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Fioreze
2
Introdução à Transferência de Calor e Massa
3
R. Fioreze
ROMEU FIOREZE, PhD
INTRODUÇÃO À TRANSFERÊNCIA
DE CALOR E MASSA
Editora Universitária
João Pessoa
2004
4
Introdução à Transferência de Calor e Massa
ÍNDICE
2 – TRANSFERÊNCIA DE MASSA..........................................94
2.1 – Processos de transferência de massa............................94
2.2 – O coeficiente de transferência.....................................100
2.3 – Propriedades do ar .....................................................105
2.3.1 – Umidade absoluta (X) ........................................106
2.3.2 – Pressão de vapor (Pv)..........................................107
5
R. Fioreze
2.3.3 – Umidade relativa (RH) ........................................107
2.3.4 – Entalpia (h)........................................................108
2.3.5 – Temperatura de bulbo seco (T)...........................108
2.3.6 – Temperatura de bulbo úmido (Tbu) .....................108
2.3.7 – Temperatura de orvalho (To)...............................109
2.3.8 – Volume específico (ν)..........................................110
2.3.9 – Cálculo das propriedades do ar..........................111
2.3.10 – Diagrama psicrométrico ...................................114
3 – REFERÊNCIAS ..............................................................116
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Introdução à Transferência de Calor e Massa
NOTA
No presente texto, o tema transferência de calor é
abordado de uma forma sintética, porém não superficial, nos
principais pontos do assunto, com a finalidade de oferecer ao
estudante de Engenharia de Alimentos, e também de outras
áreas, uma visão global da matéria, assim como servir de guia
para estudos mais detalhados, uma vez que existe uma vasta
literatura sobre o assunto, porém nem sempre disponível nas
bibliotecas a todos os estudantes, além de trazerem muitas
minúcias que facilmente tiram o estudante do raciocínio do
tema principal.
Em transmissão de calor por radiação foi feita somente
uma leve abordagem, uma vez que o processo é pouco
significante na área de Engenharia de Alimentos. Não se
entrou em detalhes sobre a teoria da convecção nos diversos
meios, uma vez que a mesma é muito repetitiva, e assim
optou-se por apresentar as equações apropriadas para cada
sistema.
De maneira geral a literatura não trata de trocadores de
calor de placas, porém os mesmos são muito utilizados na
indústria de alimentos. Por isso, é feita uma abordagem sobre
os mesmos, mostrando o funcionamento e sua praticidade.
Este é um texto experimental, e conforme for sendo
usado na prática, naturalmente surgirão necessidades de
adaptações e/ou reformulações. Gostaríamos de receber
sugestões e/ou críticas sobre o mesmo.
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R. Fioreze
Simbologia
Índices:
q = quente
f = frio
e = externo ou entrada
i = interno ou inicial
a = ambiente ou entrada do trocador de calor
b = saída do trocador de calor
si = superfície interna
se = superfície externa
0 = centro do corpo (para temperatura)
∞ = infinito (para temperatura)
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1 – TRANSFERÊNCIA DE CALOR
1.1 − Calor
∆E = E f − E i = q + Ψ (1)
10
Introdução à Transferência de Calor e Massa
A segunda lei da termodinâmica estabelece que, em
processo cujo único resultado é uma transferência líquida de
energia, essa transmissão se dá sempre da região de alta para
a de baixa temperatura. Para exemplificar essa segunda lei,
considere-se os esquemas da Figura 1.
1.3.1 − Condução
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R. Fioreze
é transmitida por meio de comunicação molecular direta, sem
deslocamento das moléculas.
De acordo com a teoria cinética, o campo de vibração de
uma molécula é proporcional à sua energia, e assim sendo,
uma molécula que recebe energia extra, tem seu campo
vibratório aumentado e se choca com a molécula vizinha,
transmitindo a esta, parte de sua energia, e assim
sucessivamente. Apesar da condução poder ocorrer em meios
sólidos, líquidos ou gasosos, nos dois últimos meios só
ocorrem em espaços bastante reduzidos, onde não é possível
haver movimentação do fluido.
Como exemplo desses casos especiais, considere uma
lâmina plana de vidro, colocada na horizontal. É despejado
água sobre esta placa, e sobre ela é colocado outra placa plana
de vidro. Entre as duas placas permanece confinado um filme
de água, porém o espaço é tão pequeno que as moléculas da
água líquida não têm como se movimentar em um processo de
aquecimento ou resfriamento. O mesmo acontece se entre as
duas placas estivesse confinado um gás como o ar ambiente.
Assim sendo, a condução de calor é importante apenas em
meios sólidos.
1.3.2 − Convecção
1.3.3 − Radiação
1.4.1 − Condução
dq dT
= − kA (2)
dθ dx
16
Introdução à Transferência de Calor e Massa
∆T T2 − T1 +
(a) = = =+ direção do fluxo = −
∆x x 2 − x1 +
∆T T2 − T1 −
(b) = = =− direção do fluxo = +
∆x x 2 − x1 +
•
∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T q 1 ∂T
+ + + = (3)
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 k a ∂θ
17
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k
a= (4)
ρ cp
∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T 1 ∂T
+ + = (5)
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2 a ∂θ
∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T
+ + =0 (6)
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
dT dT
= constante ou q k = − kA (8)
dx dx
18
Introdução à Transferência de Calor e Massa
L Tf
q k ∫ dx = − kA∫ dT obtendo-se qk =
kA
(Tq − T f ) (9)
0 Tq L
ou:
∆T
qk = (9a)
L
kA
onde ∆T = Tq – Tf
19
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dT
q k = − kA (11)
dr
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Introdução à Transferência de Calor e Massa
Após integrar a Equação 11 de ri até um r genérico
correspondendo a uma temperatura Tr, substituindo-se o valor
qk fornecido pela Equação 12 e isolando Tr, obtém-se:
Ti − Tr r
Tr = Ti − ln (13)
re ri
ln
ri
Que é uma função logarítmica, com sinal negativo, ou
seja, é uma função invertida. Em cilindros vazados, o perfil de
temperatura então é o mostrado na Figura 5.
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R. Fioreze
Alumínio 292
Ferro 103,9
Aço carbono (1% carbono) 61,9
Aço inoxidável 23,3
Concreto 1,2 – 2,0
Vidro 1,1
Tijolo 0,8 – 2,0
Madeira 0,2 – 0,3
Papel 0,2
Algodão (tecido) 0,08
Cortiça 0,06
Lã de vidro 0,06
Poliestireno expandido 0,036
Poliuretano expandido 0,026
Alimentos:
banana (M = 75,5%) 0,481
Leite condensado – 50% de água 0,325
maçã vermelha (M = 75%) 0,513
carne bovina 0,491
carne bovina congelada 1,37
carne de porco gorda (93% gord.) 0,208
carne de porco magra 0,481
peito de peru 0,585
carne de galinha (M=74,4%) 0,489
óleo de oliva 0,168
Mel 0,054
café em coco (M=11,8%) 0,162
milho (M=14,6%) 0,227
soja (M=13,8%) 0,206
soja (M=21,5%) 0,235)
Fontes: (2, 5,7,8)
22
Introdução à Transferência de Calor e Massa
Btu W kcal W
1 0
= 1,731 0 e 1 0
= 1,163
hpe F hm C hm C mK
Na integração da Equação 8, a condutividade térmica foi
considerada constante, e de fato ela praticamente o é, pois é
necessário que haja uma variação muito grande de
temperatura, para que sua variação não seja desprezível.
Processamento de alimentos acontece em uma faixa
relativamente pequena de variação de temperatura, indo de
aproximadamente –20 ou –30 °C no congelamento de
alimentos, até 120 ou 130 °C para vapor superaquecido. Mas
se por qualquer motivo a variação da condutividade térmica
deva ser considerada, a mesma pode ser considerada como
uma relação linear da temperatura, do tipo:
k = k 0 + aT
dT
q k = − A(k 0 + aT )
dx
qk =
A
L
(
a 2
)
2
k 0 (Tq − T f ) + Tq − T f (14)
2
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R. Fioreze
q L 0,05
Da Equação 9 : Te = Ti − = 50 − 6 = 35 0 C
Ak 0,02
Observe que não há a necessidade de transformação de
unidades de temperatura, pois a variação nas escalas Celsius
e Kelvin são iguais.
1.4.2 − Convecção
q c = hA(Tq − T f ) (15)
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Introdução à Transferência de Calor e Massa
Tabela 2 – Ordem de grandeza de "h".
meio W/m2K
ar, convecção natural 6 – 30
ar, convecção forçada 30 – 300
água, convecção natural 50 – 300
água, convecção forçada 300 – 6000
água em ebulição 3000 – 60000
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R. Fioreze
natural. As moléculas em contato com a chapa, porém, têm
velocidade zero em relação a esta.
Conforme a distância da chapa vai aumentando, a
velocidade de escoamento também aumenta, pois vai
diminuindo a interferência da superfície. Esta velocidade
aumenta até um valor máximo, e então tende a diminuir à
medida que fica mais distante da superfície, pois a influência
desta sobre o fluido vai diminuindo.
Observe que na convecção natural há dois tipos de forças
agindo no fluido em deslocamento: uma é a força da gravidade
e a outra é o empuxo, que faz com que o fluido se desloque. O
empuxo é uma força igual ao peso do fluido deslocado.
O perfil de temperatura do fluido é sempre decrescente,
conforme se distancia da superfície, até o ponto em que a
mesma não causa nenhuma influência, e a temperatura será a
mesma do fluido ambiente. Esses processos estão
esquematizados na Figura 6.
velocidade do fluido........................... v
densidade do fluido........................... ρ
viscosidade do fluido......................... µ
condutividade térmica do fluido......... k
calor específico.................................. cp
diâmetro do tubo............................... D
coeficiente de convecção..................... h
Nu = f (Re, Pr ) (16)
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R. Fioreze
experimentais do valor do coeficiente de convecção, h, em
função da velocidade de escoamento do fluido, v.
Você pode construir um gráfico de h × v, porém este
gráfico só servirá para àquelas condições em que foi realizado
o experimento. Se por outro lado construir um gráfico em
termos de números adimensionais relacionados com essas
duas variáveis, ou seja, Nu × Re, agora este gráfico é muito
mais útil, pois mesmo mudando outras variáveis do processo,
ele continua podendo ser utilizado.
O número adimensional de Reynolds é definido em
função de um comprimento característico L, para uma placa,
ou em função do diâmetro D, para um tubo. Em alguns casos
de trocadores de calor, pode ocorrer um arranjo de um tubo
dentro de outro tubo. Nesse caso, é necessário definir o
número de Reynolds em função do diâmetro hidráulico, DH.
π
(D2
2
− D1
2
)
DH = 4 × 4 = D2 − D1
π (D2 + D1 )
• Número de Nusselt:
hL hD
Nu L = ou Nu D = (18)
kf kf
• Número de Reynolds:
ρν ∞ L ρ νDH
Re L = ou Re D = (19)
µ µ
H
• Número de Prandtl:
cpµ
Pr = (20)
k
• Número de Grashof:
ρ 2 gβ (T − T∞ )L3
Gr = (21)
µ2
onde:
g = aceleração (gravidade), m/s2
β = coeficiente de expansão térmica:
ρ∞ − ρ
β= (22)
ρ (T − T∞ )
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R. Fioreze
Para os processos descritos a seguir serão apresentadas
as relações entre os grupos adimensionais que permitem
estimar o valor do coeficiente "h".
→ Escoamento laminar:
0,5
Nu L = 0,772 Re L Pr 0,33 Pr>0,1 ; ReL<5×105 (23)
Nu L = 1,314(Re Pr )
0,5
Pr<0,1 ; ReL<5×105 (24)
→ Escoamento turbulento:
(
Nu L = 0,042 Pr 0,33 Re L
0 ,8
− 23200 ) ReL>5×105 (25)
♣ Convecção natural
Nu L = 0,645(GrL Pr )
0 , 25
10<PrGr<109 (26)
→ Placas horizontais
√ Placa quente, com a face voltada para cima:
turbulento:
Nu L = 0,163(GrL Pr )
1
3 2×107<GrL<3×1010 (27)
laminar:
Nu L = 0,628(GrL Pr )
0 , 25
105<GrL<2×107 (28)
→ Cilindros horizontais:
30
Introdução à Transferência de Calor e Massa
Nu D = 0,616(GrD Pr )
0 , 25
Pr>0,5 ; 103<Gr<109 (29)
laminar:
0 ,33 0 ,14
D µb
Nu DH = 2,163 Re DH Pr H ReD<2100 ; Pr>0,7 (30)
L µs
turbulento:
0 ,8
Nu DH = 0,027 Re DH Pr 0,33 ReD>6000 ; Pr>0,7 (31)
1 − 0,167 Re DH Pr H
Pr L
turbulento:
DH 0,7 0 ,8
Nu DH = 0,027 1 + Re DH Pr
0 , 33
2<L/DH<20 ; Pr>0,7 (33)
L
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R. Fioreze
♣ Convecção forçada em escoamento cruzado sobre
superfícies externas.
→ Cilindros longos:
0 , 25
µs
(
Nu D = 1,163 0,4 Re D
0 ,5
+ 0,06 Re D
0 , 67
)Pr 0,4
µ∞
1<ReD<105 ; 0,7<Pr<300 (34)
→ Feixes de tubos:
0,6
ρν D
Nu D = 0,384 max
0,3
Pr f ReD>6000 ; 0,7<Pr<300 (35)
µ
f
♣ Leito poroso
2
τ h Pr 3
= 2,06 Re −0,575 (36)
ρν c p
onde (definição local):
ν = velocidade que o ar teria com o canal vazio =
vazão/área do túnel.
D = diâmetro médio das partículas, para calcular Re.
τ = porosidade do leito (para grãos 0,4 ≤ τ ≤ 0,5).
1.4.3 − Radiação
32
Introdução à Transferência de Calor e Massa
q r = σ AT 4 (37)
(
q r = σ A1 T1 − T2
4 4
) (38)
(
q r = σ A1ε 1 T1 − T2
4 4
) (39)
(
q r = σ A1 ℑ1→ 2 T1 − T2
4 4
) (40)
34
Introdução à Transferência de Calor e Massa
36
Introdução à Transferência de Calor e Massa
A distribuição da energia incidente depende do ângulo
de incidência e das propriedades do corpo. Um corpo claro e
polido, tais como um espelho ou alumínio, reflete a maior
parte dessa energia. Um corpo escuro ou oxidado absorve a
maior parte da energia incidente, reflete pouco, e assim eleva
a sua temperatura. Com o aquecimento do corpo, parte da
energia absorvida é transmitida.
Quando um corpo absorve muita energia, sua
temperatura de equilíbrio aumenta. Quando reflete muita
energia, sua temperatura de equilíbrio é baixa. Um corpo que
absorve muita energia, tem sua temperatura de equilíbrio
mais elevada do que aquele que, em igualdade de condições,
reflete muita energia.
Cores claras tendem a refletir muita energia, enquanto
cores escuras tendem a absorver a maior parte da energia
incidente. Este fato pode ser aplicado no dia-a-dia para
conforto termoambiental. Revestimentos de pisos e paredes
escuros, como asfalto ou pedras, aquecem muito o ambiente.
Revestimentos claros refletem grande parte da energia.
Vegetação também tem baixa temperatura de equilíbrio por
não ser grande absorvedor, e também pelo processo contínuo
de evaporação de água. Esses princípios também se aplicam
na coloração da roupa que a pessoa usa.
37
R. Fioreze
Suponha que uma estufa tem temperatura interna Ti e
está em um ambiente com temperatura externa Te (Ti > Te). Os
coeficientes de transmissão de calor por convecção interna e
externa são hi e he, respectivamente. Se a espessura da parede
é L e a condutividade térmica do material é k, determinar o
fluxo de calor.
Como não foi especificada a área total da estufa, o fluxo
de calor deve ser equacionado por unidade de área. Seja o
esquema da Figura 10:
38
Introdução à Transferência de Calor e Massa
1
q3 = Tse − Te
he
Ti − Te
q= (42)
1 L1 L2 L 1
+ + +L+ n +
hi k1 k 2 k n he
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R. Fioreze
de um forno de cozinha não exceda 43 °C? A temperatura
máxima do forno a ser mantida pelo tipo convencional de
controle termostático é 290 °C, a temperatura da cozinha pode
variar de 15 a 32 °C e o coeficiente de transmissão de calor
entre a superfície do forno e a cozinha é 10 W/m2K.
Resolução:
40
Introdução à Transferência de Calor e Massa
1.5.2 − Cilindros vazados concêntricos
Ti − Te
q= (45)
r r
ln 1 ln e
r r
+ i+ 1+
1 1
2π ri lhi 2π k1l 2π k 2 l 2π re lhe
41
R. Fioreze
q = UAe ∆T (46)
1
U= (47)
r r
re ln 1 re ln e
re
+ ri + r1 + 1
ri hi k1 k2 he
43
R. Fioreze
2π × 0,126(65 − 20 ) 35,62
q= = W/m
re 0,126 re 18
ln + ln +
7,5 re 7,5 re
7
1000
Substituindo agora valores de re em mm, a partir de 7,5
mm, que é o tubo sem isolamento, obtém-se valores para os
dois termos do denominador, que somados representam a
resistência total ao fluxo de calor, mostrados na figura a
seguir.
45
R. Fioreze
dT dT d dT
− kA = − kA + − kA dx + hPdx(T − T∞ ) (50)
dx dx dx dx
dT
T x =0
= TS e − k At = h( At − As )(Tx = L − T∞ ) (51)
dx x=L
h
cosh m(L − x ) + senh m(L − x )
T − T∞ mk
= (52)
TS − T∞ h
cosh mL + senh mL
mk
46
Introdução à Transferência de Calor e Massa
h
senh mL + cosh mL
q a = hPkA (Ts − T∞ ) mk (53)
h
cosh mL + senh mL
mk
hP
onde: m =
kA
e mL − e − mL
senh mL =
2
e + e − mL
mL
cosh mL =
2
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R. Fioreze
A primeira a base, a segunda é a dos elementos
genéricos enumerados de 2 até N-1, e a terceira é para a
extremidade da aleta. Cada elemento terá o comprimento:
L
∆x = (54)
N −1
a) na base:
q b = q k ,1→2 + q c ,1→∞ (55)
qb =
kA
(T1 − T2 ) + hP ∆x (T1 − T∞ ) (56)
∆x 2
c) na extremidade:
48
Introdução à Transferência de Calor e Massa
q k , N −1→ N = q c , N →∞ (60)
kA
(TN −1 − TN ) = h A + P ∆x (TN − T∞ ) (61)
∆x 2
49
R. Fioreze
Tm−1 + Tm +1 + 4,74 0,085TN −1 + 0,285
Tm = e TN =
2,143 0,094
O ponto de partida é um valor inicial para cada
elemento. No presente caso foi escolhido 100 °C. Poderia ser
outro valor qualquer. As temperaturas dos elementos de 2 até
N-1 correspondem a Tm; na extremidade a TN.
O valor de Tm é calculado utilizando o valor de Tm-1 à
sua esquerda e o Tm+1 da sua direita na linha superior:
qNUM. = 6,43 W
50
Introdução à Transferência de Calor e Massa
Observe que a cada interação o perfil de temperatura
vai se estabelecendo, e que a solução final independe dos
valores iniciais de temperatura atribuídos a cada ponto.
Para a solução pelo método analítico, o perfil de
temperatura é obtido através da Equação 52, observando que
para T2 o valor de x é ∆x, para T3 é 2∆x, e assim por diante. Os
resultados assim obtidos foram:
1 2 3 4 5 6 7 8
230 168,51 126,71 98,53 79,88 68,04 61,29 58,65
qANAL. = 6,42 W
hL hre
Bi = ou Bi = (63)
kS kS
kS θ kS θ
Fo = ou Fo = (64)
ρ c P L2 ρ c P re 2
Tx − T∞
( )
∞
x
= ∑ C n exp − f n Fo cos f n
2
(65)
Ti − T∞ n =1 L
onde:
f n tg ( f n ) = Bi (66)
4 sen ( f n )
Cn = (67)
2 f n + sen (2 f n )
52
Introdução à Transferência de Calor e Massa
T0 − T∞
( )
∞
= ∑ C n exp − f n Fo
2
(68)
Ti − T∞ n =1
T0 − T∞
Ti − T∞
( 2
= C1 exp − f 1 Fo ) (69)
Tx − T∞ x
= cos f 1 (70)
T0 − T∞ L
53
R. Fioreze
r
Tr − T∞
( )
∞
= ∑ C n exp − f n Fo J 0 f n
2
(71)
Ti − T∞ n =0 re
onde:
J1 ( f n )
fn = Bi (72)
J0 ( fn )
2 J1 ( f n )
Cn = (73)
f n J 0 ( f n ) + J12 ( f n )
2
54
Introdução à Transferência de Calor e Massa
1,6 0,4554 0,5699
1,7 0,3980 0,5778
1,8 0,3400 0,5815
1,9 0,2818 0,5812
2,0 0,2239 0,5767
2,1 0,1666 0,5683
2,2 0,1104 0,5560
2,3 0,0555 0,5399
2,4 0,0025 0,5202
Tr − T∞ r
= J 0 f1 (74)
T0 − T∞ re
4[sen ( f n ) − f n cos( f n )]
Cn = (77)
2 f n − sen ( f n )
55
R. Fioreze
No centro da esfera, r=0, tanto o numerador quanto o
denominador da Equação 75 tendem a zero, e assim sendo, há
que se aplicar a regra de L´Hopital para a teoria dos limites:
r r fn
sen f n cos f n
re = re re =1
lim
r →0 r fn
fn
re re
r =0
56
Introdução à Transferência de Calor e Massa
0,2 0,4328 1,0311 0,6170 1,0483 0,7593 1,0592
0,3 0,5218 1,0450 0,7465 1,0712 0,9208 1,0880
0,4 0,5932 1,0580 0,8516 1,0931 1,0528 1,1164
0,5 0,6533 1,0701 0,9408 1,1143 1,1656 1,1441
0,6 0,7051 1,0814 1,0185 1,1346 1,2644 1,1713
0,7 0,7506 1,0918 1,0873 1,1539 1,3525 1,1978
0,8 0,7910 1,1016 1,1490 1,1724 1,4320 1,2236
0,9 0,8274 1,1107 1,2048 1,1902 1,5044 1,2488
1 0,8603 1,1191 1,2558 1,2071 1,5708 1,2732
2 1,0769 1,1795 1,5985 1,3384 2,0288 1,4793
3 1,1925 1,2102 1,7887 1,4191 2,2889 1,6227
4 1,2646 1,2287 1,9081 1,4698 2,4557 1,7202
5 1,3138 1,2403 1,9898 1,5029 2,5704 1,7870
6 1,3496 1,2479 2,0490 1,5253 2,6537 1,8338
7 1,3766 1,2532 2,0937 1,5411 2,7165 1,8673
8 1,3978 1,2570 2,1286 1,5526 2,7654 1,8920
9 1,4149 1,2598 2,1566 1,5611 2,8044 1,9106
10 1,4289 1,2620 2,1795 1,5677 2,8363 1,9249
20 1,4961 1,2699 2,2881 1,5919 2,9857 1,9781
30 1,5202 1,2717 2,3261 1,5973 3,0373 1,9898
40 1,5325 1,2723 2,3455 1,5993 3,0632 1,9942
50 1,5400 1,2727 2,3572 1,6002 3,0788 1,9962
100 1,5553 1,2731 2,3809 1,6015 3,1102 1,9990
57
R. Fioreze
Com a Equação 69 e as Equações 76 e 77, os dados
gerados foram utilizados para construir o gráfico mostrado na
Figura 17.
Nessas figuras, o número de Fourier, Fo, é fornecido pela
Equação 64, e a razão de temperatura no centro, RT0, é:
T0 − T∞
RT0 = (79)
Ti − T∞
58
Introdução à Transferência de Calor e Massa
59
R. Fioreze
60
Introdução à Transferência de Calor e Massa
61
R. Fioreze
A Equação 69 foi utilizada para obter-se a razão de
temperatura em qualquer posição "x" da placa infinita, em
função da temperatura do centro; com os dados foram
construídas as curvas mostradas na Figura 18, onde:
Tx − T∞
RTx = (80)
T0 − T∞
62
Introdução à Transferência de Calor e Massa
Para o cilindro infinito, a Equação 74 gerou dados da
razão de temperatura para qualquer raio "r", em função da
temperatura do centro, o que permitiu traçar as curvas
mostradas na Figura 19. A razão de temperatura é dada por:
Tr − T∞
RTr = (81)
T0 − T∞
63
R. Fioreze
Para uma esfera, a Equação 76 foi utilizada para fornecer
os dados que permitiram construir as curvas mostradas na
Figura 20, com RTr fornecido pela Equação 81.
Tx ,r − T∞ T − T∞ T − T∞
= r × x (82)
Ti − T∞ finito Ti − T∞ cilindro Ti − T∞ placa
65
R. Fioreze
Tx , y , z − T∞ T − T∞ T y − T∞ T − T∞
= x × × z
Ti − T∞ corpo Ti − T∞ placa 2 a Ti − T∞ placa 2b Ti − T∞ placa 2 c
(83)
a) Cilindro: r = 3,8×10-2 m
66
Introdução à Transferência de Calor e Massa
k 0,83
= = 1,1
hr 20 × 3,8 × 10 −2
kθ 0,83 × 1800
Fo = = = 0,25
cp ρr 2
(
3,77 × 10 3 × 1090 × 3,8 × 10 −2 )
2
b) Placa: L = 4,8×10-2 m
k 0,83
= = 0,86
hL 20 × 4,8 × 10 −2
kθ 0,83 × 1800
Fo = = = 0,16
cp ρ L2
(
3,77 × 10 × 1090 × 4,8 × 10 − 2
3
) 2
T0 − 130
= 0,80 × 0,95 ⇒ T0 = 49,7 °C
20 − 130
Tx , r − 130
= 0,95 × 0,75 ⇒ Tx,r = 72,8 °C
49,7 − 130
Tx , r − 130
= 0,63 × 0,62 ⇒ Tx,r = 98,6 °C
49,7 − 130
67
R. Fioreze
1.8 − Mudança de fase
68
Introdução à Transferência de Calor e Massa
69
R. Fioreze
se ela for resfriada ou aquecida, conforme pode ser observado
de alguns dados mostrados na tabela 7.
1.8.1 – Ebulição
70
Introdução à Transferência de Calor e Massa
fluido confinado numa depressão, será maior do que uma
superfície lisa, representado pelo fluido indicado pela letra "B"
no detalhe.
O fluido dessa região recebendo mais energia tem suas
moléculas separadas, formando uma pequena bolha de vapor.
A parte superior dessa bolha, em contato com o fluido mais
frio perde energia e implode. Imediatamente outra bolha
começa a se formar, e assim sucessivamente.
Nessa fase inicial, as bolhas se formam e implodem
sempre em contato com o fundo do recipiente. Conforme a
temperatura do líquido vai aumentando, as bolhas formadas
no fundo vão se desprendendo deste e começam a subir,
porém ainda não chegam na superfície, implodindo antes pelo
mesmo processo de resfriamento.
Com a temperatura subindo ainda mais, as bolhas vão
se formando mais rapidamente, e subindo para a superfície.
Quando a formação de bolhas aumenta, umas vão se
chocando com as outras, formando uma coluna de vapor. Com
um pouco mais de elevação da temperatura, as bolhas se
formam tão rapidamente, em todo o fundo do recipiente, que
não se observa mais as colunas de vapor, mas sim um
movimento caótico de formação e choque das bolhas de vapor
subindo para a superfície, estabelecendo assim o regime de
ebulição.
Essas etapas do processo estão representadas
esquematicamente na Figura 26, com o início do processo em
"a" e as colunas de vapor em "e".
71
R. Fioreze
72
Introdução à Transferência de Calor e Massa
a b c
1
hD g ( ρ l − ρ v )λ D 3 4
Nu D = = 0,62 (84)
kv υ v k v (Ts − Tsat )
1.8.2 – Condensação.
1
hL ρ l g ( ρ l − ρ v )λ L3 4
Nu L = = 0,943 (85)
kl µ l k l (Tsat − Ts )
1
gρ l ( ρ l − ρ v )k l 3 λ 4
hD = 0,555 (86)
µ l (Tsat − Ts )D
1.8.3 – Congelamento.
74
Introdução à Transferência de Calor e Massa
Os processos envolvendo a solidificação de água na
indústria de alimentos são encontrados principalmente na
fabricação de gelo, ou na solidificação da água contida nos
alimentos, nas operações de congelamento dos mesmos.
Como a aplicação do gelo é de extrema importância em
inúmeras utilizações para o resfriamento rápido e conservação
dos alimentos, três processos de fabricação serão discutidos a
seguir.
a) Gelo em barras
b) Gelo rápido
c) Gelo em escamas
77
R. Fioreze
O Engenheiro de Alimentos, apesar de não necessitar
do conhecimento para projetar e construir trocadores de calor
necessita realizar a análise térmica do processo, para
selecionar o equipamento adequado para uma determinada
operação, assim como conhecer detalhes de construção,
material, facilidades de limpeza e operação do equipamento,
etc.
78
Introdução à Transferência de Calor e Massa
eles são de correntes paralelas; se eles escoam em direções
opostas, são de contra-corrente, ou correntes opostas.
Trocadores de calor podem operar com um fluido frio
mudando de líquido para vapor em um evaporador, um fluido
quente passando de vapor para líquido, em um condensador,
ou então nenhum dos dois fluidos mudando de estado.
O esquema da Figura 31a, mostra a temperatura dos
fluidos em função da área do trocador de calor, para um
condensador. A linha superior mostra um vapor saturado,
passando para o estado de líquido saturado, na temperatura
constante Tq, enquanto o fluido frio se aquece, em função do
calor latente de condensação liberado pelo fluido quente.
79
R. Fioreze
∆Ta − ∆Tb
DTML = (87)
∆T
ln a
∆Tb
As diferenças de temperatura ∆Ta e ∆Tb referem-se às
diferenças entre os fluidos quente e frio, na entrada e na saída
do trocador de calor, conforme mostrado na Figura 32, e
também referents às posições "a" e "b" na Figura 30. Para
correntes opostas, se mfcpf = mqcpq, então DTML = ∆Ta = ∆Tb.
Com essa diferença de temperatura, tem-se então:
80
Introdução à Transferência de Calor e Massa
q = U × A × (DTML ) (88)
mt c pt Tce − Tcs
Z = = (90)
mc c pc Tte − Tts
C q = mq c pq e C f = m f c pf (91)
C q (Tqe − Tqs ) C f (T fs − T fe )
ε= ε=
C min (Tqe − T fe ) C min (Tqe − T fe )
ou (94)
83
R. Fioreze
U×A
NUT = (96)
C min
O coeficiente global de transmissão de calor, U, foi
definido pela Equação 44. Para facilitar a formulação, a razão
entre as capacidades térmicas horárias mínima e máxima é
representada por:
C min
= Cr (97)
C max
Com isso, a efetividade para alguns tipos de trocadores
de calor pode ser obtida pelas equações apresentadas a seguir.
♦Correntes paralelas:
1 − exp[− NUT × (1 + C r )]
ε= (98)
1 + Cr
♦Correntes opostas:
1 − exp[− NUT × (1 − C r )]
ε= (99)
1 − C r exp[− NUT (1 − C r )]
−1
1 + exp − NUT × 1 + C r
2
ε = 21 + C r + 1 + C r 2 × (100)
1 − exp− NUT × 1 + C r
2
84
Introdução à Transferência de Calor e Massa
85
R. Fioreze
190 − 95
DTML = = 137,05 °C
190
ln
95
b) Fator de correção:
Tts − Tte 175 − 340
P= = = 0,63
Tce − Tte 80 − 340
T − Tcs 80 − 150
Z = ce = = 0,42
Tte − Tts 340 − 175
c) Efetividade:
ar: cp = 0,242 kcal/kg°C (de tabelas de propriedades físicas)
mar c p ar ∆Tar = magua c p agua ∆Tagua
mar 0,242(340 − 175) = 45000 × 1,0(150 − 80 )
mar = 78888 kg/h
ar: 78888×0,242 = 19091 = Cmin
água: 45000×1,0 = 45000 = Cmax
q = ε C min (Tqe − T fe ) = mc p ∆T
mc p ∆T 45000 × 1,0(150 − 80 )
ε= = = 0,63
C min (Tqe − T fe ) 19091(340 − 80 )
d) Coeficiente global:
q = m × c p × ∆T = U × A × DTML × F
m × c p × ∆T 45000 × 1,0(150 − 80)
U= = = 27,16 kcal/hm2°C
A × DTML × F 930 × 137,05 × 0,91
Regime 1:
m s c p s ∆Ts = ma c p a ∆Ta ⇒ 3000×0,95×(70–30) = ma×1,0×(98-75)
ma = 4957 kg/h
suco: C = 3000×0,95 = 2850 ← Cmin
água: C = 4957×1,0 = 4957 ← Cmax
Cmin/Cmax = 0,58
Da Equação 94:
4957 98 − 75
ε= × = 0,59
2850 98 − 30
Da Figura 34:
NUT1 = 1,3
Regime 2:
Q Q 4Q
Q = v×A ⇒ v = = =
A D 2
π D2
π
4
87
R. Fioreze
Estimativa do número de Reynolds pela Equação 19:
x = 0,7
Cmin/Cmax = 0,7 ⇒ 3500×0,95 = ma×1,0×0,7 ⇒ ma = 4750 kg/h
88
Introdução à Transferência de Calor e Massa
Na Figura 35 pode-se ver a extremidade de uma dessas
placas, com as juntas de vedação. O fluido que entra pelo
orifício do lado direito, não escoará por esta placa, impedido
pelas juntas. O fluido que entra pelo orifício do lado esquerdo,
como não é impedido pela junta de vedação, escoará por esta
placa.
90
Introdução à Transferência de Calor e Massa
Como a quantidade de líquido no circuito é pequena, a partida
e a paralisação demandam pouca quantidade de produto. A
limpeza se processa com circulação de água limpa seguida de
detergente e novamente água limpa. Inspeção detalhada de
todas as superfícies de contato com o produto podem ser
feitas, caso necessário, já que a unidade pode ser aberta em
poucos minutos para este propósito.
A grande versatilidade de operação de alguns modelos
desses trocadores de calor, permite que o mesmo seja
separado em seções, de modo a possibilitar mais de um
estágio de aquecimento ou resfriamento. Na Figura 38 é
mostrado o esquema de um desses sistemas, em um processo
de pasteurização de leite.
91
R. Fioreze
92
Introdução à Transferência de Calor e Massa
93
R. Fioreze
2 – TRANSFERÊNCIA DE MASSA
94
Introdução à Transferência de Calor e Massa
95
R. Fioreze
A transmissão de calor cessará quando não existir
diferença de temperatura entre pontos distintos de um mesmo
meio, ou em meios diferentes em contato físico direto
(excluindo transferência de calor por radiação); a transferência
de massa cessará quando não existir, no mesmo caso,
gradientes de concentração de massa.
Em alguns processos ocorrem simultaneamente a
transferência de massa convectiva, a difusiva, e também a
transferência de calor. Considere-se por exemplo, a secagem
de um sólido por um fluxo de ar quente. O fluxo de ar cede
energia para o sólido, aquecendo sua superfície, e devido ao
gradiente de temperatura formado, ocorre a transferência de
calor da superfície para o interior do produto, que está mais
frio. Com o aquecimento da superfície, água líquida é
evaporada para o ar em um processo convectivo de
transferência de massa. Com a retirada de água da superfície,
cria-se um gradiente de concentração no interior do produto, e
a água migra para a superfície, num processo difusivo de
transferência de massa. Esses processos estão
esquematizados na Figura 41.
97
R. Fioreze
oxigena a água, tornando-a propicia para a sobrevivência dos
peixes, em um processo de absorção gasosa.
98
Introdução à Transferência de Calor e Massa
componentes são próximos uns dos outros, tornando inviável
a separação por mudança de estado.
Isto é possível adicionando um terceiro componente na
mistura que funciona como um solvente para uma das
substâncias da mistura original, e assim, a incorpora. Esse
solvente com a substância incorporada, de maneira geral
apresenta diferente densidade da outra substância da mistura
original, e então podem ser separados por diferença de
densidades. Em outra etapa, o solvente pode ser evaporado,
agora através de uma mudança de estado.
99
R. Fioreze
invariável de todas as fases entrando e saindo do
equipamento, concentrações constantes na alimentação do
equipamento e condições de temperatura e pressão também
constantes.
Transferência de massa em regime transiente, ou não
permanente, ocorre quando a concentração em cada ponto do
equipamento muda com o tempo. Isto pode ser o resultado de
mudanças de concentração no material de alimentação,
fluxos, ou nas condições de temperatura ou pressão. Em
qualquer caso, operações por bateladas são sempre deste tipo
de regime.
A razão na qual um componente é transferido de uma
fase para outra depende de um coeficiente de transferência de
massa, que será discutido a seguir.
100
Introdução à Transferência de Calor e Massa
∂c A ∂ 2c ∂ 2c ∂ 2c
= DAB 2A + 2A + 2A (102)
∂θ ∂x ∂y ∂z
dc A
N A = − DA (103)
dx
NA =
(
DA c A1 − c A2 ) (104)
L
∂ M 1 ∂ 2 ∂ M
= 2 r D (106)
∂t r ∂ r2 ∂r
101
R. Fioreze
Considerando o coeficiente de difusão D independente
da umidade, a equação acima pode ser escrita:
∂ M ∂2M c ∂ M
= D + (107)
∂t ∂ r2 r ∂ r
onde:
c = 0 para o formato de uma placa plana
c = 1 para o formato de um cilindro
c = 2 para o formato de uma esfera
M t =0 = M0
M t =∞ = Me
∂M
r =0 =0
∂r
102
Introdução à Transferência de Calor e Massa
M − Me 6 ∞
1 − i 2 Dπ 2 t
= 2
M0 − Me π
∑i 2
exp 2
(108)
i =1 R
103
R. Fioreze
2.3 – Propriedades do ar
107
R. Fioreze
2.3.4 – Entalpia (h)
108
Introdução à Transferência de Calor e Massa
a maioria dos processos na industrialização de alimentos não
são rigidamente adiabáticos, será utilizada aqui, apenas a
temperatura de bulbo úmido psicrométrica.
O sentido físico da temperatura de bulbo úmido pode
ser facilmente entendido. Se uma pessoa coloca um
componente volátil, tal como álcool, acetona, éter, perfume,
etc., sobre a pele, tem uma sensação de frio. Isto se deve ao
fato de que o líquido, ao passar para o estado de vapor
necessita de calor latente de vaporização, calor esse retirado
da pele da pessoa.
O mesmo princípio é utilizado para medir a
temperatura de bulbo úmido. Utilizando a maneira mais
rudimentar, o bulbo de um termômetro é envolvido por um
material para manter úmido o bulbo, porém esse material
deve ser poroso o suficiente para permitir a evaporação da
água. Para isso, utiliza-se tecidos de malha espessa, algodão
ou gaze, amarrados ao bulbo do termômetro. O tecido é
umedecido em água por imersão e colocado no ambiente onde
se quer medir a temperatura. O ar passando pelo bulbo, deve
estar a uma velocidade de no mínimo 3,5 m/s, para efetuar a
evaporação da água; e a leitura deve ser realizada somente
quando a mesma se estabilizar, o que pode demorar entre 2 e
4 minutos.
Se a temperatura estiver sendo medida com o ar em
movimento, como em uma tubulação com o fluxo em alta
velocidade, ou então em um ambiente aberto, porém próximo
a um ventilador, a leitura é feita diretamente; porém se estiver
sendo medida em um ambiente aberto sem grande
movimentação do ar, então é o termômetro que deve ser
balançado manualmente para um lado e para outro, para
permitir a evaporação da água e atingir a temperatura de
bulbo úmido (Tbu ⇒ °C).
ν)
2.3.8 – Volume específico (ν
PV = nRT (109)
Pb = Pa + Pv (110)
111
R. Fioreze
∂P λ
= (111)
∂ T Ta (Vg − Vl )
a b
ln( Pvs ) = ln(Ta ) − +C (112)
Rv Rv Ta
5477,283
Pvs = exp23,8834 − − 0,7579 × ln(Ta ) (113)
Ta
Pvs = kPa
Umidade absoluta, X:
112
Introdução à Transferência de Calor e Massa
Pv Pvs RH kg vapor
X = 0,622 ⇒ X = 0,622 (115)
Pb − Pv Pb − Pvs RH kg as
Entalpia, h:
kJ
h = 1,005T + X (1,884T + 2502,3) (116)
kg as
Volume específico, ν:
T (287 + 462 X ) m3
υ= a (117)
Pb kg as
113
R. Fioreze
X × Pb
Pvs = (119)
X + 0,622
114
Introdução à Transferência de Calor e Massa
115
R. Fioreze
3 – REFERÊNCIAS
116