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Basicamente, a família do saxofone está dividida em quatro instrumentos: Sax alto, tenor, soprano e
barítono.
Todos eles possuem a mesma mecânica, mas tem uma estrutura física e sonora diferente. De uma
forma geral os instrumentos com maior estrutura física acomodam melhor os registros graves e os de
menor estrutura os registros agudos. O Sax Alto e o Sax Tenor são os instrumentos mais populares
dentre os saxofones devido a sua região sonora.
O Sax Soprano ainda nos dias de hoje gera uma certa confusão por causa de sua aparente similaridade
com o clarinete, pois ambos são instrumentos de sopro "retos". A diferença, entretanto, é gritante: o
clarinete é feito de Ébano (madeira) e o Sax Soprano de Metal, afora suas características sonoras que
são extremamente diferentes.
E por fim o Sax Barítono torna-se o instrumento menos procurado da família do saxofone, uma vez que
sua região sonora "grave" só encontra grande desempenho em orquestras, *big bands* ou formações
específicas em *combos* ou *naipes de sopro* .
Kléber Ferraz
A respiração contínua
por Roberto Stepheson
A respiração contínua ou cíclica é uma técnica de sopro que vem sendo difundida e utilizada cada vez
mais pelos saxofonistas e outros instrumentistas de sopro.
A princípio, parece uma coisa difícil, impossível e, para alguns, até “mágica”. Mas na realidade é bem
simples... É só entendê-la e praticá-la. O segredo todo está no armazenamento de ar na boca e de
como este é intercalado com a respiração pulmonar. Vejamos:
Pegue um copo, encha-o pela metade com água, pegue um canudo e sopre-o naturalmente. Observe
que, é claro, se formarão bastante bolhas. Mas estas serão importantes para que você possa intuir o
resultado da sua respiração contínua. Agora, guarde um tanto de ar na boca (bochechas) e quando o
seu ar pulmonar estiver acabando, solte o ar das bochechas mas mantendo a respiração anterior. Essa
troca deverá ser bem rápida e precisa pois o armazenamento de ar da boca é bem limitado.
Observação: “Empurre” o restante do ar dos pulmões com o diafragma. Após soltar o ar, volte à
respiração pulmonar. Enquanto isso, guarde mais um pouco de ar na boca para recomeçar e manter
todo o processo.
SUPER DICAS:
1) Quando estiver soprando o canudo no copo, tente manter o mesmo tamanho das bolhas e a mesma
intensidade de sopro;
2) Não é preciso exagerar no tamanho das bochechas. É anti-estético e desnecessário. Tente fazê-lo, a
medida do possível, de forma natural;
4) Se você sentir alguma vertigem, pare um pouco e, só depois de restabelecido, recomece. Calma, não
tenha pressa.
Após ter conseguido um resultado satisfatório, faça todo este aprendizado, primeiramente, com a
boquilha, depois acople o tudel e só depois com todo o saxofone. Comece pelas notas da região média
do instrumento (Dó, Si, Lá e Sol), fazendo notas longas e depois, paulatinamente, escalas, trechos de
músicas e, por fim, peças musicais inteiras.
Ivan Meyer
A grande confusão
Que fique claro que minha intenção é ajudar a mudar esse quadro em
nosso país. Para isso, precisamos se conscientizar do problema e,
principalmente, como tratá-lo. Posso afirmar, porém, que é crescente o
número de saxofonistas que adotam e mudam sua embocadura para o
apoio dos dentes. Prova disso são os novos saxofonistas evangélicos,
com destaque em bandas gospel, todos eles donos de uma ótima técnica
e sonoridade.
O uso dos lábios é aconselhável somente para quem não tem os dentes
superiores ou possui algum tipo de ponte móvel ou algum outro problema
com a raiz do dente. Consulte um dentista e mostre o seu problema em
relação à boquilha. Se necessário, peça ao seu professor para conversar
com o dentista para expor como é feito esse apoio dos dentes na
boquilha ou mostre esta matéria com os desenhos das embocaduras, pois
isto pode ajudá-lo a encontrar uma solução para seu problema. Não é
necessário morder a boquilha e, mesmo que você use uma dentadura,
ponte móvel ou dente postiço, isso não é impedimento para o uso da
embocadura de apoio com os dentes. Esse apoio só deverá ser evitado
caso venha trazer algum dano à sua saúde. Sem esses sintomas, você
deve usar o apoio dos dentes superiores na boquilha.
Caso venha sentir algum tipo de dor, consulte seu dentista pois isso não
é normal, e você pode estar com algum problema.
Teste do tudel
Embora simples, este teste é muito eficaz para saber se estamos com o
apoio correto dos dentes. Para isso, basta pedir que alguém balance o
tudel enquanto você toca: se sua cabeça acompanhar o movimento do
tudel como se fosse uma única peça, você estará com a embocadura
certa. Porém, se balançarem o tudel ao tocar, a boquilha deslizar pelos
seus dentes, desafinar ou perder o som, é sinal de que está faltando o
apoio dos dentes. Quem deve estar fazendo o papel de fixação é o lábio -
e o lábio é mole, não fixa nada. Isso deve estar acontecendo por causa
da correia baixa. Levante-a e ganhe firmeza no seu som.
Como saber se sua embocadura está firme
Toque uma música, escala cromática e uma nota longa. Enquanto isso,
faça um grande círculo com o sax. A cabeça deve acompanhar o
movimento junto com o tronco. Com o corpo e a cabeça se movendo de
um lado para o outro, se você não perder a sonoridade nem tiver alte-
rações no som, então podemos dizer que você está com a embocadura
usada pelos grandes saxofonista. É lógico que ela dá trabalho para ser
entendida, mas a diferença está justamente aí! É que ela dá "muito
trabalho" para quem a usa, principalmente trabalho em shows, trabalho
em orquestras de bailes, trabalho em gravações, em acompanhamento
de artistas, em escolas...
Toque a nota relaxando o maxilar, para fazer com que ela desça meio
tom. Esta deverá ser a sua posição de embocadura. Você deve afinar as
outras notas da escala em relação a esta nota relaxada, mantendo a
afinação entre elas sem tensionar o maxilar. Desse modo, terá muito
mais campo dinâmico e de inflexões tonais. Não se esqueça de nunca
"bater" a língua para começar o som no sax. Você deve colocar o ar em
movimento espiral por dentro do saxofone emitindo a sílaba HOO (assim
batizada pelo mestre Demétrio Lima, que é expert no assunto), utilizando
somente o diafragma que colocara em movimento o ar parado, criando
uma correnteza que projetará o seu som e na qual poderá articulá-lo à
vontade, sem o perigo de engarrafá-lo dentro do sax. Caso não conheça
esse processo, fique tranqüilo, pois este será nosso próximo assunto.
Agora, mãos à obra. Regule e acerte sua embocadura. Não custa nada
tentar; se você não tentar, não irá conhecer suas possibilidades sonoras.
Ivan Meyer
As palhetas
por Roberto Stepheson
Palhetas. Gosto de todas, desde que possa prepará-las a meu gosto! Em uma caixa com 10 palhetas é
muito difícil encontrar duas iguais. Cada uma tem sua personalidade. Umas são boas para graves,
outras para agudos, outras um horror.
O melhor é saber preparar suas palhetas para o seu jeito de tocar e não ter que se adaptar a cada
palheta. Isso atrapalha, pois seu som não cria uma personalidade. Numa determinada semana está
metálico, noutra dá apitos ou não tem som nos graves. Assim não dá pé!
Temos várias marcas, todas muito boas para serem reguladas como você gosta. Algumas palhetas se
parecem com bambu, mas são de fibra. Seu som assemelha-se às de bambu. O interessante é que esta
palheta dure até seis meses ou mais, mantendo-se estável sem envergar ou perder suas características
sonoras. Você não perde tempo regulando palhetas e estuda mais, conhecendo melhor o seu som (elas
também são bem diferentes entre si e podem ser reguladas. Utilize uma lixa dágua bem fina e
umedecida para fazer os ajustes).
Saiba que as palhetas são de lua e também mudam com as marés. Existem palhetas que liberam mais
harmônicos que as outras. Com o tempo, ao emitir uma única nota rapidamente, você notará se ela é
boa para agudos, graves ou bem equilibrada.
Roberto Stepheson
Como estudar?
por Autor desconhecido
Por outro lado, você só adquire um hábito repetindo ações no dia a dia, o
que quer dizer que você só adquirirá o hábito de estudar exercendo o ato
de estudar todos os dias. Somente após umas 3 semanas você estará
habituado a estudar música. Procure estudar todos os dias, no mesmo
horário, começando com 30 minutos/dia e aumentando esse tempo. A
regularidade é muito importante. Você pode imaginar o que seria de um
jogador de basquete que não praticasse arremessos constantemente?
Autor desconhecido
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Para produzir o som do saxofone, você deve morder a parte superior da boquilha e dobrar ligeiramente
o lábio inferior para dentro, evitando que seus dentes inferiores toquem a palheta. A esse gesto damos
o nome de embocadura. Para completar a cena, experimente um sorriso forçado ... pronto, já pode tirar
uma foto!
Verifique se você consegue sentir a ponta da palheta com a ponta de sua língua, e siga os seguintes
passos:
1. Após formar a embocadura como foi explicado acima, coloque a ponta da língua na ponta da palheta
de forma que impeça completamente a entrada de ar.
2. Assopre e retire a língua com velocidade, como se você fosse cuspir uma bolinha de papel.
3. Provavelmente, a essa altura, você deve ter ouvido o som do seu saxofone, caso contrário repita os
passos 1 e 2 novamente até conseguir.
Geralmente pronunciamos a sílaba TU para produzir uma nota nos instrumentos de sopro. A esse
ataque damos o nome de golpe de língua.
Crie intimidade com seu saxofone, treinando pelo menos 2 horas diárias, você verá que após tirar todas
as notas e ficar com a embocadura adaptada a sua boquilha, as notas sairão perfeitas e ao colocar o
instrumento na boca, tudo fica fácil.
A coordenação motora e a adaptação dos dedos, somente com bastante treino. Eu normalmente fico na
sala durante a programação da TV treinando os dedos sem tirar som e prejudicar a família e o resultado
tem sido maravilhoso e com 2 meses de término da aula de teoria e sofejo,estou com toda a escala de
DÓ saindo automaticamente ao colocar o instrumento na boca. O meu professor se preocupa muito com
a qualidade do som e com isso os exercícios são exaustivos e com isso fico feliz em saber que DEUS tem
me abençoado e que já estou até tirando a introdução de algumas músicas.
Embocadura
por Kléber Ferraz
Para se obter uma sonoridade forte e bem definida, é preciso ter uma embocadura madura e correta.
A parte superior da boquilha deve ser apoiada pelos dentes (frontais), a parte inferior e toda a volta da
boquilha deve ser envolvida pelos lábios.
Os lábios apoiados na parte inferior exercem o papel de deslocar a palheta de seu eixo provocando
assim a vibração da mesma. Por isso é necessário uma leve pressão do lábio inferior contra a palheta.
Mas lembre-se: se a pressão for muito grande, a tendência é, ao invés de um som, a boquilha emitir um
guincho, ou seja, um ruído muito agudo e incômodo. Isto indica que a força usada para pressionar a
palheta esta além do limite.
Exercícios I
por Autor desconhecido
1. Toque notas secas no seu saxofone pronunciando várias vezes a sílaba TU, mas sem pressa.
2. Toque como em "1", mas retire o instrumento da boca a cada nota. Isso faz com que você se habitue
a encontrar a posição ideal para a sua embocadura.
Agora que seus vizinhos já "sentiram o drama", vamos falar sobre como utilizar a respiração de uma
forma mais adequada para tocar seu saxofone. Nós vamos utilizar um músculo chamado diafragma, do
qual você não tem muito controle por ser um músculo involuntário, isto é, ele não se move obedecendo
a comandos, ao contrário, por exemplo, de seu braço. O diafragma se expande, movendo-se para baixo
e para fora, quando você inspira, e se contrai quando você expira.
Para iniciar, faça o seguinte exercício: movimente seu abdômen o mais para baixo possível, forçando-o,
e movendo-o lentamente para cima, forçando-o contra o tórax. Repita esse movimento várias vezes
começando lentamente, e aumente a velocidade aos poucos.
Experimente repetir o exercício "chupando" ar quando movimenta o abdômen para baixo, segurando-o
por um instante e soltando-o vagarosamente. É importante manter os ombros, braços e mãos bem
relaxados. Evite também deixar tenso (tensionar) o tórax. Experimente falar seu nome enquanto solta o
ar, e se você estiver falando forçado, é porque não está relaxado o suficiente.
Você pode fazer esse exercício quando estiver tenso ou nervoso. Os indianos acham que sua vida é
contada pelo número de vezes que se respira. O curioso é que em alguns momentos, quando você
estiver tocando, terá de fazer muita força com alguns músculos e relaxar completamente outros. Você é
capaz de fazer isso, basta tentar e praticar.
Agora repita aquele exercício do TUUUUU, e quando respirar, respire pra valer, com profundidade. Como
você faz ao bocejar.
Autor desconhecido
Linguagem do saxofone
por Kléber Ferraz
Eu poderia dizer que estes termos (fu e tu) estão expostos de maneira
simplificada, para que seja possível a visualização desta matéria.
Kléber Ferraz
Para se tocar no registro dos superagudos, é preciso conhecer e dominar as embocaduras do saxofone.
Estas podem ser comparadas à de um trompete, que, na mesma posição de dedilhado, fazem várias
notas com mudanças na embocadura.
Esse mecanismo é desconhecido pela maioria dos saxofonistas que tentam em vão tocar os
superagudos lançando mão somente das posições, criando uma concepção errada de que, apertando ao
máximo o lábio, conseguiremos atingir os agudos. Dessa forma, o que resulta são os apitos.
As posições dos agudos são pouco divulgadas e ajudam a frustrar o estudante, que então começa a
atribuir a culpa por não dominar os superagudos às posições, à boquilha, à palheta, ao instrumento,
namorada, cachorro, síndico, etc. Então ele espera que, com os anos de estudo, sua embocadura fique
mais fiel. Mas os anos passam, o saxofone passa de pai para filho e nada de sair os superagudos.
De vez em quando sai um agudo, mas ele sempre falha na hora em que se precisa dele. Então, começa
a achar que os superagudos é dom de alguns.
Os saxofonistas têm que conhecer e dominar as suas várias embocaduras que se diferenciam por :
Com a mesma posição de agudo, podemos fazer 4 ou 5 notas diferentes. Antes de começar com os
exercícios para dominar os agudos, é preciso ter consciência de alguns fatos :
1ª parte - Boquilhas
A primeira coisa que um saxofonista fala a outro é: que boquilha você usa? Essa tal boquilha já é uma
lenda. O que sabemos é que a mesma boquilha tem som diferente (timbre), dependendo de quem a
toca.
Existem boquilhas que têm o som mais brilhante e outras com o som mais fosco (aveludado). Há
boquilhas de metal ,massa, fechada, com a câmara aberta ou fechada, coloridas, enfim, uma variedade
que nos deixa confusos. Estão inclusive inventando boquilhas com acessórios, é uma confusão só!
Agora, certeza mesmo é que cada pessoa tem uma arcada dentária e uma boca diferente, fazendo com
que a mesma boquilha seja ótima para uns e ruim para outros.
Algumas boquilhas foram inventadas com o intuito de facilitar a emissão de agudos (harmônicos) e
outras são mais apropriadas para os graves. O que você precisa, juntamente com seu professor, é
encontrar uma boquilha bem equilibrada para o seu tipo de embocadura.
Em São Paulo, muitos conheceram o mestre Bove, que consertou por décadas os saxofones de diversos
músicos. Uma das coisas interessantes que ele fazia era mexer nas boquilhas, colocando Durepox
dentro para alterar a câmara interna. Conseguia assim mudar as características de som da boquilha (de
grave/aveludado para um som mais brilhante), facilitando a emissão dos agudos e liberando o músico
da mudança de boquilha. Atualmente, Aldo Bove Filho continua executando esta arte.
A boquilha é uma das peças mais importantes para a emissão dos agudos. Seus preços são muito
variados.
Há boquilhas desenvolvidas para projetar harmônicos que, com certeza, são mais fáceis para a
execução dos agudos. Isso não quer dizer que boquilhas que têm som mais aveludado ou grave não
toquem nos agudos. Elas tocam, mas com o som mais apagado, sem brilho. Tem-se a impressão de
soar menos nos agudos. Procure uma boquilha que seja mais brilhante. Seu professor deverá conhecer
várias com essas características.
2ª Parte - Palhetas
Palhetas. Gosto de todas, desde que possa prepará-las a meu gosto! (consulte a matéria técnica do
Informativo Weril nº 120 - Regulagem De Palhetas). Em uma caixa com 10 palhetas, é muito difícil
encontrar duas iguais. Cada uma tem sua personalidade. Umas são boas para graves, outras para
agudos, outras um horror.
O melhor é saber preparar suas palhetas para o seu jeito de tocar e não ter que se adaptar a cada
palheta. Isso atrapalha, pois seu som não cria uma personalidade. Numa determinada semana está
metálico, noutra dá apitos ou não tem som nos graves. Assim não dá pé!
Temos várias marcas, todas muito boas para serem reguladas como você gosta. Algumas palhetas se
parecem com bambu, mas são de fibra. Seu som assemelha-se às de bambu. O interessante é que esta
palheta dura até seis meses ou mais, mantendo-se estável sem envergar ou perder suas características
sonoras. Você não perde tempo regulando palhetas e estuda mais, conhecendo melhor o seu som (elas
também são bem diferentes entre si e podem ser reguladas. Utilize uma lixa dágua bem fina e
umedecida para fazer os ajustes).
Saiba que as palhetas são de lua e também mudam com as marés. Existem palhetas que liberam mais
harmonia que as outras. Com o tempo, ao emitir uma única nota rapidamente, você notará se ela é boa
para agudos, graves ou bem equilibrada.
3ª Parte - Embocadura
Aqui mora o perigo. A embocadura é tudo no agudo. Comparo-a à construção de um prédio: quanto
mais alto ele for, mais profunda deve ser sua base. A embocadura para se tocar em 2 oitavas utilizada
pela maioria dos saxofonistas não é a mesma para se tocar em 4 oitavas. Aquela que você usa para
tocar com sucesso até hoje deve estar funcionado bem entre o Ré da primeira oitava e o Ré da terceira
oitava. Agora, se você tem problemas fora desta região, significa que a sua embocadura está fora de
lugar. Não diria errada, pois a embocadura que uso para tocar nos agudíssimos é a que você está
usando, enquanto adoto uma outra para tocar nessa região mais grave.
Aí está o segredo! Para tocar nos superagudos, começo pelos graves. Quanto mais relaxados os graves,
mais campo para os agudos, ou seja, quanto mais aberto o ângulo entre boquilha e palheta na região
grave, maior será minha margem de extensão, pois, à medida que subo para os agudos o ângulo da
boquilha se fecha. Se você começar com ela fechada, ao chegar nos agudos terá tal esmagamento da
palheta com a boquilha que nenhum ar passará. O segredo é começar os graves o mais relaxado
possível, quer dizer, com o ângulo entre a palheta e a boquilha o mais aberto possível. Você terá que
descobrir que pode tocar a nota do meio tom abaixo soando um Si sem mexer na boquilha, somente
relaxando o lábio inferior em relação à palheta, como se fosse uma batata quente na boca. Toque a nota
Ré mantendo a relação de um tom entre o Dó, mas não esqueça que este Dó está com a afinação meio
tom abaixo do normal. Isso foi feito com o relaxamento do lábio inferior. Se você tocar o Mi, ele
também terá que manter a afinação relativa ao Dó, que, por sua vez, continua baixo.
Ao completar uma oitava fazendo a relação acima, e mantendo a afinação das notas entre elas, o Dó
oitavado acima estará mais relaxado, com mais volume e brilho.
Em relação à boquilha e à palheta, o ângulo agora é maior. Então, você terá mais ângulo de boquilha
para os agudíssimos. Da outra forma, você não teria mais ângulo entre palheta e boquilha.
4ª Parte - Afinação
Antes você estava com a afinação do Dó alta em relação à afinação real do saxofone. Em vez de abaixar
a afinação do sax com o relaxamento da embocadura, você afinava seu instrumento pelo todel, mas
agora aprendeu que se pode afinar pela boca. Isto é, conseguindo o ângulo mais aberto da embocadura,
você estará na posição correta para ir até os agudos, fechando relativamente sem o perigo de, ao
chegar na região superaguda, não existir mais ângulo.
Só irá tocar os agudos quem conseguir tocar os supergraves, pois eles são a base para se alcançar o
alto.
Ivan Meyer
Sonoridade e Postura
por Kléber Ferraz
Não exagere no volume nem toque baixo demais, isto poderá se tornar
um vicio que depois dificultará uma boa definição sonora.
Kléber Ferraz
Timbre
por Kléber Ferraz
1.Audição:
É preciso antes de mais nada, ouvir bastante, muitos saxofonistas diferentes (não só o Kenny G). Ouvir
nos faz absorver e assimilar qual o tipo de som que mais nos agrada, e a partir daí é possível começar a
explorar o seu próprio instrumento, tendo como objetivo alcançar determinado timbre.
2. Estudo específico:
O estudo mais específico para sonoridade sem dúvida nenhuma é o exercício de notas longas. É preciso
descobrir se você já tem suas colunas de ar bem definidas, então crie o hábito de aquecer o saxofone
com muitas notas longas. Sem efeito, apenas longas. Isso vai ajudar na definição, afinação e precisão.
Estamos nós de novo neste velho dilema: boquilhas, palhetas e o próprio instrumento, podem ser
fatores determinantes no caminho do timbre ideal.
Curiosidade neste caso não faz mal nenhum. Procure descobrir qual tipo de boquilha o seu músico
preferido usa. Nas capas dos CDs geralmente eles estão segurando o saxofone, então...
É claro que isto muitas vezes não resolve, o melhor mesmo é você experimentar várias marcas de
boquilhas diferentes, palhetas não muito duras e manter seu instrumento sempre em ordem
(sapatilhas, cortiças, calços, etc.).
4.Auto-crítica:
Isto já é com você. Não se iluda, nem se engane. Se seu som não está bom, pode ser por vários
motivos ou apenas um só. Não se acomode com a emissão de um som ruim, inconsistente,
desafinado. Meus irmãos, o dom da música é um dom perfeito, quem toca toca, se você se sente um
escolhido por Deus para este fim, então faça direito. Não fique na margem de um ministério importante
como este. Se você não tem tempo pra estudar, talvez seja porque aquilo que está ocupando seu tempo
tenha mais importância em sua vida. Eu acredito que se o Senhor lhe presenteou com o dom da música
é por algum motivo especial.
Então mãos à obra.
Kléber Ferraz
O que faz uma nota soar mais grave ou aguda que a outra, nos instrumentos de sopro, é a velocidade
do ar. Imagine uma roda d’água girando em um rio calmo, e depois a mesma cena após uma
tempestade: uma maior velocidade da água determinaria uma maior velocidade à roda d’água. No caso
do saxofone, é a velocidade do seu sopro que vai fazer a palheta vibrar mais rápido ou mais devagar.
A questão agora é: como fazer para soprar com maior ou menor velocidade? Você tem de empurrar o ar
para fora e fazer força com seu abdômen, como se estivesse empurrando um carro para fazê-lo "pegar
no tranco", ou como quando você sopra uma bolinha de papel num canudinho. Lembre-se de não
"trancar" o tórax, o que corresponderia a empurrar um carro com os freios acionados. Em termos, é isso
o que você provoca quando "tranca" o tórax e os ombros: faz força contra si mesmo.
Resumindo: para tocar uma nota grave, você precisa de muita quantidade de ar e de pouca velocidade,
e para tocar uma nota aguda, você precisa de pouca quantidade de ar e de MUITA velocidade. Para se
ter uma idéia mais exata, uma oitava corresponde exatamente ao dobro da vibração, e duas oitavas ao
dobro do dobro, ou seja quatro vezes mais.
Autor desconhecido
"Vestibulares e outras provas de seleção tentam identificar as pessoas mais aptas a ter sucesso em sua
área, mas ser aprovado não é uma garantia de sucesso. Assim como nem todos os calouros conseguem
concluir a faculdade, nem todos os estudantes que conseguem entrar para o renomado Conservatório
de Música de Berlin têm uma vaga garantida nas melhores orquestras. O que faz a diferença? Alguns
atribuem o desempenho excepcional a um "talento inato"; outros preferem acreditar que é uma questão
de "prática e dedicação". Como resolver a questão?
Partidários da teoria de que "talento é 100% suor", três cientistas alemães do Instituto Max Planck para
o Desenvolvimento Humano, em Berlin, resolveram investigar a importância da prática no desempenho
de musicistas - ou mais exatamente de estudantes de violino, a especialidade do Conservatório de
Berlin. Contando com a ajuda dos professores do Conservatório, a equipe identificou os melhores alunos
(aqueles que têm tudo para se tornarem solistas), os bons violinistas (que provavelmente tocarão em
boas orquestras), e violinistas da escola preparatória de professores, outro departamento do
Conservatório, onde nem o ensino nem as exigências são tão puxados. Uma análise do grau de sucesso
dos alunos em competições abertas confirmou a classificação feita pelos professores: segundo o júri, os
"melhores alunos" de fato tinham melhor desempenho.
O estudo contou unicamente com informações fornecidas pelos alunos. Em entrevistas, eles fizeram
uma estimativa do número de horas de prática por semana em idades diferentes, desde que haviam
começado a tocar violino, e comentaram sua história com o instrumento. Se por um lado essas
informações permitem analisar dados do passado dos estudantes, contar somente com elas poderia ser
um problema se os estudantes fossem, digamos, "otimistas" demais em suas estimativas de dados
como o tempo dedicado diariamente ao instrumento. Para determinar se essas estimativas eram boas,
os pesquisadores pediram mais tarde que os alunos anotassem em diários, ao longo de uma semana
inteira, suas atividades durante o dia, incluindo o número de horas de prática com o instrumento, e
seus hábitos de sono e lazer. A comparação com os dados dos diários mostrou que as estimativas dos
alunos pareciam bastante boas.
Além de praticarem mais, bons e excelentes estudantes também dormiam mais durante a semana -
umas seis horas a mais do que as 54 horas semanais dos futuros professores. Parte dessas horas extras
de sono aconteciam durante uma sesta no começo da tarde, logo depois do almoço, após a prática
matinal. Em comparação, futuros professores não dormiam quase nada fora do sono noturno.
Se isso fosse tudo, o menor desempenho dos futuros professores poderia de fato ser explicado pelo
menor tempo de prática e talvez de sono - mas bons e excelentes estudantes deveriam ter exatamente
o mesmo nível de desempenho. E isso não é o caso, como mostram os resultados das competições
abertas onde eles se inscrevem.
O fator mais determinante do desempenho de todos os estudantes parece ser o número de horas de
prática acumuladas ao longo dos anos. Na estimativa de cada aluno, o tempo de prática sobe
gradualmente de menos de cinco horas semanais aos oito anos até as nove ou mais de vinte horas aos
vinte anos de idade, já no Conservatório, sendo que em torno dos doze anos de idade, o número de
horas de prática passa a aumentar mais rapidamente, o que possivelmente já corresponde a um
compromisso de maior dedicação por parte das crianças. Somando o número de horas acumuladas ao
longo dos anos, aos poucos os futuros melhores estudantes vão se destacando dos bons e dos futuros
futuros professores. Aos quatorze anos, um ano antes da decisão de se tornarem violinistas
profissionais, as diferenças nas horas de prática acumuladas entre os três grupos já são evidentes.
Tudo indica portanto que é durante a adolescência, anos antes dos estudantes entrarem para o
Conservatório de Música, que ocorre a separação entre futuros bons, regulares e ótimos violinistas. Aos
18 anos, quando ingressaram no Conservatório, as diferenças já eram mais do que óbvias. Os alunos
mais tarde identificados como os melhores já haviam acumulado mais de 7.000 horas de prática -
número semelhante à estimativa feita por violinistas profissionais da Orquestra Sinfônia da Rádio de
Berlin para quando tinham a mesma idade. Em comparação, bons alunos acumulavam pouco mais de
5.000 horas de prática, e os futuros professores de violino acumulavam apenas umas 3.000 horas de
prática. Os anos de estudo e prática no Conservatório, assim, não fariam mais do que exacerbar uma
tendência que já fora estabelecida.
Na opinião dos autores do estudo, a prática explica perfeitamente bem o desempenho até mesmo nos
casos dos virtuosos, sendo desnecessário invocar um “talento” inato para o que essas pessoas
alcançam. E no entanto parece tão evidente que algumas pessoas têm mais talento do que outras! O
que é o talento, afinal? Se de fato é a prática que define o desempenho, o talento poderia ser... a
motivação para perseverar na prática. Uns preferem futebol, e serão capazes de passar horas correndo
atrás de uma bola; outros preferem escrever, desenhar, ou dedilhar um violino. O que parece uma
definição bastante simpática de talento na verdade só empurra a questão mais para adiante: o que faz
com que uns prefiram a bola e outros a música?
Os pais, talvez, ou pelo que eles fazem e encorajam em seus filhos, ou também pelos seus genes.
Mozart tinha pai músico, por exemplo. Mas talvez os bons genes, também: por isso, segundo o
"Argumento de Mozart", "não dá para você virar um Mozart só com trabalho duro".
Agora, se você discorda e acha que tem motivação suficiente para se tornar um Mozart, vamos aos
números. Para quem começa cedo, lá para os cinco anos de idade, dá para começar com umas duas
horas por semana e ir aumentando aos poucos, chegando a uma hora por dia aos 12 anos, duas horas
por dia aos quinze... o que dá para levar junto com a escola, as brincadeiras, o sono e a televisão.
Mas para quem começa tarde e decide somente aos 15 anos se tornar um virtuoso, o futuro é um pouco
mais sombrio. Só para alcançar a marca das sete mil horas de prática aos 18 anos, quando você
precisaria optar por uma carreira, seria preciso treinar... seis horas e meia por dia, quase duas vezes
mais do que treinam os melhores alunos do Conservatório. Treinando em sessões de não mais de 90
minutos, com intervalos de uma hora, seria preciso ficar de 8 da manhã às 6 da tarde por conta do
violino. Ou seja: não fazer mais nada, nem ir à escola. Colocando a coisa desse jeito dá para entender
porque todos os concertistas têm em comum terem começado a treinar desde criança. Ou é assim ou
não dá...
E para quem começa aos 30 e pode treinar uma hora por dia, o que parece mais viável: quanto tempo
levaria para virar um Paganini? Somando sete horas por semana, seriam necessárias mil semanas de
treino para se tornar tão promissor quanto os melhores estudantes do Conservatório de Berlin. Se
parece razoável, eis uma má notícia: mil semanas correspondem ao módico período de... vinte anos.
Mas se até lá você não tiver desistido, irei a seus concertos com grande prazer!
Explicasax.com.br
Sobre o saxofone
por Roberto Stepheson
Foi inventado por volta de 1840 na Bélgica pelo clarinetista e construtor de instrumentos chamado
Adolphe Sax. É um instrumento de metal, geralmente de latão, de mecânica parecida (mas não é) ao da
flauta e clarinete (Bennett, 1985). Possui 26 orifícios acionados por 23 chaves (instrumentos mais
atuais) com sapatilhas de couro ou outro material similar, uma boquilha de madeira, material sintético
ou metal onde se acopla uma palheta geralmente de bambu (instrumento de palheta simples), e ainda
possui uma correia ou suporte que, preso ao instrumento e colocado no pescoço do músico, ajuda a
segurá-lo. O formato é praticamente idêntico a todos, sendo de forma similar a um cachimbo ou ainda
reto. Os mais usados são os saxofones soprano, alto, tenor e barítono, existindo, contudo, outros.
Vejamos a família completa do saxofone dispostos do menor para o maior, ou ainda do agudo para o
mais grave:
O som é produzido pela boquilha (espécie de apito) que, acionada pelo sopro do instrumentista, faz com
que a palheta vibre produzindo um som que é amplificado, moldado (devido ao material e a ressonância
do tudo) e alterado pelas combinações do dedilhado nas chaves dispostas no corpo do instrumento.
Roberto Stepheson
Todo bom saxofonista conhece bem as escalas, pois elas são o único meio que temos para nos
comunicar dentro da linguagem musical, além do ritmo é claro. A combinação desses dois recursos faz
surgirem músicas, músicos e estilos musicais variados. Você os usa para criar e comunicar-se dentro do
vasto campo da música. Não importa se você está tocando com uma banda, com um pianista, com um
guitarrista ou acompanha a execução de um CD, nem se você ligou o rádio e começou a acompanhar a
primeira música que tocou. Você só vai ter êxito se conhecer todas as escalas musicais. Como escalas
ainda não fazem parte do seu dia a dia, vou compará-las com algo mais corriqueiro para que você possa
entender a importância das escalas para nós músicos.
As escalas são como os idiomas. O músico que estuda seriamente, seja ele profissional ou amador,
precisa ser um poliglota; falar e entender as várias línguas que por nós são chamadas de tonalidades. É
normal um músico perguntar ao outro em que tonalidade irão tocar uma determinada música. Essa
pergunta é feita justamente para que não comecem a tocar a mesma música em tonalidades diferentes.
Vamos dar um exemplo: imagine que dois governadores irão em rede de televisão para todo o Brasil,
sendo que um discursará em alemão e o outro em japonês. Os dois dizem ao mesmo tempo: "De agora
em diante, quem não estudar as escalas musicais será considerado um analfabeto musical". É lógico
que o público não entenderá nada. Se quiserem ser entendidos por todos eles devem falar em
português, que é o nosso "tom", ou não transmitirão nada. Na música é a mesma coisa: a música é a
forma de transmissão, a fala; as escalas musicais são o idioma. Para cada tom temos uma escala
correspondente.
Como todo o país tem seus Estados, com costumes e sotaques diferentes, podemos relacioná-los da
seguinte maneira: o tom é o idioma; os acordes são os sotaques observados em cada Estado.
Como toda língua é falada de maneira diferente de um Estado para outro, temos acordes diferentes
para usar no decorrer de cada música. A utilização de diferentes acordes dentro de um mesmo tom na
composição de uma música constitui o objeto do nosso estudo: como falar em cada acorde dentro de
um mesmo tom. O mais importante é desenvolver a habilidade de comunicar com todos os acordes
dentro de cada tom. Só após dominar essa linguagem é que você poderá comunicar-se com cada
Estado, lançando mão dos seus sotaques e palavras típicas. Isso cria uma enorme diferença entre os
músicos que improvisam e é justamente nesse domínio da linguagem.
É por isso que o músico precisa dominar primeiro o idioma clássico da cada país (o tom) para que possa
se comunicar e ser entendido por todos. Quando um cantor está cantando, ele está dentro de um
determinado tom. Se quiser tocar junto com ele, você deverá obrigatoriamente de tocar no mesmo tom,
caso contrário vai atrapalhá-lo, emitindo notas fora do tom, o que poderá fazer o cantor "perder o tom".
Existem 12 tons MAIORES e 12 tons MENORES.
Para que você comece a entender melhor essa história de tom, admita que o cantor esteja cantando em
fá maior. Você terá também de tocar no mesmo tom, ou seja, só poderá usar notas de escala de fá
maior. Desse modo você estará "dentro do tom"; é como se estivesse falando para todos os Estados
usando o idioma que todos entendem. O que o músico mais experiente e treinado faz é usar outras
escalas, de acordo com o acorde que estiver soando naquele momento dentro da música, enriquecendo
ainda mais seu material e ampliando seu campo de criação e expressão seria então como o uso dos
sotaques, palavras e expressões de cada estado (acorde) durante seu discurso.
Basicamente, a diferença auditiva é: os tons maiores são mais alegres e os tons menores são mais
tristes. Eles podem ser maiores ou menores; a diferença técnica entre os maiores e os menores reside
em uma única nota: a alteração da terça na escala, como mostraremos mais a frente. Porém, o mais
importante agora é conhecer as tonalidades maiores, pois elas constituem a matriz; delas originam-se
todas as outras escalas (alterações) e o modo menor (tom menor). Enquanto você não dominar muito
bem as escalas maiores, não adianta estudar outras escalas, pois você só irá criar confusão. Após
dominar as escalas maiores, você conseguirá entender esse universo sonoro e seus mistérios. Não perca
tempo estudando os sotaques, se voce não consegue ainda comunicar-se no idioma básico! Para ajudá-
lo a dominar as tonalidades, preparei no Método de Estudos para Improvisação uma série de exercícios
de escalas e arpejos que simultaneamente servirá para incutir em voce o sotaque da improvisação. A
base da técnica de qualquer música o que queira obter êxito com sua música sempre foi, e continuarão
sendo, as escalas e os arpejos. Não importa o estilo musical, seja Rock, Blues, Clássico, Barroco,
Sertanejo, Jazz etc, lá estarão as escalas e arpejos. Por isso, os professores de instrumento insistem
tanto com seus alunos para que conheçam escalar e arpejos, pois o domínio dessas ferramentas é
condição para que você comunique-se bem DENTRO DO IDIOMA MUSICAL. Portanto, não perca tempo,
pois à medida que você for estudando, começará a entender e aprenderá a amar as escalas e os
arpejos, eles serão seu elo de ligação com o mundo musical. Você aprenderá a escutar o tom e a
identificá-lo, pois seus ouvidos estarão treinados e você adquirirá uma maior consciência musical. Ainda
que agora tocas as escalas s os arpejos não lhe diga nada, tenha paciência e acredite no seu professor,
pois ele próprio é testemunho da importância das escalas e os arpejos na formação musical de todo
bom músico.
Ivan Meyer
Palhetas
por Kléber Ferraz
As palhetas são peças fundamentais para um bom desempenho sonoro do saxofone. Mas não é tão
simples assim escolher boas palhetas, por exemplo:
Se você é um iniciante, precisa de uma palheta branda, ou seja, uma palheta de numeração ½ ou no
máximo 2. Pois quanto maior a numeração, maior a dificuldade de tocá-la. Dê preferência às palhetas
brancas comuns, pois possuem um som mais encorpado. Quanto às marcas, existem muitas no
mercado, e aqui vão algumas dicas:
Rico comum, Vandorem Java, La voz, Frederick Henck, Fibracel, etc.
Todas as palhetas após o uso devem ser retiradas, secas e guardadas, caso contrário, você terá sua
vida útil bastante reduzida.
*Na minha opinião, a Fibracel é uma palheta com características que nenhuma outra possui. Ela possui
película de poliéster que impede que a umidade a danifique, e ainda resiste mais a acidentes ocasionais
que costumam ser o principal problema das palhetas comuns.
Além de emitir um som forte e bem definido, é uma ótima opção para quem não gosta de perder tempo
amaciando uma palheta. Sua numeração é como a La voz, Soft, Med Soft e Hard.
Kléber Ferraz