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Aula 04

Banco de Dados Avançados para Concursos - Curso Regular


Professor: Thiago Rodrigues Cavalcanti
Georreferenciamento e banco de dados orientado a objetos
Prof. Thiago Rodrigues Cavalcanti Aula 04

AULA 04: Noções de georreferenciamento e


banco de dados orientado a objetos

Sumário
Banco de dados orientado a objetos – OO ............................................................................. 1
1. Introdução ....................................................................................................................... 1
2. Conceitos de orientação a objetos......................................................................... 2
3. Características de BD orientados a objetos ....................................................... 5
3.1. Modelo de objetos ODMG ...................................................................................... 6
Informação geográfica e Sistemas de informações geográficos. .................................. 9
4. Conceitos básicos ......................................................................................................... 9
4.1. Definição de Sistemas de informações geográficos (GIS ou SIG) ...... 13
4.2. A diversidade dos SIG .......................................................................................... 19
5. Sistemas de Georrefenciamento .......................................................................... 21
5.1. Sistemas contínuos ................................................................................................ 21
5.2. Sistemas discretos ................................................................................................. 22
5.3. Dado cartográfico (datum) ................................................................................. 22
5.4. Sistemas de coordenadas ................................................................................... 24
5.4.1. Coordenadas Geocêntricas ............................................................................. 25
5.4.2. Coordenadas Geográficas................................................................................ 26
5.4.3. Projeção de coordenadas em mapas .......................................................... 27
5.5. Universal Transverse Mercator.......................................................................... 29
Questões comentadas .................................................................................................................. 31
Considerações finais ...................................................................................................................... 49
Referência ......................................................................................................................................... 49

Banco de dados orientado a objetos – OO

1. Introdução

Apresentamos abaixo um pouco das características dos bancos de dados


Orientados à Objetos. Com um nicho de mercado bastante reduzido, quando
comparado com os bancos de dados relacionais e os mais recentes bancos
NoSQL, os bancos de dados OO superam certas limitações existentes nos SGBDs
relacionais. A principal desvantagem dos modelos relacionais está na forma
bidimensional das relações ou tabelas. Assim, qualquer tipo de dado complexo,
como atributos compostos ou multivalorados são de difícil representação.
Sistemas mais complexos demandam uma estrutura de armazenamento
diferenciada. Os sistemas de informação geográficos (GIS) são exemplos de
sistemas complexos. Objetos representam dados complexos de forma natural.
São duas as formas de integrar conceitos de orientação a objetos aos bancos de
dados, a integração pode feita utilizando sistemas objetos-relacional ou sistemas
orientados a objetos.

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Boa parte dos sistemas de computação modernos são baseados nos


princípios de orientação a objetos. Objetos podem ser organizados, classificados,
criados, destruídos e assim por diante. Você que já programou em Java, C# ou
SMALLTALK deve conhecer a maioria dessas ideias. Para nivelar o conhecimento
e estruturar nossa linha de raciocínio vamos começar fazendo um resumo dos
conceitos de OO.

2. Conceitos de orientação a objetos


Sabemos que esse assunto é tratado em detalhes nas aulas de
desenvolvimento de software, contudo, queremos fazer uma rápida revisão que
permita o seu entendimento completo de todo assunto de banco de dados
incluso neste contexto.
Os conceitos de orientação a objetos remontam à década de 1960 com o
surgimento da linguagem Simula, abreviação de Simulation Language. Ela foi
concebida para construção de modelos precisos e complexos como grandes
construções, aeronaves e máquinas pesadas. Esses modelos geralmente tinham
milhares de variáveis, elas seriam agregadas de acordo com suas
funcionalidades em objetos. A composição de objetos menores formaria um
objeto maior e mais complexo. Imagine o contexto de aviação, o motor, as asas,
a cabine, todos são objetos que fazem parte do objeto avião.
Um objeto pode ser definido como uma unidade autocontida que possui
operações e dados, também conhecidos como atributos e métodos.
Diferentemente da programação estruturada, os dados não aparecem mais
isoladamente, eles são acoplados dentro dos objetos. Essa ideia pode ser
visualizada na figura abaixo.

Sistemas orientados a objetos devem fornecer benefícios significativos em


termos de reuso e facilidade de manutenção do software. Bases de dados
relacionais e a tecnologia de orientação à objetos atuam em sentidos opostos
quando pensamos do ponto de vista de dados e aplicação. Contudo, elas
precisam se comunicar de forma minimamente amigável. Veremos como isso foi
feito mais na frente quando falarmos dos mecanismos de integração objeto-
relacional. Antes, porém, quero apresentar para vocês outros conceitos.
Precisamos entender que um programa pode ser visto como uma coleção
de objetos bem definida. Todos esses objetos se relacionam entre si quando
necessário para executar os processos ou operações definidas para o sistema.

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Na tecnologia de orientação à objetos, as operações ou funções são conhecidas


como métodos. As variáveis, por sua vez, são denominadas atributos.
Vamos imaginar um cachorro como objeto, os olhos, ouvidos, nariz e
pernas são os seus atributos. Da mesma forma, latir, comer, correr são métodos
do objeto cachorro. Essa natureza autossuficiente dos objetos é muito
interessante. Por exemplo, no momento em que pensamos em um cachorro,
podemos descrever tudo sobre ele, quer sob a forma de atributos ou métodos.
Esta característica da tecnologia de objetos é bastante cativante e útil. Do
ponto de vista do designer, isso significa que um objeto não depende de
outros objetos para seus próprios recursos e características. Da mesma forma,
do ponto de vista do programador, um objeto pode ser construído como uma
caixa preta que é completamente autossuficiente e pode ser seguramente
guardado do mundo exterior.
Outro ponto importante dentro da construção dos conceitos de OO foram
os tipos abstratos de dados, que ocultam as estruturas internas dos dados e
especificam todas as possíveis operações externas aplicáveis a um objeto, isso
nos leva ao conceito de encapsulamento. Na literatura, a linguagem de
programação SMALLTALK foi a primeira a incorporar explicitamente conceitos
adicionais de OO, como troca de mensagens e herança. SMALLTALK foi
considerada inclusive a primeira linguagem de programação OO pura.
Já falamos que um objeto possui dois componentes: estado (valor) e
comportamento (operações). Comentamos também que eles podem ter
estruturas de dados complexas e operações típicas definidas durante a
implementação do programa. Os objetos possuem ainda outras peculiaridades,
falaremos agora sobre algumas delas.
Objetos podem ser classificados como transientes, que só existem
durante a execução do programa. Um banco de dados pode estender a
existência de um objeto, armazenando-os de forma permanente, neste caso os
objetos são denominados persistentes. Objetos persistentes são armazenados
permanentemente, em memória secundária, permitindo o compartilhamento
desses objetos entre vários programas. Compartilhar objetos nos leva a
necessidade de controle de concorrência e recuperação.
A estrutura interna de um objeto nas linguagens de programação OO
incluem a especificação de variáveis de instância, as quais mantêm os valores
que definem o estado interno do objeto. Em outras palavras elas armazenam os
valores dos atributos de uma classe. Percebam que esses atributos podem ser
outros objetos. Vejam ainda que esses atributos internos podem não ser visíveis
aos usuários. Se pensarmos em Java, é possível definir um como atributo
private, neste caso o atributo, por se só, não é visível a usuários externos.
O conceito de encapsulamento é uma das principais características das
linguagens e dos sistemas OO. Ele também está relacionado ao conceito de tipos
de dados abstratos e ocultação de informações presentes nas linguagens de
programação. Esse conceito é aplicado a objetos de bancos de dados OO no
momento em que podemos definir um comportamento de um tipo de objeto
com base nas operações que podem ser aplicadas externamente aos objetos.
Algumas operações podem ser usadas para inserir ou excluir os objetos.
Outras têm a capacidade de modificar o estado ou ainda recuperar os valores
dos objetos. Em geral, a implementação de uma operação pode ser

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especificada em uma linguagem de programação de uso geral a qual oferece


flexibilidade e poder na definição das operações.
Os usuários externos dos objetos só tomam conhecimento da interface
das operações, nelas são definidos o nome e os parâmetros de cada operação,
conhecida também como assinatura. Por outro lado, a implementação ou
codificação da operação é denominada método.
Imagine fazer um método para acessar cada resultado diferente que pode
ser retornado de um determinado objeto. Não seria uma tarefa fácil! Pensando
nisso as aplicações de banco de dados relaxam o requisito de encapsulamento
total. Uma forma de construir esse relaxamento é dividir a estrutura de um
objeto em atributos visíveis e ocultos. Atributos visíveis podem ser acessados
diretamente por meio de uma linguagem de consulta, conhecida como object
query language - OQL. Para acessar os objetos eles precisam estar definidos em
forma de uma classe.
Navathe explica que um dos objetivos dos bancos de dados OO é manter
a correspondência entre objetos do banco de dados e do mundo real, assim
esses objetos não perdem sua integridade e identidade, podendo ser facilmente
identificados e acessados. O banco de dados OO fornece um identificador do
objeto (object identifier - OID), único, gerado pelo sistema para cada objeto.
A principal propriedade exigida de um OID é que ele seja imutável, isto
é, o valor do OID para um objeto específico não deve ser modificado. Também é
desejável que o OID seja utilizado apenas uma vez, ou seja, mesmo que o
objeto seja removido do banco de dados seu OID não deverá mais ser utilizado.
Essas propriedades fortalecem a necessidade do OID não depender de quaisquer
valores de atributos do objeto, uma vez que esse valor não deve ser modificado
ou corrigido.
A maioria dos SGBDOO permitem a representação tanto de objeto, quanto
de valores. Se pensarmos em Java, os valores são atributos que representam os
tipos primitivos. Cada objeto deve possuir um OID não modificável, enquanto
um valor não possui um OID. Desta forma, um valor normalmente é
armazenado em um objeto e não pode ser referenciado a partir de outros
objetos. Em alguns sistemas, se necessário, valores complexos estruturados
também podem ser criados sem possuir um OID correspondente.
Esses valores complexos são consequência de outra característica da
orientação a objetos que pode ter uma estrutura de objeto de complexidade
arbitrária, de forma a conter todas as informações necessárias para descrever
o objeto. Essa complexidade torna a implementação de SGBDOO bem mais
complexa quando comparada com banco de dados relacional. No modelo
relacional a complexidade é distribuída em várias tabelas e construída por meio
do relacionamento entre os registros.
Nos bancos de dados de objetos, um tipo complexo pode ser construído
com base em outros tipos pelos aninhamento de construtores de tipo. Os três
construtores mais básicos são: atômico, que define os tipos primitivos da
linguagem; struct ou tuplas, que tratas os tipos compostos considerado um
gerador de tipos; e construtores de coleções ou multivalorados, que incluem as
tipos set(T), list(T), array(T) e dictionary(K,T).
Outro conceito chave em sistemas OO é o de herança e às hierarquias
de tipo e classe. Este conceito permite a especificação de novos tipos ou classes

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que herdam parte de suas estruturas e/ou operações de classes previamente


definidas.
Vamos apresentar agora as definições de sobrecarga de operador e
polimorfismo. A sobrecarga de operador, se refere à capacidade de uma
operação ser aplicada a diferentes tipos de objetos. Em tal situação, um nome
de operação pode se referir a diferentes implementações, dependendo do tipo de
objeto ao qual é aplicado.
Esse recurso também é chamado de polimorfismo de operador. Por
exemplo, uma operação que calcula a área de um objeto geométrico pode diferir
em seu método, dependendo do objeto ser do tipo triângulo, retângulo ou
círculo. Isso pode exigir o uso de uma funcionalidade conhecida como late
binding ou ligação tardia que é responsável por fazer a escolha ou a execução do
método correto de acordo com o objeto sobre o qual a operação é executada.
Vejam abaixo um resumo com as principais características de orientação a
objetos.

Resumo! Dica do professor!

Identidade de objetos: Os objetos possuem identificadores únicos que são


independentes de seus valores de atributos.
Construtores de tipos: Estruturas de objetos complexos podem ser
construídas recursivamente aplicando-se um conjunto de construtores básico,
como tuple, set, list e bag.
Encapsulamento de operações: A estrutura do objeto e as operações que
podem ser aplicadas aos objetos são incluídas nas definições da classe de
objetos.
Compatibilidade com a linguagem de programação: Objetos transientes
e persistentes são manipulados de modo uniforme. Os objetos tornam-se
persistentes ao serem anexados a uma coleção persistente ou por nomeação
explícita.
Hierarquia de tipo e herança: Tipos de objetos podem ser especificados
pelo uso de uma hierarquia de tipos, a qual permite a herança de atributos e
métodos anteriormente definidos. A herança múltipla é permitida em alguns
modelos.
Extensões: Todos os objetos persistentes de um tipo particular podem ser
armazenados em uma extensão. As extensões são correspondentes a uma
hierarquia de tipos possuem restrições de conjunto/subconjunto associadas a
elas.
Suporte a objetos complexos: Objetos complexos estruturados e não
estruturados podem ser armazenados e manipulados.
Polimorfismo e sobrecarga de operador: Operações e nomes de métodos
podem ser sobrecarregados para serem aplicados a diferentes tipos de
objetos com diferentes implementações.
Criação de versões: Alguns sistemas OO oferecem suporte para
manutenção de diversas versões do mesmo objeto.

3. Características de BD orientados a objetos


Outra percepção possível é que os SGBDOO permitem uma integração
direta entre as linguagens orientadas a objetos e as funcionalidades presentes
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em um SGBD. Vejam a figura a abaixo, ela apresenta a sistematização desta


composição.

Bancos de dados orientados a objetos combinam os conceitos de


programação orientada a objetos e recursos de banco de dados para fornecer
um sistema de desenvolvimento de aplicativos integrado. Além de conceitos de
programação orientada a objetos básicos, tais como encapsulamento, herança,
polimorfismo e ligação dinâmica, banco de dados orientado a objetos também
suportam persistência e controle de versão.
A persistência é uma das características mais importantes dos sistemas
de banco de dados orientado a objetos. Em uma linguagem de programação
orientada a objetos (LPOO), os objetos são de natureza transitória ou
transientes, ou seja, eles só existem durante a execução do programa e
desaparecem após o programa terminar. A fim de converter uma LPOO em uma
linguagem de programação persistente, os objetos precisam ser feitos
persistentes, ou seja, os objetos devem persistir mesmo após o término do
programa.
Bancos de dados OO armazenam objetos persistentes permanentemente
no armazenamento secundário, para que possam ser recuperados e
compartilhados por vários programas. Os dados armazenados no banco de
dados OO são acessado diretamente a partir da linguagem de programação
orientada a objetos. Sempre que um objeto persistente é criado, o sistema
retorna um identificador de objeto (OID) persistente. O OID persistente é
implementado através de um ponteiro persistente, que aponta para um objeto
no banco de dados e permanece válido mesmo após o término do programa.
Outra característica importante dos SGBDOO é o versionamento. O
versionamento permite manter várias versões de um objeto, e o SGBDOO
fornece recursos para lidar com todas as versões do objeto. Esse recurso é
especialmente útil para aplicações de engenharia e design em que a versão mais
antiga do objeto que contém um modelo testado e verificado deve ser mantida
até a sua nova versão ser testada e lançada.

3.1. Modelo de objetos ODMG


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O object data management group (ODMG), um subgrupo do object


management group (OMG), criou um modelo de objeto para os sistemas de
banco de dados orientado a objetos. O OMG é um conjunto de centenas de
fornecedores de soluções OO cuja finalidade é estabelecer padrões para a
tecnologia de objetos. Em 1993, a primeira versão do ODMG foi publicada e foi
chamada de padrão ODMG-93 ou ODMG 1,0. Mais tarde, o padrão foi revisto no
ODMG 2.0, que incluiu uma arquitetura e definições comuns para um SGBDOO,
definições para um modelo de objeto, uma linguagem de definição de objeto
(ODL) e linguagem de consulta de objeto (OQL).
A linguagem de definição de objeto (ODL) foi concebida para representar
a estrutura de um banco de dados orientado a objetos. A ODL serve a mesma
finalidade que a DDL (parte do SQL), e é usada para suportar várias construções
especificadas no modelo de objetos ODMG. O esquema de banco de dados é
definido independentemente de qualquer linguagem de programação, e então os
vínculos de linguagem específicos são utilizados para mapear construções ODL
para as construções em linguagens de programação específicas, como C++,
Java ou Smalltalk. O principal objetivo da ODL é modelar as especificações de
objetos (classes e interfaces) e suas características. Qualquer classe no processo
de design tem três características que são atributos, relacionamentos e
métodos. A sintaxe para a definição de uma classe usando ODL é mostrada
abaixo.
class <nome> {
<lista de propriedades>
};
Vamos agora apresentar um exemplo prático. Nosso exemplo considera
uma livraria online, vamos definir o objeto LIVRO com três atributos ISBN,
TITULO e TIPO.
class LIVRO {
attribute string ISBN;
attribute string TITULO;
attribute enum TIPO
{Novel, Textbook, Languagebook} Category;
relationship set <CLIENTE> compradosPor
inverse CLIENTE :: compras;
};
Vejam que o campo Category por ser do tipo enum pode receber como
valores qualquer um dos tipos entre colchetes. Outro ponto interessante é a
criação de um relacionamento. Percebam que o livro pode ser vendido para
vários clientes e o cliente pode fazer diversas compras.
É possível ainda usar a linguagem ODL para definição de métodos e
hierarquia de tipos. Vejam o exemplo da construção do método, nele podemos
visualizar um parâmetro de entrada (in) e um de saida (out), bem como a
possibilidade de lançamento de exceção (raise):
void find_cust(in string city; out string cust_name)

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raises(city_not_valid);
Vamos agora apresentar a estrutura definida pela OMG para extensão de
tipos. Com esses elementos é possível construir um modelo aderente aos
conceitos de orientação a objetos.
class JOURNAL extends LIVRO {
attribute string VOLUME;
attribute string Emailauthor1;
attribute string Emailauthor2;
};
Até aqui seguimos o fluxo de tarefas referentes à definição dos objetos
nas bases de dados OO. Representado na figura abaixo pela cadeia mais à
esquerda. Seguiremos agora nosso entendimento com os conceitos referentes à
OML.

A linguagem de manipulação de objetos (OML) é uma extensão da OQL.


Considerando que a OQL é um padrão genérico que pode ser usado em
linguagens POO (assim como sintaxe SQL é a mesma, não importa qual
linguagem de programação você usa para acessá-lo), a OML é específica para
cada linguagem OO. Assim, OQL seria sempre o mesmo para Java, C ++ e C #,
mas OML seria diferente para essas linguagens. OML inclui suporte para SQL
INSERT, UPDATE e DELETE. Focaremos nossa atenção na OQL.
A Object Query Language é uma linguagem de consulta padrão projetada
para o modelo de objetos ODMG. Assemelha-se a SQL, mas ele também suporta
os conceitos de orientação a objetos, tais como a identidade de objeto, herança,
conjuntos de relacionamento e operações. Ela pode ser usada para consultar
bancos de dados de objetos interativamente, escrevendo consultas ad hoc, ou
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incorporada em linguagens de programação orientada a objetos, como C ++,


Java, Smalltalk. Uma consulta incorporada (embedded) resulta em objetos que
combinam com o sistema de tipos da linguagem de programação.
Cada consulta em OQL precisa de um ponto de entrada no banco de
dados para processamento. Geralmente, o nome de uma extensão de uma
classe é utilizado como um ponto de entrada. No entanto, qualquer objeto
persistente chamado também pode ser utilizado como um ponto de entrada do
banco de dados. Usando um nome de extensão como um ponto de entrada em
uma consulta ela retorna uma referência a uma coleção persistente de objetos.
Em OQL, tal coleção é referida por uma variável de iteração (semelhante a tupla
de variáveis em SQL) que varia em cada objeto na coleção.
A sintaxe básica de OQL usa "SELECT-FROM-WHERE", como para SQL. Por
exemplo, a consulta para recuperar os títulos de todos os livros de texto pode
ser especificada da seguinte forma:
SELECT L.TITULO
FROM LIVRO L
WHERE L.Category = ‘Textbook’;
Para acessar os atributos relacionados e objetos do objeto dentro da
coleção, podemos especificar uma expressão de caminho (path expression). Ele
começa no nome do objeto persistente ou a variável iterada, então é seguido
por zero ou mais nomes de conjuntos de relacionamento ou nomes de atributos
conectados, usando a notação de ponto. Para entender a expressão de caminho,
considere uma consulta que exibe os títulos de todos os livros comprados por
Flavia, que é mostrado abaixo.
SELECT L. TITULO
FROM LIVRO L
WHERE L.compradosPor.Name = ‘Flavia’;
Com isso terminamos nossa rápida introdução a bancos de dados
orientados a objetos. Agora passaremos a analisar os conceitos relacionados a
geoprocessamento e sistemas de informação geográficos.

Informação geográfica e Sistemas de informações


geográficos.

4. Conceitos básicos

A sociedade atual é tão dependente de computadores e de informações


computadorizadas que mal percebe quando uma ação ou atividade faz uso deles.
Ao longo das últimas décadas, temos desenvolvido sistemas extremamente
complexos para manuseio e processamento dos dados representados na única
forma aceitável pelos computadores: uma cadeia de zeros e uns, ou bits (dígitos
binários).

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No entanto, por meio desses bits deve ser possível representar não apenas
números e letras, mas de sons, imagens e até mesmo o conteúdo de mapas. Na
verdade, pode ser impossível dizer se os bits passando em alta velocidade por
uma linha telefônica ou armazenados em um CD-ROM (compact disk-read-only
memory) representam uma música ou as últimas cotações dos preços de ações.
Ao contrário da maioria de seus antecessores, a tecnologia para o
processamento de informações tem sucesso, em parte devido à sua capacidade
de armazenar, transmitir e processar uma variedade extremamente ampla de
tipos de informação de forma generalizada.

A informatização abriu um novo e vasto potencial na maneira como nos


comunicamos, analisamos nosso ambiente e tomamos decisões. Os dados que
representam o mundo real podem ser guardados e processados de modo que
mais tarde sejam apresentados em formas simplificadas para atender
necessidades específicas. Muitas de nossas decisões dependem dos detalhes de
nosso entorno ou de informações sobre locais específicos na superfície da Terra.
Tal informação é chamada geográfica porque nos ajuda a distinguir um
lugar de outro e tomar decisões sobre quais lugares são mais
apropriados.

Informação geográfica nos permite aplicar princípios gerais às condições


específicas de cada local, permite-nos acompanhar o que está acontecendo em
qualquer lugar, e nos ajuda a entender como um lugar difere de outro. A
informação geográfica, então, é essencial para o planejamento eficaz e a tomada
de decisão na sociedade moderna.

Estamos acostumados a pensar sobre a informação geográfica na forma de


mapas, fotos tiradas a partir de aeronaves, e imagens recolhidas a partir de
satélites, por isso pode ser difícil no início entender como essa informação pode
ser representada em formato digital como cadeias de zeros e uns. Esse
problema é uma das questões centrais desta aula.

Se pudermos expressar o conteúdo de um mapa ou imagem em formato


digital, o poder computacional abre um enorme leque de possibilidades de
comunicação, análise, modelagem e tomada de decisões precisas (veja a figura
a seguir). Ao mesmo tempo, devemos constantemente estar cientes do fato de
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que a representação digital da geografia não é igual à geografia em si, sabemos


que qualquer representação digital envolve algum grau de aproximação.

Desde meados da década de 1970, sistemas especializados foram


desenvolvidos para processar a informação geográfica de várias maneiras, entre
elas as seguintes:

 Técnicas para introduzir informação geográfica, convertendo as


informações para a forma digital.

 Técnicas para armazenar tais informações em formato compacto em


discos de computador, discos compactos (CDs) e outras mídias de
armazenamento digital.

 Métodos para análise automatizada de dados geográficos, para procurar


padrões, combinar diferentes tipos de dados, fazer medições, encontrar
locais ideais ou rotas, e uma série de outras tarefas.

 Métodos para prever o resultado de vários cenários, tais como os efeitos


da mudança climática sobre a vegetação.

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 Técnicas para a apresentação dos dados na forma de mapas, imagens e


outros formatos.

 Capacidades para saída dos resultados sob a forma de números e tabelas.

O nome coletivo para tais sistemas é sistemas de informação


geográfica (SIG). O acrônimo GIS, que reprsenta a sigla em inglês, passou a
significar muito mais do que um sistema de software que processa, armazena e
analisa dados geográficos. GIS é uma área de aplicação extremamente relevante
para a tecnologia digital. Sua indústria de software vem crescendo a mais de
10% ao ano durante muitos anos nos Estados Unidos, e dados recentes relativos
a vendas anuais totais de software GIS apenas na Europa ultrapassam US$ 3.3
bilhões. O termo GIS é associado com qualquer atividade que envolva dados
geográficos digitaís.

Embora seja muito fácil de comprar as partes constituintes de um sistema


GIS (o hardware e as ferramentas de software), o sistema funciona apenas
quando o conhecimento técnico necessário está disponível, os dados são
compilados, as rotinas necessárias são organizadas, e os programas são
modificados para se adaptarem à aplicação. O intervalo de tempo necessário
para um projeto de GIS pode variar de meses até anos.

Essas facetas de um projeto de GIS estão interligadas na figura abaixo. Em


geral, a aquisição de hardware e software, embora seja vital, é possivelmente a
parte mais simples do projeto. A especialização exigida é muitas vezes
subestimada, a compilação de dados é cara e demorada, e os problemas de
organização podem ser extremamente estressantes.

Tradicionalmente, os dados geográficos são apresentados nos mapas com a


utilização de símbolos, linhas e cores. A maioria dos mapas tem uma
legenda na qual esses elementos são listados e explicados - uma linha preta
grossa para estradas principais, uma linha preta fina para estradas secundárias,
e assim por diante.

Dados diferentes podem ser sobreposto em um sistema de coordenadas


comum. Por conseguinte, um mapa é tanto um meio eficaz para a apresentação
quanto um banco de armazenamento de dados geográficos. Mas é aí que reside
uma limitação. As informações armazenadas são processadas e apresentadas de
uma forma particular, geralmente para uma finalidade específica.

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Alterar a apresentação raramente é fácil. Um mapa fornece uma imagem


geográfica estática que é quase sempre uma relação entre muitas necessidades
de usuário diferentes. No entanto, os mapas são um bem público substancial.
Pesquisas realizadas na Noruega indicam que o benefício acumulado a partir do
uso de mapas é três vezes que o custo total da produção.

Em comparação com mapas, GIS tem a vantagem inerente de que o


armazenamento e a apresentação de dados são separados. Como resultado,
os dados podem ser apresentados de diversas maneiras. Uma vez que eles são
armazenados em um computador, podemos ampliar ou reduzir um mapa, exibir
áreas selecionadas, fazer cálculos da distância entre os locais, apresentar
quadros com detalhes de recursos mostrados no mapa, sobrepor o mapa com
outra informação, até mesmo procurar os melhores locais para lojas de varejo.

Com efeito, podemos produzir muitos produtos úteis a partir de uma única
fonte de dados. Vejam a figura abaixo:

4.1. Definição de Sistemas de informações


geográficos (GIS ou SIG)
O termo sistema de informação geográfica (SIG) é usado genericamente
para qualquer recurso baseado em computador para a manipulação de
dados geográficos. Um GIS inclui não só o hardware e software, mas também
os dispositivos especiais utilizados para a manipulação e criação de mapas de
entrada, juntamente com os sistemas de comunicação necessários para ligar
vários elementos.

As funções de um sistema de informações incluem: aquisição e verificação,


compilação, armazenamento, atualização e mudanças, gestão e intercâmbio,
manipulação, recuperação e apresentação, além da análise e combinação de
informações geográficas. Essas ações e operações são aplicadas por um SIG aos
dados geográficos que formam sua base de dados.

Todos os dados em um SIG são georreferenciados, isto é, relacionados a


um local específico sobre a superfície da terra através de um sistema de
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coordenadas. Um dos sistemas mais comuns de coordenadas é o de latitude e


longitude. Neste sistema cada local é especificado em relação ao equador e a
linha de longitude zero de Greenwich, na Inglaterra. Mas existem muitos outros
sistemas de coordenadas, e qualquer SIG deve ser capaz de transformar as suas
informações de localização de um sistema para outro.

A informação geográfica atribui uma variedade de qualificações ou


características às localizações geográficas. Estas qualificações podem ser
parâmetros físicos, tais como elevação do solo, nível de umidade do solo, ou a
temperatura atmosférica, bem como as classificações de acordo com o tipo de
vegetação, as propriedades da terra, zoneamento, e assim por diante.

Ocorrências como acidentes, inundações ou deslizamentos de terra também


podem ser incluídas. Nós usamos o termo geral atributo para se referir às
qualificações ou características de lugares e pensar neles como um dos dois
elementos básicos da informação geográfica, juntamente com os locais.

Em alguns casos, as qualificações estão associadas a pontos, mas em


outros casos se referem a recursos mais complexos, por exemplo, linhas ou
áreas, localizadas na superfície da Terra. Em tais casos, o SIG deve armazenar
todo o espaço mapeado na forma da característica em vez de uma simples
localização de coordenadas. Um exemplo de recursos comumente mapeados são
lagos, cidades, condados, rios e ruas, cada um com seu conjunto de atributos
úteis. Veja a figura abaixo com alguns exemplos de características que podem
ser definidas para um mapa.

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Quando um recurso é usado, como uma zona ou área, para geração de


relatórios estatísticos, uma vasta quantidade de informação pode estar
disponível para ser usada como atributos para a zona em um SIG. Em pesquisas
de mercado, por exemplo, é comum que os códigos postais sejam usados como
base para relatórios sobre dados demográficos e hábitos de compra.

As relações entre as características geográficas muitas vezes fornecem


informações vitais. Por exemplo, as conexões de uma rede de tubulação de
abastecimento de água podem ser críticas para os bombeiros, que precisam
saber quais das válvulas eles devem fechar a fim de aumentar a pressão da
água, enquanto apagam o fogo.

Os detalhes de propriedades que fazem fronteira com uma estrada são


necessários se todos os proprietários afetados pela mesma devem ser
devidamente notificados. Ligações entre as ruas são importantes na utilização de
um SIG para ajudar os motoristas a navegar em torno de uma cidade
desconhecida, utilizando o WAZE ou GoogleMaps, por exemplo.

A capacidade de um SIG para armazenar relações entre características,


além de locais e atributos, é uma das fontes mais importantes de poder e
flexibilidade desta tecnologia. Alguns SIG podem até mesmo representar outras
medidas de interação entre as características para suportar aplicações de
transporte, demografia, comunicação e hidrologia, entre outras áreas.

Os dados armazenados podem ser processados em um SIG para a


apresentação na forma de mapas, tabelas, ou formatos especiais. Uma grande
força dos SIG é que a localização geográfica pode ser usada para conectar
informações de fontes amplamente dispersas (veja figura abaixo).

Devido à localização geográfica de cada item de informação numa base de


dados SIG, a tecnologia torna possível relacionar a qualidade das águas
subterrâneas em um local com a saúde dos seus habitantes, para prever como a
vegetação em uma área irá mudar à medida que o clima aquece, ou para
comparar as propostas de desenvolvimento com restrições ao uso da terra.

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Esta capacidade de sobrepor informações dá ao SIG um poder único para


nos ajudar a tomar decisões sobre os locais e para prever os resultados dessas
decisões. O único requisito é que a informação geográfica de cada fonte seja
expressa em sistemas georreferenciados compatíveis.

Um SIG pode processar dados georreferenciados e fornecer respostas às


questões que envolvem, por exemplo, os elementos de um determinado local, a
distribuição de fenômenos selecionados, as mudanças que ocorreram desde uma
análise anterior, o impacto de um evento específico, ou os relacionamentos e a
sistemática ou funcionamento padrão de uma região. Ele pode realizar análises
de dados georreferenciados para determinar a rota mais rápida entre dois
pontos e para ajudar a resolver os conflitos no planejamento através do cálculo
da adequação de terras para usos particulares.

Muitos SIG podem processar dados de uma ampla variedade de fontes,


incluindo dados obtidos a partir de mapas, imagens da Terra obtidas por
satélites espaciais, fotografias da Terra tiradas de aviões, de dados estatísticos
publicados, e os dados obtidos a partir de arquivos através da Internet e outras
redes.

A integração de dados é uma das funções mais importantes de um SIG, e


os dados que são integrados estão cada vez mais propensos a ser obtido a partir
de vários meios distintos de comunicação multimídia. Essa integração é uma
área ativa de pesquisa e desenvolvimento em SIG. Observem a figura abaixo
para entender melhor o assunto de integração dos dados em SIG.

Tecnicamente, um SIG organiza e explora dados geográficos digitais


armazenados em bancos de dados. Como mencionado anteriormente, os dados

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incluem informações sobre locais, atributos e a relações entre recursos. Mas


um banco de dados apenas pode aproximar o mundo real, na medida em que a
capacidade de armazenamento de uma base de dados é minúscula em
comparação com a complexidade do mundo real, e o custo da construção de
uma base de dados está diretamente relacionado com a sua complexidade.

O conteúdo de um livro de 100.000 palavras pode ser armazenado em


formato digital em cerca de um milhão de bytes. As informações em um mapa
topográfico são relativamente densas, e comumente levam 100 megabytes para
capturá-las em formato digital. Uma única imagem de um satélite de observação
da Terra pode conter 300 megabytes, o conteúdo de informação de 300 livros.

Embora, muitas vezes, pensamos no conteúdo de uma base de dados de


um SIG como equivalente a um mapa, há diferenças importantes. Em um mapa,
uma característica geográfica, tal como uma estrada ou de uma linha de energia
é mostrada como um símbolo, com a utilização de um gráfico que vai ser
prontamente entendido pelo leitor de mapa. A figura a seguir exemplifica tal
situração.

Em um banco de dados geográfico, uma linha de estrada ou de transmissão


de energia será representada por uma única sequência de pontos conectados por
linhas retas, e sua simbolização vai ser plotada quando ela for exibida. Um
moinho de vento será representado por um único ponto, com o atributo "moinho
de vento", e será substituído por um símbolo, quando apresentado. Esta
abordagem é económica, em que a forma geométrica do símbolo do moinho de
vento será armazenada apenas uma vez, e não repetido em cada local. Esta
estrutura também permite que uma análise seja mais eficaz.

As bases de dados são vitais em todos os sistemas de informação


geográfica, porque elas nos permitem armazenar dados geográficos, de forma
estruturada, que pode servir a muitos propósitos. Muitos SIG impõe outra
estrutura por meio de um sistema de gerencimento de banco de dados (SGBD)
para armazenar e gerir a totalidade ou parte dos dados em um subsistema em
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grande parte independente dentro do próprio SIG. Um SGBD é um produto de


software de uso geral, e o SIG que utilizam esta abordagem são, muitas vezes,
capazes de funcionar em conjunto com uma ampla gama de produtos de SGBDs.
Vejam a figura abaixo o relacionamento entre os SIG e os SGBS (BDMS).

O banco de dados subjacente a um SIG atinge muitos objetivos. Ele


garante que os dados são:

 Armazenados e mantidos em um só lugar.

 Armazenado de maneira uniforme, estruturada e controlada que pode ser


documentado.

 Acessados por muitos usuários ao mesmo tempo, e que cada um deles


tenha o mesmo entendimento do conteúdo do banco de dados.

 Facilmente atualizado com novos dados

Esse sistema contrasta com a forma tradicional de organizar e armazenar


dados no papel, em que são dados frequentemente:

 Armazenados de uma forma que seja compreensível por uma única


pessoa ou grupo.

 Facilmente corrompido pelo uso, ou editado de uma forma que seja


significativa apenas para o editor.

 Inacessível a qualquer pessoa que não seja o criador do sistema.

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 Armazenados em formatos e em escalas que são tão diversos que não


podem ser comparados ou agrupados.

 Difícil de atualizar

4.2. A diversidade dos SIG


Embora a definição geral de GIS dada aqui seja válida, na prática, a
diversidade de SIG gerou várias definições. Em primeiro lugar, os usuários têm
inventado definições de trabalho adequadas aos seus próprios usos específicos.
Assim, as definições podem variar dependendo dos operadores que podem ser
administradores, engenheiros, pessoal de serviço de suporte, funcionários
públicos ou cientistas.

Em segundo lugar, aqueles com uma abordagem mais teórica, como


pesquisadores e desenvolvedores de software, podem usar definições que são
diferentes daquelas usadas em aplicações práticas. Os sistemas podem ser feitos
sob medida, ou seja, montá-los a partir de kits disponíveis ferramentas de
software com módulos semi-independentes, componentes de hardware variados,
e outros dispositivos interoperáveis.

Muitas aplicações podem ser dirigidas através da aquisição de um único


produto SIG genérico e uma configuração padrão de hardware. SIG pode ser
visto em uma série de maneiras, incluindo:

 Um sistema de processamento de dados projetado para a produção de


mapas ou visualização.

 Um sistema de análise de dados para analisar os conflitos sobre os


terrenos ou otimizar o design de sistemas de transporte.

 Um sistema de informação para ser usado para responder a consultas


sobre as propriedades da terra ou o tipo de solo.

 Um sistema de gestão para apoiar as operações de uma empresa de


serviços públicos, ajudando a manter a sua rede de distribuição de tubos
ou cabos.

 Um sistema de planejamento para ajudar a concepção de sistemas de


estradas, escavações, ou operações de colheita florestal.

 Um sistema de navegação eletrônica para uso no transporte terrestre ou


marítima.

SIG são muitas vezes designados de acordo com a aplicação. Quando


usado para gerenciar registros de terra, eles são às vezes chamados de sistemas
de informação da terra; em aplicações de recursos municipais e naturais, eles

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são componentes importantes dos sistemas urbanos de informação (UISS) e


sistemas de informação de recursos naturais (NRISs), respectivamente.

Os termos espaciais e geográficos são frequentemente utilizados de forma


intercambiáveis, embora espacial também seja usado para referir-se a qualquer
dado tridimensional que pode não se relacionar diretamente com a superfície da
Terra. O termo GIS agora é aceito internacionalmente como um termo genérico
para todos os sistemas digitais concebidos para processar dados geográficos.

Como convém a uma amplitude de aplicações, o campo de SIG envolve


muitas disciplinas, aplicativos, tipos de dados, e usuários finais, dos quais são
exemplos:

 Disciplinas: ciências da computação, cartografia, fotografia, topografia,


sensoriamento remoto, geografia, hidrografia, estatística, ciências da
informação, planejamento.

 Aplicações: operação e manutenção de redes e outras instalações,


gestão dos recursos naturais, gestão imobiliária, planejamento de
estradas, produção de mapas.

 Dados: mapas digitais, imagem digitalizadas de mapas e fotos, dados de


satélite, dados de comportamento terrestre, imagens de vídeo, dados
tabulares, dados de texto.

 Usuários: engenheiros de abastecimento de água e esgoto, planejadores,


biólogos e cartógrafos, topógrafos.

Os recursos de software necessários para um SIG muitas vezes se


sobrepõem aos necessários a outros aplicativos de computador, particularmente
processamento de imagem e desenho assistido por computador (CAD).
Sistemas de processamento de imagem são projetados para executar uma
ampla gama de operações nas imagens capturadas por câmeras de vídeo,
câmeras fotográficas, e satélites de sensoriamento remoto. Hoje, a distinção
entre processamento de imagem e GIS está se tornando cada vez mais ténue,
pois as imagens se tornam cada vez mais fontes importantes de dados para os
SIG. Em termos gerais, no entanto, é conveniente pensar em sistemas de
processamento de imagem como preocupados principalmente com a extração de
informações a partir de imagens e SIG como preocupados com a análise dessas
informações.

Sistemas CAD foram desenvolvidos para suportar aplicações de design de


engenharia, arquitetura e áreas afins. Em geral, os sistemas CAD enfatizam o
projeto sobre a análise e muitas vezes não têm os recursos necessários para
processar os atributos complexos e informação de dados georreferenciados ou
para integrar os dados de muitas fontes.

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5. Sistemas de Georrefenciamento
Curiosidade: segundo o professor Pasquale, georreferenciamento se
escreve com dois Rs, segundo o dicionário da língua portuguesa.

Antes dos dados geográficos serem usados em SIG, eles devem ser
referenciados ou definidos em um sistema comum. Os problemas associados
com dados geográficos diferentes não são novidade. Existem inúmeros sistemas
georreferenciados que descrevem o mundo real de diferentes maneiras e com
níveis diferentes de precisão. Ao trabalhar com SIG, você tem de relacionar
conjuntos diferentes de dados de origens distintas no que diz respeito aos
sistemas de georreferenciamento.

Anteriormente, os termos como dados cartográficos (datum), sistema de


coordenadas e projeções em mapas eram indicativos de um campo de atividade
para os especialistas em geodesia. Hoje, os usuários de SIG tem que entender o
que esses termos significam. O GPS trouxe termos geodésicos para o trabalho
diário dos SIG, na medida em que devemos relacionar uma localização com
posicionamento global, que muitas vezes difere dos sistemas de
georreferenciamento tradicionais.

Georreferenciamento pode ser definido como posicionar objetos no espaço,


quer em duas ou três dimensões. Existem vários sistemas de
georreferenciamento possíveis. Esta parte da aula dará uma apresentação
sistemática dos métodos básicos para georreferenciamento, incluindo datum,
sistemas de coordenadas, projeções em mapas e sistemas de elevação. Existem
dois métodos principais de georreferenciamento:

 Sistemas de georreferenciamento contínuos

 Sistemas de georreferenciamento discretos

Falaremos de cada um deles nas próximas linhas

5.1. Sistemas contínuos


O georreferenciamento contínuo implica na medição contínua da posição de
fenômenos em relação a um ponto de referência, sem alterações abruptas ou
quebras. Trata-se de resolução e precisão. Resolução refere-se ao menor
incremento que a digitalização pode representar. A precisão é uma medida da
dispersão (em termos estatísticos, o desvio padrão).

Teoricamente, não há limite para quão precisa uma medição contínua pode
ser. Precisão depende inteiramente do método de medição. As distâncias podem,
por exemplo, ser medida com uma precisão de 1 km, 1 milímetro, ou 1
nanômetro. Muitos fenômenos geográficos, incluindo os limites das

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propriedades, locais de bueiros, detalhes de construção, e muitos detalhes de


mapas, são medidos em uma base contínua.

Sistemas contínuos incluem georreferenciamento direto, que envolve:

 Dado cartográfico (datum)

 Sistemas de coordenadas

 Projeções em mapa

Por razões óbvias, esse método também é conhecido como o método de


coordenadas. Outro sistema contínuo é o de georreferenciamento relativo, que
inclui:

 Distância de deslocamento

 Medição ao longo de redes (estradas)

5.2. Sistemas discretos


Em sistemas georreferenciados discretas as posições dos fenómenos são
medidas em relação a unidades fixas, limitadas da superfície da Terra. O método
discreto é também conhecido como georreferenciamento espacial por
identificadores geográficos. Este método será discutido em mais detalhes mais
adiante.

5.3. Dado cartográfico (datum)


Para determinar uma posição exata sobre a superfície da terra, é preciso
conhecer a forma e tamanho da Terra. Como nós sabemos a Terra não é uma
esfera perfeita, mas um elipsoide com achatamento (elipticidade) nos polos. A
forma da Terra é, portanto, para fins práticos, muitas vezes manifestada pela
forma de elipsoide. Veja a figura abaixo o semieixo maior representado pela
letra a e o semieixo menor representado pela letra b.

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Elipsoides de vários tamanhos já foram usados, dependendo do grau de


precisão com que era possível medir a forma da Terra na época que foram
desenvolvidos. O grego Erastóstenes (276-194 aC) é conhecido como o primeiro
a determinar a forma da Terra com uma precisão satisfatória. Entre 1600 e o
início de 1700 cientistas discutiram a forma da Terra, debatendo se o
achatamento era nos polos ou no equador. Essas discussões terminaram após a
Academia Francesa de Ciências enviar duas expedições, uma para a América do
Sul e uma para o norte da Suécia. Os resultados mostraram que a Terra era
achatada nos polos. Desde aquela época muitos tamanhos diferentes elipsoides
foram calculados e usados.

Em 1924, um elipsoide comum internacional foi aceito pela Associação


Internacional de Geodésia, mas foi provado recentemente que o raio da Terra no
equador (semieixo maior) é 251m menor do que se acreditava, em 1924. Um
datum (nível de referência) é um modelo (elipsoide) da Terra e dá a relação de
um sistema de coordenadas da Terra. Ele é definido por:

 Tamanho e forma (semieixo maior a, e semieixo menor b) do


elipsoide

 Posicionamento do elipsoide em relação à superfície física da Terra

Vejam a comparação abaixo para entender como o elipsoide se relaciona


com a forma real da terra:

O datum comum para um país ou região requer que existam coordenadas


específicas para o datum origem (ponto de ancoragem ou de amarração). Para
orientação do eixo do sistema de coordenadas, um meridiano principal tem de
ser definido, a partir da qual os valores de longitude são especificados. A maioria
dos pontos de referência geográficos usa o meridiano de Greenwich como seu
primeiro meridiano. Um datum é, portanto, um sistema de referência, em que as
coordenadas podem ser expressas, que é realizada fisicamente através de
pontos com coordenadas conhecidas. Apenas por curiosidade apresentamos
abaixo uma lista com alguns elipsoides definidos ao longo da história.

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Em outras palavras o datum planimétrico ou comum é composto por um


conjunto de parâmetros, onde na prática são: (1) o elipsoide de revolução; e (2)
um ponto de referência terrestre, isto é, o ponto de "amarração" do elipsoide à
Terra.

Além do deste datum, também temos tipo de datum menos utilizado nos
softwares de SIG, o datum vertical ou altimétrico. Este datum é uma superfície
de referência baseada no nível médio dos mares. Ele só se faz necessário a
dados que contenham informações de elevação como, por exemplo, um mapa
hipsométrico.

Cada país adota um datum planimétrico e um datum vertical que melhor


represente seu território, isto é, melhor se aproxime da realidade da fração do
globo terrestre correspondente ao seu território. Sendo assim, temos diversos
datuns para diferentes regiões do globo. Se, por exemplo, utilizarmos o datum
planimétrico oficial da China para representarmos o território da Colômbia,
teremos uma grande distorção. Para aumentar ainda mais a quantidade de
datuns existentes, os instrumentos e técnicas se aprimoram, gerando novas
versões mais acuradas de geoides, elipsoides, pontos de "amarração" dos
elipsoides e nível médio dos mares. Obviamente esses novos parâmetros geram
versões de datum oficiais atualizados em cada país com o passar do tempo.

Desde 25 de fevereiro de 2015, o SIRGAS2000 (Sistema de Referência


Geocêntrico para as Américas) é o único sistema geodésico de referência
oficialmente adotado no Brasil. Entre 25 de fevereiro de 2005 e 25 de fevereiro
de 2015, admitia-se o uso, além do SIRGAS2000, dos referenciais SAD 69
(South American Datum 1969) e Córrego Alegre. O emprego de outros sistemas
que não possuam respaldo em lei pode provocar inconsistências e imprecisões
na combinação de diferentes bases de dados georreferenciados.

5.4. Sistemas de coordenadas


Em matemática, há, em princípio, dois métodos diferentes para designar a
localização de um ponto. A localização de um ponto pode ser designada: (1)
baseada em um ângulo e uma distância e (2) baseada em coordenadas em um
sistema cartesiano.
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Uma posição pode, por conseguinte, ser indicada pela distância e a direção
a partir da origem. Isto é conhecido como o sistema de coordenadas polares. As
coordenadas polares podem ser transformadas de forma relativamente fácil em
coordenadas cartesianas, sem perda de precisão, desde que estejam operando
dentro do mesmo datum. Na prática, o ângulo do novo ponto é medido em
relação a um ou mais pontos conhecidos.

Em geodesia, os sistemas mais comuns de coordenadas são:

Coordenadas geocêntricas, em que x, y, e z são dados em um sistema


triplo eixo com a origem no centro da Terra.

Coordenadas geográficas, onde a latitude e longitude são indicadas na


esfera da Terra.

Projeção de coordenadas em mapas, onde Norte e Leste, ou X e Y, são


dados em um plano.

Os sistemas de coordenadas são definidos na íntegra pelo nome, as


unidades de medição, e a direção e a sequência dos eixos. Sistemas de
coordenadas geográficas usam graus, minutos e segundos, como unidades de
medida, enquanto que um mapa de projeção e sistemas de coordenadas
geocêntricas, usam unidades do sistema métrico decimal. Um sistema de
coordenadas de referência é um sistema que tem uma referência para a Terra
feita por um datum.

Vamos tratar agora com um pouco mais de detalhes de cada um dos


sistemas de coordenadas.

5.4.1. Coordenadas Geocêntricas


Coordenadas geocêntricas se baseiam em um sistema de coordenadas
retangulares com origem no centro da Terra. O eixo z é coaxial com o eixo de
rotação da Terra e é positivo na direção do polo norte. O eixo x atravessa o
meridiano zero no Greenwich; o eixo dos y é ortogonal aos eixos x e z positivos,
como mostrado na figura abaixo. Coordenadas geocêntrico são também
conhecidos como coordenadas cartesianas.

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A vantagem do sistema geocêntrico de coordenadas é que ele cobre toda a


Terra, é por isso que ele é usado nos GPS georreferenciados. Coordenadas
geocêntricas são, no entanto, de utilização prática limitada. Quando é
introduzido o referenciamento da altura, muitas vezes, ele não é o mesmo que é
adotado pelos sistemas nacionais de elevação o que pode ocasionar problemas.

5.4.2. Coordenadas Geográficas


As coordenadas geográficas sobre a superfície da Terra são latitude,
medida em graus ao norte ou ao sul do plano equatorial e longitude, medida em
graus leste ou oeste do meridiano de Greenwich. Vejam a figura a seguir:

Na literatura sobre o assunto uma variedade de termos é utilizada, com


base nas coordenadas de latitude e longitude, tais como o sistema de
coordenadas geográficas, sistema de coordenadas geodésicas, e sistema de
coordenadas esféricas. Posições de latitude e longitude são apenas relativas.
Distâncias e áreas devem ser calculadas utilizando a geometria esférica e os
raios reais da Terra para os pontos em questão. Em aplicações, latitude e
longitude são geralmente usadas para descrever grandes áreas de terra.

As linhas que passam por pontos com igual longitude são conhecidas como
meridianos, e as linhas que passam por pontos com a mesma latitude são

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conhecidas como paralelos. Meridianos e paralelos são descritos


frequentemente em mapas em intervalos, a cada 5 ou 10 graus.

5.4.3. Projeção de coordenadas em mapas


Sistemas de coordenadas baseados na projeção em mapas dão a posição
de pontos em relação a dois eixos mutuamente perpendiculares em um plano.
Como mostrado na figura abaixo, a posição de um ponto forma um retângulo
com os eixos, por conseguinte, o sistema é, portanto, também conhecido como
um sistema de coordenadas retangulares. Os eixos são chamados de Norte e
Leste e muitas vezes são escritas como x e y. As orientações de sistemas de
coordenadas podem ser diferentes, de modo que coordenadas devem ser
sempre identificados de forma inequívoca, por exemplo, em termos de pontos
cardeais (Norte, Leste) a partir da origem. Muitos países têm sistemas nacionais,
e até mesmo locais, georreferenciados em termos de coordenadas retangulares.

Cálculos geométricos comuns podem ser feitos nos sistemas de


coordenadas retangulares, mas deformações causadas pela projeção do mapa
são sempre existentes. Esta dificuldade é, na maioria das vezes, superada
restringindo os sistemas de eixos para áreas relativamente pequenas. As áreas
maiores ou zonas são então representadas por um sistema de vários eixos,
deslocados em relação uns aos outros. Nas áreas onde as zonas vizinhas se
encontram, de dados devem ser convertidos a um sistema de eixo comum, para
evitar se trabalhar em dois sistemas. Muitos SIG têm ferramentas para
transformar dados de um sistema de coordenadas para outro, com base em
pontos comuns aos dois sistemas. Quando os pontos comuns são desconhecidos,
os parâmetros para o ponto de referência (datum), o método de projeto e
sistema de coordenadas devem ser descobertos.

Dados georreferenciados podem ser desenhados em mapas apenas quando


associados a uma superfície plana, não a superfície curva da Terra. Várias
projeções são usadas para representar a superfície curva da terra sobre a
superfície plana de um mapa. Elas são classificadas em três grupos de acordo

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com as conversões geométricas subjacentes envolvidas: cilíndrica (c), cônica


(b) e azimutal (a) ou de superfície plana. Vejam a figura abaixo que
compara as três possibilidades de projeção.

Como se mostra na figura acima, as três superfícies de projeção diferentes


podem ser desdobradas em um plano e, assim, funcionam como um mapa.
Deve-se lembrar, porém, que superfícies curvas são sempre distorcidas quando
a imagem é planificada, e as deformações se multiplicam com o tamanho
crescente da área representada. Na linha de contato do plano ou no ponto de
contato com a terra é, no entanto, o fator de escala igual a 1. Isto pode ser
utilizado na escolha de uma projeção em relação à forma da área a ser
mapeada.

Um mapa de projeção pode ser definido como uma representação


matemática da superfície plana do elipsoide geodésico. Existem diferentes
fórmulas de projeção que preservam a forma, a área ou distância em uma
direção particular. A preservação do comprimento, em que a escala é a mesma
em todas as direções, não é possível. Projeções cilíndricas, cónicas e azimutais
podem ser feitas equidistantes, iguais em área, ou conforme. Uma vez que as
fórmulas matemáticas fixas são utilizadas, é possível converter para e a partir de
diferentes sistemas de projeção sem perda de precisão.

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Para o mapeamento em maior escala, projeção cilíndrica (Transversa de


Mercator) ou superfícies conformadas cônicas são normalmente utilizadas.

5.5. Universal Transverse Mercator


O sistema de coordenadas para projeção em mapas mais conhecido é o
UTM Grid (veja na figura abaixo), estabelecido pelo Departamento de Defesa dos
EUA em 1947. UTM é baseado em um tipo especial de projeção cilíndrica
conhecida como a Universal Transverse Mercator (UTM). UTM cobre a superfície
da Terra a partir de 84 graus Norte a 80 graus Sul, com a ajuda de 60 zonas, e
cada zona tem uma largura de 6°. As zonas são numeradas para o leste de 1 a
60, começando a oeste do Alasca continental. O meridiano central em cada zona
representa eixo norte-sul da zona, e a origem do sistema de coordenadas está
no ponto de encontro dos eixos com a linha do equador. Assim, o equador
representa o eixo Leste-Oeste da zona.

Há um total de 60 eixos de sistemas ou zonas com o mesmo valor de


origem, é necessário especificar em qual zona estamos operando. Além das
zonas, a superfície da Terra é dividida em 20 faixas a partir do equador. Uma
grade de zonas e fixas é assim criada conforme visualizamos na figura abaixo.

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Com isso terminamos nosso assunto relativo às noções básicas de


georreferenciamento, esperamos que contribua com seu estudo e entendimento
do assunto.

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Questões comentadas
Chegamos a nossa tradicional lista de questões comentadas. Analisando
as provas passadas de concursos de TI, encontramos poucas questões
relacionada ao assunto. Desta forma optamos por procurar um conjunto de
questões que permita que você pratique e desenvolva o conhecimento a respeito
dos SIG em provas de outras áreas de conhecimento. Deu trabalho! Mas acho
que valeu a pena!

1. ANO: 2013 BANCA: CESPE ÓRGÃO: SERPRO PROVA: ANALISTA -


DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Julgue os próximos itens, a respeito de conceitos e aplicações de técnicas de


modelagem dimensional e otimização de bases de dados.

Em um banco de dados geográfico, a referência de um objeto geométrico pode


ser armazenada na forma vetorial, como um ponto com coordenadas x e y.

Comentário: As duas formas básicas de representação dos dados em um SIG


são as formas vetorial e matricial.

A representação em formato matricial (também chamada raster ou tesselação)


é caracterizada por uma matriz de células de tamanhos regulares, onde para
cada célula é associado um conjunto de valores representando as características
geográficas da região. As células podem ser de diferentes formatos:
triangulares, hexagonais e retangulares. O termo raster designa células
regulares. No entanto, é usado de forma genérica para representação matricial.
Os relacionamentos topológicos no espaço são implicitamente determinados a
partir da vizinhança das células e das coordenadas geográficas (longitude,
latitude) ou planas (x,y) que são obtidas indiretamente a partir da posição da
célula na matriz (coluna, linha). Imagens de satélite e modelos digitais de
terreno são naturalmente representados no formato matricial.

A representação em formato vetorial utiliza pontos, linhas e polígonos para


representar a geometria das entidades geográficas. Pontos são representados
por um par de coordenadas, linhas por uma sequência de pontos e polígonos
por uma sequência de linhas onde a coordenada do ponto inicial e final
coincidem. Entidades geográficas lineares, como ruas, divisões político-
administrativas e redes de tráfego, são naturalmente representadas em formato
vetorial. As redes são casos especiais de dados vetoriais, onde são utilizados
arcos e nós conectados na representação do fluxo e da direção da rede. As
operações topológicas e métricas são comuns em representações vetoriais.

Vejam que pelo exposto no parágrafo anterior o formato vetorial representa um


ponto por meio de um par de coordenadas x, y. Logo, podemos considerar a
alternativa correta!

Gabarito: C

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2. MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Geólogo

19. Um Sistema de Informação Geográfica (SIG) é um sistema de hardware e de


software que integra dados e permite representar espacialmente qualquer
situação que ocorre na superfície do planeta. Os dados de um SIG são
referenciados em relação

(A) a um sistema de coordenadas conhecido.

(B) a um sistema de coordenadas Universal Transversa de Mercator (UTM).

(C) a um sistema de coordenadas expresso exclusivamente em graus, minutos e


segundos.

(D) ao norte magnético.

(E) à linha do Equador.

Comentário: O espaço geográfico é o meio físico onde as entidades geográficas


coexistem. Uma entidade geográfica é qualquer entidade identificável do mundo
real, possuindo características espaciais e relacionamentos espaciais com outras
entidades geográficas.

Dado espacial é qualquer tipo de dado que descreve fenômenos aos quais esteja
associada alguma dimensão espacial. Dados geográficos ou georreferenciados
são dados espaciais em que a dimensão espacial está associada à sua
localização na superfície da terra, num determinado instante ou período de
tempo.

Os dados geográficos possuem três características fundamentais: características


espaciais, não espaciais e temporais. As características espaciais informam a
posição geográfica do fenômeno e sua geometria. As características não
espaciais descrevem o fenômeno e as características temporais informam o
tempo de validade dos dados geográficos e suas variações sobre o tempo. A
representação espacial de uma entidade geográfica é a descrição da sua forma
geométrica associada à posição geográfica.

Os dados geográficos possuem propriedades geométricas e topológicas. As


propriedades geométricas são propriedades métricas. A partir de feições
geométricas primitivas, tais como pontos, linhas e polígonos, os quais
representam a geometria das entidades, são estabelecidos os relacionamentos
métricos. Esses relacionamentos expressam a métrica das feições com
referência a um sistema de coordenadas.

Vejam que para termos uma referência para uma localização dentro do espaço
geográfico é necessário definir um sistema de coordenadas. Desta forma,
podemos marcar nosso gabarito na alternativa A.

Gabarito: A

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3. Ano: 2013 Banca: ESAF Órgão: MF Prova: Analista de Finanças e


Controle

A característica principal do Sistema de Informações Geográficas (GIS) é que:

a) cada registro ou objeto digital tem uma localização geográfica identificada.

b) cada registro ou objeto digital decorre de uma concepção geográfica


experimental.

c) cada informação prescinde de uma localização geográfica identificada.

d) cada recurso digital tem uma compatibilidade geográfica estendida.

e) todo registro ou objeto digital tem localização geográfica unificada.

Comentário: Essa questão foi retirada do livro Business Intelligence: Um


enfoque gerencial para a inteligência do negócio de Efraim Turban, Ramesh
Sharda, Jay E. Vejam a figura abaixo com o extrato do livro que apresenta a
principal característica dos SIG.

Gabarito: A

4. ANO: 2013 BANCA:VUNESP CARGO:GEÓGRAFO ORGÃO: CETESB

35. As Áreas de Preservação Permanente (APP) são definidas como sendo uma
“área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental
de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a
biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populações humanas (artigo 3.º, inciso II, Lei n.º
12.651/2012, de 25 de maio de 2012). Em determinada área é necessário
mapear o limite da APP conforme o artigo 4.º, que estabelece para os cursos
d’água natural perene e intermitente: “a) 30 (trinta) metros, para os cursos
d’água de menos de 10 (dez) metros de largura”.

Fazendo uso de um sistema de informação geográfica e dos mapas apropriados,


que recurso deve ser utilizado para delimitar e mapear esses limites?

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(A) Slicing.

(B) Stretch.

(C) Buffer.

(D) Krigagem.

(E) Filtragem

Comentário: A ferramenta buffer executa operações de busca de atributos de


entidades pertencentes a uma camada geográfica específica, que estão
localizados a uma determinada distância de entidade de referência.

Outra ferramenta, o spatial join consiste em operações espaciais realizadas


com base no relacionamento topológico entre entidades geográficas de camadas
diferentes.

Vamos comentar as demais alternativas da questão que tem uma relação direta
com sistemas de informações geográficos.

Modelos estatísticos de efeitos locais e globais (krigagem): cada ponto da


superfície é estimado apenas a partir da interpolação das amostras mais
próximas, utilizando um estimador estatístico. Temos um exemplo de kriging na
figura a seguir:

A filtragem permite selecionar apenas os dados de interesse da analise


geográfica em questão. Veja o exemplo na figura abaixo:

Slicing é a operação de cortar o Cubo em fatias, com a preservação da


perspectiva de visualização dos dados (manutenção das dimensões).

O Stretch é uma técnica de exibição aplicada ao histograma de conjuntos de


dados matriciais, mais frequentemente utilizada para aumentar o contraste
visual entre as células. Veja o exemplo na figura a seguir:

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Vejam que pelo exposto, logo no início da explicação, nossa resposta encontra-
se na alternativa C.

Gabarito: C

5. ANO: 2010 BANCA: CESPE ORGÃO: IJSN/ES CARGO: SISTEMAS DE


INFORMAÇÃES GEOGRAFICAS

Em relação aos conceitos básicos de geoprocessamento, julgue os itens a seguir.

51 O termo geoprocessamento refere-se à disciplina que utiliza técnicas


matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica.
Essa disciplina tem influenciado de maneira crescente as áreas de cartografia,
análise de recursos naturais, transportes, comunicações, energia e planejamento
urbano e regional.

52 As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de


Sistemas de Informação Geográfica (GIS), permitem realizar análises complexas
ao integrar dados de diversas fontes, embora nunca permitam que se criem
bancos de dados georreferenciados.

53 Geoprocessamento é uma tecnologia interdisciplinar, que permite a


convergência de diferentes disciplinas científicas para o estudo de fenômenos
ambientais e urbanos

Comentário: Vamos comentar cada uma das alternativas acima.

51 OK! A questão apresenta uma das possíveis definições para


geoprocessamento. O termo geoprocessamento denota a disciplina do
conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o
tratamento da informação geográfica. Esta tecnologia influencia de maneira
crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes,
Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional.

52 As ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de


Sistemas de Informação Geográfica (SIG), permitem realizar análises
complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados
georreferenciados. Tornam ainda possível automatizar a produção de
documentos cartográficos.

Vejam que a questão afirma que não permite a criação de dados


georreferenciados. Desta forma a assertiva está incorreta.

53 Já vimos na alternativa 51 a interdisciplinaridade do geoprocessamento.


Sistemas de Informações Geográficas (SIG) são sistemas computacionais
capazes de capturar, armazenar, analisar e imprimir dados referenciados
espacialmente em relação à sua localização sobre a superfície terrestre. Os SIG
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são usados no suporte às aplicações na área de Geoprocessamento, uma área


multidisciplinar que engloba conhecimentos de diferentes campos, como
Geografia, Cartografia, Geodésia, Sensoriamento Remoto, Ciência da
Computação e diversos ramos da Engenharia e Matemática. Vejam, portanto,
que a alternativa se encontra correta.

Gabarito: C E C

6. ANO:2010 BANCA: CESPE ORGÃO: IJSN/ES CARGO: SISTEMAS DE


INFORMAÇÃES GEOGRAFICAS

7. Acerca de elementos de SIG, julgue os itens a seguir.

66 Um ponto é um par ordenado (x, y) de coordenadas espaciais. Além das


coordenadas, outros dados não espaciais (atributos) podem ser arquivados para
indicar o tipo de ponto que está sendo tratado.

67 As linhas poligonais, arcos ou elementos lineares são um conjunto de pontos


conectados. Um polígono é a região do plano limitada por uma ou mais linhas
poligonais conectadas de tal forma que o último ponto de uma linha seja
próximo, mas não idêntico, ao primeiro da próxima.

68 Objetos de área podem ter três formas diferentes, dependendo de sua


utilização: objetos isolados, objetos aninhados ou objetos adjacentes.

Comentário: Mais uma vez, vamos comentar cada uma das alternativas acima:

66. Segundo Aronoff, os dados georreferenciados possuem quatro componentes


principais, que armazenam informações sobre o que é a entidade, onde ela está
localizada, qual o relacionamento com outras entidades e em que momento ou
período de tempo a entidade é válida. São eles:

1) Atributos qualitativos e quantitativos - armazenam as características das


entidades mapeadas, podendo ser representados por tipos de dados
alfanuméricos. Estes atributos possuem aspectos não-gráficos e podem ser
tratados pelos SGBDs convencionais.

2) Atributos de localização geográfica - diz respeito à geometria dos objetos


e envolve conceitos de métrica, sistemas de coordenadas, distância entre
pontos, medidas de ângulos, posicionamento geodésico, etc.

3) Relacionamento topológico - representam as relações de vizinhança


espacial interna e externa dos objetos. Este aspecto requer a existência de
modelos e métodos de acesso não-convencionais para sua representação nos
SGBDs.

4) Componente tempo - diz respeito às características temporais, sazonais ou


periódicas dos objetos. O aspecto temporal em SGBD que inclui suporte para
três tipos de medida de tempo: instante de tempo, intervalo de tempo e
relacionamentos envolvendo o tempo, como noções de antes, depois, durante,
simultaneamente, etc.

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Vejam que são justamente os atributos que podem ser armazenados em um


SIG, os qualitativos e quantitativos e os de localização geográfica. Questão
correta, portanto.

67 Se lembrarmos dos conceitos básicos de geometria, podemos estabelecer a


necessidade de pelo menos três vértices ou lados para um polígono. Desta
forma, a alternativa encontra-se incorreta.

68 A área é definida como um conjunto ordenado de pontos interligados, em


que o primeiro ponto e o último coincidem. Utilizados quase sempre na
representação de zonas que possuem uniformemente uma dada propriedade; ou
seja, figura fechada, cujos limites encerram uma área homogênea. Pode ser
classificada em isolada, aninhada (sobreposta) e adjacente. Podemos considerar
então a alternativa correta.

Gabarito: C E C

8. ANO: 2013 BANCA: CESPE ÓRGÃO: SERPRO PROVA: ANALISTA -


DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Em relação à representação das informações em geoprocessamento, julgue os


itens a subsequentes.

69 Na representação vetorial, a representação de um elemento ou objeto é uma


tentativa de reproduzi-lo o mais exatamente possível. Qualquer entidade ou
elemento gráfico de um mapa é reduzido a três formas básicas: pontos, linhas e
áreas ou polígonos.

70 Representação matricial consiste no uso de uma malha quadriculada irregular


sobre a qual se constrói, célula a célula, o elemento que está sendo
representado.

71 Representações associam-se a tipos de dados. Dados temáticos, por


exemplo, admitem tanto representação matricial quanto vetorial.

72 A representação matricial supõe que o espaço pode ser tratado como uma
superfície plana, onde cada célula está associada a uma porção do terreno. A
resolução do sistema é dada pela relação entre o tamanho da célula no mapa ou
documento e a área por ela coberta no terreno.

73 Os tipos possíveis de representação matricial são: grade regular como uma


matriz de reais; imagem em tons de cinza, representada por meio de uma
matriz cujos valores representam os valores de cinza da imagem; imagem
temática, que é uma representação matricial de um geocampo; imagem
sintética ou codificada, representada em cores.

74 No modelo vetorial, a localização e a aparência gráfica de cada objeto são


representadas por um ou mais pares de coordenadas. Esse tipo de
representação é exclusivo do GIS.

75 No caso de representação vetorial, consideram-se apenas os elementos ponto


e linha.
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Comentário: Mais uma questão do CESPE, vamos comentar cada uma das
alternativas.

69. Vimos que a representação vetorial tende a ser mais precisa do que a
representação matricial. O modelo de representação vetorial tem como primitiva
principal o Ponto, porém, são utilizados três construtores básicos: o ponto, a
linha e o polígono. As coordenadas x e y de um ponto correspondem à
localização, em um sistema de coordenadas específico, de entidades que são
representadas sem dimensões espaciais. A linha, formada por uma cadeia de
segmentos de linha reta, ou mais especificamente, por uma lista de coordenadas
de pontos, é o objeto espacial usado para representar no banco de dados, as
entidades da realidade que possuem extensão linear. O polígono é o objeto
espacial que representa as entidades com extensões bidimensionais (área),
através da definição do contorno da área da entidade. O polígono é formado por
uma cadeia fechada de segmentos de linha, podendo ou não, ter outros
polígonos embutidos em seu interior. Assim podemos considerar a alternativa
correta.

70. Sabemos que a representação matricial ou raster divide a área geográfica


uma grade regular de células normalmente quadradas ou retangulares.
A posição da célula é definida de acordo com a linha e a coluna onde está
localizada. Cada célula contém um valor que corresponde ao tipo de entidade
que é encontrada naquela posição. Normalmente, uma área é representada no
modelo raster através de diferentes camadas (mapas temáticos), onde as células
de uma camada armazenam os valores associados a uma única variável ou tema
(ex.: tipo de solo, hidrologia, relevo, etc). O espaço é todo coberto, uma vez que
cada localização na área de estudo corresponde a uma célula no raster. Vejam
que a definição correta diz que a malha é regular. Logo, a alternativa encontra-
se incorreta.

71. Correto! Os dados temáticos podem ser representados tanto na forma


vetorial quanto da forma matricial. O que muda é o grau de precisão das áreas
que contêm cada característica. Vejam a figura abaixo:

72 Podemos pensar em resolução da mesma forma que tratamos a resolução de


uma impressora ou uma máquina fotográfica. Quanto maior a resolução melhor
a qualidade dada imagem. A resolução é a relação da quantidade de pixels com
o espação ou a área. Na fotografia ela permite que a imagem seja ampliada, nos
SIG ela aumenta ou diminui o grau de detalhamento de uma determinada área
em análise. Questão correta!

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73 Os tipos possíveis de representação matricial são:

• GRADE REGULAR: uma grade regular é uma matriz de reais;

• IMAGEM EM TONS DE CINZA: imagem representada através de uma matriz


onde os valores da matriz representam os valores de cinza da imagem;

• IMAGEM TEMÁTICA: representação matricial de um geo-campo TEMÁTICO, por


exemplo, numa imagem temática, um elemento da matriz de valor 2 pode estar
associado ao tema “Floresta Ombrófila”;

• IMAGEM SINTÉTICA (ou CODIFICADA): representação de uma imagem em


cores, utilizada para mostrar imagens em composição colorida em placas
gráficas falsa-cor.

Vejam que o texto apresentado na questão descreve exatamente os tipos


descritos acima. Desta forma, a alternativa encontra-se correta.

74 Não faz sentido que o sistema de coordenadas seja exclusivo de sistemas de


informações geográficas, até porque, antes deles existirem toda a ciência
cartográfica foi construída baseada nestes conceitos. Alternativa, portanto,
incorreta.

75 Apenas reforçando que vimos em uma alternativa anterior: O modelo de


representação vetorial tem como primitiva principal o ponto, porém, são
utilizados três construtores básicos: o ponto, a linha e o polígono. Sendo
assim, a alternativa 75 encontra-se incorreta.

Gabarito: C E C C C E E

9. ANO: 2013 BANCA: CESPE ÓRGÃO: SEDUC/CE PROVA: ANALISTA

Considerando a importância do sensoriamento remoto e dos sistemas de


informação geográfica (SIG) como recurso pedagógico no ensino de geografia,
assinale a opção correta.

A A imagem de satélite substitui o mapa na representação e no estudo do


espaço geográfico.

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B A principal vantagem na utilização dos SIG em sala de aula diz respeito ao


aspecto técnico das imagens: os tipos de resolução.

C Como são representação estática de um determinado fenômeno localizado no


espaço, as imagens de satélite e do SIG impossibilitam a análise das relações
dinâmicas encontradas na geografia.

D Com o sensoriamento remoto, o aluno pode tomar conhecimento de realidades


pouco conhecidas.

E A difusão de imagens de satélite como recurso didático ainda é incipiente


devido à baixa resolução das imagens, comparadas às das fotografias aéreas.

Comentário: Vamos aproveitar a questão para tratar do sensoriamento remoto.

O sensoriamento remoto provavelmente começou com fotografias tiradas a


partir de balões na década de 1840. O primeiro sistema automatizado (não
necessitando de seres humanos juntamente com os sensores) pode ter sido
desenvolvido na década de 1890 na Europa quando câmeras foram programadas
para tirar fotos em intervalos de tempo regulares.

Evelyn Pruitt provavelmente introduziu o uso moderno do termo "sensoriamento


remoto", em meados dos anos 1950, quando ela trabalhava como geógrafa/
oceanógrafa do Escritório de Pesquisa Naval dos EUA. O sensoriamento remoto
utiliza instrumentos ou sensores para capturar as características espectrais e as
relações espaciais de objetos e materiais observáveis à distância, normalmente
de cima deles. Usando essa definição, tudo o que observamos é sensoriamento
remoto. Algo é detectado remotamente, quando não é possível ou conveniente
para chegar mais perto. Esse é exatamente o caso da questão, os alunos, muitas
vezes não podem se deslocar da sala de aula para fazerem observações em
outros lugares. Desta feita, é possível utilizar o sensoriamento para
apresentarmos de forma mais palatável e visual vários aspectos geográficos.

Gabarito: D

10. ANO: 2013 BANCA: CESPE ÓRGÃO: CPRM PROVA: ANALISTA

As coordenadas podem ser representadas de diversas formas. Em uma


superfície esférica, são denominadas de coordenadas geodésicas e, em uma
superfície plana, recebem a denominação da projeção a que se associam. Com
referência a esse assunto, julgue os itens seguintes.

54 A origem do sistema de coordenadas UTM dá-se no cruzamento do Equador


com um meridiano padrão específico, denominado meridiano Central (MC).

55 Em um sistema de informação geográfica (SIG), é possível manipular


conjuntamente planos de informação situados em fusos UTM distintos.

Comentário: Vamos comentar cada uma das alternativas acima.

54 O meridiano central em cada zona representa eixo norte-sul da zona, e a


origem do sistema de coordenadas está no ponto de encontro dos eixos com a
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linha do equador. Assim, o equador representa o eixo Leste-Oeste da zona.


Desta forma, a alternativa encontra-se correta.

55 Ao analisar os dados de um fuso é preciso que ele seja manipulado


isoladamente. Desta forma, a alternativa encontra-se incorreta.

Gabarito: C E

11. ANO: 2013 BANCA: CESPE ÓRGÃO: CPRM PROVA: ANALISTA

O desenvolvimento tecnológico é um importante aliado para os avanços


cartográficos. Um dos recursos oferecidos pelas novas tecnologias é o
geoprocessamento, que permite ampliar estudos e análises do espaço geográfico
e dos fenômenos que nele ocorrem. Acerca desse assunto, julgue os itens a
seguir.

83 O tratamento de dados e informações em geoprocessamento na atualidade


depende, de forma imprescindível, das plataformas centradas em ambientes da
rede mundial de computadores.

84 A capacidade analítica de um modelo de geoprocessamento depende de sua


competência para integrar, combinar e consultar as variáveis pertinentes ao
problema central em questão.

85 Pensar o desenho lógico para uma solução com geoprocessamento, no


momento atual, além de todos os requisitos tecnológicos de hardware e
software, depende ainda da capacidade de interferência do homem no processo.

Comentário:

Gabarito: E C C

12. ANO: 2013 BANCA: CESPE ÓRGÃO: ANP PROVA: ESPECIALISTA

Em relação aos sistemas de informação geográfica (SIG), julgue os itens de 56 a


59.

56 Dados gráficos em SIG são, em geral, organizados em forma de camadas


também denominadas planos de informação. Temas como rios, estradas e
limites administrativos, por exemplo, devem ser organizados em planos de
informações distintos, de modo a permitir a análise de determinada região
geográfica por meio do cruzamento desses temas diferentes.

57 Sabendo que o geoprocessamento engloba diversas tecnologias de


tratamento e manipulação de dados geográficos por meio de programas
computacionais, é correto afirmar que, como os SIG são também constituídos de
programas computacionais, SIG é sinônimo de geoprocessamento.

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58 Para fazer análises espaciais em SIG, combinam-se e cruzam-se dados, por


meio de operações geométricas e topológicas.

59 A principal semelhança entre CAD e SIG é que ambos fazem representações


gráficas da realidade. Normalmente, os CAD possuem mais ferramentas para
desenho, ao passo que os SIG se concentram nas ferramentas de análise.

Comentário:

Gabarito: C E C C

13. ANO: 2010 BANCA: FUNCAB ORGÃO:IDAF-ES CARGO: Analista de


Sistemas de Informação Geográficas

31. Os principais sistemas de projeção utilizados no Brasil são o sistema


Universal Transverso de Mercator UTM, juntamente com os sistemas de projeção
de Lambert e Policônico. Em relação ao sistema UTM, podemos afirmar ser uma
de suas propriedades:

A) os limites dos fusos são diferentes dos limites da carta internacional ao


milionésimo (CIM).

B) tem como origem o cruzamento entre a Linha do Equador e o Primeiro


Meridiano.

C) a simbologia adotada para suas coordenadas são as letras E para as


coordenadas Leste-Oeste e N para as coordenadas Norte-Sul.

D) para evitar coordenadas negativas são acrescidas as constantes de 10000m


para o equador (HS) e 550m para o meridiano central de cada fuso.

E) divide a Terra em 90 fusos de 4 graus.

Comentário: Vejam que a alternativa correta encontra-se na letra C.

Gabarito: C

14. ANO: 2010 BANCA: FUNCAB ORGÃO:IDAF-ES CARGO: Analista de


Sistemas de Informação Geográficas

34. A aquisição de dados gráficos na criação de bases para Sistemas de


Informações Geográficas pode ser feita por diferentes métodos que variam de
acordo com uma série de aspectos. Entre as opções abaixo, identifique um
aspecto que NÃO precisa ser considerado para aquisição destes dados:

A) custo e tempo referente aos processos de aquisição.

B) avaliação dos dispositivos de saída.

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C) qualidade e condições de preservação das bases existentes.

D) experiência dos profissionais envolvidos no processo de aquisição.

E) características cartográficas dos dados.

Comentário: Vejam que dentre as alternativas acima, a única que não faz
sentido ser considerada na aquisição de dados é a avaliação dos dispositivos de
saída.

Gabarito: B

15. ANO: 2010 BANCA: FUNCAB ORGÃO:IDAF-ES CARGO: Analista de


Sistemas de Informação Geográficas

35. A construção de um modelo conceitual para a definição de formas adequadas


de representação espacial passa pela necessidade de conhecimento da natureza
dos dados e da variedade e complexidade dos fenômenos. Em face ao exposto é
possível afirmar que:

A) um mesmo conjunto de dados pode ser representado de diferentes formas e


gerar diferentes análises.

B) a utilização de rotinas estatísticas diferenciadas sobre determinado conjunto


de dados quantitativos gera informações idênticas.

C) o nível de detalhamento e o tipo de unidades de análise não direcionam as


formas de representação e o uso de convenções para plotagem dos dados.

D) dados qualitativos são melhores representados através da variação de


tonalidades e/ou dimensões de símbolos.

E) a escala dos dados de entrada é irrelevante em função da capacidade


inerente às técnicas de Geoprocessamento.

Comentário: Sabemos que podemos modelar nossa estrutura geográfica ou


espacial de diferentes formas, que logicamente podem levar a diferentes
analises. Logo, podemos encontrar nossa resposta na alternativa A.

Vejam que as demais alternativas estão equivocadas. Na letra B, rotinas


estatísticas distintas vão gerar resultados diferentes. A alternativa C está errada
por desconsiderar o nível de detalhamento para a forma de representação e
convenções de plotagem.

Na alternativa D ele descreve dados quantitativos que são melhores


representados por tonalidade ou dimensões de símbolos. Vejam as figura
abaixo:

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Por fim, vimos durante a aula que a escala é um fator relevante associado as
técnicas de geoprocessamento. Logo, a letra E também está incorreta.

Gabarito: A

16. ANO: 2010 BANCA: FUNCAB ORGÃO:IDAF-ES CARGO: Analista de


Sistemas de Informação Geográficas

36. Em face da impossibilidade da representação exata do mundo real em um


mapa, os dados geográficos são submetidos a processos de transformações
cartográficas. Com relação a estes processos, é possível assegurar que:

A) a generalização interfere na comunicabilidade do mapa.

B) um dos processos de transformação projetiva é conhecido por seleção ou


simplificação.

C) as transformações cognitivas estão relacionadas à projeção de representação


da informação.

D) a generalização é diretamente dependente do objetivo a ser alcançado e


independente da escala de representação cartográfica a ser empregada.

E) a qualidade dos dados levantados não interfere na qualidade do mapeamento.

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Comentário: Transformações cartográficas é o conjunto de processos que


possibilita que dados e informações geográficas sejam representados em um
mapa. Estas transformações são basicamente três: transformações
geométricas, projetivas e cognitivas.

As transformações geométricas correspondem àquelas que posicionarão os


sistemas de coordenadas terrestres e do mapa, bem como relacionará o
tamanho do mapa com a superfície terrestre. Assim, podem ser caracterizadas
as transformações de rotação, translação e escala.

As transformações projetivas caracterizam o processo de transformação entre o


mundo real tridimensional sobre uma superfície curva, a superfície terrestre,
para uma representação bidimensional plana. São definidas pelas projeções
cartográficas, cada uma com as suas características e propriedades, que levam
aos objetivos específicos da representação.

As transformações de natureza cognitiva tratam da modelagem do mundo real,


implicando na modelagem gráfica. São caracterizadas pelas transformações
de generalização (seleção, classificação, simplificação) e a simbolização, que
trata o aspecto da representação da informação cartográfica, segundo as suas
características e propriedades gráficas. Também é tratado o problema da
percepção do usuário a partir da representação gráfica: leitura, interpretação e
análise.

A construção de modelos de análise espaciais consistentes é diretamente


relacionada a estas transformações, ou seja, o conhecimento destas
transformações e a maneira na qual elas interferem na construção dos modelos
garantem um melhor entendimento dos resultados obtidos. Assim, problemas de
uso de dados e informações de escalas inadequadas ao estudo proposto,
ampliações inapropriadas, utilização de projeções não condizentes,
generalizações e simbolismos inadequados, e outros são evitados e os
resultados obtidos ganham maior confiabilidade.

Pelo exposto, podemos encontrar nossa resposta na alternativa A.

Gabarito: A

17. ANO: 2010 BANCA: FUNCAB ORGÃO:IDAF-ES CARGO: Analista de


Sistemas de Informação Geográficas

37. A estrutura de representação de dados gráficos na forma digital em um SIG


pode ser matricial ou vetorial. Analise as afirmativas abaixo e assinale a opção
correta.

A) A representação gráfica na estrutura matricial é exata em todas as escalas e


a topologia pode ser descrita implicitamente.

B) A estrutura de dados matricial é considerada complexa.

C) A modelagem matemática na estrutura vetorial é fácil, porque as entidades


espaciais possuem formas regulares e simples.

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D) O modelo vetorial oferece maior simplicidade em termos da implementação


de rotinas de manipulação.

E) Estas estruturas possuem características que devem ser bem avaliadas para a
execução de uma análise espacial.

Comentário: Podemos observar que pelas alternativas acima os dados vetoriais


são considerados mais complexos e os dados matriciais mais simples. Uma
comparação mais detalhada das características pode ser vista na tabela abaixo:

Avaliando as alternativas da questão, embora possua um texto um pouco


genérico, o gabarito encontra-se na alternativa E.

Gabarito: E

18. ANO: 2010 BANCA: FUNCAB ORGÃO:IDAF-ES CARGO: Analista de


Sistemas de Informação Geográficas

38. O Sistema de Informações Geográficas SIG pode ser definido como:

A) e capazes de gerenciar as informações geográficas para a apresentação em


meio digital.

B) sistema para a exibição de informações referenciadas.

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C) sistema de e, dedicado ou não, capaz de efetuar a aquisição, tratamento,


análise e exibição de informações georreferenciadas.

D) sistema analógico para a manipulação de dados espaciais.

E) sistema de integração e análise de dados sem referencial espacial.

Comentário: Essa questão trata de uma definição de sistemas de informações


geográficas. A nossa resposta encontra-se na alternativa C. A definição da
questão está correta. Vejamos mais uma definição: “Um sistema de informação
geográfica (SIG) é um conjunto de softwares, métodos, dados e usuários
integrados, possibilitando o desenvolvimento de uma aplicação capaz de coletar,
armazenar e processar dados georreferenciados. A utilização de SIG tomou uma
proporção muito grande sendo possível melhorar o gerenciamento de
informações e evoluir nos processos de tomada de decisão, nas áreas de
transporte, proteção ambiental e planejamento governamental“.

Gabarito: C

19. ANO: 2010 BANCA: FUNCAB ORGÃO:IDAF-ES CARGO: Analista de


Sistemas de Informação Geográficas

42. A altitude obtida através de um receptor GPS é conhecida como:

A) ortométrica.

B) geométrica.

C) angular.

D) geoidal.

E) gravimétrica

Comentário: O GPS foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados


Unidos da América, originalmente para fins militares, liberado com restrições
para uso civil em 1977, e desde então vem sendo aprimorado, principalmente ao
que diz respeito aos aparelhos eletrônicos e programas computacionais. O
sistema GPS foi projetado para se obter o posicionamento instantâneo bem
como a velocidade de um ponto na superfície da terra ou próximo a ela.

A altitude de um ponto é a distância vertical contada a partir do nível médio dos


mares até ele. Essa altitude, conhecida como geoidal ou ortométrica, considera
que os pontos de altitudes iguais possuem o mesmo potencial gravitacional.

O GPS considera somente os aspectos geométricos no cálculo de altitudes


(altitude elipsoidal), enquanto nos documentos cartográficos considera-se a
altitude ortométrica, ou seja, a altitude que considera o valor da gravidade
(geoide) na sua determinação. Assim sendo, para transformar a altitude do GPS
em geoidal faz-se necessário determinar a diferença entre as altitudes elipsoidal
e geoidal, conhecida como ondulação geoidal conforme apresentado na figura:

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Gabarito: B

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Considerações finais
Chegamos, pois, ao final da nossa aula! Essa aula tratou dois temas bem
específicos: bancos de dados orientados a objetos e georreferenciamento.
Esperamos que as informações contidas nesta aula seja o suficiente para que
você consiga acertar qualquer questão sobre esses assuntos no momento da
prova.

Desejo a todos bons estudos!

Thiago Cavalcanti

Referência

Fiz uma lista com as referências caso você queria se aprofundar um pouco
mais no assunto.
i. Geographic Information Systems By: Information Resources
Management Association Publisher: IGI Global Pub. Date: September
30, 2012
ii. Geographic Information Systems: An Introduction, 3rd Edition By:
Tor Bernhardsen Publisher: John Wiley & Sons Pub. Date: May 23,
2002

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