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Aula 03

Teoria da Contabilidade p/ CFC 2017.2 (Bacharel em Ciências Contábeis)

Professor: Gilmar Possati

56842783534 - Bruna
# Exame de Suficiência CFC 2017.2 #
Teoria da Contabilidade Aula 3

AULA 03: O Patrimônio Líquido e suas teorias

Sumário

1. O Patrimônio Líquido e suas teorias 2


2. Questões comentadas 15
3. Resumo 26
4. Lista das questões apresentadas 27
5. Gabarito 31

Pessoal, na aula de hoje estudaremos as teorias do patrimônio


líquido. O Assunto é eminentemente doutrinário, assim tentamos
abordar de forma objetiva e focada os pontos mais interessantes que
podem ser alvo de exigência no Exame do Conselho Federal de
Contabilidade. Como o assunto nunca foi alvo de exigência em Exames
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anteriores, não temos um padrão que possa servir como base de


abordagem. Assim, tentamos extrair o essencial daquilo que entendem
os principais teóricos e doutrinadores da área contábil. Acredito que
essa aula seja mais que suficiente para que tenhamos condições de
acertar eventuais questões sobre o assunto.

Bons estudos!

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O Patrimônio Líquido e suas


O Patrimônio teorias
Líquido e suas teorias

Contextualização

Segundo Niyama e Silva (2013)1, as teorias do patrimônio líquido


influenciam os procedimentos contábeis, sendo uma referência para a
apresentação das demonstrações financeiras. Isso ocorre, segundo os
autores, devido ao fato de que cada teoria interpreta a posição
econômica de uma entidade de maneira diferente, interferindo na sua
evidenciação.

Referidos autores informam que no desenvolvimento histórico da


Contabilidade, prevalecia a denominada teoria da propriedade. Sua
contraposição, a teoria da entidade, somente surgiu no final do século
XIX e início do século XX, com a popularização do mercado acionário e
das demonstrações contábeis para o usuário externo. Ainda hoje, a
Teoria da Propriedade é predominante pela influência que os donos
exercem sobre a Contabilidade. Entretanto, destacam os autores, cada
vez mais, o leque de usuários aumenta, tornando questionável esse
predomínio. Segundo os autores,

[...] a discussão sobre as teorias do patrimônio líquido apresenta como


pressuposto implícito a necessidade de optar por uma das teorias. Isso
garantiria uma consistência na apresentação das demonstrações
contábeis. Entretanto, a existência de diferentes usuários, com
diferentes interesses, torna difícil imaginar que a consistência venha a
acontecer. Assim, nos dias de hoje, a discussão das teorias do
patrimônio líquido que receberam grande atenção no passado torna-se
secundária em decorrência do direcionamento das pesquisas contábeis
para área empírica. 56842783534

Realizada essa breve contextualização do assunto, passemos à


abordagem das teorias do patrimônio líquido, quais sejam:

 Teoria da Propriedade;
 Teoria da Entidade;
 Teoria do Fundo;
 Teoria do Empreendimento;
 Teoria do Comando;

1
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. 3 ed. São Paulo: Atlas,
2013.

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 Teoria Residual.

Porém, antes de entrarmos especificamente em cada uma das teorias


acima descritas, vamos relembrar o conceito de patrimônio líquido.

Segundo a NBC TG Estrutura Conceitual, o patrimônio líquido é o valor


residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus
passivos.

A seguir veremos que esse conceito está ligado à Teoria da


Propriedade, haja vista que a ideia de valor residual (resíduo dos
direitos de uma entidade após a liquidação de todas as suas
obrigações) é o centro dessa teoria.

Como a ideia do nosso curso é ser focado e objetivo, não vamos


entrar nos devaneios doutrinários sobre o assunto, pois daria uma tese
de doutorado.

Passemos, portanto, ao estudo das principais teorias do patrimônio


líquido.

Destaca-se que diferentes teóricos e doutrinadores adotam diversas


acepções para o assunto. Assim, seguiremos os teóricos mais
renomados, desde os mais clássicos aos mais modernos, a saber: Kam2
(1986); Hendriksen e Van Breda3 (1999); Iudícibus4 (2004) e Niyama
e Silva5 (2013). Tomaremos por base, ainda, a dissertação de Abe6
(2007) que destaca com propriedade o pensamento de diversos
teóricos.

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2
KAM, Vernon. Accounting Theory. New York: John Wiley & Sons, 1986.
3
HENDRIKSEN, Eldon S.; VAN BREDA, Michael F. Teoria da Contabilidade. Traduzido por SANVINCENTE,
Antônio Zoratto. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
4
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
5
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. 3 ed. São Paulo: Atlas,
2013.
6
ABE, Cesar Henrique Shogi. Teorias Contábeis sobre o Patrimônio Líquido e Teoria da Renda-Acréscimo
Patrimonial: Um Estudo Interdisciplinar. Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, 2007

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Teoria da Propriedade

Na lição de Iudícibus (2004), segundo a Teoria da Propriedade, o


proprietário é o centro de atenção da Contabilidade. As receitas
são consideradas como acréscimo de propriedade e as despesas,
decréscimos. Assim o lucro líquido, diferença entre receitas e despesas,
é adicionado diretamente ao proprietário. Os dividendos representam
retirada de capital, e os lucros acumulados são parte da transferência.

Niyama e Silva (2013) ensinam que, segundo esta teoria, a entidade


existe para satisfazer aos objetivos e necessidades do dono, razão pela
qual a principal finalidade da Contabilidade é a determinação da
riqueza líquida do proprietário.

Segundo Kam, a noção de propriedade está no cerne do sistema de


partidas dobradas, pois o foco de Luca Pacioli7 era o proprietário. Abe
(2007) informa que com o desenvolvimento da Teoria Contábil,
diversos autores do início do século XIX produziram livros para ensinar
Contabilidade e o reconhecimento da propriedade aparece como um
fato recorrente, pois era do interesse do próprio proprietário localizar,
por meio de contas com nomenclatura o local em que ocorria seu ganho
e sua perda.

Nesse sentido, não havia interesse em analisar a propriedade da


nomenclatura contábil em si, pois as contas eram usadas com o intuito
de permitir o estudo e a análise pelo proprietário de seu capital
alocado. Os autores entendiam que essa necessidade seria compatível
com a verificação do estado de propriedade, tanto em aspecto positivo
(ativos) quanto em aspecto negativo (passivos) e o quanto sobraria
caso seus credores fossem integralmente satisfeitos. Essa noção
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resulta na equação comumente estudada de que os ativos menos os


passivos é igual ao patrimônio líquido (ABE, 2007).

Beleza, professor, entendi que o centro dessa teoria é o Proprietário.


Mas, afinal quem é considerado o proprietário?

Chow8 (1942) citado por Abe (2007) identifica o proprietário como a


pessoa ou grupo de pessoas que realiza negócios por meio de uma
forma de organização que lhe convenha, sendo o verdadeiro dono do

7
Luca Bartolomeo de Pacioli foi um monge franciscano e célebre matemático italiano. É considerado o pai
da Contabilidade moderna.
8
CHOW, Y. C. The doctrine of propriertorship. In: The Accounting Review, vol XVII, p. 157-163, April, 1942.

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negócio e quem tem o direito ao resíduo dos ativos após o pagamento


de todas as obrigações. Nesse sentido, ele seria o próprio proprietário
dos ativos e o próprio devedor dos passivos contratados pela sociedade
e, assim, o excesso daqueles em relação a estes seria o seu interesse
líquido ou o seu patrimônio líquido, em sentido estrito do termo, dos
negócios.

Exemplos práticos da aplicação da Teoria da Propriedade na


Contabilidade Moderna

Segundo Kam, grande parte da prática contábil ainda é praticada com


base na Teoria da Propriedade. Assim, acho interessante sabermos
esses exemplos, pois pode ser exigido no Exame. Aliás, seria uma
questão muito inteligente!

 Dividendos considerados como lucro e não como uma


despesa da sociedade: o lucro realmente pertence aos
proprietários e não é uma forma de retribuição do capital investido.
Os juros passivos e o imposto de renda são considerados como
despesa porque são pagamentos que o proprietário teria que fazer
para terceiros.

 Método de Equivalência Patrimonial de avaliação de


investimentos de uma sociedade: é uma visão de proprietário,
pois o resultado da sociedade investida pertence ao sócio investidor
na medida em que o resultado seja apurado e qualquer alteração no
patrimônio líquido da investida precisa ser reconhecida no
patrimônio líquido da sociedade investidora.

Além desses dois exemplos, Niyama e Silva destacam:

 A apuração do resultado e sua apresentação, por meio da


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Demonstração do Resultado: nessa demonstração a principal


informação diz respeito à existência ou não de lucro líquido do
exercício, situação em que prevalece a Teoria da propriedade;

 O cálculo do lucro por ação: referido cálculo consiste na divisão


do lucro do exercício pelo número de ações existentes no capital
social da entidade ressaltando o interesse do proprietário.

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Críticas à Teoria da Propriedade

Kam citado por Abe (2007) entende que a visão da Teoria da


Propriedade foi desenvolvida em um tempo que as empresas eram
pequenas e que havia principalmente a figura do proprietário, e que
com o advento das grandes sociedades essa teoria não seria capaz de
explicá-las de forma adequada. A sociedade é um centro de imputação
de direitos e obrigações, sendo efetiva e realmente proprietária de seus
ativos e quem assume as obrigações. Ademais, com a figura da
responsabilidade limitada, seria absurdo presumir que os proprietários
se responsabilizam integralmente pelas dívidas da sociedade. Abe
conclui que os próprios proprietários, enquanto acionistas minoritários
ou participantes de uma sociedade de capitais com o controle diluído
perdem a especialização de um empreendedor, como um profundo
conhecedor da situação da sociedade, e não possuem mais a mesma
capacidade de análise das informações contábeis.

Para Vatter9 (1963) citado por Abe (2007), a Teoria da Propriedade


estaria inadequada para uma sociedade moderna, por causa de
restrições legais que

(i) promovem o divórcio entre propriedade e o gerenciamento;

(ii) reconhecem a unidade de negócios como uma entidade legal com


certos direitos e deveres;

(iii) limitam a responsabilidade da sociedade e das pessoas associadas


a ela com terceiros – credores, proprietários de valores mobiliários, e
assim sucessivamente; e

(iv) prescrevem certos tipos de condutas, escopo e método de


operações, incluindo formalidades e procedimentos a serem seguidos
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pelas atividades negociais. [...] a sociedade era de jure e se não de


facto um indivíduo separado e apartado das pessoas reais que
organizam, controlaram e se beneficiaram de suas atividades.

Assim, Niyama e Silva concluem que a Teoria da Propriedade refere-se


a uma visão de Contabilidade desenvolvida no momento em que a
economia era composta por pequenos negócios, tornando-se
inadequada com o advento da grande corporação. É nesse contexto
que surge a Teoria da Entidade.

9
VATTER, William J. Corporate Stock Equities: Part I. In: BACKER, Morton. Handbook of modern accounting
theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1963.

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Teoria da Entidade

A Teoria da Entidade surgiu no final do século XIX e início do século


XX, tendo em vista o crescimento das grandes companhias e a
necessidade de separar a gestão da propriedade.

Niyama e Silva ensinam que por essa teoria o patrimônio líquido deixa
de ser o centro da Contabilidade para ser mais uma fonte de recursos
para o ativo.

Nesse sentido, a Teoria da Entidade preceitua que o centro de


interesse da Contabilidade deve ser a entidade.

Segundo essa teoria, a entidade deve ser representada pela igualdade


entre o ativo e as obrigações:

ATIVO = OBRIGAÇÕES

Pessoal, “obrigações” na equação acima subentende-se por passivo +


patrimônio líquido, pois a teoria da entidade considera que tanto os
acionistas como os financiadores contribuem com recursos para a
entidade. Deve, portanto, a entidade ser separada dos interesses
dessas pessoas.

Segundo Iudícibus (2004) “a entidade tem uma vida distinta das


atividades e dos interesses pessoais dos proprietários de parcelas de
seu capital. A entidade tem personalidade própria. [...] Ativo = Passivo
[...]. O lucro do período apenas será lucro pessoal para os acionistas
se o valor de mercado da ação reconhecê-lo ou incorporá-lo [...]”.
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Nesse sentido, Niyama e Silva ensinam que para a Teoria da Entidade


não interessa, a rigor, a distinção entre dívida com terceiros e
patrimônio líquido, razão pela qual as receitas são consideradas como
da entidade, sendo compensação para os serviços prestados pela
empresa, enquanto as despesas representam redução da receita.

Referidos autores destacam que, ao contrário da Teoria da


propriedade, a Teoria da Entidade considera os juros de um
empréstimo como sendo distribuição de capital. Sob essa ótica, a
demonstração do resultado deveria focar o lucro operacional, que
corresponderia ao resultado da entidade, sendo qualquer lucro obtido
considerado como da entidade, até ser distribuído como dividendo.

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O quadro a seguir, adaptado de Niyama e Silva, apresenta as principais


diferenças entre essas teorias:

Diferenças entre a Teoria da Propriedade e a Teoria da Entidade

Teoria da Propriedade Teoria da Entidade


Expressão Algébrica PL = Ativo – Passivo Ativo = Obrigações
Centro de Interesse Proprietário Entidade
Passivo Obrigações do Proprietário Obrigações da Entidade
Importante para determinar o Pouco relevante, pois são
Separação do Passivo
valor do PL ambos fontes de recursos para
e do PL
a entidade
Aumento da riqueza do dono Aumento da riqueza da
Receitas
entidade
Redução da riqueza do dono Redução da riqueza da
Despesas
entidade
Representa despesa Constitui distribuição do
Juros
resultado
Lucro Lucro Líquido Lucro Operacional
Pequena empresa. O capital não Grande empresa. O capital
Tipo de Empresa está segregado da administração está separado da
administração
Lucro do proprietário Lucro da entidade até o
Lucro Líquido
momento de sua distribuição
Bitributação Tributação do resultado que
Taxação de
será distribuído a uma das
dividendos
fontes de financiamento
Primórdios do método das Final do século XIX e início do
Início partidas dobradas (ou antes século XX
disso)
Autor Representativo Pacioli Paton
Índice representativo Preço ao consumidor Índice Geral de Preços ou do
de preços Setor
Demonstração Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado
Contábil

Exemplos práticos da aplicação da Teoria da Entidade na Contabilidade


Moderna 56842783534

Assim como destacamos na Teoria da Propriedade existem


modernamente reflexos da Teoria da Entidade:

 Princípio da Entidade: define a separação da sociedade e seus


sócios.
 Criação de centros de lucros e resultados: para fins de
Contabilidade Gerencial, criando a possibilidade de se gerenciar
determinada atividade empresarial de forma isolada.
 Presença de formas societárias em que a responsabilidade
do acionista está limitada à sua participação nos

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investimentos da empresa: demonstra a aceitação da Teoria


da Entidade por parte do Direito Comercial

Críticas à Teoria da Entidade

Mesmo que se reconheça a existência separada da sociedade de seus


proprietários, ela ainda assim é, na visão de Husband (1938) citado
por Abe (2007) “uma ficção, uma personalidade artificial, não
possui realidade objetiva, e não possui poderes para atuar ou
direcionar a ação”. Referido autor verificou que seria necessário incluir
um novo elemento na teoria, a questão da agência ou a visão do
empreendedor.

Outro aspecto citado por Niyama e Silva é que temos dificuldades de


aplicar o ponto de vista da entidade. Na contabilidade gerencial, por
exemplo, deixamos de lado a entidade como um todo e focamos no
centro de custos ou nos processos que interessam à administração
interna.

Teoria do Fundo

Proposta por William Vatter, segundo o qual a Teoria do Fundo seria


uma extensão da Teoria da Entidade, mas com a diferença que a base
da Contabilidade não seria nem o proprietário, ou a sociedade,
e sim um grupo de ativos e um conjunto de atividades ou
funções para as quais esses ativos são utilizados. Tal grupo de
ativos é chamado de fundo.

Assim, a noção de patrimônio líquido representaria a ideia da restrição


que a gerência da sociedade possui em relação aos ativos, após o
balanço dos passivos, do que a efetiva representação de um passivo.
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Assim, pela desporsonalização do fundo, não haveria mais um


destinatário personificado da informação final sobre o patrimônio
líquido. Vatter10 (1963) entende que é “uma restrição geral que indica
que os ativos estão devotados para os propósitos e operações do fundo
na qual eles aparecem”.

Assim, a equação ficaria:

Ativo = Restrições ao Ativo

10
VATTER, William J. Corporate Stock Equities: Part I. In: BACKER, Morton. Handbook of modern
accounting theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1963.

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Tal equação representa a ideia do “fundo”, pois os ativos compõem o


fundo a ser usado pela administração para realizar as atividades
necessárias do fundo. Além disso, todo o resultado do uso dos ativos,
isto é, a diferença entre receitas e despesas deve ser distribuída, como
retribuição do financiamento das transações ou retido, nas contas do
então “patrimônio líquido” [Vatter (1963) citado por Abe (2007)].

Niyama e Silva destacam que, pelas características dessa teoria, seu


uso tem sido considerado mais apropriado para os setores
governamentais e para as entidades sem fins lucrativos,
organizações em que é comum a existência de recursos captados com
finalidade específica, cuja aplicação pode estar sujeita a uma série de
regras. Entretanto, segundo os autores, a Teoria do Fundo é também
importante para organizações com fins lucrativos, como em situações
de falência ou de contabilidade divisional.

Essa questão da aplicabilidade da teoria do fundo em entidades


governamentais e em entidades sem fins lucrativos é corroborada por
Kam e Iudícibus, senão vejamos:

Kam  A teoria do fundo fornece um quadro de referência para


organizações governamentais e sem finalidade de lucro. Vatter tinha a
intenção que a contabilidade de fundo fosse também aplicável aos
negócios, mas encontrou pouca aceitação neste setor [tradução livre de
Abe (2007)]

Iudícibus  Esta teoria tem obtido, nos Estados Unidos, bastante êxito
na contabilidade de entidades governamentais e não lucrativas. Entre
nós, sua aplicação poderia ser notada em universidade e em outras
entidades do gênero, em que os fundos são ligados a ativos específicos,
e vice-versa.
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Um exemplo clássico de aplicação dessa Teoria modernamente citado


por Niyama e Silva é a prestação de contas de condomínios, que
evidencia a origem dos recursos (dos condôminos) e sua aplicação
(funcionários, energia elétrica, etc.).

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Teoria do Empreendimento (Empresarial)

A Teoria do Empreendimento, também denominada de Teoria


Empresarial, foi proposta por Suojanen11 (1954) a partir da visão da
organização como um ente social que exerce influência sobre
vários setores da sociedade. Nesse sentido, a sociedade é vista
como um centro de tomada de decisões que afeta as pessoas que dela
participam, quer sejam acionistas, empregados, credores,
consumidores ou órgãos governamentais.

Essa visão é corroborada por Niyama e Silva, segundo os quais essa


teoria considera que a Contabilidade deve estar voltada para outros
usuários como, por exemplo, empregados, governo, entidades
reguladoras e público em geral. Essa teoria, segundo os autores, tem
sido utilizada para justificar a publicação da demonstração do valor
adicionado e do balanço social por parte das empresas, tendo em
vista a necessidade de justificar as ações sociais da entidade. Assim,
concluem os autores, a Teoria do Empreendimento possui uma visão
diferente do resultado, considerando juros, dividendos e salários como
sendo sua distribuição.

Abe (2007) conclui que a Teoria Empresarial significa a aplicação de


conceitos contábeis para uma grande sociedade, entendida como um
conceito mais amplo do que o usado pela Teoria da Entidade, haja vista
que esta se preocupa somente com a sociedade em si, isolada do resto
das pessoas, e que aquela se preocupa com o papel da firma na
sociedade como um todo.
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Ademais, em uma análise crítica, Abe destaca que a preocupação dessa


teoria “passa ao largo da definição da renda da sociedade,
preocupando-se mais com os beneficiários do valor adicionado criado
pela sociedade. Há, na verdade, o incremento de informações, sem se
preocupar com uma definição teórica e consistente acerca da acepção
da renda”.

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Teoria do Comandante (do Comando)

Proposta por Goldberg, essa teoria defende que a Contabilidade,


mesmo a financeira, deve estar voltado para o gestor.

Abe traz em sua dissertação que o foco da Teoria do Comando é


direcionado para a função de controle, que tem uma característica
econômica de poder, e somente pode ser exercida por pessoas que
tenham o poder de decidir sobre o uso de recursos. Na visão de
Goldberg, a noção de comando permitiria entender de uma forma
melhor os propósitos de funções da Contabilidade.

Niyama e Silva, em uma análise crítica, informam que essa teoria


apresenta problemas substanciais que são difíceis de serem
solucionados, pois os administradores exercem uma influência
substancial sobre a Contabilidade. Assim, a aceitação da Teoria do
Comandante exacerbaria o impacto do gestor, tornando-a enviesada.

Segundo Hendriksen, embora seja de interesse para entender melhor


a natureza da Contabilidade, a Teoria do Comando, falha, da mesma
forma que as Teorias do Proprietário e da Entidade, em
desenvolver um conceito geral que possa ser utilizado para
descrever e avaliar toda a teoria contábil.

Teoria Residual (dos Direitos Residuais)


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A Teoria Residual, também denominada de Teoria dos Direitos


Residuais, tem como foco a figura dos acionistas ordinários, os
quais seriam os donos do negócio e a informação contábil deve focar a
decisão destes acionistas e a previsão dos seus dividendos futuros.

A equação contábil seria:

Ações Ordinárias = Ativo – Passivo – Ações Preferenciais

A Teoria dos Direitos Residuais foi proposta por Staubus (1959). Na


visão do teórico, dado que a Contabilidade tem como objetivo central

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apresentar informações úteis para a tomada de decisões de


investimentos, e considerando que uma informação importante é a
previsão de fluxo de caixa futuro, faz-se necessário avaliar os direitos
residuais para ajudar na análise desse fluxo de caixa futuro.

Em sua dissertação, Abe (2007) informa:

Como background de suas conclusões, Staubus verifica que a


Contabilidade é uma atividade voltada a registrar, classificar, aglutinar,
de forma qualitativa e quantitativa, determinados eventos econômicos
de uma entidade. Para tanto, a Contabilidade tem uma razão de ser:
fornecer informações úteis para a tomada de decisões econômicas.

Assim, Staubus define o conceito de interesse residual da seguinte


forma:

“O interesse residual pode ser definido como a equidade residual nos


ativos da organização que absorverá os efeitos sobre esses ativos de
qualquer evento econômico que nenhuma parte interessada tenha
concordado especificamente em absorver”. [Tradução livre de Abe (2007)]

Segundo Niyama e Silva, essa teoria faz sentido nos países em que a
figura das ações preferenciais aproxima-se do financiamento de
terceiros, motivo pelo qual algumas obras de finanças têm classificado
essas ações como sendo fonte de capital de terceiros. Por essa razão,
a teoria residual considera a ação ordinária como sendo o financiador
de capital com mais elevado nível de risco. Referidos autores
ressaltam, no entanto, que as características do mercado financeiro no
Brasil e sua legislação tornam essa teoria sem efeito no nosso país.

Para Iudícibus (2004) esta teoria tem o objetivo de “fornecer melhor


informação para o acionista ordinário” e, sendo assim, não se prestaria
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para explicar a problemática da definição da renda.

A seguir temos um resumo das diferenças entre as principais teorias


do PL (Niyama e Silva):

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Diferença entre as principais teorias do patrimônio

Teoria da Teoria da Teoria do Teoria do


propriedade Entidade Fundo Empreendimento
Centrado Proprietário Entidade Fundo Sociedade
Ativo =
PL = Ativo - Ativo =
Equação Restrições ao
Passivo Obrigações
Ativo
Demonstraçã
Demonstração Fontes e usos Valor Adicionado e
Balanço o do
Contábil de fundos Balanço Social
Resultado
Pequena e Governo e Entidade com
Tipo de Grande
Média entidades sem impacto na
Organização empresa
empresas fins lucrativos sociedade

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Questões Comentadas

Pessoal, em termos teóricos é isso! A seguir temos algumas questões


para fixarmos os assuntos estudados na presente aula. Como
encontramos poucas questões sobre o assunto, elaboramos algumas
questões inéditas para complementar.

1. (CESPE/Contador/DPU/2016) Com base na teoria dos fundos, as


exigibilidades são subtraendos dos ativos, ou ativos negativos; já os
passivos são vistos como reservas ou restrições aos ativos, derivantes
de considerações legais, equitativas, econômicas ou gerenciais.

Vimos que a Teoria do Fundo, proposta por William Vatter, seria uma
extensão da Teoria da Entidade, mas com a diferença que a base da
Contabilidade não seria nem o proprietário, ou a sociedade, e
sim um grupo de ativos e um conjunto de atividades ou funções
para as quais esses ativos são utilizados. Tal grupo de ativos é
chamado de fundo.

Assim, a noção de patrimônio líquido representaria a ideia da restrição


que a gerência da sociedade possui em relação aos ativos, após o
balanço dos passivos, do que a efetiva representação de um passivo.
Nesse sentido, pela despersonalização do fundo, não haveria mais um
destinatário personificado da informação final sobre o patrimônio
líquido. Vatter12 (1963) entende que é “uma restrição geral que indica
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que os ativos estão devotados para os propósitos e operações do fundo


na qual eles aparecem”.

Assim, a equação ficaria:

Ativo = Restrições ao Ativo

Bem... voltando a questão. Apenas com o que vimos acima já da para


identificar um erro no item, qual seja:

12
VATTER, William J. Corporate Stock Equities: Part I. In: BACKER, Morton. Handbook of modern
accounting theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1963.

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“... os passivos são vistos como reservas ou restrições aos ativos ...”

Conforme vimos, os ativos são vistos como reservas ou restrições aos


ativos.

Além disso, há outro erro no item:

“Com base na teoria dos fundos, as exigibilidades são subtraendos


dos ativos, ou ativos negativos...”

É na teoria da propriedade que as exigibilidades são subtraendos


dos ativos, ou ativos negativos.
Essa afirmação é de um eminente teórico denominado Harfield,
segundo o qual (grifo nosso):

"Num sentido restrito, exigibilidades ... são subtraendos dos ativos,


ou ativos negativos. Seria lógico, portanto, preparar um balanço no
qual as exigibilidades totais fossem subtraídas dos ativos totais,
deixando no lado direito do balanço meramente os itens que
representam a propriedade". (Accouting It's Principies and Problems, 1927 13)

A afirmação do eminente teórico está de acordo com os preceitos da


Teoria da Propriedade.

Gabarito: Errado

2. (CESPE/Contador/DPU/2016) Na teoria da entidade, os juros


referentes a empréstimo obtido representam despesas para a
sociedade empresária, pois reduzem a riqueza da entidade e não a dos
acionistas. 56842783534

Conforme estudamos, ao contrário da Teoria da propriedade, a Teoria


da Entidade considera os juros de um empréstimo como sendo
distribuição de capital.

Logo, o item erra ao afirmar que os juros referentes a empréstimo


obtido representam despesas para a sociedade empresária.

Gabarito: Errado

13
Citado pelo Prof. Sérgio de Iudícibus (Teoria da Contabilidade. 6. ed. São Paulo : Atlas, 2000:145)

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3. (CESPE/Contador/DPU/2016) A teoria da entidade, em


contraposição à teoria do fundo, aborda a necessidade de divulgação
da demonstração do valor adicionado e do balanço social por empresas
de grande e de médio porte.

Conforme estudamos,

A Teoria do Empreendimento, também denominada de Teoria


Empresarial, foi proposta por Suojanen (1954) a partir da visão da
organização como um ente social que exerce influência sobre
vários setores da sociedade. Nesse sentido, a sociedade é vista
como um centro de tomada de decisões que afeta as pessoas que dela
participam, quer sejam acionistas, empregados, credores,
consumidores ou órgãos governamentais.

Essa visão é corroborada por Niyama e Silva, segundo os quais essa


teoria considera que a Contabilidade deve estar voltada para outros
usuários como, por exemplo, empregados, governo, entidades
reguladoras e público em geral. Essa teoria, segundo os autores, tem
sido utilizada para justificar a publicação da demonstração do valor
adicionado e do balanço social por parte das empresas, tendo em
vista a necessidade de justificar as ações sociais da entidade. Assim,
concluem os autores, a Teoria do Empreendimento possui uma visão
diferente do resultado, considerando juros, dividendos e salários como
sendo sua distribuição.

Do exposto, percebe-se que é a teoria empresarial e não a teoria da


entidade que aborda a necessidade de divulgação da demonstração do
valor adicionado e do balanço social por empresas de grande e de
médio porte.
56842783534

Gabarito: Errado

4. (CESPE/Contador/DPU/2016) A teoria do proprietário é


representada pela equação que descreve o patrimônio líquido como
resultado da diferença entre ativo e passivo.

Conforme estudamos,

Na lição de Iudícibus (2004), segundo a Teoria da Propriedade, o


proprietário é o centro de atenção da Contabilidade. As receitas
são consideradas como acréscimo de propriedade e as despesas,

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decréscimos. Assim o lucro líquido, diferença entre receitas e despesas,


é adicionado diretamente ao proprietário. Os dividendos representam
retirada de capital, e os lucros acumulados são parte da transferência.

Niyama e Silva (2013) ensinam que, segundo esta teoria, a entidade


existe para satisfazer aos objetivos e necessidades do dono, razão pela
qual a principal finalidade da Contabilidade é a determinação da
riqueza líquida do proprietário.

Segundo Kam, a noção de propriedade está no cerne do sistema de


partidas dobradas, pois o foco de Luca Pacioli14 era o proprietário. Abe
(2007) informa que com o desenvolvimento da Teoria Contábil,
diversos autores do início do século XIX produziram livros para ensinar
Contabilidade e o reconhecimento da propriedade aparece como um
fato recorrente, pois era do interesse do próprio proprietário localizar,
por meio de contas com nomenclatura o local em que ocorria seu ganho
e sua perda.

Nesse sentido, não havia interesse em analisar a propriedade da


nomenclatura contábil em si, pois as contas eram usadas com o intuito
de permitir o estudo e a análise pelo proprietário de seu capital
alocado. Os autores entendiam que essa necessidade seria compatível
com a verificação do estado de propriedade, tanto em aspecto positivo
(ativos) quanto em aspecto negativo (passivos) e o quanto sobraria
caso seus credores fossem integralmente satisfeitos. Essa noção
resulta na equação comumente estudada de que os ativos
menos os passivos é igual ao patrimônio líquido (ABE, 2007).

Do exposto, percebe-se que o item está certo.

Gabarito: Certo
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5. (FUNIVERSA/Técnico em Contabilidade/IFB/2012) De acordo com a


teoria da entidade,
a) a entidade empresarial confunde-se com os negócios e outros
interesses pessoais dos proprietários.
b) a equação que melhor caracteriza a estrutura patrimonial é ativo =
passivo + patrimônio líquido.
c) os direitos dos sócios, em caso de liquidação, são os de proprietários
de ativos específicos.

14
Luca Bartolomeo de Pacioli foi um monge franciscano e célebre matemático italiano. É considerado o pai
da contabilidade moderna.

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d) o lucro líquido é o lucro dos sócios, a exemplo da teoria da


propriedade.
e) sua relevância para a consolidação das demonstrações decorre da
concepção que prioriza a entidade jurídica, e não a econômica.

Vamos analisar as opções.

a. Errada. A teoria da entidade preceitua justamente o contrário: os


interesses pessoais dos proprietários não devem se confundir com os
negócios da entidade.

b. Certa. Conforme vimos na parte teórica, a entidade deve ser


representada pela igualdade entre o ativo e as obrigações:

ATIVO = OBRIGAÇÕES

Na oportunidade destacamos que a expressão “obrigações” na equação


acima subentende-se por passivo + patrimônio líquido, pois a teoria
da entidade considera que tanto os acionistas como os financiadores
contribuem com recursos para a entidade. Deve, portanto, a entidade
ser separada dos interesses dessas pessoas.

c. Errada. Segundo a teoria da entidade, os direitos dos credores não


se confundem com os dos sócios.

d. Errada. O lucro líquido é o lucro da entidade. Segundo Iudícibus


(2004) “ [...] O lucro do período apenas será lucro pessoal para
os acionistas se o valor de mercado da ação reconhecê-lo ou
incorporá-lo [...]”.

Nesse sentido, Niyama e Silva destacam que, ao contrário da Teoria da


propriedade, a Teoria da Entidade considera os juros de um
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empréstimo como sendo distribuição de capital. Sob essa ótica, a


demonstração do resultado deveria focar o lucro operacional, que
corresponderia ao resultado da entidade, sendo qualquer lucro
obtido considerado como da entidade, até ser distribuído como
dividendo.

e. Errada. A teoria da entidade prioriza o aspecto econômico sim.


Tanto é verdade que a demonstração chave dessa teoria é a
Demonstração do Resultado do Exercício, estritamente ligada ao
aspecto econômico.

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Gabarito: B

6. (INÉDITA) As teorias do patrimônio líquido influenciam os


procedimentos contábeis, sendo uma referência para a apresentação
das demonstrações financeiras. Nesse sentido, são consideradas
teorias do patrimônio líquido, EXCETO:
a) Teoria do Comando
b) Teoria da Companhia
c) Teoria da Entidade
d) Teoria do Empreendimento

Conforme estudamos, são teorias do patrimônio líquido:

 Teoria da Propriedade;
 Teoria da Entidade;
 Teoria do Fundo;
 Teoria do Empreendimento;
 Teoria do Comando;
 Teoria Residual.

Logo, não existe a teoria da companhia.

Gabarito: B

7. (INÉDITA) Segundo a NBC TG Estrutura Conceitual, o patrimônio


líquido é o “valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos
todos os seus passivos”. Nesse sentido, podemos afirmar que esse
conceito está ligado à:

a) Teoria da Entidade
b) Teoria Residual 56842783534

c) Teoria da Propriedade
d) Teoria do Empreendimento

O conceito estabelecido na Estrutura Conceitual está ligado à Teoria da


Propriedade, haja vista que a ideia de valor residual (resíduo dos
direitos de uma entidade após a liquidação de todas as suas
obrigações) é o centro dessa teoria.

Gabarito: C

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8. (INÉDITA) Julgue os itens abaixo referentes às Teorias do


Patrimônio Líquido e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Segundo a Teoria da Propriedade, o proprietário é o centro de


atenção da Contabilidade. As receitas são consideradas como
acréscimo de propriedade e as despesas, decréscimos.

II. A Teoria da Entidade preceitua que o centro de interesse da


Contabilidade deve ser a entidade. Referida teoria surgiu tendo em
vista o crescimento das grandes companhias e a necessidade de
separar a gestão da propriedade.

III. Segundo a Teoria do Fundo a base da Contabilidade não seria nem


o proprietário, ou a sociedade, e sim um grupo de ativos e passivos,
além de um conjunto de atividades ou funções para as quais esses
ativos e passivos são utilizados.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III apenas.
d) III, apenas.

Item I – Certo. Na lição de Iudícibus (2004), segundo a Teoria da


Propriedade, o proprietário é o centro de atenção da
Contabilidade. As receitas são consideradas como acréscimo de
propriedade e as despesas, decréscimos. Assim o lucro líquido,
diferença entre receitas e despesas, é adicionado diretamente ao
proprietário. Os dividendos representam retirada de capital, e os lucros
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acumulados são parte da transferência.

Item II – Certo. Surgida no final do século XIX e início do século XX,


tendo em vista o crescimento das grandes companhias e a necessidade
de separar a gestão da propriedade.

Niyama e Silva ensinam que por essa teoria o patrimônio líquido deixa
de ser o centro da Contabilidade para ser mais uma fonte de recursos
para o ativo.

Nesse sentido, a Teoria da Entidade preceitua que o centro de


interesse da Contabilidade deve ser a entidade.

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Item III – Errado. Proposta por William Vatter, segundo o qual a Teoria
do Fundo seria uma extensão da Teoria da Entidade, mas com a
diferença que a base da Contabilidade não seria nem o
proprietário, ou a sociedade, e sim um grupo de ativos e um
conjunto de atividades ou funções para as quais esses ativos
são utilizados. Tal grupo de ativos é chamado de fundo.

O erro da questão está em informar que a base da Contabilidade seria


um grupo de ativos e passivos.

Gabarito: A

9. (INÉDITA) Julgue os itens abaixo referentes às Teorias do


Patrimônio Líquido e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. A Teoria do Empreendimento, também denominada de Teoria


Empresarial, foi proposta a partir da visão da organização como um
ente social que exerce influência sobre vários setores da sociedade.

II. A Teoria Residual, também denominada de Teoria dos Direitos


Residuais, tem como foco a figura dos acionistas ordinários.

III. A Teoria do Comando defende que a Contabilidade, mesmo a


financeira, deve estar voltada para o gestor. Nesse sentido, o foco
dessa teoria é direcionado para a função de controle, que tem uma
característica econômica de poder, e somente pode ser exercida por
pessoas que tenham o poder de decidir sobre o uso de recursos.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I e II, apenas. 56842783534

b) I, II e III.
c) II e III apenas.
d) III, apenas.

Item I – Certo. A Teoria do Empreendimento, também denominada de


Teoria Empresarial, foi proposta por Suojanen (1954) a partir da visão
da organização como um ente social que exerce influência
sobre vários setores da sociedade. Nesse sentido, a sociedade é
vista como um centro de tomada de decisões que afeta as pessoas que
dela participam, quer sejam acionistas, empregados, credores,
consumidores ou órgãos governamentais.

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Item II – Certo. A Teoria Residual, também denominada de Teoria dos


Direitos Residuais, tem como foco a figura dos acionistas
ordinários, os quais seriam os donos do negócio e a informação
contábil deve focar a decisão destes acionistas e a previsão dos seus
dividendos futuros.

Item III – Certo. Proposta por Goldberg, essa teoria defende que a
Contabilidade, mesmo a financeira, deve estar voltada para o
gestor.

Abe traz em sua dissertação que o foco da Teoria do Comando é


direcionado para a função de controle, que tem uma característica
econômica de poder, e somente pode ser exercida por pessoas que
tenham o poder de decidir sobre o uso de recursos. Na visão de
Goldberg, a noção de comando permitiria entender de uma forma
melhor os propósitos de funções da Contabilidade.

Gabarito: B

10. (INÉDITA) Acerca da aplicabilidade das diferentes teorias do


patrimônio líquido na Contabilidade Moderna julgue os itens a seguir
e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. A consideração dos Dividendos como lucro e não como uma despesa


da sociedade é uma aplicação da Teoria da Entidade.

II. A presença de formas societárias em que a responsabilidade do


acionista está limitada à sua participação nos investimentos da
empresa demonstra a aceitação da Teoria da Propriedade por parte do
Direito Comercial.

III. O Princípio da Entidade que define a separação da sociedade e seus


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sócios é reflexo da Teoria da Entidade.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III apenas.
d) III, apenas.

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Item I – Errado. Os Dividendos considerados como lucro e não como


uma despesa da sociedade é uma aplicação da Teoria da
Propriedade. O lucro realmente pertence aos proprietários e não é
uma forma de retribuição do capital investido. Os juros passivos e o
imposto de renda são considerados como despesa porque são
pagamentos que o proprietário teria que fazer para terceiros.

Item II – Errado. A presença de formas societárias em que a


responsabilidade do acionista está limitada à sua participação nos
investimentos da empresa demonstra a aceitação da Teoria da
Entidade por parte do Direito Comercial.

Item III – Certo. De fato, conforme estudamos, o Princípio da Entidade


decorre da aplicação da Teoria da Entidade.

Gabarito: D

11. (INÉDITA) A discussão sobre as teorias do patrimônio líquido


apresenta como pressuposto implícito a necessidade de optar por uma
das teorias. Isso garantiria uma consistência na apresentação das
demonstrações contábeis. Entretanto, a existência de diferentes
usuários, com diferentes interesses, torna difícil imaginar que a
consistência venha a acontecer.

NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2013.

Segundo a doutrina contábil, conforme trecho acima destacado, a


existência de diferentes usuários, com diferentes interesses, torna
difícil imaginar que a consistência na apresentação das demonstrações
contábeis venha a acontecer. Nesse sentido, as teorias do patrimônio
líquido recebem críticas pelos diversos teóricos. Acerca desse assunto,
julgue os itens a seguir e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
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I. A Teoria da Propriedade refere-se a uma visão de Contabilidade


desenvolvida no momento em que a economia era composta por
pequenos negócios, tornando-se inadequada com o advento da grande
corporação.

II. A Teoria da Entidade reconhece a existência separada da sociedade


de seus proprietários. No entanto, segundo alguns teóricos, a
sociedade é uma ficção, uma personalidade artificial que não possui
realidade objetiva e não possui poderes para atuar ou direcionar a
ação.

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III. A Teoria do Empreendimento, segundo alguns teóricos, não se


preocupa com a definição de renda da sociedade, preocupando-se mais
com os beneficiários do valor adicionado criado pela sociedade.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III apenas.
d) III, apenas.

Item I – Certo. Kam citado por Abe (2007) entende que a visão da
Teoria da Propriedade foi desenvolvida em um tempo que as empresas
eram pequenas e que havia principalmente a figura do proprietário, e
que com o advento das grandes sociedades essa teoria não seria capaz
de explicá-las de forma adequada.

Assim, Niyama e Silva concluem que a Teoria da Propriedade refere-se


a uma visão de Contabilidade desenvolvida no momento em que a
economia era composta por pequenos negócios, tornando-se
inadequada com o advento da grande corporação. É nesse contexto
que surge a Teoria da Entidade.

Item II – Certo. Na visão de Husband (1938), mesmo que se


reconheça a existência separada da sociedade de seus proprietários,
ela ainda assim é “uma ficção, uma personalidade artificial, não
possui realidade objetiva, e não possui poderes para atuar ou
direcionar a ação”. Referido autor verificou que seria necessário incluir
um novo elemento na teoria, a questão da agência ou a visão do
empreendedor.
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Item III – Certo. Em uma análise crítica, Abe destaca que a


preocupação da Teoria do Empreendimento “passa ao largo da
definição da renda da sociedade, preocupando-se mais com os
beneficiários do valor adicionado criado pela sociedade. Há, na
verdade, o incremento de informações, sem se preocupar com uma
definição teórica e consistente acerca da acepção da renda”.

Gabarito: B

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RESUMO DA AULA

Diferenças entre a Teoria da Propriedade e a Teoria da Entidade

Teoria da Propriedade Teoria da Entidade


Expressão Algébrica PL = Ativo – Passivo Ativo = Obrigações
Centro de Interesse Proprietário Entidade
Passivo Obrigações do Proprietário Obrigações da Entidade
Importante para determinar o Pouco relevante, pois são
Separação do Passivo
valor do PL ambos fontes de recursos para
e do PL
a entidade
Aumento da riqueza do dono Aumento da riqueza da
Receitas
entidade
Redução da riqueza do dono Redução da riqueza da
Despesas
entidade
Representa despesa Constitui distribuição do
Juros
resultado
Lucro Lucro Líquido Lucro Operacional
Pequena empresa. O capital não Grande empresa. O capital
Tipo de Empresa está segregado da administração está separado da
administração
Lucro do proprietário Lucro da entidade até o
Lucro Líquido
momento de sua distribuição
Bitributação Tributação do resultado que
Taxação de
será distribuído a uma das
dividendos
fontes de financiamento
Primórdios do método das Final do século XIX e início do
Início partidas dobradas (ou antes século XX
disso)
Autor Representativo Pacioli Paton
Índice representativo Preço ao consumidor Índice Geral de Preços ou do
de preços Setor
Demonstração Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado
Contábil

Diferença entre as principais teorias do patrimônio


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Teoria do Teoria da Teoria do Teoria do


Proprietário Entidade Fundo Empreendimento
Centrado Proprietário Entidade Fundo Sociedade
Ativo =
PL = Ativo - Ativo =
Equação Restrições ao
Passivo Obrigações
Ativo
Demonstraçã
Demonstração Fontes e usos Valor Adicionado e
Balanço o do
Contábil de fundos Balanço Social
Resultado
Pequena e Governo e Entidade com
Tipo de Grande
Média entidades sem impacto na
Organização empresa
empresas fins lucrativos sociedade

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LISTA DAS QUESTÕES

1. (CESPE/Contador/DPU/2016) Com base na teoria dos fundos, as


exigibilidades são subtraendos dos ativos, ou ativos negativos; já os
passivos são vistos como reservas ou restrições aos ativos, derivantes
de considerações legais, equitativas, econômicas ou gerenciais.

2. (CESPE/Contador/DPU/2016) Na teoria da entidade, os juros


referentes a empréstimo obtido representam despesas para a
sociedade empresária, pois reduzem a riqueza da entidade e não a dos
acionistas.

3. (CESPE/Contador/DPU/2016) A teoria da entidade, em


contraposição à teoria do fundo, aborda a necessidade de divulgação
da demonstração do valor adicionado e do balanço social por empresas
de grande e de médio porte.

4. (CESPE/Contador/DPU/2016) A teoria do proprietário é


representada pela equação que descreve o patrimônio líquido como
resultado da diferença entre ativo e passivo.

5. (FUNIVERSA/Técnico em Contabilidade/IFB/2012) De acordo com a


teoria da entidade,
a) a entidade empresarial confunde-se com os negócios e outros
interesses pessoais dos proprietários.
b) a equação que melhor caracteriza a estrutura patrimonial é ativo =
passivo + patrimônio líquido.
c) os direitos dos sócios, em caso de liquidação, são os de proprietários
de ativos específicos. 56842783534

d) o lucro líquido é o lucro dos sócios, a exemplo da teoria da


propriedade.
e) sua relevância para a consolidação das demonstrações decorre da
concepção que prioriza a entidade jurídica, e não a econômica.

6. (INÉDITA) As teorias do patrimônio líquido influenciam os


procedimentos contábeis, sendo uma referência para a apresentação
das demonstrações financeiras. Nesse sentido, são consideradas
teorias do patrimônio líquido, EXCETO:
a) Teoria do Comando
b) Teoria da Companhia
c) Teoria da Entidade

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d) Teoria do Empreendimento

7. (INÉDITA) Segundo a NBC TG Estrutura Conceitual, o patrimônio


líquido é o “valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos
todos os seus passivos”. Nesse sentido, podemos afirmar que esse
conceito está ligado à:

a) Teoria da Entidade
b) Teoria Residual
c) Teoria da Propriedade
d) Teoria do Empreendimento

8. (INÉDITA) Julgue os itens abaixo referentes às Teorias do


Patrimônio Líquido e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. Segundo a Teoria da Propriedade, o proprietário é o centro de


atenção da Contabilidade. As receitas são consideradas como
acréscimo de propriedade e as despesas, decréscimos.

II. A Teoria da Entidade preceitua que o centro de interesse da


Contabilidade deve ser a entidade. Referida teoria surgiu tendo em
vista o crescimento das grandes companhias e a necessidade de
separar a gestão da propriedade.
III. Segundo a Teoria do Fundo a base da Contabilidade não seria nem
o proprietário, ou a sociedade, e sim um grupo de ativos e passivos,
além de um conjunto de atividades ou funções para as quais esses
ativos e passivos são utilizados.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):


56842783534

a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III apenas.
d) III, apenas.

9. (INÉDITA) Julgue os itens abaixo referentes às Teorias do


Patrimônio Líquido e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. A Teoria do Empreendimento, também denominada de Teoria


Empresarial, foi proposta a partir da visão da organização como um
ente social que exerce influência sobre vários setores da sociedade.

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II. A Teoria Residual, também denominada de Teoria dos Direitos


Residuais, tem como foco a figura dos acionistas ordinários.
III. A Teoria do Comando defende que a Contabilidade, mesmo a
financeira, deve estar voltada para o gestor. Nesse sentido, o foco
dessa teoria é direcionado para a função de controle, que tem uma
característica econômica de poder, e somente pode ser exercida por
pessoas que tenham o poder de decidir sobre o uso de recursos.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III apenas.
d) III, apenas.

10. (INÉDITA) Acerca da aplicabilidade das diferentes teorias do


patrimônio líquido na Contabilidade Moderna julgue os itens a seguir
e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. A consideração dos Dividendos como lucro e não como uma despesa


da sociedade é uma aplicação da Teoria da Entidade.

II. A presença de formas societárias em que a responsabilidade do


acionista está limitada à sua participação nos investimentos da
empresa demonstra a aceitação da Teoria da Propriedade por parte do
Direito Comercial.

III. O Princípio da Entidade que define a separação da sociedade e seus


sócios é reflexo da Teoria da Entidade.
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Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
c) II e III apenas.
d) III, apenas.

11. (INÉDITA) A discussão sobre as teorias do patrimônio líquido


apresenta como pressuposto implícito a necessidade de optar por uma
das teorias. Isso garantiria uma consistência na apresentação das
demonstrações contábeis. Entretanto, a existência de diferentes

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usuários, com diferentes interesses, torna difícil imaginar que a


consistência venha a acontecer.

NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2013.

Segundo a doutrina contábil, conforme trecho acima destacado, a


existência de diferentes usuários, com diferentes interesses, torna
difícil imaginar que a consistência na apresentação das demonstrações
contábeis venha a acontecer. Nesse sentido, as teorias do patrimônio
líquido recebem críticas pelos diversos teóricos. Acerca desse assunto,
julgue os itens a seguir e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. A Teoria da Propriedade refere-se a uma visão de Contabilidade
desenvolvida no momento em que a economia era composta por
pequenos negócios, tornando-se inadequada com o advento da grande
corporação.

II. A Teoria da Entidade reconhece a existência separada da sociedade


de seus proprietários. No entanto, segundo alguns teóricos, a
sociedade é uma ficção, uma personalidade artificial que não possui
realidade objetiva e não possui poderes para atuar ou direcionar a
ação.

III. A Teoria do Empreendimento, segundo alguns teóricos, não se


preocupa com a definição de renda da sociedade, preocupando-se mais
com os beneficiários do valor adicionado criado pela sociedade.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I e II, apenas.
b) I, II e III.
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c) II e III apenas.
d) III, apenas.

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# Exame de Suficiência CFC 2017.2 #
Teoria da Contabilidade Aula 3

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E E E C B B C A B D B

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