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Relação entre cursos presenciais dosInstitutos Federais de


Pernambuco e arranjos produtivos locais do estado
 

LILIANA ANDRÉA DOS SANTOS


Universidade Federal Rural de Pernambuco
liliana.andrea.santos@gmail.com
 
PAMELA CONSUELO CASTRO E SANT''ANNA
Universidade Federal Rural de Pernambuco
pamelaconsuelocastro@gmail.com
 
DÉBORA DOS SANTOS FERREIRA PEDROSA
UFRPE
debora.recife@gmail.com
 
SORAYA GIOVANETTI EL-DEIR
Universidade Federal Rural de Pernambuco
sorayageldeir@gmail.com
 
ADMILSON JOSÉ DO NASCIMENTO FILHO
Instituto de Tecnologia de Pernambuco – ITEP
gampe.ufrpe@gmail.com
 

 
Relação entre cursos presenciais dos Institutos Federais de
Pernambuco e arranjos produtivos locais do estado.

RESUMO

Os municípios do estado de Pernambuco possuem potencialidades econômicas nas mais


diversas áreas, podemos citar como exemplo,os setores da agricultura, agropecuária, turismo,
tecnologias, artesanato, confecções de vestuário, dentre outros. Para o crescimento econômico
das pequenas e médias empresas destes aglomerados, a relação entre os atores sociais,
políticos e econômicos, possibilita a externalidade e o fortalecimento do produto. Fatores que
corroboram para a caracterização de Arranjos Produtivos Locais – APL nestas regiões. Para
tanto, é necessária a utilização de mão de obra capacitada para desenvolver tais atividades. A
ação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco e do Sertão
Pernambucano, frente a esta necessidade, é fundamental para a formação deste capital
humano. Diante do exposto, o presente trabalho tem por objetivo analisar a relação dos APL
constituídos no estado de Pernambuco com os cursos presenciais ofertados pelos Institutos
Federais, a fim de identificar se as capacitações ofertadas pelos Institutos Federais atendem a
demanda dos arranjos produtivos locais existentes no estado. Desta análise, conclui-se que
novos cursos poderiam ser criados para atender ao mercado local, e que novos arranjos
poderiam ser constituídos, tendo em vista o potencial vocacional produtivo e os cursos já
ofertados pelos Institutos Federais nestas regiões.

Palavras chave: Desenvolvimento Sustentável, Educação, Mercado local.

Relationship between classroom courses of the Federal


Institutes of Pernambuco and local clusters in the state.
ABSTRACT

The municipalities of the state of Pernambuco have economic potential in several areas,
we can cite as an example, the agriculture, livestock, tourism, technology, crafts, apparel
clothing, among others. For economic growth of small and medium-sized companies in these
clusters, the relationship between the social, political and economic actors enables the
externality and strengthening the product. Factors that support for the characterization of
Local Productive Arrangements - APL in these regions. For this, the use of skilled labor to
develop such activities is required. The action of the Federal Institutes of Education, Science
and Technology and the backlands of Pernambuco, meet this need, is critical to the formation
of this human capital. Given the above, this study aims to examine the relationship of the
clusters formed in the state of Pernambuco with the classroom courses offered by the Federal
Institutes in order to identify whether the training offered by the Federal Institutes meet the
demand of existing local clusters in the state . From this analysis, it is concluded that new
courses could be created to serve the local market, and that new arrangements could be made,
given the productive potential and vocational courses already offered by the Federal Institutes
in these regions.
Keywords:Development sustainable, Education, Market place.
1. Introdução

O apoio a Arranjos Produtivos Locais - APL no Brasil é fruto de uma nova percepção de
políticas públicas de desenvolvimento, em que o local passou a ser visto como um eixo
orientador de promoção econômica e social. Seu objetivo é orientar e coordenar os esforços
governamentais na indução do desenvolvimento local, buscando-se, em consonância com as
diretrizes estratégicas do governo, a geração de emprego e renda e o estímulo às exportações
(MAAPL, 2006).
Para estruturar uma área produtiva, entre tantos fatores necessários, um é essencial: o
acesso à mão-de-obra qualificada. Pessoas capacitadas que possam atuar como agentes sociais
ativos são de fundamental importância para o êxito de um APL. Portanto, a instalação de
Institutos Federais próximos aos polos de desenvolvimento, com a oferta de cursos
específicos voltados para área de produção local, é uma estratégia extremamente eficaz para
atender as demandas exigidas pelos APL.Os APL constituem empresas organizadas em uma
lógica própria de cadeia produtiva e mercado, articuladas para ações de cooperação,
capacitação e desenvolvimento mútuo integrado, com apoio de instituições diversas conforme
as competências básicas necessárias a esse desenvolvimento (FIRJAN,2009).
Segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), um
APL deve ter a seguinte caracterização (BUENO, 2006): (i) ter um número significativo de
empreendimentos no território e de indivíduos que atuam em torno de uma atividade
produtiva predominante e (ii) que compartilhem formas percebidas de cooperação e algum
mecanismo de governança. Pode incluir pequenas, médias e grandes empresas. De acordo
com o Art. 2° da Lei de n° 11. 892 de 29 de dezembro de 2008, os Institutos Federais são
instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi,
especializados na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de
ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas
práticas pedagógicas (...).Um dos objetivos dos Institutos Federais é estimular e apoiar
processos educativos que levem à geração de trabalho e renda, e à emancipação do cidadão na
perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional (PDI,2009).
Diante do exposto, o presente trabalho tem por objetivo analisar a relação dos cursos dos
Institutos Federais localizados em Pernambuco com os APL existentes no estado, a fim de
identificar se os campi atendem as demandas do mercado. Além de analisar a possibilidade de
caracterização de novos arranjos, tendo em vista as regiões que possuem aglomerados com
potencial produtivo e econômico, bem como, a presença de mão-de-obra capacitada por meio
da Rede de Ensino Federal.

2. Arranjo Produtivo Local como foco de análise dos Institutos Federais de ensino

O APL pode ser descrito como um grande complexo produtivo, geograficamente


definido, caracterizado opor um grande número de firmas envolvidas nos diversos estágios
produtivos e, de várias maneiras, na fabricação de um produto, onde a coordenação das
diferentes fases e o controle da regularidade de seu funcionamento é submetida ao do
mercado e a um sistema de sanções sociais aplicados pela comunidade (BECATTINI, 1999;
MAAPL, 2006).
De acordo com oApud, Manual de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (MAAPL,
2006), a opção estratégica pela atuação em APL decorre, fundamentalmente, do
reconhecimento de que políticas de fomento a pequenas e médias empresas são mais efetivas
quando direcionadas a grupos de empresas e não a empresas individualizadas. O tamanho da
empresa passa a ser secundário, pois o potencial competitivo advém de ganhos decorrentes de
uma maior cooperação entre as firmas.
Conforme o Portal APL, devido à necessidade de articular as ações governamentais com
vistas à adoção de apoio integrado a Arranjos Produtivos Locais, foi instituído, em agosto de
2004, pela Portaria Interministerial nº 200, de 02 de agosto de 2004, o Grupo de Trabalho
Permanente para Arranjos Produtivos Locais – GTP APL, envolvendo 23 instituições
governamentais e não-governamentais. Em outubro de 2005, foram integradas mais 10
instituições (Portaria Interministerial nº 331, de 24 de dezembro de 2005), totalizando as 33
que atualmente constituem o grupo. Entre essas instituições está o Ministério da Educação –
MEC, em que sua maior atuação está no eixo estruturante de Formação e Capacitação (Figura
1).

Figura 1. Eixo Estruturante de Formação e Capacitação: Mapa Mental. Grupo de Trabalho Permanente para
Arranjos Produtivos Locais. Fonte: Portal APL (2014).

Para atender a demanda do mercado por qualificação profissional, o Governo Federal


retomou os investimentos na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e o
Ministério da Educação (MEC) está investindo mais de R$ 1,1 bilhão na expansão da
educação profissional. Atualmente, são 354 unidades e mais de 400 mil vagas em todo o país.
Com outras 208 novas escolas previstas para serem entregues até o final de 2014 serão 562
unidades que, em pleno funcionamento, gerarão 600 mil vagas (MEC, sem ano).
Segundo Schneider (2009) a educação profissional e tecnológica possui o desafio de
renovar-se permanentemente para atender de forma efetiva às necessidades sociais e
econômicas nas diferentes regiões do país. O autor ainda afirma ainda que as vocações
regionais representam as demandas concretas dos setores produtivos, bem como aquelas
vocações que se apresentam sob a forma de potencialidades para futuras demandas devem ser
consideradas no planejamento da oferta de Educação Profissional e Tecnológica.
O Art. 2° da Lei de n° 11. 892 de 29 de dezembro de 2008define os Institutos Federais
como:
Instituições de educação superior, básica e profissional,
pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de
educação profissional e tecnológica nas diferentes
modalidades de ensino, com base na conjugação de
conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas
pedagógicas, nos termos desta lei.

O Art. 6da Lei de n° 11. 892 de 29 de dezembro de 2008, nos incisos I, II e IV, dispõem a
finalidade dos Institutos Federais em detrimento dos Arranjos Produtivos Locais como para

I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os


seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos
com vistas na atuação profissional nos diversos setores da
economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico
local, regional e nacional;
II - desenvolver a educação profissional e tecnológica como
processo educativo e investigativo de geração e adaptação de
soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e
peculiaridades regionais;
(...)
IV - orientar sua oferta formativa em benefício da
consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais
e culturais locais, identificados com base no mapeamento das
potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e
cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal; (...)”

Estudos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior


(MDIC)levantaram143 APL, cujo objetivo esperado é acrescer as unidades de expansão da
Rede Federal de Educação Tecnológica em 131 APLs dos 143 indicados (BRASIL,2010).
Atualmente Pernambuco possui dois Institutos Federais: o Instituto Federal de Pernambuco-
IFPE com nove campi em funcionamento, sete novas unidade acadêmicas e dezoito polos de
Educação a Distância; e o Instituto Federal do Sertão Pernambucano-IF-Sertão, o qual possui
cinco campi em funcionamento.
Os campi do IFPE estão localizados nos municípios de Recife, Garanhuns, Vitória de
Santo Antão, Ipojuca, Barreiros, Afogados da Ingazeira, Caruaru, Belo Jardim e Pesqueira.
Em outubro de 2014, está previsto o funcionamento de sete novas unidades acadêmicas que
estão localizadas nos municípios de Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo
Agostinho, Igarassu, Palmares e Abreu e Lima. Os campi do IF-Sertão estão localizados em
Petrolina, Zona Rural de Petrolina, Ouricuri, Salgueiro e Floresta.
Todos os cursos foram criados com o intuito de atender os potenciais produtivos locais.
Para os novos campi foram feitos estudos em cada Município com base nos arranjos
produtivos locais, para identificar as demandas de formação técnica nos próximos dez anos. A
escolha definitiva foi feita pela sociedade civil através da realização de audiências públicas
em cada cidade-sede (ACCIOLY, 2014).

3. Metodologia

Para realização do trabalho foi realizado um levantamento de dados secundários através


de sites oficiais, portais, artigos, manuais e leis com objetivo de (i) identificar os principais
Arranjos Produtivos em Pernambuco e as cidades-polo que estão localizados, (ii) verificar os
campi dos Institutos Federais existentes nesta localidade ou proximidade, (iii) levantar os
cursos existentes nas unidades acadêmicas, (iv) avaliar a relação dos cursos disponíveis com
os APL e(v) avaliar a sua atuação como elemento estruturante para o desenvolvimento
produtivo local. A partir dos dados levantados, foram propostas novas ações para suprir as
demandas originárias da região/local produtivas, visando, inclusive, atender as necessidades
de outros polos já difundidos no estado pernambucano.
4. Articulação dos APL de Pernambuco e os Institutos Federais de Ensino

De acordo com o Mapa da APL no Nordeste brasileiro, foram identificados os principais


APL do estado de Pernambuco e as cidades-polos que estão localizados (Figura 2). Neste
sentido destacam-se o Polo da Apicultura, localizado no entre os municípios de Santa Maria
de Boa Vista, Dormentes, Afrânio e Petrolina; Polo de Confecções, localizado entre Caruaru,
Toritama e Santa Cruz; Polo Gesseiro, localizado na cidade de Araripe; Polo da Tecnologia da
Informação – Porto Digital, localizado em Recife; Polo Ovino caprino cultura, localizado nos
municípios de Salgueiro e Floresta e Polo da Fruticultura, localizado na fronteira entre
Petrolina-PE e Juazeiro-BA.

Figura 2. Arranjos Produtivos Locais no Nordeste Brasileiro. Fonte: IPEA (2014).

Confrontando estes dados com a localização dos campi dos Institutos Federais no estado
de Pernambuco (Figura 3), observa-se que dos sete novos campi, seis serão situados na
Região Metropolitana do Recife, o que denota uma concentração do saber nesta região em
detrimento de uma interiorização de especializações fundamentais para um apoio as
atividades dos APL. Entretanto, como polo técnico-científico consagrado, esta região tem
papel de difusão do conhecimento para todo o estado, mesmo que localizada distante destas
regiões.
Figura 3. Mapa de distribuição dos Campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no estado
de Pernambuco. Fonte: MEC (2014).

Quanto aos cursos presenciais disponíveis nos campi do IFPE e IF-Sertão (Quadro 1),
observa-se que as temáticas que são focais dos APL são em parte atendidas (Quadro 2).

Quadro 1. Cursos presenciais ofertados no IFPE. Fonte: IFPE (2014) e IF-Sertão-PE (2014).

CURSOS DO INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO


Campus Modalidade Curso
Química Industrial
Segurança do Trabalho
Eletrotécnica
Eletrônica
Técnico Edificações
Mecânica Industrial
Recife Refrigeração
Saneamento Ambiental
Telecomunicações
Licenciatura em Geografia
Engenharia de Produção Civil
Superior
Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Design Gráfico
Radiologia
Gestão Ambiental
Pós- Graduação Mestrado em Meio Ambiente
Agricultura
Agroindústria
Técnico
Agropecuária
Vitória de Santo Antão Manutenção e Suporte de Informática
Zootécnica
Superior Licenciatura em Química
Bacharelado em Agronomia
Edificações
Técnico Eletroeletrônica
Eletrotécnica
Enfermagem
Pesqueira
Superior Bacharelado em Física
Bacharelado em Matemática
Eletrotécnica
Proeja
Auxiliar Administrativo
Eletroeletrônica
Garanhuns Técnico Informática
Meio Ambiente
Construção Naval
Automação Industrial
Técnico Química Industrial
Ipojuca
Petroquímica
Segurança do Trabalho
Superior Licenciatura em Química
Agroindústria
Eletroeletrônica
Saneamento Ambiental
Afogados da Ingazeira Técnico
Educação, Conservação e Manejo dos Recursos Naturais
no Semiárido brasileiro
Informática
Agropecuária
Agricultura
Técnico Agroindústria
Recursos Naturais
Barreiros
Hospedagem
Zootecnia
Superior Licenciatura em Química
Tecnologia em Agroecologia
Enfermagem
Belo Jardim Técnico
Agroindústria
Informática
Superior Licenciatura em Música
Segurança do Trabalho
Mecatrônica
Técnico
Caruaru Mecânica
Edificações
Superior Engenharia Mecânica
Artes Visuais
Olinda Técnico Controle Ambiental
Computação Gráfica
Logística
Cabo de Santo Agostinho Técnico Meio Ambiente
Cozinha
Mecânica
Abreu e Lima Técnico Rede de Computadores
Segurança do Trabalho
Informática para Internet
Igarassu Técnico Logística
Química
Informática para Internet
Qualidade
Jaboatão dos Guararapes Técnico
Fabricação Mecânica
Soldagem
Manutenção e Suporte em Informática
Redes de Computadores
Palmares Técnico
Edificações
Eletroeletrônica
Administração
Automação Industrial
Paulista Técnico
Mecânica
Manutenção e Suporte em Informática
CURSOS DO INSTITUTO FEDERAL DO SERTÃO PERNAMBUCANO
Edificações
Técnico Eletrotécnica
Química Industrial
Tecnólogo em Alimentos
Petrolina
Licenciatura em Computação
Superior Licenciatura em Física
Licenciatura em Química
Licenciatura em Música
Agroindústria
Zona Rural de Petrolina Técnico Agricultura
Agropecuária
Zootecnia
Tecnologia e Horticultura
Tecnologia em Viticultura e Enologia
Superior
Tecnologia em Agroecologia
Bacharelado em Agronomia
Pós- Graduação Fruticultura no Semiárido
Agropecuária
Agroindústria
Técnico
Ouricuri Edificações
Informática
Superior Licenciatura em Química
Agricultura
Agropecuária
Técnico Agroindústria
Floresta Zootecnia
Informática
Gestão da Tecnologia da Informação
Superior
Licenciatura em Química
Agropecuária
Técnico Edificações
Salgueiro
Informática
Superior Licenciatura em Física

De acordo com os cursos presenciais ofertados no IFPE, (4) constatamos que para atender
os APL’sconstituídos temos a demonstração do quadro abaixo:

Quadro 2. APL’s no Estado de Pernambuco e sua relação com os Cursos ofertados no IFPE.
APL's Campus -IFPE Cursos

Polo de Apicultura Pesqueira, Belo Jardim, Zona Rural de Não há cursos com relação direta aos APL
Petrolina e Petrolina

Polo de Confecções Caruaru Não há cursos com relação direta aos APL

Polo Gesseiro Ouricuri Edificações


Polo da TI Recife
Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Polo Ovinocaprinocultura Floresta, Salgueiro Agropecuária
Viticultura e Enologia, Horticultura ,
Polo da Fruticultura Zona Rural de Petrolina e Petrolina Agricultura, Agroindústria, Fruticultura no
Semi-árido, Agronomia, Agroecologia,
Tecnólogo em Alimentos

Observa-se que os campi de Caruaru, Pesqueira, Belo Jardim, Zona Rural de Petrolina e
Petrolina não possuem cursos diretamente relacionados com a área de atuação dos APL.
Diante disso recomenda-se a inclusão de cursos voltados para área de Moda, Têxteis e Design
para o campus de Caruaru, e a inserção de cursos sobre Técnicas de Apicultura para os campi
de Pesqueira, Belo Jardim, Zona Rural de Petrolina e Petrolina. Parece de fundamental
importância a exploração de novos polos com potencial produtivo para execução de um
Arranjo Produtivo Local no estado de Pernambuco. Há uma série de setores econômicos que
podem ser explorados no estado como: Turismos, Jóias, Cerâmica, Petróleo e Gás, Rochas
Ornamentais, Madeira e Móveis, Construção Naval, Construção Civil, Fitoterápicos e
Fitocosméticos, Álcool, dentre outros que recebem apoio de diversas organizações
governamentais se configurado um APL.
Novos cursos podem ser implantados em regiões que dispõem de APL já constituídos. Por
sua vez, aglomerados que possuem as características e potenciais de um APL e que ainda não
são classificados como tal, podem usufruir de capacitação já disponível pela Rede de Ensino
Federal em seus municípios. Pode-se citar, como exemplo de aglomerado com potencial
econômico, o Polo de Construção Naval e Petróleo e Gás localizado em Suape – Ipojuca que
dispõem em sua proximidade do IFPE – Campus Ipojuca, o qual possui cursos presenciais de
Construção Naval, Petroquímica, Química Industrial e Automação Industrial, com potencial
para atender as demandas deste polo. Contudo, este município não é considerado um APL,
conforme pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada- IPEA.

5. Considerações Finais

A implantação de APL proporcionou o desenvolvimento econômico local, principalmente


em regiões do semiárido e no sertão pernambucano. Região que outrora fora esquecida surge
então com potencialidades econômicas. A formação de aglomerações de pequenas empresas,
a participação de capital investidor, o desenvolvimento social e a exportação em grande
escala, favorecem o fortalecimento da economia local. O ensino técnico e superior gratuito,
por décadas centralizado em centros urbanos, impossibilitou o acesso dos moradores da área
rural. A instalação de novos campi proporcionou o acesso a educação e o crescimento da
produção local nestas regiões. Não se pode perder de vista a importância da relação dos
cursos ofertados pela Rede Ensino Federal com a demanda de mercado local, pois este é um
fator decisivo para o progresso dos arranjos produtivos locais.

Referências

ACCIOLY, Gil. Novos Campi abrem as portas. IFPE-acontece. ed. 59. Ago. 2014.

BRASIL. Lei n.º 11.892 de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal deEducação
Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia, e dá outras providências.Presidência da República, Casa Civil. Brasília DF, 29
dez. 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11892.htm>. Acesso em: 14, jun.2014.

BRASIL.Ministério da Educação.Expansão da Rede Federal de Educação Profissional,


Científica e Tecnológica.Disponível em:<http://redefederal.mec.gov.br/expansao-da-rede-
federal> Acesso em: 14, Jun. 2014.

BRASIL.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e


Tecnológica,Processo de Contas Ordinária Anual: Relatório de Gestão do Exercício
2009. Brasília, 2010. Disponível em: <portal.mec.gov.br> Acesso em: 29, set. 2014.

BRASIL.Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.Eixo Estruturante


de Formação e Capacitação: Mapa Mental. Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos
Produtivos Locais. Disponível em:
<http://portalapl.ibict.br/export/sites/apl/menu/itens_menu/gtp_apl/reunioes/links/MAPEAM
ENTO_DEMANDAS_X_OFERTAS_-_GTP_APL_-_MARCOS_OTxVIO.pdf> Acesso em:
14, jun.2014.

BRASIL.Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.Grupo de Trabalho


Permanente para Arranjo Produtivo Local:Manual de Apoio ao Arranjo Produtivo Local,
Brasília, 2006. 108 p.

BRASIL.Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.Levantamento


Institucional dos APLs no País. Elaboração: IPEA, 2005. Disponível em:
<http://desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1222458045.ppt> Acesso em: 13, Jun. 2014.

BUENO, Ana Maria.Arranjos Produtivos Locais: Análise Da Caracterização do APL de


Ponta Grossa com base nos indicadores. Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Ponta Grossa, 2006. Disponível em:
<http://www.pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/dissertacoes/arquivos/34/Dissertacao.pdf> Acesso
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FIRJAN, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Mapa de Desenvolvimento


do Estado do Rio de Janeiro: 2006-2015. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em:
<http://www.firjan.org.br/anexos/mapa/mapa_ver1.pdf>Acesso em: 30, set. 2014.

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<http://reitoria.ifpe.edu.br/campus/reitoria/index.jsf> Acesso em: 14, jun. 2014.

INSTITUTO FEDERAL DO SERTÃO PERNAMBUCANO. Cursos. Disponível em:


<http://www.ifsertao-pe.edu.br/> Acesso em:14, jun. 2014.
INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO. Plano de Desenvolvimento Institucional.
Recife, 2009. Disponível em: <http://ipojuca.ifpe.edu.br/arquivos/pdf/pdi.pdf> Acesso em: 29
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OBSERVATÓRIO BRASILEIRO DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS.O Grupo de


Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais – GTP APL, 2008. Disponível
em: <http://portalapl.ibict.br/menu/itens_menu/gtp_apl/gtp_apl.html> Acesso em: 14, jun
2014.

SCHNEIDER,M. C. K. Contribuição dos Institutos Federais de Educação, Ciência e


Tecnologia para as Organizações Produtivas e o Desenvolvimento Local. In: 4ª
Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais, 2009.Brasília, 2009. Disponível
em:<http://www.desenvolvimento.gov.br/conferencia-
apl/modulos/arquivos/MariaClaraKaschnySchneider.pdf> Acesso em 14, jun.2014.

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