CAPÍTULO III – DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES CONVECTIVAS

A CONVECÇÃO É TODO PROCESSO ESPONTÂNEO DE PROPAGAÇÃO MAIS COMUM NA

ATMOSFERA.
OCORRE EM FUNÇÃO DA DIFERENÇA ENTRE AS DENSIDADES, E SOMENTE EM
LÍQUIDOS E GASES, CONSISTINDO NA TRANFERÊNCIA DE CALOR DENTRO DE UM FLUIDO
ATRAVÉS DE MOVIMENTOS DO PRÓPRIO FLUIDO.

A TEMPERATURA DO PONTO DE CONGELAMENTO OCORRE NO PONTO DE

SATURAÇÃO, NÍVEL DE CONDENSAÇÃO.

ACONTECE EM QUASE TODOS OS LUGARES, MAS A CONVECÇÃO É PROFUNDA EM

LUGARES TROPICAIS.
PRECIPITAÇÃO TROPICAL – CONVECÇÃO PROFUNDA.
INDONÉSIA (MONÇÕES).
OCEANO PACÍFICO EQUATORIAL OESTE.
AMAZÔNIA (É RESPONSÁVEL PELA TROCA DE ENERGIA).
AFRICA EQUATORIAL (MONÇÕES).
NÃO É COMUM NAS REGIÕES DESERTICAS DOS SUBTRÓPICOS, POIS SÃO REGIÕES DE
ALTA PRESSÃO SEMI-PERMANENTE, CARACTERIZANDO ÁREAS DE SUBSIDÊNCIA.

NAS REGIÕES DESÉRTICAS, HÁ PREDOMINÂNCIA DE MASSAS DE AR FRIAS E SECA,

TANTO DA MASSA SUBSIDENTE, QUANTO DA MASSA COLADA NA SUPERFÍCIE,
CARACTERIZANDO UMA FRENTE FRIA.

CÉLULA DE TEMPESTADE: É ETAPA DE FORMAÇÃO DE UMA NUVEM CB, EM SISTEMA

DE BAIXA PRESSÃO. AS NUVENS CB APRESENTAM FASES DE DESENVOLVIMENTO.
A NUVEM CB OCORRE EM FUNÇÃO DA NUVEM CUMULUS VINCULADO A UMA
ATIVIDADE CONVECTIVA, QUE PROVOCA A ASCENSÃO DA MASSA DE AR. ESTÁ CARREGADO
DE MATERIAS ELÉTRICOS, POSITIVOS E NEGATIVOS.
O AUMENTO DA NEBULOSIDADE ESTÁ LIGADO AO AUMENTO DA ATIVIDADE
CONVECTIVA. AS LINHAS DE INSTABILIDADE INTENSIFICAM A ATIVIDADE CONVECTIVA, NA
FASE DE MATURAÇÃO NA CUMULONINBUS.
O ESTÁGIO DE MATURAÇÃO É A PIOR FASE DE UMA CÉLULA DE TEMPESTADE, POIS
NELA OCORREM AS PANCADAS DE GRANIZOS. A MASSA DE AR ASCENDE NA REGIÃO AFRENTE
DA NUVEM E DESCENDE NA RETAGUARDA. HÁ CONDIÇÕES TERMODINÂMICAS NECESSÁRIAS.
OCORRE A EXPANÇÃO DA BASE. ALTA NEBULOSIDADE.
FENÔMENO DE ENTRANHAMENTO: CHOQUE DE MASSAS DE AR, COM FORMAÇÃO DE
GRANIZOS. EM SÃO PAULO, OS GRANIZOS SÃO FORMADOS EM FUNÇÃO DO CHOQUE DAS
MASSAS DE AR.
TROMBAS D’ÁGUAS OCORREM, PRINCIPALMENTE, NOS LITORAIS. A VORTICIDADE
OCORRE EM FUNÇÃO DE DOIS VENTOS PERPENDICULARES SE CRUZAREM.
NA FASE DISSIPATIVA, AS CORRENTES DESCENDENTES SUPERAM AS ASCENDENTES,
EM FUNÇÃO DA DENSIDADE, COM VENTOS MAIS AMENOS E PERSISTENTES E COM UMA
PRECIPITAÇÃO FINA, COM POSSIBILIDADE DE FORMAÇÃO DE NEVOEIRO. OCORRE MAIOR
EXPANSÃO DA MASSA DE AR DO PONTO DE VISTA HORIZONTAL, NA BASE. O SISTEMA QUE
ESTABELECE É O DE ALTA PRESSÃO.

CARACTERÍSTICAS DOS ESTÁGIOS:

ESTÁGIO CUMULUS:
CORRENTES VERTICAIS ASCENDENTES.
MAIS INTENSAS NA PARTE SUPERIOR (60KM/H).
 ARRASTE PELOS LADOS.
INÍCIO COM CUMULUS ACIMA DO NÍVEL DE CONGELAMENTO.
DURAÇÃO DE 15 MINUTOS.
ALTURA DE ATÉ 9 KM.
SÃO ALIMENTADAS POR CONVERGÊNCIA DE VAPOR NA CAMADA LIMITE NUMA
REGIÃO ONDE O AR QUENTE E ÚMIDO CONVERGEM EM SUPERFÍCIE.

ESTÁGIO MADURO:
INÍCIO COM CHUVAS DE GOTAS GRANDES.
CORRENTES ASCENDENTES DE 100 KM/H E DESCENDENTES DE 50 KM/H.
NO SOLO, O AR SE EXPANDE HORIZONTALMENTE.
FLUXO DESCENDENTE GERA CHUVAS INTENSAS.
HÁ VENTO E OCORRE A QUEDA DA TEMPERATURA DO AR E AUMENTO DA PRESSÃO
ATMOSFÉRICA.
DURAÇÃO DE 15 A 30 MINUTOS.
ALTURA DE 12 KM.
PODEM OCORRER GRANIZOS, QUANDO AS PARTÍCULAS DE GELO COLIDEM COM A
ÁGUA SUPER-RESFRIADA (QUANDO O PESO DO GRANIZO SUPERAR A FORÇA DE EMPUXO, ELE
CAIRÁ).

ESTÁGIO DE DISSIPAÇÃO:
CORRENTES DESCENDENTES PREDOMINANTES.
POUCO OU NENHUM MOVIMENTO.
A INTENSIDADE DA PRECIPITAÇÃO DIMINUI (CHUVA LEVE DE CARATÉR
ESTRATIFORME, FICANDO PROGRESSIVAMENTE MAIS RARAS AS DESCARGAS ELÉTRICAS).
OCORRE UMA EXPANSÃO HORIZONTAL NA BASE DA CÉLULA.

TODA CORRENTE DE AR CONVERGENTE NA SUPERFÍCIE DE BAIXA PRESSÃO, FAZENDO

A CONVECÇÃO PARA CIMA, SERÁ DIVERGENTE NA ALTITUDE. ASSIM, O NÍVEL DE
DIVERGÊNCIA NULA É A METADE DA ALTITUDE DA CORRENTE ASCENDENTE. NESTA
TRANSIÇÃO VERTICAL, ONDE HÁ DÉFICIT NA PONTA, E SUPERÁVIT NA OUTRA, HÁ UM PONTO
NUM NÍVEL INTERMEDIÁRIO DE RESULTANTE NULA ONDE NADA ENTRA E NADA SAI DA
COLUNA DE AR.

HÁ UM NÍVEL NA ATMOSFERA, DO PONTO DE VISTA VERTICAL, DE 500 HPA, NÍVEL

PADRÃO DE REFERÊNCIA, ONDE NÃO OCORRE TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA, É O NÍVEL DE
DIVERGÊNCIA NULA. ACIMA DESTE NÍVEL, NÃO OCORRE MUDANÇAS MUITO ABRUPTAS, POIS
OS AMBIENTES SÃO MAIS HOMOGÊNEOS.

SONDAGEM ATMOSFÉRICA: É UMA PREVISÃO PONTUAL.

EMBORA O RADIOSSONDA DEMORE CERTO TEMPO PARA PERCORRER
VERTICALMENTE A COLUNA DE AR ENTRE A BASE E O TOPO DA SONDAGEM, O PERFIL
OBTIDO É CONSIDERADO INSTANTÂNEO. OS BALÕES SÃO PREENCHIDOS, NORMALMENTE,
COM GÁS HÉLIO OU HIDROGÊNIO.
MAIOR ALTITUDE, MAIS A HOMOGENEIDADE DA ATMOSFERA.
ESSA HIPÓTESE É JUSTIFICADA PELO FATO DAS CONDIÇÕES DE PRESSÃO,
TEMPERATURA E UMIDADE, REINANTES EM CADA NÍVEL DE ALTITUDE, NÃO MUDAREM
RAPIDAMENTE.

CARACTERÍSTICAS:
A SONDA ESTÁ LIGADA A UM BALÃO QUE SOBE COM UMA VELOCIDADE DA ORDEM
DOS 300 METROS POR MINUTO.
 O BALÃO, CONSTITUÍDO, POR MATERIAL ELÁSTICO, LEVA NO SEU INTERIOR UM GÁS
MAIS LEVE QUE O AR.
O BALÃO DILATA-SE DEVIDO À EXPANSÃO DO GÁS E ACABA POR REBENTAR.
AS RADIOSSONDAS ALCANÇAM CERCA DE 30 KM DE ALTITUDE (O LIMITE É
DETERMINADO PELA RUPTURA DO BALÃO).
A SONDA CAI SUSPENSA DE UM PARAQUEDAS, DE MODO A NÃO CAUSAR DANO.
A SONDAS RECUPERADAS NÃO VOLTAM A SER UTILIZADAS.

O GRÁFICO DE TEMPERATURA INCLINADA OU SKEW-T É TERMODINÂMICO.

SLIDE 18: A TPO ESTÁ DISTANTE DA TEMPERATURA DO AR SECO, QUANDO A SONDA É
LIBERADA, MAS HÁ ALTITUDES EM QUE A PROXIMIDADE É GRANDE, AUMENTANDO A UR.
SLIDE 19: ENTRE 1000 E 800 HPA, VERIFICA-SE UMA PEQUENA DISCREPANCIA ENTRE A
TEMPERATURA DO AR E A TEMPERATURA DE ORVALHO, INDICANDO ALTA UMIDADE
RELATIVA, ISTO É, MAIOR QUANTIDADE DE UMIDADE EVAPORADA.

ÍNDICES DE INSTABILIDADE PARA PREVISÃO DE CHUVA E TEMPESTADE: SÃO

BASEADOS EM PERFIS VERTICAIS DE TEMPERATURA, UMIDADE E VENTO, USADOS PARA
SINTETIZAR ALGUMAS CARACTERÍSTICAS TEMRODINÂMICAS E DE CISALHAMENTO DOS
VENTOS TÍPICOS DE SITUAÇÕES CONVECTIVAS.
O ÍNDICE DE K NEGATIVO INDICA BAIXA PROBALIDADE DE PRECIPITAÇÃO.
O ÍNDICE K PARA SER SIGNIFICATIVO (>24) DEVE HAVER CALOR EM BAIXOS NÍVEIS E
UMIDADE EM ABUDÂNCIA DESTE A SUPERFÍCIE ATÉ 700 HPA.
ÍNDICE K PROBABILIDADE DE PRECIPITAÇÃO
<15 0%
15 A 20 20%
21 A 25 20 A 40%
26 A 30 40 A 60%
31 A 35 60 A 80%
36 A 40 80 A 90%
>40 PERTO DE 100%

O ÍNDICE DE CAPE (ENERGIA POTENCIAL CONVECTIVA DISPONÍVEL): FORNECE UMA

MEDIDA MÁXIMA DE ENERGIA CINÉTICA POSSÍVEL QUE UMA PARCELA DE AR
ESTATICAMENTE INSTÁVEL PODE ADQUIRIR. TRABALHA JUNTAMENTE COM O ÍNDICE K.
QUANTO MAIOR É O CAPE, MAIOR É A FORÇA DAS CORRENTES ASCENDENTES DA
TEMPESTADE, MAIOR A INSTABILIDADE.

AS NUVENS CB DEVEM SER EVITADAS SEMPRE QUE POSSÍVEL PELO NAVEGANTE.

SENDO QUE ACONTECEM CICLONES, TEMPESTADES, RAJADAS DE VENTOS, GRANIZOS,
RELÂMPAGOS, TROMBAS D’ÁGUAS, OS MESMOS ESTARÃO SEMPRE ASSOCIADOS A NUVENS
DO TIPO CB.
AS TROMBAS D’ÁGUA É UM PEQUENO CICLONE QUE GIRA (VORTICIDADE), NÃO EM
FUNÇÃO DA CORIOLIS, MAS DO CRUZAMENTO ENTRE DOS VENTOS. COM
APROXIMADAMENTE, EM MÉDIA, 50 METROS DE DIÂMETRO.
O VENTO MÉDIO É O VENTO MENSURADO DURANTE 10 MINUTOS.
A RAJADA É UM VENTO INTENSO ACIMA DA MÉDIA, COM UM PICO COM DURAÇÃO DE
10 SEGUNDOS.

CARACTERÍSTICAS DE UMA NUVEM CB:

OS PROCESSOS FÍSICOS RESPONSÁVEIS PELA ACUMULAÇÃO DE CARGAS ELÉTRICAS
DIFERENTES NO INTERIOR DA NUVEM.
 EM GERAL, A BASE DA CB ESTÁ CARREGADO NEGATIVAMENTE, ENQUANTO NO TOPO
VERIFICA-SE UMA CONCENTRAÇÃO DE CARGAS POSITIVAS (HÁ NUVENS, PORÉM, CUJO
CAMPO ELÉTRICO ESTÁ INVERTIDO).
QUANDO O RAIO CAI EM SISTEMA CHEIO EM SILICATO, OCORRE O LEVATAMENTO DE
AREIA, QUE SE SOLIDIFICA, SE AGREGA. QUANDO OCORRE O AUMENTO DA ALTITUDE,
DEVIDO AO RESFRIAMENTO, ESSA BOLA SOFRE O EXPUXO E CAI. ESSE RAIO É CHAMADO RAIO
BOLA.
A SUPERFÍCIE TERRESTRE SOB A NUVEM POSSUI CARGA ELÉTRICA DE SINAL
CONTRÁRIO ÀQUELA QUE SE VERIFICA EM SUA BASE.
SE, POR EXEMPLO, O TROVÃO É OUVIDO 5 SEGUNDOS DEPOIS DO RAIO, A
TEMPESTADE ESTÁ A 1,7 KM DE DISTÂNCIA, E SE OUVIDO 10 SEGUNDOS DEPOIS DO RAIO,
ESTÁ APROXIMADAMENTE A 3,4 KM DE DISTÂNCIA, E ASSIM POR DIANTE.
AS CORRENTES (VENTOS) DESCENDENTES AVANÇAM JUNTO AO SOLO COM UMA
CUNHA FRIA (FRENTE DE RAJADAS NA SUPERFÍCIE ANTECIPA O CB PODE CHEGAS A 30 NÓS).

NAVEGANTE, TOMANDO POR BASE AS FASES DE UMA CÉLULA DE TEMPESTADE DO

TIPO CB, INDIQUE A FASE MAIS EXPRESSIVA DESSA CÉLULA.
RESPOSTA: FASE DISSIPATIVA. **