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Jogos e Materiais para

Alfabetização
Textos, atividades, materiais e jogos para alfabetização
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mais uma Caixinha de Livro


Macaco Danado
Oi, gente,
Esse é um livro que já entrou para a lista dos meus livros favoritos: Macaco
Danado, de Julia Donaldson (texto) e Axel Scheffler (ilustração), da Brinque-
Book. É dos mesmos autores do maravilhoso O Grúfalo. No original, chama-
se Monkey Puzzle, bem a propósito.

Adoro contar essa história para meu filho, que vai fazer 4 anos, e ele também
adora ouvir. Coisa de mãe? Talvez. Leia e veja por quê. Mas a história é bem
legal mesmo.
As ilustrações são lindas e ajudam na atmosfera e na construção do sentido do
texto, parece mesmo que estamos numa floresta, como no Grúfalo também.
Mas vá lá, como para entender o material é preciso ler o texto, segue a
história (mas sem a vida do livro, garanto!).
Macaco Danado
- Perdi minha mãe!

- Sossegue macaquinho não chore - disse a borboleta.


Vamos procurá-la agora. De que tamanho ela é? Assim do meu?

- Não! - o macaquinho exclamou. - É bem maior do que eu.

- Maior do que você? Então já sei onde encontrá-la.


Venha macaquinho, venha comigo, vamos achá-la.

-Não, não, não! Aquilo é um elefante.


Minha mãe não é tão grande.
Não tem tromba e nem presas afiadas,
e suas patas não são tão pesadas.
Quando enrola a cauda fica bem elegante.

- Ela enrola a cauda? Então está bem perto.


Vamos, macaquinho! Agora é certo.

- Não, não, não! Aquilo é uma cobra.


Não se parece nem um pouquinho.
Minha mãe não desliza pela floresta.
Nem põe ovos num ninho.
E minha mãe tem mais pernas do que esta.

- Ah, são pernas que agora procuramos.


Então, já sei onde ela está. Vamos.

- Não, não, não! Aquilo é uma aranha.


Minha mãe não tem esses pelos pretos
e nem tem assim tantas patas.
Ela prefere comer fruta a insetos
e vive no topo das árvores lá nas matas.

- Ela vive no topo das árvores? Então é pra já!


Está bem em cima de você, olhe lá!

- Não, não, não! Aquilo é uma arara.


Minha mãe não tem bico e sim nariz.
Ela não berra e nem grita e sabe o que diz.
Não voa, pois não tem asas e nem penas.
Minha mãe pula e salta apenas.

- Ah, já sei! Ela vive saltando?


Então, está pertinho. Vamos andando.

- Não, não, não! Aquilo é um sapo.


Borboleta, chega de brincadeira, não acha?
Minha mãe não é verde e nem coaxa.
E ela não vive na lama. Pare de me enganar!
Ela é marrom, peluda e gostosa de abraçar.

- Marrom e peluda? Já sei onde ela está!


Venha comigo, vamos lá.

- Não, não, não! Aquilo é um morcego.


Você está novamente enganada.
Minha mãe não dorme assim pendurada
e também não tem asas, já disse.
Além disso não é tão pequena. Que tolice!

- Sua mãe não é tão pequena? Deixe-me pensar.


Acho que está lá no rio a se banhar.

- NÃO, NÃO, NÃO!


Aquele é o elefante novamente!!!
- Borboleta, preste atenção no que eu digo.
Nenhuma dessas criaturas se parece comigo!

- Mas você nunca me disse que deviam se parecer!

- Claro que não! Achei que soubesse!

- Não poderia saber. Sabe por quê? Eu lhe digo...


...nenhum dos meus bebês se parece comigo!
Mas, se vocês se parecem, é fácil parceiro.
Vamos logo descobrir o seu paradeiro.

- Não, não, não! Aquele é o meu pai!

- Venha macaquinho, está na hora.


Vamos para casa ver a mamãe agora.

- MÃE!

(Esse "mãe" aí do final eu leio assim, bem dengoso: mããããe!!!!)


Essa história é bem bacana para as crianças recontarem, pois é fácil de
decorar, tem um ritmo, uma repetição de formas e apresenta situações que
permitem um bom encadeamento da narrativa. Favorece, assim
o reconto com palavras e frases próximas ao texto escrito e mesmo o
reconhecimento visual de algumas palavras, quando contam folheando o livro.
O reconto sem o livro pode se apoiar numa lista dos animais da história na
ordem de seu aparecimento. Para servir realmente de apoio, a lista exige o
reconhecimento dos nomes, o que em si já é um desafio. Essa lista pode ser
escrita no quadro, em cartelas ou pode ser compostas de fichas com os nomes
dos animais dispostas na ordem da história (usando o material do kit descrito
abaixo).
A história também é bem propícia para a dramatização, seja com as crianças,
seja com fantoches, que podem ser confeccionados com elas e manipulados
também por elas. Fantoches de feltro, que tal?
O entendimento da trama, do mal-entendido que faz a borboleta não
adivinhar logo como seria a mãe do macaco danado, requer, de algum modo,
a compreensão do processo de metamorfose da lagarta em borboleta. Isso
pode dar margem, depois da primeira leitura, à pesquisa com as crianças,
para ampliar o entendimento e a fruição do texto. Primeiro, lógico, é bom
investigar o que elas compreenderam e o que já sabem sobre o assunto. O
sapo, também personagem da história, teria o mesmo problema da borboleta,
pois seus filhotes girinos não se parecem tampouco com os sapos adultos.
Talvez fosse interessante, assim, pesquisarem também sobre os filhotes de
todos esses animais da história para chegarem à conclusão de qual/quais
desse(s) animal(is) poderia(m) ter agido como a borboleta.
A história pode ser ampliada também, com novos animais entrando no enredo.
As características deles, que devem confundir a borboleta, podem ser
levantadas junto às crianças, criando situações análogas às demais do livro, e
bem encadeadas com a situação anterior. Não é fácil, mas pode ser
engraçado; comece com apenas mais um, entre dois outros do livro, por
exemplo... Para ajudar, podem fazer uma relação de alguns animais da
floresta, caracterizá-los e escolher os que trazem características que
poderiam servir para a macaca mãe e para confundir a borboleta.
Talvez ajude o que diz sobre o livro no site da Brinque-Book:
Borboleta e macaquinho saem em busca da mamãe macaca. Ela tem uma cauda elegante,
mas não é uma cobra; tem pernas compridas, mas não é uma aranha; vive saltando, mas não
é sapo. Macaco Danado mostra que muitas vezes a descrição de parte de um todo pode nos
remeter a outro todo, completamente diferente. Principalmente em se tratando de macacos,
borboletas e seus respectivos filhotes: a maior dificuldade da borboleta está em entender que
a mãe do macaco é parecida com ele, pois filhote de borboleta (a lagarta) não se parece com
borboleta adulta. fonte:http://www.brinquebook.com.br/livro.php?id=56.
Depois de explorar a história, que tal um kit de materiais para trabalhar a
leitura, a escrita, enfim, a alfabetização? Fiz com ele mais uma Caixinha de
Livros.

Estou matutando um jogo de tabuleiro a partir desse livro, como também com
o do Grúfalo. Mas enquanto matuto, no meu ritmo, apresento aqui para vocês
a Caixinha do Macaco Danado.

O kit compõe-se dos nomes dos personagens


da história – que podem, por si só, ser usados para algumas atividades, como
trem de nomes, comparar a grafia, tentar reconhecê-los, preguicinha, usá-los
como uma lista em apoio ao reconto – e das figuras dos respectivos

personagens .
Juntar as figuras à seus respectivos nomes, embaralhados na mesa é um bom
desafio para as crianças que ainda não tem o domínio da leitura autônoma,
mas que podem reconhecer algumas palavras através de indícios diversos,
como a letra inicial, final, os conhecimentos da relação entre algumas letras e
seus fonemas, através de estratégias diversas de leitura, como a associação
de partes da palavra com nomes próprios cuja grafia já conhece (ex. MAcaco
- MAria) etc.
A Caixinha compõe-se também de pequenos textos, adivinhas, que se referem
a alguns dos animais, de acordo com a história, conforme a ilustração ao

lado.

A Caixinha conta ainda com um kit de letras móveis representando os nomes


dos animais e de fichas com as figuras e os nomes, faltando letras para as
crianças preencherem.
Os pequenos textos podem ser lidos por crianças que já podem fazê-lo com
autonomia ou pelo professor, em turmas em que não há ainda leitores com
autonomia para isso. Mas para os que podem reconhecer algumas palavras, a
adivinha torna-se também um bom desafio.
Como sempre, as atividades a partir do kit Macaco Danado podem ser
variadas, mas a essência da coisa é as crianças associarem os nomes às
figuras, os pequenos textos aos nomes (e figuras...) e montar as palavras com
as letras, sejam nas fichas ou não.

Os que ainda não tem muito


domínio de leitura, mas já podem reconhecer palavras, podem relacionar os
nomes às figuras. Para os que estão apenas no nível do reconhecimento de
letras, o professor pode ir dando dicas de tamanho da palavra, número de
letras, letra inicial ou final, presença de tantos “A” ou outras letras etc.
Os que já têm certo domínio de leitura podem tentar ler os pequenos textos e
encontrar os nomes correspondentes, numa atividade de leitura, como na
figura abaixo.
Outra alternativa bacana é as crianças que sabem ler lerem as perguntas e as
outras tentarem encontrar em um grupo de três palavras aquela que responde
à adivinha, como na segunda ilustração abaixo.
Para responder às adivinhas dos textos, podem ainda montar os nomes dos
animais com as letras móveis, seja usando as fichas Faltando Letras ou não, o
que constitui uma atividade de escrita. No caso de preencher as fichas, devem
encontrar no universo de letras as que servem para completar a sua palavra,
tendo como referência a gravura na ficha. Essas são atividades para os que
têm um domínio maior da leitura e escrita.
Essas fichas e letras móveis compõe o Faltando Letras do Macaco Danado. O
Faltando Letras é um tipo de material que propõe a composição de palavras a
partir da figura e de algumas letras e pode, também, vir associado ao universo
semântico de textos. Sua estrutura está também na base de diversos jogos do
acervo das Oficinas, como o Faltando Vogais, o 4 Cartelas, dentre outros. O
Faltando Letras do Macaco Danado traz os nomes dos persongens, faltando
letras para completarem.

As letras móveis podem também ser usadas para montar os nomes a partir das
gravuras, tanto para as crianças que escrevem sob hipóteses alfabéticas e
silábico-alfabéticas, quanto por crianças que escrevem sob uma hipótese
silábica, com valor sonoro. Se já souberem todos os animais da história,
podem prescindir das gravuras, que podem, assim, ser usadas em outras
mesas (ou ter dois kits de gravuras, para usar em mesas diferentes).

Para as crianças com hipótese silábico-alfabética, será um bom desafio pensar


sobre quantas e quais letras para montar as palavras. Para as alfabéticas, será
uma oportunidade de refletir sobre a ortografia: MOCEGO? MOSEGO?
MOSSEGU? Quantas possibilidades...
No caso de crianças com hipóteses silábicas, elas evidentemente montarão as

palavras de acordo com sua hipótese, sem que tenhamos


que induzi-las a refletir sobre a escrita convencional dessas palavras. A
riqueza está mais nas reflexões que podem ocorrer a partir de diferentes
propostas de grafia, nas trocas entre as crianças. Já pensou que troca rica
pode haver, a partir de intervenções do adulto, diante de uma dupla em que
uma criança propõe a escrita de OEU para MORCEGO e a outra defenda que é
MEO? Que interessante poderem descobrir que para escrever MO é preciso
mais que uma letra!!! E de repente, se tem uma Mônica na turma, quem sabe
outra criança não recorre a esse modelo para argumentar sobre a formação da
sílaba MO, ou a professora para provocar? E entre O e U, como se decidir?
As atividades descritas podem ser feitas de diversos modos: no caso da turma
não ter ainda crianças que possam ler os pequenos textos autonomamente, o
professor pode lê-los e quem tiver a palavra (o animal) correspondente àquela
descrição, se manifesta. Ou então os nomes todos podem estar no meio da
roda e quem achar a resposta, indica. O mesmo pode ser feito com as
imagens, que podem ser mostradas pelo professor. Ou os nomes são mostrados
e as crianças devem, reconhecendo a palavra, encontrar a figura
correspondente.
Podemos também distribuir os
materiais pelas mesas, cada mesa com um item: uma ou algumas mesas com
os nomes distribuídos, uma ou algumas com os textos. O professor então
mostra as figuras e cada mesa deve descobrir se as têm e encontrar o texto e
o nome correspondente àquela figura. Os kits montados vão sendo expostos.
Esses modos coletivos de propor as atividades são bem legais, mas podemos
variar também e entregar o kit ou parte do kit nas mesas, de acordo com o
nível de domínio de leitura das crianças. É bom ter dois kits de nomes, assim
pode entregar o de nomes-figuras numa mesa e o de nomes-textos em outra.
Cada mesa deve compor os pares. Nesse caso, outras mesas podem estar com
outros kits de outros livros, todos fazendo a atividade simultaneamente.
Outra mesa, caso na turma tenham crianças com maior domínio de leitura e
escrita, pode também estar com o Faltando Letras do Macaco Danado ou
montando os personagens com letras móveis.
Lembrem que ao compor as mesas de crianças, no caso dessas atividades, é
preciso considerar o domínio que têm de leitura, para ajustar o grau de
dificuldade da atividade. A atividade precisa ser ao mesmo tempo desafiante –
elas precisam ativar os conhecimentos que tem para resolver algum desafio –
e possível de ser realizada a partir dos conhecimentos disponíveis. Dar a uma
criança de nível pré-silábico a tarefa de associar nomes a figuras é algo que
ela não pode realizar sozinha, a não ser que possa, em algum caso, fazer uma
leitura visual, logográfica, das palavras, pois ela ainda não associa a grafia à
pauta sonora. Mas solicitar a uma criança que já domina certas
correspondências entre som e grafia, que identifica letras e os valores de
algumas delas, ainda que sua produção escrita mostre uma hipótese silábica,
aí sim, a tarefa é desafiante e, ao mesmo tempo, possível de ser realizada.
Essa atividade para uma criança que já escreve sob uma hipótese silábico-
alfabética ou alfabética, já com um alguma possibilidade de leitura
autônoma, será fácil demais, precisamos desafiá-la a ler um texto maior,
como as adivinhas do Macaco Danado, ou pensar sobre quais e quantas letras
são necessárias para escrever/compor os nomes dos animais, pensar sobre a
ortografia, coisa que será difícil para uma criança no nível silábico.
Outra coisa, fazer essas atividades em duplas, em pequenos grupos (mesas) ou
coletivamente, em vez de individualmente, amplia bastante as possibilidades
de todos poderem aproveitar os conhecimentos que circulam sobre a escrita
nessas situações.
Enfim, minha gente, é isso. Para o Macaco Danado são essas as sugestões,
embora eu ainda esteja matutando o jogo de trilha desse livro.
Até a próxima,
Lica
Lica às 18:50
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