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Nome do projeto: ?

Local a ser executado: Escola Municipal Odércio Nunes de Matos

Responsáveis pelo Projeto: Luciana Cunha Velasques,

1. INTRODUÇÃO:

A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001) define que a saúde é um


estado de completo bem – estar físico, mental e social e não apenas a ausência
de enfermidade.
Os conceitos de Saúde Mental envolvem o bem estar do sujeito, a auto
eficácia, a autonomia, a competência, a dependência operacional e auto
realização do potencial e emocional do indivíduo na vida particular e no trabalho.
O trabalho humano é essencial para seu bem estar, tanto físico quanto
mental, ao mesmo tempo que auxilia ao indivíduo na construção de identidade
por meio da sensação de realização, por outro lado, quando estas expectativas
humanas são frustradas, o trabalho pode se tornar nocivo a saúde. (SELIGMAN-
SILVA, 1987; DEJOURS, 1987; MARX, 1988; BENDASSOLI, 2011; LIMA, 2013).
A interação mente e corpo está sendo cada vez mais alvo de interesse por
parte de toda sociedade, uma vez que atualmente é possível perceber a
importância dessa interação para que o ser humano possa ter qualidade de vida
ao longo do seu desenvolver.
A LDB n. 9.394/96, artigo 13, determina que as incumbências dos professores
nos estabelecimentos do ensino são: promover as relações com a sociedade
local, com a gestão da escola, a organizações e implementação de projeto
pedagógico, participação nos conselhos e nas demais atividades extraclasses
que pertencem ao âmbito escolar.
Educar é assumir um processo de ensinar e aprender, é promover
conhecimento, responsabilidade social, integração social. O compromisso social
do professor está diretamente interligado nas relações humanas e sociais, o
professor influência não só seus alunos, mais um contexto que vai além de sala
de aula. Ter saúde mental para realização de seu trabalho de forma eficaz é
extremamente importante para que essa relação flua de maneira positiva e num
contexto saudável para todos envolvidos.

O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, local de referência


e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses,
neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua
permanência num dispositivo de atenção diária, personalizado e promotor da
vida.

Dentro de suas atribuições com seus referenciados, pode-se também destacar


a atuação na sociedade de modo a orientar, integrar, promover ações referentes
a saúde mental.

De acordo com Ministério da Saúde/2004 em sua cartilha “Saúde Mental no


SUS” Sobre as atividades que o CAPS pode realizar como atividades
terapêuticas incluem-se: Atividades comunitárias atividades desenvolvidas em
conjunto com associações de bairro e outras instituições existentes na
comunidade, que têm como objetivo as trocas sociais, a integração do serviço e
do usuário com a família, a comunidade e a sociedade em geral. Essas
atividades podem ser: festas comunitárias, caminhadas com grupos da
comunidade, participação em eventos e grupos dos centros comunitários,
palestras....

2. JUSTIFICATIVA

Atualmente é possível identificar o aumento considerável no número de


professores com sintomas referentes a Burnout, estresse, cansaço mental,
alterações no sono, esquecimento e outros sintomas, todos eles relacionados ao
aumento das demandas do seu dia- a dia, essas demonstram o quanto esse
aumento de demanda tem sido nocivo e prejudicial a saúde mental dos mesmos.
É inegável a importância da interação entre exercício físico e o bem estar
emocional, profissionais de educação física, fisioterapeutas, psicólogos,
terapeutas ocupacionais estão sendo cada vez mais solicitados em ambientes
laborais afim de desenvolverem atividades que proporcionem essa interação
entre corpo-mente e melhores desempenhos no trabalho.
Desenvolver um trabalho nos dias atuais com a temática relacionada a
interação entre corpo e mente dos professores no âmbito escolar, pode ser uma
contribuição de extrema importância para trazer à tona a necessidade de ser
discutido no meio escolar a importância da saúde mental desses profissionais.

3. OBJETIVOS
 Promover informações acerca da importância da saúde mental
dos docentes no contexto escolar.
 Incentivar a redução do sedentarismo;
 Definir saúde mental;
 Proporcionar aos docentes ambiente que permita refletir sobre
a importância dos cuidados com a saúde mental;
 Esclarecer aos docentes os transtornos mentais mais comuns
no âmbito escolar;
 Prevenção de lesões musculares;
 Diminuíção do estresse;
 Desenvolver sociabilidade e autoconfiança;
 Permitir espaço de solidariedade e apoio para compartilhar
angústias e dificuldades em manter boa saúde mental.

4. PÚBLICO BENEFICIADO:

Professores de diferente níveis da educação escolar da Escola Municipal


Odércio Nunes de Matos.
5. METODOLOGIA

Serão realizados 5 workshops introdutórios relacionados ao tema do


projeto, com duração de 90 minutos cada, Odércio de Matos, com os professores
de diferentes níveis da educação escolar e para abranger a maior parte dos
professores serão disponibilizados diferentes dias de forma que o profissional
possa participar de acordo com seus horários.

Após workshop introdutório serão realizadas reuniões mensal mediadas por


psicóloga com professores interessados em participar do projeto (Totalizando 7
reuniões), com temas a serem definidos relacionados a saúde mental, momentos
de relaxamento, técnicas de diminuição de ansiedade, além de atividades físicas
( exercícios de alongamento, aquecimento, flexibilidade, força muscular e
relaxamentos) orientadas por educador físico serão realizados intercalados aos
dias das reuniões.
1. REVISÃO DE LITERATURA

Os conceitos de Saúde Mental envolvem o bem estar subjetivo, a auto


eficácia, a autonomia, a competência, a dependência operacional e auto
realização do potencial e emocional do indivíduo na vida particular e no trabalho
(OMS, 2001).
A saúde mental está diretamente relacionada a atitudes positivas em
relação ao outro e a si mesmo principalmente no ambiente escolar, pois promove
qualidade de vida ao professor dificultando o aparecimento aos possíveis
transtornos mentais.
Assunção e Oliveira (2009) afirmam que o sistema educacional brasileiro
espera que o docente já chegue à escola preparado em sua formação para a
prática e tenha motivação para desempenhar seu papel, apresentando dominío
dentro da sala de aula, obtendo capacidade para atender a diversidade que é a
demanda atualmente do próprio sistema educacional e do público escolar.
Codo (1999) chama atenção a situação vivida pelos professores, estes
estariam vivendo uma crise de identidade. De forma mais ou menos direta, o
conjunto de fatores que ingressam na configuração da crise já apontam a um
questionamento do saber e do saber-fazer dos educadores, da sua competência
para lidar com as exigências crescentes do mundo atual em matéria educativa,
e com uma realidade social cada vez mais deteriorada que impõe impasses
constantes à atividade dos profissionais. Esta situação nos leva a estabelecer
relações entre essa crise de identidade que abala a “crença em si” e o “sentido
de si” destes profissionais e sua saúde mental no final do século.
Segundo o autor é importante levar em consideração que esta situação
não é unicamente restrita a nosso país, ela vai além de nossas fronteiras.
A atual sobrecarga ocupacional, acarreta o aparecimento de diversas
patologias relacionadas a saúde física e mental, é comum na grande parte da
classe docente sintomas relacionados a Síndrome de Burnout, Transtorno de
Ansiedade, Depressão, Estresse e Doenças Psicossomáticas, porém ainda
existe dificuldade em perceber-se doente prejudicando a identificação precoce
de suas possíveis patologias e início de tratamento adequado.
EM 2001 a OMS classificou transtornos mentais e comportamentais como
condições clinicamente significativas caracterizadas por alterações do modo de
pensar e do humor (emoções) ou por comportamentos associados com angústia
pessoal e/ou deterioração do funcionamento. Os transtornos mentais e
comportamentais não constituem apenas variações dentro da escala do
“normal”, sendo antes fenômenos claramente anormais ou patológicos.
Burnout é um tipo de estresse ocupacional que acomete profissionais
envolvidos com qualquer tipo de cuidado em uma relação de atenção direta,
contínua e altamente emocional (Maslach & Jackson, 1981; 1986; Leiter &
Maslach, 1988, Maslach, 1993; Vanderberghe & Huberman, 1999; Maslach &
Leiter, 1999). As profissões mais vulneráveis são geralmente as que envolvem
serviços, tratamento ou educação (Maslach & Leiter, 1999).
A Síndrome de Burnout é um problema de saúde relacionado ao trabalho,
reconhecida pelo CID (International Statistical Classification of Diseases and
Relatend Health Problems/ICD), está cada vez mais presente na vida do
trabalhador, sendo considerada como epidemia no meio educacional e um
problema de saúde pública (BATISTA, 2010)
Segundo Otero et al., (2008) e Silva (2006) nos últimos anos o professor
tem sido uma importante vitima desta síndrome, devido entre outros fatores ao
desinteresse, à agressividade e à indisciplina dos alunos. As condições de
trabalho, como estrutura da escola precária, recursos materiais escassos, bem
como a desvalorização salarial, também são grandes propulsores do problema
(LEITE, SOUZA, 2007; MANASSERO et al., 2005).
Para a OMS (1993), vivemos na Era da Ansiedade, decorrente da
turbulência resultante da competição, das dificuldades relacionais, do
consumismo desenfreado, das atrocidades e discrepâncias sociais, das
injustiças e da corrupção generalizada, entre outros. Também, a forte carga
social, tal como o desejo do sucesso, a busca da felicidade, a necessidade de
agradar aos outros, o controle das emoções, acabou por transformar os medos
situacionais em ansiedade generalizada.
Ansiedade é um sentimento desagradável, de medo e apreensão,
caracterizada por desconforto derivado de antecipação de perigo, diante de algo
desconhecido (MISSEL, 1998).
A depressão é um sintoma que faz parte de inúmeros distúrbios
emocionais. É uma síndrome traduzida por muitos sintomas somáticos e
alterações afetivas. Encontra referência na medicina e, principalmente, na
psiquiatria e psicologia. A depressão nervosa é considerada um estado mórbido
em que a mente ou o humor se encontra abaixo do nível ótimo do indivíduo
(TREVISAN, 2004).
De acordo com Souza (1997) “a palavra estresse quer dizer pressão,
tensão ou insistência, portanto estar estressado quer dizer estar sob pressão ou
estar sob a ação de estímulo insistente”.
Segundo Carvalho (1995, p. 123) “o estresse está fundamentalmente
ligado às questões psicológicas. Assim, o estressado não se dá conta da carga
emocional que recebe 3 entrando em um estado de confusão mental,
provocando um descontrole das funções normais de seu organismo”.
O medo do fracasso, sobrecarga, onipotência e a insegurança em relação
ao futuro potencializam o aparecimento de sentimentos e pensamentos
disfuncionais no docente deixando-o susceptível ao aparecimento desses e
outros transtornos mentais.

2. REFERENCIAS
ASSUNÇÃO, A.Á; OLIVEIRA, D. A. Intensificação do trabalho docente.
Educação & Sociedade, Campinas, v. 30, n. 107, p.. 349-372, maio/ago. 2009.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v30n107/03.pdf. Acesso em 19 mar.
2017.

BENDASSOLLI, P. F. Mal-estar no trabalho: do sofrimento ao poder de agir.


Revista Mal Estar e Subjetividade. Fortaleza, v. X, n. 1, p. 63-98, mar/2011.
Disponível em: http://www.pedrobendassolli.com/textos/ mal-estar. pdf. Acesso
em 22 março 2017.

BATISTA, J. B. V. Síndrome de Burnout em professores do ensino fundamental:


um problema de saúde pública não percebido. Tese (Doutorado em Saúde
Pública) - Centro de pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz,
Recife - PE. 2010.

CODO, Wanderley. Educação: carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes, 1999.

LEITE, M DE P. SOUZA, A. N. de. Condições do trabalho e suas repercussões


na saúde dos professores da educação básica no Brasil-Estado da Arte. São
Paulo: Fundacentro/Unicamp, 2007.

MANASSERO, M. A., GARCÍA, E., TORRENS, G., RAMIS, C., VÁZQUEZ, A.,
FERRER, V. A. Burnout en la enseñanza: aspectos atribucionales. Revista de
Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 21(1-2), 89-105, 2005.

MISSEL, ST. A saúde geral de profissionais da área hospitalar: uma avaliação


comparativa entre grupos com contato direto e indireto com pacientes. Canoas;
1998. Disponível em: http://www.jornalconceitosaude.com.br/psicologia-a-
saude-do-profissional-da-area-hospitalar/. Acesso em 18 março de 2017.

SELIGMANN-SILVA, E. Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho: Marcos


de um percurso. In:DEJOURS, C. ABDOUCHELI, E. JAYET, C. Psicodinâmica
do trabalho: Contribuições da escola Dejouriana à análise da relação prazer,
sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas, 1994. p. 13-19.
TREVISAN, J. Psicoterapia psicanalítica e depressão de difícil tratamento: à
procura de um modelo integrador. Revista psiquiatria Rio Grande Sul, Porto
Alegre, v. 26, n. 3, 2004.

SILVA, M. E. P. Burnout: por que sofrem os professores? Estudos e pesquisas


em psicologia. Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação
Humana-UERJ, 2006.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Classificação de transtornos mentais e


de comportamento da CID-10. Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas.
Porto Alegre: Artes Médicas; 199

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Relatório sobre a saúde no mundo:


Saúde Mental: nova concepção, nova esperança. Genève: World Health
Organization, 2001, 173p.

OTERO, L. J. M., SANTIAGO, M. J., GODÁS, A., CASTRO, C.,


VILLAEDEFRANCOS, E. PONTE, D. An integrative approach to Burnout in
secondary school teachers: examining the role of student disruptive behavior and
disciplinary issues. International Journal of Psychology and Psychological
Therapy, 8(2), 259-270, 2008.

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