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São Paulo
2011
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São Paulo
2011
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FICHA CATALOGRÁFICA
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e meu irmão, por estarem sempre presentes, orientando,
incentivando e compartilhando o prazer de viver a vida.
Ao Prof. Dr. Rubem La Laina Porto, pela atenção durante o processo de definição e
orientação.
Aos amigos Dr. Andrea Bartorelli e Leonardo Mendonça pela revisão das discussões
sobre geologia/geotecnia e meio ambiente, respectivamente.
Aos professores Dra. Mônica Ferreira do Amaral Porto, Dr. José Rodolfo Scarati
Martins e Dr. Kamel Zahed Filho, do Departamento de Hidráulica e Sanitária, pela
ajuda e ensinamentos nos anos de estudo na Poli.
RESUMO
ABSTRACT
Over the last the decades, hundreds of hydroelectric power plants of all sizes have
been built in Brazil, with the small ones being the beginning of this development and
recently having assumed an important position in the changes that happened in the
electric sector in the mid-nineties. By studying the technical issues that influence the
cost-benefit relation of installing small hydroletric power plants (SHPs) and through
the analysis of previous papers that have studied the subject, the present dissertation
proposes a sequence of steps in order to evaluate, preliminarily and quickly, the
feasibility of hydroletric power plants with capacities from 1 to 30 MW. The SHP
prospecting methodology is a previous study phase of hydroelectric inventory and its
goals consist in studying favorable and unfavorable situations for the settlement of
small hydroelectric power plants based on technical, economic and social-
environmental criteria. By collecting and organizing the watershed data, the
methodology suggests the evaluation of conditioners and restrictions from geological-
geotechnical, social-environmental, infrastructure and logistics aspects. Based on
this analysis, the next step is to identify attractive sites, design preliminary layout
conception and define gross head, where the use of the digital terrain model (DTM) is
prominent. Afterwards, it suggests the assessment of water availability, where it is
possible to use regional flow estimate models. Based on gross head and hydrological
studies, the mean energy production and installed capacity should be estimated.
Furthermore, this work presents a discussion about parameters that could be easily
obtained through the regional flow estimation models and, also, defines a range of
usual capacity factors to establish the installed capacity of SHPs. The next step
consists in an economic evaluation and a site visit that feeds the methodology with
new information. Due to the variety of necessary spatial information, the methodology
is structured by using the Geographic Information Systems (GIS) that allows relating
and crossing information, making possible the organization and necessary analysis.
As a result of application of the methodology, it is possible to build an extensive
panorama of the main aspects that influence the cost and the benefit of the SHP
sites that were identified. To demonstrate and exemplify the proposed methodology,
a case study of the Peixe river watershed, in Minas Gerais, was developed. Thus,
this work aims to contribute with the Brazilian electric sector through a tool that could
9
be used by public and private sectors in planning and to expand the knowledge about
energetic resources, helping in decision making in a simple, quickly and cost efficient
way.
10
SUMÁRIO
1. Introdução .......................................................................................13
1.1 Apresentação ................................................................................................... 13
1.2 Objetivo............................................................................................................ 17
1.3 Estruturação do Trabalho ................................................................................ 19
REFERÊNCIAS ....................................................................................182
1. Introdução
1.1 Apresentação
45,9
9% da energia foi produzida
a a partir de fontes
s renovávveis, como
o também
m
dem
monstra a Tabela
T 1 (E
EPE, 2009)).
Tabela 1 – Gera
ação de en
nergia no Brasil
B por tiipo de fontte em 2006
6 e 2007
(em to
oneladas e
equivalente
es de petróóleo (TEPS S))
Fonttes 2006 2
2007 Variação (%
%) Esttrutura (%)
Reno ováveis 101.8800 10
09.656 7,6 45,9
Hidrá
áulica e eletricidade 33.537
7 35.505 5,9 14,9
Prod
dutos de cana a de açúcar 32.999
9 37.847 14,7 15,9
Lenhha e carvão ve egetal 28.589
9 28.628 0,1 12,0
Outraas renováveiss 6.754 7
7.676 13,7 3,2
Não Renováveis 124.4644 12
29.102 3,7 54,1
Petró
óleo e derivaddos 85.545
5 89.239 4,3 37,4
Gás natural 21.716
6 22.199 2,2 9,3
vão Mineral e derivados
Carv 13.537
7 14.356 6,1 6,0
Urân
nio e derivado os 3.667 3
3.309 -9,8 1,4
Total 226.3444 23
38.758 5,5 100,0
Fonte: EPE, 2009
Com re
eferência à capacid
dade de geração de
d energiaa elétrica,, o Brasill
apre
esenta uma
a posição ainda ma
ais distinta
a dos outro
os países como demonstra o
Gráffico 2 (IEA
A, 2008). Enquanto
E a geração
o de eletric
cidade a ppartir de fontes
f não
o
reno
ováveis no mundo co
orresponde
e a 81,7 %,
% o País possui
p 74,99 % da sua
a potência
a
insta
alada de energia eléttrica prove
eniente de fontes ren
nováveis (T
Tabela 2). Durante o
ano de 2009
9 aproxima
adamente 93% da energia elétrica ggerada no
o Sistema
a
155
38,3 41,0
4
40,0
30,0
24,7
21,0
20,1
20,0 6,0
16 14,8
12,1
10,0 5,8
3,3
0,6 2,3
0,0
Hidro
Nuclear
Gás
Óleo
C
Carvão
Outros*
F onte: IE A, 2008
1973 (Total 6.116 TWh)
T 2006 (T
Total 18.930 TWh)
Grá
áfico 2 – Diivisão entre
e as fontess de geraç
ção de eletricidade noo mundo em
e 1973 e
2006
6.
Tabe
ela 2 – Ca
apacidade instalada de
d geração
o no Brasill por tipo de fonte
Tipo Quantidade
Q Potência Outorrgada (kW) P
Potência Fiscalizzada (kW) Po
orcetagem (%)
Centrral Geradora Hid drelétrica 299 169.22
24 167.623 3 0,16
Eólica
a 35 550.68
80 547.684 4 0,52
PCH 351 2.923.7
739 2.867.9997 2,72 74,8%
%
Solar 1 20 20 0,00
Usinaas Hidrelétricas 162 75.150.8827 75.160.709 71,40
Usinaas Termoelétricaas 1.267 26.846.5533 24.512.406 23,29
Usinaas Termonuclea ares 2 2.007.0
000 2.007.0000 1,91
Total 2.117 107.648.023 105.263.4 439 100,0
ores de porcentagem são referentes a Potência Fiscalizad
Os valo da. A Potência Outo
orgada é igual a con
nsiderada no ato da
a outrga. A Potência
a Fiscalizada é igual
a consiiderada a patir da operação
o comercial da primeira unidade
e geradora.
Fonte: ANEEL, 2009b
Grráfico 3 – Proporção
P de energiaa elétrica gerada
g no Sistema
S Innterligado Nacional
N
por fon
nte em 200 09 no Bras
sil.
16
1
O potencial hidrelétrico inventariado compreende as usinas em operação, ou construção, e os aproveitamentos
disponíveis estudados nos níveis de inventário, viabilidade e projeto básico.
2
Considera fator de capacidade 0,55.
3
As empresas estatais controlavam a geração, transmissão e distribuição de energia.
17
1.2 Objetivo
uma grave estiagem entre os anos de 1952 a 1955, que afetou a oferta de energia
hidrelétrica.
Foi neste momento de crise energética que o Brasil efetuou a transição do
setor elétrico do modelo privado para o modelo público, seguindo a tendência
mundial de estatização (CLEMENTE, 2001).
O primeiro passo desse processo foi dado com a criação da Companhia
Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), uma sociedade de economia mista ligada ao
Ministério da Agricultura, responsável pela construção da primeira grande usina do
Nordeste denominada atualmente de Paulo Afonso I, inaugurada em 1955. A partir
deste momento, novas empresas foram criadas adotando o mesmo modelo que a
CHESF, entre as quais podemos destacar a Centrais Elétricas de Minas Gerais
(CEMIG), Companhia Hidrelétrica do Rio Pardo (CERP) – posteriormente absorvida
pelas Centrais Elétricas de São Paulo (CESP), a Companhia de Energia Elétrica do
Paraná (COPEL) (GUIMARÃES, 2001).
Em 1961, o Governo Federal criou a Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras
S.A.) para a coordenação de todo o sistema elétrico nacional, funcionando também
como banco de investimento do setor, além de holding do Governo Federal. A
Eletrobrás e suas subsidiárias controlavam de forma verticalizada toda a cadeia do
setor: Geração, Transmissão e Distribuição (CLEMENTE, 2001).
Assim, o setor elétrico ficou sob a gerência do Estado que adotou uma política
de expansão baseada em aproveitamentos de grande porte com ampla escala de
produção centralizada e longos períodos de amortização de empreendimentos
(POLIZEL, 2007).
No final da década de 70, a trajetória de crescimento equilibrado e
autossustentado começou a ficar comprometida, a partir da utilização do setor em
políticas para captação de recursos externos e para controle do processo
inflacionário por meio de forte contenção tarifária. Nesta fase, foram construídas
grandes usinas, como Tucuruí e Sobradinho (GOMES et al., 2002).
Segundo Gomes et al. (2002 p. 11), a partir do ano de 1980 presenciou-se
“[...] a deterioração das contas externas do país, num cenário de juros ascendentes.
Com a interrupção dos créditos de organismos internacionais, o setor passou a ter
fluxo negativo entre os empréstimos externos e o pagamento do serviço da dívida”.
23
4
MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA (MME). Diretrizes e ações do MME para o setor elétrico:
reestruturação do setor, privatização, concessões, expansão da oferta na transição. Brasília,
1996.
25
hidrelétrico.
31
Fo
onte: Eletrobrás, 2000
2
Flluxograma
a 1 - Fluxog
grama de IImplantaçã
ão de uma PCH seguundo a Eletrobrás.
322
Fluxo
ograma 2 – Alteração
o sugerida
a no Fluxog
grama da E
Eletrobrás.
2.2.1
1 Contexto
o Regulató
ório e Insttitucional
A Agênccia Nacion
nal de Ene
ergia Elétric
ca é uma autarquia
a eem regime
e especial,,
ulada ao Ministério
vincu M de
d Minas e Energia, que possu
ui como atrribuições fiscalizar
f e
regu
ular a produção, tran
nsmissão, d
distribuição e comerrcialização de energia elétrica..
Uma
a das funçções da AN
NEEL é prromover as
s licitações
s destinadaas à contrratação de
e
conccessionária
as de serrviço públlico para a geraçã
ão de eneergia e outorgar
o a
conccessão parra aproveittamento de
e potenciaiis hidrelétrricos (BRA
ASIL, 1996)).
Pela Co
onstituição Federal, a água – recurso
r na
atural - é cconsiderada um bem
m
da U
União. (BR
RASIL, 198
88). Porta nto, os po
otenciais hidráulicos
h são explo
orados de
e
acorrdo com uma
u série de regula
amentaçõe
es de ordem instituucional, am
mbiental e
comercial, esttabelecidas pela A
ANEEL (ELETROBR
RÁS, 20000), além de outrass
instittuições governamentais. De
entre esta
as regulam
mentaçõess, destaca
am-se ass
segu
uintes:
33
Leis
Decretos
Resoluções
5
Os itens de informações a serem entregues no momento do registro constam no ART.9º da Res.
393/1998 da ANEEL.
6
Segundo a Resolução 393 os registros podem possuir duas condições:ativo e inativo. Ativo são aqueles
considerados válidos pela ANEEL, com acompanhamento contínuo do andamento dos estudos. Inativos são
aqueles considerados insubsistentes pela agência.
40
Empresa A Empresa B
Peso Nota x Nota x
Tópicos de Análise Nota Nota
Peso Peso
a) investigações de Campo 3
b) estudos de Escritório 2
IV - Estudos Hidrometereológicos
a) série de vazões mensais 3
b) curva de permanência de vazões mensais 2
c) área de drenagem em km². 1
d) risco associado à capacidade do vertedouro 2
a) meio sócio-econômico 3
b) meio físico e biótico 2
A re
egulamenta
ação destes proced
dimentos está
e contid
da na Ressolução nº. 343 da
a
ANE
EEL, de 9 de
d Dezemb
bro de 200
08.
Fonnte: MENESCAL
L, 2007
O prime
eiro passo mente a solicitação
o é novam o do regisstro e a respectiva
a
emisssão do ofício de reg
gistro pela ANEEL. Efetivado
E o registro coomo ativo, a entrega
a
do p
projeto bássico deverá
á ser realizzada em até
a catorze meses coontados a partir data
a
de p
publicação do despac
cho deste p
primeiro re
egistro. Após o decurrso de sessenta diass
apóss esta pub
blicação, não
n são acceitos outrros pedido
os para elaaboração de projeto
o
básicco para o mesmo ap
proveitame
ento (ANEE
EL, 2008b).
No caso
o de haverr mais de u
um interes
ssado, a se
eleção e a hierarquiz
zação doss
cand
didatos são
o feitas pela ANEEL,, de acordo
o com os seguintes
s ccritérios:
I – aque
ele cujo projeto bás ico esteja em condições de oobter o ace
eite dentro
o
dos prazos esttabelecidos
s;
II – aquele que tenha sid o o respo
onsável pe
ela elaborração do respectivo
o
estudo de inve
entário, obs
servados o
os termos da Resolução nº 3933, de 4 de dezembro
o
de 1998; e
III – aqu
uele que fo
or proprietá
ário da ma
aior área a ser atingiida pelo re
eservatório
o
do a
aproveitam
mento em questão, com docu
umentação
o devidam
mente regis
strada em
m
cartó
ório de im
móveis até o prazo d
de catorze
e meses após
a a efeetivação do
o primeiro
o
regisstro na con
ndição de ativo
a (ANE
EEL, 2008b
b).
Após a seleção, a ANEEL
L examina
a a adequ
uação doss usos do potenciall
hidrá
áulico, além
m de toda
a a docume
entação re
eferente ao
o licenciam
mento amb
biental e a
rese
erva de disp
ponibilidad
de hídrica d
do Projeto Básico es
scolhido.
42
7
Ver item 2.2.1.
444
Fonte: AB
BID, 2009
Fluxograma
a 5 - Etapa
as de aprovvação de estudos
e de projeto báásico. Anállise das
mudannças ocorridas a part ir da imple
ementação da Resoluução nº. 3443.
2 O Processo de De
2.2.2 ecisão do Investime
ento e a Im
mportânciaa das Etap
pas
Iniciiais
(NOYES, 1980; CETC, 2004). Neste trabalho esta fase será denominada como
Prospecção de PCHs (ANDRADE, 2006; POLIZEL, 2006).
A Prospecção de PCHs consiste na análise preliminar das características da
bacia hidrográfica, quanto aos aspectos topográficos, hidrológicos, geológicos e
ambientais, no sentido de verificar sua vocação hidroenergética. Esta análise,
exclusivamente pautada nos dados disponíveis, é feita em escritório e permite a
primeira avaliação do potencial, estimativa de custo de aproveitamentos
identificados e a definição de prioridade para a etapa seguinte. Uma visita aos locais
considerados atrativos também faz parte desta fase dos estudos.
O conceito de prospecção atrela ao conceito usual desenvolvido acima a ideia
de busca por novos locais atrativos para a construção de PCHs.
Assim, esta fase possui dois objetivos principais:
Um instrumento de procura por novos locais potenciais para a
implantação de PCHs;
Uma metodologia de avaliação expedita da pré-viabilidade e
seleção de bacias, com objetivo de avaliar a vocação
hidroenergética e auxílio à tomada de decisão para prosseguimento
às etapas posteriores de projeto.
O conceito de atratividade de um empreendimento neste trabalho está ligado
à potencialidade que um local, região ou bacia hidrográfica estudados possa ter para
tornar-se, no futuro, um empreendimento viável, do ponto de vista técnico,
socioambiental e econômico.
O estudo de prospecção visa, assim, reduzir a possibilidade de
encaminhamento para um estudo de inventário e projeto básico com características
desfavoráveis, o que pode significar perdas monetárias e de tempo, e maximizar o
potencial de identificação e prosseguimento para projetos atrativos. Assim, esta
etapa pode ser considerada como um estudo de viabilidade preliminar, no qual os
principais problemas para as fases posteriores são apontados (USACE, 1979). .
Noyes (1980) destaca que esta fase inicial deve identificar e avaliar os
aspectos que podem ser críticos à implementação do empreendimento.
A Prospecção pode ser considerada, no contexto de regulação atual,
estratégica para o empreendedor interessado em PCHs. Isto ocorre devido à
possibilidade de antecipação dos estudos, por parte do empreendedor, de um local
atrativo não explorado em relação à concorrência.
48
mesmos é muito baixo ou não existe. Todavia, a qualidade dos dados é fator
importantíssimo para a consistência dos estudos e, no Brasil, a carência destes
dados pode contribuir para estimativas deficientes.
Assim, de forma concisa, os principais custos desta fase são:
contratação de técnicos para a realização dos estudos em escritório e
viagens;
despesas de viagem (transporte, estadia, contratação de guias, alimentação);
aquisição de dados;
administrativos (decorrente dos anteriores).
Em face dos custos de implantação de uma pequena central hidrelétrica e da
economia de capital que pode gerar no futuro, o custo de elaboração de um estudo
de prospecção pode ser considerado muito baixo.
O estudo de prospecção também pode ser importante ferramenta de
conhecimento, planejamento e gestão dos recursos hidroenergéticos. Como
exemplo, esta metodologia pode apoiar Avaliações Ambientais Integradas8 (AAI) e
Avaliações Ambientais Estratégicas9 (AAE).
8
A Avaliação Ambiental Integrada de aproveitamentos hidrelétricos situados em bacias
hidrográficas tem como objetivo avaliar a situação ambiental da bacia com os
empreendimentos hidrelétricos implantados e os potenciais barramentos, considerando seus
efeitos cumulativos e sinérgicos sobre os recursos naturais e as populações humanas, e os
usos atuais e potenciais dos recursos hídricos no horizonte atual e futuro de planejamento. A
AAI leva em conta a necessidade de compatibilizar a geração de energia, com a conservação
da biodiversidade e manutenção dos fluxos gênicos, e sociodiversidade e a tendência de
desenvolvimento socioeconômico da bacia, a luz da legislação e dos compromissos
internacionais assumidos pelo governo federal (EPE, 2010).
9
AAE é um processo sistemático para avaliar as consequências ambientais de uma política,
plano ou programa, de forma a assegurar que elas sejam integralmente incluídas e
apropriadamente consideradas no estágio inicial e apropriado do processo de tomada de
decisão, juntamente com as considerações de ordem econômicas e sociais (Egler apud Sandler
e Verheen, 1996).
50
10 Item 2.2.1.
52
3.1 Introdução
Fluxograma
F a 6 - Ativid
dades de estudos e projetos dee PCHs
54
C
Chaminé de Equilíbriio: tem a finalidade
f de estabiliizar as varriações de
e
p
pressão res
sultantes d
de variação
o parcial ou total da vvazão turb
binada nass
s
situações de
d partida
a, variaçõe
es de carrga ou rejjeição de carga da
a
u
unidade ge
eradora (MM
ME, 2007)).
C
Câmara de
e Carga: é a estrutura
a que realiza a transsição entre
e o canal e
a tomada d´água
d do conduto forçado.
f É dimensionnada com o objetivo
o
d atenderr condiçõess críticas de partida
de a e paradaa brusca da unidade
e
g
geradora (S
SOUZA et.. al., 1999)).
C
Conduto Forçado: C
Conduto forçado é a estrutura que liga a tomada
a
d
d’água à casa de força fun
ncionando sob presssão. Os condutoss
fo
orçados po
odem ser e
externos ou em túneiis (MME, 22007).
C
Casa de Força:
F esttrutura que abriga os equipaamentos elétricos
e e
m
mecânicos.
. O arranj o típico da
a casa de força
f é, coomo em to
odo projeto
o
d
dessa natu
ureza, con
ndicionado
o pelo tip
po da turbbina e do
o geradorr
(ELETROB
BRÁS, 2000
0).
T
Túnel ou ca
anal de fug
ga: localiza
ado à jusan
nte do tuboo de sucçã
ão, entre a
c
casa de força e o rio
o, é o can
nal através
s do qual a vazão tu
urbinada é
re
estituída ao
a rio (ELE TROBRÁS
S, 2000).
A figura
a 1 apresen
nta um co rte esquem
mático de um arranjoo em deriv
vação uma
a
uena centrral hidrelétrrica.
pequ
Fonte: Adaptado
A de SOUZA, 199
99.
Figura 1 - Corte
C esque
emático de
e um arranjo em deriv
vação umaa pequena
a central
hidrelétrrica.
56
A partir deste trabalho é possível perceber que mais da metade dos custos de
implantação de PCHs está concentrado nos itens que englobam a barragem e
estruturas adutoras e turbinas e geradores.
Conforme as Diretrizes para Projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas
(ELETROBRÁS, 2000), um local adequado para implantação de uma PCH deve, de
preferência, atender aos seguintes critérios:
Existência de um local com queda natural acentuada que, em conjunto com a
altura do barramento (que nestes casos é baixo), proporcionará uma queda
bruta significativa;
Existência de ombreiras naturais e boas condições de fundação;
Existência de jazidas naturais de materiais de construção na região em
qualidade e quantidade suficientes que minimizem as distâncias de transporte
dos mesmos para a obra e
Avaliação simplificada das restrições ambientais do local, de maneira a
possibilitar a caracterização dos possíveis impactos ambientais do
empreendimento na região.
As características topográficas, geológicas, de infraestrutura e os aspectos
socioambientais são fatores determinantes para a viabilidade ambiental, técnica e
econômica de um local para implantação de PCHs. Estes aspectos podem ser
analisados na etapa Prospecção, sendo possível avaliar de forma preliminar a
atratividade de um local.
58
requ
uerida, as facilidades de operração e manutençã
m o com o menor custo globall
(MM
ME, 2007).. Além disso, o la
ayout dev
ve respeitar as resstrições de
d caráterr
socio
oambienta
al, procuran
ndo semprre minimiz
zar os impa
actos ambbientais neg
gativos do
o
emp
preendimen
nto.
Em função dos aspectos
a ttopográfico
os, existem
m basicam
mente dois
s tipos de
e
arran
njos para PCHs
P (ELE
ETROBRÁ
ÁS, 2000, p.
p 6-17):
Loca
ais com Qu
ueda Naturral Localiza
ada
Em loca
ais com quedas natturais conc
centradas, é comum
m que o barramento
o
fique
e à jusante
e da queda
a contendo
o o verted
douro e a tomada
t d´áágua. O barramento
o
tem a função de criar um peque
eno reserv
vatório que
e possibilitte que a água seja
a
desvviada para o circuito de adução
o. O circuito hidráulic
co de aduçção fica po
osicionado
o
em u
uma das ombreiras
o e é compo
osto por do
ois trechos: um de baaixa pressão e outro
o
de a
alta pressão. O trecho de baixa
a pressão é definido em funçãoo das cara
acterísticass
topo
ográficas e geológico
o-geotécniccas do loca
al, sendo constituído
c o por cana
al, túnel ou
u
cond
duto. O tre
echo em alta pressão
o é constitu
uído por co
ondutos foorçados qu
ue levam a
água
a até a casa de força, q ue fica, usualmentte, afastaada do barramento
o
(ELE ÁS, 2000). Este tipo d
ETROBRÁ de arranjo é denomin
nado comoo aproveita
amento em
m
derivvação, ilusstrado na Figura
F 2 (M
MME,2 007, p. 222).
Fon
nte: Adaptado de CEPEL, 20
002.
Figu
ura 2. Dessenho esqu
uemático d
de uma peq
quena central hidreléétrica em derivação.
d
600
Loca
ais sem Qu
ueda Naturral Localiza
ada
3.2.1
1.2 Barrag
gem
Barragem à Gravidade
Barragem de Enrocamento
Barragem de Terra
Barragem Mista
Barragem em Arco
Barragem em Contrafortes
Os arranjos nas fases iniciais devem prever barragens tradicionais, não sendo
empregados outros tipos de barramento como concreto em arco, abóbodas ou
contraforte. Isto ocorre devido à limitação das informações geotécnicas disponíveis
(MME, 2007).
Usualmente, um local com vales estreitos e encaixados, com ombreiras altas
e rochosas sugere uma barragem de concreto com vertedouro no corpo do
barramento. Por outro lado, um local com planícies amplas e relevo ondulado indica
a utilização de barragens de terra com vertedouro separado. Em locais com
condições intermediárias, outras considerações podem adquirir maior importância,
todavia o princípio de condicionar o arranjo às condições naturais é sempre válido
como primeira forma de avaliação (BUREAU OF RECLAMATION, 1974).
Nos locais onde o capeamento é espesso, as barragens usualmente são de
terra com seção homogênea. Se o capeamento é pouco espesso, pode-se utilizar
uma barragem com seção mista ou de enrocamento em função do balanceamento
de materiais (ELETROBRÁS, 2000, p. 6-18).
A posição do barramento deve procurar maximizar os ganhos energéticos,
respeitando as restrições socioambientais, legais e de projeto, e minimizar as
dimensões da barragem com objetivo de redução dos custos.
3.2.2.1 Fundações
11
Não considera defeitos estruturais ou de outra natureza.
65
(Eletrobrás, 2000, p.5-5). Dessa maneira, devem ser avaliadas as ocorrências dos
seguintes materiais:
Solos, para as obras de terra;
Areia, para agregado miúdo de concreto e filtros;
Cascalho, para utilização como agregado graúdo de concreto;
Rocha, para enrocamento, transições e brita para agregado graúdo de
concreto (ELETROBRÁS, 2000).
A eliminação ou redução das despesas de transporte dos materiais de
construção, principalmente aqueles utilizados em grandes quantidades, terá um
efeito significativo na redução dos custos totais de projeto. O tipo de barragem mais
econômica será geralmente aquela que apresentar os materiais de construção que
possam ser encontrados em quantidade suficiente a uma distância próxima do local
de implantação (BUREAU OF RECLAMATION, 1974).
Oliveira e Brito (1998) também relacionaram a classe da matriz rochosa à sua
utilização como material de construção. Segundo os autores, as rochas da classe 1
são bons materiais de construção, enquanto que as rochas das classes 2 e 3
raramente são usadas como agregado de concreto, mas constituem-se como
material de enrocamento satisfatório. Já as rochas que compõem as classes 3 e 4
não são usadas como agregado de concreto e como enrocamento podem sofrer
esmagamento na compactação, requerendo cuidados especiais.
Faixa de Tensão
Potência (MW) (KV)
1a5 até 34,5
5 a 15 69
15 a 30 69 ou 138
Font e: ZANIN, MAURO FILHO, 2008
prospecção, estes acessos podem ser determinados, antes de uma visita ao local,
através de imagens de satélite, ou durante a visita, através da utilização de GPS.
Fluxo
ograma 7 - Etapas pa
ara estima
ativa de cus
stos socioaambientais
s
A defin
nição dos
s custos socioambientais a serem internaliz
zados no
o
emp
preendimen
nto de uma
a PCH dep
pende do processo de
d licenciaamento am
mbiental do
o
proje
eto e das exigências
e s do órgão licenciado
or. De aco
ordo com o artigo 2, parágrafo
o
VII, da Resolução CON 2 de janeiro de 1 986, depe
NAMA nº 001, de 23 enderá de
e
elaboração de
e estudo de impaccto ambien
ntal e res
spectivo reelatório de
e impacto
o
biental - RIMA, a sere
amb em subme
etidos à ap
provação do
d órgão esstadual co
ompetente,,
e do
o IBAMA em
e caráterr supletivo
o, o licenciamento de
e atividadees modificadoras do
o
meio
o ambientte, tais co
omo barra
agens parra fins hid
drelétricoss, acima de
d 10MW
W
(CONAMA, 1986). Tod
davia, hou
uve uma mudança em 19997, pela Resolução
R o
CON
NAMA 237
7/97, que deixa a ccritério do órgão am
mbiental liccenciador a decisão
o
quan
nto aos ca
asos em que
q serão necessários estudos detalhaddos ou sim
mplificadoss
(ELE
ETROBRÁ
ÁS, 2000).
72
Onde,
T = trabalho teórico;
γ = peso específico da água, 1 t/m³;
V = volume d´água, em m³;
H = altura da queda bruta.
A potência teórica de um aproveitamento hidrelétrico é definida por:
12
1 t.m/s = 9,81 kW
74
Onde:
Pot é a potência instalada (MW);
Fc é o fator de capacidade;
EFe é energia média produzida em MW médios.
A estimativa da energia produzida, assim como a definição da potência
instalada de um aproveitamento, é resultante de estudos complexos
interdisciplinares que envolvem avaliação da disponibilidade hídrica e das restrições
socioambientais, a definição do arranjo e das perdas hidráulicas, o estudo da
variação dos níveis de montante e de jusante, análises de custo-benefício, entre
outros estudos que são elaborados com maior ou menor complexidade em função
da fase de projeto.
Um aspecto que afeta diretamente o benefício de usinas em derivação e que
merece destaque devido à sua estreita relação com o meio ambiente é a chamada
vazão sanitária, remanescente ou ecológica. Segundo Garcia e Andreazza (2004
75
Fonte:
F Adaptado dde CETC, 2004
Gráffico 4 – Re
epresentaçção gráfica do método
o da curvaa de perma
anência
788
O patamarr observad
do pelas curvas de
e vazão uutilizada e potência
a
disponívvel corresp
ponde à vvazão máx
xima turbinada e à potência instalada,,
respectiivamente. Dessa fo
orma, a energia pode ser caalculada através
a da
a
integraçção da curv
va da potê
ência dispo
onível. Se,, por exem
mplo, for ad
dotado um
m
intervalo
o de cálcu
ulo de 5%
%, a energia média anual seráá obtida através
a da
a
seguinte
e equação (CETC, 2 004):
(5)
O
Onde,
Edisp: Energ
gia disponívvel (kWh/a
ano)
P5: Energia
a produzida
a para dete
erminado percentual
p de permanência
ldt
d : Perdas anuais específica
as pelo usuário, coomo, por exemplo,
indispon
nibilidade forçada
f ou programa
ada.
Já os métodos
m de
e simulaçõ
ões consisttem em cá
álculos seqquenciais da
d energia
a
prod
duzida com
m base na fórmula da
a potência efetiva e utilização dde séries de vazõess
para
a cada inte
ervalo de te
empo do p
período em
m análise. O método utiliza a eq
quação da
a
conttinuidade para
p determinar as vazões do
d projeto e, portannto, pode levar em
m
conssideração os efeitos
s de regu
ularização do reserrvatório, aassim com
mo simularr
cená
ários de op
peração qu
ue incorpo
orem outros
s usos da água (ex.:: controle de cheias,
abasstecimento
o de água e irrigação
o) (USACE, 1985).
Com exceção
e do
d PROP
PHETE (B
BRGM, 19
985) e ddo IMP, todas ass
meto
odologias estimam a produção
o de energ
gia com ba
ase na currva de perrmanência
a
de vazões. Algumas
s das metodolog
gias, prin
ncipalmentte os programas
p s
computacionaiis, foram desenvolvvidas parra regiões
s específiccas e, as
ssim, são
o
depe
endentes de dados
s de série
es de vaz
zões e/ou
u estudos de regio
onalização,
acarrretando em
m restriçõe
es de uso p
para outras
s áreas (IE
EA, 2000).
Alguns métodos também a
analisam a viabilida
ade econôômica dos
s locais e
utilizzam custo
os médio
os de a
aproveitam
mentos co
onstruídos para estimativas
e s
preliminares do investim
mento em n
novos sítio
os. Todavia
a, estas avvaliações devem
d serr
ma criterios
feitas de form sa, pois d
dependem de condicionantess locais qu
ue podem
m
79
Características
Fisiográficas da Bacia,
Vazão correspondente a
Dados e Mapas Regionalização de Energia Produzia e lista de
KUMAR,SINGHAL, 1999 MDT 90% da curva de
Metereológicos, Linhas de vazões prioridade
Permanência.
Transmissão, Geologia,
Uso e Ocupação do solo
5.1 Introdução
Fig
gura 4 – Ex
xemplo de um esquema de cam madas do bbanco de dados
d
georrefere
enciados para
p aplica
ação da me
etodologia de prospeecção de PCHs.
P
m é importtante salie
Também entar que a qualidade e a abraangência dos
d dadoss
colettados terão
o influência
a direta na
a confiabilid
dade e alcance dos rresultados obtidos.
5.3 A
Avaliação dos Cond
dicionante
es e Restrrições
O estud
do de Prospecção de
eve procurar identific
car e avaliaar os probllemas que
e
pode
em ser crítticos à imp
plementaçã
ão de proje
etos de PC
CHs (USAC
CE, 1979).. A análise
e
de condiciona
antes e/ou
u restriçõ es de orrdem geológica, soocioambien
ntal e de
e
88
13
ZEILHOFER, P. Modelação do relevo e obtenção de parâmetros fisiográficos na bacia do Rio
Cuiabá. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 6, 2001.
14
NOBREGA, R. A. A. ; QUINTANILHA, J. A.; BARROS, M. T. L. Modelagem digital do terreno como
subsidio para a geração da altimetria e das ortofotos para o sistema de suporte a decisões da bacia
do Cabuçu de Baixo em São Paulo. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, 2004.
977
Atualme
ente, o MD
DT mais u
utilizado e estudado e que é disponibiliz
zado para
a
quasse o mund
do todo são os dad
dos da miissão deno
ominada ccomo Shu
uttle Radarr
Topo
ography Mission
M (SR
RTM). Essa
a missão fo
oi um proje
eto realizaddo em con
njunto pela
a
NAS
SA (Nation
nal Aeronautics and Space Ad on) e NIMA
dministratio A (Nationa
al Imaging
g
and Mapping Agency),
A dos EUA.
Os dado
os SRTM foram
f cole
etados pelo
o ônibus espacial
e Enndeavour através
a de
e
interrferometria
a por rada
ar, utilizan
ndo um instrument
i to denomiinado de Syntheticc
ar (SAR). A interferrometria de radar co
Aperrture Rada onsiste naa captação
o de duass
imag
gens de lo
ocais muito próximo
os. A dife
erença enttre estas imagens permite o
cálcu
ulo de elevvação da superfície.
s . (USGS, 2009).
2 O SAR
S operaa nas band
das C e X,
send
do que um
ma haste fo
oi colocada
a no ônibu
us espacia
al para levaar uma da
as antenass
rece
eptoras, conforme a Figura
F 5 (S
SANTOS; GABOARD
G DI ;DE OLIV
VEIRA, 20
006).
Durante
e 11 dias do mês de fevereiro de 2000, foraam gerad
dos dadoss
conssistidos com cobertura de cercca de 80% do globo terrestre, eentre as la
atitudes de
e
60ºN
N e 56 ºS,, fornecend
do modelo
os tridimen
nsionais co
om amplituude da gra
ade de 30
0
metrros (SRTM
M 1, apenas
s para os Estados Unidos)
U 9 metros ((SRTM 3) (CHIEN15,
e 90
2000
0 apud SANTOS; GA
ABOARDI; DE OLIVE
EIRA, 2006
6).
Fonte: SAN
NTOS, GABOARDII e DE OLIVEIRA,, 2006.
asil, os pesquisado
No Bra p ores da Embrapa Monitoram
mento po
or Satélite
e
utilizzaram os dados
d bruttos do SRT
TM da NA
ASA e fizerram um cuuidadoso trrabalho de
e
corre
eção e pad
dronização
o, eliminan
ndo falhas, sombras e distorçõees. Como resultado,
para
a cada área
a de 90 metros por 9
90 metros do territórrio nacionaal, dispõe-s
se de uma
a
15
CHHIEN, P. En
ndeavour ma
aps the workkld in three dimensions. Geoworld, n. 37, p. 32
2 – 38. Abrill
2000.
98
medida altimétrica precisa, permitindo reconstituir o relevo do país, como nas cartas
topográficas, só que de forma digital e homogênea (MIRANDA, 2005).
Diversos autores analisaram a precisão dos dados da missão SRTM.
Segundo Gesch, Muller e Farr (2006), Suchandt et al (2001) e Miranda
(2005), a precisão vertical dos dados SRTM é de 16 metros. Santos, Gaboardi e
Oliveira (2006) avaliaram a precisão vertical dos dados SRTM para a Região
Amazônica e concluíram que o MDT preenche todos os requisitos para documentos
cartográficos na escala 1:100.000 com tolerância vertical de 25 metros. Nóbrega,
Santos e Cintra (2005) fizeram uma comparação entre os dados SRTM e
aerofotogrametria e apontaram que as análises elaboradas revelaram um bom
comportamento do MDT.
Rodriguez et all (2005) realizaram um trabalho de avaliação da precisão dos
dados SRTM comparando o comportamento do MDT com dados de GPS em
diversos continentes. Os resultados demonstraram que, para a América do Sul, o
erro absoluto é de 6,2 metros e o erro relativo de 5,5 metros, ambos com 90% de
significância.
Com base nesta característica os MDTs podem ser considerados importante
fonte de informação para estudos de prospecção de PCHs. Contudo, devido à
precisão da base planialtimétrica, algumas restrições podem ser relevantes,
principalmente, para aproveitamentos de baixa queda, onde erros na definição da
queda bruta podem interferir muito na quantidade de energia gerada e na viabilidade
do projeto.
Fonte: TUCCI, 2002
serão adotados. Assim, a definição das perdas hidráulicas será estimada de acordo
com as diretrizes adotadas em fase de inventário hidrelétrico conforme as “Diretrizes
para Estudos e Projetos de PCHs” da Eletrobrás.
Assim, a queda líquida será igual a queda bruta menos as perdas hidráulicas
e nesta fase será adotada uma perda igual a 3% da queda bruta para casas de força
ao “pé” da barragem e 5% para aduções em túnel/canal (ELETROBRÁS, 2000).
A estimativa da energia média (ou potência média) que pode ser produzida
em um aproveitamento é um dos aspectos mais relevantes para a definição da
atratividade de um local, pois permite estimar as receitas passíveis de serem obtidas
através da venda de energia. Usualmente, esta estimativa é feita nas fases de
projeto básico e inventário, através de simulações realizadas para diversas
potências instaladas e com base nas séries de vazões definidas nos estudos
hidrológicos para o local do aproveitamento.
Como visto no Capítulo 4, algumas metodologias de avaliação preliminar de
aproveitamentos hidrelétricos utilizam duas formas para estimativa da energia
média: a curva de permanência e métodos de simulações com base em séries de
vazões.
Com o objetivo de estudar parâmetros hidrológicos que possibilitem esta
previsão para etapa de prospecção, foi realizado um estudo de sensibilidade para
estimativa da energia média de um aproveitamento de forma preliminar. Um dos
critérios para utilização deste parâmetro é a facilidade de obtenção dos mesmos nos
estudos de regionalização de vazões.
A análise foi realizada com base em dados de projetos que estão em
operação e construção e que foram disponibilizados pela ERSA (COSTA, 2010),
empresa que é proprietária de algumas PCHs, conforme o Quadro 5.
104
Fator
Potência Energia Queda Vazão
Q50 Capacidade QMLT Período Vazão Ecológica
Instalada Média Líquida Nominal
PCH Estado Rio (ANEEL)
(m³/s) (MW) (MWm) (m) (m³/s) (m³/s)
ALTO IRANI SC Irani 21,00 65,24% 13,70 68,51 28,70 1968‐1997 32,19 0,50
Operação
COCAIS GRANDE MG Ribeirão Grande 1,7 10,00 52,70% 5,55 344,88 2,32 1947‐2007 3,49 0,05
PLANO ALTO SC Irani 16,00 64,19% 9,97 58,63 25,30 1968‐1997 29,18 0,50
ARVOREDO SC Irani 28,9 13,00 55,38% 7,71 30,47 39,8 1952‐2006 49,5 0
BARRA DA PACIÊNCIA MG Corrente Grande 13 23,00 59,13% 15,72 128,01 18,30 1966‐2007 20,43 0,41
CORRENTE GRANDE MG Corrente Grande 12,8 14,00 58,14% 9,29 76,23 17,8 1966‐2007 20,98 0,32
Construção
NINHO DA ÁGUIA MG Santo Antônio 3,7 10,00 66,60% 5,67 175,95 4,83 1935‐2007 6,50 0,74
PAIOL MG Suaçuí Grande 68,1 20,00 0,00% 11,15 13,76 89,2 1988‐2007 140 0
SÃO GONÇALO MG Santa Bárbara 20,1 11,00 69,10% 6,45 36,45 26,20 1938‐2006 36,00 0,65
VARGINHA MG José Pedro 8,7 9,00 69,09% 5,34 69,36 11,2 1939‐2006 15,44 0,2
VÁRZEA ALEGRE MG José Pedro 12,9 7,50 48,89% 4,90 44,19 17,00 1939‐2006 20,39 0,32
Pmlt = 9,81 * η * (Qmlt - Qeco)* Hliq (6) e P50% = 9,81 * η * (Q50% - Qeco)* Hliq (7)
Onde:
Pmlt = Potência média correspondente à energia gerada com a vazão média de longo
termo (MWmédios);
P50% = Potência média correspondente à energia gerada com a vazão
correspondente a 50% da curva de permanência (MWmédios);
Qmlt = Vazão média de longo termo;
Q50% = Vazão correspondente a 50% da curva de permanência;
Qeco = Vazão ecológica (m³/s);
Hliq = Queda Líquida (m);
105
P média
PCHs P50% ERSA Pmlt
ALTO IRANI 13.7 16.2
PLANO ALTO 10.0 12.2
COCAIS GRANDE 4.8 5.6 6.6
ARVOREDO 7.4 7.7 10.2
BARRA DA
13.5 15.7 19.2
PACIÊNCIA
CORRENTE
8.0 9.3 11.2
GRANDE
NINHO DA ÁGUIA 4.4 5.7 6.0
PAIOL 7.9 11.2 10.3
SÃO GONÇALO 6.0 6.5 7.8
VARGINHA 5.0 5.3 6.4
VÁRZEA ALEGRE 4.7 4.9 6.2
ALTO IRANI
20.0
VÁRZEA ALEGRE PLANO ALTO
15.0
10.0
VARGINHA COCAIS GRANDE
5.0
0.0
SÃO GONÇALO ARVOREDO
Estatísticas
Máximo 1,00
Mínimo 0,19
Média 0,62
Desvio Padrão 0,16
Mediana 0,61
corre
espondem a M±3*IA
AQ, conforrme o Grá
áfico 6, que apresennta os resu
ultados da
a
análise box plo
ot dos fatores de cap
pacidade das usinas do Apêndiice B.
Na análise Box plot,
p os va
alores que estão loc
calizados eentre os liimites dass
grad
des interna
as e externas são cconsiderad
dos como potenciaiss outliers ou
o valoress
atípicos, sendo que os valores q
que estão fora dos limites daa grade ex
xterna são
o
conssiderados como outliers. No ccaso do desenho es
squemáticoo elaborad
do para oss
fatorres de cap
pacidade, foram
f conssiderados como outliiers todos os valores
s menoress
que 0,32 e maiores
m que 0,91, ou
u seja, todos os po
otenciais ooutliers com valoress
externos as grades
g inte
ernas. Estta decisão
o ocorre pois
p os m
mesmos es
stão muito
o
afastados doss valores encontrad
dos atualm
mente em
m projetos desta na
atureza e,,
tamb
bém, do fa
ator de capacidade de
e referênciia (0,55) da
a ANEEL.
6. E
Estudo de
e Caso – Bacia do
o Rio do Peixe
P (MG
G)
6.1 IIntrodução
o
A aplica
ação da metodologia
m a de prosp
pecção de
e PCHs deescrita no capítulo 5
será
á realizada para a bacia hidrogrráfica do riio do Peixe
e em Minaas Gerais. Esta
E bacia
a
foi sselecionada, pois a área já p
possui esttudo de in
nventário publicado,, fato que
e
perm
mitirá uma comparaç
ção entre o
os resultad
dos da ap
plicação daa metodolo
ogia. Além
m
disso
o, a baciia está in
nserida em
m uma área
á com caracteríísticas top
pográficas,,
geológicas, so
ocioambien
ntais e de i nfraestrutu
ura interessantes parra a demon
nstração e
apliccação da metodolog
gia, contrib
buindo parra discuss
são, análisse dos res
sultados e
compreensão do trabalho
o de forma
a geral.
A bacia
a hidrográfica do rio do Peixe está localizada na bbacia do Atlântico
A –
Treccho Leste, dentro da
a sub-baciia do rio Doce,
D região centro--leste do estado de
e
Mina
as Gerais, conforme a Figura 6. Este rio
o deságua no rio Saanto Antônio e drena
a
uma
a área de 1790 km², como
c ilustrrado pela Figura
F 7.
Fiigura 6 – Localização
L o da bacia hidrográfic
ca do rio ddo Peixe
1166
O estud
do de caso
o é limitad
do ao curs
so d´água principal, de forma que seuss
aflue
entes não são
s avaliad
dos.
Figura
a 7 – Hidrog
grafia da re
egião circu
unvizinha à bacia do rio do Peix
xe
6.2 C
Coleta e Organizaçã
O ão dos Da
ados
Cartografia e Topografia:
Cartas topográficas digitalizadas (TIFF) do IBGE na escala
1:100.000 com curvas de nível eqüidistantes de 50 metros
realizadas com levantamento aerofotogramétrico datado em 1966,
apoio suplementar e primeira publicação de 1977. Projeção
Universal Transversa de Mercator. Datum vertical: marégrafo de
Imbituba (SC). Datum horizontal: Córrego Alegre (MG). As cartas
utilizadas foram Conceição do Mato Dentro (Folha: SE-23-Z-D-I),
Serro (Folha: SE-23-Z-B-IV) e Rio Vermelho (Folha: SE-23-Z-B-I)
(IBGE, 1977);
Modelo Digital de Terreno SRTM em formato GEOTIFF (16 bits) com
resolução espacial de 90 metros, unidade de altitude em metros,
sistema de coordenadas geográficas WGS 1984 (MIRANDA, 2005).
Hidrografia: base cartográfica produzida pelo IGAM, contendo os
principais rios, represas e lagos de Minas Gerais. Atualizado até 2002.
Escala: 1:50.000. Arquivo tipo shapefile (IGAM, 2010).
Hidrologia: Atlas Digital das Águas de Minas. Elaborado pelo Instituto
Mineiro de Águas – IGAM, Fundação Ruralminas e Universidade de
Viçosa (IGAM, RURALMINAS e UFV, 2010).
Divisão Territorial: Mapa da divisão estadual e sedes municipais.
Elaborado pelo IBGE. Arquivo tipo shapefile. Disponível em (IBGE,
2010b).
Geologia: Mapa geológico na escala 1:1.000.000 elaborado pelo
CPRM (CPRM, 2010).
Títulos Minerários: Mapa de Títulos Minerários de Minas Gerais.
Elaborado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM),
em 2010. Arquivo tipo shapefile (DNPM, 2010).
Unidades de Conservação: unidades de conservação estaduais e
federais. Elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente. Arquivo tipo
shapefile (MMA, 2010).
Terras Indígenas: delimitação das terras indígenas brasileiras. Arquivo
tipo shapefile. (FUNAI, 2010).
Espeleologia: distribuição espacial das cavernas no estado de Minas
Gerais ( SCOLFORO; DE OLIVEIRA;TAVARES, 2010).
1188
Rodovias:
R rodoviass pavimentadas, não pavvimentadas
s e em
m
p
pavimentaç
ção. Base
e IBGE. Arquivo
A em
m formatoo shapefile. (IBGE,,
2
2010b).
Linhas
L de transmissã
ão: Sistem
ma de trans
smissão e subtransm
missão no
o
e
estado de Minas Ge
erais. Elab
borado pe
ela Compaanhia Enerrgética de
e
M
Minas Gera
ais (CEMIG
G) em 2005. Planta digitalizada
d a e georrefferenciada
a
e formato
em o Geotiff (C
CEMIG, 2005).
Zoneament
Z to Ecológ
gico Eco
onômico: O Zoneeamento Ecológico
o
E
Econômico
o do Estad
do de Mina
as Gerais – ZEE-M G foi impllementado
o
p
pelo Goverrno de Min
nas Gerais
s, sob a coordenaçã
c ão da Sec
cretaria de
e
E
Estado de
e Meio Ambiente e Dese
envolvimennto Suste
entável e
p
participação
o de toda s as Secrretarias de
e Estado dde Minas, de outrass
e
entidades e da socie
edade civil.. Arquivo digitalizado
d o e georrefferenciado
o
e formato
em o Geotiff ( S
SCOLFOR
RO; DE OLIVEIRA;TA
AVARES, 2008).
Todos os
o dados foram
f georrreferencia
ados e inse
eridos com
mo camada
as (layers))
no p
programa de
d Sistema
as de Inforrmações Geográficas
G s (SIG) Arcc View da ESRI, que
e
tamb
bém foi utiilizado parra gerar ass figuras que
q ilustram
m a metoddologia. Fo
oi adotado
o
como referênccia para o estudo d e caso o sistema de coordennadas geo
ográficas e
datu
um WGS 19
984. O am
mbiente de trabalho SIG
S é ilustra
ado pela F
Figura 8.
F
Figura 9 – Mapa litoló
ógico da ba
acia do rio do Peixe e localizaçção das ca
avernas
6.3.2
2 Aspecto
os Socioam
mbientais
6.3.2
2.1 Unidad
des de Co
onservação
o e Áreas Indígenas
s
Figurra 10 – Ma
apa de loca
alização da
as Unidade
es de Consservação e Zonas
Indígen
nas
O prime
eiro trecho
o (Trecho 1
1) é comprreendido pela região próxima à nascente
e
do riio do Peixe
e que poss
sui a zona de Uso Su
ustentável de Águas Vertentes
s e a zona
a
123
Congresso Nacional (BRASIL, 1998). Dessa forma, estas áreas também podem ser
consideradas como muito restritivas para implantação de PCHs.
O último trecho, à jusante da área da área de amortecimento da Zona
Indígena do Guarani, não apresenta restrições ou condicionantes ambientais.
Assim, a existência de áreas com legislação restritiva nos trechos 1 e 3 são
relevantes, limitando a área de estudo de identificação de potenciais hidrelétricos.
Calcado na legislação e na característica preliminar de um estudo de prospecção,
será adotado com critério para desenvolvimento do estudo de caso a exclusão das
áreas da UC Pico do Itambé e da zona indígena de Guarani, assim como suas
respectivas zonas de amortecimento (trecho de 10 km a partir dos limites das áreas
de preservação). Por outro lado, as zonas de uso sustentável, de legislação menos
restritiva, se comparada às áreas de proteção integral, serão consideradas nas
etapas posteriores.
Figura
a 11 - IFC- PCH/UHE para a bacia do rio ddo Peixe
6.3.2
2.3 Cavern
nas
Figurra 12 – Títu
ulos Minerrários segu
undo a subbstância
6.3.3
3 Aspecto
os de Infra
aestrutura e Logístic
ca
A Figurra 14 apre
esenta a l ocalização
o das sedes municiipais, das linhas de
e
transsmissão, das
d subesttações e d
das estradas de ace
esso da reegião circunvizinha à
bacia
a do rio do
d Peixe e que perm
mite inferir sobre as condiçõess de infrae
estrutura e
logísstica da reg
gião estudada.
Figura 14
4 – Mapa de
d Infraestrrutura e Lo
ogística para a bacia do rio do Peixe
P
Figura 15
1 – Mapa hipsométrrico da reg
gião circunv
vizinha a bbacia do rio
o do Peixe
e
Para a análise da
a topograffia, foram geradas curvas
c de nível de 20 em 20
0
metrros para o MDT, a partir de a
algoritmos computac
cionais preesentes no
o software
e
View. A partir
ArcV p das duas ba
ases topo
ográficas foram
f connstruídos os perfiss
longitudinais do
d rio apresentado n a Figura 16. A análise desta ffigura revela que, de
e
form
ma geral, oss perfis lev
vantados ssão aderen
ntes e apre
esentam deesníveis to
otais muito
o
semelhantes. Contudo,
C algumas
a d iferenças podem
p serr notadas e suas cau
usas serão
o
alhadas durante a ava
deta aliação doss resultado
os.
Como discutido
d nos itens 3 .2.1 e 5.4,, a utilização de dessníveis con
ncentradoss
natu
urais constiitui-se com
mo uma situ
uação inte
eressante para
p a impplantação de
d PCHs e
conttribui para a relação entre
e custo
o de construção e o benefício
b eenergético gerado.
A obserrvação do perfil long itudinal de
e um curso
o d´água faacilita a ide
entificação
o
de lo
ocais com quedas na
aturais. Co
om base no
o perfil lev
vantado, é possível dividir
d o rio
o
do P
Peixe em cinco trecho
os caracte rísticos.
133
1500
5º Trecho
1400
1300
1200
1100
1000 4º Trecho
900 3º Trecho
Cota (m)
SRTM IBGE
Além disso, entre as cotas 520 e 560, o curso d´água está inserido dentro da
área de amortecimento da Zona Indígena do Guarani, sendo, portanto, excluído da
análise como anteriormente justificado.
O terceiro trecho (Trecho 3) começa na cota 620m (97 km) e termina na 760
(116 km). Nesta parte, é possível notar dois desníveis concentrados com trechos de
baixa declividade entre elas. O primeiro, entre as cotas 620m e 640m, e o segundo
entre as cotas 660m e 740m. Por localizarem-se na metade de superior da bacia, é
possível inferir que a disponibilidade hídrica será menor que no Trecho 1, devido à
menor área de drenagem.
O quarto trecho está compreendido entre as cotas 740m (116km) e 800m
(149 km) e é caracterizado também por declividade muito baixa, da ordem de 0,002
m/m. Este trecho está completamente inserido na área de amortecimento da UC
Pico do Itambé, cuja área foi também excluída, devido ao aspecto ambiental
restritivo.
A última parte (Trecho 5) corresponde à região da nascente do rio do Peixe e
também está completamente inserida na área de proteção integral do Pico do
Itambé. Portanto, não será estudada, sendo também uma região com características
muito pouco interessantes do ponto de vista hidroenergético devido às baixas
vazões decorrentes da pequena área de drenagem.
Analisados os trechos onde existam desníveis concentrados, é necessário
verificar a planimetria do terreno com intuito de avaliar a existência de vales
encaixados e outras situações favoráveis que possam acarretar em aproveitamentos
com características atrativas de acordo com o que foi apresentado no Capítulo 3.
A partir da foz (cota 450), a morfologia do rio do Peixe apresenta-se como
pouco meandrada, com um vale mediamente encaixado onde é possível notar
algumas seções favoráveis à implantação de barramentos. Esta situação segue até
aproximadamente a cota 550m, o que corresponde ao Trecho 1 e o início do trecho
2, previamente analisado a partir do perfil longitudinal.
Com base na análise das características topográficas deste trecho e nos
aspectos técnicos discutidos no Capítulo 3, são propostos dois aproveitamentos:
Peixe A e Peixe B.
O aproveitamento Peixe A corresponde ao aproveitamento mais próximo à foz
do rio do Peixe, em um trecho de baixa declividade. De acordo com as Figuras 17 e
18, é proposto um arranjo com casa de força ao “pé”, sendo que o eixo da barragem
1355
está localizado
o em uma
a seção d
do vale be
em encaixada. A quueda bruta
a é de 20
0
4 16m e 4
metrros, entre as cotas 460 480m, e a área do reservatório
r o é de 0,3
38 km². A
crista
a do barra
amento tem aproxim
madamente
e de 150 metros. A área de drenagem
m
destte aproveita
amento é de
d 1763 km
m² .
O aprovveitamento
o Peixe B, ilustrado nas Figura
as 19 e 200, está loca
alizado no
o
trech
ho que alia as qualidades ma
ais favoráv
veis do po
onto de vissta energé
ético, poiss
posssui um treccho de que
eda concen
ntrada e va
ales encaix
xados. Co ntudo, ele é limitado
o
pela área de amortecim
mento da zzona indíg
gena do Guarani
G e o remanso
o da PCH
H
Peixxe A.
16
Notta-se que entree a cota 450m
m e 460m, não foram identifficados eixos favoráveis
f a im
mplantação dee PCHs, além
de serr um trecho dee baixa decliviidade e vale m
menos encaixaado.
1366
No apro
oveitamentto Peixe B é propos
sto um arrranjo com derivação
o em túnell
do à caraccterística morfológica
devid m a do trecho
o do vale que provavvelmente in
nviabiliza a
derivvação em canal decorrente d
da alta de
eclividade das marggens. Além
m disso, a
morffologia fluvvial do trec
cho, um m
meandro be
em definid
do, favorecce a impla
antação de
e
um ttúnel de ad
dução que
e “corta” a curvatura do rio. A barragem propicia uma queda
a
bruta
a de cerca
a de 10 de metros alttura, entre as cotas 510m
5 e 5220m, com uma crista
a
com cerca 11
15 metros de comp
primento, sendo
s que
e a área ddo reserva
atório tem
m
oximadame
apro ente 0,16 km². O túnel de adução possui
p approximadam
mente um
m
quilô
ômetro e meio
m de ex
xtensão e aproveita um desnív
vel vertical de 30 me
etros entre
e
as ccotas 510m
m e 480m. Dessa fo rma, a queda bruta disponíveel no aprov
veitamento
o
1377
suge
erido é de 40 metros. A área de
e drenagem do apro
oveitamentoo Peixe B é de 1749
9
km².
Adiciona
almente, neste
n trech
ho, barragens altas levariam a grandes
s áreas de
e
inundação, com valores muito sup
periores aos limites estabeleccidos pela legislação
o
que enquadra as hidrelétricas co mo PCHs. Dessa fo
orma, não foram ide
entificadoss
locais favoráve
eis na regiã
ão entre a cota 520m
m (11,5 km) e a cota 620m (97k
km).
No caso
o do Trech
ho 3, o re
elevo é sim
milar ao se
egundo treecho descrrito, sendo
o
med
dianamente
e meandra
ado e posssuindo ombreiras ba
aixas e pouuco encaix
xadas que
e
dificu
ultam a im
mplantação de barrragens com casa de
d força aao “pé”. Todavia,
T é
posssível estud
dar arranjo
os em de
erivação no
os trechos
s com qu edas conc
centradas,,
utilizzando barra
agens baix
xas que po
ossuem a função
f de elevação ddo nível d´´água para
a
posssibilitar a captação de
e água parra o sistem
ma adutor.
1399
O aprovveitamento
o Peixe D foi conce
ebido de forma
f a approveitar o desnívell
conccentrado entre
e as co
otas 740m e 680m. É proposto
o um arrannjo em derivação em
m
cana
al com uma
a barragem
m com altu
ura de cerc etros. O resservatório tem cerca
ca de 5 me a
de 1 km². O ca
anal de adução posssui aproxim
madamente
e 1400 mettros de com
mprimento
o
e ap
proveita um
ma queda bruta
b de 65
5 metros, entre
e as co
otas 740m
m e 680m. O conduto
o
força
ado tem comprimen
c to estimad
do em 300
0 metros. O aproveiitamento é ilustrado
o
pelas Figuras 23 e 24. A área de
e drenagem
m do aproveitamentoo Peixe C é de 229
9
km².
Os trechos 4 e 5 não serão
o analisad
dos quanto
o à planimeetria, pois estão em
m
as com restrições am
área mbientais re
elevantes como
c já me
encionadoo.
141
Foonte: Adapttado de
Google, 20100.
Todos os
o valores apresenta
ados que correspond
dem às diimensões das obrass
dos arranjos e áreas dos
s reservató
órios foram
m obtidos através de integração
o numérica
a
no software Arrc Gis.
6.5 A
Avaliação da Disponibilidade
e Hídrica
A dispo
onibilidade hídrica d
dos aprove
eitamentos
s indicadoss na etap
pa anteriorr
á estimada
será a com base
e nos estu
udos de re
egionalizaç
ção de vazzões do Attlas Digitall
143
das Águas de Minas, elaborado pelo Instituto Mineiro de Águas – IGAM, Fundação
Ruralminas e Universidade de Viçosa (IGAM, RURALMINAS e UFV, 2010).
O Quadro 10 apresenta as funções de regionalização de vazões que serão
utilizadas para o cálculo da vazão mínima com sete dias de duração e período de
retorno de dez anos (Q7,10), da vazão média de longo termo (Qmlt) e da vazão com
50% de permanência (Q50). Com fundamento na discussão do item 5.6.2, estes
parâmetros serão utilizados nos estudos energéticos.
12 0 , 0073
Q50% q 50 6 , 66 * 10 A Pma 2 , 9580
Fonte: SEAPA, R
RURALMINAS e UFV, 2010
Figura
a 25 – Map
pa de preccipitação média
m anual na bacia do rio Doc
ce
Com base
b nas funções do Quadro 10 e na definnição das variáveiss
explicativas, fo
oram obtidos os valo
ores das va
ariáveis re
egionalizaddas de inte
eresse noss
apro
oveitamentos avaliados, conform
me Quadro
o 11.
Área de
Aproveittamento Qmlt Q50% Q7,10
7
Drenagem
D
km² m³/s m³/s m³/s
A 1763 29,8 21,1 3,2
B 1749 29,6 20,9 3,2
C 374 6,8 4,5 0,7
D 229 4,2 2,8 0,4
esultado da
Quadro 11 – Re a aplicação
o dos estud
dos de reggionalizaçã
ão
145
Com base na discussão do item 5.6.2 e nos parâmetros definidos nas etapas
anteriores da metodologia aplicada para a bacia do rio do Peixe, serão calculadas a
potência média (ou energia média) correspondente à energia gerada com a vazão
média de longo termo (Pmlt) e a potência média correspondente à energia gerada
com a vazão de 50% da curva de permanência (P50%) para todos os
aproveitamentos, conforme as equações 6 e 7 abaixo.
146
Pmlt = 9,81 * η * (Qmlt - Qeco)* Hliq (6) e P50% = 9,81 * η * (Q50% - Qeco)* Hliq (7)
Pmlt P50%
Aproveitamento
(MWmédios) (MWmédios)
A 4,7 3,2
B 9,2 6,3
C 1,6 1,0
D 2,1 1,3
Com base nos resultados, é possível observar que, se adotado como limite
superior a PIMax obtida através de Pmlt e como limite inferior a PIMin. resultante da
P50%, a faixa de valores será muito extensa.
Com objetivo de balizar a definição de uma faixa de valores mais restrita e
demonstrar a possibilidade de utilização de informações que possam complementar
as análises realizadas durante a fase de prospecção, foi feita uma pesquisa sobre o
fator de capacidade de aproveitamentos na região circunvizinha ao rio do Peixe.
Esta pesquisa resultou na identificação de quatro aproveitamentos em operação na
bacia do rio Guanhães, que também é afluente da margem esquerda do rio Santo
Antônio e vizinho da bacia do rio do Peixe, conforme a Figura 26.
1488
Figura 26 – Localização
o dos aproveitamento
os do rio G
Guanhães
Com ba
ase nas infformações do Banco
o de Inform
mações de Geração da
d ANEEL
L
(ANE
EEL, 2009
9b), foram avaliadoss os fatore
es de capa
acidade daas usinas Dores de
e
Guanhães, Funil, Jacaré
é e Senhora
a do Porto
o de acordo
o com o Quuadro 15.
E
Energia
Nom
me da Po
otência Fa
ator de
As
ssegurada Proprietárrio
P
PCH (
(kW) Cap
pacidade
(MWWmédios)
100% para
Senhorra do Porto 1
12,000 6.77 Guanhães Ene ergia 0.56
S/A
100% para
Ja
ac aré 9
9,000 5.15 Guanhães Ene ergia 0.57
S/A
100% para
Do res de
1
14,000 8 Guanhães Ene ergia 0.57
anhães
Gua
S/A
100% para Fuunil
F
Funil 2
22,500 14.54 0.65
Energia S/A
A
Qu
uadro 15 – Dados en
nergéticos das PCHs
s do rio Guuanhães.
A partirr da anális
se do Qua
adro 15, é possívell perceberr que os fatores
f de
e
capa
acidade do
os aprove
eitamentos vizinhos estão enttre 0,56 e 0,65. Co
omo o rio
o
1499
Guanhães en
ncontra-se muito prróximo ao
o rio do Peixe e ccom cara
acterísticass
fisiog
gráficas da
a bacia e de
d uso e o
ocupação do
d solo sim
milares enttre si, deciidiu-se porr
restrringir os lim
mites de potência
p in
nstalada dos aprove
eitamentos do rio do
o Peixe de
e
form
ma a obter fatores de
e capacida
ade mais próximos aos valorees das PC
CHs do rio
o
Guanhães. De
essa forma
a, o seguintte critério foi
f adotado
o para defifinição dos limites da
a
faixa
a de valore
es de potên
ncia instala
ada:
Limite Superior
S da
d Potênci a Instalad
da: PIMax (ffator de ccapacidade
e de 0,50))
obtida através
a de Pmlt
Limite Inferior
I da
a Potência
a Instalada
a: PIMed. (ffator de ca
capacidade
e de 0,61))
obtida através
a de P50%.
Este criitério resultou nos vvalores para as PCH
Hs identificcadas no estudo de
e
caso
o apresenta
ados no Quadro
Q 16.
mite
Lim Limite
L
Supeerior da Infe
erior da
A
Aproveitame
ento Potêência Pootência
Insta
alada Ins
stalada
(M
MW) (MW)
A 9
9,4 5,3
B 18,4 10,3
C 3
3,2 1,7
D 4
4,3 2,2
Qu
uadro 16 – Dados en
nergéticos das PCHs
s do rio Guuanhães.
6.7 A
Avaliação Econômiico-energé
ética
A avalia
ação dos custos será
á feita com base no trabalho dee Bortoni et
e al (2010))
ntos (OPEss) e as fic
que avaliou oss orçamen chas técnic
cas de seetenta e cinco PCHss
distrribuídas no
o país. De acordo co
om este tra
abalho, o custo
c (em milhões dólares) de
e
uma
a PCH pode
e ser estim
mado confo
orme a form
mulação ab
baixo:
Onde:
MW = Potência
P em
m MW
150
6.8 Visita
Figura
a 27 – Loca
alização do
os aproveitamentos em
e relaçãoo à geologia
1533
Figurra 28 – Loc
calização d
dos aprove
eitamentos em relaçãão as Unida
ades de
Conservvação e Zoonas Indíge
enas
Figura
a 29 – Localização d os aproveitamentos em relaçãoo aos aspe
ectos de
aestrutura e logística
infra
1544
Figurra 30 – Loc
calização d os aprove
eitamentos
s em relaçãão aos pro
ocessos
minerárrios
155
17
Apesar do registo vigente na ANEEL indicar a existência de 5 aproveitamentos (São João, Axupé, Santa Rita,
Monjolo e Brejaúba) no inventário do rio do Peixe. O conteúdo enviado em CD pela própria agência possui
apenas 3 aproveitamentos (Santa Rita, Monjolo e Brejaúba). Foram enviados pedidos de esclarecimento à
ANEEL, mas não houve retorno.
1577
Figura 31 – Pa
artição de q
quedas e quadro
q resumo do invventário do
o rio do
Peixee.
158
Fonte: A
Adaptado de PCE
E, 2001
1º Trecho
Início do 2º
500
Cota (m)
400
0 5 10
Distância da foz (km)
SRTM Inventário
São dois os aspectos principais que podem ser apontados como justificativa
para estas diferenças.
O primeiro se deve ao fato de que quando se realiza um sobrevoo, como o
ocorrido pelo ônibus espacial Endeavour para coleta dos dados para o MDT, o
1622
siste
ema adotad
do é o WG
GS84 que consiste em
e um elip
psoide de rreferência de origem
m
geoccêntrica e que é uttilizado pe lo sistema
a GPS. Ne
este caso , a sua elevação
e é
deno
ominada co
omo altitud
de geométtrica (h). Entretanto, nos trabalhhos de eng
genharia e
map
peamento, como o estudo
e de
e inventário
o do rio do
d Peixe, utiliza-se a altitude
e
ortom
métrica (H) que tem significad o físico, co
onforme ilu
ustrado peela Figura 34 (IBGE,,
2010
0b).
IBGE, 2010b
a 34 – Mod
Figura delo geoida
al
18
O ggeoide é uma superfície
s equuipotencial quee coincide com
m o nível méd
dio das águas ddos mares, naa qual as
altituddes ortométriccas estão referrenciadas.
1633
Estes ta
ambém sã
ão os moti vos para as diferenças obserrvadas enttre o perfill
longitudinal de
erivado do IBGE, na F
Figura 13.
Neste contexto,
c a figura 36 apresenta
a o resultado do desslocamento
o visual do
o
perfiil longitudin
nal derivad
do do MDT
T em 20 metros, onde é possívvel observa
ar um bom
m
ajustte do perfill.
Figura
a 35 – Ond
dulação ge
eoidal (Map
pGeo 20100)
A discussão acim
ma é conse
equência das
d caractterísticas dda base to
opográfica
a
adottada e configura-se como
c um a
aspecto típ
pico do trab
balho com dados secundários..
Nestte sentido,, é necess
sário desta
acar que o conhecim
mento da m
metodologia
a e escala
a
dos levantam
mentos, me
elhora ass condiçõe
es para análise
a doos resulta
ados e o
reco
onhecimentto das limittações de um estudo
o de prospecção.
164
1º Trecho Início do 2º
500
Cota (m)
400
0 5 10
Distância da foz (km)
SRTM Inventário
Figura 36 – Detalhe do Perfil Longitudinal do rio Peixe com perfil SRTM deslocado
Outro fato relevante ocorre no trecho à montante da PCH Monjolo, onde foi
identificada, no estudo de inventário, a PCH Santa Rita. No estudo de caso da
metodologia de prospecção esta região foi excluída, pois estava dentro da área de
amortecimento da zona indígena Guarani; contudo, esta característica
socioambiental da bacia não foi citada no estudo de inventário. O texto também não
avalia a existência das cavernas Lapão I e II apontadas no estudo de caso.
No caso dos títulos minerários existentes, o estudo de inventário (PCE, 2001)
relata que, no âmbito regional, o recurso mineral de maior importância na área de
interesse é o minério de ferro e que a bacia hidrográfica do rio do Peixe está inserida
em uma região de grande diversidade de jazidas e ocorrências minerais, além de
uma série de processos minerários junto ao DNPM, como também foi salientado no
estudo de prospecção.
Em contrapartida, a PCE (2001) descreve que as observações de campo não
revelam uma atividade sistemática de mineração nessa área de interesse e que as
poucas atividades observadas referiam-se à dragagem de areia, e cascalhos no leito
do Rio do Peixe, em alguns poucos pontos isolados do mesmo e muito
provavelmente de forma clandestina. Esta observação confirma que as atividades de
mineração na região estão em fases iniciais de requerimento de pesquisa, como
ressaltado no estudo de caso.
Como conclusão, o inventário relata (PCE, p.46 2001) que a atividade mineral
poderá assumir papel de destaque na região considerada.
166
2
Cod. Posto Posto A.D (km ) Data Inst.
Variação
Trechos Inventário Prospecção
Percentual*
PCH
Nome PCH Peixe A
Brejaúba
Área de
1735.0 1763.0 1.6%
Drenagem
Qmlt (m³/s) 34.5 29.8 -15.8%
Aproveitamentos qmlt
Trecho Retilíneo 19.9 16.9 -17.7%
(l.s/km²)
Q50% (m³/s) 22.0 21.1 -4.2%
q50%
12.7 12.0 -5.9%
(l.s/km²)
PCH
Nome PCH Peixe B
Monjolo
Área de
1720.0 1749.0 1.7%
Drenagem
Aproveitamentos Qmlt (m³/s) 34.2 29.6 -15.5%
Trecho em Meandro qmlt
(l.s/km²) 19.9 16.9 -17.5%
Q50% (m³/s)
21.8 20.9 -4.1%
q50%
12.7 12.0 -5.9%
(l.s/km²)
* Variação Percentual = (1 - Valor do Inventário/Valor da Prospecção)
Energia
Aproveitamentos Trecho Média 6,5 Entre 4,7 e 3,2
Retilíneo (Mwmédios)
Potência
Instalada 14,0 Entre 9,4 e 5,3
(MW)
Energia
Média 13,4 Entre 13,9 e 9,5
(Mwmédios)
Total (Soma dos trechos)
Potência
Instalada 29,0 Entre 27,8 e 15,6
(MW)
seu limite superior. Logo, é possível dizer que a estimativa da energia média para o
trecho em estudo é satisfatória.
Porém, o mesmo resultado não é obtido para a potência instalada total.
A potência instalada no inventário foi fixada com base em um estudo que
avaliou os ganhos incrementais de energia firme (∆EF) para diversas alternativas de
potência, sendo definida quando o ganho de energia firme em relação ao incremento
da potência (∆P) não é mais significativo, conforme o exemplo para a PCH Brejaúba,
apresentada pelo Quadro 24 e pelo Gráfico 7.
Energia
Potência
Firme ∆EF (MW
Instalada ∆EF/∆P
(MW médios)
(MW)
médios)
10 5,87 - -
12 6,24 0,37 18,5%
14 6,50 0,26 13,0%
16 6,69 0,19 9,5%
Fonte: PCE, 2001
6,5
5,5
10 11 12 13 14 15 16
19
O inventário considerou a Energia Firme igual à Energia Média.
172
Custo Estimado
no estudo de Custo Unitário Atualizado
PCH Potência (MW)
caso (milhões de (US$ (x10³) /kW)
US$)
Peixe A Entre 9,4 e 5,3 Entre 17,3 e 7,3 Ente 1,8 e 1,1
Peixe B Entre 18,4 e 10,3 Entre 25,1 e 10,7 Entre 1,3 e 0,9
Soma Total
Entre 27,8 e 15,6 Entre 42,3 e 18,0 Entre 3,1 e 2,0
do Trecho
Da mesma forma, o custo por potência instalada total no trecho foi de 2,7 mil
dólares para cada kW instalado, valor que está dentro da faixa delimitada na
prospecção (entre 3,1 e 2,0 mil dólares por kW instalado).
Como a queda bruta é uma variável da fórmula de Bertoni et al (2010) para
estimativa do custo total e a partição da quedas bruta entre os estudos no trecho
analisado é diferente, não foi realizada a comparação dos eixos par a par.
A partir destes resultados, é possível dizer que a metodologia proposta por
Bortoni et al (2010) e adotada na fase de prospecção para avaliação dos custos,
estimou satisfatoriamente o valor total dos custos de implantação para o conjunto de
PCHs em comparação aos orçamentos do estudo de inventário.
175
7. Conclusões e Recomendações
pois possibilitam inferir sobre as limitações de uso, aplicar medidas para a correção
de possíveis distorções e adotar critérios mais ou menos conservadores durante a
aplicação da metodologia.
Além disso, a abrangência dos dados coletados terá influência direta sobre o
alcance dos resultados. Por exemplo, se não houver informações sobre as linhas de
transmissão e subestações da região, é inviável tirar conclusões sobre a distância
das linhas de transmissão necessárias para a interligação de determinado
aproveitamento estudado ao sistema de distribuição.
No caso da organização dos dados, é necessário ressaltar a importância da
utilização dos programas computacionais SIG, que garantem agilidade e rapidez
para o cruzamento das diversas informações coletadas e contribuem para o caráter
expedito da metodologia.
A segunda etapa consiste na avaliação dos condicionantes e restrições de
ordem geológico-geotécnica, socioambiental, de infraestrutura e logística e é objeto
das primeiras análises técnicas sobre a região estudada.
Como tratado ao longo do trabalho, a relevância deste passo se deve a três
considerações principais.
Primeira consideração: é nesta etapa que é construído o panorama das
características da bacia hidrográfica estudada com relação aos aspectos geológico-
geotécnicos, socioambientais e de infraestrutura e logística. Consequentemente,
uma série de qualidades favoráveis e desfavoráveis para a implantação de PCHs
será resultado desta avaliação inicial.
A partir do comentário anterior, afigura-se a importância da segunda
consideração. Em função das situações desfavoráveis indicadas, é nesta etapa que
são definidos critérios de corte para não seguir para as etapas posteriores da
metodologia. Como discutido na comparação entre a aplicação da prospecção e o
inventario hidrelétrico do rio do Peixe, a exclusão de áreas para o estudo deve ser
bem embasada, pois os resultados serão diretamente afetados por decisões
tomadas nesta etapa.
Como terceira consideração, vale ressaltar que este momento do estudo é
importantíssimo devido à influência sobre a concepção dos arranjos propostos na
etapa posterior, haja vista que serão indicadas restrições e condicionantes que
poderão afetar as características das obras, a queda bruta utilizada e,
consequentemente, a energia produzida. Como exemplo, se existirem informações
178
ótimo, mas também pode ser utilizada nesta fase, pois possibilita análises mais
abrangentes que poderão resultar em conclusões mais realistas e melhor
conhecimento da região focada.
Por isso, concebidas as alternativas de arranjo, a próxima etapa é a
estimativa da disponibilidade hídrica dos sítios identificados. Neste ponto, o trabalho
destacou a utilização dos estudos de regionalização de vazões como ferramenta
ímpar para a rapidez na obtenção de resultados. Também pode ser considerada
importante a contribuição desta dissertação no que se refere a um extenso trabalho
bibliográfico de organização de uma série de estudos de regionalização publicados e
apresentados no Apêndice A.
É necessário frisar a necessidade de continuidade na elaboração e
aprimoramento de estudos de regionalização de vazões, por parte do Estado e as
instituições ligadas à área, pois os mesmos são importante fonte de informação para
a gestão dos recursos hídricos.
Posteriormente à determinação das vazões disponíveis, foram detalhados
conceitos referentes à estimativa da energia média que pode ser produzida nos
locais selecionados.
Nesta parte, foi desenvolvida uma análise procurando relacionar parâmetros
hidrológicos facilmente obtidos através de estudos de regionalização de vazões à
produção energética de um aproveitamento. Com base em dados de onze projetos
em operação fornecidos, por uma empresa do setor, foram obtidos resultados
extremamente interessantes que direcionaram para a adoção de equações que
definem uma faixa de valores para estimativa da energia média.
Como depreende-se do item 5.6.2, a utilização da vazão média de longo
termo (subtraída a vazão ecológica) na equação do potencial energético
corresponde a um limite superior desta faixa. Da mesma forma, o emprego da vazão
correspondente a 50% da permanência resulta no limite inferior para estimativa da
energia média.
Apesar dos resultados extremamente úteis, respaldados também pelo estudo
de caso, entende-se que é necessário ampliar esta análise para outros projetos.
A partir da estimativa da energia média, a etapa sucessora é a determinação
da potência instalada. Nesta etapa, foi realizado estudo similar à energia média.
Com base nos dados do Banco de Informações de Geração da ANEEL, foram
calculados os fatores de capacidade de cerca de 230 PCHs brasileiras em operação,
180
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos
I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências.Diário Oficial da União,
Brasília, 2000b.
186
DAS, S., PAUL, P.K. Selection of Site for Small Hydel Using GIS in the Himalayan
Region of Índia. Journal of Spatial Hydrology. V.6, N.1, P.18-26. 2006
189
RAMACHANDRA, T.V., JHA, R.K., KRISHNA S. V., AND SHRUTH, B.V. Spatial
Decision Support System for Assessing Micro, Mini and Small Hydel Potential.
Journal of Applied Sciences,V.4,n.4,p.596-604, 2004.
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SUCHANDT, S., BREIT, H. ADAM, N., EINEDER, M., SCHÄTTLER, B., RUNGE,
H., ROTH, A.,.MIKUSCH, E..The shuttle radar topography mission. In: ISPRS
WORKSHOP HIGH RESOLUTION MAPPING FROM SPACE 2001. Proceedings.
Hannover: 2001.
196
Bahia -
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
100% para Soc ibe
1 Agro Trafo 14.040,00 6,80 SP Dianópolis - TO TO Norte 0,48
Energia S/A
100% para Castelo
2 Alegre 2.056,00 1,20 SP Alegre - ES ES Sudeste 0,58
Energétic a S/A
Alto Araguaia -
100% para Primavera
3 Alto Araguaia 1.200,00 0,72 SP MT/Santa Rita do GO Centro-oeste 0,60
Energia S/A
Araguaia - GO
Alto Benedito APE- 100% para CEESAM
4 2.544,00 2,14 Benedito Novo - SC SC Sul 0,84
Novo COM/PIE Geradora S/A
Alto Paraguai
100% para Primavera
5 (Pedro 1.680,00 1,51 SP Alto Paraguai - MT MT Centro-oeste 0,90
Energia S/A
Pedrossian)
100% para CEMIG
Santana do Jacaré -
6 Anil 2.080,00 0,80 SP Geraç ão e MG Sudeste 0,38
MG
Transmissão S/A
100% para Brookfield
Santos Dumont -
7 Anna Maria 1.560,00 1,18 PIE Energia Renovável MG Sudeste 0,76
MG
S/A
100% para Copel
8 Apuc araninha 10.000,00 6,71 SP Geraç ão e Tamarana - PR PR Sul 0,67
Transmissão S.A.
Viç osa 100% para Castelo Conceição do
9 4.500,00 2,80 PIE ES Sudeste 0,62
(Bic ame) Energétic a S/A Castelo - ES
APE- 100% para OPM
10 Bic as 1.560,00 1,23 Mariana - MG MG Sudeste 0,79
COM Empreendimentos S/A
Comendador Levy
100% para Bonfante Gasparian -
11 Bonfante 19.000,00 13,48 PIE MG Sudeste 0,71
Energétic a S/A RJ/Simão Pereira -
MG
100% para
12 Buriti 10.000,00 8,59 PIE Hidrelétric a Fockink Sapezal - MT MT Centro-oeste 0,86
S/A
100% para CEMIG
Carmo do Cajuru -
13 Cajurú 7.200,00 3,86 SP Geraç ão e MG Sudeste 0,54
MG
Transmissão S/A
100% para
Companhia Estadual
14 Capigui 4.470,00 1,40 SP de Geraç ão e Passo Fundo - RS RS Sul 0,31
Transmissão de
Energia Elétric a
100% para Celesc
15 Caveiras 4.290,00 2,50 SP Lages - SC SC Sul 0,58
Geração S.A.
100% para Copel Guarapuava - PR /
16 Cavernoso 1.300,00 0,86 SP Geraç ão e Laranjeiras do Sul - PR Sul 0,66
Transmissão S.A. PR
Cedros (Rio 100% para Celesc
17 7.400,00 7,10 SP Rio dos Cedros - SC SC Sul 0,96
dos Cedros) Geração S.A.
100% para Celesc Faxinal dos Guedes -
18 Celso Ramos 5.400,00 3,80 SP SC Sul 0,70
Geração S.A. SC
Chave do 100% para Quanta
19 1.600,00 0,30 SP Cantagalo - RJ RJ Sudeste 0,19
Vaz Geração S/A
100% para CPFL
20 Chibarro 2.600,00 0,70 SP Geraç ão de Energia Araraquara - SP SP Sudeste 0,27
S.A.
100% para Copel
Itapejara d´Oeste -
21 Chopim I 1.980,00 1,27 SP Geraç ão e PR Sul 0,64
PR
Transmissão S.A.
Coronel 100% para Zona da
22 5.040,00 3,26 SP Muriaé - MG MG Sudeste 0,65
Domic iano Mata Geraç ão S.A.
100% para
Companhia Estadual
23 Ernestina 4.960,00 3,60 SP de Geraç ão e Ernestina - RS RS Sul 0,73
Transmissão de
Energia Elétric a
100% para CPFL
Patroc ínio Paulista -
24 Esmeril 5.040,00 1,00 SP Geraç ão de Energia SP Sudeste 0,20
SP
S.A.
100% para Quanta
25 Euclidelândia 1.400,00 0,70 SP Cantagalo - RJ RJ Sudeste 0,50
Geração S/A
100% para Quanta
26 Fagundes 4.800,00 2,70 SP Areal - RJ RJ Sudeste 0,56
Geração S/A
100% para
Companhia Estadual
Maximiliano de
27 Forquilha 1.118,00 1,00 SP de Geraç ão e RS Sul 0,89
Almeida - RS
Transmissão de
Energia Elétric a
Bom Jesus do
Franc a 100% para Quanta Itabapoana - RJ /
28 4.500,00 4,50 SP RJ/ES Sudeste 1,00
Amaral Geração S/A São José do
Calçado - ES
100% para Castelo Cachoeiro de
29 Fruteiras 8.736,00 5,56 SP ES Sudeste 0,64
Energétic a S/A Itapemirim - ES
Furnas do 100% para Jaguari
30 9.800,00 4,74 PIE Jaguari - RS RS Sul 0,48
Segredo Energética S/A
100% para Celesc
31 Garcia 8.600,00 7,10 SP Angelina - SC SC Sul 0,83
Geração S.A.
205
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
100% para CPFL
Gavião
32 4.800,00 2,20 SP Geração de Energia Gavião Peixoto - SP SP Sudeste 0,46
Peixoto
S.A.
Túlio
100% para Centrais
Cordeiro de
33 15.800,00 7,66 PIE Hidrelétricas Grapon Abre Campo - MG MG Sudeste 0,48
Mello (Ex-
S/A
Granada)
100% para
Companhia Estadual
34 Guarita 1.760,00 1,10 SP de Geração e Erval Seco - RS RS Sul 0,63
Transmissão de
Energia Elétrica
100% para Brookfield
Santos Dumont -
35 Guary 5.400,00 3,41 PIE Energia Renovável MG Sudeste 0,63
MG
S/A
100% para
Companhia Estadual
Santa Maria do
36 Herval 1.520,00 0,30 SP de Geração e RS Sul 0,20
Herval - RS
Transmissão de
Energia Elétrica
100% para Irara
37 Irara 30.000,00 18,21 PIE Rio Verde - GO GO Centro-oeste 0,61
Energética S/A
100% para Celesc
38 Ivo Silveira 2.500,00 2,00 SP Campos Novos - SC SC Sul 0,80
Geração S.A.
100% para
APE- Companhia Industrial
39 João de Deus 1.548,00 1,43 Bom Despacho - MG MG Sudeste 0,92
COM Aliança
Bondespachense
100% para CEMIG
40 Joasal 8.400,00 5,20 SP Geração e Juiz de Fora - MG MG Sudeste 0,62
Transmissão S/A
100% para Castelo Domingos Martins -
41 Jucu 4.840,00 2,91 SP ES Sudeste 0,60
Energética S/A ES
Júlio de
100% para Foz do
Mesquita Cruzeiro do Iguaçu -
42 29.072,00 21,46 PIE Chopim Energética PR Sul 0,74
Filho (Foz do PR
Ltda.
Chopim)
100% para CPFL
43 Lençóis 1.680,00 1,68 SP Geração de Energia Macatuba - SP SP Sudeste 1,00
S.A.
100% para Aratu
44 Lobo 2.000,00 1,50 SP Itirapina - SP SP Sudeste 0,75
Geração S/A.
100% para CEMIG
45 Luiz Dias 1.620,00 1,04 SP Geração e Itajubá - MG MG Sudeste 0,64
Transmissão S/A
100% para CEMIG
46 Marmelos 4.000,00 1,55 SP Geração e Juiz de Fora - MG MG Sudeste 0,39
Transmissão S/A
100% para CEMIG
47 Martins 7.700,00 2,80 SP Geração e Uberlândia - MG MG Sudeste 0,36
Transmissão S/A
100% para AES Tietê
48 Mogi-Guaçu 7.200,00 4,40 PIE Mogi Guaçu - SP SP Sudeste 0,61
S/A
Comendador Levy
100% para Monte
49 Monte Serrat 25.000,00 18,28 PIE Gasparian - RJ / RJ/MG Sudeste 0,73
Serrat Energética S/A
Simão Pereira - MG
100% para Copel
50 Mourão I 8.200,00 5,30 SP Geração e Campo Mourão - PR PR Sul 0,65
Transmissão S.A.
100% para Zona da
51 Neblina 6.468,00 4,66 SP Ipanema - MG MG Sudeste 0,72
Mata Geração S.A.
100% para CEMIG
Matias Barbosa -
52 Paciência 4.080,00 2,13 SP Geração e MG Sudeste 0,52
MG
Transmissão S/A
100% para AES Minas
53 Paes Leme 1.920,00 1,84 PIE Passa-Vinte - MG MG Sudeste 0,96
PCH Ltda
100% para Cemig PCH Sacramento - MG / MG Sudeste
54 Pai Joaquim 23.000,00 13,91 PIE 0,60
S/A Santa Juliana - MG
100% para CEMIG
55 Pandeiros 4.200,00 2,07 SP Geração e Januária - MG MG Sudeste 0,49
Transmissão S/A
100% para CEMIG
56 Paraúna 4.280,00 1,90 SP Geração e Gouveia - MG MG Sudeste 0,44
Transmissão S/A
100% para
Companhia Estadual
Passo do São Francisco de
57 1.490,00 0,30 SP de Geração e RS Sul 0,20
Inferno Paula - RS
Transmissão de
Energia Elétrica
100% para Energética Bom Jesus - RS /
Passo do
58 30.000,00 18,77 PIE Campos de Cima da São Francisco de RS Sul 0,63
Meio
Serra Ltda Paula - RS
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
100% para CEMIG
São Gonçalo do Rio
62 Peti 9.400,00 6,51 SP Geração e MG Sudeste 0,69
Abaixo - MG
Transmissão S/A
100% para Quanta
63 Piabanha 9.000,00 6,50 SP Areal - RJ RJ Sudeste 0,72
Geração S/A
100% para
Caratinga - MG /
64 Pipoca 20.000,00 11,90 PIE Hidrelétrica Pipoca MG Sudeste 0,60
Ipanema - MG
S/A
100% para Celesc
65 Piraí 1.350,00 0,40 SP Joinville - SC SC Sul 0,30
Geração S.A.
100% para CEMIG
66 Poço Fundo 9.160,00 4,16 SP Geração e Poço Fundo - MG MG Sudeste 0,45
Transmissão S/A
Salto do 100% para Horizontes
67 1.800,00 1,64 PIE Xanxerê - SC SC Sul 0,91
Passo Velho Energia S/A
100% para
Ribeirão do
68 1.200,00 0,51 PIE Companhia Energética Limeira - SP SP Sudeste 0,43
Pinhal
Salto do Lobo Ltda
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
100% para Primavera Guarantã do Norte -
94 Braço Norte 5.300,00 3,67 SP MT Centro-oeste 0,69
Energia S/A MT
100% para Copel
95 São Jorge 2.300,00 1,62 SP Geração e Ponta Grossa - PR PR Sul 0,70
Transmissão S.A.
100% para CPFL
96 Salto Grande 4.550,00 3,30 SP Geração de Energia Campinas - SP SP Sudeste 0,73
S.A.
Benjamim
Mário 100% para Rio
97 Baptista 9.000,00 4,65 PIE Manhuaçu Energética Manhuaçu - MG MG Sudeste 0,52
(Nova S.A.
Sinceridade)
100% para CPFL
Espírito Santo do
98 Pinhal 6.800,00 3,70 SP Geração de Energia SP Sudeste 0,54
Pinhal - SP
S.A.
100% para Furnas
99 Santa Cruz 1000000,00 732,70 SP Centrais Elétricas Rio de Janeiro - RJ RJ Sudeste 0,73
S/A.
100% para Galera
100 Salto Corgão 27.000,00 20,39 PIE Nova Lacerda - MT MT Centro-oeste 0,76
Centrais Elétricas S/A
100% para
Companhia Hidro
101 Curemas 3.520,00 2,00 SP Coremas - PB PB Nordeste 0,57
Elétrica do São
Francisco
100% para
Companhia Estadual
Eugênio de Castro -
102 Ijuizinho 1.118,00 0,50 SP de Geração e RS Sul 0,45
RS
Transmissão de
Energia Elétrica
100% para Afluente
Alto Fêmeas Geração e
103 10.650,00 9,00 SP São Desidério - BA BA Nordeste 0,85
I Transmissão de
Energia Elétrica S/A
100% para CPFL
104 Santana 4.320,00 2,90 SP Geração de Energia São Carlos - SP SP Sudeste 0,67
S.A.
Poxoréo
100% para Primavera
105 (José 1.200,00 0,55 SP Poxoréo - MT MT Centro-oeste 0,46
Energia S/A
Fragelli)
100% para SPE Barra
Barra da Açucena - MG /
106 22.000,00 13,60 PIE da Paciência Energia MG Sudeste 0,62
Paciência Gonzaga - MG
S.A.
Ivan Botelho
100% para Rio Pomba
107 III (Ex- 24.400,00 12,81 PIE Astolfo Dutra - MG MG Sudeste 0,53
Energética S.A.
Triunfo)
100% para Serra
108 Piranhas 18.000,00 10,89 PIE Piranhas - GO GO Centro-oeste 0,61
Negra Energética S/A
100% para Centrais
Ivan Botelho Descoberto - MG/
109 24.300,00 15,20 PIE Hidrelétricas Grapon MG Sudeste 0,63
I (Ex-Ponte) Guarani - MG
S/A
100% para Anhambi Itapejara d´Oeste -
110 Vitorino 5.280,00 2,85 PIE PR Sul 0,54
Agroindustrial Ltda. PR
100% para SPE
Várzea Conceição de
111 7.000,00 4,43 PIE Várzea Alegre Energia MG Sudeste 0,63
Alegre Ipanema - MG
S.A.
100% para Caparaó Caiana - MG / Dores
112 Fumaça IV 4.500,00 2,61 PIE MG/ES Sudeste 0,58
Energia S/A do Rio Preto - ES
100% para Pantanal
113 Paraíso I 21.000,00 13,25 PIE Costa Rica - MS MG Sudeste 0,63
Energética Ltda
100% para Funil Dores de Guanhães - MG Sudeste
114 Funil 22.500,00 14,54 PIE 0,65
Energia S/A MG
Bom Jesus do
100% para Calheiros Itabapoana - RJ /
115 Calheiros 19.000,00 10,92 PIE RJ/ES Sudeste 0,57
Energia S/A São José do
Calçado - ES
São Gonçalo
100% para SPE São São Gonçalo do Rio
116 (Ex-Santa 11.000,00 7,72 PIE MG Sudeste 0,70
Gonçalo Energia S.A. Abaixo - MG
Bárbara)
100% para Mafrás
117 Mafrás 4.000,00 3,03 PIE Energia e Ibirama - SC SC Sul 0,76
Reflorestamento Ltda.
Ivan Botelho
100% para Rio Pomba
118 II (Ex- 12.400,00 7,45 PIE Guarani - MG MG Sudeste 0,60
Energética S.A.
Palestina)
100% para SPE
Cocais
119 10.000,00 5,27 PIE Cocais Grande Antônio Dias - MG MG Sudeste 0,53
Grande
Energia S.A.
Chalé - MG / São
100% para SPE
120 Varginha 7.000,00 4,40 PIE José do Mantimento MG Sudeste 0,63
Varginha Energia S.A.
- MG
100% para SPE
121 Cristina 3.500,00 2,04 PIE Cristina - MG MG Sudeste 0,58
Cristina Energia S.A.
208
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
100% para Carangola
122 Carangola 15.000,00 9,57 PIE Carangola - MG MG Sudeste 0,64
Energia S/A
100% para SPE
123 Aiuruoca 16.000,00 10,39 PIE Aiuruoca - MG MG Sudeste 0,65
Aiuruoca Energia S.A.
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
100% para
Salto do Botucatu -
152 1.616,00 1,24 PIE Companhia Energétic a SP Sudeste 0,77
Lobo SP/Itatinga - SP
Salto do Lobo Ltda
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
Campos dos
Pedra do 100% para Rio PCH I Goytacazes -
182 19.000,00 11,31 PIE ES Sudeste 0,60
Garrafão S.A. RJ/Mimoso do Sul -
ES
100% para São Santo Antônio do
183 São Tadeu I 18.000,00 9,11 PIE MT Centro-oeste 0,51
Tadeu Energética S/A Leverger - MT
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
Cac hoeira da 100% para Energétic a Itamaraju -
215 14.800,00 8,26 PIE BA Nordeste 0,56
Lixa Serra da Prata S/A BA/Jucuruçu - BA
Caxias do Sul -
100% para Serrana
216 Palanquinho 24.165,00 12,13 PIE RS/São Franc isco RS Sul 0,50
Energétic a S/A
de Paula - RS
Caxias do Sul -
100% para Criúva
217 Criúva 23.949,00 12,85 PIE RS/São Franc isco RS Sul 0,54
Energétic a S/A
de Paula - RS
100% para Energétic a Medeiros Neto -
218 Colino 1 11.000,00 7,34 PIE BA Nordeste 0,67
Serra da Prata S/A BA/Vereda - BA
Garantia Física /
Potência Destino
Energia Fator de
Usina Outorgada da Proprietário Município Estado Regiões
Assegurada (MW Capacidade
(kW) Energia
médios)
100% para Geradora
244 Rio Fortuna 6.850,00 3,96 PIE de Energia Rio Rio Fortuna - SC SC Sul 0,58
Fortuna S/A
Rio Fortuna -
Barra do Rio 100% para EletroSul
245 15.000,00 8,61 PIE SC/Santa Rosa de SC Sul 0,57
Chapéu Centrais Elétric as S/A
Lima - SC
100% para Petróleo Ipira - SC/Piratuba -
246 Pira 16.000,00 9,46 PIE SC Sul 0,59
Brasileiro S/A SC
100% para
Companhia Figueirópolis d'Oeste
247 Figueirópolis 19.410,00 15,25 PIE MT Centro-oeste 0,79
Hidroelétrica - MT/Indiavaí - MT
Figueirópolis
100% para Geradora
Santo Antônio do
248 Mestre 2.000,00 0,80 PIE de Energia do Estado MT Centro-oeste 0,40
Leverger - MT
de Mato Grosso Ltda
100% para Rodeio
Arvoredo -
249 Rodeio Bonito 14.680,00 7,79 PIE Bonito Hidrelétrica SC Sul 0,53
SC/Chapec ó - SC
S.A.
Coronel 100% para Coronel
250 5.800,00 3,50 PIE Água Doce - SC SC Sul 0,60
Araújo Araújo Energética S/A
100% para
251 Contestado 5.600,00 3,40 PIE Contestado Água Doce - SC SC Sul 0,61
Energética S/A
100% para Perdizes
252 Lajinha 1.600,00 1,07 PIE Monte Carmelo - MG MG Sudeste 0,67
Energética Ltda