e chama exterior — correspondem ao segredo de chash-mal-mal, como será
explicado na letra seguinte, tav.
Um dos significados da palavra shin em hebraico é shinui, “mudança”. O carvão simboliza
a essência imutável, o segredo do versículo: “Eu sou D’us, Eu não mudei”, significando
que no que diz respeito à Essência de D’us absolutamente nenhuma mudança ocorreu
desde antes da Criação até depois da Criação. A chama interior é a presença latente
paradoxal do poder de mudança dentro do imutável. A chama exterior do shin está
continuamente em um estado de movimento e mudança.
Conforme citado no versículo acima, a Essência imutável é o segredo do Nome Havayah.
O poder de mudança, presente de forma latente dentro da Essência de D’us antes da
Criação, e posteriormente revelado na complexidade e beleza infinita de uma chama
tremulante, é o segredo do Nome da Criação explícito, Elokim, o único Nome de D’us que
aparece no plural. O número da letra shin, 300, une estes dois Nomes Divinos como a
“chama ligada ao carvão”. Em at’bash, o Nome Havayah se transforma nas letras mem-
tzadik-pei-tzadik, que totaliza 300. As cinco letras de Elokim (alef-lamed-hei-yud-mem),
quando escritas por completo, também somam 300.
As três pontas do shin deste mundo correspondem aos três níveis de imutabilidade,
potencialidade e mudança factual, conforme explicado acima. Neste mundo, a
imutabilidade é simbolizada somente por um carvão preto e escuro, e não como a luz
revelada da chama. Não obstante, a durabilidade da chama depende da essência imutável
do carvão. No Mundo Vindouro, a essência imutável se revelará dentro da chama. Esta
revelação do futuro é o segredo da quarta ponta do shin.
Na chama de uma vela vemos três níveis de luz: a “luz escura” em volta do pavio da vela,
a chama branca que a envolve e uma aura amorfa em torno da própria chama branca.
Cada um desses três níveis de luz revelada manifesta uma dimensão contida dentro da
chama invisível presente no carvão. De um modo geral, a chama simboliza amor, como é
dito: “Tão poderoso quanto a morte é o amor… a chama de D’us.” A luz escura
corresponde ao amor de Israel, almas investidas em corpos físicos. A luz branca
corresponde ao amor da Torá. A aura corresponde ao amor de D’us. Estas são as três
manifestações essenciais de amor conforme ensinado pelo Baal Shem Tov. A quarta ponta
do shin do futuro — a revelação da essência do próprio carvão — corresponde ao amor da
Terra de Israel e, como nossos Sábios ensinam, “No futuro, a Terra de Israel se expandirá
para incorporar todas as terras do mundo.”
FORMA
Três vav, cada um com um yud no topo, emergindo de uma mesma base.
Símbolo de simetria; Forma de uma chama
Mundos
Estabilidade e harmonia na natureza.
Almas
Encontrando favor aos olhos de D’us.
Divindade
Perfeição e Benevolência Divinas; as três linhas, ou pilares, das sefirot.
O “exército de D’us”; o shin do tefilin.
NOME
Um ano; mudança; um dente; escarlate; dormir; ensinar; dois; aguçado; velho; vice-rei.
Mundos
Mudanças naturais no ciclo anual.
Almas
O fogo da Torá; agudeza no estudo.
NÚMERO
Trezentos
Mundos
Trezentos raposas enviadas para queimar os campos dos filisteus.
Almas
Trezentas parábolas sobre raposas de Rabi Meir.
Divindade
Trezentas halachot referentes a “uma mancha muito brilhante”.
Trezentas halachot referentes a “você não deixará um feiticeiro viver”.
Trezentas halachot referentes à “a torre suspensa no ar”.
Trezentas halachot referentes a “e o nome de sua esposa era Meheitavel”.
“Não é Minha palavra como fogo e como um martelo que quebra a rocha em pedaços?”
O Zohar afirma: “O tav faz uma impressão na Antiguidade dos Dias”. A “Antiguidade dos
Dias” se refere ao sublime prazer inato dentro da “coroa” (Vontade) da Emanação Divina. A
letra tav (referindo-se aqui ao “Reino do Ser Infinito, Abençoado seja Ele”) deixa sua
impressão na “Antiguidade dos Dias”. A impressão é o segredo da fé simples na
onipresença definitiva de D’us — o Infinito presente no finito —, pois não há ninguém além
d’Ele” (a conclusão da citação acima do Zohar).
Esta fé passa como herança de geração a geração, de mundo a mundo, com
o mlachut (“reinado”) do mundo mais elevado se ligando ao keter (“coroa”) do mundo mais
baixo. O tav, a letra final do alef-beit, corresponde a malchut (“reinado”), o poder Divino
final, no segredo de “Seu Reino é o Reino de todos os mundos”. A marca do tav é o
segredo do poder que mantém os mundos — as gerações — unidos.
A impressão inicial da fé verdadeira era a que estava gravada na alma de nosso primeiro
patriarca, Avraham, “o primeiro de todos os crentes”. Este é o segredo da aquisição da
Gruta de Machpelá, o cemitério judaico original, por Avraham pela soma de quatrocentos
(o valor numérico do tav) shekels — o segredo de nossa herança eterna de “quatrocentos
mundos de prazer”, selada com o timbre da fé simples.
A marca de D’us (na Criação) é a verdade (em hebraico, emet, composta pelas letras finais
das três últimas palavras no relato da Criação: bara Elokim la’asot”, “…D’us criou ‘para
fazer’”). A última letra ou marca da própria palavra emet, “verdade” — a marca do selo de
D’us — é a letra tav, a fé simples, a conclusão e auge de todas as vinte e duas forças —
letras — ativas na Criação.
As três letras que formam emet são o começo, meio e fim das letras do alef-beit.
O alef corresponde à consciência inicial da pessoa do paradoxo Divino na fonte infinita
(onde as águas superiores e inferiores, alegria e amargura, são absolutamente um). Desta
consciência emerge mem, a fonte da sabedoria Divina, o poder sempre crescente de
discernimento dentro dos mistérios da Torá. “O final definitivo do conhecimento é não
saber”. O auge do fluxo de sabedoria Divina na alma (depois que tudo é feito e dito) é a
revelação “majestosa” do infinito “tesouro” da fé simples na onipresença absoluta de D’us
aqui embaixo, inerente à alma de Israel. A culminação da fé verdadeira e simples é o
segredo do “tav”.
“Tudo segue a marca” no segredo da “luz que retorna” do tav até o alef, formando, assim,
a palavra ta, “aposento”. Em volta do Santuário interno do Templo foram construídos vários
“aposentos” ou “pequenas câmaras”. Estes “aposentos” não tinham janelas e, portanto,
eram completamente escuros. A Chassidutensina que estes “aposentos” revelam o nível
de “Ele coloca Seu lugar oculto na escuridão” — a consciência da fé simples adentrando a
Essência absolutamente “escura” de D’us.
Assim nós aprendemos: “A Torá é a impressão [o tav] da Divindade; Israel é a impressão
[o tav] da Torá.” A Divindade é percebida primeiramente através do serviço da meditação
profunda em total silêncio (submissão), o segredo do chash (“silêncio”) de chashmal.
[Então, por meio de um estágio intermediário de “circuncisão”, ocorre a primeira expressão
de mal, “circuncisão”. A Torá é o segredo da separação entre o bem e o mal — circuncisão
—, o corte da pele (mal)].
Israel, a manifestação definitiva da Palavra de D’us na Torá (“Israel” é um acrônimo para a
frase em hebraico, “Existem seiscentas mil letras na Torá”), corresponde ao nível final da
“fala”, o “segundo” mal dechashmal. A fala, a comunicação da Unicidade de D’us entre as
almas, é o nível definitivo do serviço Divino, “adoçando” toda a realidade, conforme
ensinado pelo Baal Shem Tov. O tav, a fé simples, é vista aqui como o poder de impressão
e união, ligando as extremidades aparentemente paradoxais do serviço Divino, desde o
silêncio total da meditação até a comunicação afetuosa entre as almas.
FORMA
Um dalet unido a um nun.
Uma marca ou selo.
Mundos
“Marcas” físicas na realidade — fósseis, pegadas.
Julgamento e Lei.
Questão primordial.
Almas
A tribo de Dan — humildade e abnegação.
Salvação.
NOME
Sinal; impressão; código; em Aramaico: mais
Mundos
O sinal na testa de Caim.
A música da Criação.
Almas
O sinal da retidão.
NÚMERO
Quatrocentos.
Mundos
Quatrocentos homens de Esaú.
Almas
As quatrocentas peças de prata com que Avraham comprou a Gruta de Machpelá para
enterrar Sarah.