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Os 12 Elos da Originação Interdependente

Método da Psicologia Budista: Reconhecer a Liberdade



O fenômeno da coemergência: reconhecendo a liberdade e a inseparatividade

Nós criamos a visão e, junto à visão, criamos a cegueira, NO MESMO ATO!

Através do raciocínio, nós percebemos que o cubo surge de forma inseparável da
nossa mente. Quando a nossa mente se posiciona o cubo aparece. Quando a nossa
mente se reposiciona o cubo aparece de outra forma. Vocês percebam que isso é
uma operação que está oculta. Há quantas vidas nós estamos operando assim e
não percebemos? Nós não percebemos essa liberdade. É espantoso que um
desenho tão simples é capaz de oferecer isso, não é?


A inseparatividade é o surgimento simultâneo de sujeito e objeto.

“Quando percebemos que a essência não está no objeto, mas atua, isto significa compreender a
vacuidade do objeto, compreender a liberdade. Porque vemos o objeto se manifestando com a
cara que ele tem e entendemos como ele aparece com aquela cara, nesse momento, percebemos
que a luminosidade produz nele esse efeito. Isso acontece porque há liberdade para que esse
efeito possa ser produzido, e outros também. A maior prova de que a liberdade existe é a aparên-
cia surgindo. Vacuidade não é um buraco, uma ausência de aparência. Quando a aparência surge,
isso é prova de que a liberdade de produzir a aparência está ali.
Aquela aparência não tem solidez.” Lama Padma Samten


As 4 Nobres Verdades
1a Nobre Verdade: O sofrimento existe. (Duka)

2a Nobre Verdade: O sofrimento surge de causas.

3a Nobre Verdade: É possível eliminar as causas do sofrimento.

4a Nobre Verdade: Existe um caminho para superar as causas do sofrimento: O Nobre
Caminho Óctuplo, o caminho gradual que nos ensina a sair da roda da vida.

O Nobre Caminho de Oito Passos


Ter motivação correta (para superar os três animais: superar raiva/medo, ação incessante e
apego às identidades).
Vencer ou evitar as ações equivocadas da mente: má vontade, avareza e falso entendi-
mento.
Vencer ou evitar as ações equivocadas da fala: mentir, agredir com palavras, falar inu-
tilmente e gerar discórdia.
Vencer ou evitar as ações equivocadas do corpo: matar, roubar e sexo impróprio.
Praticar:
4 qualidades incomensuráveis: compaixão, amor, alegria e equanimidade
6 perfeições: generosidade, moralidade, paciência, energia constante, concentração
e sabedoria
Meditação: estabilidade de corpo/energia/mente (shamata)
Sabedoria: (vipassana)
Sabedoria da perfeição não-criada

Os 12 Elos da originação interdependente

Primeiro Elo | Avidya - Ignorância


Avidya é representado por um cego, que caminha no mundo, rumo
ao precipício.

Avidya é literalmente traduzido por ignorância; no entanto, não é


propriamente falta de alguma informação, mas sim uma forma estreita de operar. Nos
perdemos em bolhas de realidade, numa espécie de cegueira ativa, de delusão.

O ponto importante aqui é a perda da lucidez, não importando se os conteúdos das bolhas
são positivos ou negativos.

O mundo surge separado

Tudo começa com uma ignorância básica: o não entendimento do fato de que observador e
objeto surgem de forma coemergente. É o momento de criação, onde a mente se divide em
duas: entre observador e objeto/ sujeito e mundo ao redor.

Avidya é a nossa incapacidade de ver tudo inseparado, nossa incapacidade de ver o


observador, nossa incapacidade de ver a ação do observador. É ver o mundo externo
separado do interno. Avidya opera por dois aspectos: capacidade de criar e de esconder no
mesmo ato (quando vejo um cubo não vejo o outro). Essa parcialidade se ancora na
natureza última, na nossa capacidade de criar as coisas, é assim que o primeiro elo pode
ser liberado.

Palavras-chave para o primeiro elo: inseparatividade, coemergência, ocultação, cubo,


cegueira ativa, praticante: cegueira consciente


“ A ignorância, que é a concepção da existência inerente, atua para ajudar tanto o desejo
quanto a aversão. Neste sentido, a causa de toda esta dificuldade é o porco! Este é o modo pelo
qual o obscurecimento – ignorância – serve de raiz para todas as outras emoções aflitivas. A
consciência ignorante está obscurecida no que diz respeito ao modo de ser dos fenômenos, e
por isto é simbolizada no quadro por uma pessoa cega. Além disso, como a ignorância é fraca,
no sentido de que não está fundamentada em conhecimento válido, a pessoa manca, usando
uma bengala.”
(Sua Santidade Dalai Lama, O Sentido da Vida, p. 41)

Segundo Elo | Samskaras - Marcas Mentais


A ignorância gera marcas mentais. A partir da delusão de
avidya, estruturas internas começam a surgir. No primeiro elo
criamos os objetos, o mundo. No segundo elo, vamos querer
repetir a imagem desse mundo criado no primeiro, para que
possamos fazê-lo surgir
de novo e de novo. Assim surgem as marcas internas.

As inúmeras vezes que respondemos a essas marcas internas de uma mesma maneira elas
ficam fortalecidas pelo poder do hábito, como a chuva que, quando cai na terra, aos poucos
cria sulcos pelos quais a água irá preferencialmente escorrer. Com o tempo, nós temos rios,
vales, que surgiram escavados por esse fluxo de água. Essas marcas - estruturas internas -
passam a ser um condicionamento para a operação da nossa mente.

Os samskaras são marcas (estruturas, paradigmas, teorias) pelas quais nós vemos o
mundo. A marca é criada por luminosidade, ela não está estampada a fogo. Por isso,
podemos liberá-las, criar marcas, sustentar umas e não sustentar outras.

Samskaras é representado pelo potista; ele começa seu trabalho com uma bolota de barro
mas, em algum momento, esse material deixa de ser apenas barro, vira um pote.

“Na dependência deste tipo de ignorância ocorre o segundo dos doze elos do
surgimento dependente, a ação. É chamada de ação composicional porque as ações servem
para compor ou ocasionar efeitos prazerosos e dolorosos. É simbolizada por um oleiro. O oleiro
pega argila e a transforma num novo artigo; de modo similar, uma ação dá início a uma
seqüência que leva a novas conseqüências. Além disso, uma vez que o oleiro ponha a roda
a girar, ela continua rodando pelo tempo que for necessário sem empenho e esforço
adicionais; de modo similar, quando uma ação foi praticada por um ser senciente, estabelece
uma predisposição na mente, e esta predisposição ou estado destrutivo tem o
potencial de seguir livre e desimpedida até produzir seu efeito.”

Sua Santidade Dalai Lama, O Sentido da Vida, p. 4


Terceiro Elo | Vijnana - Consciência

Vijnana é simbolizado por um macaco sobre uma árvore. Ele


representa a consciência. Em algum momento, algumas marcas
adquirem um brilho, tornam-se conscientes. Vijnana é o surgimento
da identidade no nível mais sutil; passamos a nos definir pelas marcas
que brilham. Nossa energia se movimenta e surge o apego a esse
próprio movimento.
Quando as marcas mentais estão automatizadas, eu tento defendê-las. As impressões
geradas pelas marcas cármicas trazem um brilho, um movimento no sentido de defender a
marca. Não basta haver marca, ela tem que ser defendida. A defesa da marca (a
responsividade) é que gera a identidade: toda a responsividade gera a marca de um eu.

O “eu” aqui não é o corpo físico, mas significados, impulsos, marcas cármicas. Vijnana é a
mente de sonho, pois é a mente livre dos sentidos físicos.

Há uma autoconsciência do observador, que quer se defender. O observador já existia


desde o primeiro elo, mas no terceiro surge a consciência do observador. As marcas se
tornam conscientes. Quando se completa vijnana, os três animais estão presentes.

Alayavijnana é um depósito de vijnanas, é um conjunto de marcas, agora na forma de


energia, ou possibilidades de consciência, possibilidades de posicionamento do
observador.

Quarto Elo | Nama-Rupa - Nome e Forma


Nama-Rupa é simbolizado pelo barqueiro. Nós estamos vagueando
no rio da vida, sem ainda sabermos bem para onde. Ele opera na
expectativa de estabilizarmos os estados mentais. O quarto elo é a
ponte entre o mundo abstrato e o mundo concreto.

Começamos a procurar a materialidade com a intenção de sustentar os estados mentais


sutis. Queremos a materialidade para que as energias, o brilho surgido com os vijnanas
seja sustentado, para que ele retorne sempre. A procura do objeto tem um filtro: Avidya,
Samskara e Vijnana, os 3 elos anteriores. Tudo o que conectamos com Nama-Rupa parece
conosco mesmos, basta imaginarmos nossa vida sem todos os aspectos de estabilização de
nossos estados mentais (parceiro, filhos, emprego, casa, país), nossa vida fica sem cor, o
mundo morre.

Quinto Elo | Shadayatana - Sentidos


Shadayatana é representado por uma casa com cinco janelas e uma
porta. Encontramos o objeto que procurávamos: nossa
materialidade física. Neste ponto, os seis sentidos - cinco sentidos
físicos e percepção mental - passam a filtrar as percepções do
mundo. A visão não é neutra, mas filtrada por áreas de interesse
que representam as estruturas e expectativas anteriores. Existe toda uma ação
inconsciente operando dentro da visão, da audição, do olfato, do paladar, do tato e dentro
dos pensamentos.


Os nossos sentidos são nosso equipamento experimental para se relacionar com o mundo.
Como no caso da ciência, o equipamento experimental não se separa do cientista, não se
separa das aspirações anteriores do cientista. Portanto, já há uma delusão na
materialidade. Os instrumentos de medida, os nossos sentidos, não têm a possibilidade de
oferecer um processo não ambíguo.

“Pensamos que existe uma materialidade e que a visão é uma coisa simplesmente física, mas não
é. Por desconhecer esse fato, justificamos a experiência de contato pelo órgão de contato. Parece
que a visão vem do olho. Parece que o cubo (desenhado no papel) vem da objetividade do olho.
Sem que haja qualquer troca da imagem que entra no olho, podemos ver dois cubos diferentes,
portanto, podemos reconhecer que não é o instrumento que produz a imagem. Nenhum dos dois
cubos é cubo. Em ambos os casos, só temos uma folha de papel riscada. Não tem três
dimensões. Podemos trocar uma pela outra sem alterar a imagem. Mas a nossa experiência da
imagem muda. Assim, percebemos que existe um elemento a mais operando ocultamente, que
produz a experiência da imagem, e não pode ser explicado pelo órgão do olho, nem pela luz que
entra. Quando trocamos um elemento de estrutura interna, trocamos a experiência. Logo, fica
visível a estrutura interna operando. Com essa compreensão, podemos perceber que a experiência
do órgão dos sentidos está na dependência de algo luminoso.”
Lama Padma Samten

Sexto Elo | Spasha - Contato


Spasha é simbolizado por um bebê no seio da mãe ou por um
casal de namorados. Quando surge Spasha, surge o corpo que
está operando no seu universo. É a utilização dos seis sentidos,
o encontro dos sentidos com seus objetos. (18 dhatus: 6 sentidos
físicos, 6 objetos dos sentidos físicos, 6 consciências).

Utilizamos a materialidade, como se fosse a nossa expressão. Temos a sensação de entrar


em contato com um mundo aparentemente externo, que possui objetividade. Porém, esse
contato é permeado pelos sentidos, que não abarcam tudo, que são limitados àquilo que
podem abarcar. Sendo assim, o contato está limitado àquilo que os sentidos podem
abarcar.

Niels Bohr diz: “O objeto que encontramos à nossa frente é inseparável do instrumento
que gera o experimento. Não há como separar o instrumento do objeto. O Instrumento
e o objeto criam um fato, e depende de nós a decisão de chamar aquilo de manifestação
do instrumento ou manifestação do objeto!”

Sétimo Elo | Vedana - Sensação

Vedana é representado por uma pessoa furando o próprio olho.


Na medida em que encontramos os objetos de percepção, passamos
agora a classificá-los - gosto, não gosto ou sou indiferente. Ocorre
um estreitamento ainda maior da nossa visão de mundo - ficamos
cegos pela segunda vez. Todas as etapas anteriores são, em geral,
inconscientes. A partir desse momento, elas se tornam conscientes. Tudo o que poderemos
ver será o gostar ou não gostar.

Simplificamos tudo a partir de GOSTAR – NÃO GOSTAR – INDIFERENÇA. O nosso
referencial na vida é vedana. A experiência do gosto não gosto sempre se refere a algum
dos objetos dos cinco sentidos ou do sentido abstrato.

O gostar e não gostar são uma “experiência de”, logo, há uma liberdade. Portanto, quando
gostamos ou não de algo, isso é uma delusão, é a vacuidade se manifestando através de
aparências que gostamos ou não. O problema é que, antes de gostarmos ou não de algo,
teve avidya, que criou esse algo de forma mágica, e nem percebemos.

A partir desses três eixos há um sentido de propósito, de movimento. Nós temos a


sensação de que somos mais nós mesmos quando fazemos o que gostamos e não fazemos o
que não gostamos.
O gostos e não gostos são aparências impermanentes, pois são produzidos pela central de
luminosidade.

“A gente se move no mundo como uma festa de aniversário, escolhendo coisas que gostamos e
rejeitando o que não gostamos, mas o tempo passa, envelhecemos e morremos.”
Lama Padma Samten

Oitavo Elo | Trishna - Desejo
Trishna é representado por uma pessoa tomando chá. Também
poderia ser representado por amigos conversando na mesa de bar,
planejando, plantando, construindo.
Com base no gostar e no não gostar, passamos a planejar e agir no
sentido de nos aproximarmos do que gostamos e de nos afastarmos
do que não gostamos. Podemos, também, dizer que trishna é a aspiração da expansão
daquilo que se provou. Nos movemos no mundo segundo esse referencial.

Justificamos o planejamento todo, as decisões todas pela sensação anterior (7º. Elo) Nós
queremos repetir as sensações criadas a partir dos objetos que encontramos.

Nono Elo | Upadana - Apego

Upadana é simbolizado por uma pessoa colhendo frutos numa árvore.


Ou seja, colhemos muitas vezes aquele fruto, nos tornamos capazes de
fazer alguma coisa. Também representa a origem do nosso surgimento.
Fizemos muitas vezes alguma coisa, portanto, nós dizemos: “Eu sou
alguém que sabe fazer isso.”

O nono elo é a colheita dos frutos, o planejamento deu certo! Valeu a pena potencializar o
que eu gostava e evitar o que não gostava. Há uma identificação e apego por essa noção,
afinal, houve sucesso.

Quando colhemos os frutos, é bom que olhemos de que tipo de árvore estamos colhendo os
frutos e que lembremos que isso é uma opção. Ao reconhecer as liberdades, percebemos
que podemos escolher a árvore a qual nos vinculamos.


Décimo Elo | Bhava - Existência
Bhava é representado por uma mulher grávida ou um casal fazendo
amor, o que significa o surgimento, a existência de um embrião.
Esse embrião virá à luz no 11º elo. Ele é, ao mesmo tempo,
identidade e mundo. Os dois são inseparáveis. A delusão vai se
oferecendo em camadas e vai selando os níveis anteriores. Agora,
tudo brotou na forma de visão de mundo, visão de identidade. Surgimos com uma
identidade em um mundo. O “gosto, não-gosto” já quase que desaparece porque nós,
simplesmente, automatizamos o processo; nós “sabemos como as coisas são e como elas
funcionam".

Surgimos dentro de um universo e solidificamos nosso universo, e por isso ele se torna
bastante limitado. Há uma certa soberba, pois achamos que o mundo é aquilo mesmo que
vemos. Quando descrevemos o mundo, descrevemos a nós mesmos.

Nós podemos observar em nós mesmos esses nascimentos. Nós surgimos dessa maneira.
Deveríamos olhar com cuidado os nossos nascimentos e ver se são sólidos ou não. Vamos
descobrir que esses nascimentos são convencionais. Poderia haver outras formas de
nascimento. Mas, essencialmente, se esses nascimentos foram produzidos é porque a
central de produção se manifesta neste processo.

Décimo Primeiro Elo | Jeti - Circunstâncias da


Vida
Jeti é simbolizado por uma criança nascendo, ou seja, ela vai
passar por nascimento, crescimento, envelhecimento,
decrepitude e morte. Mas o ponto importante das circunstâncias
da vida é o fato de que estamos sempre ocupados, tentando equilibrar alguma coisa. É esse
elo que vai nos provocar a sensação do décimo segundo elo. Enquanto nós crescemos,
estamos buscando estabilizar alguma coisa. O mesmo acontece quando amadurecemos e
envelhecemos. Tudo isso faz parte desse processo. Os aspectos de crescimento,
envelhecimento e decrepitude são apenas o aspecto externo. O que movimenta tudo isso? É
o nosso esforço de nos mantermos equilibrando aquele universo.

Temos urgências e as consideramos naturais, normais, corretas e legítimas. e nem temos


tempo de avaliar, de perceber que aquilo tudo pode ser diferente. Ao invés de dizer: “Eu
tenho tais urgências”, deveríamos parar, contemplar e dizer “Eu tenho a experiência de ter
tais urgências”.

Palavras-chave: Circunstâncias da vida, Equilibrista girando pratos, forte sensação de


existência e identidade, 3 animais operando fortemente


Décimo Segundo Elo | Jana Marana -
Decrepitude e Morte
Morte significa dissolução de Bhava, ou seja, dissolução da
identidade e do mundo correspondente. No momento da morte, nós
temos duas aspirações: uma de nunca reencontrar as condições
negativas que tivemos de passar, e outra, que é a de nos fixarmos de uma maneira
realmente nítida e decidida aos aspectos positivos. Com base nisso, nós vamos redefinir o
próximo renascimento, o surgimento da nossa próxima identidade.

Então, a pessoa morre. Após repetir inúmeras vezes várias mortes, ela percebe que existe
alguém que está dizendo “morri”. Nesse momento, ela vê que ainda está viva! Em função
disso, ela sente a necessidade de ver alguma coisa. De repente, ela se vê outra vez
alegremente na décima etapa. Assim são as mortes. Nós construímos a vida e, tomando-a
por base, construímos a morte que, por sua vez, toma a experiência de vida por base.
Quando estamos com a base da nossa mente em um tipo de vida, só por isso, pode brotar a
experiência de morte como objeto. Quando, porém, extinguimos aquela base daquela vida,
percebemos que a natureza de brilho segue. E é ela que segue dizendo: “Você está morto!”
Percebemos que tem uma natureza de brilho dizendo que tudo está escuro, que não tem
mais saída - e está escuro realmente! Dentro daquela base em que aquela vida estava
estruturada, realmente não há mais saída, tudo está escuro. Quando isso acontece, nós
ressurgimos.
Lama Padma Samten

O Senhor da Roda da Vida
Este ser amedrontador é Maharaja - um
Buda. Nos ensinamentos clássicos,
representa a impermanência. Aqui vemos
Maharaja como a oportunidade de nos
livrarmos das fixações e recuperarmos a
liberdade. Os Doze Elos tratam de uma forma
de pensamento que nos mantém dentro de
um processo ilusório, onde nenhuma
construção produz felicidade estável.
Podemos ver que não há nada sólido,
porque a impermanência atinge tudo. Essa é
a benção de Maharaja.

Fontes:
Livro Roda da Vida, de Lama Padma Samten
Livro O Sentido da Vida, de Sua Santidade Dalai Lama
Compilação de ensinamentos de Lama Padma Samten sobre a Roda da Vida


Exemplos de aplicação do sistema dos 12 elos no cotidiano:

Situação Sonho de ter uma Escola

1. Passa pela mente da pessoa montar uma escola. (Avidya: surge objeto e observador!)
2. Repetidas vezes, a pessoa pensa em como seria interessante montar a escola. (Samskaras: marcas
mentais)
3. A pessoa tem uma sensação de identidade como alguém que aspira montar a escola. “Eu isso, eu
aquilo…” (Vijnana: consciência)
4. A pessoa se coloca em marcha para dar corpo à escola: entra em sites, pede indicações, lê li- vros,
revistas. (Nama-rupa: Nome e forma)
5. Os sentidos físicos da pessoa se voltam para o projeto da escola. Ela só vê coisas sobre edu- cação.
Ela só vê escolas e tudo o que ouve relaciona com isso. (Shadayatana: 5 sentidos físicos + mente)
6. A pessoa, enfim, define o perfil de escola que ela quer, encontra o prédio, a equipe e funda a
escola. (Spasha: contato)
7. Ao longo do processo, a pessoa passa a gostar (ou não) da sua escola. E fica indiferente a muitos
outros mundos que estão acontecendo. (Vedana: sensação)
8. Ela planeja aumentar a escola, potencializar a escola. (Trishna: desejo)
9. Ela colhe os frutos e quer manter aquela experiência da escola. (Upadana: apego)
10. Ela surge como alguém que está gerindo a escola com sucesso. (Bhava: surgimento)
11. A pessoa está girando os pratos de diretora da escola. (Jeti: sustentação do surgimento, urgências)
12. Alguma coisa acontece e a pessoa precisa abandonar a escola e ir para outra cidade. A iden- tidade
de professora se dissolve. (Janamarana: dissolução)

Situação: chegamos no trabalho e alguém não nos cumprimenta como esperamos.

1. Passa pela mente da pessoa: “o outro não gosta de mim”. (Avidya: surge objeto e observador!)
2. Repetidas vezes, a pessoa pensa que o outro não gosta dela. S e m p r e q u e c r u z a c o m o o u t r o ,
é i s s o q u e v e m à m e n t e . (Samskaras: marcas mentais)
3. A pessoa tem uma sensação de identidade como alguém que é rejeitado pelo outro. “Ele não gosta
de MIM”. (Vijnana: consciência)
4. A pessoa começa a dar corpo a essa identidade: a pessoa evita cruzar com a outra. (Nama-rupa:
Nome e forma)
5. Os sentidos físicos da pessoa se voltam para a questão: a pessoa começa a ver coisas, rela- cionar
falas, olhares. (Shadayatana: 5 sentidos físicos + mente)
6. A pessoa encontra alguém que também tem a mesma ideia sobre aquela pessoa (Spasha: contato)
7. A pessoa vê sua visão reafirmada e passa a tam bém não gostar da pessoa. (Vedana: sensação)
8. Ela planeja suas atividades de modo a evitar a pessoa. (Trishna: desejo)
9. Ela colhe os frutos (consegue evitar a pessoa) e quer manter essa experiência. (Upadana: apego)
10. Ela surge como alguém que não gosta daquela pessoa e que tenta evitá-la. O m undo parece
m elhor se a outra pessoa não existir. (Bhava: surgimento)
11. A pessoa está girando os pratos da identidade de “pessoa que não gosta de fulano”. O outro é
excluído da vida da pessoa. (Jeti: sustentação do surgimento, urgências)
12. Alguma coisa acontece e a pessoa precisa fazer um projeto com aquela que não gos- tava e começa a
descobrir qualidades nela. A identidade de “pessoa que não gosta de fulano” é desafiada e começa a
entrar em dissolução. (Janamarana)

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